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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 223/ ANO 10 / SÉRIE 6 TERÇA-FEIRA, 04 NOV.14

ACADÉMICO EM PDF

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reportagem campus

cultura

desporto

102 anos de Enfermagem em Braga

Mingus Project enche Nogueira da Silva

Braga vence em casa

Págs. 08 e 09

ENTREVISTA Págs. 12 a 15

Provedores nacionais na UMinho Pág. 03

Pág. 07

Pág. 16

António CUNHA

Do minho até lisboa


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PÁGINA 03 // 04.NOV.14// ACADÉMICO

CAMPUS

Provedores nacionais na UM SÓNIA ROCHA sonia.rocha.96@hotmail.com

Foi na passada sexta-feira, dia 31 de outubro, que a Universidade do Minho, acolheu vários provedores do estudante, representantes de várias universidades e politécnicos de todo o país, abraçando assim, o IV Encontro Nacional do Provedor do Estudante. Com o intuito de refletir sobre os desafios da educação do Ensino Superior e de partilhar experiências gratificantes pelos vários provedores nacionais, este encontro relembrou a plena importância do papel do provedor.

que “há, no entanto, e certamente, muito a fazer”.

Esta iniciativa contou com a presença da vice-presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho, Isabel Furtado, que afirmou que “os estudantes reconhecem que foi muito útil a criação desta figura (provedor)”. Apesar disso revelou

António Paisana, provedor do estudante da Universidade do Minho, aproveitou para apelar à importância do papel da provedoria na resolução de conflitos. No final do mandato, Paisana espera que seja possível avançar com a criação do

manual de boas práticas, partindo lhe foi conferido”. da partilha de experiências. Recordemos que a figura de proveTambém, Carlos Videira, presidente dor do estudante foi instituída pelo da Associação Académica da Uni- Regime Jurídico das Instituições de versidade do Minho, marcou pre- Ensino Superior, no ano de 2007. sença reconhecendo que a figura do Na altura foi contestada pelos estuprovedor “se revelou muito útil na dantes, mas hoje a relação é “mais defesa dos estudantes, pelo recon- pacífica”, garante o presidente da hecimento legal e institucional que Associação Académica da UMinho. O Reitor da UMinho, António Cunha, demonstrou que a provedoria estudantil, é indubitavelmente indispensável e fulcral, salientando que “o provedor deve ser considerado necessariamente um lugar em construção”.

Foto: DR

A promoção dos direitos dos estudantes, o tratamento de eventuais reclamações ou participações, por parte dos estudantes, contra os órgãos e serviços da universidade, mas sobretudo a emissão de advertências que visam à melhoria do ambiente académico, são os objetivos primordiais da provedoria, que têm dela feito um incontestável sucesso.

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho // terça-feira, 28 outubro 2014 / N222 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Lénia Rego // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , Ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, Bárbara Araújo, Bárbara Martins, Bruno Fernandes, Catarina Castro, Catarina Hilário, Catarina Martins, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Diana Silva, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Florbela Caetano, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Inês Neves, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Norberto Valente, Pedro Ribeiro, Rute Pires, Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás Soveral, Virgínia Pinto. // COLABORADORES: Abel Duarte, António Ferreira, Daniel Silva, Elisabete Apresentação, Elsa Moura, Lara Antunes, Paulo Sousa e Sérgio Xavier // CRONISTAS: António Paisana, Joana Arantes, Maria Aldina Marques, Paulo Reis Mourão // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Lénia Rego // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12


CAMPUS PÁGINA 04 // 04.NOV.14 // ACADÉMICO

Gualtar acolhe RGA

Foto: DR

NORBERTO VALENTE norberrosavalente@gmail.com

Realizou-se na passada sexta-feira, 31 de outubro, a Reunião Geral de Alunos, no campus de Gualtar. Entre os assuntos discutidos, destaca-se a estabilidade financeira da Associação Académica da Universidade do Minho, registando valores “muito semelhantes aos últimos

anos”. Existiu um decréscimo relativamente a 2013, no entanto, “o ano anterior é que foi um ano atípico”. Houve também “um volume muito menor de valores transacionados, tendo sobretudo como motivo a não realização do Enterro da Gata”, porém a sustentabilidade da estrutura da AAUM manteve-se, num “mérito que se deve a todos os dirigentes que trabalharam de uma forma muito rigorosa e séria”, referiu Carlos Videira, presidente da Asso-

ciação Académica da Universidade do Minho - AAUM. Apesar da Receção ao Caloiro, que aconteceu no início de outubro, não estar plasmada neste relatório periódico, “tem um saldo positivo e superou as espectativas” da AAUM, ainda que não de uma forma “muito significativa”, acrescentou. O mandato da AAUM termina em dezembro e, apesar do calendário eleitoral ainda não ter sido aprova-

do, Carlos Videira, presidente da AAUM, garantiu que a sua equipa “apresentará, de certeza absoluta, um projeto de continuidade para as próximas eleições”. Na próxima quarta-feira, dia 5 de novembro, realizar-se-á, desta vez no campus de Azurém, a RGA ordinária. A reunião está marcada para as 15h, no auditório EC2.12. A AAUM apela à participação de todos os alunos da Universidade do Minho.

Roboparty “non stop” sara silva sara.daniela.gs@gmail.com

Organizada pela Universidade do Minho e pela botnroll.com, a RoboParty 2015 realizar-se-á entre os dias 19 e 21 de março, no Campus de Azurém. As inscrições já estão abertas e assim permanecerão até ao dia 20 de fevereiro. Os participantes neste evento ficarão com uma formação básica em eletrónica, programação e mecânica e poderão participar em workshops relativos a diversos temas, como impressoras 3D e desenho CAD. Para além disso, é-lhes dada a oportunidade de, com ajuda especializada, criar o seu próprio robô, com o qual poderão ficar, findos os três dias e duas noites “non stop” da RoboPar-

ty. Mas, segundo Fernando Ribeiro, docente da UMinho, a RoboParty "pretende não só ensinar a parte científica da robótica, mas também permitir que os participantes façam novos amigos e conheçam outras pessoas". Também de acordo com a organização, não há pré-requisitos para a participação nesta iniciativa, cujas palavras de ordem são “motivação e vontade de aprender”. Assim, é possível encontrar, nas equipas inscritas, pessoas de todas as idades. “Temos equipas de famílias, por exemplo avô e neto” contou Fernando Ribeiro ao ACADÉMICO. Nesta iniciativa, que contou com mais de 3400 participantes ao longo das últimas oito edições, poderão participar até cem equipas e a or-

Foto: DR

ganização não espera menos que isso nesta nova edição. "Este ano, na RoboParty, contamos ter o mesmo número de participantes. Estamos a apontar para cem equipas" declarou

ainda. Esta edição da RoboParty conta com algumas novidades, como um novo site e uma diferente e mais fácil forma de inscrição. Promete “diversão e surpresas” para os inscritos.


