Dieta do Atlântico - Revista Pense Leve

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nutrição

sempre saudável Apesar de ter sido descoberta na Europa e ter destaque nas mesas de Portugal e da Espanha, a dieta atlântica também pode ser facilmente seguida pelos brasileiros, graças à grande variedade de peixes existentes nas encostas dos litorais do País. O diferencial desse plano alimentar está no consumo frequente de carnes brancas e moluscos, fontes de proteínas, e de outros alimentos provenientes das terras férteis banhadas pelo mar, como azeite e vegetais. “Estes são ricos em fitoquímicos, anti-inflamatórios capazes de reduzir os riscos de doenças degenerativas, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e obesidade”, explica Daniela Jobst, nutricionista clínica funcional, de São Paulo (SP).

Segredo europeu

Atlântica Dieta

Fotos ShutterStock

Vem de Portugal a mais nova descoberta de saúde e bem-estar, que alia pratos ricos em nutrientes essenciais ao organismo, além da prática de atividades físicas

por | Suzana Mattos

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pense leVe | JUNHO 2012

Aposte nos alimentos do mar. Além de melhorar a saúde, eles ajudam a manter a silhueta em forma!

A dieta preza, ainda, pela ingestão de legumes, verduras, frutas, alimentos lácteos e cereais integrais, preparados de maneira simples — quanto menos cozidos ou fritos menor é o desperdício de fibras e antioxidantes, que afastam os radicais livres e, consequentemente, retardam o envelhecimento precoce. “Quando juntas, essas substâncias vitais para o bom funcionamento do organismo mantêm as taxas do colesterol e da glicose sanguínea equilibradas e, também, evitam o desenvolvimento de doenças severas, como o câncer, por exemplo”, ressalta Gabriela Maia, nutricionista funcional, do Rio de Janeiro (RJ).

Ômega 3 já!

A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que sejam consumidas de duas a três porções de peixe (e outros alimentos do mar) por semana. Isso graças às descobertas de novos benefícios dessa carne magra, que já é apreciada no mundo todo devido ao baixo teor de gorduras, a ótima qualidade de proteínas, a fácil digestão e a presença quase que constante de ômega-3, associado a uma melhor saúde cardiovascular, bons níveis de colesterol e triglicerídeos, além de minimizar os índices de problemas inflamatórios, como artrite, doença vascular aterosclerótica, pancreatite, alergias e até casos de Alzheimer. “Algumas espécies, como a sardinha, o atum, o arenque e o salmão selvagem, são riquíssimas nessa gordura do bem”, frisa a nutricionista carioca.

Bate forte o coração

Pesquisa realizada pela Universidade do Porto, em Portugal, revelou que o cardápio atlântico pode até mesmo reduzir o risco de infarto. Dos 3 mil voluntários, 33% demonstraram menor tendência de desenvolver a doença. Isso porque a dieta se baseia em uma alimentação com baixos níveis de gorduras saturadas — encontradas principalmente em queijos gordurosos, manteiga, óleos e opções açucaradas —, responsáveis por elevar os índices do mau colesterol (LDL) no sangue. “O vinho também faz parte do menu atlântico, mas com moderação e de preferência junto às refeições”, sugere Gabriela Maia. Um grupo de cientistas espanhóis constatou, em um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, que os componentes encontrados na bebida, como os polifenóis e, até mesmo, o etanol, refletem positivamente na saúde do músculo cardíaco. As frutas — preferencialmente a maçã e as cítricas —, por sua


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