XI Congresso Internacional ASPESM
Estratégias de construção do habitar em Residências Terapêuticas: reflexões conceituais sobre autonomia e protagonismo social Erika Renata Trevisan*, Rodolfo Cândido da Silva**, Sybelle de Souza Castro*** & Andrea Ruzzi Pereira**** *Doutora; Terapeuta Ocupacional; Professora Adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Rua Manoel Coelho, 199, ap 301, CEP 38055-600, Uberaba – MG, Brasil. E-mail: erikatouftm@hotmail.com **Bacharel; Psicólogo; Coordenador dos Serviços Resiciais Terapeuticos da Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba, CEP 38022-200, Uberaba – MG, Brasil. E-mail: rodolfocandidops@gmail.com ***Doutora; Enfermeira; Professora Associada do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, CEP 38025-180, Uberaba – MG, Brasil. Email: castro.sybelle.souza@gmail.com ****Doutora em Ciências Médicas; Professora Adjunta no Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, CEP 38025-350, Uberaba, Brasil E-mail: andrea.pereira@uftm.edu.br RESUMO CONTEXTO: As Residências Terapêuticas (RT) são dispositivos que compõem a Rede de Atenção Psicossocial e dão sustentabilidade à desinstitucionalização de pessoas com longa permanência em instituições psiquiátricas no Brasil. OBJETIVO(S): Discutir a importância do desenvolvimento da autonomia e do protagonismo social para a construção do habitar nas RT. MÉTODOS: Essas reflexões são resultados de intervenções realizadas pelos profissionais de Terapia Ocupacional com 34 moradores de quatro RT em um municipio do estado de Minas Gerais – Brasil, iniciado em 2018. As análises basearam-se nos registros diários e no Projeto Terapêutico Individual. As intervenções são definidas com foco nos desejos, perspectivas e peculiaridades dos moradores. RESULTADOS: O resgate da singularidade no cotidiano do habitar e da apropriação dos espaços públicos, buscam o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo social por meio da ampliação das relações afetivas, sociais e produtivas, partindo do resgate da subjetividade em suas dimensões individual e coletiva, por meio do desenvolvimento de locais de exposição, acolhimento e debate, onde os moradores encontram caminhos para transformarem o cotidiano - de institucionalizados e tutelados, para sujeito social e histórico, na perspectiva da inclusão social, no exercício da autonomia e inclusão social. CONCLUSÕES: A partir do desenvolvimento da autonomia e do protagonismo social que são abandonados nas práticas manicomiais de silenciamento e alienação das forças e potências desses moradores, capazes
68