INQUÉRITO Que opinião tens das RGAs? PEDRO SOUSA pedro.mdesousa1@gmail.com

No passado dia 31 de outubro o Cp2 deu lugar a mais uma Reunião Geral de Alunos. Esta é uma iniciativa organizada pela AAUM que desenvolve o contacto direto da Associação com os próprios estudantes. Desta forma são discutidos temas atuais do interesse geral. Em entrevista a alguns académicos, concluise que apesar da sua importância, as RGAs ainda não são do conhecimento de uma parte considerável da comunidade, presumese, devido à falta de divulgação. Tendo a comunidade estudantil da Universidade Minho o direito e dever de se pronunciar sobre o trabalho que está a ser feito pela AAUM, o Jornal Académico interpelou alguns estudantes. Seguem as suas declarações:

MARC RODRIGUES 2º ano // ESTUDOS PORTUGUESES E LUSÓFONOS

Marc foi à RGA do dia 31 de outubro, curiosamente, descobriu a sua existência no próprio dia. “A divulgação de atividades como esta devia passar por um processo mais difuso. Certamente estaria exposto nas redes sociais, mas porque não colocar esta informação no próprio campus?”, interroga. Quando questionado sobre os temas que gostaria de ver abordados numa RGA, o estudante alegou que “estes deveriam passar pela qualidade do ensino e ainda, por questões que concernem a vida académica dos estudantes”. Marc notou a reduzida adesão na RGA em que participou. Afirma que gostaria de ver presentes nas RGAs um maior número de alunos e, sente que seria interessante incluir nestas reuniões a presença de docentes.

VERA ARAÚJO 2º ano // RELAÇÕES INTERNACIONAIS

“Nunca ouvi falar!” confessou Vera ao Jornal Académico. Assim sendo, a aluna de Relações Internacionais faz parte da grande percentagem de estudantes que nunca participaram numa RGA. Apesar disso, Vera demonstrou interesse pela iniciativa e elogiou o seu objetivo. “Não é que não esteja interessada, na verdade parece-me uma atividade que pode ser muito proveitosa, infelizmente, apenas não tinha conhecimento da mesma.” Vera acredita que a divulgação desta atividade deve ser reavaliada.

TELMO CRISÓSTOMO MESTRADO EM INFORMAÇÃO E JORNALISMO

Sendo neste momento mestrando, Telmo já tinha conhecimento da existência das Reuniões Gerais de Alunos há algum tempo. “Eu penso que as RGAs são muito importantes na medida em que proporcionam, a todos os alunos da universidade, a possibilidade de terem voz e de intervirem em muitos assuntos que influenciam a sua experiência académica”. afirma. O estudante acredita que “a opinião dos estudantes é fundamental para as associações académicas, já que as ajudam, em muitos casos, a chegar a soluções mais plurais e isentas.” Apesar de tudo, Telmo declarou que nesta RGA, notou uma fraca adesão e interacção por parte dos alunos da Universidade do Minho.


CAMPUS PÁGINA 06 //04.NOV.14 // ACADÉMICO

UM cria gestor de exames RUTE PIRES rutetpires@hotmail.com

Uma equipa da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho criou um software capaz de construir exames e de os corrigir sem a intervenção direta do professor. O medQuizz já está comercializado e funciona para diversas áreas científicas e contextos profissionais com exames escritos, estando também a ser criado um módulo de exames práticos. “Estamos convictos que o impacto futuro da plataforma será um sucesso”, admite o professor e coordenador, José Miguel Pêgo. “Este sistema facilita o trabalho dos avaliadores e acelera o acesso dos alunos às classificações. E para áreas tão diferentes como Medicina, Engenharia, Ciências, Direito, Psicologia...”, exemplifica. O projeto venceu recentemente o concurso de ideias de negócio SpinUM e já tem clientes no Brasil e em Portugal. Com o medQuizz o aluno após realizar um exame, pode saber logo a sua nota, graças à correção das respostas de escolha múltipla ou mesmo das respostas abertas,

pela soma semiautomática de expressões, frases e conceitos que o aluno teve que referir. O medQuizz destaca-se das atuais plataformas de gestão de bancos de perguntas e administração de exames porque estas centram-se apenas num docente ou num conjunto de alunos e em geral não fazem seleção de subtemas ou perguntas aleatórias. Além disso, o medQuizz tem uma série de mecanismos de inteligência artificial que facilitam a construção de perguntas e impedem vários erros no processo. Outra vantagem é que alarga os mecanismos de auditoria e regulamentação, ou seja, um mesmo exame pode ser aplicado em vários pontos do país mas a sua correção e gestão estar centralizada num ponto geográfico único. A instituição pode inclusive partilhar parte ou a totalidade do banco de perguntas e respostas com o aluno ou outras instituições, se o entender. “O acesso está desenhado para ser de acordo com as instituições, ou seja, há licenças por instituição em que a instituição decide quem são os utilizadores e quais são os papeis no processo. Não há acesso livre, há um acesso que é de

acordo a vontade da instituição. Isto permite que haja uma partilha de acordo com as relações que estão assentes na sua gestão curricular. Nisto também permita que um docente possa fazer perguntas para outra unidade curricular e permite também que um coordenador de exames possa buscar perguntas de um docente que já deixou de ter funções mas que se mantenha as perguntas no banco de perguntas.”, explica. Neste momento, este gestor de

exames está a ser utilizado ativamente em universidades no Brasil, Algarve e Covilhã. Na UMinho este é o terceiro ano de utilização na Escola de Ciências da Saúde. A equipa do projeto junta os professores José Miguel Pêgo, Joana Palha, Jorge Pedrosa, Nuno Sousa e os informáticos Nuno Santos e Paulo Cabral. A inovação resultou na criação da spin-off iCognitus4ALL – IT Solutions, sediada na Escola de Ciências da Saúde da UMinho. O site é www. icognitus.com.

Novo método para fármacos CATARINA CASTRO ina.castro@outlook.pt

Doutoranda em Biologia Molecular e Ambiental, Eugénia Nogueira está a aperfeiçoar uma nanopartícula capaz de controlar a libertação de fármacos para o tratamento do cancro e doenças inflamatórias crónicas, como a artrite reumatoide. A investigadora da Universidade do Minho

refere que “uma vantagem da nossa terapêutica é que os fármacos sejam dirigidos só para as células alvo, ou seja, para as células malignas”, o que contribui para a redução dos efeitos secundários das terapias. O trabalho desenvolvido pela doutoranda, inserido no projeto europeu Nanofol – que visa o desenvolvimento de métodos de diagnóstico

ou terapêutica mais eficazes e mais capazes de proporcionar tratamentos para as doenças inflamatórias crónicas – demonstrou que o ácido fólico é reconhecido pelo seu recetor, existente apenas à superfície das células cancerígenas e macrófagos ativados. Nas palavras de Eugénia, “o objetivo final é que consigamos então produzir umas partículas ou então transportar os nossos fárma-

cos” e, no futuro, direcioná-lo para “aplicação aos doentes”. O estudo da autora de “Characterization of a peptide as a membrane anchor in liposomes for the incorporation of ligands for specific targeting” foi recentemente premiado pela Royal Society of Chemistry com o “Skinner Prize for the Best Poster Presentation”.


