Revista Abla - Nº 37

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associação brasileira das locadoras de automóveis ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS

Balanço positivo novembro / dezembro 2010

SALÃO DO AUTOMÓVEL

ANO VI - Nº 37

A ABLA COLECIONA VITÓRIAS E REALIZAÇÕES EM 2010

Setor automotivo registra vários recordes

Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar


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As pessoas elegeram o Novo Uno o carro do ano. Qual carro você acha que elas estão querendo alugar?

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Conselho Gestor Paulo Gaba Jr., Paulo Nemer, Alberto de Camargo Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Júnior, Alberto Faria, Roberto Portugal, Erozalto Nascimento (in memorian), Luiz Mendonça e Marcello Simonsen. Conselho Gestor (suplentes) Carlos Teixeira, João Carlos de Abreu Silveira, Eládio Paniágua , Luiz Carlos Lang, Cássio Lemmertz, Paulo Miguel, Alberto Nemer Neto, Reynaldo Tedesco, Valmor E. Weiss, Marcelo Fernandes, Carlos Faustino, Nelma Cavalcanti. Conselho Fiscal Antonio Pimentel, Eduardo Corrêa, Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo, Raimundo Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello. Conselho Fiscal (suplentes) Joades Alves de Souza, Felix Peter, José Zuquim Militerno, João José Regueira de Souza, Marco Antonio Lemos e Emerson Ciotto. Comissão Editorial Marco Antonio Gomes, Marcio Gonçalves, Nelma Cavalcanti Sobral e Saulo Fróes.

Hora de celebrar! Recordes atrás de recordes de aumento de vendas de veículos e de crescimento econômico pontuaram 2010. O governo fez bem a lição de casa e soube se precaver rápido para que a crise europeia não desembarcasse em solo brasileiro. Mais, conseguiu confirmar a vinda da Copa e da Olimpíada, dois importantes eventos para o fortalecimento do setor de locação de automóveis no País. Nós da ABLA acreditamos em uma média de crescimento de 15% ao ano nos próximos quatro anos. Para melhor receber esses turistas, investimos pesado em treinamento, por meio do PQA, e em pareceria com o Ministério do Turismo e da FEPESE lançamos cursos à distância com mil inscritos. E conseguimos desenvolver, com a ajuda

Presidente Executivo

dos nossos associados, o primeiro material didático sobre o nosso setor.

João Claudio Bourg.

Sem dúvida, uma grande vitória.

REVISTA LOCAÇÃO Projeto, criação e execução: Fatto Comunicação 360º www.fattostampa.com.br - 11 5507-5590 Coordenação Geral Decio Cudmane Publicidade Nilvando Filgueira nilvando@abla.com.br (5087-4100) Diretor de Conteúdo Rogério Nottoli (Jornalista Responsável - MTB: 31056) r.nottoli@fattostampa.com.br Editor de Arte Renato Prado Assistentes de arte George Gargiulo, Érica Igue e Bruno Nottoli Redatores Juliana Nottoli e Silvia Herrera Fotos George Gargiulo e Shutterstock Impressão HR Gráfica e Editora

Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis Rua Estela, 515 - Bloco A - 5º Andar Cep: 04011-904 - São Paulo/SP Telefone: (11) 5087-4100 Fax: (11) 50821392 - E-mail: abla@abla.com.br Site: www.abla.com.br SAS Quadra 01 Conjunto J, 6º Andar, sala 602 Edifício CNT Cep: 70070-944 - Brasília/DF - Telefone: (61) 3225-6728 Fax: (61) 3226-2072 A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.

editorial

ABLA

Também estamos empenhados em resolver algumas dificuldades nas áreas de fronteira do País. Para isso, este ano ingressamos na Câmara Interamericana de Transportes (CIT), o principal fórum de discussões sobre o desenvolvimento dos transportes no continente americano. Feliz ano novo!

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João Claudio Bourg

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juan pablo de vera

Trajetória de sucesso R

esponsável por 42 feiras de negócios no Brasil este ano, entre elas a 26ª edição do Salão Internacional de São Paulo, na qual a ABLA teve amplo destaque, mais 460 feiras em 34 países em 36 setores da economia, o empresário Juan Pablo de Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, só tem o que comemorar. “O Salão teve vários recordes, fruto do trabalho de todos que participaram, e temos muito a agradecer à Comissão da ABLA, que fez parte atuante nos 50 anos do Salão de São Paulo.”

Para 2011, teremos a 1ª edição da Ecotransporte


É possível calcular o quanto movimenta uma feira de negócios no Brasil, como o último Salão do Automóvel? É uma equação bastante ampla, tem que se levar em conta o investimento realizado pela empresa e os expositores. Ainda não saberia consolidar, eles não oficializaram os negócios realizados no evento. Mas entendemos que uma feira como essa movimenta de dois a três meses do PIB do setor. Podemos estimar que este ano, em todas as nossas feiras de negócios, houve um crescimento da ordem de 18%. Como as locadoras de automóveis podem gerar mais receitas nas feiras de negócios? Olha, acho que cada vez mais o empresário que pretende participar de uma feira planifica com antecedência a sua vinda. Por exemplo, da mesma maneira que ele compra sua passagem

Que tipos de parcerias seriam as mais interessantes? Nós já estamos implementando algumas parcerias. No momento em que o participante se cadastra no site oficial da feira, ele recebe de forma compulsória a recomendação de parceiros – uma rede conveniada – e quais descontos vai ter em cada tipo de serviço. Como o participante faz tudo com antecedência, ele consegue uma tarifa com valor diferenciado, o que é uma tendência natural. O que os 50 anos do Salão do Automóvel em São Paulo representam para a Reed Exhibitions? Poderia fazer um rápido balanço? Olha, para todos nós da organização foi um grande reconhecimento profissional dos clientes e visitantes da festa dos 50 anos do Salão. Nós conseguimos realmente um resultado muito positivo. São poucas as feiras no mundo que conseguem completar 50 anos. O Salão chegou a um certo grau de maturidade e destaque que é motivo de orgulho da organização e de todos os parceiros, que tornaram este o maior evento de negócio da cidade de São Paulo. O mais gratificante foi poder ver a satisfação de todos que participaram.

