Carolina Benson DESIGN & MODA

Page 1

DESIGN & MODA 1


2


DESIGN & MODA 3

Anna Carolina Benson


© 2016 Anna Carolina Benson Titulo original publicado pela Laurence King Publishing ltd., Londres, Inglaterra Editor Colaboradores Revisão ortográfica Design da capa

4

Anna Carolina Benson Claudio Ferlauto, Roberto Temin, Miguel de Frias Julio Cesar de Freitas, Debora Suzuki, Patricia Resende, Wagner Benson Anna Carolina Benson

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Benson/Anna Carolina Design & Moda / Anna Carolina Benson – São Paulo, SP : MATRONI 2016. 96 p. : il.Inclui índice e glossário. ISBN 978-85-8050-033-8 1. Design gráfico. 2. Artes gráficas. 3 Tipografia. 4 História do Desig. 5. Animação. 6. Produçnao gráfica CDU 655.262 CDD 741.6 Índice para catálogo sistemático: 1. Design gráfico 655.262 1a edição em junho de 2016. Esta edição contempla as alterações em nosso idioma conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor desde janeiro de 2009. Este livro foi publicado em coedição com o curso de design gráfico da FAAP [2016] Todos os direitos desta coedição reservados a MATRONI. Rua Apeninos, 930 9° andar conjunto 91 Tel/fax 55 11 5571 7704 55 11 5575 7760 04104 020 São Paulo SP Brasil vendas@matroni.com.br www.matroni.com.br Impresso e acabado na China


Sumário CAPITULO 1

História do Design & Moda

8

CAPITULO 2

Produção

22

CAPITULO 3

Impressão

38

CAPITULO 4

Tipografia

46

5

CAPITULO 5

Representação Gráfica

56

CAPITULO 6

Empreendedorismo

70

CAPITULO 7

indefinido

82

REFERÊNCIAS

92


Introdução O primeiro capitulo do livro trata sobre Historia; historia da moda e do design. Todas as paginas do lado direito do capitulo fala sobre a historia da moda e sua evolução, desde o século XIX ate os dias de hoje. As paginas do lado esquerdo falam sobre a historia do design. O segundo capitulo do livro trata sobre Processo de Produção; processo de criação de um livro e de uma peça de roupa. Todas as paginas do lado direito do capitulo falam sobre todos os processos de criação de uma peça de roupa, começando pela ideia ate a peça piloto. As paginas do lado esquerdo falam sobre a produção de um livro. 6

O terceiro capitulo do livro trata sobre o processo de impressão. Todas as paginas do lado direito desse capitulo fala sobre as técnicas de impressão de um livro e todas as paginas esquerdas falam sobre as diferentes técnicas de estampar uma peça de roupa


O quarto capitulo do livro trata sobre representação gráfica. As paginas do lado direito do capitulo falam sobre o que é um manual de identidade, enquanto as paginas da direita são passos de como desenvolver um logotipo para sua marca de roupa. O quinto capitulo do livro trata sobre a tipografia. As paginas do lado direito do capitulo, é um texto de Marian Bantjes falando sobre a tipografia enquanto as paginas ao lado esquerdo falam sobre a importância da tipografia no logotipo de uma marca. O sexto capitulo do livro trata sobre empreendedorismo. As paginas do lado direito do capitulo é um texto do Vitor Boccio chamado “Você já esta demitido e não sabe”. As paginas no lado esquerdo explica passo a passo de como abrir uma loja de roupas. O sétimo capitulo do livro fala sobre o que foi feito na disciplina Laboratório de Linguagem Gráfica II (técnicas de vídeo) e mostra um Storytelling de um dos vídeos produzidos para a aula.

7


1

8


Histรณria 9


A História do Design As Exposições Universais e a Reconstrução do Tempo Em 1872, quando Phileas Fogg saiu de Londres para cruzar o mundo em oitenta dias, a era industrial andava a passos rápidos. As pessoas já estavam se habituando a ter máquinas ao redor de si, como a máquina de costura doméstica, os teares de produção de tecidos diversos, as locomotivas a vapor. A vida moderna se desenrolava rapidamente, e habituar-se à sua crescente velocidade era estonteante às vezes, mas necessário. A modernidade mudava o tempo da vida diária, apressava-a, exigia ordem e exatidão: quando Passepartout, o fiel e diligente criado do Sr. Fogg, orgulhava-se da precisão mecânica de seu patrão, esse orgulho retratava o pensamento pragmático/tecnicista que se instalava na sociedade recém industrializada, da qual o criado francês se comprazia em fazer parte. Vinte e um anos antes, a Grande Exposição Universal havia sacudido a capital inglesa, trazendo transformações que afetariam a vida cotidiana em níveis diversos. A partir dela, a ideia do progresso através da mecanização da sociedade, a crença de que a tecnologia seria a resposta para os problemas sociais futuros e, principalmente, o estabelecimento de uma identidade nacional mediada pelo desenvolvimento industrial tornaram-se metas governamentais das nações que outorgavam para si a posição de líderes mundiais: a saber, Inglaterra, Estados Unidos e França.

10

Este texto pretende discutir como as Exposições Universais estabeleceram novos paradigmas não somente para estas nações, mas para as ideias de progresso e futuro que irão se desenvolver ao longo do século XX. Pretendemos também delinear como as Expos (como passaram a ser conhecidas a partir de um momento) ajudaram a estabelecera noção moderna de um mundo de fronteiras cada vez mais próximas e de um tempo reconstruído em intervalos cada vez mais curtos.

Elektro, o robô da Westinghouse Eletric, conversa com a Sr.ª Ellias na feira de 1939


A História da Moda A evolução da moda No inicio do século XIX, a moda era uma indicação elitista de status, não muito distante das leis suntuárias da Idade Media, quando a condição social ditava a cor e tecido que se podia usar. Napoleão Bonaparte, imperador da Franca, foi um dos maiores gênios militares, e sua mulher, Josefina, uma das primeiras lideres influentes na historia da moda. Ao longo do século XX, a moda passou a selecionar as melhores influencias da arte, da musica, do cinema e dos acontecimentos gerais. A função da roupa não é só proteger contra as intempéries: o que vestimos é uma projeção de nossas personalidades (e carteiras), simpatias e antipatias, conhecimento, valores e aspirações. Charles Worth transformou a haute couture numa indústria definida nos anos 1860 e deu renome ao oficio da costura, ao tentar situar a moda no domínio das belas-artes. O trabalho artesanal num vestido de alta-costura justifica seu preço. Em meados do século XX, novos mercados levaram as roupas ready-to-wear projetadas por designers. A arte neste momento consistia em criar estilos elegantes que podiam ser produzidos em massa. No século XXI, o conceito de design de moda é familiar e se aplica a todos os níveis do sistema. Há coleções de estilistas a preços acessíveis e copias baratas de pecas de passarela vendidas on-line, e vemos as tendências da estação em revistas de fofocas e blogs de moda. Até as roupas infantis à venda em supermercados seguem a moda.

A imagem acima mostra a evolução da moda através dos anos

11


A Grande Exposição Universal de 1851: O império têm urgência O pioneirismo em montar uma exposição para apresentar novos produtos e invenções pertence aos franceses: desde 1798 eles montavam mostras periodicamente, mas elas costumavam ser “uma mistura agradável de produtos agrícolas, invenções mais ou menos convincentes, objetos de arte e bibelôs à venda.” Estas mostras eram de cunho nacional: “as nações estrangeiras não eram convidadas: os ‘industriais’ franceses não queriam se esbarrar na concorrência” . A exibição inglesa de 1851 quebrou a monotonia: intitulada A Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações , ela mudou os parâmetros de montagem de mostras expositivas. Sua primeira inovação foi convidar outras nações a exibirem suas criações: 32 países teriam participado da mostra, segundo nos informa JACKSON (2008). A mostra rompeu escalas, a começar com a grandiosidade do edifício que a abrigou: “uma estrutura gigantesca de ferro e vidro cobrindo mais de sete hectares de terreno, com um vasto espaço interior onde caberiam quatro igrejas do tamanho da catedral de St. Paul” . Nomeado Palácio da Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações, o edifício foi apelidado de Palácio de Cristal pela revista semanal inglesa Punch. Montado em cinco meses e meio apenas, ele era “magnífico; porém mais ainda por ser tão repentino, tão surpreendente por ser todo de vidro, tão gloriosa e inesperadamente real” . A rapidez

12

com que foi montado ilustrava a velocidade que a modernidade impunha às novas sociedades industriais: a urgência em sua construção espelhava a urgência de uma nação que apressava o passo e colocava-se à frente dos demais países do continente europeu. Em seis meses, a mostra recebeu 6 milhões de visitantes, um número impressionante para a época. Mas se a mostra de 1851 apresentava uma escala suprahumana e números exponenciais, foi a sua influência no cotidiano das pessoas comuns um dos seus maiores legados. O encanto que a mostra causava nos visitantes era notável, e visitá-la era quase uma obrigação: BRYSON nos relata o caso de da Sr.ª Callinack, “de 85 anos, ganhou fama ao vir a pé desde a Cornualha, caminhando quatrocentos quilômetros” . O maravilhamento das pessoas começava com o edifício, a maior construção em vidro já feita até então. Sua monumentalidade foi alcançada graças aos avanços da Revolução Industrial, cujo desenvolvimento tecnológico tornou possível a utilização do ferro pré-moldado e dos paineis de vidro em grandes estruturas arquitetônicas. O fato de ser todo em vidro dava o edifício uma atmosfera especial, uma aura espectral, quase fantasmagórica. Uma vez passado o torpor causado pela monumentalidade da construção, o visitante se encantava com os produtos expostos: as máquinas apresentadas na Exposição prometiam organizar as tarefas diárias, tornando-as mais rápidas e eficientes:


A imagem acima mostra a evolução da moda através dos ano

Grã-Bretanha nos anos 1830 O mundo elegante da Grã-Bretanha nos anos 1830 era uma extravagancia e um romantismo contidos. No inicio da era vitoriana, a frivolidade do vestuário se tornaria objeto de desaprovação e a disposição de ânimo dominante ditaria um ar de requinte. Em 1840, a nova rainha Vitória casou-se com o príncipe Alberto de Saxe-coburg. O casamento real fixou o padrão para os valores da época: a valorização da domesticidade e da família refletiam-se no vestuário feminino, que se tornou decoroso e modesto para se adequar ao papel passivo da “mulherzinha” do lar. Socialmente, o ideal da mulher no lar indicou uma mudança naquele momento. O desenvolvimento da classe media, resultado da economia da revolução industrial, produzira uma geração que desejava exibir seu sucesso de maneira muito visável e considerava necessário encontrar seu lugar na sociedade. Esperava-se que a esposa distinta de um marido próspero estivesse a frente da casa, administrasse os “auxiliares” e gerasse filhos, sem sequer pensar na vida de trabalho de seus antepassados.

A mudança social e seus efeitos A industrialização e a urbanização aceleraram o desenvolvimento social. As fabricas e usinas têxteis precisavam de mão de obra, o que produziu condições de vida sórdidas e pobreza nas cidades. A deplorável situação dos operários versus a dos ricos industriais estimulou a organização das classestrabalhadoras, bem como tumultos.

