ISSN
2183-5101
VIMΛNΛ
REVISTA
NA CAPA... THOTH
ÍNDICE
NESTA REVISTA VAI ENCONTRAR...
04
PAMELA COLMAN SMITH BREVE BIOGRAFIA
12
LUA CHEIA
CABALA
EM DOBRO!
CONCEITOS BÁSICOS
09
36
O IMPERADOR
ELEMENTAIS
10
22
DO FOGO
O QUARTO ARCANO MAIOR
ASTROLOGICAMENTE FALANDO DE SÍMBOLOS SABEUS
ENTREVISTA EXCLUSIVA A
ANDREA ASTE
14 CRISTAIS
CORNALINA
26
2 VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA
24
LUA
SIMBOLOGIA
06
SENTIMENTOS DE TAROSOFIA
20
COM AS CARTAS NA MESA
30
TIRAGEM DE ALICERCE
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A PRIMEIRA REVISTA DE TAROSOFIA em português de Portugal
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Mário Portela
EDITORIAL Volta o teu rosto sempre na direcção do sol, e então, as sombras ficarão para trás.
Quase dois meses de total movimento frenético conseguiram transformar a TAROSOFIA LUSITANA em algo mais que uma associação. Podemos dizer que entramos na fase seguinte...
Obrigado por estarem desse lado, são pois a razão de nós estarmos deste!
Se por um lado afirmamos a nossa presença perante o público português, e sem as megalomanias e exageros a que nos habituam neste ‘portugalzinho’ de ghettos de taromancia, por outro o público brasileiro demonstra-se cada vez mais apaixonado pela vertente tarosófica em detrimento dos conceitos obtusos e ultrapassados dos tempos em que ter um gato preto, uma bola de cristal e um nome francês era sinal de qualidade. Nesta revista seguimos a linha geral das revistas bilunares em geral aprofundando os temas do costume com mais e bom material para amadores, profissionais e curiosos. Aprofundamos a Cabala e acrescentamos material ligado à astrologia afirmando cada vez mais a nossa notória intenção de cobrir cada vez mais áreas do mundo místico, terapêutico e holístico, ou não fosse este um projecto Portugal Místico. No enigmático diário que tende a mudar o seu nome à medida que evolui a aventura esotérica e espiritual continua numa alucinante viagem fora da densidade corpórea sob o signo Rubedo.
ALGO MAIS... SOBRE A REVISTA VIMANA
A revista é inteiramente concebida por profissionais ou
que não espelha as opções da associação nem será em
alunos da TAROSOFIA LUSITANA e tem como público-alvo
qualquer altura revelada por respeito e privacidade.
pensadores livres, amantes, profissionais e curiosos da temática do Tarot e suas interdisciplinaridades. As ligações a ordens, associações ou demais instituições de cada um dos membros da equipa é uma opção pessoal
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DE THOTH A HERMES TRISMEGISTUS
NA CAPA... Calhou Mahamahinda, da ordem dos nove, a viagem mais misteriosa. Reza a lenda que ele era a Voz dos nove e que levaria uma mensagem especial às importantes zonas magnéticas do deserto. Uma entidade de profunda importância histórica, para muitos apenas religiosa, foi Thoth. Da sua ‘casa ao lado da Lua’ um importante deus, representado com o corpo de um homem e a cabeça de uma Íbis, ensinou os egípcios oferecendo uma espécie de libertação. Carregava um par de bastões em forma de serpente com asas e era detentor de uma imensa sabedoria, ensinando aos escolhidos como funcionava o
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tempo, a escrita, a vida, a saúde, etc. Mas nem só os egípcios o conheceram e se para eles era um alegado deus do panteão, era para os hebreus Enoch, para os escandinavos Odin, para os teutões Wotan, para os minóicos e descendentes da Suméria seria Ningizzida (a voz de Enki). Mas se era visto como um deus por algumas destas civilizações que o deificaram pela sua importância e sabedoria, uma outra civilização atribuiu-lhe o estatuto de o Filósofo Três Vezes Mestre: Hermes Trismegistus. Fundador de várias ‘academias’ de estudos através dos seus hierofantes, praticava uma forma de partilha energética, muito semelhante ao que hoje chamamos meditação profunda. Tido como o escritor de mais de
40 livros, dos quais se destacam três de grande importância: O Livro de Thoth, As Tábuas de Esmeralda e As Lâminas Douradas. Se o primeiro passaria apenas por mãos dos iniciados das suas ordens conduzidas por hierofantes, o segundo viria a ser uma das mais intrigantes lendas já que as Tábuas de Esmeralda continham o que hoje conhecemos como Leis Herméticas, que são de soberba importância até para a ciência dos dias de hoje. O faraó Tutmosis III, mais alto membro da escola de mistérios Real Escola dos Pedreiros de Karnak (tradução aproximada) viria a ser um importante disseminador das actuais Leis Herméticas enviando os hierofantes da Irmandade Branca aos quatro cantos do
mundo. Porém, falta falar do misterioso e aparentemente desconhecido livro escrito sobre lâminas de ouro maciço, em desafio a Enlil: As Lâminas Douradas, que vemos acima simulado. O livro As Lâminas Douradas continha 85 lâminas que apresentavam cenas cujo conteúdo, de alguma forma, iria instruir todas as gerações com o devido treino e acompanhamento dos hierofantes iniciados. Este livro, aparentemente ensinava a viver, ensinava a passar as dificuldades da vida e até daria instruções sobre a ‘alimentação sagrada’ dos hierofantes e membros da casa do faraó, cujo símbolo era um Ankh, ou Cruz Ansata (símbolo normalmente atribuído ao Sol e à Luz e que podemos ver na imagem da página anterior a ser entregue por Thoth ao Faraó).
lendário pó da Mesopotámia Shem-an-nah, substância usada para confeccionar um pão que só era consumido pelos reis da Babilónia, e aqui, pelos faraós do Egipto. Além disso, esta comparação, explicaria as inscrições do templo que falavam na importância do pão de luz. Poderia este ser o mítico pó que Aarão, irmão de Moisés, colocou na Arca da Aliança? Eventualmente estas escolas de mistérios acabariam por ser forçadas à seclusão ou a cair em declínio. Iniciados e hierofantes fugiram do Egipto carregando consigo as preciosas relíquias e cópias dos escritos para outras terras.
Onde estão agora? Ninguém sabe Então e Thoth? Mantem-se até aos dias de hoje um marco da filosofia, dos ocultistas, dos alquimistas, dos curadores e dos tarósofos... como teria sido a nossa história se os inimigos do homem não incendiassem a Livraria de Alexandria?
Mas isso é outra história!