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O Salão movimenta 2 a 3 meses do PIB do setor

Com escritório em São Paulo, a Reed Exhibitions Alcantara Machado conta com a colaboração de 140 funcionários e realiza dezenas de feiras de negócios no País, dos mais diversos segmentos da indústria. Quais são os planos para o próximo ano? O trabalho no Brasil é planejado conforme a dinâmica de mercado. Conforme o País cresce, ele apresenta uma série de oportunidades para vários setores da economia. Nesse cenário vamos consolidar nossa participação nos setores de construção, infraestrura, energia, transporte e automotivo como um todo. Para 2011, começamos a anunciar a Automec, nossa tradicional feira de autopeças; a Fenatrans, que é a feira internacional de transporte rodoviário com todas as grandes montadoras; e teremos a primeira edição da Ecotransporte confirmada para o primeiro semestre de 2011, com logística inovadora e tecnologia ecológica.

aérea e reserva o hotel com antecedência, ele poderia reservar o aluguel do carro, o que seria bem importante. Seria mais um serviço a ser oferecido pelos gestores da feira, isso já acontece no exterior. Geralmente fica uma preocupação de oferecer aos participantes ferramentas que viabilizem a participação do empresário do ponto de vista da praticidade de negócios. Todos os serviços são indicados no site oficial do evento e eles oferecem algum desconto especial aos participantes. E isso é uma boa prática.

E entrevista

7ABLA


juan pablo de vera

Quais são os melhores pavilhões de exposição do mundo? Têm vários. Tem um a ser inaugurado na China, outro dos Emirados Árabes, em Dubai, fora os tradicionais em Frankfurt e Paris, que oferecem uma infraestrura perfeita. O mais completo deles que eu conheço é em Genebra, na Suíça. Fica próximo à cidade, é do lado do aeroporto, tem fácil acesso com transporte público e instalações de primeiro mundo. São Paulo é a campeã de feiras de negócios no País, quais outras cidades vêm em seguida? Pelo próprio cenário internacional é o Rio de Janeiro, um destino bastante procurado. E todas as grandes capitais: Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte. Nos grandes centros industriais ainda há bastante espaço, vivemos um momento econômico interessante, e o setor das feiras cresce conforme a economia cresce também.

O que precisa ser feito no Anhembi é melhorar a área do estacionamento

Pensam em mudar o Salão de São Paulo para outro espaço maior nos próximos anos? O Pavilhão tem uma dimensão bastante aproveitável, mas realmente a infraestrutura do Anhembi precisa ser atualizada. Não adianta nada construir um lugar enorme que fique vazio por longos períodos. O que precisa ser feito no Anhembi é melhorar a área do estacionamento para abrigar todo o público. Por sorte, dentro do Pavilhão é tudo tão bom que o visitante esquece o aborrecimento do estacionamento assim que entra na feira. É o mesmo que ocorre nos clássicos de futebol, falta dimensionar o espaço de forma planejada e com maior competência.

Na sua visão de empresário, o que pode ser feito para melhorar o setor de locação no Brasil? Há ainda uma questão cultural, geralmente o empresário brasileiro quer ser o proprietário do bem. Mas é o momento de repensar isso, de otimizar as frotas. Pensando em ter o bem, às vezes ele perde a oportunidade de enxergar de forma mais precisa a quantidade de custos que isso vai despender. No entanto, hoje em dia, alguns empresários já preferem alugar os escritórios e terceirizar tudo. Qual é a importância da Automotec dentro do portfólio da Reed Exhibitions? O que ela representa para o setor da locação? A Automotec surgiu dentro do Salão do Automóvel. São 800 empresas fornecedoras do setor (suprimento, produtos e serviços) que se reúnem no mesmo espaço. É uma feira da indústria automotiva que tanto sucesso vem conquistando, que vêm 130 mil visitantes de mais de 30 países, um evento que consolida a atividade do setor de autopeças



notas

Rumo à Copa do Mundo

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ais uma vez a ABLA está na vanguarda. Visando a melhor capacitação do pessoal do setor para a Copa do Mundo e a Olimpíada no Rio, a Associação investe muito em treinamento por meio do PQA. O primeiro fruto são os cursos do programa Bem Receber Copa, que foi lançado em uma teleconferência, via internet e TV a cabo, no dia 10 de novembro, diretamente de Florianópolis. “O programa pode ser feito por qualquer empresa de locação, associada ou não à ABLA”, explicou João Claudio Bourg, presidente executivo da ABLA. Mil pessoas se inscreveram nestes cursos à distância e gratuitos, que contemplam um livro, um DVD, um guia do estudante, e também um fórum na internet. Projeto que só foi possível graças a uma parceria da ABLA, FEPESE e Ministério do Turismo. Este é o primeiro material acadêmico do setor de locação. “Hoje demos o ponta a pé inicial, estou encantado com o resultado”, explicou Adriano Donzelli, coordenador do PQA. Ele acrescentou que os próprios empresários do segmento sugeriam os tópicos abordados no treinamento. “Foi um trabalho novo, partimos de um livro em branco”, disse Bourg. E o presidente do Conselho da ABLA, Paulo Gaba Jr., acrescentou: “É o nascimento de um filho, que todos nós vamos ajudar a criar”.

“Esse projeto é nossa menina dos olhos. São dois cursos, um de qualidade em atendimento e o outro em qualidade em vendas”, explicou Altair Acelon de Melo, superintendente da FEPESE. Para o diretor e editor do AutoData, Fred Carvalho, esta iniciativa é um verdadeiro milagre, pois conseguiu unir na mesma ação acadêmicos, iniciativa privada e o governo federal. O conteúdo é muito dinâmico e rico em exemplos reais. “Com este programa vamos conseguir atingir os padrões internacionais de atendimento e vendas até a Copa”, afirmou Gaba Jr.


NOTAS

notas

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De olho nas fronteiras Em novembro, a ABLA participou da 14ª Assembleia Ordinária da Câmara Interamericana de Transportes (CIT) em Guadalajara, no México. O presidente executivo, João Claudio Bourg; o presidente do Conselho Nacional ABLA, Paulo Gaba Jr.; e o conselheiro Adriano Donzelli levaram para a reunião as principais dificuldades enfrentadas pelo setor de locação de automóvel nas fronteiras brasileiras com Venezuela, Bolívia e Argentina. Na Argentina, por exemplo, é proibida a entrada de carros alugados no Brasil por argentinos. Essa lei impede que nossas locadoras atendam clientes argentinos que circulem na tríplice fronteira, entre Foz de Iguaçu e Puerto Iguaçu. A locadora brasileira Yes já teve carros apreendidos do “outro lado da ponte” na Argentina, que só foram resgatados após longa batalha judicial de até 12 meses. Na Venezuela, o entrave é a burocracia. O condutor tem sua habilitação retida na Aduana e recebe uma autorização - mediante apresentação de apólice de seguro RCF desse país. Já na Bolívia, o tráfico de drogas é o principal empecilho. A ABLA sugeriu algumas soluções como o uso de rastreadores e/ou telemetria pelas locadoras. A CIT é o principal fórum de discussões sobre o desenvolvimento dos transportes nas Américas.

