O FUTURO CHEGOU

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O FUTURO CHEGOU Chegou mesmo?

Stephany Zarzur

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O FUTURO CHEGOU : Chegou mesmo? Organizado por: Stephany Zarzur Copyright 2016 Infinity Books Todos os direitos reservados. Nenhuma pagina deste livro podera ser produzida ou transmitida por qualquer meio, seja eletronico ou macânico, incluindo fotografia, xeroz ou video sem a permissão da editora Infinity Books Todas as imagens presentes nesse livro foram tiradas da internet pra fins de ilustracao do livro.Nehuma forma de infracao é intecionada. Os direitos das mesmas pertecem aos seus repectivos donos, quem quer que seja. Publicado por: Infinity Books Impresso em: Grafica Arrisca, SP - Brasil

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SUMARIO CAPITULO 1. Evolucao da teqcnica CAPITULO 2 .Epocas e objetos CAPITULO 3. O que é o futuro? CAPITULO 4. Empreendorismo CAPITULO 5. Inovacao CAPITULO 6. Fututo do Futuro CAPITULO 7. Arte da Escrita

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intruducao O livro o futuro chegou pretende, através da exposição e objetos de diferente épocas, estabelecer o conceitos e funções de cada um desses exemplos. Esperasse mostra as mudanças operadas nos estilos, as redefinições de conceitos e os recursos utilizados em cada momento. O livro será estruturado sem 7 capítulos, a saber: o capitulo um que irá apresentar a evolução técnica a partir das exposições do século XIX até o século XXI ; o capitulo dois irá mostra os identidades dos objetos em cada época; no capitulo três pretende-se fazer um reflexão sobre o sentido de futuro; o capitulo 4 irar descoser sobre a importância do empreenderíamos no futuro; o quinto capítulo apresentará a importância da inovação no decorrer do tempo; capitulo seis irá mostra o futuro daquilo que ainda chegará e, finalmente o capitulo 7 irá destacar a arte da escrita vírgula o elemento fundamental na confecção de um livro O livro procurará, a partir da comparação entre o novo é velho buscar conceitos que refletem diferentes designer e diferentes objetos de épocas diversas. A publicação incluirá fotos que possam caracterizar os diferentes tempos. O livro deverá ser um trabalho acadêmico sobre evolução do design nos diferentes tempos ressaltando a identidade e os conceitos desses objetos em transformação.

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Evolução da Técnica

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“Em 1872, quando Phileas Fogg saiu de Londres para cruzar o mundo em 80 dias, a era industrial andava a passos rápidos. As pessoas já estavam se habituando a ter máquinas ao redor de si, como a máquina de costura doméstica, os teares de produção de tecidos diversos, as locomotivas a vapor. (FONSECA, p.1, 2013).”

No final do século XIX, a Europa atravessava a 2ª Revolução industrial. A primeira delas, quando o trabalho artesanal foi substituído pela maquinofatura e quem saiu na frente foi a Inglaterra que formou um vasto império colonial e investiu em equipamentos e inovações, aperfeiçoando sua produção têxtil e siderúrgica. Na segunda Revolução Industrial, a partir de 1850, a Inglaterra ganhou “companheiros” em produção como os EUA, Japão, França e Alemanha. Nessa época foram aperfeiçoadas as máquinas e a velocidade de produção era, cada vez mais, impressionante. Já se utilizava eletricidade e petróleo que permitiam maiores progressos com a indústria de transporte produzindo automóveis, trens elétricos e aviões, revolucionando a vida cotidiana. Havia uma pressa em se mostrarem as novas invenções e, em 1851, a “Grande Exposição Universal” de Londres. Os ingleses percebiam que o futuro havia chegado e essa exposição resolveu mostrar os trabalhos industriais de todas as nações e trouxe criações de muitos países. “A mostra rompeu escalas a começar com a grandiosidade que a abrigou [...]. Nomeado Palácio da Grande Exposição dos Trabalhos

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da Indústria de todas as Nações, o edifício foi apelidado de Palácio de Cristal pela revista semanal inglesa Punch. (FONSECA, p.2. 2013).”