Em 1896, Flinders Petrie descobriu no topo do Monte Sinai um templo de construção egípcia que continha algo completamente misterioso e estranho. Por debaixo de pesadas pedras, numa sala cuidadosamente selada, estava uma quantidade considerável de um pó branco e quase reluzente... não era areia nem continha qualquer tipo de substância imediatamente reconhecível ou de uso provável. Algum desse pó foi levado para Londres, para análise exaustiva e exames cuidadosos, porém nunca nenhum estudo foi publicado. Quanto ao restante pó foi deixado à mercê de saqueadores e dos elementos, ao fim de 3000 anos de cuidadosa armazenagem. Uma coisa ficou óbvia, para Petrie, seguindo os hieróglifos e petróglifos do templo: este pó, de alguma forma, era idêntico ao
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Mário Portela O termo em português Lua tem origem no latim Luna. Outro termo menos comum é selene, derivado do grego antigo selene, mas não incomum é ouvir-se a atribuição do nome Lilith. Desde a Pré-história os homens levantavam templos de pedras, como o de “Stonehenge” na Inglaterra, para observar os fenómenos da Lua. No século XVII, o italiano Galileu Galilei fez grandes descobertas com uma simples luneta, e dá para perceber porque este instrumento ganhou o seu nome que vem do latim luna. Agora, o nosso satélite transforma-se numa plataforma, para maiores conquistas no espaço, e aqui na Terra, porém, a Lua continua exercendo sua eterna influência sobre os humanos, os animais, as marés, a pesca e a agricultura. Sem a Lua, seria difícil conhecer a própria Terra. Há milênios os gregos olharam para o nosso satélite, mais precisamente a sombra circular que se projetava sobre a Lua cheia (eclipse) e fizeram a primeira dedução: a Terra era redonda!
A MISTERIOSA
SIMBOLOGIA
DA
LUA
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AVenerada como divindade entre antigas civilizações, a Lua é um símbolo feminino, associado à fecundidade, à fragilidade, à ilusão e à pureza. Por mudar a sua forma aparente de aparecer no céu, ou seja, por atravessar fases, na simbologia, a Lua é também um símbolo de inconstância e segredos mutantes. A Lua é a energia da nossa natureza emocional. Ela diz quais são nossas necessidades básicas de nutrição e de segurança. A Lua revela a nossa manifestação inconsciente, como guardamos as impressões das experiências vividas, como é o nosso humor e como é nossa reacção. Diz ainda como vislumbramos o universo maternal e feminino. O sector que a Lua se localiza no nosso mapa astral recebe essa energia fluída e impressionável. Ali ela traz uma força para dar e receber nutrição física e emocional, mas também pode trazer alguma insegurança e sentimentalização excessiva. A Lua é o pêndulo da Terra, exerce influência irrefutável, não só sobre nosso planeta, mas também na consciência e no espírito humano. Dentro da magia e desde tempos remotos aprendeu-se a reconhecer e utilizar os poderes alegadamente mágicos da Lua, que são apenas energéticos e pouco mágicos em si. É um dos elementos mais importantes na análise astrológica, pois governa os
nossos instintos mais básicos e primários, a nossa maneira intuitiva de ser, o nosso lado mais sensível e emocional. A Lua simboliza a nossa alma, os nossos sonhos, as nossas fantasias e outras manifestações do “eu” profundo e inconsciente.
CICLOS DE LUNAÇÃO
Quando se começou estudar a real influência dos ciclos lunares, um dos fenómenos mais visíveis era o das marés, o movimento das águas do mar, governado pelo Sol e pela Lua. E foi a percepção desse mecanismo que serviu como trampolim para se entender o fluxo das águas no nosso corpo ou da seiva nos vegetais. LUA NOVA É o início do ciclo, quando a Lua está alinhada entre o Sol e a Terra. Durante 7 dias, sua face é pouco visível. Ou Lua Negra – Lilith – período que antecede a Lua nova, na verdade três dias antes desta Lua, ainda na Lua minguante (onde se repele as más influências) e no final desta, é o período conhecido como escuridão lunar. Lilith era a rainha dos fantasmas e demónios que atacavam os homens sexualmente. A seiva concentra-se no caule e nas raízes, por isso frutos e flores não estarão em boas condições para serem colhidos. É um período adequado para semear plantas medicinais e cortar madeira. Propicia a interiorização, germinação, fecundação e o recolhimento. Período de introspecção, indefinição, da busca de novos caminhos e não propício para decisões. Atrai a espiritualidade. Período neutro, ideal para a reflexão, amadurecimento dos anseios e a reavaliação de velhos valores.
LUA CRESCENTE Lua, Terra e Sol, formam um ângulo de 90°. A cada dia a luminosidade lunar aumenta e sua face torna-se mais visível. A seiva flui em direção às folhas, época boa portanto para transplantar e enxertar. A luminosidade da Lua começando a aumentar torna o período propício para semear tudo o que frutifica acima do solo, como frutas, grãos, flores. Momento de definição, pois os sentimentos e emoções tornam-se mais claros e as atitudes mais objectivas. Os impulsos devem ser colocados em prática. Bom para intensificar os contactos sociais. Exerce atracção magnética sobre todas as coisas expostas à sua energia. É a época ideal para traçar novos planos, investir numa relação amorosa e plantar ervas mágicas. LUA CHEIA Neste período, a Lua está em oposição ao Sol e sua face pode ser vista inteiramente. A seiva tem maior penetração nas folhas e nos frutos, acumulando-se nos brotos. Desaconselha-se assim efectuar-se podas. É a melhor fase para a colheita de frutos que estarão desta forma mais suculentos, para cultivar plantas de ciclo bienal, plantas com brilho, alcachofra e salsão. É o melhor período para a manutenção da Terra. Estudos comprovam que os bombeiros, esquadras, protecção civil e hospitais ficam bem mais movimentados nesta fase. O índice de
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desordens e bebedeiras também se eleva… Representa o ápice dos poderes mágicos, algumas pessoas sensíveis inquietam-se nesta época, é a Lua certa para executar tarefas e negócios importantes. Simboliza a plenitude. As pessoas estão mais abertas e receptivas nesta época, o inconsciente aflora e as acções podem se tornar agressivas. Os projectos iniciados chegam ao seu desenvolvimento máximo. Época portanto de expansão interior, recarregar energia e para fazer ritual do amor. LUA MINGUANTE Lua, Terra e Sol, formam agora um ângulo de 270°. A cada dia a Lua fica menos visível. Um novo ciclo se inicia, quando a Lua volta a ser invisível e se alinha entre Sol e Terra. A seiva flui em direcção ao caule e as raízes. Bom período para semear todos os tipos de raízes: cebola, nabo e batata. Esta fase é boa para a colheita, adubar, podar, cortar madeira para móveis, colher grãos e semear, exterminar as pragas e também podar ervas e plantas. Período de transição, tendência para o recolhimento e avaliação do que já foi vivido. Os trabalhos iniciados devem ser terminados. É o momento certo para desatar nós e por um fim pacífico em etapas, sociedades e relacionamentos. Na simbologia, Hécate é a lua minguante que simboliza o ciclo constante das energias humanas e divinas. É a representação da sabedoria adquirida pelo amadurecimento.
