Revista VIMANA (Edição 6)

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ISSN

2183-5101


VIMΛNΛ

REVISTA

NA CAPA... TEMPLÁRIOS?

ÍNDICE

NESTA REVISTA VAI ENCONTRAR...

04

PARACELSO BREVE BIOGRAFIA

12

BLOODMOON

CABALA

EM ARIES

OS TRÊS PILARES

21

32

HIEROFANTE

TESTE

10

26

O TERCEIRO ARCANO MAIOR

QUE ELEMENTO SOU EU?

A JORNADA DO LOUCO

ENTREVISTA AO CRIADOR DO PROJECTO VIMANA

MÁRIO PORTELA

14 CRISTAIS

SODALITE

28

2 VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA

22

CRUZ

SIMBOLOGIA

06

A ORDEM DOS TEMPLÁRIOS

09

TIRAGEM QUEDA DA FOLHA

32

COM AS CARTAS NA MESA

30


A PRIMEIRA REVISTA DE TAROSOFIA em português de Portugal

s aro t @ a mportel

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a.c om

EDITORIAL Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.

Mário Portela

Cedi finalmente à ideia de ser entrevistado em terreno próprio, numa espécie de elegia que permitirá as menos boas línguas acentuar o epíteto de arrogante que tanto gostam de me atribuir. Não me chateia o epíteto e a entrevista pareceu-me até muito boa mais pela qualidade da nossa entrevistadora de serviço, Alexa Duarte, do que pelo entrevistado Custou bem mais conseguir lidar com os constantes desafios mais ou menos complexos que se foram apresentando, tão típicos de um Mercúrio Retrógrado. Porém, há duas coisas que são apanágio da equipa VIMANA: perseverança e teimosia.

Ainda assim, sob as influências de Mercúrio Retrógrado e dos ghettos sabotadores eis que mais uma edição está cumprida, com um pequeno atraso de dois dias, e que nos deixa satisfeitos por mais um trabalho bem feito cheio de conteúdo interessante e formativo, sem cópias da wikipedia e com mais investigação e trabalho por parte da equipa, temporariamente reduzida em número, mas grande em vontade.

Assim, esta edição consegue finalmente ver a luz do dia trazendo a qualidade de conteúdo e visual que já nos é exigida pelos vários leitores que raramente nos saem da mente porque é para eles que a Revista VIMANA existe. Optamos por continuar as nossas capas criadas pela excelente Sofia Quental entrando num novo género artístico uma vez que o tema cavalga noutra direcção. Devido a esta direcção começamos a trilhar o caminho alquímico com Paracelso já que a habitual crónica anónima nos traz a um local misterioso onde a alquimia está na ordem do dia.

ALGO MAIS... SOBRE A REVISTA VIMANA

A revista é inteiramente concebida por profissionais ou

que não espelha as opções da associação nem será em

alunos da TAROSOFIA LUSITANA e tem como público-alvo

qualquer altura revelada por respeito e privacidade.

pensadores livres, amantes, profissionais e curiosos da temática do Tarot e suas interdisciplinaridades. As ligações a ordens, associações ou demais instituições de cada um dos membros da equipa é uma opção pessoal

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CRUZADAS E OS TEMPLÁRIOS

NAS CAPAS ANTERIORES De Ashoka e os seus Vimanas a Thoth, que foi depois Hermes Trismegistus. Toda uma filosofia e um grau de conhecimento já milenar foi transportado pelas gerações e havia de ser depositado e compilado num dos pontos mais importantes do globo e da história: Jerusalém. Em Jerusalém congregam-se histórias e estórias de tempos idos que compõe um importante livro transversal, hoje em dia, a três importantes religiões: judaica, islâmica e cristã. Falamos do Antigo Testamento, porém não nos iremos debruçar sobre o que este representa ou porque este é o que é. Este texto bíblico funciona como um testemunho, um mapa

4 VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA

de estradas onde todos os caminhos levam à cidade ‘santa’ de Jerusalém, onde eventualmente relíquias importantes, complexas e incompreendidas do passado encontram o seu refúgio (nomeadamente o livro das 85 lâminas).

NA CAPA Foi exactamente sobre as 3 religiões que partilham o mesmo livro que se abateu a maior das maldições: a ganância! Depois da alegada morte de Maomé (632), vagas de exércitos árabes lançaram-se com novo fervor à conquista dos seus antigos dominadores, os bizantinos e os persas sassânidas, que vinham de décadas de guerra. Estes últimos, depois de serem es-

magadoramente derrotados em algumas batalhas, levaram 30 anos para ser destruídos, devido mais à extensão do seu império do que à sua resistência militar: o último xá morreu em Cabul em 655. Os bizantinos resistiram bem menos: cederam uma parte da Síria, a Palestina, o Egipto e o norte de África, mas ao fim sobreviveram e mantiveram sua capital Constantinopla. Em novo impulso, os exércitos conquistadores muçulmanos lançaram-se então sobre a Índia, a península Ibérica, o sul de Itália, a França, e as ilhas mediterrâneas. Tendo se tornado uma civilização tolerante e brilhante sob o ponto de vista intelectual e artístico, o império muçulmano sofreu de gigantismo e viu enfraquecer-se militar e politicamente. Aos poucos, as


zonas mais longínquas tornaram-se independentes ou então foram recuperadas pelos seus inimigos, bizantinos, francos, reinos neo-godos, os quais guardavam na memória a época de conquista. No século X, essa desagregação acentuou-se, em parte devido à influência de grupos de mercenários convertidos ao islão que tentaram criar reinos separados. Os turcos seljúcidas, procuraram impedir esse processo e conseguiram unificar uma parte do território. Acentuaram a guerra contra os cristãos, esmagaram as forças bizantinas em Manziquerta em 1071 conquistando, assim, o leste e o centro da Anatólia e Jerusalém em 1078. O domínio dos turcos seljúcidas sobre a Palestina foi percebido pelos cristãos do Ocidente como uma ameaça e uma forma de repressão sobre os peregrinos e os cristãos do Oriente. Em 27 de Janeiro de 1095, no concílio de Clermont, o papa Urbano II exortou os nobres franceses a libertar a Terra Santa e a colocar Jerusalém de novo sob soberania cristã, apresentando a essa expedição militar como uma forma de penitência. A multidão presente aceitou entusiasticamente o desafio e logo partiu em direcção ao Oriente.

Assim começavam as cruzadas. No meio dos grandes heróis das cruzadas surge uma importante personalidade conhecida hoje por Hughes de Payens, a quem erroneamente se atribui ascendência francesa. Ugo de Pagani emerge das castas nobres do califado islâmico de Cordoba em Espanha. Este facto traz toda uma nova visão dos verdadeiros interesses de um cavaleiro, com ascendência mourisca, a participar, liderar e vencer os alegados mouros infiéis que haviam ocupado Jerusalém.

fia CAPA: So

Mário TEXTO: | l a t n e u

Hughes de Payens é considerado pela história como o primeiro dos templários. O herói dos heróis das cruzadas, que sem ser rei (como o Rei Ricardo coração-de-leão) tem-lhe confiado o trabalho especial de conquistar Jerusalém e retirar de lá todo o espólio de importantes relíquias e tesouros, pondo-os a salvo em território europeu. Nessa altura, organizou um grupo de nove cavaleiros para proteger os peregrinos que se dirigiam para a Terra Santa no seguimento das iniciativas propostas pelo Papa Urbano II e com estes conseguiu resgatar importantes relíquias das mãos islâmicas. É provável que Hugo de Payens tenha servido no exército de Godofredo de Bulhão durante essa Cruzada. Como grão-mestre, ele liderou a Ordem dos Templários por quase vinte anos até a sua morte, ajudando a estabelecer a fundação da Ordem como uma importante e influente instituição internacional militar e financeira. Na sua visita a Londres em 1128, ele conseguiu homens e dinheiro para a Ordem, e também fundou a sua primeira sede lá, iniciando a história dos Templários na Inglaterra. Ele morreu na Palestina em 1136 tendo sido sucedido, como mestre, por Roberto de Craon.

Mas o mais importante é que Hughes de Payens é dito ter trazido relíquias como a Arca da Aliança, o Livro das 85 Lâminas e o Menora Dourado para a Europa, tendo estes sido escondidos em mãos de templários!

Portela

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Mário Portela A cruz constitui um capítulo à parte da simbologia gráfica. Símbolo extremamente antigo e de carácter universal, a cruz pode ser encontrada num número imenso de variações sobre o seu tema. Mas o modelo básico é sempre a intersecção de dois segmentos retos, um vertical e o outro horizontal. Como ideia a cruz traz um significado arquetipico sobre a conjunção dos opostos, cada um em seu eixo: eixo vertical ou masculino com o eixo horizontal ou feminino. É simbolicamente o positivo que intersecciona o negativo, o homem com a mulher, o superior com o inferior, o tempo com o espaço, o activo com o passivo, o espiritual com o material, etc. Religiosamente a cruz carrega um significado intenso em inúmeras culturas tão distintas e distantes como os fenícios, os persas, o etruscos, os romanos, os egípcios, os celtas, os peruanos, os aztecas, os maias, os incas, os chineses, e por aí em diante num sem fim de civilizações, tempos, eras e culturas.

A INCOMENSURÁVEL

SIMBOLOGIA

DA

CRUZ

6 VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA

08

Se por um lado hoje tendemos a ver a cruz maioritariamente como simbologia de origem cristã como alusão à alegada crucificação de Jesus, por outro a própria cruz acabou por receber um contributo simbólico exactamente por isso que veio acrescer ao seu significado milenar pré-cristão. O cristianismo conferiu à cruz a simbologia acrescida da essência do antagonismo, de renascimento por choque doloroso ou de peso e fardo. A teosofia explica o sentido místico da cruz como sendo originário do dualismo andrógino presente em todas as manifestações da natureza. A cruz significa, assim, a ideia do homem regenerado, aquele que conseguiu integrar harmoniosamente as suas duas partes e que, “crucificado” como mortal, como homem de carne com suas paixões, renasce como imortal. Na simbologia rosacruz, a cruz ocupa posição proeminente. Aqui ela simboliza os quatro reinos da natureza. O reino mineral anima a todas as substâncias químicas, de maneira que a cruz feita de qualquer material é símbolo desse reino. O madeiro inferior da cruz representa o reino vegetal, porque, esotericamente, as correntes dos espíritos-grupos que dão vida às plantas pro-


vêm do centro da Terra. O madeiro superior simboliza o homem, porque as correntes vitais que animam o ser humano descem do Sol e impregnam o planeta Terra. O madeiro horizontal simboliza o reino animal, que se encontra entre os reinos vegetal e humano, com a sua coluna vertebral na posição horizontal. Além disto, não é raro ouvir-se um rosacruz explicar que a cruz simboliza um homem de braços abertos que abraça a vida e carrega ao centro, no tórax, uma rosa vermelha em honra do coração que o nutre, dá alma, dá emoção e o liga, pétala a pétala, ao todo.

NO TAROT E NA TAROSOFIA

O estudioso Cirlot, uma das maiores autoridades mundiais em símbolos, explica também que a cruz, como o símbolo da “Árvore da Vida”, funciona como emblema do “eixo do mundo”. Situada no centro ou coração místico do cosmos, a cruz transforma-se, simbolicamente, na ponte ou escada através da qual a alma pode chegar ao Todo. A cruz afirma assim a relação básica entre o mundo celestial e o terreno. Noutras palavras, é através da experiência da crucificação (o conhecimento vivenciado dos opostos) que se chega ao centro de si mesmo (a iluminação).

Talvez a cruz mais conhecida do tarot seja aquela que a Sacerdotisa carrega. Combina a tradição hermética e cabalística num significado imenso e misterioso. Aparentemente tem uma simbologia complexa, porém na realidade tem um simples e directo significado: representa o segredo central da guardiã dos segredos que lhe toma o lugar do coração, pelo qual bate. Esta é uma cruz grega, com todos os braços da mesma extensão, aludindo aos quatros do mundo natural e metafísico: as direcções, as estações, as fases da lua, as fases da vida, os quartos astrológicos, o tetragrammaton e as suas 4 letras hebraicas. A grande lição é que Norte é tão bom como o Sul, o Inverno tão importante como o Verão e a

«A cruz traz significado a qualquer simbologia dependendo do tipo de cruz e do tipo de génese da mesma, muitas vezes podendo ser contraditória a ela própria»

No tarot a cruz aparece-nos como quatro braços esticados do centro para fora que toma uma forma diferente mediante o tipo de simbologia a demonstrar. Na realidade, analisar a simbologia da cruz no tarot iria criar um sem número de páginas já que cada cruz possui o seu próprio peso e significância.

