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# atualidade

os gastos com a produção dessa energia serão, em média, sempre inferiores ao custo da energia consumida a partir da rede (onde ao preço da energia no mercado são somadas as tarifas de acesso à rede definidas pela entidade reguladora).

Se o consumo for conseguido por via do armazenamento e/ ou por via do uso da rede elétrica para os excedentes (autoconsumo coletivo ou comunidade de energia renovável), o projeto deverá apresentar ainda um rácio económico interessante, sem impactos nas tarifas, uma vez que as tarifas de acesso à rede para autoconsumo definidas pela entidade reguladora têm apresentado uma redução relevante da parcela relativa aos custos de política energética, ambiental ou de interesse económico geral (CIEG).

Contudo, a venda dos excedentes à rede elétrica trará sempre impactos negativos para o equilíbrio dos sistemas, uma vez que as essas receitas serão sempre inferiores ao custo da energia consumida da rede.

Deste modo, é particularmente importante que o dimensionamento das unidades de produção própria de energia tenham em consideração os limites referidos, minimizando os excedentes que sejam vendidos à rede.

E se o objetivo fosse a neutralidade energética do saneamento? Ou do setor da água?

Com base nos dados de investimento projetados no Programa ZERO do Grupo AdP, deduzidos da produção própria de energia já existente, estima-se um investimento da ordem dos 200 milhões de euros, dos quais cerca de 135 milhões em alta, para alcançar a neutralidade energética nas infraestruturas de saneamento de águas residuais.

E para atingir a neutralidade energética no setor da água seria necessário um investimento total da ordem dos 530 milhões de euros, dos quais 340 milhões em alta.

Estes valores alinham-se com as previsões do PENSAARP 2030, que apontam para um volume de investimento entre os

765 e os 1.337 milhões de euros para a tipologia de investimentos relacionada com “Resiliência, modernização e descarbonização”.

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