SIMBOLOGIA DA LUA NO TAROT E NA TAROSOFIA Em todos os baralhos de Tarot, a Lua é amplamente contemplada, ou não fosse ela mesma um dos arcanos maiores, o 18. Um pouco por todos os baralhos a Lua simboliza a nossa alma, os nossos sonhos, as nossas fantasias e outras manifestações do “eu” profundo e inconsciente. Simboliza na corrente tarósofa o mistério, o segredo, o lado lunar de cada um e representa o passado, o condicionamento, a imaginação, as viagens e as mudanças temporárias. Se numa tiragem as Luas falam consigo, considere profundamente o simbolismo até porque a Lua tem sempre uma mensagem importante dada a sua influência constante e mutável sobre cada um de nós.
Experimente fazer uma tiragem sob uma intensa Lua Cheia e conte-nos o resultado e a diferença!
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Jorge Moreira
LuaemCheia dobro! “Cada um de nós é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém.” Mark Twain
O mês de Julho foi um mês de duas luas cheias o que vulgarmente dá origem à chamada Blue Moon [Lua Azul]. Anteriormente a 2 de Julho deu-se a Lua Cheia a 9º de Capricórnio e no dia 31 de Julho a fechar o mês, Lua cheia dá-se a 7º de Aquário. Foi um mês bem intenso, 2 eventos como este causam um grande desgaste em termo energéticos devido à intensidade da Lua que interfere com a Terra. Esta Lua Cheia em Aquário incita à mudança de aspectos que encontram-se estagnados ou cristalizados, empurrando-o para virar a página e estar pronto a começar um novo capítulo da sua história. Se a vida é um Livro, então é a altura certa para estar aberto a novos insights sobre a sua vida e estar despertado para poder continuar a “escrever” de forma mais criativa e genuína a
história que deseja para si. Julho foi um mês para estruturar, para organizar e trabalhar a sua estabilidade, foi essencial fazer alguns ajustes e rever alguns compromissos e objectivos que tinha definidos para si e analisar a forma como se relaciona com o outro. Foi um tempo propício para estar mais enraizado e jogar com os assuntos que perturbavam a sua estabilidade material e emocional. Agora é tempo de olhar adiante e aproveitar o conhecimento que tem em prol de um futuro mais autêntico e harmonioso para si. O posicionamento da Lua em Aquário propõe que encontre mais excitação e que torne a história da sua vida mais animada, mais frenética e usar o seu geniozinho criativo para ultrapassar um pouco os desafios que ocorreram durante este mês. É propício para soltar o seu lado mais rebelde à procura de novas sensações que promovam a felicidade e o prazer. Dê mais brilho à sua pessoa, em vez de caminhar “desfile” tem a passadeira vermelha à sua frente, invista mais em si, será bom para todos mas especialmente para a sua auto-confiança. O Sol brilha em Leão, mas a Lua pede experiências frenéticas, coloque o seu melhor em movimento e em vez de tentar competir com os outros, seja você mesmo/a como tudo aquilo que tem direito, o seu ego agradece e é um acto saudável. Contudo é necessário que vá ao encontro de novas formas de excitação e prazer mas de uma forma responsável e coerente alinhando-se com a beleza interior para promover o seu lado atractivo e facilitar uma relação mais pacífica com o mundo e com os outros à sua volta. Se quer mudar o mundo, mude primeiro a si mesmo, e verá a mudança do Mundo de acordo com o que você é. É também propício para encontrar forma inovadoras de expressar os seus ideais e os seus objectivos com toda a segurança. Se há algo que deseja realizar ou começar, não perca tempo e começe JÁ. A Lua conspira a favor da sua nova intenção.
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O QUARTO ARCANO MAIOR
O IMPERADOR
Chamam-lhe o Imperador (Emperor), Protector, Pai, Patriarca ou Zeus em baralhos. e
ARTIGO ORIGINAL PUBLICADO EM TAROSOFIA.COM Autor: Bruno Pinho
O Imperador, o quarto arcano maior, representa na sua plenitude a autoridade, o controlo de tudo o que o rodeia. Este arcano maior representa o lado paterno da lei hermética número 6, a Lei do Género: “O Género está em tudo: tudo tem os seus princípios, Masculino e Feminino, o género manifesta-se em todos os planos da criação” É então a energia projectiva masculina, a que os chineses chamavam de yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro, em cada um de nós existe uma parte masculina e uma feminina independentemente do género, o que gera uma complementaridade necessária. Normalmente, segura um Ceptro, representativo de toda a sua imponência e poder, sentado no seu trono com toda a sua atitude de controlo, com um olhar directo e desafiador, um olhar que emana toda uma segurança exterior, falsa ou verdadeira ele transmite-a.
Função paternal, de orientação e liderança, altamente capaz e rigoroso com tudo o que é protocolo e regras a seguir.
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Depois do Louco se encontrar com a sua mãe e pai espirituais (Mago e Sacerdotisa), está na altura de lidar com a educação e segurança da mãe (Imperatriz) e rigidez do seu pai (Imperador). O Imperador é o reflexo da autoridade, segurança, estrutura e auto-controlo, isto é, é o nosso pai, aquele que nos guia e transmite a sua experiência para que depois sejamos capazes de criar as nossas próprias crenças e princípios. Só assim será capaz de enfrentar a sociedade e aprender os valores morais (Hierofante). Emissário da autoridade e subjugação tem uma tendência paternal com virtudes superiores de liderança e orientação. A sua determinação e postura imperativa são fortes potenciadores de uma situação de estabilidade invulgar, o que o faz ambicionar por “voos mais altos” e resolver assuntos com maior eficácia. Representa uma personagem de alto carácter dominante, leal, honesta e protectora. No seu lado negativo esta carta pode indicar ambição desmesurada, violência, insegurança e falta de paciência sem motivo aparente. O imperador gosta de planear, colocar em prática seus mais audaciosos planos, depois controla e comanda pessoas para as suas conquistas materiais. Com o imperador, temos a certeza de possuir condições para concretizarmos tudo o que queremos, pois temos as condições materiais, estruturais e financeira para
COMO CARTA DO DIA
IMPERADOR NO AMOR
Cumpra coisas que esteja somente no pensamento, não pense mais e execute!
Trabalhe a sua relação, todas elas precisam de trabalho árduo para enfrentarem os problemas e descobrirem novas formas de viver esse amor.