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idade avançada tão válida como a infância. A serenidade e equilíbrio... No Hierofante encontramos outra cruz, uma cruz papal, triplamente cruzada representando os três reinos espirituais sobre os quais a Igreja Católica se autonomeia como presidente. O primeiro reino é o que está mais abaixo na cruz simbolizando a igreja militante, que converte e organiza as massas movendoas na direcção ‘certa’. A segunda barra representa a igreja penitente, o mundo dos anjos e das almas que aguardam o julgamento e onde se ensina a mente e o espírito a prosseguir um destino justo. Por fim, na barra mais acima, a igreja triunfante, reino dos arcanjos, do paraíso e da recompensa dos virtuosos. Por outro lado, esta cruz simboliza ainda os três graus maçónicos que vão desde o neófito que aprende a viver em harmonia com o meio físico e social; depois aos adeptos que refinam a mente e o espírito; e por fim, os mestres que vivem num estado elevado de serenidade e plenitude. Uma cruz de Sto.André aparece, também, na heráldica do Seis de Copas. É a cruz do mártir e ao mesmo tempo a heráldica de Johann Valentine Andreae, autor dos três primeiros textos rosacruz cuja descrição fala de um sacrifício alquímico e lendário do Senhor do Prazer (título esotérico deste arcano menor). É o X que marca o lugar, é o X que aponta a solução e a meta. Representa aqui a energia crística e cabalística que vem em auxílio do sacrificado e que o orienta e guarda.

Cruzes mais complexas e com um design diferente aprecem ainda em outras cartas. A cruz de tau, por exemplo, toma a principal simbologia da carta Pendurado. Tau é o nome da letra T Grega e toma importância por dois factores: em primeiro porque é histórico e altamente provável que a cruz utilizada na alegada crucificação de Jesus tivesse esta forma (porque era de facto assim a cruz usada pelos romanos para o propósito de execução dos condenados), em segundo porque a letra Tav (letra T) é a última do alfabeto hebraico dando a ideia de que Jesus teria sido crucificado como expressão final do Judaísmo redimindo o mundo numa cruz de Tau. Na realidade é esta a ideia geral do simbolismo do arcano Pendurado: a redenção e o sacrifício para reverter em direcção ao objectivo final vendo tudo de um novíssimo ponto de vista. Da intensidade da cruz de tau passamos à sensibilidade do Ankh, ou cruz ansata. Esta simbologia que aparece no arcano maior Imperador é realmente antiga e venerada em especial pelo antigo Egipto significando a verticalidade masculina que atravessa a horizontalidade feminina, é o sol nascente imortal e poderoso carregado pelos reis e faraós que lhes confere vitalidade, poder, fortuna e autoridade.

Perder-nos-íamos numa centena de páginas se quiséssemos de facto abordar toda a simbologia da cruz.

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APONTAMENTOS HISTÓRICOS

TEMPLÁRIOS Rúben Rodri

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QUEM FORAM OS TEMPLÁRIOS?

Os Cavaleiros Templários foram uma das primeiras e mais conhecidas ordens militares da Europa Cristã - sociedades de cavaleiros cuja missão, pelo menos aparentemente, era defender e propagar a sua fé religiosa. A ordem dos Templários teve origem no ano de 1118, cerca de suas décadas depois de as Cruzadas europeias terem conquistado a cidade e massacrado os seus habitantes muçulmanos. Um cavaleiro francês chamado Hugues de Payens e oito dos seus companheiros ofereceram os seus serviços ao Rei cristão Balduíno II e juraram defender a cidade contra todo e qualquer inimigo. Como quartel-general da ordem, Balduíno ofereceu-lhes a Mesquita Al Aqsa, onde o Rei Salomão tinha construído o original Templo de Jerusalém. Por essa razão, os cavaleiros apelidaram-se como Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici - expressão latina para “os pobres soldados seguidores de Cristo e do Templo de Salomão” - e ao longo do tempo a ordem passou a ser conhecida como Ordem do Templo ou Templários. Nos dois séculos que se seguiram, os Templários tornaram-se numa das organizações mais poderosas do mundo medieval. Os seus guerreiros, que usavam sobre as suas armaduras mantos brancos embelezados com uma cruz vermelha, ganharam reputação pela sua destreza na luta, disciplina e tenacidade. Os cavaleiros da ordem juravam obediência total e inquestionável aos seus líderes. Há evidências de que o seu objectivo declarado era uma capa para encobrir o verdadeiro motivo da ida a Jerusalém, procurar objectos sagrados, ou talvez, conhecimento perdido.

A Supressão

De todos os mistérios e controvérsias que cercam os Cavaleiros Templários, os que dizem respeito à sua queda repentina e dramática do poder têm sido os mais debatidos. Na Sexta-Feira, dia 13 de Outubro de 1307, sob as ordens do Rei da França, na altura, Filipe, o Belo, todos os Templários na França foram caçados e presos sob a acusação de heresia e blasfémia. Sob tortura pela Inquisição, os Cavaleiros Templários confessaram actos hediondos de blasfémia, como por exemplo, negar Jesus como Cristo, cuspir na cruz, e idolatrar o demónio. O Papa Clemente dissolveu oficialmente a ordem dos Templários no ano de 1312. No ano seguinte, o grão-mestre dos Templários, James de Molay, renegou as suas convicções quando estava prestes a morrer na forca em frente a Notre Dame, em Paris. O rei Filipe ordenou a sua deportação para a Ilha de la Cite, onde acabou por morrer na fogueira. Alguns elementos dos Templários conseguiram sobreviver e nos séculos que se seguiram, vários países europeus e os Estados Unidos sofreram grandes reformas e a organização passou de uma ordem militar a fraterna e filantrópica. Hoje em dia, os Cavaleiros Templários estão na lista de organizações não-governamentais das Nações Unidas.

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O QUINTO ARCANO MAIOR

O HIEROFANTE

Chamam-lhe Hierofante (Hierophant), Papa ou Sumo Sacerdote em vários e diferentes baralhos. f

ARTIGO ORIGINAL PUBLICADO EM TAROSOFIA.COM Autor: Sofia Quental

Hierofante é o termo usado para designar os sacerdotes da alta hierarquia dos mistérios da Grécia e do Egipto. É o sacerdote supremo, que pode ser chamado também de Sumo Sacerdote. O exemplo mais popular de alguém que pode ser chamado de Grande Hierofante é o líder supremo da Igreja Católica Apostólica Romana, o Papa, também chamado de Sumo Pontífice.

Chesed (misericórdia) a Chokmah (sabedoria). É uma lâmina com alguns paralelismos com Ganesha, do hinduísmo, deus da ciência e das letras, filho de Shiva e Parvati. O seu número é o cinco, evocativo do pentagrama e dos cinco elementos (fogo, água, ar, terra, aeter).

Todas as acções têm consequências,

Segundo Pierre Weil, o Sumo Pontífice (Sumo boas ou más, e temos de saber lidar Pontifex) é aquele que lança pontes, na significom isso. O Hierofante é a autoridade cação antiga, aquele que deve unir as diferenna sociedade. tes pessoas e coordenar esforços, lançar pontes em todas as direcções. Nesse sentido, o líder da ordem F:.M:.K:.R:., que, segundo os próprios integrantes da ordem, tem como tarefa principal conectar pessoas e sinergizar esforços, pode também ser chamado de Sumo Pontífice e conRepresenta o ensino, a religião, a espiritualidasequentemente de Grande Hierofante. de, o eu enquanto ser social. Pode significar o Seguindo a jornada do louco, esta lâmina re- fim ou começo de uma aprendizagem terrena. presenta a sua saída de casa e começo da sua Também pode querer chamar a atenção para o educação formal. É quando ele aprende a ser que já sabemos e que está na altura de increum ser social, tem contacto com crenças e re- mentar o nosso lugar no meio onde nos inseligiões aprende a identificar-se com um grupo, rimos. ou a fazer parte de algo. É regido por touro, signo de terra, trazendo uma forte ligação ao que Na imagem desta lâmina conseguimos ver 3 é terreno, prático e realista. Na Sephiroth (Árvo- figuras, todas elas representando o hierofante, re da Vida) ocupa o décimo sexto caminho, de sendo que a do centro tem detalhes que fazem lembrar um papa cristão. A trindade (vista por

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COMO CARTA DO DIA

HIEROFANTE NO AMOR

Partilhe os seus segredos com os outros e abrace as necessidades que possam ter. Uma aprendizagem é duas vezes mais valiosa quando ensinada a outros.

Que ocasiões, dias, pontos de viragem mais significado tiveram para si e os que lhe estão próximos? Celebre estes pequenos eventos com reverência e devoção. Não existe nada mais importante na sua vida.

Um dia de partilha de ensinamento!

toda lâmina, por exemplo nas três cruzes presentes nas vestes da personagem principal) religiosamente simboliza a Santíssima Trindade, mas também o culto da Deusa (virgem, mãe, rainha), os 3 mundos (céu, terra, inferno), 3 níveis de consciência (consciente, pré-consciente, inconsciente). Hoje em dia ainda há algumas ordens de monges que rapam a parte superior da cabeça, a tonsura significa uma abertura espiritual em relação a Deus. A coroa da personagem central está no lugar da coroa papal, sendo que o Papa é considerado por alguns o representante máximo de Deus na Terra. O termo pontifex maximus significa supremo construtor de pontes. A tripla coroa é essa ponte para a tripla divindade. Jesus, alegadamente, usou o símbolo das chaves para legitimar Pedro. Aqui representam as chaves para o conhecimento espiritual e sabedoria. Utensílios de desbloqueamento representam conhecimento, intelecto e o revelar de algo que não está ao nosso alcance. O cinco (V) da carta e os cinco dedos da mão que abençoa representam a quintessência, os essencias. Tanto as forças como as fraquezas são dons de deus. O que interessa é o que faz com o que lhe é dado. As colunas são a marca que um edifício de porte, como por exemplo uma academia ou um templo. Se por um lado demonstram perigo e petrificação, pelo outro demonstram sustentabilidade e estabilidade. Aliadas ao facto de serem cinzentas, surge a a indiferença e o inconsciente, neutralidade, tranquilidade e tolerância.

Lei Hermética da Causa e Efeito O Hierofante traduz a sétima lei

Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem a sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nada escapa à Lei

VIMΛNΛ Tarot

A simbologia ao alcance de todos...

O símbolo do hierofante mostra a sua influência no todo representado pela cruz papal.

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BREVE BIOGRAFIA DE

PARACELSO

Eva Papoila

A distinta natureza da filosofia de Paracelso é consequência da visão cosmológica, teológica, filosofia natural e medicina à luz de analogias e correspondências entre macrocosmos e microcosmos.

Sob o pseudónimo de Paracelso se abrigou Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, médico, físico, astrólogo, alquimista e ocultista suíço-alemão. De facto, Paracelso significa “superior a Celso”, legitimando o uso do supracitado título nas reformas pelas quais foi responsável na Farmacologia. Para além das suas inúmeras realizações na Química, foi ainda fundador da Bioquímica e da Toxicologia. Os seus feitos científicos nunca deixaram, contudo, de se imbuir numa aura de mágico cheia de misticismo. Paracelso nasce em Einsiedeln, na Suíça, a 17 de Dezembro de 1493, do pai médico e alquimista de quem herdou as aprendizagens primordiais em Botânica e Galénica.

«A medicina fundamenta-se na natureza, a natureza é a medicina, e somente naquela devem os homens buscá-la. A natureza é o mestre do médico, já que ela é mais antiga do que ele e ela existe dentro e fora do homem.»

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Ainda jovem, foi entregue à tutela dos monges do mosteiro de Santo André, na Saboia, entre os quais se contam os nomes de alguns dos alquimistas mais notáveis da época, como os bispos Mathias Scheyd de Rottgac, Mathias Schacht de Freisingen e, especialmente, Eberhardt Baumgartner. Ao fim de 16 anos conclui os estudos, ingressando na Universidade de Basel e sendo, mais tarde, instruído por um dos grandes intelectuais da época, o abade de St. Jacob, em Wurzburg, de nome Johann Trithemius. Em Schwatz, no Tirol austríaco, vem ainda a trabalhar como analista no laboratório e nas minas de Sigismund Fugger, também um grande alquimista daquele período.