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CONCEITO

Aluguel por hora Conheça como funciona a primeira car sharing brasileira

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carro alugado aguarda pelo cliente, que o reservou pela internet, em um estacionamento 24h. Para retirá-lo, basta encostar um smart card. As chaves estão no porta-luvas, mas a ignição só é liberada após o cliente responder ao checklist no computador de bordo. O bilhete do estacionamento pago também está no porta-luvas. O carro deve ser deixado no mesmo local no horário estabelecido. Esta realidade começou na Suíça na década de 1980 e se espalhou pelo mundo. São Paulo foi a milésima cidade a oferecer o sistema de car sharing, em julho do ano passado. Antenado às oportunidades do mercado de locação, o empresário Felipe Campos Barroso criou a Zazcar (www.zazcar. com.br) na capital paulista, onde oferece 13 carros, em 10 estacionamentos – nas regiões da Paulista, Clínicas, Pinheiros, Moema e Vila Olímpia. “Nosso principal objetivo é substituir, ou ser uma opção viável ao carro próprio, para quem roda menos de 20 mil quilômetros por ano.” Ou seja, alugar o veículo por algumas horas por dia naquele horário que você necessita buscar as crianças no colégio, fazer supermercado, ir ao cinema. É um sistema complementar de mobilidade urbana. Por exemplo, não vale à pena compartilhar um carro para deixá-lo oito horas parado no estacionamento, nesse caso é melhor ir de táxi. Mas é mais vantajoso compartilhar um carro do que ir de táxi levar ou buscar alguém no Aeroporto Internacional em Guarulhos. E para longos períodos, um dia

inteiro ou mais, é melhor optar pela locação tradicional, pois o valor do compartilhamento é calculado por hora e por quilômetro, com o combustível e seguro incluídos no preço. Um carro popular hoje, segundo estimativa da Zazcar, representa um custo mensal de R$ 1.500,00. E mudar para um carro compartilhado refletiria em uma economia de algo entorno de R$ 500 a R$ 800 por mês, dependendo do plano escolhido. A frota da Zazcar contempla: Smart, Siena, Punto, Novo Gol, Fox, Picanto e New Civic. “A ideia é que o cliente possa curtir diferentes carros.” “Nos EUA, provaram que para cada carro compartilhado foram tirados outros 13 das ruas. Seria valioso, se a gente pudesse oferecer uma solução de mobilidade urbana, que seja acessível para as pessoas, e também ajudar o problema dos congestionamentos”, avalia Barroso. Hoje, a Zazcar tem cerca de 300 clientes fixos, a maioria deles formada por profissionais liberais.“Tem muita gente que mora próximo ao trabalho, já abriu a mão do carro e nos momentos de lazer recorre aos nossos serviços”.


Como funciona

Computador de bordo

1. O cliente se inscreve no site, escolhe o tipo de plano e recebe um smart card no endereço indicado 2. No site ou telefone, o cliente escolhe o carro e faz a reserva 3. O cliente também escolhe no site em qual estacionamento 24h associado à Zazcar ele vai buscar e entregar o carro no horário reservado 4. No estacionamento, o cliente abre o carro encostando o cartão no para-brisa 5. Só depois de responder questionário no computador do carro a ignição é liberada

Smart Card

Tipos de planos Por hora: anuidade de R$ 35, mais R$ 21,90 a hora - já com combustível e 100 km incluídos Assinatura mensal: R$ 15, mais R$ 10,90 a hora e mais R$ 0,53 o primeiro km. Depois cai para R$ 0,37 o km Assinatura mensal: R$ 45, mais R$ 8,90 a hora e mais R$ 0,53 por km Madrugada: R$ 2,90 por hora, da meia-noite às 7h

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SERVIÇO

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A previsão de crescimento do setor para 2011 é de 15%

retrospectiva

Balanço

Positivo O ano de 2010 foi pontuado por grandes conquistas e vitórias para o setor de Locação de Automóveis, resultado de muita batalha, planejamento e competência

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om um cenário econômico animador aliado à maturidade da indústria brasileira, a ABLA tem muito a celebrar com os seus associados no fechamento de mais um ano repleto de realizações. Com a aproximação da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada no Rio, dois anos depois, o mercado acredita que haverá um expressivo crescimento para o setor, que fechou 2009 com faturamento de R$ 4,3 bilhões, aumento de 9,5% em relação a 2008. Para este ano, a previsão da ABLA é de um crescimento de cerca de 15%, índice que deve se repetir anualmente até a Copa. “Estamos prevendo um crescimento representativo nos próximos quatro anos por conta da Copa do Mundo. Nesse período, acontecerão investimentos significativos de recursos do governo em obras de infraestrutura e da iniciativa privada para construção de estádios e hotéis. São esses grandiosos

eventos mundiais que incrementarão o Turismo Nacional e Internacional, com grande movimentação de pessoas, o que vai gerar maior procura pelo aluguel de carros”, promovendo, consequentemente, maior visibilidade ao setor, explica João Claudio Bourg, presidente executivo da ABLA. De acordo com a Associação, a frota de 400 mil veículos no segmento de aluguel de carros no País deve dobrar até 2016 e as locadoras de veículos investirão R$ 58 bilhões até 2014. O dado foi anunciado pelo presidente do Conselho da Associação, Paulo Gaba Jr., no 38º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas 2010, no Rio. Gaba Jr. destaca que o uso de tecnologia

nas locadoras é cada vez mais fundamental. “O mundo mudou, as pessoas querem mais liberdade e cada um deve diversificar seus produtos. O agente tem de utilizar ferramentas como a internet e oferecer serviços adequados e de qualidade”, diz. Do volume total de carros alugados, 52% destinam-se à terceirização de frota, 22% para aluguel de turismo de lazer e 26% para negócios. Ainda este ano, a reunião de dezembro do Conselho Nacional do Turismo (CNT) deve ser marcada pelo lançamento de um livro sobre o

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tema Transportes, que fará parte da coleção de livros do CNT. A obra terá um capítulo completo sobre a ABLA, o que demonstra a representatividade que a Associação conquistou e a própria importância do setor de locação de automóveis no Brasil. O capítulo sobre a ABLA trará sua história, gráficos, estatísticas e fotos ilustrativas.