Um dia de empreendimentos!
a concretização. É um monarca coroado — dominador, imponente, sentado num trono, cujos braços têm na frente cabeças de carneiros. A Coroa simboliza a sua autoridade, não existe nada acima de um rei e é essa ideia que se quer transmitir e os seres de chifres representam seu falo e poder masculino numa clara alusão a Áries. O Ambiente desolado representa toda uma ausência de amor ou controlo do mesmo. O Imperador vive num mundo em que algo sentimental que complete o todo tem de estar em seu poder. Ele é o executor e a realização, o poder deste mundo, e está revestido de seus mais altos e naturais atributos. Em alguns baralhos, pode vir eventualmente sentado numa pedra cúbica, contudo, é algo que pode causar alguma confusão. O Imperador é a representação do poder viril, ao qual a Imperatriz corresponde, e, nesse sentido, é ele que procura remover o véu da Isis; ela, contudo, permanece virgo intacta. Deve ficar entendido que essa carta e a da Imperatriz não representam precisamente uma condição de vida conjugal, embora o estado esteja implícito. Na superfície, como já foi indicado, elas representam a realeza mundana, elevada às alturas do poder; mas há acima a sugestão de outra presença. Elas significam também — e em especial a figura masculina — o reinado mais alto, ocupando o trono intelectual.
Lei Hermética do Género
O Imperador traduz parte da sexta lei
O Género está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino,
VIMΛNΛ Tarot
A simbologia ao alcance de todos...
O símbolo do imperador mostra a sua ligação marciana e realeza natural.
Acorde o seu espírito empreendedor!
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BREVE BIOGRAFIA DE
PAMELA COLMAN SMITH
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Mário Portela
Com a carinhosa alcunha Pixie, foi uma artista, ilustradora e pintora que ficará para sempre nos anais da história do Tarot como responsável pelas imagens do famoso baralho Rider-Waite-Smith.
Corinne Pamela Colman Smith, ou Miss Smith como o próprio pai lhe chamava, nasceu a 16 de Fevereiro de 1878 em Pimlico, perto de Londres. Filha única de um mercador americano de Brooklyn, Charles Edward Smith, com a irmã do pintor Samuel Colman, Corinne Colman cedo rumou à Jamaica onde o pai exercia uma posição influente nas finanças da rede de caminhos de ferro. A sua vida era um constante rodopio entre Kingston, na Jamaica, Londres e Brooklyn, em Nova Iorque. Com a idade de 15 anos estudava arte sob a direcção do renomado Arthur Wesley Dow no Pratt Institute e rapidamente desenvolveu um toque especial no estilo visionário do simbolismo do fim de século, mas a morte dos pais e a sua débil condição física fazem com que abandone os estudos e se radique no Reino Unido em 1899 tornando-se cenógrafa de teatro em miniatura e ilustradora. Foi a sua mentora de teatro, Ellen Terry, que lhe deu a alcunha de Pixie (fada) e viajou junto com os famosos Bram Stoker e Henry Irving.
«Se eu olhar para o que pinto, perco a imagem»
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O LADO ESPIRITUAL Dedicada ao folklore jamaicano e africano, devido à ama que teve em criança, chegou a escrever e editar livros sobre esse assunto o que lhe trouxe ligações com a espiritualidade de várias culturas. É também conhecido que a Pixie era sinestésica (mistura mental dos sentidos como ouvir as cores, ver os sons ou cheirar a música) o que influencia em grande parte o seu trabalho e a catapulta para uma arte cada vez mais ‘esotérica’ e menos ‘exotérica’.
POLITICAMENTE Politicamente, o estúdio para artistas que ela funda torna-se conhecido pelo Atelier do Sufrágio Londrino, devido à influência poderosa que teve na causa do sufrágio feminino no Reino Unido. Esta posição influente garante-lhe a atenção de pessoas influentes e em breve Pamela é iniciada na Ordem de Golden Dawn por influência de Yeats e o seu recém amigo Edward Waite. Os detalhes de um cisma interno na sociedade de mistérios Golden Dawn perdem-se nas opiniões e secretismo, mas é
certo que Pamela abandona a sociedade secreta junto com Edward participando na criação de uma nova sociedade baseada em princípios mais verdadeiros e com intenção de trazer ao público o conhecimento de forma controlada mas eficaz. Em 1909, Waite encomenda-lhe o trabalho visual que a viria a marcar na história: as 78 ilustrações cuidadas e especiais das cartas de tarot. Estas ilustrações marcam pela inovação, revelação e simbologia cuidadosa com cenas, figuras e símbolos que hoje são a base da grande maioria dos baralhos de tarot.
Uma pequena herança de uma propriedade de um tio, em Cornwall, leva-a a abrir uma casa de repouso para padres católicos onde termina a sua vida na miséria e doença em Setembro de 1951 sem nunca ter visto a glória financeira de um baralho e livros com a sua arte que viu ser editado a partir de 1911. Após a sua morte todos os seus pertences e arte foram leiloados para cobrir a imensa lista de dívidas que detinha.
«Os contornos da sua vida após as ilustrações são misteriosos, tal como é misterioso o paradeiro da sua campa... mas a Pamela vive Existe uma carta ainda hoje nas mãos de qualescrita por Alfred quer estudioso do tarot.»
Steiglitz, datada de 19 de Novembro de 1909, que anuncia a um críptico destinatário que Pamela Colman Smith havia terminado os 80 desenhos para o baralho de tarot por uma ninharia em dinheiro e bens (alegadamente absinto e provavelmente ópio). Após este anúncio Steiglitz abandona Inglaterra e deixa de apostar ou apoiar a artista que aos poucos definha e encontra abrigo na igreja católica abandonando, aparentemente o seu lado oculto enquanto mantinha o seu trabalho de ilustradora para teatros e livros.
«Ela consumia absinto com regularidade para controlar a sua enfermidade e mais o fez sempre que se concentrava para pintar mais uma ilustração do baralho.»