CULTURA PÁGINA 07 // 04.NOV.14 // ACADÉMICO

CULTURA Mingus Project em Braga DINIS GOMES dinis_gomes@hotmail.com

Foi numa noite chuvosa que, na passada sexta-feira, o projecto de Nelson Cascais & companhia em homenagem ao contrabaixista Charles Mingus, The Mingus Project, aterrou em Braga. Numa belíssima sala do Museu Nogueira da Silva, o competente quinteto deu azo a um fantástico espetáculo integrado no ciclo RUM com Jazz. Uma bateria omnipresente, um contrabaixo fulgurante, um piano delicado, um trompete competente e um saxofone levado ao limite encheram a sala durante mais de duas

Foto: DR

horas com várias interpretações de criações de Charles Mingus e Duke Ellington a servir de despedida pré-

encore. Mais do que isto, este evento serve

também para provar que iniciativas destas são, também, o que faz uma Universidade.

GNRation abre ciclo pedro sousa pedro.mdesousa1@gmail.com

Nunca é demais relembrar o incontestável facto do GNRation se ter tornado num marco de enorme valor cultural na zona minhota. Um edifício de criação, incubação e inovação, aliado à opulenta história de Braga numa relação harmoniosa com a perspetiva contemporânea de uma cidade tão jovem. Agora, mais do que uma propriedade urbana revitalizada, o GNRation é um símbolo de mudança. A grande casa da criatividade. Sendo um espaço que acrescenta e gera talento, o GNRation criou uma iniciativa dinamizadora que pretende levar atividades culturais a locais emblemáticos da cidade. Referimo-nos ao Ciclo GNRation.

O academico falou com Ilídio Marques, gestor de comunicação do GNRation, para saber um pouco mais sobre esta atividade.

Em que se fundamenta a curadoria/ programação desse mesmo ciclo?

O ciclo GNRation é um ciclo periódico que permite levar programação do GNRation para fora das suas paredes. Tem como objectivo potenciar, pelo contexto físico e geográfico, alguns dos espetáculos programados por nós e, simultaneamente, contribuir para divulgar locais emblemáticos da cidade a potenciais visitantes.

A vertente curadorial ganha uma nova dimensão a partir do momento em que é introduzida uma componente física e geográfica distinta e tão particular como a que procuramos. O principal fundamento do ciclo é precisamente harmonizar a escolha do artista, que é feita de acordo com as matrizes gerais da programação regular do GNRation, com um local emblemático que permita potenciar essa mesma experiência cultural.

Quando se iniciou e quando se conclui?

Qual está a ser a reação do público a esta iniciativa?

Iniciou-se a 13 de Setembro na Noite Branca 2014 e não tem, para já, final definido.

Para já não poderia ser melhor. Quer o palco GNRation na Noite Branca, quer o concerto de Lee Ranaldo no

O que é o Ciclo GNRation?

Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho foram momentos muito fortes. Em 2015 o ciclo terá continuidade. Após o vigoroso arranque da programação cultural, que durante os meses de setembro e outubro apresentou nomes fundamentais da música moderna, como Lee Ranaldo, Sensate Focus ou Fachada, bem como a primeira grande produção própria, que juntou Nuno Rebelo e o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian Braga sob o epíteto Sun Ra, o GNRation decide manter o ritmo elevado até ao final do presente ano. O cardápio para Novembro e Dezembro promete ser inesquecível. Bonnie “Prince” Billy, Pere Ubu, Lucrecia Dalt, Gala Drop e concerto mais residência artística de Dirty Beaches são destaque.


REPORTAGEM PÁGINA 08 // 04.NOV.14 // ACADÉMICO

REPORTAGEM Enfermagem com 102 anos pedro ribeiro pedroeoribeiro.96@hotmail.com

A Escola Superior de Enfermagem realizou, na passada quarta-feira, dia 30, uma cerimónia comemorativa do seu 102º ano de existência. Uma das figuras de destaque foi o professor titular da Faculdade de Pedagogia da Universidade de Barcelona, Josep Lluís Medina Moya, com a apresentação da sua tese acerca do ensino superior de enfermagem. A presidente desta Escola diz procurar com a sua equipa “fazer o trabalho de casa”, com “visibilidade e diferenciação”. Iniciada com uma atuação musical, da autoria dos alunos do Mestrado em Música da UMinho, seguiu-se a atribuição das Cartas de Curso e Suplementos ao Diploma, assim como Bolsas de Estudo por Mérito a Arminda Pinheiro, Cláudia da Costa Ribeiro, Cláudia Matos Pinheiro, Elsa Gonçalves, Gabriela Correia, Marco Silva e do Prémio Almedina a Diana Rocha e Tomé Pereira da Rocha. Depois disto, a palavra foi dada a Josep Lluís Moya. Neste sentido, o docente catalão convidado fez uma abordagem sobre a tese, da qual detém a autoria, intitulada de ‘La Pedagogía del Cuidado: racionalidad, tradición y poder en el curriculum de enfermería’. De início, começa por falar nas “verdadeiras revoluções no Ensino Superior, neste caso, da enfermagem, em particular”, partindo para uma questão: como ensiná-la? Assim, introduz-se à racionalidade técnica. Daqui, a explicação dada passa por explicar que a inter-relação entre a prática e o conhecimento profissionais é necessária à eficácia do ensino, pelo que destaca a multidisciplinaridade deste método. No fim desta exposição, retira algumas conclusões: primeiramente, “o juízo experiente deriva de uma compreensão global”; de seguida, há que “ajudar o pro-

Foto: Pedro Ribeiro

fissional a partir de si” e “aprender a calar-se”; por fim, reforça o princípio de “dar a palavra”. Terminada a parte mais expositiva deste evento, o presidente da Associação de Estudantes, Diogo Pereira, a presidente da Escola Superior de Enfermagem, Isabel Laje, e o reitor da Universidade do Minho, o professor António Cunha, sentam-se à mesa para falarem sobre o caso concreto da Escola em questão. Começando, Diogo Pereira revela ter “orgulho” pelo “prestígio” da instituição, destacando, por um lado, “a qualidade do ensino”, e, por outro lado, “as elevadas classificações dos alunos”, dizendo tratar-se, em tom jocoso, da “melhor do mundo”. No decorrer dos discursos, Isabel Laje refere haver “um trabalho árduo dos colegas em prol do melhor pela escola”, pois reúnem-se esforços para “reunir as melhores condições”, buscando “percorrer o caminho da qualidade”. Destaca, ainda, a “filosofia educativa”, “autoaprendizagem responsável”, “competência”, por

meio da “visibilidade e diferenciação”, sem esquecer a referência à “cooperação mais contínua e mais consistente com novas parcerias com universidades e outras escolas da UMinho”, à abrangência “de áreas emergentes”, ao “aumento do número de publicações em pares”, afirma a própria, “conscientes de que temos vindo a crescer e a evoluir”. Já o reitor António Cunha, prefere insistir na ideia de que existe a necessidade de “nunca deixar de sonhar”.