13


A exibição trazia ainda a ideia de um mundo encurtado, menor: em uma única visita era possível ver pavilhões de países distantes como o Egito, a Índia, a Turquia. Para a maior parte dos visitantes, a possibilidade de entrar em contato com culturas tão diversas era fascinante, algo impensável até há pouco tempo. Esta variedade de informações e proximidades possibilitava novas apreensões de sentidos e olhares, e interferia com a própria noção tempo/distância: países longínquos a passos de distância, máquinas que só estariam presentes no mercado dali a meses, ou mesmo anos. O futuro era presentificado, as distâncias continentais inexistiam. Para o homem comum de meados do século XIX, cuja vida inteira se passava, muito provavelmente, em uma única cidade e às vezes em um único bairro ou distrito , visitar uma exposição universal era uma experiência transformadora. O próprio ato de se deslocar até a exposição, já propiciava, por si só, o vivenciar de um lampejo da modernidade: na nova era das máquinas, deslocar-se, viver a cidade e suas transformações são os fundamentos da nova época. Como afirma ORTIZ (1991), “o princípio de ‘circulação’ é um elemento estruturante da modernidade que emerge no século XIX.”

14

As duas imagens acima mostram a entrada da A Grande Exposição Universal de 1851

A modernidade se instala: as exposições e a vertigem dos deslocamentos

Quando Napoleão III se instalou no poder em 1852, projetos de modernidade estavam em seus planos: entre eles, a realização da Exposição Universal de 1855. Ela não foi um sucesso como a exposição inglesa de 1851, mas sua ocorrência e aquelas que a seguirão vão marcar o tom das próximas exposições internacionais: Se foi a Grande Exposição que estabeleceu o modelo pelo qual as exposições internacionais passaram a ser julgadas, foram os eventos parisienses que elevaram os padrões. Entre 1855 e 1900 a capital francesa hospedou cinco Expositions Universelles, cada uma mais exuberante que a outra. ( JACKSON 2008, p. 16-17.)

Mesmo não sendo tão grandiosa como a mostra de 1851, a mostra de 1855 espantava os visitantes ao apresentar-lhes a fotografia e a “aplicação doméstica da eletricidade” .


Em 1842 os operários da indústria do algodão promoveram uma greve geral, e os donos das usinas têxteis foram obrigados a pensar não só na produção como em reformas. O progresso teve um preço para os ofícios tradicionais: rendeiras e sapateiros qualificados foram substituídos por maquinas a vapor, e os luddistas, com seu combate à mecanização, alimentaram ainda mais inquietação e revoltas. Para a nova classe média vitoriana, contudo esse tempo de perturbação foi também de entusiasmo e novas oportunidades. A energia a vapor facilitou o desenvolvimento do sistema ferroviário, e a rapidez e facilidade das viagens trouxe consigo a possiblidade de férias a classe que acabava de enriquecer.

15 Greve Geral de operários da indústria do algodão, 1842

Maquinário Teares Uma das mais antigas formas de trabalho humano é a fiação e tecelagem, sendo que a evolução da técnica da produção de tecidos liga-se fundamentalmente à evolução das sociedades. A grandiosidade e exuberância da tecelagem que se vê, por exemplo, no Antigo Egito, pode parecer difícil de entender dada a simplicidade dos instrumentos que se utilizavam então. No entanto, o tear antigo, manual, já continha primitivamente estágios das técnicas empregadas pelas máquinas automáticas de nossos dias. Os chamados “tear de Circe” e o “tear de Penélope” conhecido das antigas pinturas gregas nos dão uma ideia da utilização da tecelagem nos tempos da guerra de Tróia. Vestiam com os farrapos das velas rôtas dos navios e obtidas, por esmola, dos navegantes que aportavam no litoral de São Vicente.


Na exposição de 1867, as fronteiras entre os países se tornam cada vez menores, possibilitando os visitantes transitarem de uma cultura à outra em minutos. O experimentar outras culturas era mediado também pelo olfato e paladar:

O Champs de Mars fica aberto até a meia noite e se torna, por cinco meses, o ponto de encontro preferido dos parisienses. Entre as centenas de restaurantes que se encontra ao longo do passeio de um quilômetro que contorna o palácio das Indústrias e o parque, havia um café argelino, um café holandês, um lugar para degustar curaçao, um restaurante prussiano que serve os vinhos do Reno, uma brasserie vienense, uma loja de refrescos suíça (...). O café sueco servia ponche; o restaurante russo, caviar e salmão cru. Ainda há os restaurantes italianos, turcos, romanos, marroquinos...e um café dos Estados Unidos onde os parisienses se espremiam para degustar soda com sorvete”. (AGEORGES 2008, p.36)

As mais novas tecnologias serão exibidas nas Expos: na mostra de 1878, a iluminação

elétrica foi instalada na Avenue d’Opera e na Place de l’Opera. A eletricidade ampliava as possibilidades da noite como espaço de entretenimento: o tempo diário se estendia, o dia se alongava. Em 1889, na Expo que comemorava o centenário da Revolução Francesa, seus maiores trunfos foram duas joias arquitetônicas que competiam com a engenhosidade do Palácio de Cristal e glorificavam o poder da máquina: a Galerie des Machines e a torre Eiffel. A exposição, apesar da recusa de alguns países em participar de um evento que comemorava uma revolução, foi um triunfo: 32 milhões de pessoas a visitaram ( JACKSON 2006). A exposição celebrava a arquitetura do ferro, que já havia sido glorificada coma construção do Palácio de Cristal em 1851. Mesmo com um antecedente deste porte, a construção da torre Eiffel foi um espanto: com seus 320m de altura,

16

ela causava vertigens nos visitantes. Sua iluminação elétrica também foi um sucesso: milhares de lâmpadas a adornavam, enquanto um raio tricolor saía de seu topo e iluminava os céus todas as noites .

A torre Eiffel iluminada na exposição de 1889


O primeiro ramo da indústria a ser mecanizado foi a manufatura de teares, por volta de 1767 (Hargreaves). Em 1767, Arkwright inventou o tear hidráulico, permitindo grande produção de fios, o que provocou um desequilíbrio em razão do pouco número de tecelões para dar vazão à produção.Foi Cartwright quem solucionou o problema construindo o tear mecânico, que se popularizou a partir de 1820, permitindo o aparecimento de modernas fábricas de tecidos. Originalmente o tear de Cartwright era movido por bois, logo utilizando a força motriz gerada pelo vapor, invenção demandada pela tecelagem.

Maquina de costura A maquina de costura Singer, introduzida em 1851, não foi, afinal um instrumento de libertação. Roupas prontas haviam começado a ser produzidas no East End de Londres e nas áreas industriais de outras cidades, que submetiam os operários a condições desumanas em fabriquetas sórdidas. A Singer fora destinada ao uso doméstico, mas costureiras mal pagas trabalhavam noite adentro em suas casas, costurando para garantir seu sustento. A introdução da máquina de costura trouxe um significativo aumento na produção de roupas masculinas Ready-to-wear. A Brooks Brothers abriu em Nova York em 1818, enfatizando a importância da qualidade e do caimento de seus ternos. Na Inglaterra, as roupas prontas não tinham a mesma reputação, e as lojas de artigos masculinas que vendiam roupas feitas em fábricas e cooperativas só se desenvolveram depois que a moda mudou nos anos 1860.

Imagem acima de uma maquina de Costura

17


A mostra de 1900, ao raiar do novo século, confirmou as mudanças nos deslocamentos espaço/tempo causadas pelas novas tecnologias. Uma nova estação de trem, a Gare d’Orleans, foi construída para receber os visitantes, possibilitando que habitantes de localidades mais distantes chegassem com maior conforto, desembarcando nas proximidades mostra. Próximo à nova estação, e fazendo parte do complexo de edifícios montados para a Expo, foi construído um hotel. A primeira linha de metrô parisiense foi inaugurada e uma calçada ambulante transportava os visitantes entre pontos importantes da exposição. Não havia tempo a perder: os deslocamentos mais rápidos se faziam necessários, e a exposição foi um emblema disto. “A rapidez e a quebra das fronteiras representam o espírito de uma época; elas expressam uma aceleração da vida social” . No topo do Palácio da Eletricidade, uma estátua de 6,5 metros segurava uma tocha que disparava um facho de luz de 50.000 volts. A eletricidade, glorificada na exposição, já havia mudado transformado a noção de pertencimento ao mundo. Como escreve Bodanis, antes da eletricidade, o tempo era uma coisa local, mutável, pessoal. Os relógios de Nova York e Baltimore, por exemplo, tinham uma defasagem de vários minutos, pois estavam em diferentes latitudes e o meio-dia chegava um pouco mais tarde em Baltimore. Cada cidade era um mundo em separado, e assim era legítimo pensar que um indivíduo andando aqui ou ali, ou trabalhando na sua fazenda isolada em algum lugar, era parte de um mundo igualmente separado. Mas agora esses mundos podiam sincronizar-se e, onde quer que alguém estivesse, ele sabia como ajustar-se ao “controle” preciso e universal do tempo perdido.

A mostra de 1900 foi montada em uma Paris bem diferente daquela que recebeu a exposição de 1855. O processo de reurbanização conduzido por Georges Haussmann

18

durante o Segundo Império havia deixado a cidade mais rápida, pois as novas avenidas reduziram o tempo gasto nos deslocamentos. Flanar pela cidade havia se tornado um hábito de seus moradores, não mais circunscritos a pequenas distâncias entre os bairros em que moravam. Os pavilhões da mostra de 1900 e o deslocar-se entre eles eram um retrato desta cidade feérica, que exigia trilhos e relógios: “antes da estrada de ferro, possuir um relógio era um sinal de riqueza; desde então, tornou-se uma prova de civilização .”

O século XX: o futuro instaurado pelas Expos A exposição de 1900 inaugurou um século que será pautado pela inovação tecnológica e pela construção do futuro. As expos subsequentes, realizadas em várias partes do mundo reafirmaram este posicionamento. Mas nenhuma delas talvez tenha levado a ideia do futuro de maneira tão ousada e completa como a exposição de 1939, realizada em Nova York. Com o slogan “O Amanhã é Hoje”, a feira de 39 foi pautada pela vontade norte-americana de mostrar que os difíceis anos de depressão econômica já tinham sido superados. “Construindo o mundo de amanhã com as ferramentas de hoje” : a nação agora mirava o futuro.


Arte e o design orientais. Idealizada pelo príncipe Alberto, a grande exposição de 1851 deu o inicio a um dialogo sobre inovações e comercio internacional, a que as exposições internacionais do século XX deram continuidade. Esses eventos foram catalisadores para a ampliação dos horizontes europeus e um crescente interesse por culturas orientais, que levou ao estudo da arte oriental por arquitetos, artistas e designers ocidentais. A exposição internacional de Paris 1867 estabeleceu a influencia oriental sobre a moda. Para ir ao encontro desse interesse o Japão começou a exportar japonaiseries feitas a mão, produzidas especificamente para o mercado europeu, e em 1878 o designer industrial inglês Christopher Dresser foi convidado pelo governo japonês para ir ao Japão conhecer industrias de arte.

