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PANTANAL
APOCALYPTIC FIRES RUIN BRAZIL PANTANAL
INCÊNDIOS APOCALÍPTICOS DESTROEM O PANTANAL
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By Alice Morais
Arecord amount of the world’s largest tropical wetland has been lost to the fires devastating Brazil this year, destroying a delicate ecosystem that is one of the most biologically diverse habitats on the planet. The huge fires, often set by ranchers and farmers to clear land, have engulfed more than 10 percent of the Brazilian wetlands, known as the Pantanal. Scientists say this is an unprecedent number.
Between January and August, the fires in Pantanal – area located in southwest Brazil – raged across an estimated 7,861 square miles, according to analysis conducted by NASA. The previous record was in 2005, when approximately 4,608 square miles burned in the biome during the same period.
If that’s not tragic enough, to the north of the country, the fires in the Brazilian Amazon – many of them also deliberately set for commercial cleaning – have been devastating as well. The amount of Brazilian rainforest lost to fires is similar to the scale of the destruction during the entire last year. As a reminder, the results from 2019 drew global condemnation and increased the tension between Brazil and its trading partners, especially in Europe.
Photo: Lalo de Almeida/Folhapress O s incêndios que estão devastando o Brasil neste ano de 2020 já queimaram uma área recorde do Pantanal, destruindo um ecossistema delicado que é um dos habitats mais biologicamente diversificados do planeta. As enormes queimadas, geralmente provocadas por fazendeiros ou agricultores com a intenção de limpar a terra para o plantio, já devastaram cerca de 10 por cento do Pantanal brasileiro. Cientistas afirmam que é uma situação sem precedentes na história.
Entre janeiro e agosto, as queimadas no Pantanal – área localizada no sudoeste do país – avançaram por uma extensão maior que 2 milhões de hectares, de acordo com análise realizada pela NASA. O recorde anterior aconteceu em 2005, quando o tamanho da área queimada foi pouco maior que 1 milhão de hectares no mesmo período.
Se já não fosse trágico o bastante, ao norte do país as queimadas na Amazônia Brasileira – a maioria delas provocadas deliberadamente com o propósito de “limpar” o solo – também estão devastadoras. A quantidade de floresta úmida perdida para o fogo é similar ao total de área destruída no ano passado inteiro. É importante lembrarmos que os resultados desastrosos de 2019 geraram uma onda de críticas globais e aumento da tensão entre o Brasil e seus parceiros comerciais, especialmente os europeus.
The enormous scale of the fires in the Amazon and Pantanal, many of them were visible to astronauts in space, has drawn less attention in a year overwhelmed by the coronavirus pandemic and the protests over police brutality spread all over the world.
However, experts called this year’s fires in Pantanal a particularly disturbing loss and the latest ecological crisis that has developed on the watch of President Jair Bolsonaro, whose policies have prioritized economic development over environmental protection. The President has constantly denied the fires, making assertions that are clearly false.
A enorme escala das queimadas na Amazônia e no Pantanal, muitas delas inclusive podem ser vistas do espaço, não estão recebendo a devida atenção em um ano sufocado pela pandemia do Corona Vírus e por protestos contra o racismo e a violência policial ao redor do mundo. Porém, especialistas consideram as queimadas deste ano no Pantanal uma perda particularmente perturbadora e a última crise ecológica surgida no governo do Presidente Jair Bolsonaro, cujas políticas priorizam o desenvolvimento econômico em detrimento da proteção ambiental. O presidente constantemente nega as queimadas e compartilha informações que são comprovadamente falsas.
Photo: Chico Ferreira/Futura Press/Folhapress
Photo: Lalo de Almeida/Folhapress
Owners of soy fields and cattle ranches set fires on their lands during the months of July and August, when the water level retrocedes. This year, several of those fires skipped over traditional barriers, powered by strong winds in the region.
During the wet season from October to March, most of the Pantanal region floods with water that might overwhelm populations downstream. As it dries from April to September, it provides a much-needed source of water for those populations. But the area, like much of the country, has been mired in drought this year, with below-normal rainfall and near-record temperatures during the wet season.
Nas grandes plantações de soja e na pecuária é comum que incêndios sejam provocados durantes os meses de julho e agosto, quando o nível de água da região retrocede. Este ano, vários desses incêndios saíram do controle e, empurrados pelos fortes ventos, ultrapassaram as tradicionais barreiras de contenção. Durante a estação chuvosa, que vai de outubro a março, os rios da Bacia do Alto Paraguai costumam inundar milhares de hectares do bioma, inclusive gerando transtornos para a população residente na área. Conforme a estação seca se aproxima, de abril a setembro, a reserva de chuvas fornece uma importante fonte de água para as populações. Mas a região, como grande parte do país, sofre com uma seca histórica em 2020, com uma quantidade de chuva muito abaixo do normal e temperaturas acima da média para o período.