Por 1510 diplomou-se em Medicina, pela Universidade de Viena. Terá concluído o ser doutoramento na Universidade de Ferrara, cerca de meia década depois. A sua insaciável curiosidade e permanente incapacidade de conformação com os paradigmas do ensino tradicional a ele contemporâneos motivaram numerosas viagens de procura de conhecimento médico inovador a países como a Polónia e a Hungria. A introdução das inovações adquiridas no seu meio contribuíram para o seu reconhecimento pelos pares. Um exemplo foi a terapêutica das úlceras cutâneas. A drenagem e limpeza de feridas, a que se

seguia a sua cicatrização natural, substituíram o derrame de óleo fervilhante e consequente gangrena para posterior amputação. Paracelso rejeitava o Gnosticismo, mantendo-se, contudo, adepto do Neoplatonismo, das ideias pitagóricas e do Hermetismo, não obstante à sua base aristotélica. Mais veemente era a oposição às teorias mágicas de Agrippa e Flamel, por desprezar o conceito de mago e de que de tal pudesse ser apelidado.

A Astrologia, por sua vez, constituiu a matriz para o conhecimento médico de Paracelso. Tal concretizou-se, por exemplo, na criação de talismãs de cura e para cada signo do zodíaco. As analogias entre o macro e o microcosmos, na sua visão i n teg r a t i v a m e n te cosmológica e teológica, justificaram a natureza exótica da filosofia de Paracelso, o primeiro a aplicar tais especulações ao conhecimento científico de forma sistemática. Também no processo de aquisição do conhecimento a sua visão foi, como possível de depreender, original, quebrando a tradição medieval e primando pela investigação autónoma. Se o Homem, como pináculo da criação, une em si todos os componentes do mundo, como suposto por Paracelso, então é-lhe possível adquirir conhecimento íntimo da realidade a ele externa pela análise de si próprio e da estrutura basilar que o constitui. Não seria, contudo, o cérebro o responsável por

essa percepção não inteiramente racional, mas algo tão profundo e integral como o corpo astral, com o qual o Homem comunica com a supraelementaridade do mundo astral. No seguimento disto surge o conceito de Astrum, contexto que compreende não só o corpo astral, mas também a sua virtude essencial, aspecto vedado à racionalidade, mas acessível ao sonho e ao transe. Paracelso voltou para Salzburg em 1540, a convite do bispo da cidade em cujo hospital vem a falecer a 24 de Setembro de 1541. As causas da sua morte nunca foram estabelecidas. Não obstante a tal, a exumação com subsequente autópsia revelou um traumatismo craniano que permitiu a especulações de homicídio. Apesar da sua morte, a fama de Paracelso não parou de aumentar. As suas curas estavam em voga e inúmeros textos foram postumamente publicados, listando todos os fármacos que tinha estudado. O carácter divergente das suas ideologias médicas originou, contudo, vários confrontos com o sistema vigente, principalmente em França, onde a maioria dos médicos seguia a doutrina Calvinista. Já em Inglaterra, a integração dos achados farmacológicos decorreu de modo mais pacífico.

Os apologistas da ideologia paracelsiana eram, assim e na altura, predominantemente alemães. Apesar de não universalmente aplicável da mesma forma aos sistemas contemporâneos, da filosofia de Paracelso não pode deixar de ressaltar a conexão universal entre todos os elementos e a consequente inexorável ausência de aleatoriedade no que chamamos de acaso.

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Entrevista com o fundador do nosso projecto:

Mรกrio Portela

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Alexa Duarte Com o passar do tempo, começamos a apercebermonos que o mundo está cheio de “ovelhas”: pessoas que seguem o que lhes dizem, que fazem o que é suposto fazerem e que pensam apenas naquilo que é estritamente necessário (ou pouco pensam). Claro que gostaríamos de acreditar que não somos assim, mas afinal todos vivemos em sociedade e por vezes acabamos por ceder à pressão da normalidade. Porém, às vezes encontramos pessoas no nosso caminho que têm uma natureza completamente diferente, que não nascem no rebanho, mas como cães pastores para o arrebanhar. Estas pessoas têm uma capacidade de liderar inata e uma vontade de mudança ainda maior. São aqueles que muitas vezes guiam o nosso caminho, que nos abrem a novas possibilidades, que se tornam os nossos mentores. É com muito orgulho que posso dizer que esse é o caso do Mário Portela, fundador e Presidente da VIMANA – Tarosofia Lusitana, caro amigo e estimado professor. O Mário é certamente um líder nato, mas muito para além disso é uma mente bilhante, cheia de curiosidade e conhecimento, e também uma pessoa cheia de

compaixão pelos outros. Muito do seu passado determinou o que ele se tornou hoje – as suas capacidades fora do comum, a sua procura intelectual, as suas paixões, as suas descobertas... Contudo, não é do seu passado que quero falar. Considero que pouco importa no contexto do seu presente, pois consistentemente encontramolo numa actividade imensa de investigação, estudo e partilha do que nos tem para dar. O Mário para além de ser Presidente da VIMANA e professor de muitos dos membros desta iniciativa, é também um terapeuta holístico empenhado em ajudar os outros e fundador de outros projectos como o Portugal Místico e o Portugal Mundial. O auto-proclamado Guia Kármico possui conhecimentos que abrangem desde a numerologia, a orientação energética, os florais, o prana bhakti, a cristaloterapia, até assuntos kármicos e

terapias regressivas, entre tantas outras áreas, mas só recentemente a Tarosofia se tornou um foco de atenção na sua vida. Apesar de ter quase 30 anos de experiência em estudos de Tarot e na sua filosofia de vida, o Mário manteve essa paixão privada, intíma, um refúgio pessoal até ser induzido pelos seus estudantes a partilhar com eles essa paixão. Felizmente para todos nós, que ele o fez e apercebeu-se do impacto que esta partilha poderia ter na vida de tantas outras pessoas. E assim, nasceu a VIMANA – Tarosofia Lusitana. Hoje em dia, o Mário mantem-se dedicado a esta causa que desenvolveu, tendo já completado dois baralhos homónimos – o VIMANA Tarot e o VIMANA Elementia. Apesar do caminho não ter sido fácil e terem aparecido obstá-

mos a ç e m o, coo mundo p m e t do nos que as”. . . r a s s a p bermo- “ovelh o m o C aperce heio de a está c 15 EDIÇÃO 6 - OUTUBRO/ NOVEMBRO 2015


culos e opositores à iniciativa, o impulsionador de tantas áreas esotéricas nunca admitiu derrota e continuou a trabalhar para inovar e melhorar cada vez mais este projecto. Certamente não será a última vez que irá ouvir falar de Mário Portela, por isso tive a enorme honra de poder entrevistá-lo e deixá-lo partilhar a sua própria história. Alexa: Finalmente, podemos apresentar e dar a conhecer o fundador e presidente da iniciativa VIMANA – Tarosofia Lusitana. Primeiramente, gostaria que te apresentasses aos nossos fiéis leitores e lhes desses a conhecer um bocado da tua jornada até aqui: que áreas energéticas/espirituais/esotéricas te interessam, o teu percurso profissional e o que disfrutas na tua vida. Mário Portela: Não há muito a dizer porque é inglório falar de nós mesmos. Estou ligado ao estudo esotérico desde muito cedo... Na realidade com 12 anos já fazia as minhas primeiras incursões pela Astrologia e pelo Tarot. Na altura recorria à Biblioteca Municipal do Porto numa espécie de autodidatismo. Desde então, na área mística e esotérica foi um sem parar de tentar descobrir mais e mais passando pelos salões de outro tipo de “bibliotecas” ao longo do percurso.

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Por que razão te descreves como um guia kármico e o que, na tua definição, isso significa? MP: O nascimento do título veio na sequência da necessidade de ter um durante uma entrevista na TVI com a Júlia Pinheiro. Abomino títulos, em especial os títulos pejados de conotações tendenciosas, nomeadamente medium e vidente, ou coisas desta nova moda New Age exagerada. Na altura a Júlia concluiu que se eu orientava pessoas e me guiava maioritariamente pelo caminho kármico delas então seria válido ser um guia kármico. Confesso que gostei e após pesquisar na Internet e ver que ninguém usava esse título, adoptei-o como meu. E acredito que muitos títulos te possam ser atribuídos, mas gosto de pensar que há certos que se adequam mais perfeitamente, como“empreendedor”. Isto porque, no passado, tornaste realidade vários projectos como os websites informativos, Portugal Mundial e Portugal Místico, que abordam não só temas da actualidade, mas também uma miríade de artigos relativos a práticas e disciplinas esotéricas. Qual foi a motivação por detrás da criação um projecto tão específico e orientado, neste caso para o Tarot, como o Projecto Vimana? MP: Durante duas décadas e meia ensinei apenas uma pessoa a ler e usar tarot e isso aconteceu porque invariavelmente vim a

(...) descobr i en alunos... fim descobrir que as pessoas usam o tarot de forma errada (tanto os pretensos tarólogos como os consulentes). Então, considerei sempre ser a minha área interna e pessoal. Mais tarde, costuma dizer-se que quando o aluno está pronto o mestre aparece, porém no meu caso foi o ter descoberto um grupo de pessoas que me devolveram a esperança sobre a atitude humana... ou seja, descobri enfim alunos onde teria todo o orgulho em ser mestre enquanto tivesse algo para ensinar tal qual eu sinto e vivo. Iniciei o projecto da Tarosofia, porque sempre foi o meu sonho entregar ao público a realidade das coisas que lhes é escondida... juntei os dois e deu o VIMANA. Obviamente o projecto originouse num seio de dedicação ao ensinamento e partilha de conhecimento, contudo qual foi o objectivo, se algum, a que te comprometeste a alcançar com esta iniciativa? MP: O maior dos objectivos foi, sem qualquer sombra de dúvida, aquele que designo como mote do projecto VIMANA: “Separar a Tarosofia da austeridade dos conceitos ultrapassados.” As pessoas têm de perceber que a grande maioria dos utilizadores de Tarot se fecham numa espécie de ghetto de controlo ou prisão de conhecimentos onde entrar é


quase abrir uma guerra. Aposto que todos os que tentaram fazêlo sozinhos o notaram. VIMANA será então uma espécie de casa segura onde poderão receber tudo sem se agrilhoarem a esses perigos. Certamente, esse “porto seguro” tem sido o ponto de encontro de muitos na sua jornada pelo Tarot. Até agora, temos verificado uma óptima adesão e um enorme apoio do público. A que atribuis essa resposta tão fervorosa das pessoas? MP: No Tarot, como em qualquer outra temática, as pessoas estão sedentas por encontrar algo que realmente as ensine, algo que lhes explique e demonstre sem os medos agregados e tradicionalismos exagerados fruto dos medos que é suposto serem incutidos em pretensas artes místicas. Uma nova roupagem, (que afinal não é nova e sim baseada na original secular sem mãozinha de grupos e sociedades) permite chegar a todos os que vêm a área com paixão verdadeiramente. Quem procura algo por amor consegue sentir a diferença. Uma novidade, também para ti, foi a criação de uma revista online e gratuita para que todos possam ter a disponibilidade de a ler e aprender com a experiência partilhada pelos contribuidores VIMANA. Qual foi a intenção ao criar esta publicação? Como tem sido a reacção do público?

MP: A Revista VIMANA foi principalmente pensada para chegar a um público crescente e desmistificar o mistificado, exoterizar o esotérico. No fundo iniciar pela exposição do Tarot e do modo de vida da Tarosofia ao público em geral... sejam curiosos, amadores ou profissionais. E ao longo dos tempos ir abrindo o leque de temáticas e abarcar o projecto maior que já existe desde finais de 1998, o Portugal Místico. A reacção tem sido excelente se levarmos a análise às estatísticas reais, sem megalomanias. E é reconfortante ver que uns 30% dos nossos regulares visitantes há um ano atrás nem sabiam exactamente o que era o Tarot. Para além da revista, a iniciativa VIMANA lançou um website e uma página de Facebook como plataformas de comunicação e informação para aqueles que mostraram interesse. Porém, foste mais além e decidiste também lançar dois baralhos associados ao projecto: o VIMANA Tarot e o VIMANA Elementia. Explica-nos o que te levou a conceber estes baralhos. MP: O VIMANA Tarot é algo que já tenho em estudo há cerca de 15 anos. Os meus cadernos de estudo, ou diários de estudo, estão carregadinhos de informação, análises e ponderações no sentido de um dia criar o meu próprio baralho. Quando a determinada altura vejo o supracitado público interessado não me foi difícil

perceber que era chegada a altura de fazer nascer mais um dos sonhos. É certo que ele não está disponível ao público em geral, vejo-o como uma espécie de filho e não se põe um filho nas mãos de qualquer um. Quem sabe um dia! O oráculo VIMANA Elementia nasce maioritariamente de estudos alquímicos e metafísicos na área dos elementais que transformar em oráculo foi um acto de amor e devoção a esses mesmos estudos. Ele está disponível ao público como oráculo com noções básicas de utilização, que não são sequer um centésimo de tudo o que está preparado para vir a ser publicado quanto a este...