Há que, cite-se, “gerir o presente, pensar o futuro”, “saber para onde vamos”, reforçando, mais, que “ a qualidade tem que ser inequívoca”, sublinhando, em comum com a oradora anterior, a “diferenciação”. Indicando que “a Escola de Enfermagem tem percorrido este caminho” diz: “algo que a Escola tem que saber fazer é saber tirar partido do que tem”. Deixa, ainda, o comentário: “as instalações são muito boas, ainda que provisórias”.

Foto: Pedro Ribeiro


REPORTAGEM PÁGINA 09 // 04.NOV.14 // ACADÉMICO

Isabel Lage em entrevista As palavras da Presidente da Escola de Enfermagem pedro ribeiro pedroeoribeiro.96@hotmail.com

A Escola de Enfermagem mudou do Edifício dos Congregados para o Campus de Gualtar. O que considera que isso trouxe de positivo e de negativo para o ensino de enfermagem? De negativo, não trouxe nada. Disfrutamos dos complexos em igualdade de circunstâncias com os outros alunos. As salas são muito melhores do que aquelas que tínhamos, com tudo aquilo que é preciso. Foi muito bom para os estudantes, que estão integrados numa academia, falam de igual para igual com os seus colegas. E para os professores creio que foi também igualmente bom. Era aqui o nosso lugar. Era aqui que devíamos estar há mais tempo e congratulamos que a reitoria tenha, efetivamente, desenvolvido este esforço, ainda que seja, para já, de uma forma provisória, mas esperando que, a médio prazo, venhamos a ter uma escola de raiz. Está prevista, e, tal como o reitor menciona, está a tratar-se da candidatura aos fundos comunitários, para isso acontecer.

Foto: DR

sejaríamos. Mas, a investigação em enfermagem tem que percorrer o seu caminho. É uma prática relativamente recente. Tem que trilhar o caminho das pedras. Sendo que temos, hoje, membros altamente qualificados, doutorados, com elevados quadros, com uma produção científica de elevada qualidade. Portanto, teremos que aproveitar estas variáveis para ver se o centro passa a ter a classificação que a gente desejaria. O que sente enquanto presidente e qual é o balanço que faz, durante

este seu mandato? É o segundo mandato. Do ponto de vista do ensino, mesmo da licenciatura, nós não temos o mesmo padrão de qualidade que não tínhamos aqui. Procuramos trabalhar mais e melhor, fazer mais com menos, dado que somos um corpo docente muito reduzido. Mas, do ponto de vista da oferta gradual, nomeadamente, por exemplo, do segundo ciclo, a Escola, há quatro anos, não tinha mestrados. E temos, neste momento, mestrados em funcionamento, em consórcio

com outras universidades, nomeadamente com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD); temos uma oferta ao nível do pós-licenciatura, de pós-graduações, mais diversificada, chegando a outros públicos, a enfermeiros, que possam, efetivamente, com esta formação, prestar cuidados muito mais especializados. Está, também, na nossa mira e em concordância com a reitoria, trabalharmos para, em 2017, eventualmente, virmos, finalmente, a ter o nosso programa do doutorado em enfermagem.

Há algo que tenha corrido mal relativamente ao curso, mais precisamente na investigação? Este ano, em relação aos resultados da FCT, são aquilo que se conhece. São resultados que não satisfizeram, minimamente, a grande maioria dos centros e o nosso, à semelhança de outros, não teve a classificação que se desejaria. Estamos, neste momento, a trabalhar no sentido de responder a essa avaliação, uma vez que há a oportunidade de poder, agora, avaliar e reequacionar a avaliação que nos foi feita, junto da FCT. E foi isso que aconteceu. À semelhança de outras unidades, não obtivemos a classificação que de-

Foto: DR




ENTREVISTA PÁGINA 12 //04.NOV.14 //ACADÉMICO

ENTREVISTA António Cunha Do Minho até Lisboa DANIEL SILVA daniel.silva@rum.pt

LÉNIA REGO lenia.rego@rum.pt

António Cunha, reitor da Universidade do Minho, foi eleito a 14 de outubro, Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP). Com 53 anos, casado e pai de dois filhos sucedeu a António Rendas que se demitiu do cargo a 24 de setembro. Licenciou-se em Engenharia de Produção e doutorou-se em Ciência e Engenharia de Polímeros. É Professor Catedrático desde 2003, foi diretor do curso e do departamento de Engenharia de Polímeros. Antes de assumir o cargo de reitor da Universidade do Minho, foi Presidente da Escola de Engenharia. Para além disso, é insígnia de ouro da Universidade de Santiago de Compostela.

Foi eleito presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), no passado dia 14 de outubro. Foi eleito de uma forma expressiva. Como vê este resultado e que desafios tem? A eleição para o CRUP certamente que deixa um sentimento positivo, pela confiança que os meus colegas depositam em mim e no reitor da Universidade do Minho para coordenar a atividade de um órgão muito colegial como é o CRUP. É um órgão que serve para discussão, tomada de posição e partilha de informação de assuntos relativos ao ensino universitário. Os desafios já foram explicitados num comunicado que o CRUP emitiu a seguir à minha eleição, mas também têm vindo a ser explicitados publicamente. Assentam numa linha assumida pelo CRUP que é o reforço e a procura de proteger legalmente a autonomia universitária e conseguir que esta seja algo efetivo e que esteja garantido no quadro legal nacional. As universidades fazem deste ponto algo basal para a sua atividade,

devido aquilo que é a sua essência, a especificidade do trabalho universitário, a diversidade desse trabalho, a colegialidade interna. A existência de um quadro autonómico alargado é essencial para as universidades poderem concretizar um projeto educativo diferenciado, que está em concorrência quer a nível nacional, mas sobretudo a nível internacional. E depois há outros assuntos como a questão do estudante internacional, a interação com a sociedade e a investigação. Temos um orçamento de Estado “à porta”. A verba que está destinada às universidades continua a preocupar? É conhecido que este ano as universidades vão ter um corte adicional face ao ano passado, em termos de dotação de cerca de 1,5%. É uma situação que nos preocupa, que o Conselho de Reitores tem vindo a denunciar. Certamente que o CRUP sempre entendeu que poderia ter havido outro tipo de seletividade

nos cortes que foram feitos, mas com certeza que o CRUP acatou e envolveu-se de um modo muito efetivo em encontrar soluções que permitam viver com orçamentos muito mais reduzidos. O facto é que hoje os nossos orçamentos são muito mais baixos do que os dos países com que nos podemos comparar. Mais paradoxal do que isso, o custo do Estado com um estudante do ensino superior é inferior a um estudante do ensino secundário. Há várias evidências de que o orçamento não é adequado e há várias dificuldades adicionais que nos são colocadas à utilização desse orçamento, a inexistência por vezes de cativações, de dificuldades deste e daquele tipo. Muitos reitores afirmaram que estes cortes “tornaram a vida das universidades insustentável”. Concorda com esta expressão? A situação é diferente de universidade para universidade, porque a possibilidade que algumas uni-