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Entrevista com
Andrea Aste
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THE BOOK OF SHADOWS
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Alexa Duarte O visionário por detrás do “Mundo Paralelo” do The Book of Shadows é Andrea Aste, nascido na Itália, mas que cresceu na Argentina, sob uma dura ditadura, apenas para voltar para o seu país natal anos mais tarde. Este jovem artista, apesar de ter um mestrado em Filosofia Analítica da Universidade de Turim, tem passado por muitos desafios que fomentaram as suas capacidades de adaptação e criatividade ao limite. Ao mesmo tempo que considerava completar os seus estudos, germinou-se uma paixão fervorosa pela arte e, mesmo sem qualquer formação, começou a pintar. A sua curiosidade e dedicação levaram-no a explorar novos rumos, desde pintura a escultura, a escrita criativa, de filosofia ao teatro, a animação. Tem feito um vasto leque de exposições artísticas, ilustrações de livros, cenários de peças teatrais e peças arquitecturais; para além das belas artes, também publicou os seus próprios livros de poesia e pequenos contos. É ainda director artístico na Convívia, uma revista de arte e filosofia, e já dirigiu algumas palestras em certas Universidade para falar sobre a sua arte, filosofia e pesquisa na área. O Andrea caracteriza-se como um “visionário idealista”, um aventureiro em busca de novas perspec-
tivas na arte e, por extensão, na vida – certamente o seu trabalho de vida tem comprovado isso mesmo. Os seus trabalhos concentram-se na beleza despreocupada e alegre do dia-a-dia da vida, criando realidades simplificadas com cores brilhantes, elementos absurdos e deformações espaciais, como se o mundo fosse visto por uma criança: um mistério vivo, fantástico e belo. Nesse sentido, surgiu o “Mundo Paralelo” que tem vida na sua mais nova e complexa peça: The Book of Shadows – the Lost Code of Tarot (em Português, “O Livro das Sombras – o Código Perdido do Tarot”). Ao fim de três anos de pesquisa intensa, muito trabalho criativo e muita dedicação laboral a este projecto, o artista italiano apresenta-nos este mundo, que retrata um universo alternativo em que, na História da humanidade, a Ciência anda a par com a Alquimia, a Magia e a criação
do Tarot surge como um mistério arqueológico ainda por entender, mas ao mesmo tempo, há um enredo ficcional de antigos poderes ocultos que andam atrás desse conhecimento. A Este é um trabalho ambicioso, certamente, incluindo três componentes essenciais que giram à volta deste Mundo Paralelo: um livro (“O Manuscrito do Alquimista” ou o próprio “livro das sombras”), um mockumentary (um documentário semi-realista sobre os factos irreais que envolvem este cenário imaginário) e o baralho de Tarot, sobre o qual tudo se foca nesta conto fantástico, ou mesmo, nesta realidade alternativa. Tivemos o prazer de poder falar com este talentoso artista de tantos ofícios para podermos conhecer melhor as suas motivações.
de a d i l i b i oss nte com p a m iz coé importa l e f u o e st .( . .) eiuzeer o que m de dinha arte. am 15 EDIÇÃO 5 - AGOSTO/SETEMBRO 2015
Alexa: Começaria por dizer o prazer que é poder estar a falar consigo em nome da Tarosofia Lusitana. Espero que esteja tão entusiástico quanto eu. Andrea Aste: Estou! Eu adoro a revista e os seus gráficos. Alexa: Parece que está familiarizado com as voltas e reviravoltas da vida! Então, enquanto estava a lutar para continuar os estudos, foi aí que nasceu a sua paixão pela arte? Porquê escolhê-lo como uma carreira, especialmente quando era um risco tão grande? Andrea: Eu sempre adorei imenso arte, desde música a pintura. Quando estava a trabalhar na minha própria agência publicitária, existiam muitos problemas financeiros devido à situação económica precária do meu país. Por isso, lutávamos para sobreviver. Nós tínhamos um sonho e sentíamo-nos reprimidos. Eu comecei a conseguir sobreviver graças às minhas exposições e às minhas pinturas. Quando recebi uma comissão enorme, ao ser pedido para trabalhar num ballet, um concerto moderno, exibindo as minhas pinturas nos cenários, eu aproveitei a oportunidade. Deixei a agência para os meus associados, dei-lha a eles. Eu já não queria saber; nunca tive dinheiro como um objectivo. Eu queria ser livre… Comecei a seguir o meu próprio caminho. Foi muito difícil, muito. A partir desse momento, eu
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trabalhei todo o dia e, nos últimos três anos, toda a noite também. Alexa: Mudando de assunto, consegue precisar qual foi o seu primeiro contacto com o Tarot? O que atrai a sua atenção para ele? Andrea: A [minha] infância. O meu primeiro contacto com o Tarot foi a minha mãe. Quando tinha cerca de 6 anos, ela começou a manter um certo interesse pelo Tarot. Começou a ler e as nossas noites tornaram-se mágicas. Lembro-me da fascinação das lâminas, os [seus] significados secretos. A minha mãe era maravilhosa; ela punha as lâminas na mesa e às vezes inventava histórias para nos inspirar como crianças, ou dizia-nos coisas engraçadas, como “Eu vejo que se não te portares bem, não serás um homem a sério.” E para nós, o meu irmão e eu, era mágico… Depois haviam leituras reais também, para outras pessoas; ela sempre se recusou a ler para nós. Sempre. Alexa: Então, o que o compeliu a criar um baralho de Tarot para começar, e como é que isso evoluiu para a concepção do mundo do The Book of Shadows? Qual foi a inspiração crítica para este projecto? Andrea: Bem, eu tive uma exposição muito interessante: a Torineide no Museu de Ciência Natural de Turim. Eu tinha criado animais, insectos e plantas ficcionais, e inventei, com detalhes, os edifícios da minha cidade: uma fonte com
“eu queria s e
r livre“
forma de borboleta, um pórtico como um elefante estranho…. Depois, escrevi pequenos contos, descrevendo a sua vida e costumes. Era o início do Mundo Paralelo. Durou sete meses; ao princípio, tínhamos arranjado para ser um mês apenas. Quando terminou, não queria voltar a fazer “exposições normais”; toda a minha arte estava lado a lado com objectos de museu e dos meus livros também. Por isso, as pessoas não eram capazes de distinguir o que era real e que não era; havia quem acreditasse que era real! Foi fantástico. Comecei a meditar sobre este conceito de realidade/ficção e o Tarot veio-me ao pensamento. Estava a fazer uma leitura com um querido amigo meu na altura, a experimentar imenso, com a intuição, a fantasia, etc. Passamos a noite a criar ideias e a “visão” usando o Tarot... Então decidi que era a altura para criar o meu próprio baralho. Eu comecei-o, só para mim. Tive a ideia de animar a história do Tarot também. Depois de oito meses de trabalho muito, muito duro (é tudo feito à mão, em stop motion), “O Alquimista” nasceu. Comecei por mostrá-lo em festivais de filmes, mas mais uma vez, o Destino aconteceu… Descobri que os meus agentes estavam a roubar dinheiro aos patrocinadores. Eu parei tudo, falei com os patrocinadores e despedi os meus agentes. A exposição nunca aconteceu… Foi horrível. Pensei que fosse a minha morte!