Mas um passo de cada vez que é muito projecto junto. O baralho VIMANA Tarot é, sem dúvida, único – desde da sua imagiologia até ao sistema multidisciplinar incorporado nas lâminas em si. Como foi o processo de re-imaginar o baralho de Tarot? MP: Todas as lâminas são fruto de apontamentos que fui tomando após várias análises e meditações sobre as mesmas ao longo destes anos. Em alguns casos ao ponto de encontrar características escritas há mais de 10 anos sobre o que idealmente uma dada lâmina teria de ter visível na sua imagem.

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A nível técnico, cada uma delas é feita por fotocomposição digital... Algumas chegam a ter mais de 30 elementos visuais retirados de fotografias em domínio público ou minhas. A interdisciplinariedade é maioritariamente para permitir um melhor estudo por parte do investigador de Tarot e uma compreensão total por parte de um utilizador. Noutra vertente da cartomancia, o VIMANA Elementia é um baralho oracular sobre elementais. Porquê escolher o tema de elementais de entre todos os outros temas metafísicos? Qual a vantagem de o transformar em cartas oraculares? MP: A ser muito sincero, não tenho uma resposta válida e cheia de conteúdo a esta pergunta. Nos meus escritos e ideias tenho material suficiente e preparado para uns 5 ou 6 oráculos de vários tipos. Provavelmente escolhi o mundo dos elementais por ser focado em Tarosofia e porque estou neste momento a terminar um book sobre esse tema a lançar brevemente. É bom saber que o motor por detrás deste projecto está sempre a trabalhar! A iniciativa VIMANA tem crescido a olhos vistos e há cada vez mais pessoas a juntarem-se a esta comunidade. O que nos espera no futuro para este projecto? MP: O futuro é daquelas coisas que para quem vive essencialmente o presente tem pouco valor.

Nem o Tarot consegue dizer o futuro...

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Ainda assim estão em forja ideias capazes de ocupar o meu tempo e o de toda a crescente equipa até 2017. Além disso, com projectos de trabalho árduo e constante como a Revista VIMANA e a família a que dou total e inequívoca prioridade as coisas por vezes alongam-se no tempo mais do que seria de esperar. Acima de tudo os projectos começarão a interrelacionarse e a crescer em conjunto nas várias áreas... Numa espécie de ACADEMIA! Mas não revelo mais não vá o diabo tecer mais plágios e ataques de ghetto. Para além da Tarosofia Lusitana, que outros projectos tens em mãos que possas partilhar connosco? MP: Na realidade, fora da Tarosofia também me sobejam projectos e ideias... Mas a grande maioria precisa de secretismo ou mais trabalho e dedicação para nascer correctamente. Conto nas próximas semanas dedicar-me a outra área, também controversa, o Prana Bhakti. A ideia é conseguir finalmente trazê-lo para a “rua” e de acesso público para deixar de estar em mãos que se encontram em bolsos escondidos. Contudo não posso deixar escapar esta oportunidade para falar de um livro que lançarei em 2016 que abordará a história da humanidade e a evolução teológica, por assim dizer. Em

princípio chamar-se-á Apocrypha e espero reacções explosivas de vários quadrantes e áreas. Invariavelmente será lançado a título pessoal utilizando o projecto que cada vez mais parece estar a construir tambémn uma Editora de Especialidade: o Portugal Místico. Antes de acabarmos, há alguma coisa que gostarias de dizer aos nossos devotos leitores? Um conselho por exemplo? MP: Para os nossos leitores, seja na versão online ou na versão impressa, só posso mesmo dizer um franco obrigado e expressar um profundo agradecimento por estarem desse lado... Já agora, se leu a entrevista até aqui sinta-me completamente disponível por email se tiver mais questões ou curiosidade sobre algo que me tenha escapado. Quanto a conselhos posso apenas apontar o dedo para mim e dizer que comigo funcionou:

A profissão é onde gastarás a maior parte da tua vida e a única forma de ficares verdadeiramente satisfeito é acreditar que fazes um excelente trabalho. E a única forma de fazeres um excelente trabalho é amares aquilo que fazes!


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Sin que ceram mu de ti ente, dou é q nun a m ue v ca l inh êm igue Ago a vi que ra, tu da! as res i a ess d pos as q t o par enh oq tas. ue e o c u a e o fi Ma stõe r es cer e fa z sa s pec erem tran teza ço é ver da in tiva ten ho a que con dad tuiç do ho a o in est soan eé ã que í o Ap t c que o e se c e u i e o o r rim n , n t e o e o co guir q o s ro za q eu s bom ue rer eira nta o qu a u d ent o d e e cto ia. não u um cami minh e con rar as av com se se nho a in a seg na e s ó n p t ou vão esso e r tui o ta nte e dá vui reti minha uras te com a q ecom ção rot m ont rar t vida ve l u e pre e n e tu uito e o n o a s u . d e d ã d do men nde o ti o q meu e d os a Com gar c Sou oq e ri r do nha ue t s “a ue os acr dicuquele a taro om as que pragm a j c u q m o del edi d u s n b s d a e l á se c ariz mis ofia itas falo fianç ém o ntes e ad tar tici om tica, s a d t a ” r e c vém e . f d om na smo sco rap a ple ou i ç o ta min am. zem tam da c s qu bri n ias b mb ha Acre e po ! iên e, ta ova ioen ém intu dit cia, s e l f r vai com orm gét ição o qusso diz e vi m i o eu as d cas vo b uda , ma e po er em ant e au e nu r a v s qu ssa iga com tod m p oss and m a e a pe o ent sco sso am e, to ber tin rsesc h t la d dos a e ao om d t ach und am e autoarot a od e os -an que a ta am álise ros edr ofia ont e . a H oje Isab ela M com pre ello end o

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e os Tabernáculos tem carácter apocalíptico e calamitoso. Alguns exemplos abaixo que refletiram esta grande coincidência:

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Jorge Moreira

Bloodmoon em Aries “Profecia é o que cremos que aconteça quando não sabemos o que queremos.” Viveram-se tempos proféticos neste final de Setembro. Algumas das profecias partilhadas pelos nossos antepassados desde o oriente até ocidente profetizaram eventos desestabilizadores de grande magnitude. Mas há uma Profecia que teve mais relevância ao longo da história, e particularmente temida pela comunidade Judaica. A esta Profecia dá-se o nome de Profecia da Blood Moon (Lua de Sangue). E porquê Lua de Sangue? Basicamente, sempre que a Terra está paralelamente entre o Sol e a Lua, manifesta-se uma Lua Cheia. Neste caso, a chamada Blood Moon acontece quando a Lua é completamente tapada pela Sombra da Terra (a Cauda do Dragão) e estará no seu perigeu, por isso foi uma Super Lua Vermelha. Recebe uma coloração mais avermelhada porque com a refracção da luminosidade do Sol na atmosfera da Terra provoca alterações na sua cor e recebe menos luminosidade, chamada então de Lua de Sangue e acontece quando a Lua atinge a zona da Umbra. O mais interessante é que estas Luas manifestam-se por Tétrades (conjunto de 4 eclipses Lunares totais), a Super Lua de Sangue de 28 de Setembro é a última da Tétrade que nos acompanhou desde 15 de Abril de 2014. Acrescento também que quando, uma Tétrade coincide com os dias sagrados do calendário Judaico como a Páscoa

•Tétrade de 32 a 33 AD: Crucificação de Jesus Cristo (segundo fontes bíblicas); •Tétrade de 1493 a 1494: Inquisição Espanhola e o “Decreto de Expulsão” contra os Judeus de Espanha por Fernando e Isabella em 31 de Março, 1942 ordenando a expulsão de todos os judeus de Espanha; •Tétrade de 1949 a 1950: Ascensão de Israel depois de 1878 anos no dia 14 de Maio de 1948. Armistício israelo-árabe a 20 de Julho de 1949. Knesset aprova a “Lei de Retorno” no dia 5 de Julho de 1950, que dá o direito aos Judeus para estabelecerem-se em Israel e ter cidadania por direito; •Tétrade de 1967 a 1968: Jerusalém capturado na “Guerra dos 6 Dias” depois de 1897 anos no dia 7 de Junho de 1967;

Percebe-se então porque esta profecia foi tão temida ao longo dos tempos. Astrologicamente esta Super Lua Cheia de Sangue manifestou-se a 4º de Carneiro, no domínio de Marte. A Lua nesta posição está completamente impedida e sujeita a Marte. Traduzindo, esta Lua Cheia teve um forte componente de agressividade, luta, impulsividade e determinação. Chamo-lhe a Lua do Guerreiro. Acrescento também que a Lua do Guerreiro, está sob a influência da Estrela Deneb Kaitos da natureza de Saturno segundo Ptolomeu, por isso reforça um lado mais maléfico, embora não seja muito considerável, pelo aspecto que faz. Segundo Vivian Robson, “Confere auto-destruição por força bruta, doenças, desgraça, infortúnio, e actos compulsivos”, e Elsbeth Ebertin, “Inibições e restrições em todos os sentidos, fisicamente e psicologicamente”. Aproveitando a energia desta Lua do Guerreiro, incitava à recalibração das zonas de conforto, propiciando desenvolvimento pessoal e crescimento pessoal no mês de Outubro. Excelente fase para meditação, introspecção e para trabalhar a autoaceitação e o perdão.

Equilibre-se e harmonize-se mental e fisicamente.

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ARTIGO ORIGINAL PUBLICADO EM TAROSOFIA.COM Autora: Alexa Duarte

RUNFOS T S O D S Á R T R O P A HISTÓRIA O

C U O L O D A D A N A JOR

Os Arcanos Maiores são muitas vezes considerados como uma unidade de sentido; muitos tarólogos e interessados, mostram padrões nestas lâminas que representam e iluminam a condição humana e seus arquétipos vivenciais dentro delas. (...) A Jornada do Louco parece transformar-se de forma ligeira de uma experiência para a próxima, mas as nossas próprias viagens não são normalmente tão cautelosas e suaves. Nós cometemos erros, saltamos lições e somos incapazes de concretizar todo o nosso potencial. Muitas vezes, não reunimos a coragem e introspecção necessárias para atingir os nossos níveis de consciência mais profundos para compreender a aprendizagem que vivemos. Alguns nunca irão encontrar o Eremita para procurarem o seu interior; outros nunca viveram a crise caótica da Torre, que os libertará dos mecanismos de defesa do Ego. (...)