“Estamos prevendo crescimento nos próximos 4 anos” Anuár

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INTERNET - A gestão da ABLA prima pela qualidade dos serviços prestados às Associadas, mantendo preocupação constante por melhores negociações com novas parcerias, não só com montadoras, mas também com outros importantes fornecedores. Ações essas divulgadas de forma ágil e na íntegra por meio da completa ferramenta de e-mail marketing, atingindo a marca de 150 comunicados até novembro, o que gerou mais de 150 mil e-mails enviados. Entre as principais realizações, destacamos o Anuário ABLA, que ganhou versões em inglês e digital e está causando grande repercussão internacional. Uma publicação que mapeia toda a cadeia produtiva de aluguel de veículos do País e que traz as imprescindíveis informações acerca dos números do setor. É a primeira vez que os dados do setor são disponibilizados em língua estrangeira. Para acessá-los, basta clicar no link “Revista Locação e Anuários” no portal da ABLA (www.abla.com.br). Em parceria com os Sindloc´s de todo o País, o Anuário ABLA 2010 foi apresentado em maio a associados, autoridades, imprensa, parceiros, fornecedores e público em geral. Como estratégia digital, o Portal do Associado foi totalmente reformulado no primeiro semestre e, como resultado imediato, ganhou velocidade de navegação e informações pertinentes atualizadas diariamente. No site há ícone para a Rádio ABLA, com importantes entrevistas com

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dezembro

ANÚARIO ABLA Versões: português, inglês e digital Destaques: estatísticas com perfis da frota, do negócio e dos locatários; dados da ANFAVEA, CESVI, CNT, Ministério do Turismo, Montadoras, Seguros, Conselho Nacional da ABLA - titulares, suplentes e diretorias regionais; e perspectiva de crescimento, entre outros capítullos. Site: www.abla.com.br


retrospectiva

o conselheiro nacional da ABLA, José Adriano Donzelli; com o diretor da ABLA Minas Gerais, Mauro Roberto, entre várias outras com um conteúdo de grande interesse para os associados. Aliás, a Rádio ABLA é uma das iniciativas do Programa de Qualificação ABLA (PQA), que este ano já obteve resultados significativos. Iniciaram-se em novembro importantes cursos à distância, em parceria com o Ministério do Turismo e a Universidade de Santa Catarina (leia mais na pág. 10) focados em atendimento e vendas, visando Copa do Mundo 2014 e a Olimpíada 2016. Os treinamentos à distância permitirão a ampla qualificação dos profissionais e gestores das locadoras sendo um marco nas ações em benefício do setor de locação de veículos. Também a Revista Locação, atual e moderno veículo de comunicação, passou recentemente por uma reformulação editorial e gráfica sendo um frequente meio de consulta e informação periódica do Setor de Locação de Veículos. SEM BUROCRACIA - Além dessas realizações, a ABLA mantém atuação permanente frente a questões que atingem todo o setor e que, financeiramente, causam grande ônus ou dificuldades às locadoras. Um bom exemplo é a vitória alcançada pela ABLA, junto ao CONTRAN / DENATRAN, na extinção da exigência da tradução juramentada da carteira de habilitação de estrangeiro para dirigir no País. A Resolução 345 foi publicada em 23 de março, no “Diário Oficial da União”: “O estrangeiro que desejar ou necessitar dirigir no Brasil não precisa mais apresentar a tradução juramentada de sua carteira original de habilitação”.

A ABLA acompanhou de perto o processo que culminou no fim da exigência. Agora, basta o motorista vindo de outro país apresentar sua carteira de habilitação original e um documento de identificação – que pode ser o passaporte – para dirigir em nosso País. O turista que permanecer no Brasil por mais de 180 dias, deve procurar o Detran estadual para obter a habilitação brasileira. INTERCÂMBIO - No primeiro semestre, a Associação solicitou e teve aceita sua filiação à Câmara Interamericana de Transportes (CIT), o principal fórum de discussões sobre o desenvolvimento dos transportes no continente americano. A confirmação oficial da filiação chegou à Sede Nacional da ABLA, em São Paulo, e a aprovação definitiva do ingresso da associação aconteceu em maio, durante a 13ª Assembléia Ordinária da CIT, na Colômbia. Além da presença marcante no Salão do Automóvel de São Paulo (leia na pág. 24), a ABLA participou nos dias 21 e 22 de outubro dos painéis da ABAV – Feira das Américas, o maior evento do Brasil dedicado aos agentes de viagens, no Rio de Janeiro. A Associação foi ao evento com o objetivo de mostrar as possibilidades e vantagens que o setor de locação de automóveis oferece, não apenas

Paulo Gaba Jr. - Presidente do Conselho da ABLA


C CAPA

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aos próprios agentes, como também para seus clientes (turistas). A Feira das Américas, instalada numa área 17.090 metros quadrados do Rio Centro, em Jacarepaguá, teve 707 expositores dos quais 82 participaram pela primeira vez exibindo tendências e atrações de 48 países. VERÃO - O presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Gaba Jr., apresentou a palestra com o tema: “Ganhando Mais, Vendendo Rápido”. No encontro, Gaba explicou como funciona o setor e também como os agentes de viagens podem “vender” a locação de automóveis, transformando o “produto” aluguel de automóveis em um diferencial (rentável) para as agências. Durante a ABAV, foi realizada uma pesquisa que apontou que os empresários do setor estão otimistas. Eles acreditam em um aumento de 21% na demanda entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011, no comparativo com o ano anterior. Foram ouvidas 73 empresas de todo o setor e o otimismo é compartilhado por 85% dos entrevistados. Segundo a ABLA, a temporada de verão tem superado as expectativas das locadoras ano após ano, mostrando um fortalecimento do turismo interno e que o brasileiro está criando uma cultura em alugar carro nas férias. Em maio, a ABLA já havia participado do 5º Salão do Turismo, no estande do Conselho Nacional do Turismo, evento de promoção de todo o trade turístico, dedicado ao mercado interno. Na abertura o presidente executivo da associação, João Cláudio Bourg, representou a entidade e participou, ao lado do ministro do turísmo, Luiz Barretto de uma apresentação dos programas Olá Turista e Bem Receber Brasil

