XI Congresso Internacional ASPESM
Processos de regulação emocional na predição de sintomas de depressão em pacientes com insuficiência renal crónica Inês Ministro*, Ana Galhardo**, Ilda Massano-Cardoso ***& Marina Cunha**** *MSc; Psicóloga Clínica; Liga Portuguesa Contra o Cancro, R. Dr. António José de Almeida nº 329, 3000-045 Coimbra, Portugal. E-mail: inesministro@gmail.com **PhD; Psicóloga Clínica; Professora Auxiliar no Instituto Superior Miguel Torga; Investigadora na Universidade de Coimbra, CINEICC, Largo da Cruz de Celas, nº1, 3000-132 Coimbra, Portugal. Email: anagalhardo@ismt.pt *** PhD; Professora Universitária; Professora Auxiliar no Instituto Superior Miguel Torga; Assistente Convidada na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Investigadora na Universidade de Coimbra, CEISUC. ISMT - Largo da Cruz de Celas, nº1, 3000-132 Coimbra, Portugal. Tel. +351 239488030. Email: ildamassano@ismt.pt ****PhD; Psicóloga Clínica; Professora Auxiliar no Instituto Superior Miguel Torga; Investigadora na Universidade de Coimbra, CINEICC, Largo da Cruz de Celas, nº1, 3000-132 Coimbra, Portugal. Email: marina_cunha@ismt.pt RESUMO CONTEXTO: A insuficiência renal é uma condição crónica caracterizada pela incapacidade dos rins realizarem as suas funções depuradoras, regular o ambiente interno e sintetizar substâncias. Esta condição tem vindo a ser associada a problemas de saúde mental, em particular depressão. OBJETIVO(S): Investigar o papel de processos relacionados com a regulação emocional e da vergonha relacionada com a doença crónica nos sintomas depressivos de pacientes com doença renal crónica. MÉTODOS: Estudo transversal correlacional. Sessenta e dois pacientes (39 homens e 23 mulheres) foram recrutados através da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais. Os participantes completaram online os seguintes instrumentos de autorresposta: Escalas de Depressão, Ansiedade e Stress (EADS21), o Questionário de Fusão Cognitiva relacionada com a Doença Crónica (CFQ-CI), a Escala de Autocompaixão (SCS), o Questionário de Aceitação e Ação (AAQ-II), e a Escala de Vergonha Associada à Doença Crónica (CISS). Realizou-se uma análise de regressão hierárquica em três passos com os sintomas de depressão como variável dependente. RESULTADOS: Vinte e seis participantes (42%) apresentaram scores superiores ao ponto de corte da subescala de depressão da EADS-21. A análise de regressão revelou que o modelo explicava 73% da variância total. A fusão cognitiva relacionada com a doença crónica (β = .53; p = .001) e a vergonha relacionada com a doença crónica (β = .42; p < .001) foram os únicos preditores significativos da depressão. CONCLUSÕES: O presente estudo permitiu
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