A JORNADA DO LOUCO Começamos com o LOUCO (lâmina 0), a carta de inícios. O Louco representa cada um de nós no início da jornada: é louco e ingénuo, porque só um espírito tão simples seria capaz de albergar tal fé inocente para tomar de braços abertos uma jornada tão coberta de perigos e dor. No início, o Louco é apenas um recém-chegado – jovem, aberto e espontâneo. A figura nesta lâmina retrata um jovem rapaz de braços abertos e cabeça erguida. Está preparado para abarcar tudo o que lhe apareça pela frente; no entanto, está inconsciente do precipício que tem pela frente. Assim sendo, o Louco ignora as dificuldades que enfrentará no seu caminho, enquanto procura e vivencia as aventuras do mundo. (...) Logo à partida, o Louco depara-se com o MAGO (lâmina 1) e a SACERDOTISA (lâmina 2) – as duas grandes forças que estruturam o mundo percepcionado. Ao nomearmos um aspecto da experiência humana, no nosso mundo físico, acabamos por evocar o seu oposto. O Mago é o lado positivo; personifica o activo, o poder masculino do impulso criativo. Representa também o consciente desperto. Esta figura é a ímpeto que nos permite deixar marcas no mundo, através da concentração da nossa motivação e força individual. Opostamente, a Sacerdotisa é o lado negativo; é o subconsciente misterioso. Esta personagem fornece o solo fértil, onde poderá florescer a criatividade. Incorpora também o nosso potencial dormente, que es-

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pera um estímulo activo para se concretizar. Tendo isto em conta, os termos positivo e negativo não representam o “Bem” e o “Mal”; são simplesmente os dois lados complementares de uma moeda. (...) Conforme avança, o Louco torna-se mais e mais consciente do que o rodeia e, como a maioria dos bebés, a primeira pessoa que reconhece é a sua Mãe – mulher quente e carinhosa que o cuida e protege. Também se apercebe da Mãe Natureza, que o nutre num sentido mais amplo. A IMPERATRIZ (lâmina 3) representa a Natureza e o mundo sensitivo. Uma criança tão jovem rejubila e

tem curiosidade em explorar tudo o que consegue tocar, cheirar e provar; o bebé anseia a estimulação dos seus sentidos, pelo o que vê e ouve. É um processo natural, examinar toda a abundante Natureza que nos envolve e suporta. A próxima figura que o Louco encontra é o Pai – encarnado no IMPERADOR (lâmina 4). Esta personagem representa estrutura e autoridade. Quando a criança abandona o abraço da Mãe, aprende que existem princípios e padrões no mundo: os objectos respondem ao mundo de maneiras previsíveis, algo que pode ser estudado e explorado. O pequeno infante descobre novas formas de descobrir o mundo, dentro de uma ordem universal. O Louco também encontra regras – aprende que a sua vontade nem sempre é prioritária e que há certos comportamentos necessários a cumprir para o seu bem-estar. Começa a entender que há pessoas com autoridade para impor essas mesmas normas. Estas restrições podem ser frustrantes, mas, com

a mão paciente e orientadora do Pai, o Louco começa a compreender o seu propósito. Eventualmente, o Louco abandonará a sua casa e se aventurará pelo mundo desconhecido. Será então exposto às tradições e crenças do seu povo e sua cultura, onde começará a sua educação formal. O HIEROFANTE (lâmina 5) representa os sistemas de credo organizados, que o começam a rodear e a moldar o conhecimento da criança. Esta personagem é alguém que desempenha um papel essencial no conhecimento e mistérios dos arcanos. Apesar de ter uma conotação religiosa, esta lâmina é simbólica de iniciações de qualquer foro. A criança é treinada nas práticas da sua sociedade e tornar-se-á parte dessa cultura e perspectiva do mundo, em particular. Aprende a identificar-se com um grupo e descobre um sentido de integração e pertença, dentro desse. Esta aprendizagem dos costumes sociais e da forma como se vai adaptando e conformando neles é-lhe aprazível. Inevitavelmente, o Louco encontra dois novos desafios. Primeiro, debate-se com o forte desejo de união sexual com outra pessoa, enquanto que antes era maioritariamente um ser egocêntrico. Mas agora, sente uma propensão para o equilíbrio, retratada nos ENAMORADOS (lâmina 6), uma necessidade sôfrega de procurar e tornar-se parte de um todo numa relação amorosa. O Louco deve também decidir sobre as suas próprias crenças. Pois, sendo necessário e suficiente conformar-se com a visão dos outros enquanto aprende e cresce, agora é imperioso determinar os próprios valores e, assim, descobrir o próprio carácter. O Louco com disciplina e força de vontade, desenvolveu o con-

trolo interior que o permite desafiar e conquistar o seu ambiente circundante. O CARRO (lâmina 7) representa o ego vigoroso que o Louco alcançou na sua jornada até este instante. Nesta imagem, vemos uma figura em poder, orgulhosa conduzindo-se pelo seu próprio mundo, estando em absoluto controlo sobre si mesmo e todos os seus caminhos. Neste momento, o sucesso assertivo do Louco é tudo o que ele poderia desejar e por isso, sente uma certa satisfação consigo mesmo. Ele personifica a confiança assegurada da Juventude. Com o passar do tempo, a Vida presenteia o Louco com novos desafios, alguns sendo causa de sofrimento e desilusões. Em muitos momentos, terá de recorrer às características da FORÇA (lâmina 8), ao ser pressionado para desenvolver a sua coragem e determinação e encontrar a chama para continuar, mesmo com os obstáculos defrontados. Agora, o Louco descobre também as qualidades silenciosas da paciência e tolerância, apercebendo-se que o comando voluntarioso do Carro deve ser contrabalançado com gentileza e suavidade do poder de uma abordagem mais afectuosa. Eventualmente, o Louco é levado a questionar-se a questão milenar “Porquê?”. Torna-se absorto na procura imparável pelas respostas, não devido a uma curiosidade passiva mas devido a uma necessidade profunda do ser em descobrir porque é que as pessoas vivem. O EREMITA (lâmina 9) simboliza esta ânsia de encontrar uma verdade mais íntima. O Louco explorará dentro de si mesmo, tentando entender os seus próprios sentimentos e motivações. O mundo voluptuoso torna-se-lhe menos atractivo e procura então momentos de solitude, longe da actividade frenética da sociedade.

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Com o tempo, ele irá em busca um professor ou guia que lhe forneça aconselhamento e direcção. Depois de uma viagem espiritual, o Louco começa a aperceber-se de como tudo está interligado. Adquire uma visão do design maravilhoso do Mundo, todos os seus padrões e ciclos naturais. A RODA DA FORTUNA (lâmina 10) é o símbolo do Universo misterioso, cujas peças funcionam em conjunto e em harmonia. Quando o Louco vislumbra a beleza e ordem do Mundo, mesmo que só por instantes, ele consegue encontrar algumas das respostas que procura. Por vezes, as suas experiências parecem ser obra do Destino; um encontro fortuito ou uma ocorrência milagrosa começa o processo de mudança. O Louco até pode reconhecer o seu destino na sequência de eventos que o levam a este ponto de viragem. Tendo sido tão solitário, sente-se pronto para movimento e acção outra vez. Agora a sua perspectiva é mais ampla e vê-se a si mesmo dentro do plano maior do Universo. O seu sentido de propósito é restaurado. O Louco precisa agora de decidir o que esta nova perspectiva significa para si, pessoalmente. Olha então para a sua vida passada, tentando desvendar os relacionamentos causa-efeito que o trouxeram até este ponto. Ele toma total responsabilidade pelas suas acções passadas, de modo que as possa compensar e garantir um caminho mais honesto no futuro. A exigência de JUSTIÇA (lâmina 11) deve ser cumprida para conseguir voltar à estaca zero. É uma altura de decisões para o Louco, pois está a fazer escolhas importantes. Será que se manterá fiel ao seu discernimento ou voltará a cair numa existência fácil e inconsciente que impedirá um crescimento futuro?

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Destemido, o Louco persiste na sua jornada. Está decidido a realizar a sua visão, mas lentamente apercebe-se de que a vida não é tão facilmente domada. Mais cedo ou mais tarde, encontrará a sua própria cruz – uma experiência aparentemente difícil de suportar. Este desafio torna-o mais humilde, ao ponto de não ter mais alternativa senão desistir e deixar-se ir. No início, o Louco sente-se derrotado e perdido, acreditando que se sacrificou, mas a partir do seu interior, aprende uma verdade maravilhosa. Ele descobre que, quando abdica da sua luta por controlo, tudo toma o sítio que lhe é devido. Ao se tornar aberto e vulnerável à Vida, descobre o apoio extraordinário do seu Eu Interior; aprende a render-se às suas experiências, em vez de resistir contra elas. Ele sente uma alegria surpreendente e começa a ir com o fluxo da Vida. O Louco sente-se suspenso num momento sem tempo, livre da sensação de urgência e pressão. Em boa verdade, o seu mundo foi virado de pernas para o ar. O Louco é o PENDURADO (lâmina 12): aparentemente martirizado, encontra-se, na realidade, sereno e em paz consigo mesmo. O Louco agora começa a eliminar velhos hábitos e abordagens antiquadas; excluir tudo aquilo não-essencial, porque aprecia as coisas básicas da Vida. Passa por fins e cortes, quando retira os aspectos ultrapassados da sua vida. Este processo pode ser semelhante a morrer, porque esta é a MORTE (lâmina 13) do seu Eu familiar que irá permitir o nascimento de um novo ser interior. Em certas alturas, esta mudança inexorável parece ser esmagadora, mas o Louco eventualmente se levantará para descobrir que a morte não é um estado permanente – é simplesmente uma transição para uma nova e mais concretizadora forma de Vida.

Desde que abraçou o Eremita, o Louco tem andado a balançar num pêndulo emocional – agora, ele descobre a estabilidade oscilante da TEMPERANÇA (lâmina 14). Encontra o verdadeiro balanço e equilíbrio. Por experimentar os extremos, desenvolve uma apreciação especial pela moderação. O Louco juntou todos os aspectos de si próprio num ser centrado e uno, que emite sinais de saúde e bem-estar. O Louco viajou um longo caminho até alcançar uma vida harmoniosa. O Louco tem a sua saúde, paz de espírito e uma compostura graciosa. O que mais precisará? Numa questão do dia-a-dia, não muito, mas ele é corajoso e continua a seguir até aos níveis mais profundos do seu ser. Aí, encontrará o DIABO (lâmina 15). O Diabo não é uma figura malévola e sinistra que habita ao nosso redor; é o poço de ignorância e desespero perdido dentro de nós, a um nível qualquer. As atractivas seduções do mundo material prendem-nos de maneira tão apelativa, que muitas vezes, não nos apercebemos que dele somos escravos. Nós apenas temos acesso a uma gama limitada de experiência, inconscientes do Mundo glorioso que é a nossa herança. O casal nesta lâmina está acorrentado, mas complacente. Eles poderiam libertar-se tão facilmente, mas não estão apreensivos da sua escravidão. Assemelham-se aos Enamorados, mas desconhecem que o seu amor está limitado a uma pequena extensão. O preço da sua ignorância é um denso desespero interior. Como é que o Louco se pode libertar a si próprio do Diabo? Poderá ele livrar-se da sua influência? Sim, mas apenas encontrará a liberdade através da abrupta mudança que traz a TORRE (lâmina 16). A Torre é a fortaleza do ego que construiu em volta do seu belo centro interior. Cinzenta, fria


e dura com um rochedo, esta muralha parece servir de protecção, mas na verdade, é uma prisão. Às vezes, só mesmo uma crise de proporções monumentais pode gerar força suficiente para arrebentar as paredes da Torre. Nesta lâmina, vemos um grande relâmpago iluminador que atinge este edifício, que vai expulsar todos os ocupantes para fora, caindo para as suas mortes. A coroa indica que esses seriam governantes ostentosos outrora, mas que, agora, se abaixam perante uma força maior que eles mesmos. O Louco está inundado com uma calma serena; a imagem bela da ESTRELA (lâmina 17) atesta esta tranquilidade. O mulher pintada nesta lâmina está nua, a sua alma não está mais escondida por detrás de numa máscara. As estrelas radiantes brilham no céu límpido, servindo como um farol de esperança e inspiração. O Louco está abençoado com uma confiança que substitui completamente as energias negativas do Diabo. A fé em si mesmo e no futuro é renovada. Ele está cheio de alegria e o seu desejo é partilhá-la generosamente como resto do Mundo; o seu coração está aberto e o seu amor flui livremente. A paz depois da tempestade é um momento mágico para o Louco. Que efeito poderia arruinar esta calmia perfeita? Será outro desafio para o Louco? De facto, é a sua alegria que o faz vulnerável às ilusões da LUA (lâmina 18). A sua felicidade é um estado sensitivo; as suas emoções positivas não são ainda sujeitas à clareza mental. Dentro desta sua condição sonhadora, o Louco está susceptível à fantasia, distorção e falsas promessas de verdade. A Lua estimula a imaginação criativa – abre caminhos para pensamentos bizarros e belos emergirem do subconsciente;