O mundo mudou, as pessoas querem mais liberdade e cada um deve diversificar seus produtos

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VI Convenção Graças à participação de lideranças nacionais e regionais, importantes questões dos associados foram colocadas em discussão durante a VI Convenção da ABLA, que foi realizada de 19 a 21 de agosto em São Roque, interior de São Paulo. Foram debatidos vários temas em 14 apresentações: legislação, crédito, qualidade e padrões contábeis, entre outros. Também entraram na pauta as oportunidades para inserir os regionais nos Conselhos Estaduais e Municipais de Turismo e participação nas feiras de negócios no Brasil e exterior. A área financeira, sobretudo o uso de cartões de crédito, benefícios e os desafios da sucessão nas empresas familiares foram abordados no segundo dia, que foi encerrado com uma dinâmica de grupo conduzida por Paulo Gaba Jr.




indústria

A pleno vapor N

o curto prazo, o Brasil vai produzir 5 milhões de veículos. Pelo menos é o que espera o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. E para garantir esse número o mercado precisa estar muito competitivo, o que vai obrigar as montadoras investirem na ampliação da capacidade produtiva, tecnologia e em novos produtos. Resultado: investimentos de R$ 23 bilhões até 2015. Belini, que também comanda a Fiat Automóveis, garantiu que a montadora mineira vai investir – entre 2011 a 2015 – R$ 6 milhões em sua fábrica de Betim. A grande aposta é que a venda de automóveis continue crescendo nos próximos anos e assim haverá o retorno dos investimentos. As 26 marcas que concorrem com mais de 600 modelos terão obrigatoriamente a seu favor a crescente demanda da renovação de frota, já que o consumidor trocará o seu carro em períodos mais curtos: a cada três anos. Segundo pesquisas da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE), na década passada a vida útil de um veículo era de 20 anos – atualmente, é de apenas cinco anos. O setor automotivo respondeu por mais de 10% de tudo o que o Brasil gerou

de riquezas no ano passado. Considerando o comércio e a indústria em toda a cadeia produtiva, é como se os negócios envolvendo veículos (desde fornecedores de peças até as concessionárias, passando pelas montadoras) gerasse pouco mais de R$ 1 de cada R$ 10 movimentados por toda a economia brasileira. O Brasil já é o quarto mercado automotivo do mundo em vendas. Deve fechar 2010 com o recorde histórico de 3,4 milhões de unidades vendidas. Dados da Jato Dynamics do Brasil, consultoria especializada nesta área, mostram que o Brasil ultrapassou a Alemanha em número de unidades vendidas. De janeiro a agosto, foram 2,077 milhões daqui, contra 2,027 milhões de lá. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) demonstra que, em 2002, o Brasil era só o 11º mercado mundial, superado por EUA, Alemanha,


E economia

21 ABLA

Inglaterra, China, Espanha, Canadá, Coreia do Sul, França, Rússia e Itália. Hoje, só perde para EUA, China e Japão. Isso ajuda a dar uma ideia da importância do mercado brasileiro frente a outros países. O Brasil está inserido dentro da economia do automóvel e esta é uma área que movimenta o mundo. Todas as grandes economias têm uma forte indústria do automóvel. O próprio desempenho dos negócios da indústria automotiva tem sido maior do que o crescimento do PIB brasileiro há vários

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anos. A taxa de aumento do PIB brasileiro foi negativa em 2009 (-0,2%) e teve aumento de 5,1%, em 2008, e 5,7%, em 2007

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É o valor de investimentos em reais na ampliação da capacidade produtiva, tecnologia e novos produtos, que as fabricantes de automóveis devem investir no Brasil até 2015, de acordo com a Anfavea.

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Especial

Edição de ouro D

e 27 de outubro a 7 de novembro, São Paulo se transformou na capital mundial do automóvel. Mais de 750 mil pessoas foram conferir as novidades do setor automotivo na celebração dos 50 anos do Salão do Automóvel, ocasião escolhida pela ABLA para a realização da Assembleia Geral dos Associados. No dia 28 de outubro, no Hotel Hollyday Inn, vizinho ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, os associados aprovaram por unanimidade as contas do exercício do ano passado e, entre vários assuntos de relevância, discutiu-se a questão do IPVA para os veículos das locadoras de automóveis. Dentro do próprio Pavilhão de Exposições, a Reed Exhibitions Alcantara Machado reservou um local nobre para uma inédita apresentação do Balanço do PQA da ABLA. Aliás, a maioria das montadoras presentes preparou ações especiais para os empresários do setor de locação de automóveis.

A celebração dos 50 anos do Salão do Automóvel foi o evento mais concorrido do ano do setor automotivo


A indústria de automóveis se prepara para contabilizar um crescimento de 8% este ano

Nos estandes de 180 expositores do Salão foram exibidos perto de 450 diferentes modelos de automóveis, de 42 marcas. O inconveniente, porém, ficou por conta do estacionamento do Anhembi. Achar uma vaga disponível, das oito mil existentes, não foi uma tarefa fácil para os visitantes, que chegaram a demorar uma hora nessa tentativa. Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos

Automotores), o Salão é a vitrine pela qual a indústria mostra seu posicionamento de importância no cenário internacional. “O Salão do Automóvel reflete o anseio do consumidor que vem ao evento para ver os produtos e encontra aqui o que está sendo lançado no mundo. A indústria de automóveis se prepara para contabilizar um crescimento de 8% este ano, em relação a 2009”, afirma Belini. Para o presidente da Ford no Brasil, Marcos de Oliveira, “o público é atraído pelos veículos que são ícones – caso do Mustang nessa edição,

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pelos modelos que são objeto do desejo do consumidor, pela tecnologia embarcada, incluindo as versões futuras – destaque para a conectividade que permite ao condutor ter acesso ao mundo exterior sem comprometer a sua segurança”. Já José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da General Motors do Brasil, acrescenta que “a indústria de automóveis está cada vez mais globalizada com produtos que imprimem um caráter mundial em sua fabricação”.