O Edifício da Grande Exposição já demonstrava chegado do futuro, antes mesmo dos objetos e maquinários apresentados em seu interior. Era uma gigantesca edificação de ferro e vidro, montada em pouco mais de 5 meses, veloz como o futuro que chegava, trazendo aos seus milhões de visitantes influências que iriam marcar-lhes a vida. Primeiro a própria utilização do ferro e vidro em proporções gigantescas, a tecnologia superava tudo e todos pois ali, dentro desse monumental edifício estavam expostas as maravilhas do mundo moderno; máquinas de “fazer tudo” o que se podia imaginar como talhar pedras, moldar velas, arrancar pregos e tantas mais. Por outro lado, existiam no mesmo local, exposições de produtos de outras nações possibilitaram experimentar pela primeira vez uma espécie de globalização,“estabelecendo a noção moderna de um mundo sem fronteiras”, segundo Fonseca. As culturas Egípcias, Hindu, Turca e muitas outras traziam imformações, novas formas que refletiam as diferentes maneiras de vida, as diferentes culturas. Os visitantes extasiavam-se nesses mundos tão distantes e tão presentes; ali estava o futuro sem qualquer dúvida, mostrando o que era a modernidade, fazendo com que o homem do século XIX viajasse através de objetos e sabores, para um mundo bem mais vasto, sem, no entanto, sair do local. Mas, muitos se deslocavam para vivenciar a exposição e isso era também uma experiência marcante de uma nova etapa da vida e, conforme Ortiz (1991), “o princípio de circulação é um elemento estruturante da modernidade que emerge no século XIX”. Assim, a Grande Exposição do Palácio de Cristal em Londres de 1851 e os objetos expostos por ela foram um sucesso, marcando uma época.

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Napoleão III se instalou no poder em 1852 e, segundo Fonseca (2013) tinha projetos de modernidade, sendo a Exposição Universal de 1855, um desses projetos que, apesar de não alcançar o sucesso da exposição londrina estabeleceu um padrão internacional para as exposições que se tornaram mais exuberantes. Em 1855, a fotografia surpreendia os visitantes tanto quanto a utilização doméstica da eletricidade. A próxima exposição, em 1867, também foi em Paris, mais precisamente em um lugar conhecido por Champs de Mars que reúne inúmeros restaurantes e cafés de diversas nacionalidades, que permitia o conhecimento pelo olfato e pelo paladar, além da apresentação de novas tecnologias nessa exposição. Entretanto, a mostra das Expos irá inovar em matéria de novas tecnologias; em 1878 em Paris a eletricidade ampliava as noites, estendendo o tempo e em 1889, tambem na capital francesa a glorificação das estruturas em ferro como a torre Eiffel. “Mesmo com um antecedente deste porte, a construção da torre Eiffel foi um espanto: com seus 320m de altura, ela causava vertigem nos visitantes. Sua iluminação elétrica também foi um sucesso: milhares de lâmpadas a adornavam enquanto um raio tricolor saía de seu topo”.