ENTREVISTA PÁGINA 13 // 04.OUT.14 //ACADÉMICO

versidades têm de captar receitas próprias é maior do que outras. Mas a vida de todas as universidades é difícil. Em relação ao Regime Fundacional: como está este assunto? Poderá ajudar as universidades com a questão financeira? É um dossiê que está parado. Do ponto de vista formal, a universidade espera uma resposta do Governo, tal como acontece com outras universidades. O Regime Fundacional não resolve necessariamente nenhuma equação financeira, dá um quadro de maior autonomia às instituições. E esse quadro de autonomia poderá permitir maior flexibilidade de gestão, nomeadamente uma maior flexibilidade em processos que poderão permitir aumentar a captação de receita próprias. Portanto, sob esse ponto de vista, poderá ajudar a resolver a equação financeira. Se várias universidades se juntarem nesta questão, poderão levar à criação de um lobby e acelerar este processo junto do Governo? Neste momento não é uma questão de lobby. Eu penso que este foi um assunto que começou mal do modo como foi abordado por este Governo. Neste momento não sabemos o que vai acontecer. O Governo tem vindo a dizer que gostaria de alterar o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), no sentido de garantir um quadro maior de autonomia às universidades. Se vão coexistir três tipos de universidades – fundações, de autonomia reforçada e universidades de regime normal; se vão existir universidades fundacionais e todas as universidades de regime normal vão ser de autonomia reforçada – nós sinceramente não sabemos. Esperamos que possa acontecer alguma coisa, percebendo que um cenário de fim de ciclo legislativo provavelmente começa a tornar curto o tempo para que possa sair uma revisão do RJIES.

Foto: Daniel Silva

Universidade do Minho conseguiu enfrentar esta crise com um aumento de receitas significativo, quer em projetos nacionais, quer internacionais. Contudo, devido ao aumento significativo do número de projetos nos últimos dois anos, tivemos que fazer um esforço financeiro enorme. Estamos a conseguir fazê-lo, mas num quadro de alguma dificuldade. A situação é boa, é estável, mas obriga a sacrifícios muito grandes. Há vários locais nos campi onde se passa e onde se gostaria de ver uma obra, algumas coisas poderiam estar em melhores condições. Há todo um conjunto de despesas que podíamos fazer, mas há uma contenção muito grande para tentar dar resposta à

situação que temos. Apesar de todas as dificuldades, a universidade continua a marcar presença nos rankings... Este ano a universidade apareceu de modo muito claro em três rankings internacionais importantíssimos. Isto é algo genericamente positivo. É algo que não nos pode deixar de modo nenhum sossegados, porque era muito bom estar em posições mais interessantes dos rankings. Por outro lado, a Universidade do Minho tem vindo a evoluir positivamente. Contudo, o ranking que saiu este ano referia-se à situação que existia em 2013, que era o resultado de investimentos que tinham sido feitos

Crescer na Universidade do Minho é sinal de internacionalização... Será esse o mecanismo pelo qual esperamos fazer crescer o número de estudantes. A nível nacional, de estudantes nacionais, prevemos algum crescimento, mas são crescimentos marginais, muito pequenos. A nossa perspetiva é ter grandes crescimentos com os alunos estrangeiros, nomeadamente com as oportunidades que são abertas com o estatuto do estudante internacional que começou a funcionar este ano. Já temos cerca de 60 alunos. A nomeação da pró-reitora Carla Martins, para a Internacionalização, foi uma forma de apostar nesta área?

No meio da crise financeira que o país está a atravessar, em que ponto está a situação financeira da Universidade do Minho? É uma situação financeira estável. A

anteriormente. Ou conseguimos ter uma inversão do quadro de financiamento com que trabalhamos, e conseguimos dar um salto qualitativo a nível do financiameto que temos, ou então, provavelmente, esta situação dos rankings será muito difícil de manter.

Foto: Daniel Silva

É o resultado normal deste processo, porque a operação que temos que montar do ponto de vista de enquadramento destes estudantes, seja no seu recrutamento, nas suas admissões, seja depois no seu acom-


ENTREVISTA PÁGINA 14 // 04.NOV.14 // ACADÉMICO

panhamento, exige a profissionalização de uma estrutura da universidade capaz de responder aos números de estudantes que temos expetativa que venham a acontecer. Este ano estivemos a trabalhar com cerca de uma centena de estudantes e isso já nos provocou alguns problemas logísticos. Provavelmente nos próximos anos estaremos a trabalhar com milhares de candidatos. Nós queremos admitir em regime de cruzeiro cerca de 200 alunos por ano, dentro de três a quatro anos. E quanto à restruturação de alguns cursos. Engenharia Civil, por exemplo. Em que situação fica? Todos sabemos que o país viveu tempos em que a construção teve uma grande centralidade na atividade económica. Teve a ver com um período em que foram feitas grandes obras públicas. Era sabido que a construção tinha um peso exagerado na economia portuguesa. Era expectável que a atividade diminuísse. Há cinco, seis anos, havia pleno emprego para licenciados em Engenharia Civil. Com a diminuição da atividade, era expectável que tivessemos que diminuir o número de licenciados, até para que chegassemos a níveis de outros países europeus, de 50 ou 60 alunos. Devido à crise, a maior parte dos cursos ficaram desertos. Qualquer estudante hoje tem na família, amigos ou conhecidos, alguém que era Engenheiro Civil e

Foto: Daniel Silva

devido à crise que se abateu sobre o setor, ficou desempregado. O país vai ter que continuar a construír e os Engenheiros Civis vão continuar a ser precisos. Falando das infraestruturas previstas para a Universidade do Minho... há várias obras como o biotério, a Escola de Enfermagem, o Teatro Jordão, entre outras. Como estão es-

Foto: Daniel Silva

tes processos? Temos três obras importantes que gostaríamos de começar a todo o momento. Duas delas estão com o processo de adjudicação concluído e só falta o visto do Tribunal de Contas. Falo do Biotério, da Escola de Ciências da Saúde e do Arquivo Distrital de Braga, na rua Abade Loureira, que nos vai permitir dar início à primeira fase do chamado projeto “Largo do Paço”. São dois projetos importantes, correspondentes a investimentos superiores a três milhões de euros, cada umpara que .

Há depois todo um conjunto de projetos que estão incluídos no plano de investimentos da universidade, que já foi apresentado numa primeira versão reservada ao Conselho Geral e que tem estado a ser discutido com os presidentes das Unidades Orgânicas.

Temos em curso o projeto do Instituto da Bio Sustentabilidade. Além disto existe ainda o projeto do Centro de Estudo de Guimarães, um projeto que foi pensado inicialmente como biblioteca. É um espaço que terá várias valências para estudo, quer seja estudo individualizado ou em grupo. Será um espaço que funcionará 24 horas por dia.

Em Guimarães, no Teatro Jordão, a Câmara Municipal vai utilizar uma parte subterrânea para criar um espaço para bandas de garagem. O projeto da parte superior, onde será instalado o nosso curso de Teatro e que também será utilizado por uma entidade vimaranense, que é a Academia Moreira de Sá, e depois o outro espaço ao lado, que é o da Garagem Avenida, onde será instalado o nosso curso de Artes Visuais. Será um projeto conjunto. Será um projeto que permitirá culminar de uma maneira muito ambiciosa o campus de Couros, porque fica adjacente ao espaço do Centro de Formação Pósgraduada.