Mas era o Destino… Depois de 2 anos de trabalho! Louco. Avidez… Tudo por avidez! Tive sorte de ter descoberto tudo antes de ter começado! Eles foram impedidos de roubar um cêntimo! Mas eu perdi tudo, todas as ligações e possibilidades… Eu estava tão desiludido com o meu país… Fui para Lisboa; as primeiras férias que tive em anos (as minhas viagens são sempre por trabalho!) E relaxei, apaixonei-me por Lisboa… Um dia, por acaso, fui a um cemitério, um tal monumental, e disseram-me que era bonito de se ver, eu tinha tempo, por isso fui lá. Eu pensei que era como o cemitério Père-Lachaise em Paris! Enquanto caminhava, a minha atenção foi capturada por umas fotos muito estranhas e decidi salvar o projecto, ao filmar toda a história que tinha na minha mente, o documentário falso (mockumentary). Eu contactei pessoas bastante famosas e especialistas de todo o mundo e entrevistei-os. O Mundo foi criado… Esta parte continuará no futuro. Eu tinha demasiadas histórias e ideias, vindas do Tarot: a história de cada uma das lâminas e as histórias do baralho, como uma descoberta arqueológica. A animação é agora parte do mockumentary. A realidade do documentário é desafiada pelas animações; é outro nível de realidade dentro da realidade ficcional. Como um jogo de caixas chinesas ou uma matrioska, se quiserem. Eu queria contar uma história, guiar as pessoas pelas minhas exposições. E no final, é
um filme real com o seu próprio significado e mensagem. Eu apresento a minha arte como real. Desafio a definição comum de realidade: as pessoas não compreendem o que é real e o que é ficcional, porque eu misturo tudo. O objectivo? Se nós começarmos a questionar o significado de realidade, começamos a construir a nossa própria realidade. [Como] a filosofia Gestalt. Temos de parar de ser passivos e encarar a realidade como algo externo. A realidade é parte de nós; nós moldamo-la, somos parte dela, mudamo-la e fazemo-la… real. Com as nossas ideias, conceitos, sentimentos… Eu queria dizer isso de maneira simples, usando um mundo ficcional que fosse engraçado, visionário, louco… Essa é a razão pela qual criei o baralho de Tarot. Alexa: É certamente um projecto ambicioso. Que tipo de impacto tem tido na sua vida? Como é que as pessoas lhe têm reagido até agora? Andrea: Eu não tenho mais vida privada, mas tenho uma vida muito forte no Mundo Paralelo… As reacções das pessoas são muito interessantes. Algumas ficaram ofendidas pela minha interpretação dos conceitos do Tarot e pelo mockumentary. Mas essas são poucas. A maioria fica impressionada e adoram [o projecto]. Elas querem brincar com o Mundo Paralelo e isso é um sonho meu…
Alexa: E quando ao Andrea: o que gosta e procura em outros batalhos de Tarot? Quais são dos seus preferidos? Andrea: Eu adoro baralhos antigos: o Tarot Viscont-Sforza, o baralho de Marselha. Eu não gosto mesmo de baralhos com gatos, cães, etc… Não [é] o meu estilo. Não consigo ver nada neles, eles não falam comigo. Eu gosto de baralhos fortemente visionários: eu vi o baralho do Erik C. Dunne [The Illuminati Tarot]: fantástico! Adoro coisas que tenham alma; que estão vivas, que tenham algo para dizer. Alexa: Qual é a sua opinião em relação ao futuro do Tarot na sociedade? Andrea: Nós vivemos vidas que são muito, muito controladas por leis e papéis; vivemos para ideias, sentimentos, conceitos pré-feitos – nunca desafiamos o que temos. Eu sou budista. Eu não gosto de religiões, gosto de espiritualidade. Espero que a sociedade possa finalmente abrirse e começar a dar às pessoas os instrumentos para construírem a sua própria felicidade. Não há um caminho único que toda a gente tenha de tomar, mas, na nossa sociedade, temos ter um bom emprego, uma família, filhos… E a maioria de nós fá-lo só porque é o normal de se fazer. Por isso, alguma magia, espiritualidade,
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auto-procura podem ser muito importantes, se não quisermos ser apenas consumidores, mas pessoas. Nós precisamos de ser livres, muito mais livres, e de construir a nossa própria vida com a queremos. Assim, eu acho que as pessoas estão a refugiarse em práticas e religiões antigas e anciãs, etc. Mas aqui há perigo também: estas podem ser usadas por pessoas estranhas, para novos lucros, etc. A questão é muito complexa. Nós estamos no limiar de uma nova era. As coisas não podem continuar nesta direcção, estamos no caminho de auto-destruição. Nós estamos a poluir, a abusar da Natureza… Nós temos de voltar à Natureza, como parte dela; nós não somos os donos da Natureza – isto é um grande equívoco das religiões Cristiano-hebraicas: pormo-nos acima da Natureza e não dentro da Natureza. Nós agora estamos a pagar as consequências… Tudo está interligado, por isso eu espero que um retorno às práticas antigas mudará e desafiará a sociedade, tornando-a mais livre. Alexa: Agora que a sua campanha Kickstarter foi completamente financiada. O que podemos esperar no futuro deste projecto? Andrea: Eu tenho trabalhado no duro para tê-la financiada – em 10 dias, tínhamos 54% da campanha financiada. O futuro será a exibição do filme e uma tournée de exposições. Mas o futuro será primeiramente continuar a trabalhar no Mundo Paralelo, fazê-lo maior. Para além disso, no The Book of Shadows, há a personagem principal da minha última exposição (Torineide) – eu gostaria de criá-la. Depois do projecto, gostaria de me ir embora.
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Agora, estou a trabalhar sozinho, mas é muito difícil. Preciso de ir para um lugar onde seja mais fácil de colaborar com pessoas, de criar um estúdio – estou a pensar em Londres ou os Estados Unidos [da América]… Vamos ver o que acontece. Mais uma vez, estou à espera de um sinal do Destino. Aqui em Itália, não há futuro. Todos os meus amigos estão a ir embora ou já o fizeram… É triste de se dizer, mas esta é a realidade deste país malfadado. Eu tenho saudades de Nova Iorque, muito. Alexa: Eu adoro que não pare quieto, continua a sonhar mais alto, o que é provavelmente a razão pela qual o seu trabalho mostra um mundo tão visionário. Eu vejo que tem muitos planos para a sua vida, por isso o que podemos esperar de si no futuro? Andrea: Bem, obrigado… O que esperar de mim? Eu gostaria de saber também! Em 10 anos, eu passei de escrever, para pintar, para fazer animações e agora para o Mundo Paralelo: é um progresso. Mas eu não sei aonde me leva. Eu sei que tenho ideias e sentimentos para transmitir com a minha criatividade, com a minha arte. Sei que gostaria de continuar a falar, ouvir, contactar com pessoas, crescer, aprender… Gostaria que o Andrea de amanhã fosse mais profundo, mais sabedor, mais louco do que o Andrea que sou hoje. Acho que precisamos de atingir o nosso Eu ideal… Eu estou a tentar. A arte é um desafio, faz-nos crescer. É como pesquisa, para mim; claro que falo do meu ponto de vista. A arte é algo para me expor,
expressar, partilhar; não é fácil. Deixa-nos despidos em frente a toda a gente e muitas, muitas vezes isso dói… Mas muitas mais vezes, deixa-nos felizes. Uma vez, uma mulher entrou na galeria onde tinha a minha exposição, só porque estava a chover. Quando ela se ia embora, ela procurou-me e disse-me “Obrigada, eu estava deprimida; a sua arte fez-me sentir mais feliz, obrigada” e saiu disparada. Foi mesmo, mesmo muito intenso para mim. Quase caí morto ali, no meio da sala, sem palavras para dizer de volta. Isso é o que quero dizer com partilhar e comunicar. E no futuro próximo, gostaria de ter um manager / promotor / agente, para que finalmente possa concentrar-me em criar. Alexa: Essa é uma muito boa resposta e certamente uma perspectiva grandiosa e positiva da vida e do futuro. Fico contente que tenha encontrado sustento espiritual no seu trabalho. Por fim, há algo que queria acrescentar ou dizer como conselho aos nossos leitores por lá fora? Andrea Aste: Recomendo “Walden” [em Português, A vida nos Bosques] de Thoreau, um livro muito interessante. Gostaria que se lembrassem das suas palavras:
“E para quando morrer, não descobrir que não tinha vivido.” É algo muito forte… Nós estamos aqui para explorar, viver, dizer “sim” à vida; não para a evitar.