19

Influência oriental, 1864

Leque de bambo e folhas de seda, c.1850-70


O empenho do governo norte-americano em mostrar seu avanço tecnológico mostrava uma nação sôfrega por adiantar-se no tempo, como se a feira fosse um túnel que levaria a um futuro feliz, de irmandade entre os povos, onde todas as imperfeições seriam sanadas pela tecnologia. As empresas americanas esmeraram-se: no pavilhão da Westinghouse Electric, o público era recebido por Elektro, um robô de aproximadamente 2m de altura que respondia a pequenos comandos e conseguia entabular uma conversa com seu interlocutor. As montadoras de automóveis não ficaram atrás: assim como na mostra de 1900, inovações na mobilidade e no transporte individual e coletivos eram o cerne das questões ligadas à projeção da vida no futuro. A GM apresentou Futurama, cidade projetada pelo designer Norman Bel Geddes, montada em uma imensa maquete que se estendia por mais de 3.000m2. JACKSON nos descreve a experiência com a cidade imaginada:

do conforto de poltronas que se moviam, os visitantes podiam ver o mundo em 1960, enquanto escutavam um comentário sobre as virtudes da América do futuro, melhorada pelas autoestradas avançadas e carros sofisticados. Os visitantes saíam por um display dos últimos lançamentos automobilísticos da General Motors e recebiam um broche que orgulhosamente aclamava “eu vi o futuro”.

A feira de 1939 presentificava o sonho pensado em 1851: a crença em um mundo melhor, uma época futura em que a humanidade, sob os auspícios da máquina e da tecnologia, caminharia para uma era de paz e cooperação internacional. A Segunda Guerra Mundial irrompeu antes do término da feira, adiando os sonhos.

20

A entrada para Futurama, na feira de 1939


-

21


22

2


Produção 23


A Produção de um livro independente

24

Todo livro é feito por pessoas criativas que se detiveram em cada aspecto de sua feitura, desde o tamanho das páginas até o design da capa à forma de encadernação e o papel. Embora a folha de rosto de um livro em geral use uma tipografia pesada e imagens para chamar atenção, as páginas internas frequentemente são delicadas e discretas, para facilitar o processo de leitura. O design do livro é uma arte. Qualquer pessoa que tente fazê-lo, até mesmo de um livro simples, descobrirá rapidamente como essa arte pode ser difícil. Se você for novato em design gráfico, faça suas primeiras tentativas do modo mais simples possível e examine atentamente outros livros, para ter inspiração. Há uma longa tradição na produção editorial, e ao projetar seu livro observando os que já foram produzidos, é mais provável que você crie um volume que pareça clássico, profissional e atraente aos leitores.


A Produção de uma roupa Muitas vezes vemos uma roupa em uma vitrine e nem pensamos no trabalho que dá para ser feita. Simplesmente achamos bonita. Mas por trás da beleza, há muito trabalho, há uma série de procedimentos na confecção até que chegue aos resultados que são mostrados. O vestuário tem diversas funções. Funções de proteção do corpo contra agentes externos, função estética, ligada à moda, e a função de identificação. A forma que a pessoa se veste diz muito a respeito dela, como sua profissão e classe social. A roupa até mesmo pode ser considerada uma linguagem não-verbal. Daí a importância de ser bem-feita, bem desenhada e principalmente, bem costurada. As etapas envolvem: criação, desenvolvimento técnico, modelagem, corte, costura, prova, acabamento e piloto.

25


Livro de texto Um romance ou algumas obras de não ficção consistem basicamente de texto, embora possam eventualmente conter ilustrações, como um frontispício na abertura, pequenos desenhos no início de cada capítulo, ou diagramas relacionados ao texto. A maioria dos livros tem uma coluna principal chamada mancha ou corpo do livro. As margens podem todas ser iguais, ou você pode criar margens internas mais largas ou na borda. externa.

Livros de fotografia

26

Neste tipo de livros, como é óbvio, há o predomínio das fotografias em relação ao texto. Faça o design da página em conta os formatos e tamanhos das fotos que você tem e o que quer dizer em relação a elas. O formato das fotografias são predominantemente verticais, horizontais ou quadradas? Você apresentará apenas imagens ou elas serão mescladas com texto?


Criação Área responsável por traduzir nas roupas de uma grife ou marca de confecção, uma tendência direcionada para o mercado de atuação que a empresa pré estabeleceu. Buscando atender a faixa etária, conforto, custo, estilo, etc. Pode ser representada por um profissional que chamamos de estilista ou por um setor composto por uma equipe. Desenvolvimento Técnico Depois de produzidos os croquis de cada uma das pecas é hora de traduzir a visão do estilista para alguma coisa mais paliável. É ai que entra o desenho técnico desenvolvido em programas como CorelDraw ou llustrator. Ha também um detalhamento descritivo da peca como indicacoes de acabamento locais de zipers ou botões e quais tecidos compõem cada uma das partes.

27

As tres Imagem acima são desenhos técnicos da criação de uma coleção de roupas.


Páginas e páginas duplas

28

Normalmente as páginas de conteúdo de um livro são numeradas e reunidas em sequência. Quando você abre um livro, a primeira página e a última são as únicas que não estão lado a lado. Todas as demais, normalmente estão lado a lado —uma página à esquerda e uma à direita que estando o livro aberto são vistas juntas. Os designers tratam um livro como uma série de páginas duplas, e não como uma série de páginas separadas. Em um livro de texto, os lados esquerdo e direito se espelham com frequência. Dessa forma, a mancha de texto é aplicada de modo que respeite o espaço da página, ou seja suas linhas não ultrapassam o limite para a página seguinte. Em um livro de fotos, às vezes as imagens são aplicadas nas duas páginas formando um todo.


Modelagem A partir do croqui sao criados os moldes das pecas, que sao basicamente desenhos técnicos que usam padrões para que a peca sirva nos mais diferentes tamanhos de corpo e também garante que ela seja costurada de maneira certa. Nessa parte tem uma serie de etapas. Interpretação do Modelo É a discriminação criteriosa do modelo apresentado, pormeio de desenho, fotografia ou peça confeccionada, verificando qual é o diagrama, o tecido, o tamanho, as formas de montagem e os aviamentos necessários

A imagem acima é um molde do corpo humano

29

A imagem acima é um desenho digital de uma peça de roupas

Diagrama ou traçado É a representação gráfica, figurada da morfologia do corpo humano, que mostra esquematicamente o plano de uma estrutura, com a posição e relação de suas partes..

A imagem acima é a uma diagramação de uma calça


Sumário Este elemento crucial não só indica ao leitor o que há dentro do livro e onde encontrar, mas é uma importante ferramenta de marketing. Os livreiros on-line frequentemente apresentamo sumário, e algumas páginas de conteúdo para análise dos potenciais compradores para decidirem sobre a compra da obra —ou não.

Tipografia

30

Escolher os tipos e distribuí-los nas páginas de seu livro são etapas essenciais para se criar um visual convidativo e apropriado para ele. Hoje os designers têm muitas opções, que incluem fontes tradicionais e contemporâneas.

Tipos de display Além dos tipos a serem usados no corpo do texto, legendas, subtítulos e outros itens, você pode desejar dar um toque especial em escalas maiores, usando um tipo adicional. Chamadas fontes display, algumas devem ser usadas apenas como títulos, chamadas, logotipos e outras aplicações que envolvem poucas palavras.


Molde É a reprodução das partes do diagrama, em papel ou fibra, no tamanho real que possuíra a peça depois de pronta. Setor Corte O setor de corte é uma das principais etapas do processo produtivo, dentro da área industrial da confecção e um dos responsáveis direto pela transformação da matéria-prima, fazendo dele um setor de extrema importância, a ponto de colocar em risco todo o processo produtivo, quando mal planejado ou executado, causando sérios prejuízos à empresa. No setor do corte temos cinco etapas; encaixe, risco, enfesto, corte Encaixe O encaixe é a distribuição de uma determinada modelagem sobre um papel ou tecido, cuja prioridade é a economia de matéria prima. Sendo também conhecido como plano de corte ou mapa, pode ser realizado manualmente.

31

As tres imagems acima são moldes de peças de roupas


Alinhamento

32

O software de edição lhe permite alinhar o texto de quatro formas básicas: justificado, centralizado, alinhado à esquerda e alinhado à direita. A maioria dos livros tem o texto justificado —blocos de texto sólidos com margens iguais em ambos os lados. Para um romance, um livro de memórias ou outros trabalhos com muito texto, justificar é a maneira mais comum e eficiente de dispor o conteúdo principal. Você precisará explorar outras formas de alinhamento para os títulos de capítulos, de páginas, a tipografia da capa e assim por diante. Poesia em geral segue alinhamento à esquerda, permitindo que cada linha quebre-se naturalmente, da forma como ela é escrita, em vez de ser centralizada ou forçada em blocos geométricos. Livros ilustrados são menos afeitos a convenções que os livros de textos; experimente o alinhamento para ver o que funciona melhor com seu conteúdo e o ponto de vista que você espera transmitir.


Risco: O risco é o contorno de todas as partes de uma modelagem, observando a disposição correta dos moldes com relação ao fio de urde-me do tecido. Em outras palavras é contornar os moldes do “encaixe”, obedecendo todas as marcações e denominações que ele apresenta, para que o cortador possa segui-las e enviar para a costura as peças com piquêse furos corretamente marcados. Enfesto: O enfesto é a operação para designar as camadas sobrepostas de tecidos a serem cortados, obedecendo a uma metragem pré-estabelecida. Essa colocação de folha sobre folha, formando um bloco de tecido também é conhecida como colchão ou estendida. Esta operação pode ser realizada manualmente, com uma enfestadeira mecânica ou automatizada, de três maneiras: enfesto par, enfesto impar, enfesto escada.

A imagem acima mostra como é feito o "risco"

33

A imagem acima mostra como é feito um tipo de corte

A imagem acima mostra um enfesto


Design de capa Se você está preparando um livro

para vender, a capa é um recurso essencial de marketing que funcionará como um logotipo e para divulgação. Ela deve se destacar no ponto de venda. Também precisa ter boa reprodução em imagens diminutas dos sites de venda on-line como a Amazon, Saraiva, Cultura etc.

Processo do design 1. Defina o problema

34

Faça uma descrição do que você quer dizer e a quem quer dizer. Qual é o assunto principal de seu livro? Que atitude você quer expressar? Quem é o seu público-alvo? Tenha esses objetivos em mente quando desenvolver ideias de design.

2. Pesquisa Analise outros livros parecidos ao seu. Pense no que o atrai e note a variedade de estratégias de design. Algumas capas só contêm letras; outras contêm fotos e/ou ilustrações. Algumas são discretas. Outras são atraentes.

