KATE QUINN
Sobre coragem e redenção
Charlie St. Clair, uma jovem americana de classe alta, foge em direção a Londres determinada a descobrir o paradeiro de sua prima, desaparecida durante a ocupação nazista na França. Ao chegar à capital inglesa, Charlie encontra a enigmática Eve Gardiner – recrutada para trabalhar como espiã na Rede de Alice muitos anos atrás. Apesar das diferenças, as duas mulheres são unidas por uma missão em comum: a busca pela verdade.
Entre a ficção e a realidade
Antes de se aventurar pelas duas maiores guerras do século XX, Kate Quinn escreveu romances cujas ambientações vão desde o Império Romano até o Renascimento italiano. Natural da Califórnia, ela vive em San Diego com o marido e dois cachorros, onde trabalha como escritora após obter a formação em Voz Clássica na Universidade de Boston. Seus livros já foram traduzidos para diversos idiomas.
A obra deste mês foi... ... best-seller do New York Times e do USA Today.
... best-seller número um de ficção histórica do The Globe and Mail.
... escolhido para o clube do livro da atriz Reese Witherspoon.
... eleito um dos melhores livros do ano pela National Public Radio.
... finalista do prêmio Goodreads de 2017 na categoria de melhor ficção histórica.
... apontado como uma leitura de verão pelo Goodreads, Library Journal, BookBub, Good Housekeeping e Parade.
... o melhor livro do ano conforme o clube de livros The Girly Book Club.
... um dos melhores livros de ficção histórica do ano, segundo o site Bookbub.
O cenário: guerra e pós-guerra O livro começa em 1947, dois anos após o fim da II Guerra Mundial (1939–1945). Em Londres, Charlie encontra a capital inglesa em ruínas após a blitz, série de bombardeios entre setembro de 1940 e maio de 1941 que culminou na destruição de monumentos, casas, prédios e vidas. Na outra linha temporal, Eve explora o norte da França em 1915, no decorrer da I Guerra Mundial (1914–1918). Uma das cidades que marcam sua missão como espiã é Lille, situada perto da fronteira com a Bélgica e do Canal da Mancha, pedaço de mar que separa a Grã-Bretanha da França. Na época, o local foi ocupado e sitiado pelas tropas alemãs.
Joana dArc do Norte Apesar da origem humilde, Louise de Bettignies (1880–1918) sempre chamou a atenção por sua inteligência. Poliglota, a francesa recebeu um convite do Serviço de Inteligência Britânico (MI6) para comandar uma rede de espionagem – dessa forma, ela se torna Alice Dubois, a rainha espiã. Louise foi detida em outubro de 1915, quando tentava atravessar a fronteira belga-francesa com documentos falsos. Chegou a ser sentenciada à morte por espionagem, mas, por ausência de provas, a sentença foi comutada para prisão perpétua e trabalho forçado. Louise faleceu em 1918, devido a complicações em uma cirurgia. Após sua morte, a espiã recebeu uma série de homenagens e condecorações, inspirando a personagem Lili neste livro.
A verdadeira Rede de Alice A Rede de Alice foi um esquema de espionagem montado em 1915, no auge da I Guerra Mundial. Formado por oito pessoas, o grupo colaborava com a Inglaterra, por meio da coleta de informações sobre as tropas e ocupações alemãs na Bélgica, França e Holanda. Os espiões se dividiam entre as fronteiras dos países e cidades estratégicas, como Lille, reproduzindo mapas, planos e fotografias em folhas finas de papel que eram transportadas, principalmente, por Alice.
Se você gostou do livro, vai gostar também de... Adeus às armas (1929), de Ernest Hemingway A noite (1956), de Elie Wiesel
literária Referência
Parisiense, Charles Pierre Baudelaire (1821–1867) é considerado um dos precursores do Simbolismo e da poesia moderna. Subversivo aos olhares da sociedade do seu tempo, o autor foi processado por atentar contra os bons costumes depois de publicar As flores do mal (1857), sua principal obra. O livro só voltou a circular em 1860, após a retirada de seis poemas originais da coletânea. Citados na história do mês, os poemas Le revenant e Le mort joyeux foram transcritos à mão, em francês, na sobrecapa do kit.
moda A
da época
Nas primeiras décadas do século XX, Coco Chanel (1883– 1971) decretou o fim dos espartilhos, popularizando silhuetas práticas e confortáveis. Christian Dior (1905–1957), porém, imortalizou o New Look em 1947, apostando nos elementos que considerava elegantes e femininos. Algumas personagens do livro usam roupas requintadas e volumosas – uma alusão às saias rodadas, cinturas finas e bem marcadas, luvas e sapatos de salto alto que invadiram os guarda-roupas das mulheres nos anos 1950.
O mimo
Charlie e Eve viajam de carro por diferentes cidades, nas quais hospedam-se em hotéis – inspiração para a plaquinha de porta que você recebeu como mimo neste mês.
Veja Quer saber o que a booktuber Duda Menezes achou do romance? Assista ao vídeo em http://bit.ly/ ResenhaARedeDeAlice
Para ouvir enquanto lê As músicas de Édith Piaf (1915–1963), uma das mais célebres cantoras francesas, são trilha sonora de momentos do livro. Ouça os artistas da época no link http://bit.ly/PlaylistMaio
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