porém medos e ansiedades entranhados no ser também estão livres de se soltarem. Estas experiências podem levar o Louco a sentir-se perdido e desorientado. É a lúcida claridade do SOL (lâmina 19) que direcciona a imaginação do Louco. A iluminação do Sol brilha em todos os lugares escondidos; dispersa as nuvens da confusão e medo. Também ilumina de modo a que o Louco tanto sinta, como compreenda a bondade do Mundo. Agora ele disfruta de uma energia e entusiasmo vibrantes. A franqueza da Estrela solidificou-se numa segurança expansiva. O Louco é a criança nua, retratada nesta lâmina, cavalgando alegremente encarando o novo dia; nenhum desafio é assustador demais. O Louco sente uma radiante vitalidade. Ele envolve-se em grandes empreendimentos, ao atrair para si tudo o que necessita. Ele é capaz de se aperceber da sua grandeza. O Louco renasceu – o seu falso ego é despido, permitindo que o seu radiante, verdadeiro Eu se possa manifestar. Ele descobriu que a felicidade (não o medo) é o centro da Vida. Sente-se absolvido: ele perdoa-se a si mesmo e aos outros, sabendo que o seu Eu real é bom e puro. Ele até pode arrepender-se dos seu erros passados, mas sabe que são devidos à ignorância da sua natureza. Sente-se limpo e renovado, pronto para começar de novo. Está na altura do Louco fazer um JULGAMENTO (lâmina 20) sobre a sua vida – o seu próprio dia do juízo final chegou. Como ele agora conhece-se a si próprio verdadeiramente, está capaz de fazer as decisões necessárias sobre o seu futuro. Conseguirá escolher sabiamente que valores deve estimar e quais deve descartar. O anjo nesta lâmina representa o Eu Superior do Louco, chamando-o

para se levantar e concretizar a sua promessa. Ele descobre a sua verdadeira vocação – a razão pela qual entrou nesta vida. Dúvidas e hesitações desvanecem e ele está pronto para seguir os seus sonhos. O Louco reentra o MUNDO (lâmina 21), mas desta vez, com um conhecimento mais completo. Ele integrou todas as porções dispersas dele mesmo e atingiu a plenitude, atingiu um novo nível de felicidade e realização. O Louco experiencia a Vida de maneira completa e sentida. O Futuro é cheio de promessas infinitas. Em seguimento do seu chamamento pessoal, ele torna-se mais activamente envolvido com o Mundo. Ele presta serviço ao partilhar os seus dons e talentos únicos e descobre que, dessa forma, tornará próspero tudo aquilo que atentar. Por causa de agir com uma certeza interior, o Mundo conspira para que todos os seus esforços sejam recompensados – os seus feitos são muitos.

Assim a Jornada do Louco não é assim tão louca, no final. Através da perseverança e honestidade, ele consegue reestabelecer a coragem espontânea que começou por impeli-lo na sua procura do Eu, mas agora está completamento consciente do seu lugar no Mundo. Este ciclo acabou, mas o Louco nunca terminará o seu crescimento. Em breve se aperceberá que está pronto a começar uma nova jornada, que o levará a níveis de conhecimento ainda mais altos.

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BREVEMENTE Book «Os Elementos no Tarot e na Vida»

TESTE

: Que E

PRIMEIRA PARTE

Em cada questão uma resposta. 1. Se pudesses escolher um poder qual seria? a) Poder b) Amor c) Riqueza d) Sabedoria 2. Quando está confuso o que utiliza para conseguir tomar decisões? a) Listar os prós e os contras e seguir a ideia mais proveitosa b) Faço o que já fiz no passado e que tenha funcionado c) Sigo o meu instinto, seja qual for a situação d) Examino como me sinto com a situação e sigo aquela que me faz sentir melhor 3. Se nenhuma funcionar eu... a) Investigo o assunto b) Medito ou uso Tarot c) Peço conselho a alguém da minha inteira confiança d) Continuo pois vai funcionar

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eu?

4. Após um dia de trabalho, costumo preferir... a) Ler um bom livro b) Aninhar-me bem quentinho c) Falar com amigos d) Tomar um relaxante banho e) Sair e divertir-me f) Fazer amor g) Tomar um bom vinho h) Fazer um jantar completo 5. As pessoas que eu mais respeito são... a) Inteligentes b) Carismáticas c) Carinhosas d) Sensíveis 6. As pessoas que mais me espantam são aquelas que... a) Preferem estar sós o tempo todo b) Não se preocupam com a sua aprendizagem ou saber c) Não guardam recordações, lembranças ou saudades d) Não jogam para ganhar

7. Eu nunca seria um... a) Vagabundo (sem casa ou dinheiro) b) Eremita (sempre só e isolado de todos) c) Monge com voto de silêncio (sem poder falar) d) Celibatário (abrindo mão de qualquer prática sexual) 8. Eu admito que me custa ter... a) Humildade b) Discrição c) Possessividade d) Mau humor 9. Quando estou incomodado... a) Choro b) Grito c) Distraio-me para esquecer d) Como ou durmo


Este Book original da autoria de Mário Portela, explora os quatro elementos numa perspectiva não só tarosófica, mas também quotidiana e até alquímica. O leitor ficará familiarizado com a forma como as energias elementais se expressam e se manifestam, seja no seu baralho preferido de tarot, seja nas dignidades (relações) elementais, seja até na sua própria vida. Ao explorarmos os elementos na tarosofia, iremos abordar as várias facetas da vida quotidiana e como as interacções elementais nos afectam, equilibram e desequilibram, não importa que seja na cozinha ou na roupa que escolhemos vestir. Aqui identificaremos quando as energias elementais se equilibram ou desequilibram, tomando atenção nas possíveis formas de harmonizar tudo isto. Propostas, exercícios, experiências e muito conhecimento! É no fundo uma aproximação tarosófica aos elementos com uma pitada de vida real!

20. Escolher amar e ser amado é sempre uma boa escolha, mesmo que pelo caminho haja terceiros magoados.

SEGUNDA PARTE

Escolha todas as correctas (escolha múltipla) 10. As pessoas gostam de mim porque... a) Sou carinhoso b) Sou manhoso c) Sou bom ouvinte d) Sou a alma da festa e) Sou inteligente f) Sou simpático g) Sou preocupado h) Sou corajoso 11. Mas pelas costas aposto que dizem que... a) Sou cabeça no ar b) Sou burro c) Sou explosivo d) Sou um bebé chorão e) Sou cabeça-dura f) Sou superficial g) Sou mandão h) Sou mal humorado

12. Se não faz sentido mas soa certo, eu faço-o. 13. Nunca iria a um sítio sem saber como posso voltar. 14. Tomar uma decisão sem traçar um plano é insanidade. 15. A privacidade é muito importante para mim. 16. Provas nunca são demais. 17. Se sei que estou certo, não preciso que concordem comigo. 18. Acredito em abraçar as oportunidades e não esperar para saber as consequências prováveis. 19. É importante para mim ser parte da família, mesmo que lidando com pessoas difíceis.

21. Tenho sempre de dizer o que penso. A honestidade é mais importante que evitar magoar os outros.

RESULTADO DO TESTE

Contabilize agora o total de ocorrências de cada elemento nas suas respostas consultando a tabela de respostas abaixo e multiplique por dois. Depois acrescente o seu resultado das páginas seguintes para saber os seus elementos.

1. a=fogo, b=água, c=terra, d=ar 2. a=ar, b=terra, c=fogo, d=água 3. a=ar, b=água, c=terra, d=fogo 4. a=ar, b=terra, c=ar, d=água, e=fogo, f=fogo, g=água, h=terra 5. a=ar, b=fogo, c=água, d=terra 6. a=água, b=ar, c=terra, d=fogo 7. a=terra, b=água, c=ar, d=fogo 8. a=fogo, b=ar, c=terra, d=água 9. a=água, b=fogo, c=ar, d=terra 10. a=terra, b=ar, c=água, d=fogo, e=ar, f=terra, g=água, h=fogo 11. a=ar, b=terra, c=fogo, d=água, e=terra, f=ar, g=fogo, h=água

Verdadeiro ou Falso?

Só verdadeiros contam: 12. água e fogo; 13. terra; 14. terra e ar; 15. água; 16. ar; 17. fogo; 18. fogo; 19. terra; 20. água; 21. ar

TERCEIRA PARTE

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CRISTAIS

SODALITE a. ofi s o r @ta isabella

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A SODALITE COMO CRISTAL DA VERDADE RELACIONADA A SAGITTARIUS

Isabella Mello A Sodalite é um cristal de aspecto marmóreo, maioritariamente encontrado com as cores azul e branco, mas que pode ter variações de nuances desde cinza ao preto. As suas fontes vão desde a América do Norte, França, Gronelândia à Rússia e Roménia, e é um cristal especialmente indicado para o signo Sagitário. Podemos indicar como elementos chave: a lógica, a inteligência, a comunicação, a racionalidade, a eficácia, a intuição, a verdade e a percepção. Desde os tempos antigos que é associada a artistas, cantores, escultores e pintores porque se acreditava transmitir a inspiração e criatividade de que estas profissões necessitam, ao mesmo tempo que também conferia proteção. No que diz respeitos aos seus efeitos holísticos, este cristal equilibra o metabolismo, ajuda nas carências em iões cálcio e limpa os órgãos e sistema linfáticos, aumentando, assim, a capacidade imune.

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Combate os danos provocados por radiação e as insónias. Através da sua acção no chakra laríngeo, este cristal é especialmente indicado para problemas a nível da garganta, cordas vocais e laringe, tendo também alguma acção a nível do trato digestivo e da tiróide. Acalma a febre, diminui a pressão sanguínea e estimula a absorção de fluidos pelo organismo. Este cristal limpa a poluição electromagnética e pode ser utilizado em computadores para prevenir a emanação de radiações. É também bastante útil para a utilização em trabalhos que impliquem um grupo, uma vez que promove a harmonia e a confiança, permitindo um maior foco no objectivo através do companheirismo. Ao nível psicológico, a Sodalite permite o equilíbrio emocional através da eliminação de uma personalidade defensiva, aumentando, por isso, a auto-estima e a auto-confiança, trazendo ao de cima a nossa verdadeira personalidade.


NA TAROSOFIA Ligando agora todos estes conceitos com o tarot, encontramos a Sodalite aliada ao Arcano Maior número dezassete, a Estrela. Na Jornada do Louco, esta lâmina aparece a seguir à Torre, que é a destruição total, isto é, a Estrela é o remanescente daquilo que foi destruído, o que verdadeiramente está e sempre esteve presente, mas que foi esquecido para segundo plano, trazendo também consigo a restauração do equilíbrio. A Sodalite aparece, então, como uma ferramenta para que a experiência das tiragens seja direcionada e orientada, uma vez que estimula não só a orientação quer mentais quer espirituais, mas também a procura pela verdade.

NA QUÍMICA

É um silicato cuja fórmula é Na8(Al6Si6O24)Cl2. Possui sódio-aluminío e cloro.

Óptima no chakra

Laríngeo NA CRISTALOTERAPIA

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Reúne a lógica e a intuição, permitindo ao seu utilizador aliar a percepção espiritual e as questões físicas e eliminar qualquer confusão mental. Consegue isto através da estimulação da glândula pineal e do laríngeo, aumentando então também a capacidade de comunicação e maior compreensão da verdade.