3. Brainstorm Anote o máximo de ideias que tiver —boas, más e ridículas.


Corte: Segundo o risco, o corte deve ser feito meticulosmanete para que nao haja erros. Pode ser feito manualmente, para o cado de poucas folhas de tecido, ou com a ajuda de maquinas para muitas camadas ou tecidos muito grossos e duros, como o jeans por exemplo. Costura A costura da peça pode ser feita inteiramente por um profissional, ou por uma linha de montagem, em que cada parte da peça será feita por uma pessoa diferente. Vale lembrar que o processo da costura pode exigir diferentes etapas até que seja finalizada. Por exemplo, a peça pode requerer pontos diferentes, caseados, máquina de bolso social, e por aí vai. Prova É composta por duas partes, a primeira prova, que consiste em montar a roupa sem os acabamentos. E a segunda prova, é a prova definitiva, sendo que depois de aprovada será a matriz da peça, o chamado Piloto

A imagem acima mostra como é feito um tipo de corte

35

A imagem acima mostra utensílios para costura

A imagem acima mostra algo sendo costurado na maquina de costuras


4. Priorize Quais ideias fazem sentido para o seu livro? Quais são viáveis para você produzir? Estude os recursos disponíveis, como fotos clássicas ou ilustrações dentro do livro.

5. Experimente Se suas habilidades de design são fracas, busque ajuda com um designer, artista, ilustrador ou fotógrafo. Procure imagens e fotografias em bancos de imagem. Respeite sempre os direitos autorais e lembre-se que as fotografias devem estar em alta resolução e em grande escala para serem bem reproduzidas.

36

6. Teste Mostre seus designs a outras pessoas, para sentir a reação. Avalie cada design. O título é fácil de ler? As imagens chamam atenção para o título, ou se sobrepõem a ele? Há uma hierarquia clara de elementos? O design está transmitindo a mensagem e o tom de voz pretendidos?


Acabamento No acabamento é realizada a limpeza da peça (retirando pontas e excesso de linha), são adicionados zíperes, botões, bordados e outros acessórios, e então ela é passada e dobrada e fica aguardando até que seja embalada e encaminhada para a venda. Em casos de peças de alta costura ou feitas sob encomenda, há ainda a etapa de prova, na qual o criador analisa o resultado final e decide se ele necessita de novos ajustes. Piloto É a peça finalizada que servirá de base para outras reproduções iguais. Como viram, há bastante trabalho envolvido no processo de confecção de uma roupa. Toda a atenção deve ser dada aos detalhes. Mas é um trabalho gratificante, pois nada se compara a um elogio feito à uma roupa bem-feita. E por isso, também é importante que você valorize e cuide bem de suas roupas.

A imagem acima mostra botões coloridos

37

A imagem acima mostra zipers coloridos

A imagem acima mostra um vestido


38

3


ImpressĂŁo 39


Técnicas de impressão de um livro

Ofsete Técnica de impressão planográfica pelo qual a tinta é depositada na área de grafismo da
matriz de impressão (placa de alumínio) que é transferida para o substrato (papel ou cartão) por uma superfície emborrachada (blanqueta). As impressoras ofsete comerciais, em geral, imprimem até 10 cores em cada passada de máquina. Esta técnica permite a utilização de uma ampla gama
 de papéis e cartões, sendo indicada para gramaturas de substratos até 350 g/m2.

40 Duas imagens de Impressão Ofset

Impressão digital Também conhecida como impressão sob demanda, está ganhando mercado. Esta técnica utilizada impressoras digitais de grande porte. O grafismo é gerado a partir de um arquivo digital. 
É particularmente indicada para projetos que necessitem de impressões rápidas e de baixa tiragem, ou tenham cronogramas apertados e possuam dados variáveis, como em malas diretas.

Duas imagens de Impressão Digital


Técnicas de estampar uma peça de roupa Serigrafia A serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada. A tela (matriz serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de foto sensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz + fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta a luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas).

A imagem ao lado esquerdo mostra a serigrafia ja no tecido A imagem ao lado direito mostra o processo da serigrafia

41


Flexografia Esse sistema é a menos dispendiosa das técnicas de impressão. Caracteriza-se pelo uso de matrizes flexíveis de borracha ou polímero sendo que as áreas de grafismo(imagens e/ou textos) em alto-relevo e tintas fluidas voláteis que secam rapidamente e são aplicadasdiretamente no substrato (papel, cartão ou plástico) e se distingue pelas cores saturadas, e pelas quebras acentuadas no gradiente de tons e vinhetas. As impressoras flexo imprimem várias cores em uma só passada de máquina e esta técnica é adequada para produzir invólucros 
a vácuo, caixas de sucos, sacos de batatas chips, caixas de cereais, recipientes de iogurte e encartes de jornais.

42

Duas imagens de Flexografia

Impressão tipográfica/letterpress Técnica de impressão utilizada para imprimir textos e/ou
ilustrações a partir de uma matriz (cliché) em alto-relevo que é entintada nas partes altas e transfere
o grafismo diretamente para o substrato, que pode ser papel ou cartão. É uma técnica em desuso comercialmente. Tem sido utilizada para a impressão rápida de anúncios, convites e artigos de papelaria.

Duas imagens de Impressão letterpress


Estamparia digital A Impressão digital têxtil dispensa a fabricação de matrizes ou cilindros, além de possibilitar a produção em pequena escala. Porém, devido ao alto custo da tinta e do maquinário, a estamparia digital custa em média 3 vezes mais que outros métodos tradicionais de estampar. Outro grande diferencial da estampa digital é a alta resolução dessas impressoras de tecido. É possível imprimir até fotos através da estamparia digital. Existem vários tipos de impressoras digitais, que se encaixam praticamente em dois grupos: – Plotters, que inicialmente foram construídas para impressão de papel, e posteriormente adaptadas para imprimir ou estampar tecidos. – Máquinas de impressão digital em tecidos, com cabeçotes criados exclusivamente para estampar tecidos digitalmente.

43

A imagem ao lado esquerdo mostra modelos usando roupas com estaparia digital A imagem ao lado direito mostra o processo da estamparia digiral

Estamparia Laser Devido a sua limitação, a estampa com laser em tecidos / malhas é pouco utilizada atualmente nas confecções. Por “imprimir” (ou melhor, queimar) em somente 1 cor, o efeito é sempre o mesmo, parecido com efeito corrosão feio em serigrafia.

As duas imagens mostram a estamparia a laser em calças jeans


Rotogravura Técnica de impressão direta que utiliza uma matriz cilíndrica com as áreas de grafismo gravadas em baixo-relevo transferindo a tinta diretamente ao substrato. Caracteriza-se pelas 
fortes cores saturadas e pelos ciclos ligeiramente irregulares. Permite imprimir em várias cores sobre filmesflexíveis e transparentes. A rotogravura também é ideal para a impressão de caixas de papelão,permitindo as operações de corte e vinco, gravações em relevo e hot-stamping (aplicação de película metálica a quente) por meio de dispositivos próprios posicionados em linha na saída da impressora.

Duas imagens de Rotogravura

44

Serigrafia Técnica de impressão que utiliza uma tela de tecido, plástico ou metal permeável à tinta nas áreas de grafismos e impermeável nas áreas de contragrafismo. A tinta é espalhada sobre a tela e forçada por uma lâmina de borracha através das malhas abertas até atingir o substrato. Trata-se de uma técnica versátil que permite imprimir sobre uma infinidade de materiais além de superfícies irregulares ou curvas.

Duas imagens de Serigrafia


Bordado O bordado não é considerado uma estampa, mas resolvi mencioná-lo neste post por ser mais uma técnica de personalização de roupas. Apesar de poder ser realizado de forma artesanal, as confecções fazem uso do bordado industrial que permite maior qualidade e velocidade de até 1500 pontos por minuto (algo impossível no bordado manual). O designer de bordados cria o desenho em um software especialmente criado para este fim, e depois o transfere via disquete ou USB para a máquina, que o reproduz fielmente. Além de bordar, as modernas máquinas de bordado aplicam lantejoulas, fitas, etc. Algumas realizam até corte a laser.

As duas imagens mostram roupas bordadas

Transfer / Sublimação Consistem em um processo de transferência de uma imagem do papel para o tecido por uma prancha aquecida (prensa térmica). A tinta contida no papel é transferida para o tecido quando o papel é submetido à pressão e alta temperatura por alguns segundos. Pelo processo de impressão no papel ser feito através computador, não existe limitação em quantidade de cores, porém a qualidade do resultado, dependendo do tipo de tecido / malha onde o transfer é aplicado, pode deixar a desejar.

As duas imagens mostram imagens nas camisetas feitas pelo processo de transferência de imagem

45


46

4


Representação Gráfica 47


Manual de Identidade

48

O signo visual não carrega por si só a identidade, esta é construída por um sistema. Para o design da marca ser concretizado é necessário o planejamento de todos os itens que compõem esse sistema e a definição dos suportes e materiais e de todos os passos para a sua execução e implantação. Tais decisões têm o objetivo de garantir que o projeto original se "mantenha nos trilhos", e ao mesmo tempo garantiria junto aos usuários uma constância e eficácia, propiciando a identificação e reconhecimento do sistema os códigos da marca, sua imagem material e sua imagem simbólica. Durante grande parte do século XX essa normatização foi compilada em uma ferramenta impressa dirigida aos gestores das marcas que recebeu o nome de manual de identidade visual ou identity guideline, ou mesmo guide. Segundo Meggs, o primeiro manual documento é atribuído a AEG - Allgemeine Elektrizitaets Gesellschaft, da Alemanha. Em 1907 Peter Behrens (1868-1940) foi contratado como consultor artístico pela empresa. Behrens era professor e um profissional que transitava com grande facilidade entre várias modalidades da expressão artística, atuava como designer de produtos, designer gráfico, arquiteto e designer de mobiliário. Em 1903, ele havia sido contratado como diretor da Escola de Artes e Ofícios de Dusseldorf, onde eram oferecidas disciplinas experimentais. Alunos desenhavam formas da natureza e depois estudavam de maneira analítica as suas estruturas geométricas intrínsecas. Esses cursos foram precursores dos cursos da Bauhaus, onde dois de seus ex-alunos atuaram como diretores, Walter Gropius e Ludwig Mies van der Rohe. A visão de design de Behrens influenciou grande parte dos designers do modernismo. Behrens começou realizando projetos para a AEG, os quais incluíam de postes de iluminação a chaleiras. O grande mérito dele foi pensar e estruturar uma linha de produtos e um sistema de comunicação integrados, a partir de uma ideologia e estrutura organizacional de projeto. Behrens já havia tido uma experiência em design total, em 1900, quando o Duque de Hessen, em um incentivo para a arte com aplicação prática e com o interesse no desenvolvimento da indústria local,


Passos para a criação do logotipo da sua marca Marca usada como exemplo: Lola Comfy Clothes Conheça bem seu negócio Primeiramente para criar um logotipo é preciso ter autoconhecimento de seus produtos e qual a mensagem que quer passar com o logo. Essa é a chave para criar um logo de sucesso para uma empresa. O empreendedor deve ter claro quais são seus diferenciais e como ele quer se apresentar ao mercado para que isso possa ser traduzido na sua marca. Na fase inicial do negócio, é comum o empreendedor ficar muito focado no produto e esquecer-se de olhar o mercado. Por isso, ele acaba não tendo uma visão muito clara do que, de quem e para quem é a sua empresa. Exemplo da Lola Comfy Clothes: é uma marca especializada em moletons de plush. Completamente focada em conforto, porem a marca se destaca no mercado, pois os moletons de plush dão uma aparência de arrumado, leveza e maciez ao contrario dos moletons de algodão que estão pelo mercado.