Pensamos que esses projetos estarão a andar brevemente, dentro de semanas ou de meses. Fazem parte do nosso plano de investimentos.

Existem outros projetos. Falaremos deles a seu tempo. Estão todos anunciados, como o projeto da Escola de Enfermagem, a reformulação de


ENTREVISTA PÁGINA 15 // 04.NOV.14 // ACADÉMICO

todo o espaço da Escola de Ciências, permitindo ter mais espaço para investigação, alguns investimentos no Ave Park , alguma melhoria genérica das infraestruturas pedagógicas nos nossos campi. A sede da Associação Académica parece que vai em definitivo para a antiga Fábrica Confiança. Como é que a Universidade do Minho vai lidar com esta mudança? A Universidade do Minho quer os estudantes próximo do campus. É bom que a sede da Associação Académica, que é uma necessidade absoluta, seja próxima do campus. Foi anunciado a devido tempo outro projeto, que tinha outros pressupostos, mas por várias razões não tem condições para avançar, pelo menos a curto prazo. A possibilidade de a sede da Associação Académica ser concretizada no âmbito desse projeto teve que ser abandonada. A hipótese da Fábrica Confiança parece-nos muito interessante. Está no espaço de imediação da Universidade do Minho e provavelmente, se a universidade crescer naquele sentido (há algumas hipóteses desse crescimento se verificar), a Fábrica Confiança, pode ficar praticamente junto ao campus da universidade. É um projeto em que estamos a trabalhar juntamente com a autarquia. Temos que perceber que estes projetos que envolvem algum investimento importante, têm que resultar da convergência de várias estratégias institucionais e a oportunidade que existe da Câmara Municipal ter um espaço de referência como é a Fábrica Confiança e um espaço de referência, que do ponto de vista de

Foto: Daniel Silva

motivação, programático, quer associar à Juventude. Fará todo o sentido que a sede da Associação Académica seja instalada lá. É uma solução que nos agrada, mas tem que agradar sobretudo à Associação Académica, porque é ela que tem que decidir este processo. Penso que estão reunidas as condições para avançar nesse sentido. Falou que é um projeto que não vai avançar a curto prazo. Refere-se ao projeto da Quinta dos Peões? O projeto Quinta dos Peões é um projeto importante para a universidade. A utilização daquele espaço de um modo integrado com a universidade e sobretudo integrado

Foto: Daniel Silva

com um conjunto de estruturas que ali existem, nomeadamente o INL e a universidade e podermos ter ali um campus alargado, mas que seja simultaneamente um espaço verde, que permita uma grande respiração de toda aquela zona. É algo que é importante para a universidade. E em relação ao aumento do preços das senhas da cantina. Qual é a opinião do reitor sobre este assunto? Estamos a falar de uma situação que será decidida no próximo ano, sobre um eventual aumento das senhas das cantinas. A Universidade do Minho neste momento tem a situação de custo mais baixo da refeição, se tivermos por referência a refeição comprada em packs de dez refeições. Certamente que essa situação continuará a verificar-se. Esta questão colocou-se recentemente porque há uma indexação legal ao preços das senhas e ao Salário Mínimo Nacional. Houve uma alteração do salário mínimo e essa situação colocou-se em cima da mesa. O custo com pessoal é muito importante. A estrutura dos SASUM e do pessoal que trabalha nas cantinas e nas nossas cozinhas é muito baseada em trabalhadores que recebem o Salário Mínimo e portanto o aumento de custo é direto. Com o aumento do Salário Mínimo, o custo com as nossas refeições aumentou. Isso não pode ser escondido. Decidimos tomar uma decisão final

sobre isso em janeiro, mas o que se passa neste momento é que são os Serviços de Ação Social que estão a suportar esse aumento. Portanto, as coisas têm que ser tidas em consideração. Custos são custos e temos que tentar encontrar um quadro que não sobrecarregue a equação financeira dos estudantes, mas temos que encontrar um quadro que permita manter a sustentabilidade financeira dos nossos serviços de Ação Social. A Universidade do Minho está a comemorar 40 anos de existência. Qual o balanço que se pode fazer destas comemorações? O balanço é muito, muito positivo. Tivemos momentos importantes, simbólicos. O 17 de fevereiro deste ano foi um momento marcante, os debates UM Futuro ganharam espaço na vida da universidade. A edição do livro dos 40 anos também é algo de que a universidade se deve orgulhar. É um trabalho notável do ponto de vista de história moderna, uma história ainda muito em cima dos acontecimentos, com depoimentos de grande parte dos atores que fizeram a história da universidade e mais recentemente a primeira audição da sinfonia UMinho. A partir deste momento a universidade tem uma sinfonia com o seu nome. Foi marcante do ponto de vista cultural e como reforço da ligação do nome do maestro Vitorino D’Almeida à universidade.


DESPORTO PÁGINA 16 // 04.NOV.14// ACADÉMICO

DESPORTO

Braga/AAUM bate Póvoa diogo pardal diogopardal@hotmail.com

No jogo a contar para a 8ª jornada da Liga Sport Zone de futsal, os minhotos venceram este domingo o Póvoa por 3-2, que se afundou ainda mais na tabela classificativa. Os visitantes entraram em campo com vontade de disputar o resultado e foram a primeira equipa a criar real perigo, com Fábio Felício a tirar o esférico em cima da linha de golo. À passagem do décimo minuto, Tiago Brito quase marcou para os bracarenses, mas o remate embateu com estrondo na barra. Numa primeira metade muito intensa, embora sem golos, o destaque foi para as exibições dos dois guardiões. A etapa complementar começou logo com Amílcar a inaugurar o marcador para o Braga/AAUM. Volvidos apenas três minutos o placar voltou a mexer, desta feita por intermédio de Fábio Felício, que assim ampliou a vantagem minhota. O Póvoa respondeu de imediato com um golo do ex-Braga TJ. No minuto seguinte, a equipa da casa repôs a vantagem de dois tentos, com Fábio Felício a rematar forte para o fundo da baliza

Foto: Ricardo Fernandeso

do Póvoa, bisando na partida. O Braga consolidou o jogo até ao fim, mas os visitantes ainda conse-

guiram reduzir por Passarinho, a vinte segundos do apito final. Vitória bracarense por 3-2, que con-

tribuiu para cimentar o terceiro posto da equipa orientada por Paulo Tavares.