Não deve ser usada por crianças abaixo dos 10

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M O C

S A T R A C AS

A S E M NA odos t a r e a p reotcri ez .não! a T d e t r A a ...routirtaaglvens pratica veue se en

q queles uito todos a l a u e algo m q c e lo r e a p p a s um tem alhos e por veze aos bar r e que, falar de a o o d r ã li ç e u e la q d e r mos m rtigo, ante. Va lano em Tarot tê s s p o e Neste a d r o e d o t n d in u o mais elo mun em seg to muit redam p n por cair u s o s d a n a um nte) , acab ode ser ficialme r p e s p simples a u s m , e ra rgem smo qu de leitu uita ma dar (me m u modos t á s h e , . o s a t s, n ce fac tirage e simple al come que, de s m e a , n e e t falar de im u s n s q ipia eares a muns, gens pe er princ o tão lin gens co izar tira ã a Alexa Duarte il s Qualqu t ir t o u ã s r n a o t de cer muitas ebe que çar-se p how-to ábitos e al come se aperc s h o e m t r s s n o o o e n s d s m o a uma no rt o, é rot, rapid ais dos iamente ncontra . Por iss r a e a a T r im s il u e n s c a d it e c fá s s le , somo numa ão é ne lâmina logia, é a nossa umanos dos das a tecno to que n mesmo alização h a d is u c e , t o a a x ifi r a r m e n e t iv o O n c ig a . it , co as tu cado est os s as claro roduzid tação e s um bo idade in orque n M p e c o p . r a é a p m r é p r t a lt p a e a e V c t s , C itores para in tiragen e Cruz a nossa Porquê? outros le utilizar sead stringir nsmitir. a r e e a t o r r r r t p a r a c r o a s u p a s r c m, ro trê ba sta usad vantage ta” de p ens de possa e que aca A g le s . o a s u o ir o lg n t m c a “ s le ífi é a e como a s espec pinião, postas dem ess do que nificado bter res etação nca per minha o r o ig u a p s n r n e s , im t ia s s a c s a o in a ue e sso ”, m pess estão, q minas e ais se a alho e d “errada u r lâ u q a u q s o b a a s ” d o m à á u a paefinidas coisa “m a leitur xão com ctos de agem. disso, os es pred rientar de cone uma tir os aspe õ o t m e é r iç e e lé d l s c r a a o A a n p r. id m it fi a c m de re do, rat ue a capa quema gem é li ite foca tes de t o um to s a n e brir o q m m ir e r o t o e g c m c r s p a u u o e s m ã d te u m mais rpretaç bém no s das atrás e icamen se usar que seja sua inte al muita eira, tam m é bas o tivo, de a u n e c m q a o g s je a d m e b la n ir o e t e m a Uma zões p romov nte ou izades, esmo o as. Dess a das ra minas, p consule mor, am dizer m ambígu m a o lâ e u : s s s a o o r é a e d n a a d e e p t r ia o t s c s ra e .E te en so ep sem da uma relevan ema as ssa leitu ligação t a o c is a cionada n a c m e m a e u d m u ir a l u c d m o mais dividua rque fo ermitem uando ernet tê rtantes juda, po nálise in empre p emplo, q s na Int is impo a s a x o a e e e a s m d m r s a a n o a r u m a t P n r q . g a on nce, pe m seja rspectiv o que a que enc o é uma or, roma a tirage e t d s d p m Is a o a a t a r. c ã s v e ç e t fo o a ia d n n s e e drões e entu e uma lo, um is inform eja o qu riavelm minas d ssionais traz ma ão inva mana, s r exemp s fi lâ e s o o s s o s p r o n a a p r, t n e a n r a t r r u e o oq nsam pensa ano, pa adas p empre a epresen eiros pe desenh a ler e a , pode r tamos s l, para o s r im s o a r e n e ã u p e d is it e s g n c u ir e o a e r , q p ir d s p t s de o es ia a os por a s leitura amorad bre um ar a ide procura o m n o , is a E s s m r b fr s io a e a o r c e z c d t u ó a fa n a neg porque é bom uma leit , porque importa a lâmin or isso, to tema s, mas n também p sempre r ensam n o e p e o s c o s h !) r c a m o m o A u s . s am també as pes morais rmos a amento na vida valores s limita (e o e t r n o b relacion r o o a ã s T n das tie ns.” r no dilema questão ssuntos mos bo a o a aprende s t s s e e io u r d q á v criaraspecto “é nisso e, ao as u q é Noutro , s ragen

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VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA


ncial e s s e a t amen ) r r e f a (...) é um eu arsenal (... ades necessid s à s no s o m a

ados daptar s habitu e nos a o d m e a d t a s e ade acid ente se necessid ma cap lm u a a ip m m c u é in b a rito a ício (pr as tam ociada m inqué fio ao in ade ass tuição, m a u id s in u e iv o t d e d a ia e t r d m de c entido m gran entrevis , també exercício só um s er uma arecer u dizendo m o z p i u ã fa e a n s v d s a r já o s o e n p o e m m as é ap ndo va iragem esenvolv frente n ara que r uma t inas), m que qua mos a d à nossa dado. P , ia m a r a a t é C lâ s ir o . s e s e s e o s , n t a s s e n s a n e p e p soas m le en mo o que a back qu o consu com im mesma de duas e d d t t a s e e s n e D n a fe d . r ia c a a e o d t ífi ir e id r In te m ir arne espec guntas s, as prio consoan gens na lhor ma consegu r e a e e i t o ir p a n m t lh v a s a s a a r o lh d la a d e e m sem ar algum que nos nosso b er quan questão ver aqu tudo, o s pareça r ou salt ntar ao erer sab r a uma o e a u u e it c d g q d u r a ifi n e e m d o p d im o p e o s de res isso, ac smo qu delas p os de m e vamo al e me o, uma ção. Por ar o qu u g t a oa e tem e p s ig iz r s a n p é e d p a m m o e s e a vro, há ca eu ind um s de os um li ram o s nenhum ceber a m m temo e e e e r le d g r u i a o e q a d p ir v o t isto, ue do ad uan numa ssoas q ontecer er quan como q tros, é d e c l b u p a a a o t s s e a r e s a “ s e u r en fazer?”, história só que temos d iragem. fez tirag os a sua onagem da pode nossa t ão – se s n n s r a u r e o d g a p t e e o s t n la ã o n os c ue ruç oea rarame s, está a a const e vai aq se estam a u n . trabalh : q m e r a o t o le ic v ia n “ b o g u ”, le o n g ? m neira ló assaseus pr o consu ontecer nos vão ranjar u os de p s de ma e irá ac fala dos istória d es que a m u h õ s r t q in o e a s t n o e m “ é u : lâ m m a q s (quer e o algué nossas ue uma mesmo stas as interess ológico izar as remos q s a nós o, quand ?”. São e n n e o o a id u lo r t g m q u c r n a c t o e e o á s n s t d e o d ); gu bs ociar Nesse as de m o prazo , temos r este o que per mos ass g o a s in e s n e v id s m e õ d lo a t d lâ n p s , a a o e s s , r p u lt decisõe uenciar ormos a um mês seja res certas q r para u ente infl de duas emana, os que ido disp de faze s t m m o n is a e 1 p e e t r s c e e ív – e s s z u q fa os os tiver dir o que tempo, specífic s o que se este rtas vai ltados p e o o a u e t t c s o r m e n p e e s r e c b a m s a d e s s de t tudar o ra que dura um rincipalm quência Quando para es ma figu intervalo rmato, p ão, a se lgo que u ç m o a fo ), a e d a u g m m in a lt it o u u s e ir c t c a de ndo a trib uz a lidar qual for car qua ro ou a p.e. num m torno e em cr u e fo , e t S a a a r . fu t m m 2 e u e a e t r t o o g en portan pentag i, mas ma tira à decisã ente de do-pres struir u ponto im ens em ão em s depend t n ltado 2 g s o o u a r e c ja s t ir u e e t u o t r q . s O m o a e .e . o1e os mes gico (p e muito ão só d sentido lâmina à decisã dente n m parec bolo má s, podem s tenha 1 e n e ó e d z ím o n o p e s d e v p a a r d r s m lt a o a u á p st inforep o resu 50 lâmin agem e nós, seja factor e oisa qu essar a ir u c c e a t o t r o r r s a a e 0 p E d p u 3 r. e o e lq e a t r o a portant agens d os utiliz o forma imensã ), ou qu emos te cado im ue vam rboleta dessa d uelas tir ois pod q o ifi q p , s b n m a e a e s t ig a g e s n in e d t a t a m algum uma tir suficien tiragem incipian etermin ro de lâ ar para didade ertos pr maior d a (p.e. a o núme c n lh d o o a ir fu a r é r o e id a r g e c d p t p a e len em éd ade gem de que nos o consu uestão ma tira capacid – claro d tiragem q u r a a s a a o t o r it n m m a e u m u le s r r e os li ze erg do se cria vão ana o. Não n que a p pena fa e não tiv cidade ã s o a o a iç ã r p s u n a a le t la c s a C m in a v . a ), d s lâmin a nossa aciência radoras ual, não com o também a ou trê to pont ignorar (ou ater mpo e p uestão, m n e q s u t m u e s e í a r t s s a e n m a s d a e u r a s em, m bre um s estas interes spectos sar nalg ianta pe os toda ma tirag pidos so s a pen vários a , não ad u á m o r r a r s a a d s m o s o o a m t li t m o s lh a t o ia e e n maçã ” para uando ando cr ns cons e quer a ha extra e que q enso qu os dar u in stão qu s a z e m a iv u m e d r q it o e u b ju a t u a o q “ in um ns que de tudo lado, se amente e aquela s tirage a r o lt a r p a t im o u m a c o t e m a s s n r r e ou, po cessário ferrame inas, há s. s de usa s nós m forço ne ptarmo t é uma s ssas lâm as coisa as. Temo a o e o r r d in n a a o a t T s m n e e a o u u lâ d t de os rq ue ia erg 10 ler Taro uecer q emos p à energ a criarm ão acha m v q v n s s e ia e o e o d ir p n ã s u o n a o o g m e outra ligarm podem ue vale tamente rmos co ão cons mãos, a coisa ou que cer o será q te sabe e que n a m ã n s l t e e e m a n r u o m n e o r , e a it lh t s e s a r o ia bar re. Há le o seu a apreend sos tod se imed o semp tes pas pre por encial n s e qua s m s e e m o s õ c e e r , s is o a a c s p t o e o n s d armos rrame barem des. r da pes de pass os e aca é uma fe rtunida epende m o e d r p u i a o t q a n v s Depois e a m a t e ost a noss mos se ros sab ? A resp abrimos só sabe que out s s o o a t usamos n n M o a . d u a quan aneir ena, enq outra m vale a p

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ANALISE O SEU OUTONO COM A

QUEDA DA FOLHA

TIRAGEM

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o f i a.c om

6 7

4 5

Sofi a Quental Estamos no Outono. É verdade que a maioria já voltou ao activo após as férias de Verão há algum tempo, mas chegamos à altura em que a novidade do voltar começa a passar. Os dias mais compridos e o bom tempo começam a deixar saudades, e todo o adensamento (energético e não só) que se faz sentir ultimamente não facilita nada esta falta de luz. Para arranjar energia aconselho Prana Bhakti ou Reiki, feito por si caso seja iniciado em algum dos dois, ou com alguém em quem confie caso contrário. Quanto ao resto é a minha proposta de tiragem para esta edição. O Outono é uma das estações mais difíceis de assimilar. Por muito bonita que possa ser, no geral é quando as pessoas caem na real e toda a força de vontade e felicidade associados do Verão se começa a esmorecer. Claro que não é mal pensado uma meditação para tentar perceber o que se passa aí dentro, o porquê da não mudança por exemplo, mas considero o tarot como um bom complemento a tudo isso e uma forma de descobrir o como. Assim apresento esta tiragem que está organizada como folhas que caíram aleatóriamente no chão.

32 VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA

2

3

1 É uma tiragem bastante simples e directa, que funciona bem, e embora regra geral num ciclo de lua se possa repetir uma tiragem, neste caso a intenção é que reflicta toda a estação, por isso não deve ser repetida até à próxima estação caso fique contente com o seu formato, ou até para o ano, caso queira ir variando. No entanto, em três meses muita coisa muda, e a Tarosofia não é uma arte divinatória que diz como vai correr o futuro, mas um espelho que mostra como as coisas estão encarreiradas. No fundo é um exercício de probabilidades, mas mais simples, se estivermos dispostos a ver o que mostra, seja de que maneira for. Assim, temos nas posições 1,2 e 3 a base, pode ser encarada como uma tiragem de 3 simples cronológica para o que está para vir. Por compreender um longo período de tempo gosto de apontar a

lâmina 1 como o que nos trouxe até este momento e as 2 e 3 como possíveis desenrolares de acções. Já as lâminas 4 e 5 podem ser vistas como o desenrolar da tiragem, conselhos e avisos sobre as 3 anteriores, e a 6 é como o objectivo final, ou aquilo a que se deve agarrar parra melhor passar os últimos tempos. Sem me esquecer da lâmina 7, pois também faz parte da tiragem, esta é como se fosse a folha perdida, aquela que encontra por acaso, que nos chama a atenção, guarda num livro e o faz recordar do lado bom da estação... é algo extra para lembrar nas dificuldades que podem aparecer, seja uma forma de ver o mundo, algo a trabalhar em si, ou a qualidade que o ajuda a vencer.

BOM OUTONO COM TAROSOFIA!