SALÃO DO AUTOmóvel

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NEGÓCIOS

Haima 7

Exército vermelho 11 marcas chinesas prometem agitar o mercado brasileiro

JAC J5

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reços agressivos, fartura de acessórios, pouca criatividade e, em alguns casos, qualidade a desejar. As marcas chinesas mostraram suas armas no 26º Salão do Automóvel para conquistar o consumidor brasileiro com cópias até do Mini Cooper. Jac, Chery, Chana, Haima, Brilliance, Jinbei, Great Wall, Effa Motors, Hafei, Lifan Motors e MG Roewe prometem disputa acirrada. O modelo que mais impressionou foi o QQ da Chery, um compacto 1.1 de 68cv com ar-condicionado, direção hidráulica e freios ABS a R$ 22.900, que deve chegar por aqui em fevereiro. A fabricante promete ainda para maio de 2011 o Fulwin2, flex 1.5, por R$ 35 mil, e montar uma fábrica em Jacareí em 2013. Também caiu no gosto do público o 320 da Lifan, desenho “inspirado” no Mini, com motor 1.3 de 88cv, montado no Uruguai com peças fabricadas na China, que está sendo vendido a R$ 29.980 – com airbag duplo, freios ABS, direção hidráulica e ar-condicionado.

Jinbei - Cross

22.900 É o valor em reais que a Chery promete vender seu modelo QQ, a partir de fevereiro. Será o carro mais barato do Brasil


1.500 É a quantidade de veículos da marca Brilliance, que a CN Auto espera vender em terrirório brasileiro durante o ano que vem

Effa - M100

A Haima desembarca por aqui com quatro modelos: o utilitário Haima 7, o compacto Haima 2 e o sedã e hatch Haima 3. A marca mantém parceria com a japonesa Mazda há 15 anos. E a Jac mostrou até seu conceito híbrido, o J5 que pode ser recarregado na tomada. As vendas por aqui devem começar ainda no primeiro trimestre de 2011. A minivan J6 para até sete pessoas é assinada pelo estúdio italiano Pininfarina e o compacto J2 impressionou pelo motor 1.4 de 108cv – aceleração de 0 a

100km/h em 9,8s, mas este modelo somente chega por aqui em 2012. Só a CN Auto, que representa Jinbei, Hafei e Brilliance, espera vender 1,5 mil unidades só dos modelos da última marca em 2011. Destaque para o sedã FSV (motor 1.5) da Brilliance, com design do italiano Giugiaro. A Chana, já conhecida por aqui, aposta agora nos compactos, com o Mini Benni, que é 31cm menor que um

Lifan 320

Chery - QQ

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Ford Ka e vem de fábrica com ar-condicionado, freios ABS e airbag duplo por R$ 29 mil. Picape e compacto são os lançamentos da Effa, no Brasil há dois anos. Batizada de Plutus, a picape traz motor 3.2 a diesel, e o compacto M100, que foi renovado com roda de liga leve, direção hidráulica, arcondicionado e faróis de neblina por R$ 25.980

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TEST-DRIVE

Captiva:

o SUV sob medida Por João Claudio Bourg

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otor 3.6 litros V6 Alloytec, de 24 válvulas, que desenvolve a potência de 261 cv a 6.500 RPM e torque de 32,95 kgfm a 2.100 RPM. Tração 4x4. Rodas de 17 polegadas. Escapamento duplo. O design do Captiva Sport, da General Motors, chama a atenção pela esportividade. Por dentro, ele é elegante e se destaca pelos equipamentos, revestimento em couro e tecidos de fino acabamento. Vem com bancos dianteiros com acionamento elétrico com oito funções.

O volante é revestido em couro e abriga os comandos de som e de controle de velocidade. O display de informações ao motorista mostra a temperatura externa e bússola. E o painel, além do velocímetro, contagiros e marcador de combustível, traz uma série de informações especiais: monitoramento de pressão dos pneus, sensor de passageiro no banco dianteiro, sistema de controle de tração (TCS) e controle de estabilidade (ESP). O ar-condicionado tem controle digital e o porta-malas, capacidade para 821l.


A AVALIAÇÃO

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Ao volante O Captiva tem tudo para agradar o consumidor de SUV (Sport Utility Vehicle). E se design e conforto não são tudo, ele agradou também na dinâmica. Logo na primeira acelerada do potente motor, o Captiva se mostrou bom de guiar: a suspensão tem capacidade para superar os buracos e valetas sem dificuldades. A direção tem muita precisão. E a segurança é transmitida pelo incrível equilíbrio nas frenagens. Por falar em segurança, o SUV da GM vem equipado com seis airbags, cintos de três pontos para cinco ocupantes, freios ABS e controle eletrônico de tração. O câmbio é automático de seis marchas e permite mudanças manuais, através da seleção da alavanca - redução para trás e avançar para frente. A tração integral pode ser ligada eletronicamente, com o carro em movimento. A GM garante que o Captiva sai da imobilidade e chega aos 100 km/h em apenas 8,4 segundos.

CV de potência

Conclusão

Tudo no Captiva Sport foi pensado para agradar ao motorista e aos passageiros. O desempenho é compatível aos melhores automóveis de passeio, com toda a tecnologia necessária para transformar o ato de dirigir bastante agradável e seguro. Já os acompanhantes desfrutam de todos os requintes da vida a bordo, como bom espaço para as pernas – tanto no banco dianteiro como no traseiro -, portacopos, bancos confortáveis e macios, potente sistema de áudio, boa visibilidade para todos os lados e um rodar macio e confortável

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bahia

Hippie Chic

Falésias incríveis, praias de águas mornas e transparentes que espelham o céu fazem de Trancoso um dos destinos mais descolados do Brasil

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m sorriso é inevitável quando se chega ao Quadrado de Trancoso (BA) - uma grande praça retangular, gramada e cercada de árvores centenárias e construções coloridas, da época do descobrimento (urbanização típica dos jesuítas, século 16). É lá que durante o pôr-do-sol se forma a roda de capoeira e meninos jogam futebol. Descoberto pelos hippies nos anos 1970, pessoas de todos os cantos do mundo se rendem a suas belezas e ao clima hospitaleiro, com o céu repleto de estrelas. Antes disso, o povoado no sul da Bahia vivia como no séc 18, sem fechaduras nas portas, sem eletricidade ou comércio.