Entenda o seu público Para transmitir a imagem mais adequada do seu negócio, o empreendedor deve saber quem é o seu cliente, nicho de mercado e o que ele quer, pois obviamente, é impossível agradar ‘todos os clientes’ ao mesmo tempo. Segundo, para conhecer bem o seu cliente, significa saber quais são os seus hábitos, o que ele consome e o que ele almeja. “Definir seu público simplesmente como ‘classe A’ ou ´classe C´ é muito vago. Tente ir mais fundo, fatiando os mercados, segmentando para encontrar o nicho certo que se quer atacar e conhecê-lo profundamente.

49


50

concedeu um terreno para ele construir uma casa, na qual não só realizou o projeto arquitetônico como também o de oda a mobília, os objetos, as porcelanas "e até os talheres”. Behrens foi um defensor da tipografia e estava envolvido no design de tipos sem serifa. Acreditava que a tipografia, depois da arquitetura ''fornecia o retrato mais característico de um período, e o testemunho mais forte do progresso espiritual (.. .) e do desenvolvimento de um povo" (MEGGS, 2009: 299). Behrens adotou uma abordagem sistêmica de design em toda a cultura da empresa e foi o primeiro a definir as bases para um alinhamento da identidade corporativa, que nada mais era que a conversão em imagem e conceito de toda a filosofia da empresa, como também de suas marcas de produtos. Para Behrens, todos os produtos, edifícios, marca, estrutura de layout da linha de produção e peças gráficas eram projetados sob uma estrutura básica geométrica. Ele não só criou a marca da AEG, mas também toda a identidade corporativa da empresa, incluindo várias campanhas publicitárias. Ele sofreu influência de um colega de Dusseldorf, o professor J. L. M. Lauweriks, que era fascinado por geometria. Behrens incorporou esse sistema e o usou contraditoriamente às teorias de Lauweriks para criar um grid básico que previa uma ornamentação gráfica; esse sistema desenvolvido fazia que tanto a marca quanto os produtos e os seus edifícios ficassem dentro de um mesmo conceito de imagem e todos com a "cara" da AEG. Em 1908, Behrens desenvolveu um alfabeto, lançado pela Fundição Klingspor, para uso exclusivo da AEG. Dessa forma foi criada a primeira tipografia corporativa. No projeto para a AEG, Behrens usou a colmeia e as divisões do hexágono para compor tanto a marca como a estrutura gráfica dos anúncios e publicações da empresa, bem como o design das formas dos produtos. Era o símbolo que regia o sistema. Coincidentemente ele partiu de um grid composto de nove partes, tendo o centro como ponto de honra, de maneira igual ao diagrama básico de divisão dos escudos clássicos da heráldica.


Como na marca Lola Comfy Clothes , “ para mulheres a partir dos 16 anos de classe A, que gostam de estar vestidas confortavelmente em qualquer situação”

51 Analise a concorrência Entender como os concorrentes estão se apresentando também é uma ótima dica para criar um logo fundamental. Só assim será possível decidir como posicionar-se em relação a eles. É preciso entender qual é a tendência para poder segui-la ou mesmo ir de encontro a ela.

Mostre a sua personalidade Na criação de um logo mostre sua personalidade! A marca deve refletir a personalidade do seu negócio. Você quer vender uma imagem forte ou delicada? Feminina ou masculina? Clássica ou moderna? Estes atributos farão com que o público se identifique (ou não) com o seu negócio.


52

Caminhando na história, outro grande momento de planejamento dos sistemas de Identidades Corporativas aconteceu nos Estados Unidos após o final da Segunda Guerra Mundial. A economia americana não padeceu como a Europeia em decorrência da guerra, o seu território não foi bombardeado e em comparação com as nações do continente europeu, não houve destruição dos seus centros financeiros e industriais, e as baixas do seu efetivo militar foram as menores. Além do fato do esforço de guerra ter proporcionado avanços tecnológicos e nos meios de produção, houve incrementos na produção agrícola, industrial e as taxas de desemprego diminuíram. Com o final da guerra a partir de 1945, o crescimento da economia americana foi notório, principalmente abastecendo as nações destruídas, as taxas de exportação atingiram 340%. A explosão do crescimento econômico transferiu para as grandes corporações a responsabilidade e a criação de novos produtos e serviços. As corporações passaram a desempenhar um papel ativo na economia do país, e com passar dos anos só aumentaram. Muitas se tornaram potências mundiais, tendo mais força que muitos governos. A IBM foi uma delas. Durante os anos 1950 e 1960, o designer americano Paul Rand foi o responsável pela identidade visual e sistematização da marca da IBM. O manual de identidade realizado para a marca se tornou referência de estrutura e conteúdo para os manuais da segunda metade do século XX, e o colocou como referência no cenário internacional. A preocupação de Rand no projeto da IBM era garantir uma sistematização eficaz para uma marca que se estenderia além das fronteiras do país. Seu projeto se concentrou no signo visual. Rand, que concebeu e projetou várias outras marcas multinacionais, chegou à seguinte conclusão sobre o design de marcas: "uma marca para funcionar por um longo período deveria ser atemporal, com elementosreduzidos e construída a partir de formas elementares e universais" A conclusão de Rand e a síntese de seus designs levam-nos a reforçar a validade das leis da heráldica no design de signos visuais.


Exemplo do Lola Comfy Clothes; a marca quer refletir uma imagem para o publico de conforto, algo delicado e feminino, reproduzir um sentimento de “gostoso”. se inspirando na fotografia de uma flor de dente de leão

Fique atento às cores As cores do logo também são importantes aliadas para associar ideias à sua marca, por isso não as escolha ao acaso. “Amarelo remete a juventude, verde a crescimento, azul seriedade”, Essas interpretações variam conforme o contexto cultural. Exemplo da Lola Comfy Clothes: cor: azul, seriedade, conforto

53

Fuja dos modismos Uma coisa é procurar dicas para fazer um logo, outra é copiar ideias ou seguir uma moda passageira. Observar as tendências é importante, mas evite moldar seu logo apenas de acordo com a onda do momento. Quem adere aos modismos, corre o risco de ficar com uma marca parada no tempo. Isso pode acarretar custos no futuro para remodelar tudo e refazer toda a parte de marketing já existente para que apresentar o novo logo e descrever a informação a ser passada aos clientes.


54

O crescimento econômico contribuiu para a adoção de uma visão mais pragmática pelos designers. A partir desse período, a identificação e reconhecimento das novas mercadorias postas em circulação tinha uma implicação direta nos resultados econômicos. A identificação dos produtos e serviços deveriam claramente associar as marcas e as suas corporações de origem. É nesse período que as redes de supermercados e os autosserviços explodem e os produtos ficam muito mais acessíveis aos consumidores. O manual de identidade se tornou uma necessidade, passou a ser o armorial das corporações. A marca e todos os itens de cwomunicação desenvolvidos eram minuciosamente detalhados para uma correta reprodução, sendo cada um deles apresentado com medidas precisas ou relações entre as partes. O detalhamento incluía, ainda, as especificações técnicas para a execução industrial de cada material ali exposto e explicado. Todo sistema desenvolvido para a marca passou a estar contido no manual de identidade, desde a lógica construtiva da marca, o uso preciso do símbolo, seu sistema de cores, até substratos, leis de diagramação e composição de imagens. O planejamento previa antecipadamente quais seriam os pontos de contato com os consumidores que uma marca poderia figurar. Novas lojas de departamentos proliferavam e redes abrangiam vários países. O manual era o postulado da marca. É importante lembrar que os itens de um manual variam conforme o ramo e a natureza do negócio. Para cada organização é necessário acrescentar o projeto do manual como uma etapa à parte, a ser elaborada após todos os itens terem sido desenvolvidos, aprovados e validadas as especificações técnicas para a execução dos materiais. Eis aqui um dos fatores que contribuíram para um mau uso dos manuais. Muitas vezes o manual é elaborado como premissa de projeto, sendo desenvolvido como uma orientação de aplicações futuras que ainda não teriam sido testadas e validadas. Muitos gestores, ao assumirem seus cargos, ignoram os manuais já em uso e desenvolvem novos materiais gráficos dentro de uma nova linha de comunicação vinculada especificamente àquela gestão.


Criar um logo com a cara da sua empresa é tão importante quanto à escolha do nome, por isso, esse é um passo que exige grande responsabilidade, muito trabalho e, muitas vezes, ajuda de um especialista. Independente dos produtos que serão comercializados por você, é importante que os designers criem o seu logo sabendo do máximo de informações possíveis. Exemplo do Lola Comfy clothes: o logo da marca é um dente de leão, algo "leve, confortavel e delicado". Mostrando a essência da marca.

55


56

5


Tipografia 57


Marian Bantjes

Tipografia 58

Fazer tipografia é como escrever. Você aprende os elementos básicos para construir algumas frases simples. Você aprende um pouco mais, para ser mais eloquente. Você pratica, conforme um conjunto confuso de regras e exceções. E, finalmente, você aprende a quebrar as regras e parte para a expressão pessoal. É claro que, infelizmente, aqui não há espaço suficiente para ensiná-lo sequer os elementos básicos da tipografia. Então, em vez disso, eu resolvi redigir um apelo apaixonado para impedir que você prejudique a mim e aos outros com algumas péssimas práticas usuais. A tipografia malfeita me faz estremecer de dor. A primeira coisa que eu preciso fazer é lhe dizer para que esqueça tudo o que seu professor de datilografia do colegial lhe ensinou. A máquina de escrever,


A Importancia da tipografia no logotipo de uma marca O logotipo é a assinatura da sua empresa, ele é quem traduz visualmente a personalidade da sua marca e faz o seu público se identificar. Como sabemos, o mercado é bastante concorrido e um logo bem feito faz com que o negócio ou produto se destaque e transmita profissionalismo e credibilidade. Mais ou menos, metades das empresas costumam falhar em seu primeiro ano no mercado. Comumente citada por especialistas de marketing, uma destas falhas é a falta de profissionalismo na divulgação da marca. Como o fluxo de caixa inicial geralmente é pouco, muitas as pequenas empresas adiam a criação de um logotipo e materiais de marketing profissional. Porém ignoram a possibilidade que, alguns possíveis clientes farão o primeiro contato através de um cartão de visita por exemplo. Imaginem entregar a esse possível futuro cliente, um cartão de vista, sem logotipo, sem identidade, sem nada que realmente reflita sua marca? É o mesmo que rasgar um pedacinho de papel e anotar o número do telefone.