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EXPERIÊNCIAS FORA DA DENSIDADE CORPÓREA

PRIMA MATERIA 34

VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA

“Todos são interligados. O céu e a terra, ar e água. Todos são, uma só coisa; não quatro, e não duas, e não três, mas um. Se não estiverem juntos, há apenas uma peça incompleta. (...) O verdadeiro alquimista não elogia suas artes, nem procura monopolizar o direito de explorar o enfermo, pois sabe que é a obra que há de louvar o mestre e não o mestre a obra.” - Paracelso

Haviam passado já alguns meses desde que tinha reconhecido a realidade das coisas... tinha atingido um grau de entendimento libertário que me afastara de Caronte e me fazia cheirar o nascimento da minha obra prima... da minha Magnum Opus. Avidamente devorei livros e escritos, tanto com os meus olhos físicos como com a ajuda do meu Ajna e Soma enquanto deambulava no meu teatro experimental. Era chegada a altura de ter novo mestre, de dar maior passo... de conhecer a divina materia de onde parte o pó. Chegara altura de tocar a sabedoria de Thoth e pôr em prática a filosofia hermética e os ensinamentos alquímicos. Naquela manhã, saí da minha densidade física como era já habitual nas minhas práticas de oficina iniciática. Desta feita à minha fortaleza cristalina convidei a mãe maldita e incompreendida. A sua entrada foi magnificente, a aura de poder, de longevidade, de pura energia era avassaladora e humilhava o mais equilibrado dos homens. - És quem procuro? - perguntei mais numa afirmação do que uma questão em si. - Sou ki-sikil-lil-la-ke... - o som parecia mais sussurado que pronunciado, como se a linguagem me fosse parcialmente inaudível. - Sou Lilu e Lamia... Ao contrário do que estava acostumado, a materialização daquele magnânimo ser foi lenta... por densidades... por camadas!


Mostrava-se uma bela mulher, de proporções gigantescas. Um longo robe branco de um brilho intenso cegava-me aparentemente a visão e impedia-me de ver os pormenores das suas feições. Uns longos cabelos compridos esvoaçavam, negros, como se tivessem tomado vida própria. - Atraio aqueles que procuram a Verdade, aqueles capazes de saber a Arte... - continuou ela com uma voz sibilante, ainda assim doce e pacificadora. - Sou a pedra angular do amor divino, o iman que atrai o homem ferro na caminhada de ascese. Tentei aproximar-me lentamente, uns enormes olhos de um negro profundo realçavam a brancura e pureza da sua cútiz tão branca como a própria luz. - Sou a humidade que preserva tudo na Natureza e que a mantém viva. Atravesso os planos... sou o orvalho celestial e a chuva física sobre Adama. - deixei-a prosseguir e bebi cada palavra como se recebesse uma descarga eléctrica que me acorda. - Sou a água que arde e o fogo que molha, nada vive sem o tempo que lhe ofereço. Estou perto de tudo e interpenetro a essência. Permito existência e dou fiat... sou palavra e sou verbo. Sou a vibração que atravessa o ar e que sustenta o Todo. Sou o útero incompleto... o sal maternal... o enxofre masculino!

Pareceu uma eternidade o tempo que demorei a reagir e a dirigir-me por fim à minha majestosa convidada. Estava decidido e queria ir o mais longe neste caminho de mistérios e então expliquei-lhe que procurava a PRIMA MATERIA, que procurava o barro com que pudesse, eu mesmo ser um grande arquitecto. Falamos do tempo, do início das eras, de Elohims e Nephilims... cada minuto era saboreado como se finalmente estivesse em contacto directo com a Verdade, com a Essência. A certa altura, Lilu, afastou-se e tomou seu um livro de uma estante ali perto. Conhecia bem esse livro... bem melhor do que aqueles que o professam e nele acreditam sem dele terem tirado um único lampejo. De alegada inspiração divina... o rolo... o testemunho... ou simplesmente a Bíblia. O grande livro faszia-se pequeno nas suas mãos que o folheavam e a dita altura ela sorriu e apontou uma frase.

«et occurrent daemonia onocentauris et pilosus clamabit alter ad alterum ibi cubavit lamia et invenit sibi requiem.»

PERMISSÕES ESPECIAIS DE PUBLICAÇÃO DADAS PELO AUTOR QUE PRETENDE ANONIMATO

35 EDIÇÃO 6 - OUTUBRO/ NOVEMBRO 2015


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CA B A L A

A Árvore da Vida é constituída por 3 Pilares ou Colunas, representando os Três Princípios complementares: activo, passivo e Jorge Moreira o equilíbrio. Sendo que os Pilares laterais representam as Polaridades e o Pilar do Meio representa o equilíbrio e a união dessas Polaridades. Sendo assim temos a seguinte disposição na Árvore da Vida:

Boaz, Coluna da Esquerda ou Coluna da Severidade

Considera-se a coluna do princípio Feminino, representando a manifestação da Matéria e do Tempo. Constituída por Binah (Saturno), o Entendimento; Geburah (Marte), a Severidade; Hod (Mercúrio), o Esplendor.

Jachin, Coluna da Direita ou Coluna da Misericórdia

Considera-se a Coluna do princípio Masculino, representando a manifestação da Energia e do Espaço. Constituída por Chockmah (Neptuno), a Sabedoria; Chesed (Júpiter), a Misericórdia; Netzach (Vénus), a Vitória; Analisando estas duas colunas, os significados associados podem ser mal interpretados, o facto da Severidade estar presente no princípio Feminino, e a Misericórdia no princípio Masculino. Isto porque o conhecimento da Cabala, não se assume segundo a perspetiva do Homem, o seu significado é Universal e não está limitado à Natureza Humana, daí os significados dos Pilares representarem o Conhecimento Universal, que vão além da extensão da Consciência do Homem. Para além disso a força feminina é considerada uma energia repressora, que reprime, contrai, como o útero reprime a criança que está na barriga da mãe, enquanto a força masculina é mais expansiva, explosiva, menos repressora e mais liberal.

Coluna do Meio ou Coluna do Equilíbrio

Considera-se a Coluna do princípio do Equilíbrio, representando a manifestação da Consciência. Constituída por Kether (Plutão), a Coroa; Daath (Urano), o Conhecimento; Tiphareth (Sol), a Beleza; Yesod (Lua), a Fundação e por fim Malkuth (Terra), o Reino. Por norma, é no meio que está a Virtude, onde prevalece o meio-termo, nem demasiado passivo, nem demasiado activo, é o equilíbrio dos princípios. É nesta Coluna onde se atinge o equilíbrio e a harmonização de toda a Dualidade, o balanço das forças opostas que possibilitam o equilíbrio exacto para a entrada na Unidade.

CONTINUA...

36 VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA


‫ה ָ ל ּ ָב ַ ק‬ 37 EDIÇÃO 6 - OUTUBRO/ NOVEMBRO 2015


LEITORES REAIS

TESTEMUNHOS REAIS UMA BREVE SELECÇÃO DOS VÁRIOS TESTEMUNHOS QUE RECEBEMOS

Todos os testemunhos e mensagens abaixo são reais, comprovados e a sua difusão é devidamente autorizada pelos emissores

OBRIGADO MESMO! Comentário de Facebook

Este livro sobre a ligação entre a astrologia e o tarot é das melhores coisas que li... e tenho imensos livros de tarot. Aqui está tudo e correctamente explicado. Obrigado mesmo!

QUERO MAIS DOIS

Email Sónia Avilar, Águeda Desde que mostrei este oráculo na minha loja onde fazemos sessões de estudo de esoterismo que se tornou uma obrigação todos fazrem tiragem semanal. Bate tudo certo e tão bem explicado em cada carta! Quero mais dois porque duas amigas querem para elas (...)

38 VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA

AGORA SIM! TUDO FAZ SENTIDO! Testemunho de Alberto Soares, terapeuta

Desde muito jovem que o tarot me fascinou , cada um dos arcanos maiores era aos meus olhos um livro completo repleto de mistérios , sendo os 22 arcanos maiores uma verdadeira biblioteca ! Acontece que sempre encarei os meus baralhos de forma muito intuitiva , quase mediúnica ! Durante todos estes anos nunca encontrei um curso de tarot que conseguisse preencher a minha necessidade de saber sobre o mundo fascinante do tarot , em toda a sua vertente profunda e iniciática , uma porta aberta para os mistérios da vida e do ser humano ! Sempre busquei mais do que um simples curso onde ensinavam apenas a por cartas ! Depois que conheci a Tarosofia e iniciei o curso , encontrei o que sempre procurei , algo muito mais que um simples curso que ensina a por cartas ! Para mim a Tarosofia é uma viagem de auto conhecimento , uma verdadeira aventura filosófica e iniciática , rumo ao nosso Eu , ao nosso ser mais profundo ! Muito mais que aprender a por cartas é um caminho de auto conhecimento e desenvolvimento , mental , psíquico e espiritual ! Cada lamina permite uma fantástica viagem , a mundos desconhecidos assim como a nossa natureza mais profunda , á essência dos outros . Ao meditar sobre uma determinada lâmina abre se para mim uma fonte inesgotável de saber , as respostas estão lá aguardando por mim ! A minha vida e o meu Caminho ganhou outro sentido ao conhecer a Tarosofia ! Agora sim ! Tudo faz sentido !


FICHA TÉCNICA

INFORMAÇÕES RELEVANTES Nome Registado Revista VIMANA

Registo de Propriedade

COMPLETAMENTE RENDIDA Testemunho de Ana Cardoso, astróloga

Quando em 2004 concluí o curso de Astrologia e iniciei este percurso pelas ciências chamadas esotéricas, intui que um dia iria chegar ao Tarot… e encontrei o magnífico Curso de Tarosofia! E cá estou eu... Completamente rendida e fascinada com a Jornada do Louco, a história de uma vida, que reflete as nossas vidas, passo a passo, em constante aprendizagem e evolução quer por experências de vivência mais agradáveis quer pelos obstáculos que a Vida nos coloca como teste ao nosso desenvolvimento. Encontro-me em plena descoberta deste mundo tarosófico maravilhoso, e de como as cartas falam connosco e nós com elas, num diálogo intenso e revelador, numa entrega e partilha mútua. Sinto-as como um amigo ou uma amiga, aos quais pedimos um conselho num momento de indecisão ou sofrimento (que é normalmente nessas alturas que recorremos) e elas estão sempre lá com a resposta de que precisamos, embora nem sempre aquela que mais gostariamos de ouvir, porque são verdadeiras e sinceras; por isso, aconselho a que se não estamos preparados para ouvir a resposta o melhor será não fazer a pergunta. E assim, se a minha paixão é a Astrologia, passei a ter mais uma... o Tarot. A Astrologia como nosso rx celeste (sim, como aquele que fazemos para ver o nosso interior fisíco) no momento do nosso nascimento e ao longo da nossa vida através dos trânsitos planetários. O Tarot, companheiro aliado da Astrologia, numa conversa intíma e intensa quando o solicitamos, está sempre no momento preciso como um ombro amigo. Ambos são ferramentas sagradas colocadas ao nosso dispor, para que as usemos em consciência quer connosco quer com os outros, neste percurso maravilhoso que é a Vida.

Toda a revist a ortográfico..e.stá em desacordo e continuará !

Mário Portela Associação Tarosofia Lusitana

Edição 6 Bilunar 5 Outubro/Novembro 2015

Director/Redactor/Produtor Mário Portela Design Gráfico registado 3796055 Distribuição VIMANA - Tarosofia Lusitana Portugal Místico ISSUU Colaboradores nesta Edição Mário Portela, Sofia Quental, Jorge Moreira, Alexandra Duarte, Eva Papoila, Rúben Rodrigues, Isabella Mello, «Prima Materia»

A revista VIMANA é pertença da associação - Tarosofia Lusitana dirigida a leitores e estudantes interessados nas temáticas versadas. A subscrição é automática para membros em versão digital e encontra-se disponível a não-associados mediante custo justo e adaptado ao suporte. A versão impressa está disponível através dos serviços de distribuição apresentados como válidos. O conteúdo da revista não reflecte necessariamente o ponto da associação e está sob a responsabilidade do seu autor devidamente identificado. Todo o conteúdo encontra-se protegido por copyright (e registos agora legais) e não pode ser reproduzido ou difundido sem autorização expressa e escrita da associação.

Contactos

TAROSOFIA.COM Direcção: tarosofialusitana@gmail.com Publicidade: tarosofialusitana@gmail.com Distribuição: portugalmistico@gmail.com

Registo Internacional (ISSN)

39 EDIÇÃO 6 - OUTUBRO/ NOVEMBRO 2015 2183-5101



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