Club Med Village Trancoso O Village fica a seis quilômetros de Trancoso. São 250 apartamentos em uma área de 27 hectares - com vista para o mar e as falésias. Há campo de golfe com 18 buracos, SPA, Petit Club Med, Escola de Circo, oito quadras de tênis de piso rápido, quadra poliesportiva, campo para futebol, quadras de vôlei de praia, arco e flecha, sala de musculação, aulas de hidroginástica, body pump e body combat. (Tel.: + 55 4402-2582 / www.clubmed.com.br)


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ABLA

Uxua Casa Hotel Descoladíssimo hotel localizado no Quadrado, oferece nove charmosas casas de 1 a 3 quartos, que contam com área externa, cozinha, bar, antiguidades e mobiliário feito sob medida, pias e torneiras esculpidas em madeira e cobre. Além disso, camas king-size, ar-condicionado, i-Pod dock, internet e TV a cabo com DVD. (Tel.: + 55 73 3668-2277 ou e-mail: info@uxua.com)

De carro... O principal acesso é a BR 101. No km 772, Eunápolis-BA, siga pela BR-367 até o km 33 desta rodovia e mais 47 km até Trancoso. Se preferir, faça um tour pela região, siga direto até Porto Seguro. Chegando lá, pegue a balsa para Arraial d’Ajuda (funciona 24h e leva menos de 30 minutos para atravessar). A partir de Arraial d’Ajuda são 26 km até Trancoso em estrada asfaltada.

Villas Trancoso Hotel boutique perfeito para relaxar, explorar e compartilhar momentos especiais com a família e amigos. Situado à beira mar a apenas 1,5 km do Quadrado, oferece piscina de mármore branco, bar submerso, sala de jogos com TV de tela plana, Wii e DVD. As acomodações são um capítulo a parte: cinco villas luxuosas de um e dois quartos e uma sexta Villa com quatro quartos localizada dentro do Condomínio Terravista Golf Resort. (Tel.: +55 73 3668 1151 e e-mail: villas@ mybrazilianbeach.com)

turismo

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SEGURO

Principais alternativas para a contratação do seguro de frotas de veículos de locadoras Por Ildebrando T. S. Gozzo

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ara fins de seguro, “apólice coletiva ou de frota” se caracteriza a partir da contratação de coberturas de seguro para 2 veículos numa única apólice. Observe-se, entretanto, que as seguradoras costumam fazer concessões de descontos somente a partir de 10 veículos, sendo relevante esclarecer que a quantidade de veículos segurados não é o único nem o principal critério para a aceitação e a precificação do seguro coletivo de veículos, especialmente para frotas destinadas a locação. A contratação do seguro de veículos, através de apólice de frota, gera uma maior concentração de valor de prêmio por apólice e uma redução do custo operacional tanto para a seguradora quanto para o corretor de seguros, possibilitando, ainda, uma melhor subscrição dos riscos em face da possibilidade de análise das variáveis de cada grupo segurável quanto ao segmento, utilização, região de circulação dos veículos entre outros. São muitas as alternativas para a contratação do seguro de frotas de veículos de locadoras, devendo cada empresa avaliar o que lhe é mais interessante à luz das suas necessidades e características de suas operações,

considerando principalmente a destinação e o perfil de seus contratos de locação: Terceirização, Turismo de Lazer ou de Negócios. A presente exposição de alternativas para a contratação do seguro de frotas de veículos de locadoras, não objetiva apresentar as variáveis de coberturas possíveis de contratação e de aceitação pelas seguradoras, tais como: seguro total, de responsabilidade civil, assistência 24 horas entre outras, mas tão somente o “formato e clausulado especial de apólices” que estão disponíveis no mercado segurador para contratação de seguros de frotas de veículos. Nem tampouco pretende indicar qual é a melhor alternativa, pois a sua avaliação requer um estudo individual por empresa locadora, sendo aconselhável orientar-se junto ao seu corretor de seguros, sendo deveras importante que este profissional tenha, como pré-requisito, profundo conhecimento do segmento para apoiar a decisão do gestor de riscos da locadora. 1 - APÓLICES COM FORMATAÇÃO E CLAUSULADO TRADICIONAL 1.1 CONTRATAÇÃO DE UMA ÚNICA APÓLICE COM INCLUSÕES, EXCLUSÕES E SUBSTITUIÇÕES DE VEÍCULOS ATRAVÉS DE ENDOSSOS/ADITIVOS Neste formato de apólice a locadora contrata o seguro para os seus veículos em uma única apólice, por 12 meses de vigência, e procede a movimentação decorrente de inclusões, exclusões e substituições de veículos através de endossos/aditivos à apólice, coincidindo sempre o vencimento de vigência destes ao da apólice. 1.2 CONTRATAÇÃO DE INÚMERAS APÓLICES COM EXCLUSÕES DE VEÍCULOS ATRAVÉS DE ENDOSSOS/ADITIVOS Sempre que adquire novos veículos para integrar a sua frota, a

locadora contrata uma nova apólice de seguro por um novo período de 12 meses de vigência, e somente procede às alterações através de endossos/aditivos, sempre quando decorrentes de exclusões de veículos da sua frota. 1.3 CONTRATAÇÃO DE APÓLICES DE SEGUROS POR CONTRATO DE LOCAÇÃO TERCEIRIZADO E DOS VEÍCULOS DESTINADOS AO TURISMO DE LAZER OU DE NEGÓCIOS As locadoras que operam com Terceirização de Frotas, exclusivamente ou não, podem contratar apólices de seguros cujo final de vigência coincida com os contratos de locação, por empresa locatária. Em havendo veículos destinados ao Turismo de Lazer ou de Negócios, poderá contratar uma apólice por 12 meses de vigência para cobrir especificamente estes veículos. Em ambos formatos de apólices poderá proceder às alterações decorrentes de inclusões, exclusões e substituições de veículos durante a vigência de cada contrato de seguro, através de endossos/ aditivos à apólice. 2 - APÓLICES COM FORMATAÇÃO E CLAUSULADO ESPECIAL 2.1 APÓLICES BLANKET Esta modalidade de contratação de seguro da frota requer que todos os veículos de propriedade da locadora sejam segurados através de uma unica apólice, com vigência anual, que todos os veículos de propriedade da locadora sejam incluídos no início de vigência da apólice e que as coberturas contratadas sejam homogêneas em relação aos grupos de veículos que compõem a frota. Diferencia-se daquelas tradicionais em função da forma de movimentação de veículos ao longo da vigência da apólice. Nas apólices blanket permite-se que os veículos sejam incluídos e/ou substituídos dentro de uma periodicidade pré-acordada, por exemplo bimestral, dispensando-se a


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comunicação, à seguradora, das inclusões e exclusões dos veículos nas datas destas ocorrências, o que simplifica em muito a gestão de grandes frotas que possuem intensa movimentação de veículos durante a vigência do contrato de seguro. Exceção se aplica quando ocorre um sinistro com veículo adquirido no periodo compreendido neste lapso de tempo, quando então é necessária a comunicação à seguradora e a inclusão do veículo sinsitrado através de endosso/aditivo à apólice, sendo necessária a apresentação da nota fiscal de aquisição do veículo comprovando que o mesmo foi adquirido naquele período. O ajustamento e a cobrança dos prêmios são feitos também periodicamente, com base na tabela pró-rata-temporis, observando-se as datas e as condições pré-acordadas para a movimentação dos veículos na apólice.