Braga empata em Coimbra diogo pardal diogopardal@hotmail.com

O SC Braga não foi além de um empate a uma bola no reduto da Académica, em jogo da 9ª jornada da Primeira Liga de futebol que se realizou no passado domingo. A Académica entrou na partida logo a criar perigo, obrigando Matheus a intervir com uma grande defesa. À passagem da meia hora, Ivanildo em jeito de cruzamento-remate,

quase surpreendeu o guardião minhoto, que enviou a bola para canto. Em cima do intervalo, Tiago Gomes de livre direto enviou a bola ao ferro da baliza dos estudantes, desperdiçando assim a oportunidade de colocar o SC Braga em vantagem. As equipas recolheram aos balneários numa partida sem grandes oportunidades, muito dividida e em que os minhotos falharam muitos passes no ataque, não conseguindo impor o seu jogo. Na etapa complementar, não houve

ocasiões de golo no primeiro quarto de hora, mas aos 60 minutos, o primeiro golo do jogo acabaria por chegar. Remate de Pardo do lado direito do ataque, com Éder a aproveitar uma defesa incompleta do guardião Cristiano para fazer o 0-1. A Académica foi em busca do empate e começou a criar mais perigo junto da baliza de Matheus, chegando ao golo à passagem do minuto 74. Aderlan silva, de fora de área, rematou forte e a bola sofreu um

desvio em Luiz Carlos, impedindo a ação do guardião minhoto. Estava feito o empate em Coimbra. O jogo manteve-se empatado até ao final, e no último minuto dos descontos, Rui Pedro, dentro de área, após passe de Salli, desferiu um remate que passou ligeiramente ao lado do poste esquerdo da baliza minhota. Resultado justo para aquilo que foi o jogo, com o SC Braga a desperdiçar a oportunidade de ascender ao quarto lugar da tabela.


TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 17 // 04.NOV.14 // ACADÉMICO

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

Semana do Empreendedorismo Decorre, de 10 a 13 de novembro, a Semana do Empreendedorismo organizada pelo Departamento de Saídas Profissionais e Empreendedorismo da Associação Académica da Universidade do Minho.

forma a conhecerem e vivenciarem a realidade de projetos empreendedores. Os empreendedores irão apresentar o seu negócio e partilhar as suas experiências, dificuldades e sucessos.

O evento tem coordenação do LIFTOFF – Gabinete do Empreendedor da AAUM e criará espaço de discussão e formação da comunidade académica em torno desta temática englobando várias actividades entre as quais a Startup Tour e o Take and Share.

A Startup Braga acolhe esta atividade sendo realizado um pequeno tour ao espaço através do qual ficaremos a saber o que por lá se faz. Teremos ainda a possibilidade de assistir ao Minho Startup Coffee do mês de novembro, onde o Marco Leal irá apresentar o Phone Near um produto da iMobileMagic.

A Startup Tour decorre a 11 de novembro pelas 17h. Esta atividade tem como objetivo proporcionar a visita de alunos da UM a startups, de

O LIFTOFF convida empreendedores a participarem no Take and Share que tem como objetivo conectar

os participantes através da troca informal de ideias, de experiências e de contributos para o seu negócio. Espera-se que num ambiente informal de networking sejam estabelecidas parcerias e sinergias que possam gerar valor para a região. Para tal, contaremos com a presença

de startups /spinoffs em diferentes fases do negócio, com origem na Universidade do Minho e que, na sua maioria, contaram com o apoio do LIFTOFF em algum momento do seu processo de desenvolvimento bem como com empreendedores em início de acompanhamento.

Candidaturas ao Concurso de Ideias de Empreendedorismo Social

Candidaturas ao prémio Sonae Media Art

19 de novembro

28 de novembro

Agenda Programa Empreendedorismo: é apenas uma moda? – 11 de novembro Startup Tour – 11 de novembro

Take and Share – 12 de novembro Workshop Marketing Digital: Usa e Abusa! – 13 de novembro

Ofertas de emprego DESIGNER GRÁFICO M/F | AMARES | Perfil: - Licenciatura em Design ou Marketing - Conhecimentos de inglês - Sem experiência anterior requerida - Contrato trabalho 12 meses

COMERCIAL EMPRESARIAL | M/F| BRAGA

WEB DESIGNER M/F | BRAGA| ESTÁ-

Perfil:

Perfil:

- Com ou sem experiência comercial;

- Licenciatura e/ou Mestrado em Web Design.

- Gosto pela área comercial; - Capacidade de comunicação; - Capacidade de resistência ao stress;

GIO EMPREGO

- Gosto e fluência na escrita; - Espírito crítico;

- Carta de condução;

- Domínio da língua inglesa (expressão escrita e oral);

- Disponibilidade total e imediata.

- Elegível para Estágio Emprego/IEFP

w w w. a a u m . p t /g i p gip@aaum.pt SECRETÁRIO ADMINISTRATIVO E EXECUTIVO | M/F | BRAGA | ESTÁGIO EMPREGO Perfil: - Formação Superior em área adequada à função. Possua conhecimentos Linguísticos: escrita e oralidade fluente em francês (eliminatório) e inglês. - Tenha conhecimento e domine o programa Microsoft Office na óptica de utilizador. Conhecimentos do programa de faturação e fichas técnicas. - Elegível para Estágio Emprego/IEFP


RUM BOX TOP RUM - 44/ 2014 31 OUT 1- CADEIRA ELÉCTRICA - O teu fim 2 - TRICKY - Nicotine love 3 - JUNGLE - Time 4 - THOM YORKE A brain in a bottle 5 - CHET FAKER Talk is cheap 6 - CARIBOU Can’t do without you 7 - DARKSIDE Paper trails 8 - XINOBI Mom and dad 9 - BLACKBIRD BLACKBIRD Love unlimited 10 - NOISERV Today is the same as yesterday, but yesterday is not today 11 - SILVA É preciso dizer 12 - JUAN MACLEAN, THE A simple design

13 - SBTRKT New dorp, new york

AGENDA CULTURAL

14 - B FACHADA Já o tempo se habitua

BRAGA

BARCELOS

MÚSICA

MÚSICA “Easy Pieces Sessions” The Astroboy + Blac Koyote + Haarvöl 08 de novembro - 22h00 Teatro Gil Vicente

15 - SINKANE How we be 16 - TY SEGALL Feel 17 - ALT-J Hunger of the pine 18 - DEAD COMBO A bunch of meninos

Gisela João 06 de novembro – 21h30 Theatro Circo Dirty Beaches & André Gonçalves 07 de novembro – 22h30 GNRation

19 - DRUMS, THE I can’t pretend

TEATRO “Demónios” Ao Cabo Teatro 08 de novembro – 21h30 Theatro Circo

20 - KINDNESS This is not about us

GUIMARÃES

Post It – 3 a 7 de novembro DIABO NA CRUZ – Ganhar O Dia THE NEW PORNOGRAPHERS – Backstairs ELEPHANT STONE – Living For Something

CD RUM

MÚSICA Guimarães Jazz 06 a 15 de novembro Vários Locais

IX Barca Celi Festival de Tunas Cidade de Barcelos 07 de novembro – Teatro Gil Vicente 08 de novembro – Auditório S. Bento Menni

FAMALICÃO MÚSICA

The CityZens 08 de novembro – 22h30 Casa das Artes

LEITURA EM DIA Para ouvir de segunda a sexta (9:35/14:35/17:45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt.