59


embora fosse muito boa para as secretárias na década de 1970, é hoje um equipamento primitivo. Pense nela como um carrinho de bate-bate de um parque de diversões. Agora você cresceu e está sentado na direção de uma Ferrari. Aprenda a dirigi-la sem esbarrar em nada. Existem muitos conceitos a desaprender. Para começar não coloque dois espaços no final de um período. Pare com isso já e, por favor, nunca mais me deixe ver isso novamente. Depois, apesar de você ser “pra frente”, não sublinhe textos para dar ênfase, nem para destacar títulos de livros ou revistas. Para esse fim, use o itálico. Algumas vezes use bold para ênfase, embora normalmente itálico seja melhor. E não use a tabulação para abrir parágrafos. A tabulação tem finalidades específicas, e sinalizar parágrafos não é uma delas. Não discuta sobre isso comigo. Apenas faça o que estou lhe dizendo. Existe uma razão para se determinar o início de um parágrafo: indicar que “um novo pensamento começa ali”. Então, você deve usar algum método. Mas

60

vamos fingir por um momento que os espaços entre linhas, as aberturas de parágrafos (que devem ser criadas em folhas de estilo padrão) e outros recursos custem dinheiro. Vamos dizer 100 reais. Toda vez que você iniciar um parágrafo vai lhe custar 100 reais. Você vai usar um espaço entre linhas e uma abertura de parágrafo? Portanto, são 200 reais! Não faça isso. Use um método, é tudo o que você precisa. Outra forma de economizar dinheiro na abertura de parágrafos é quando você tem o início de uma seção, ou um cabeçalho: você pode (deve) eliminar a o recuo do parágrafo, no início do texto, depois da pausa ou do cabeçalho. Não queira parecer o The New Yorker. Eles fazem isso de maneira errada e são pessoalmente responsáveis pela elevação de minha pressão arterial. Verifique se você usa aspas e apóstrofos de verdade. É algo tão básico que me aborrece ter de explicar isso. Algumas pessoas as chamam de “aspas inteligentes”, mas o apelido é irrelevante. Embora a aparência das aspas varie conforme o estilo dos caracteres, as aspas de fechamento devem ter a forma da vírgula, e as aspas de abertura devem ser iguais, só que invertidas. Muitas vezes elas parecem pequenos seis ou noves, mas nem sempre. O apóstrofo tem sempre a mesma forma da vírgula e deve ser exatamente igual às aspas de fechamento simples


Sua empresa parecerá instável Se você começa uma empresa com uma determinada criação de marca e muda alguns meses mais tarde para um novo logotipo totalmente diferente e, em seguida, talvez um ano depois venha fazê-lo mais uma vez criará confusão para os clientes. Sempre se perguntaram: – É o mesmo negócio? – Será que a loja mudou de dono?

Seu negócio parecerá amador Usando materiais que não são projetados profissionalmente faz com que seu negócio e a visão profissional dele, indique que você não pode executar ou cumprir as normas exigidas ou que não investe em seu próprio negócio, causando desconfiança.

Credibilidade Se não for profissional “look and feel”, pode parecer que seu negócio não importa para você. Os clientes terão a impressão de que você não se importa com a maneira como seu negócio se apresenta, o que indica que não há preocupação com a qualidade do seu trabalho ou a maneira como este se reflete sobre seus negócios.

61


(quando ela está invertida, trata-se apenas de aspas de abertura simples e não do apóstrofo). Esses outros caracteres, que normalmente vão para cima e para baixo e não têm a mesma forma da vírgula, são chamados de plicas ou duplas plicas, e são como agulhas para os meus olhos quando usadas no lugar das aspas e dos apóstrofos. Quando eu as vejo em algum documento, sinto dor física. Por favor, eu não estou brincando. Existe um uso correto para as plicas: indicar pés e polegadas, e também segundos (tanto como medida de tempo como subunidade de graus): por exemplo, eu tenho 5´ 4´´ de altura (plica = pés, duplas plicas = polegadas). A subtortura deste gênero é ver as polegadas e os pés representados por aspas e apóstrofos. Eu não tenho 5’ 4” de altura, isso é completamente absurdo. A questão é que as aspas não são marcas de estilo, elas têm um significado. E, por falar nisso, o significado das aspas é indicar que algo foi dito (ou pensado, ou citado como exemplo), e não, como tantos parecem acreditar, para dar ênfase.

62

Reforçando o conceito: use itálico (ou bold) para ênfase e aspas para citação. Elas também são úteis para indicar o sentido de ironia, que normalmente é um efeito inesperado quando erroneamente as usamos para dar ênfase. Atenção: peixe “fresco” é “peixe supostamente fresco”, quer dizer que é tudo menos fresco. Vejo isso todo dia em lojas e seria engraçado se não doesse tanto. Muitos ficam confusos a respeito do uso de hífens e de travessões, mas isso é realmente muito simples. Os hífens (-) são usados para manter as coisas unidas, os travessões m (—) são usados para manter as coisas separadas, e os travessões n (–) são usados para indicar um intervalo. Se você puder substituir o traço pela palavra “a” (ou por “de” e “até”), então deve ser um travessão n (muito comum em intervalos de datas “1960 a 2007” ou “de 1960 até 2007”). Se o traço cria uma pausa ou um aparte, ele deve ser um travessão m. Mas se você estiver unindo duas palavras,então deve usar o hífen, por exemplo, amoreira-do-brasil. Simples assim. O duplo hífen, usado na digitação, deve ser trocado pelo travessão. Algumas pessoas, ae eu não sou uma delas, preferemusar o traço simples com espaço em ambos os lados, em vez do travessão. A respeito disso, eu quero dizer: “não seja tão tolo e use o caractere adequado”


Identidade Visual Materiais de marketing descoordenados podem transmitir uma mensagem confusa sobre o seu negócio. Se você tiver um cartão com um layout e um site com outro, pode causar uma crise de identidade para uma pequena empresa. Muitos projetos diferentes podem levar potenciais clientes a pensar que eles estão olhando para duas empresas diferentes. É melhor juntar tudo desde o início. Criar uma única identidade e trabalhar a fixação de marca, mantendo essa identidade em todos os materiais de marketing e comunicação da empresa. Estamos cansados de ver várias empresas que investem muito em marketing, porém a comunicação da própria marca e identidade visual ficam a desejar. Algumas pessoas acham que escolher uma “letra” ou uma família tipográfica é muito fácil ou até mesmo sem importância. Mas definir a tipografia é tão valioso quanto criar o próprio logotipo ou a tabela de cores de uma empresa

63


Quando for necessário definir o corpo do texto, não nos deixe atordoados e doentes com espaçamento variável entre as letras de linha a linha. Por favor, mude a configuração padrão para “justificado” no programa de editoração, para que o espaçamento seja zero por cento no texto inteiro. Quer dizer, o espaçamento entre as suas letras nunca deve espremer nem oscilar, não importa o que você veja nos jornais diários ou em revistas populares. Os designers de tipos passam muito tempo calculando o espaço correto entre cada par de letras. Por favor, respeite essa competência (se você ainda não ouviu o designer de tipos Lucas de Groot falar a respeito do assunto dos pares de kerning, você vai se juntar a mim e nos recolhermos à nossa insignificância). Porém, lembre-se de que usar comprimentos de linhas mais curtos pode causar problemas no espaçamento entre palavras. O seu texto justificado está com linhas cheias de vazios e caminho de rato? Aumente o comprimento da linha, reduza o tamanho do tipo, acrescente alguma hifenização, e, em caso de dúvida,

64

defina o texto como desalinhado. Será que notei você quase perder o fôlego quando eu disse a palavra “hifenização”? Não me inclua na ridícula vingança do mundo corporativo contra os hífens. Pegue um livro, uma revista, ou um jornal decente. Confira: hífens! Um exército de pequenos e gloriosos hífens presentes todos os dias, ajudando a nos proteger contra os demônios do espaçamento entre palavras. Dificilmente os percebermos, tão acostumados estamos com o serviço que nos prestam. Se estiver usando o texto justificado, acione a hifenização, não permita mais do que duas ou três em uma sequência, e você estará prestando um grande serviço a todos nós. Mas, se estiver trabalhando sob alguma proibição de hífens, apenas defina o texto como desalinhado e nos livre de cair em rios de espaços em branco entre as palavras. O texto desalinhado também pode (preferivelmente deve) ser hifenizado, especialmente em linhas de comprimentos mais curtos, mas o que simplesmente me assusta é a grande frequência com que sou assaltada pelos pequenos blocos com títulos e chamadas de matérias desnecessariamente hifenizados, mal hifenizados, ou com tantas quebras de linhas malfeitas em relação ao conjunto


Por que a tipografia é tão essencial para uma marca? Um dos momentos mais críticos no processo criativo de um logotipo é a escolha da tipografia. Muitas vezes, parece impossível achar a fonte perfeita. Uma identidade visual é composta não só pelo logotipo, cores e formas, mas também pela tipografia utilizada para as taglines (variação do slogan de marca), materiais gráficos, websites e campanhas publicitárias. Além disso, muitas marcas famosas e consolidadas no mercado são reconhecidas pelo público somente pela escrita do nome, chamada de All- Type, como é o caso da Skype, Cinemark, Nestle e a grandiosa Coca-Cola.

As famílias tipográficas utilizadas na comunicação das marcas são fundamentais para expressar toda a essência,

65


do texto ou à maneira como é lido. O texto ampliado é uma coisa, tem a atenção que merece, mas se um pequeno bloco de texto ficar sozinho em um título ou chamada, ou ainda no caso de uma legenda, verifique todas as linhas, levando em conta como são lidas, quais informações devem estar juntas e o que a forma final da significa. Forma? Sim, forma! Qual forma deveria ter uma pequena peça com tipografia display? Falando em geral, pequena e pesada. Ela deve ter linhas mais curtas no topo e embaixo, e um pouco mais larga no meio. Neste caso, estamos pensando em um homem de meia-idade, e não na mulher cheia de curvas: a chamada deve ser curta e grossa. Está na moda colocar muito espaço entre linhas, o que me choca no fundo da alma. Faixas, faixas! Por que motivo você gostaria de ler longos corpos de faixas horizontais? Toda a questão de definir a mancha texto gira em torno de facilitar a leitura. O bloco de texto deve ser coesivo, apenas com o espaço necessário para a respiração entre as linhas, e não a ponto de fazer nossos olhos saltarem de uma

66

linha para a seguinte. Por isso é tão cansativo ler esses tipos de textos. Listas, marcadores/bullets e recuos. Vamos pensar nos marcadores/bullets e nos recuos: o primeiro ponto, eles aparecem juntos, unidos em sua violência mútua. Não use marcadores/bullets sem recuar o texto seguinte, e verifique se o recuo se alinha corretamente embaixo da primeira linha. O mesmo vale para as listas numeradas, e tome cuidado em especial com os números que terão dígitos duplos ou triplos. Pense nisso antecipadamente, então defina uma tabulação de modo que os números se alinhem à direita sob o último dígito ou período ou qualquer marca que venha em seguida, então se permita colocar um travessão simples n ou um travessão m, e defina outra tabulação para alinhar seu texto à esquerda. Bloqueie e carregue. E, por falar nisso, os marcadores/bullets são bolinhas e não balas de canhão, então que sejam pequenos! Grandes o suficiente para que se possa vê-los, mas não tão grandes que espantem o leitor ao visualizá-los. A questão é criar hierarquia e ordem; portanto, mantenha tudo limpo e arrumado. Na medida do possível, não me venha com todas as letras digitadas em maiúsculas, se você tiver versaletes de verdade disponíveis. Elas vêm num formato separado das fontes Type 1, ou incluídas na maioria das fontes Open Type.


personalidade, características e estratégias da empresa. A tipografia precisa se adequar aos mais variados tipos de situações como, por exemplo, uma fonte usada para editoriais muitas vezes não é indicada a um website, por motivos de legibilidade ou até mesmo por questões técnicas. Imagine se a Heineken utilizasse uma tipografia similar ao da fralda Pampers, consequentemente não iria funcionar, pois o público adulto que consome cerveja não iria se identificar com uma fonte fun, divertida e infantil.