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Em 1900 a mudança espaço/tempo se consolidou com as novas tecnologias: a nova estação de trem Gare D’Orleans recebia os visitantes e próximo a estação ficavam os edifícios da exposição. Havia uma calçada ambulante que transportava os visitantes na exposição e isso simbolizava o futuro em que não se podia perder tempo, tudo era acelerado, a velocidade era o espírito da época. A eletricidade, novamente era a estrela da Exposição de 1900. Paris estava diferente da exposição de 1855; Haussmann urbanizara a cidade que contava com grandes avenidas que facilitavam os deslocamentos que, incentivaram os passeios pela cidade. A exposição de 1900 mostrou uma cidade de trilhos e relógio, objeto este que se transformou em símbolo de civilização e riqueza. O século XX iniciou uma época em que mais se inovou em tecnologia, foi ele que acelerou o futuro ainda mais e a exposição de 1939 em Nova York é testemunha. Foi o século do petróleo, da eletricidade, da indústria química, da indústria automobilística e do telefone. Henry Ford procurou acelerar os processos produtivos, introduzindo a produção em série nas indústrias, padronizando para ampliar a quantidade de produtos. Na mesma época, a produção passou a ser planejada e controlada, cujo tempo de tarefas era cronometrado e o trabalhador ficava numa posição fixa em que as peças chegavam a ele por meio de esteiras rolantes. Esse sistema de trabalho ficou conhecido por fordista/taylorista. A exposição de 1939 em Nova York tinha como slogam “O amanhã é Hoje” e os americanos queriam demonstrar que os tempos difíceis da depressão econômica haviam sidos superados. Os EUA agora miravam o futuro e queria chegar primeiro em tudo. A exposição possuía pavilhões para grandes empresas e no da Westinghouse Eletric

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Westinghouse Eletric o público era recebido por um robô de aproximadamente 2m de altura que respondia a pequenos comandos e conseguia entabular uma conversa com seu interlocutor. O pavilhão da GM mostrava uma cidade do futuro numa maquete de 300m2; as poltronas se moviam em Futurama. Antes do término da Exposição iniciava-se a II Guerra, adiando os planos para o futuro. Clark (2004) acreditava que ninguém levava a sério as Exposições como meio de representar o que acontecia no mundo, mas segundo a autora o número de visitantes a essas exposições mostravam o contrário. Havia uma vontade de se conhecer o futuro e, ainda é assim, basta ver as filas nas lojas da Apple quando um novo aparelho é lançado. As feiras traziam a ilusão de antecipar o futuro e conforme Fonseca (2013) Phileas Fogg acreditava no poder do tempo cronometrado, na máquina, na ordem para fazer a viagem pelo mundo em 80 dias.

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Épocas e objetos

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Objetos carregam identidades e seus designs estão sempre relacionados à suas marcas, mesmo que se alterem com o passar do tempo; a eficácia da marca é quem permite o seu reconhecimento. Um longo caminho foi percorrido entre um gramofone e um Ipod; no entanto, apesar de tantas diferenças identificam-se por suas imagens material e simbólica que são constantes em cada momento. Vivem para sempre mesmo com as novidades que surgem a cada dia. Segundo Temin (2016), Behrens foi professor e artista atuando como designer de produtos e gráfico, designer de mobiliário e arquiteto. Por sua bagagem cultural e conhecimentos foi contratado pela AEG – All – Gemeine Elektrizitaets Gesellschaft, empresa alemã, como consultor artístico em 1907. Antes disso fora diretor da Escola de Artes e Ofícios em Dusseldorf, escola que ministrava cursos experimentais que exploravam o potencial das formas da natureza em estudos de suas estruturas geométricas. Esses cursos, mais tarde, influenciarão os cursos da Bauhaus. Behrens projetou de tudo, de objetos simples até postes de iluminação. “O grande mérito dele foi pensar e estruturar uma linha de produtos e um sistema de comunicação integrados, a partir de uma ideologia e estrutura organizacional de projeto.” (TEMIN, 2016, p.1).

Behrens, segundo explicou Temin (2016), buscou alinhar cultura empresarial à identidade coorporativa convertendo conceitos em filosofia da empresa e de suas marcas. ‘‘Para Behrens, todos os produtos, edifícios, marca, estrutura de layout da linha de produção e peças gráficas eram projetados sob uma estrutura básica geométrica. Ele não só criou a marca da AEG, mas também toda a identidade corporativa da empresa, incluindo várias campanhas publicitárias. (TEMIN, 2016, p.2).’’