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Os no olhos ger al 7 são o e 8 lâ spe Um min lho a as c da a mu enci ons l a se nicar c clopéd egu ma, e o g i e a m r para resp uir. E nnos de efle mim s c í i a o m num rar m ssim . O e bo ctir l o a s s o q o Taro é lo pisca is fu urge tudo s cris ue se p t o esp inte taria, r de o ndo, o a me ensin taliza e ass s n d c a r l a à lho d em acção omo é hos. O sentid sagem -nos o a num nos a vid o a . q sa v a cad ue pe prend que depousar s mais Quand que ca baralh olta . Cons o a ti d rceb o al o a é a 7 q p m ide 8 . c ‘ u rag p u ro m em o o q go. Se apen omo o rados e ligo ágina e simp , um ue ja n as a ,e t ági crio ’ pod les p a s r u ca a o q e ad esc pass m sim uela ar da l das as uma b e ocu ou com ma obe a co ple lâm ota l nei ria, possib olha, o tar, a in plexo rta ra c m q s ba ina , em a om a r i a o cad uem e alhar li caiu roda lidade tempo tuição rranja em da a vi stá s se rev p m e á a f r n e q sua à n o a r liza ossa ue alg ão po rtuna em de e per la-nos neira d d ção ten s o ec e o e e fren m r m . te. C e pre ia faz toda nhada ce-m camin oTar o ada nde er m s as s e p e. Sin ho um sofia, lâm a at ais s posi ond to o a fo um e ç ina enç e rma a lin ão, ntido ões. M radas t e m de v gua um ou nu ? Com as se ida gem an . Te ova ma co cada m a que n hist nsul cor os v ória ta age em em m p esc ara rita a de no Sofi a Quental ixar sang flui ue, r?
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ELEMENTAIS
DO
FOGO
so aro t ila@ evapapo
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Eva Papoila O fogo queima, arde, destrói... mas também purifica e permite o renascer! Purificando corpos e mentes, numa transmutação que sela o ciclo que nos devolve às origens em cinzas, arde, veementemente, o Fogo. A sua inexorável fúria é inerente à tempestuosidade de um relâmpago ou à avidez faminta de um incêndio florestal. Disparos de armas ou detonações de bombas são ainda invocações humanas da grandiosidade violenta do Fogo. Menos agrestes são, contudo, as fogueiras que tantos unem ao luar ou no aconchego de uma sala de Inverno. O Fogo é símbolo de transformação, muitas vezas fundamentada na destruição. Representa também a iluminação pela sabedoria que decorre do caminho de aprendizagem percorrido sob o brilho da sua inspiradora orientação.
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OS ELEMENTAIS DO FOGO Regidos pelo atemorizante Djinn de Fogo, estes elementais tomam o nome de Salamandras, cuja vibrante presença energética em nós crepita na mutação da substância e do pensamento, tal como a vela que se derrete ou a estrela que se autoconsome. Podendo, segundo Paracelso, atingir grandes dimensões, as Salamandras assumem frequentemente a forma de globos ou línguas de fogo, de inquietude veloz e género variavelmente masculino ou feminino. O seu temperamento pauta-se particularmente pela sua instabilidade impaciente e imponente e inconsequentemente impulsiva. Estes elementais são rígidos e severos no empreendimento dos seus intentos, bloqueando tudo o que o perturbe ou antagonize, se necessário até pelo poder da força, postura muito patente nas suas interacções connosco. São confrontantes e inteligentemente difíceis de
Impacientes, dinâmicos, activos e por vezes dolorosamente interventivos a melhor forma de lidar com estes elementais é adaptar o nosso próprio comportamento ao deles sem mostrar fraqueza, sem mostrar apatia, sem mostrar esmorecimento!
domar, mas também sensuais e atraentes, como o apelo daquelas estrelas que invulgarmente brilham. Paralelamente, prezam visceral e instintivamente a independência e a liberdade.
As Salamandras são atraídas por condutas ígneas, entusiasticamente motivadas, vigorosas, corajosas e sempre presenteadas com uma pitada de humor. Não são discretas na manifestação da sua presença, podendo mesmo transmitir sensações claramente visuais ou dolorosamente tácteis a quem com elas convive, garantindo que a mesma é notada e os seus pedidos registados.
As Salamandras alimentam o campo áurico, presidindo ao preservar da fluidez das correntes vitais do amor, da união, da iluminação sábia e da alegria extáctica, mas também da ira, da violên- Os elementais de Fogo instigam-nos a beber da inspiração que torna poética a vida. Bebacia e da vingança. mos dela para que possamos libertar em maior Pelo dinamismo das suas idiossincrasias, estes elementais denotam-se particularmente dotados no apoio à epopeia dos grandes feitos, profissionais, pessoais ou espirituais, que, pela ideologia de Jung da contínua superação individual, malham a teia do que nos realiza na vida. Instigam, assim, criatividade impulsionadora e incendeiam os corpos de desejo no calor unificador da paixão.
grau a luz da estrela guia em nós aprisionada!
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ASTROLOGICAMENTE FALANDO...
SÍMBOLOS SABEUS a ofi s o r @ta jmoreira
.co m
Jorge Moreira
Dentro do que chamámos por roda do zodíaco formada pela divisão dos 12 signos em partes iguais, podemos perceber que cada signo possui 30º, no total 360º formando um círculo perfeito. Integrando os Símbolos Sabeus, cada grau representado no zodíaco representa uma visualização ou imagem que serve de analogia à força e manifestação do grau respectivo. O 8º de Caranguejo por exemplo associa-se à imagem “Um grupo de coelhos vestidos com roupas de humanos passeiam como se estivessem a desfilar”, e cada grau possui uma imagem diferente de todos os outros graus.