2.2 APÓLICES GATILHO As apólices de gatilho caracterizam-se pela cobrança de um prêmio inicial previamente acordado com a seguradora, cujo percentual é calculado sobre o prêmio total anual que foi apurado na contratação do seguro. Sempre que os valores dos sinistros pagos atingirem um determinado percentual em relação ao prêmio inicialmente pago, aciona-se o gatilho, que se traduz na emissão de endosso/aditivo de cobrança de prêmio em percentual também previamente acordado, e assim sucessivamente, até atingir 100% do prêmio anual, sendo que a quantidade de gatilhos a ser acionada é determinada quando da contratação da apólice do seguro. A título de exemplo pode-se acordar a cobrança de um prêmio inicial de 50% e dois gatilhos de 25%. Nas apólices com

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junho

contratação de coberturas de Responsabilidade Civil a Terceiros é possível que a seguradora exija a sua emissão com cláusula à base de reclamações, determinando que os sinistros somente estarão cobertos se ocorridos durante a vigência da apólice e que a sua reclamação ocorra em tempo determinado a partir do final da vigência da apólice, por exemplo 30 dias. 2.3 APÓLICES STOP LOSS Nas apólices stop loss, cobra-se um prêmio anual préviamente acordado e define-se que: se os sinistros pagos durante a vigência do contrato de seguro alcançarem um determinado percentual em relação ao do prêmio total cobrado, a apólice é cancelada, podendo ser renovada, com o pagamento de um novo prêmio

Ildebrando T. S. Gozzo - diretor secretário da Associação Comercial e Industrial de Bauru; graduado em ciências contábeis; pós-graduado em administração e gerência de seguros pela PUC-RJ; e tem curso de formação de empresários e executivos franchising, pelo Instituto Franchising de São Paulo e Lousiana State University (1993).

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ARTIGO

O Futuro da Locação Por Adriano Augusto Pereira de Castro Fechamos julho com 1,882 milhão de veículos vendidos e ultrapassamos a Alemanha, com 1,859 milhão

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Brasil é o mercado de locação de veículos com maior perspectiva de expansão na próxima década. Os segmentos de terceirização de frotas e locação de curta duração apresentam condições ideais, como se conclui pela análise dos indicadores econômicos que revelam o aumento das frotas das locadoras em níveis superiores àquele da expansão dos demais mercados automotivos. No passado o Brasil passou ao largo dos grandes momentos de ruptura da indústria, como breve revisão histórica evidencia. Nas décadas de 1950 e 1960 houve a maioridade da indústria nos EUA com a transformação da Hertz e Avis nas primeiras corporações profissionalmente administradas com ações negociadas em bolsa de valores. Nas décadas de 1970 e 1980 as companhias aéreas mantiveram participação relevante no segmento para descobrirem que as locadoras estão mais vinculadas ao trade turístico que ao setor de transportes aéreos e logística. Entre as décadas de 1980 e 1990 foi a vez da indústria automobilística tentar, sem sucesso, utilizar as locadoras de veículos como mercado cativo de suas linhas. As sinergias não se realizaram porque as locadoras atendem verdadeiramente demandas por mobilidade e não pertencem realmente à indústria automobilística. No início da década de 2000 as montadoras concluíram sua saída do setor.Todos estes fatos não guardam paralelo com o mercado brasileiro, situação que não deve perdurar nos futuros desdobramentos. Diferentemente do que aconteceu no passado, o mercado brasileiro de locação de veículos tende a se assemelhar cada vez mais ao das economias centrais. Particularmente a proximidade cultural do Brasil com EUA e Europa, a Copa do Mundo, as Olimpíadas, o mercado

financeiro desenvolvido e sistema tributário indutor à locação permitem supor que em breve os principais players da indústria de locação terão presença relevante no país. Nesse contexto, uma das mais profícuas abordagens para se desenvolverem produtos especializados é conhecer em profundidade as tendências internacionais da indústria de locação de veículos nos mercados maduros para então transpô-las no que couber ao ainda em desenvolvimento mercado brasileiro. O elemento mais notável do desenvolvimento recente da indústria de locação é a sua consolidação ocorrida na década de 2000 como reação a vários eventos que impactaram o mercado. Os efeitos dos atentados terroristas de 11/09/2001, os conflitos militares no Oriente Médio, as crises econômicas de 2001-2002 e 2007-2010, restrições ambientais e urbanas crescentes, todos reduziram as viagens aéreas e a atividade econômica afetando negativamente o segmento nos Estados Unidos e Europa. Com esse prognóstico, as empresas de médio e pequeno porte que ainda compõem a maioria das locadoras em atividade no Brasil não podem mais se contentar em atender apenas ao mercado local como sempre fizeram. Na próxima década certamente os grandes grupos utilizarão toda sua capacidade financeira e técnica para aproveitar a atual bonança do mercado brasileiro e, talvez, Adriano Augusto Pereira de Castro aqui repetirem os processos Advogado especializado na indústria de de extermínio concorrencial e locação de veículos (OAB/MG 94.959) consolidação ocorridos no exterior. Assessor Jurídico do SINDLOC/MG e da ABLA - (31) 3224-1292 – A próxima coluna adriano@empresarial.adv.br apresentará subsídios para a Professor de Direito Empresarial da indústria brasileira se preparar Faculdade de Direito Promove Mestrando em Direito Empresarial pela para esse cenário tão provável

Faculdade de Direito Milton Campos Diretor-Secretário da Associação Mineira de Direito e Economia.




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