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Behrens trabalhava a geometria explorando suas diversas formas e possíveis transformações a partir de estruturas básicas, chegando a padrões de proporções e dimensões em todos os tipos de designs. Desenvolveu um sistema que permitiu que produtos e marcas apresentassem mesmo conceito de imagem, representativo da AEG. Behrens desenvolveu inclusive a primeira topografia corporativa para composição de marca, estrutura gráfica de propagandas e design de produtos, símbolos de um sistema. Com o fim da II Gerra Mundial, nos EUA, houve um desenvolvimento de identidades corporativas, momento importante nessa história do design. Segundo Temin (2016), os EUA preservaram seu território, além de perder bem menos homens do que a Europa. Os avanços tecnológicos alcançados e consequente desenvolvimento da economia agrícola e industrial diminuíram as taxas de desemprego e o crescimento econômico dos Estados Unidos foi de tal monta que abastecia as nações destruídas pela guerra. ‘‘A explosão do crescimento econômico transferiu para as grandes corporações a responsabilidade e a criação de novos produtos e serviços. As corporações passaram a desempenhar um papel ativo na economia do país e, com o passar dos anos, só aumentaram. (TAMIN, 2016, p.3).’’

Os EUA teve sua história atrelada às inovações surgidas no século XX, junto às grandes corporações, gigantes como a IBM, cuja marca se tornou referência mundial. Segundo Temin (2016), Paul Rand foi o designer responsável pela identidade visual da marca da IBM. A identidade de uma marca sintetiza um design de época que se altera dando origem a novas formas. Os designers de forma geral trabalham adotando objetivos mais pragmáticos, identificando e

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e reconhecendo novos produtos como marca e como desempenho econômico de suas marcas. Os produtos se tornaram e se tornam, cada vez mais acessíveis aos consumidores e os sistemas construídos para as marca incluem sua lógica construtiva e uso preciso do símbolo visual e para isso foram desenvolvidos, inclusive, manuais que especificam técnicas de execução, facilitando inúmeros projetos. No entanto, é comum que gestores desenvolvam produtos cujacomunicação esteja atrelada especificamente a uma gestão. Por outro lado, o próprio desenvolvimento tecnológico acelerado é responsável por mudanças constantes no design de inúmeros produtos que, por vezes, duram menos que uma gestão, fato observado a partir da 2ª metade do século XX. O desenho se modifica acompanhando o futuro responsável por modificações e/ou introduções de novas tecnologias como aconteceu no desenvolvimento de aparelhos que tocam música, foco deste livro. Desde o gramofone, houve inúmeras transformações em objetos usados para o mesmo fim, utilizando-se as tecnologias desenvolvidas e inovadoras de cada época. Entre 1900 e hoje foram muitos modelos com diversos designs até chegar-se ao moderno Ipod da Apple, caixinha minúscula que comporta milhares de músicas que pode ser adaptada para tocar em diversos locais. O Ipod revolucionou a forma de ouvir música apresentando-se como um aparelho simples, belo e sintético. Cada época também foi memorável e, principalmente por tratar-se de música, cada objeto desenvolvido para tal guardou o glamour desses momentos identificados não exatamente pela marca, mas por sua importância musical: as festas com gramofones do princípio do século XX; as músicas do Beatles e Roling Stones dos anos 1960 nas vitrolas grandes e quadradas que servia aos long-plays;

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as fitas k-7 e os CD’s; nos toca-fitas e CD Players dos anos 1970 e 1980 e nos Ipod’s de hoje.

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“gramofone em 1910; a vitrola da década de 1960, o rádio toca-fitas na década de 1980, o rádio toca-cd na década de 1990 e o ipod ...”

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O objetivo desse livro foi o de mostra a evolução do design utilizando objetos da música de épocas diferente, bem como as exposições que ocorreram desde séculos XIX Para isso foram selecionada fotografias que pudessem representar a evolução através da arquitetura da época e do design da época O texto irar procurar relacionar a inovação empreendedorismo e evolução de objetos no tempo focando sempre no futuro que, de fato nunca chega.

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