Photos: Lalo de Almeida/Folhapress
“The fires in Pantanal this year are really unprecedented,” said Douglas C. Morton, chief of the Biospheric Sciences Laboratory at the NASA Goddard Space Flight Center, who has studied fires and agricultural activity in South America for two decades. “It’s a massive area.”
“As queimadas no Pantanal esse ano realmente não têm precedentes,” afirma Douglas C. Morton, chefe do Laboratório de Ciências Biosféricas do Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA, que há duas décadas estuda o efeito das queimadas e a atividade agrícola na América do Sul. “É uma área muito grande.”
Last year’s fires in the Amazon stimulated a major backlash against Brazil, which continues to face boycott threats and potential unraveling of a trade deal with the European Union. Trying to improve its image, the government declared a 120day prohibition on fires in the Amazon and Pantanal last July. It also launched a military operation to prevent commercial deforestation, which is the main cause of fires in the country.
But experts say those measures have served mainly to manage a public relations crisis and have done little to the environment. They say the government’s efforts have fallen short because it failed to prosecute the leaders of the organizations driving deforestation. The government has also been unable to enforce regulations in protected areas and collect the environmental fines that are issued.
“There’s a sense that environmental laws can be ignored with impunity,” says Ane Alencar, the science director at the Amazon Environmental Research Institute in Brazil. “That’s clearly the result of how the government has been dealing with these questions.”
Ano passado, os incêndios na Amazônia estimularam uma onda de protestos contra o Brasil e suas políticas ambientais. Desde então, o país enfrenta ameaças de boicote e um complicado desenrolar do acordo comercial com a União Europeia. No último mês de julho, tentando melhorar sua imagem, o governo publicou um decreto proibindo a utilização de fogo em áreas do Pantanal e da Amazônia com duração de 120 dias. Também foi lançada uma operação militar para prevenir o desmatamento comercial, que é a principal causa de incêndios no país.
Porém, especialistas afirmam que tais medidas servem apenas como uma tentativa de contornar a opinião pública e têm pouquíssima eficácia sobre o meio-ambiente. Eles concordam que os esforços do governo foram poucos e falharam ao não responsabilizar criminalmente os líderes de organizações que causam o desmatamento. O governo também mostrou-se incapaz de aplicar regulamentações em áreas protegidas, bem como de fiscalizar a aplicação e o pagamento de multas.
“Existe uma ideia de que as leis ambientais podem ser ignoradas sem nenhuma punição”, diz Ane Alencar, diretora científica no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia no Brasil. “Isso é o resultado de como o governo lida com questões ambientais.”
Across the Pantanal, firefighters, local tourism professionals and volunteers have joined forces to help firefighters combat the fires, a gigantic task that has often felt hopeless as the density of the smoke in the air makes it impossible to drench the flames from aircraft. “We received calls from people in tears, asking for help to combat fire on their property, but we couldn’t do anything,” Jean Oliveira, a firefighter in Mato Grosso state told during a meeting at the command base. “Fighting forest fires is like a war, and every day is a battle.”
One of the biggest losses in this year’s tragedy is the region’s wildlife. Many creatures thrive in the mosaic landscape that includes flooded areas, grasslands, lakes and forests. Scientists have documented more than 580 species of birds, 271 of fish, 174 mammals, 131 reptiles and 57 amphibians in the region.
The devastating images of the fires destroying that rich ecosystem, burning our fauna and flora and the general hopelessness must have some impact on society. We need to look at the root of the problem. What is happening now is a warning, and the question is what we will learn from all this tragedy.
Photo: Lalo de Almeida/Folhapress Photo: Lalo de Almeida/Folhapress
Por todo o Pantanal, bombeiros, profissionais de turismo e voluntários locais uniram forças para ajudar o corpo de bombeiros a combater as queimadas na região, uma tarefa gigantesca que parece ineficaz, principalmente porque a densidade da fumaça no ar torna praticamente impossível apagar as chamas com a utilização de aeronaves. “Nós recebemos chamadas de pessoas desesperadas, pedindo ajuda para combater o fogo em suas propriedades. Mas no geral não podemos fazer quase nada”, diz Jean Oliveira, um bombeiro de Mato Grosso. “Lutar contra as queimadas é uma espécie de guerra e cada dia é uma nova batalha”.
Uma das maiores perdas causada pela tragédia das queimadas no país é a destruição da vida selvagem do local. Muitas criaturas prosperavam na diversa paisagem que inclui áreas alagadas, pastagens, lagos e florestas. Cientistas já documentaram mais de 580 espécies de pássaros, 217 de peixes, 174 de mamíferos, 131 de répteis e 57 anfíbios na região. Ainda não há como mensurar quantas dessas espécies desaparecerão de forma definitiva., mas o sentimento é de completa desesperança.
As imagens devastadoras do fogo destruindo um ecossistema tão rico, queimando nossa fauna e nossa flora e o sentimento geral de falta de esperança deverão causar algum impacto na nossa sociedade. Precisamos olhar para a raiz do problema. O que está acontecendo agora é um aviso e a grande questão é o que aprenderemos com toda esta tragédia.
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