67

Mas como escolher uma fonte certa para a sua marca? Ou como saber se ela é ideal para utilizar em textos corridos ou livros? Muito bem. Estas são questões a que um designer deverá responder, pois cada situação é exclusiva e requer habilidade para entender todos os desafios e propor uma solução eficaz, optando por famílias tipográficas gratuitas, pagas ou até mesmo desenvolvidas sob medida, com objetivo de traduzir da melhor forma a identidade e essência da marca.


Se você não as tiver, não as falsifique tornando-as maiúsculas encolhidas, ou usando aquele estúpido botão (Tt) dos softwares de editoração que deforma o desenho original da letra. Nesse caso, usar maiúsculas serve. Mas, em qualquer escolha, dê-lhes um pequeno espaçamento entre as letras: de 50 a 100 unidades, para uso no texto corrido, talvez mais, quando utilizado em títulos e cabeçalhos. Em todos os casos, mantenha consistência. Ela é a chave de tudo. Não use maiúsculas aqui, e minúsculas ali. Se usar algarismos antigos [ou elzeverianos, com ascendentes e descendentes], use-os do começo ao fim (e, em geral, se estiver usando algarismos antigos, você também deve usar minúsculas. Usar maiúsculas e algarismos antigos juntos é terrível!). Se usar itálico para ênfase, use do começo ao fim. Tome uma decisão e a mantenha. Ou então, se você mudar de estilo, mude-o completamente, do começo ao fim. Agora, uma palavra ou duas sobre o texto de títulos e chamadas, quer dizer, o texto que fica sozinho, em destaque no corpo do documento, normalmente em tamanhos maiores do que o texto. Não confie no espaçamento de letras definido pelo software ou pelo designer

68

de tipos, em corpos maiores a maioria dos tipos disponíveis precisa de algum ajuste. A primeira conduta necessária é um ajuste geral das letras. Quanto maiores forem, mais concentradas devem ficar. Então, quase sempre será preciso fazer algum ajuste manual de kerning. Preste atenção para a tipografia, exagere-a, acrescente espaço entre as letras que se tocam ou ficam muito próximas umas das outras, aproxime-as quando elas estiverem afastadas. De maneira similar, você provavelmente precisará ajustar a entrelinha de um tipo maior e, de novo, quanto maior o corpo, menor a proporção entre o corpo e a entrelinha. Exagere, exagere, exagere. O título é para ser visto! Não desmereça a tipografia deixando-a abandonada, virando-se por conta própria, parecendo uma garota com o vestido preso na roupa debaixo. Existe muito mais para se conhecer nesta área, mas essas ideias básicas vão aliviar muito sofrimento. Para saber mais, você deve ler tudo em que você puder colocar as mãos referente à tipografia. [O editor sugere: Projeto Tipográfico – Análise e produção de fontes digitais, de Claudio Rocha e Primeiros socorros em tipografia, de Hans Peter Willberg e Friedrich Forssman.] Junto com os tipógrafos de toda parte, você vai afastar os bárbaros dos nossos portões, livrando--nos da invasão das atrocidades tipográficas. Siga em frente. Faça direito e faça bem-feito.


O exemplo as seguir é da marca Lola Comfy Clothes. O logotipo da marca é um dente de leão, algo leve, solto e feminino. Apos a definição da imagem do logotipo, vem a parte de decidir a tipografia da marca. Na marca tiveram diversos testes para ver qual fonte se encaixava melhor com a marca, ate ser definida a Bronze Script Personal Use para o nome Lola. Foi escolhida essa tipografia pois ela é uma tipografia bem feminina, as letras são redondas e cursivas, da uma impressão de que alguma mulher escreveu ela, algo simples e divertida; que remeti a essência da marca e também combina com o dente de leão, que é redondo e leve. Para o Comfy Clothes foi escolhida a tipografia Champagne & Limousines uma tipografia bem simples, reta e separada, usada no LIGHT, para não “brigar” com a tipografia Bronze Script Personal Use, pois o foco não é a escrita “comfy clothes” e sim o LOLA.

69


70

6


Empreendedorismo 71


Você já está demitido e não sabe Vitor Boccio

Não. E não é culpa da crise, até por que elas vem e vão. Existe uma coisa chamada crescimento exponencial, e isso faz o mundo andar cada vez mais rápido. Do crescimento da população ao desenvolvimento de novas tecnologias, velocidade de obsolescência das coisas e grandes mudanças culturais.

72

Um ser humano inventou o Uber e destruiu o esquema do taxi. Outro, o Whatsapp e matou o sms, telefone e a porra toda. O smartphone transformou operadoras de telefonia (existe?) em distribuidoras de banda. Você paga sua tv a cabo e nem assiste. E mais mil exemplos desses. E assim caminha, rapidamente, a humanidade. E aí vem a pergunta: Por que caralhos esse treco não há de pegar a nossa indústria?Se quiser se basear na fé, talvez encontre um pensamento mágico que nos salve. Dirão os céticos: “sempre existem os cavaleiros do apocalipse, que diziam que tal coisa ia morrer, e tal coisa ia matar tal coisa”. De fato, não necessariamente uma coisa mata a outra. Mas sim, uma coisa mata a outra se essa outra não olhar pra dentro e se reinventar. Deixando de lado a fé, vamos voltar aos fatos. – Quanto vale a marca Uber? Como ela se fez? Quanto de comunicação investiu? Qual o jeito de fazer e quanto tempo levou? O mundo todo conhece o Uber tanto quanto grandes marcas globais.


Passos de como abrir uma loja de roupas Posicionamento: Qual tipo de roupas você vai vender? Você precisa observar a micro região onde pretende montar sua loja de roupas e tentar identificar lojas que aparentemente estão indo bem.Viste a região em dias e horários alternados para ter uma ideia do volume de vendas destas lojas de roupas. A partir desta observação você poderá escolher um segmento que parece mais atraente para fazer seu planejamento e descobrir se é realmente viável montar uma loja de roupas. Dentre as Opções Para Abrir Uma Loja de Roupas Você Poderia Escolher • Lojas voltadas um tipo de roupa única como lojas de roupas femininas, loja de roupas masculinas e acessórios ou roupas infantis oferecendo com isso os mais variados estilos de confecções e peças nestas áreas específicas • Lojas que oferecem roupas e acessórios de diversas marcas para vários públicos, sendo mais indicado para as pessoas da classe B em diante; • Lojas de produtos esportivos sendo indicado para localidades com muitas academias e/ ou cultura local voltada para a prática de exercícios; • Outra excelente opção é montar uma loja de roupas de grifes famosas, sendo mais indicada para quem pretende atuar com consumidores da classe A; • Iniciar uma loja de roupas de praia; • Lojas de moda íntima com opção de roupas para uso íntimo tanto para os homens como para as mulheres; • Loja de roupas para gestantes;

As duas iimagens mostram vitrines de lojas

73


– E os estudantes de cinema de Berlim que fizeram um filme (Que filme!) para a Johnnie Walker. Visto pelo planeta. Aplaudido pelo planeta. – A Netflix com faturamento gigantesco ameaça o negócio da TV. A queda de audiência de quem ainda protege o modelo de negócios no Brasil. Os bureaus de mídia pelo mundo e o jeito como a própria disciplina tem se reinventado, com aprofundamento de ROI e mensuração, mídia programática, customização de canais, etc.

74

– Indústria automotiva em pânico (e excitação) com os carros que andam sozinhos. Os Ubers que andam sozinhos. Os drones que levam pessoas pelos céus. Os drones Uber que farão a humanidade chegar no De Volta para o Futuro. O Google é concorrente e/ou parceiro de todo mundo. Até de você. Indústria alimentícia repensando tudo. Bancos, Imóveis, Escolas, Supermercados. – A morte de todos os tipos de agentes, que não faziam nada mais que ser agentes. Corretores de imóveis, agências de turismo, operadora de hotéis, cartões de crédito tradicionais, cooperativa de táxi. Fim dos intermediários que não tem um valor além de, simplesmente, intermediar.  – Falência moral e/ou financeira das instituições duras: Fifa, governos e classe política, Sindicatos, Grupos disso ou daquilo. O Vaticano, por exemplo, tenta desesperadamente com o Papa Francisco se conectar a outros tempos, outros valores, sobreviver.


Qual o Perfil do Seu Cliente Alvo ao Montar uma Loja de Roupas? É importante buscar conhecer a clientela que vai ser abordada, buscando dados como o seu poder aquisitivo, se pertence à classe social A, B, C , seus hábitos de consumo, onde mora, renda, tamanho da família, etc. Para descobrir exatamente o público alvo ideal ao montar uma loja de roupas você precisaria de uma pesquisa de mercado, mas, como a maioria dos empreendedores não dispõem de recursos para tanto, a observação e o senso comum já serão de grande ajuda.

As duas imagens mostram perfils de pessoas

A Escolha do Ponto Comercial Neste tipo de empresa, chamado “negócio de ponto”, a escolha do ponto comercial é primordial para o sucesso. Lembre se de que você precisa estar perto do seu cliente.Verifique o tipo de lojas na vizinhança o perfil dos transeuntes e o fluxo de veículos pelo local. NESTE TIPO DE NEGÓCIO, ÀS VEZES É MELHOR ESTAR LOCALIZADO PRÓXIMO A OUTRAS LOJAS DO GÊNERO DO QUE FICAR ISOLADO EM UMA OUTRA REGIÃO SEM CONCORRENTES.

Análise da Concorrência da Futura Loja de Roupas Agora que você já definiu um segmento do mercado de vestuário que parece mais atrativo é hora de começar o planejamento para valer. Continue sua observação inicial prestando atenção nos seguintes itens: Qual o número de concorrentes na micro região escolhida? • Qual o volume de vendas deste mercado? • Este tamanho de mercado é suficiente para comportar mais uma empresa e ainda ser atrativo?

75


– Os Youtubers e influencers com mais reputação, audiência e moral que os velhos atores de sempre, da novela de sempre. Qualquer um pode ser a nova sensação do último minuto da próxima semana. Blogs de alguns clubes de futebol fazem trabalho muito mais sério e relevante que muitos (falsos) jornalistas mumificados nas arcaicas editorias com interesses comerciais. Vemos hoje tentativas da TV de incorporar linguagens de internet (Adnet é um bom exemplo). Antes tinha um papo de “isso é coisa pra internet”. Acabou. Ninguém entra mais na internet. A vida é uma internet.

76

E diante de toda essa loucura, a primeira tentativa é a mais banal: protecionismo. CBF peitando a Primeira Liga com ameacinha coronelista, boba, colegial. TV’s tentando apavorar a Netflix. Processos contra o Whatsapp. Taxistas enfiando porrada no motorista do Uber. Em vão. É tipo o velho casamento, que só se mantinha por causa de um papel. Separar era feio, e isso protegia a instituição casamento (e nos bastidores todo mundo fazia de tudo). Protecionismo é coisa do século velho. O negócio é: Entenda a mudança e, como diz a Dori pro Nemo, o peixe: “Continue a Nadar”. Perdemos, Playboy. O seu jeito de fazer não funciona mais. O que você faz será feito de outro jeito. A proposta de valor da sua empresa não será a mesma. A ferramenta não será a mesma. A estrutura da empresa ou necessidade dos clientes não será a mesma. O velho planejamento e o planejar não funcionam mais.