GLASS ANIMALS - Zaba PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt

Conhecem-se desde os 14 anos mas só começaram a fazer música juntos depois de acabarem a escolinha. Os Glass Animals chegam-nos de Oxford e representam muito bem as bandas criadas em laboratórios académicos, idealizadas para figurarem nas Pitchfork desta vida. Depois de 2 EP e 3 singles editados lançaram o álbum de estreia, "Zaba". O disco vem com o carimbo da Wolf Tone, a nova editora de Paul Epworth, o produtor britânico que já trabalhou com nomes como os Maximo Park, The Rapture, Primal Scream e até mesmo os Coldplay ou Adele. O álbum evoca tanto o triphop como o R&B dando espaço também à folktrónica e ao indie hipster digno de uns Alt-J; soam a uns The XX que finalmente encontraram o

amor da vida deles. Guitarras extrovertidas, electrónica exótica e ritmos tribais descontinuados e imprevisíveis aliados à voz aveludada de Dave Bayley, fazem de "Zaba" um disco para ouvir atentamente e dos Glass Animals uma banda a seguir com expectativa.

Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

3/11 - Destrói este Diário, de Keri Smith (editora Planeta) Contra o cinzentismo, a apatia, a padronização e acefalia em que estão a transformar as nossas crianças e adolescentes, nomeadamente, a escola, com a conivência das famílias, este "diário" rico de imaginação e "incorrecto". Obrigatório. 4/11 - Diálogos com Deus em Fundo , de António Marujo (ed.Gradiva) É mesmo com Deus que se dialoga neste livro com depoimentos abrangentes, desde Maria de Lourdes Pintassilgo, até duas grandes personagens de Braga, o Sr.Padre Azevedo e a Profª. Laura Santos, da Universidade do Minho. Profundo e Essencial. 5/11 - Avozinha Gângster, de David Walliams (ed.Gradiva) As aventuras e desventuras de Ben e sua avó, famosa ladra de ouro, diamantes e outras preciosidades, nem as Jóias da Coroa estão a salvo; os jovens leitores e leitoras irão delirar. Hilariante até às lágrimas.

6/11 - Serpa Pinto, o Mistério do Sexto Império, de Pedro Pinto (ed.Esfera dos Livros) O famoso explorador português, duriense, a sua saga e vontade indómitas de unir a África do Atlântico ao Índico e o jornalista confirma, neste segundo livro, o seu engenho para as boas estórias. Excelente leitura. 8/11 - Vidas Instáveis, de António Mega Ferreira (ed.Abysmo). A História da Europa a partir do retrato de figuras centrais para a cultura, a política e a Literatura; os retratos de Balzac e do enigmático Ernest Junger, o alemão que atravessou o séc.XX, são momentos de grande escrita.


Intercâmbios: a mobilidade é mais acessível do que

pensas

Sempre quiseste fazer Erasmus, mas nunca tiveste tempo ou dinheiro? Queres aprender algo interessante, viver uma experiência única por um curto período de tempo e pagar apenas uma parte da viagem? Está na hora de conhecer os intercâmbios que o programa Erasmus+ e a ESN Minho têm para ti! Aquele “+” em “Erasmus +” significa alguma coisa. Significa que Erasmus é só uma de muitas oportunidades. É só um de muitos programas de mobilidade disponíveis para ti. A ESN Minho proporciona uma vivência extraordinária aos nossos alunos Erasmus mas, nos confins mais escondidos da secção, encontram-se experiências à tua espera. A ESN não é apenas uma organização de apoio aos alunos que chegam à

nossa universidade, é também um apoio para os que querem sair à aventura em qualquer programa de mobilidade. Como referido anteriormente, nos confins da secção, existe o Departamento de Mobilidade, cujo principal objetivo é procurar projetos interessantes e expor estas oportunidades à nossa comunidade. Este grupo trabalha PARA TI e POR TI, de forma a preparar e a oferecer possibilidades de descoberta, conhecimento e diversão. Este departamento encarrega-se de procurar e divulgar os projetos e ajudar os participantes a terem a melhor experiência possível. Anualmente, oferecemos muitas oportunidades de intercâmbios. Duram cerca de uma semana, envolvem várias pessoas de múltiplos

países da Europa e proporcionam uma vivência multicultural e de educação não formal (baseia-se em workshops, partilha de conhecimentos, trabalhos de equipa, etc.). Uma oportunidade de aprender e conviver com todo o tipo de personalidades. É uma partilha de histórias, modos, culturas e línguas. Existem sempre atividades de cariz intercultural onde podes aprender mais sobre os outros países e, por vezes, até experimentar as suas comidas ou músicas. Estes intercâmbios envolvem custos reduzidos, uma vez que o alojamento e a alimentação são oferecidos pela organização de chegada, sendo que parte dos custos da viagem é reembolsado com fundos da UE. Foram muitas as pessoas que

tiveram estas experiências e gostaram tanto, que voltaram ao local onde criaram imensas boas memórias e amigos, e também voltaram a participar em projetos semelhantes. Não se esqueçam que a melhor escola é a VIDA! Se queres estar atualizado e receber informações acerca dos intercâmbios podes enviar um email para mobilityprograms@esnminho.org ou dirigir-te ao gabinete da ESN Minho (perto do balcão da Caixa Geral de Depósitos). Podes ainda juntar-te à grande equipa que é a ESN Minho e ajudar a espalhar estas oportunidades por toda a comunidade. Maria Malheiro

Interchange: mobility is more acessible than you think Have you ever wanted to go on Erasmus but you never had time or money? Do you want to learn something interesting, live a unique experience for a short period of time and only pay a part of the trip? It’s time to get to know the exchange programs that Erasmus + and ESN Minho have for you! The “+” in “Erasmus +” has a meaning. It means that Erasmus is one of many opportunities. It is only one of many mobility programs available for you. ESN Minho provides an extraordinary living to our Erasmus students but, in the most hidden reaches of our section, there are experiences waiting for you. ESN, not only is an organization which supports stu-

dents who come to our university, but it is also a support for those who want to set out on an adventure in any mobility program. As previously mentioned, in the farthest reaches of our section, there is the Mobility Department, whose main goal is to search for interesting projects and to display those opportunities to our community. This group works FOR YOU and INSTEAD OF YOU, in order to prepare and offer discovery, knowledge and amusement possibilities. This department is in charge of finding and disclosing projects and helping participants to have the best experience possible. Annually, we offer a lot of exchange opportunities. They are about a week long; they involve various peo-

ple of multiple European countries and provide a multicultural experience of non-formal education (it is based on workshops, on sharing knowledge, group work, etc.). It is an opportunity to learn and socialize with all types of personalities. It is to share stories, ways, cultures and languages. There are always activities with an intercultural nature in which you can learn more about the other countries, and sometimes you can even try out their food or music. These exchanges are low cost due to the food and the accommodation being offered by the incoming organization, with part of the trip’s costs being reimbursed with EU funds. Many were the ones who had these experiences and enjoyed it so much

that they went back to the place where they created so many good memories and friends, and they also participated once again in similar projects. Do not forget that the best school is LIFE! If you want updates and to receive more information about these exchange programs, send an email to mobilityprograms@esnminho.org or go to the ESN Minho office (next to Caixa Geral de Depósitos). You can also join this great team, ESN Minho, and help spread these opportunities to the entire community. Maria Malheiro



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