Identifique os principais pontos fortes, pontos fracos e deficiências dos seus 4 principais concorrentes. Onde eles erram e onde acertam? Para chegar a estes números, visite as lojas concorrentes, observe do outro lado da rua, converse com funcionários e ex funcionários.Vale a pena gastar um tempo levantando estas informações.

O Planejamento Financeiro Estes números acima formarão suas premissas do volume de vendas, da tamanho do mercado e da concorrência. Estas premissas é que vão embasar seu plano financeiro. Um bom plano financeiro deverá lhe mostrar a resultado da sua ideia de negocio, ou seja, o lucro ou prejuízo. É como dar uma espiada no futuro. O planejamento financeiro deverá lhe dizer também em quantos meses você terá no bolso de volta o dinheiro que investiu no negócio, o chamado payback. E por final ele deverá lhe dizer quanto você deverá vender no mês para ficar no zero a zero, ou seja o quanto você TEM que vender para não ter lucro nem prejuízo. Este é o chamado ponto de equilíbrio.

Investimento Inicial Para Abrir Uma Loja de Roupas O investimento inicial é o dinheiro que você gastará para montar sua loja de roupas, bem como o capital necessário para manter a loja nos primeiros meses (capital de giro). O investimento inicial faz parte do seu planejamento financeiro e nele você deverá colocar todos os materiais que for utilizar ao abrir a loja de roupas, como: • Balcão de atendimento; • Araras, manequins, espelhos e provadores; • Prateleiras, estantes e vitrines; • Telefone, computadores; • Programas para emissão de cupom fiscal e ERP (sistema de gestão empresarial); • Móveis como cadeira, mesa, arquivo e material de escritório em geral Também compõe o investimento inicial o valor gasto para comprar o estoque da loja de roupas. Lembre-se que existem formas de diminuir o valor do investimento ao montar uma loja de roupas, dentre elas podemos destacar a venda na internet.

77


Mas cá entre nós, que tesão viver nesse mundo, não? Nunca foi tão fácil aprender. Nunca foi tão acessível se conectar com gente que pode ajudar. Nunca foi tão interessante mensurar Nunca foi permitido errar como se pode errar e corrigir hoje. Nunca foi tão convidativo e rápido mudar, rever, construir. Enfim. A mudança é forte e rápida. De alguma maneira, ela irá chegar até você. E por isso você já está demitido. Demitido do seu velho você. Do que ele fazia, pensava e agia.

78

E, na minha opinião, esse é o primeiro passo para que alguma transformação aconteça. Precisamos profissionais pra transformar, por exemplo, as agências. Dar uma nova perspectiva, sustentabilidade e relevância na vida das (novas) companhias. Resgatar o respeito, o papel, a estratégia, o espaço, o talento, a motivação. Vamos assistir todo mundo querendo ir trabalhar em qualquer outra coisa? A fonte secar? Saber que estamos ameaçados pode ser um combustível pra nos fazer acordar mais cedo, prototipar coisas, tentar o que ninguém tentou. Inverter ou subverter a lógica. Cruzar agência de propaganda, lab de inovação, startup, academia, engenharia, tudo! Chamar a responsa.


Como Montar Uma Loja de Roupas e Vencer a Concorrência? Você já descobriu o tamanho da concorrência e também se poderá superá-la quando levantou seus pontos fortes e fracos, agora é hora de traçar no seu planejamento como vencer a concorrência. BASICAMENTE PARA SUPERAR A CONCORRÊNCIA VOCÊ DEVERÁ TER MELHORES PRODUTOS E SERVIÇOS. “Como assim melhores produtos e serviços? Vou montar uma loja de roupas e não uma prestadora de serviços.” Todo comércio, de alguma maneira presta serviços, seja no atendimento ao consumidor, no serviço de entrega à domicílio ou em uma ligação para informar da nova coleção que chegou na loja. Quanto aos produtos você precisa encontrar bons fornecedores com produtos de qualidade e variedade. Você deveria fazer um planejamento dentro do seu plano de negócios também chamado de plano de serviços diferenciados. Este plano consiste em idealizar as ações que farão a diferença nos serviços de sua loja de roupas para conseguir atrair mais clientes, vencer a concorrência e consequentemente obter sucesso no empreendimento. O seu plano deve considerar especificamente os pontos fracos e fortes da concorrência e o perfil do seu cliente.

A Escolha da Decoração ao Montar Uma Loja de Roupas A decoração da loja de roupas deve ser cuidada em todas as suas áreas considerando os móveis, decoração da vitrine, pintura, iluminação, revestimento; fachada, calçada, etc. É importante estar atento em todos os aspectos que podem de forma direta ou indireta influenciar para que ocorra uma comunicação social adequada às pretensões da loja que foi criada. Trocando em miúdos. A decoração da loja deve condizer com o tipo de cliente. Você não deve montar uma loja de grife com uma decoração e fachada populares. Consequentemente você atrairá pessoas para a loja que não ficarão à vontade com os preços das roupas que dirão:

79


Percebemos e repensamos. Ganhamos uma nova vida. Muito mais legal, inspiradora, e em busca de ter maior relevância. Uma vida que quer se plugar num mundo mais flexível, inspirador, democrático, orgânico e de possibilidades infinitas. Sem a demissão, nada aconteceria. Semana que vem, um projeto que faço parte vai pro ar. Pra inspirar a gente a repensar a gente. Afinal, esse mundo dá, ao mesmo tempo, medo e tesão.

80

A questão é: Você vai abraçar sua demissão virtual e começar a tentar mudar? Ajudar sua empresa nisso? Caminhar, evoluir? O resto é fé. E choro.


NÃO OBRIGADO, ESTOU SÓ OLHANDO… Enquanto isso os verdadeiros clientes passam na porta da loja mas não entram por acreditarem que pela fachada e decoração ali não tem o que procuram.

As duas imagens mostram interiores de lojas

Formação dos Preços das Roupas

Os preços que serão cobrados devem levar em consideração não apenas os custos das mercadorias mas também a competitividade em relação aos preços dos concorrentes na micro região de atuação. Uma maneira de determinar o preço de vendas para seus produtos consiste em começar a precificar as peças a partir do preço da concorrência e a partir deste valor obtido determine o total dos custos realizados e em seguida verifique a porcentagem do lucro a ser ganho. Se o Lucro Obtido a Partir Dos Preços da Concorrência Não For Satisfatório? Sua loja deverá diminuir os custos. Caso contrário, a sua análise financeira está no caminho correto para ganhos efetivos e sucesso no empreendimento. Conforme o segmento de clientes que você for trabalhar, como no caso de roupas de grifes ou franquias, não haverá como basear o preço nos seus concorrentes. Nestes caso o fornecedor já indica um valor de venda aproximado. Cabe a você checar a lucratividade mensal da loja e trabalhar o preço de venda de acordo.

Financiamento Para Abrir Uma Loja de Roupas Estas linhas de créditos para abertura de empresas estão sempre mudando e ainda há muitas particularidades regionais. De modo geral não há linha de crédito para montar uma loja de roupas, por se tratar de uma empresa nova. O que você poderia conseguir seria crédito pessoal, o que normalmente não é indicado pelas altas taxas de juros.

81


82

7


Técnicas de video 83


84

O objetivo da disciplina de Laboratório de linguagem grafica II (técnicas de video) é capacitar o aluno na técnica do vídeo, Desenvolvendo suas diferentes linguagens, para criação de imagem em movimento. Durante esse semestre tivemos que desenvolver três projetos; O Primeiro projeto que tivemos que fazer foi um vine, que é um vídeo curto de 10 segundos, contando uma pequena historia, algo que cativa a atenção das pessoas que estão assistindo. O segundo projeto foi fazer um storytelling, contando algo sobre nossa vida que nos inspiro ou algo que fazemos. O Terceiro projeto foi junto com a professora patrícia, tivemos que fazer uma animação relacionado a um artista visto na aula de Historia do design.


VINE

O Projeto do vine foi algo bem difícil de pensar, pois 10 segundos não é muito tempo para conseguir contar uma “historia”, fora isso não podia ser qualquer historia, tinha que ser algo que chamasse a atenção das pessoas que estariam assistindo. Decidi fazer uma historia mostrando minha rotina de manha usando legos. Mostrei 5 partes da minha rotina em 10 segundos; O despertador, escovar os dentes, fazer ovo mexido, tomar café, me vestir.

85


86 A primeira parte foi simples, posicionei os legos para que eles mostrassem o horรกrio 6:00, tirei uma fotografia e coloquei um barulho de alarme no comeรงo.


87 A segunda parte foi a parte de escovar os dentes, nessa parte mostrei a pasta de dente sendo posta na escova de dente, mas os invĂŠs de sair pasta, saiu legos verdes. Para conseguir fazer isso, filmei micro movimentos da pasta na escova, enquanto parava a filmagem para por “os legosâ€? ao invĂŠs da pasta.


88

Na terceira Parte, foi a parte de fazer o ovo mexido. Nessa parte, no começo bati o ovo do lado da frigideira imitando o jeito de como normalmente ĂŠ quebrado o ovo, depois na hora que era pra “abrirâ€? o ovo na frigideira, parei a filmagem com o ovo em cima da frigideira, posicionei os legos amarelos embaixo do ovo perfeitamente


89

Na quarta parte foi a parte do café. peguei uma bule próprio de café e um copo. Posicionei um lego marrom primeiramente no bule, filmei o bule “descendo” em direção do copo, as isso pausei a filmagem, Coloquei o lego marrom dentro do copo e voltei a filmar, fui parando a filmagem e fazendo isso ate que o copo estivesse cheio de café.


90

Na parte final, fiz uma “gravata boboletaâ€? de legos e aproximei ela da minha camisa, para representar a parte de se vestir de manhĂŁ.


-

91


92


Referências LIVROS HARBOUR, ELIZABETH., Estamparia. São Paulo: Publifolha, 2013. SMITH, ALISON., Roupas: Passo a passo. São Paulo: Publifolha, 2012 STEVENSON, MJ., Cronologia da Moda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora Ltda, 2012.

WEBSITE www.blog.costurebem.net/2012/02/as-etapas-da-confeccaode-uma-roupa/ www.designcomdesign.com.br/portal/blog-da-dcd/item/229a-importância-do-logotipo-para-o-seu-negócio.html

www.estampaweb.com/2011/06/diferentes-formas-de-estampar-pecas-de-roupas/ www.modacombiscoitos.wordpress.com/2012/07/23/roupase-colecoes-o-passo-a-passo-da-elaboracao-de-uma-fichatecnica/ www.neurona.com.br/a-tipografia-tambem-faz-parte-da-identidade-de-uma-marca/ www.novonegocio.com.br/ideias-de-negocios/como-montaruma-loja-de-roupas/ www.wikipedia.com

93


94


Cólofon Desenhado em 2016 Composto nas famílias tipográficas: Baskerville Gills sans, Century gothic Thonburi Editora Matroni/São Paulo SP

95


96


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.