“Cada grau do Zodíaco carrega um símbolo, e este símbolo revelará o significado de tudo o que se encontrar neste grau, seja um planeta, uma cúspide ou qualquer outro ponto abstracto” - Dane Rudhyar
360º, 360 Imagens sintonizadas por Marc Edmund Jones e Elsie Wheeler no ano de 1925. O seu uso tornase cada vez mais frequente mas como oráculo e complemento às interpretações de um mapa astrológico. A Astrologia é uma linguagem de símbolos que “falam” com o leitor, obviamente que primeiro é preciso codificar esses símbolos, mas depois desse processo a simbologia transmite as diferentes atitudes e temperamentos do homem, a sua personalidade, as experiências, os padrões da consciência humana. Cada leitor terá uma impressão diferente, embora o alfabeto e a simbologia seja a mesma cada um filtrará de forma diferente a mensagem de cada arquétipo. Daí haver várias distinções e controvérsias no mundo da Astrologia. Através dos Graus Sabeus é possível ter uma maior aproximação e entendimento da manifestação de cada grau, o
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que ele representa, a mensagem que carrega, que influência apresenta dissecando a experiência humana em várias representações de forma cíclica e de acordo com a sua acção. O mais importante dos Símbolos Sabeus consiste na percepção que se pode ter da própria individualidade através das mensagens que carregam, servindo como ferramenta de auto-desenvolvimento orientando para maior consciência do comportamento. Mostra a melhor forma de enfrentar uma determinada situação nos termos da própria identidade.
“Os graus que encontram-se face a face através do zodíaco complementam-se um ao outro de uma forma que é mutuamente positiva, e este fato tem sido de grande utilidade na elaboração do detalhe da simbologia. Existem formas ilimitadas de interpretação dos Símbolos Sabeus, e o estudante ou profissional de Astrologia não precisa limitar-se a qualquer modo de abordagem.” - Marc Edmund Jones Todo o conjunto dos Símbolos Sabeus foi visualizado e registado dentro de um carro estacionado num parque de estacionamento. Marc E. Jones tinha com ele 360 cartões preparados com o signo e o grau correspondente, entretanto baralhava e dava um cartão para Elsie e através de um processo meditativo conseguia captar visualizações na sua mente e eram rapidamente registadas. 360 Símbolos foram conseguidos num único dia e paravam a cada 90 cartões registados. A um certo ponto Marc E. Jones refere “Elsie Wheeler estava obviamente num profundo estado alterado de consciência, esteve presente com algo do lado invisível da Vida, em cooperação com a Irmandade de Alquimistas de Sabian revivendo antigos conceitos de Astrologia.” “The Sabian People” eram uma raça de alquimistas que viviam em Harran perto do Rio Eufrates na Antiga Mesopotâmia onde a Astrologia teve a sua origem, daí o nome Oráculo dos Símbolos Sabeus.
Marc Edmund Jones Marc Edmund Jones foi um astrólogo americano que viveu entre 1888 e 1980. Desde criança que achava interessante os padrões que observava no ambiente e na natureza e por volta de 1913 começou o interesse e o estudo aprofundado da Astrologia, tornando-se membro da Ordem dos Rosacrucianos. Rejeitou completamente a forma de Astrologia que era utilizada para horóscopos e desenvolveu uma base de estudo com fundamentos cabalísticos. Considerado o melhor professor de Astrologia na América do seu tempo, e escreveu 4 Livros (Astrologia: Como e porque funciona, Filosofia Oculta, O Livro Sabeu para Aspirantes e Os Símbolos Sabeus).
Elsie Wheeler Elsie Wheeler nasceu em 1887 e morreu em 1938 com 51 anos. Elsie Wheeler foi reconhecida principalmente pelos símbolos Sabeus que visualizou juntamente com Marc Edmund Jones num parque de estacionamento. Ela foi sua aluna e Marc Edmund Jones mostrou interesse em trabalhar com a sua percepção extra-sensorial desenvolvida. Juntou-se o útil ao agradável porque Elsie toda a vida sentiu que estava destinada a algo misterioso e queria contribuir com algo mais incrível do que o trabalho que fazia. Elsie Wheeler nunca casou, nem teve filhos mas conseguiu cumprir com o seu propósito.
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CRISTAIS
CORNALINA a. ofi s o r @ta isabella
co m
A CORNALINA É UMA PEDRA DE ESTABILIZAÇÃO RELACIONADA A TAURUS, CANCER, LEO E VIRGO
Isabella Mello A Cornalina é um cristal que apresenta um aspecto aquoso que pode ter, por vezes, veios negros ou um aspecto leitoso com brancos sobre o laranja e tons de rosa a vermelho. Pode ser encontrado no Reino Unido, na Índia, Islândia, República Checa, Roménia e Perú, e está intimamente relacionada com os signos Touro, Caranguejo, Leão e Virgem. Nos tempos antigos, era utilizada para proteger os mortos na vida após a morte. De facto, na Arábia, era uma jóia que indicava riqueza e poder, ligando-se estes aspectos ao elemento fogo. Diz-se também que o profeta Maomé carregava consigo uma Cornalina, como amuleto de protecção e boa sorte, tendo-se também verificado esta prática no Egipto. A Cornalina, holisticamente falando, é uma fonte de força vital e vitalidade, e estimula o metabolismo. Activa o chakra raiz, fazendo com que se desenvolvam os órgãos sexuais, mais concretamente os femininos, aumentando assim a fertilidade. De facto, é bastante útil para ultrapassar a frigidez e a impotência. É também apropriado para problemas de costas, reumatismo, atrite, nevralgia e depressão, especialmente em idades avançadas. Além disso, regula os
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fluidos corporais e os rins, promove a regeneração do osso e ligamentos e estanca o sangue, para além de aumentar a absorção de vitaminas e minerais e garantir um aporte sanguíneo apropriado. De entre as variações de cor, a Cornalina rosa é indicada para potenciar as relações com os pais e permite a recuperação do amor e da confiança após um abuso ou manipulação. Já a Cornalina vermelha é mais direcionada para o combate à preguiça, trazendo de volta a vitalidade e energia ao corpo. Ao nível psicológico, este cristal permite a compreensão e aceitação do ciclo de vida, retirando o medo da morte. Transmite coragem, o pensamento positivo, remove a apatia e traz consigo a motivação necessária para o trabalho e projectos, permitindo também recuperar de abusos e situações desconfortáveis. É, por isso, bastante útil para desenvolver a auto-confiança e deixar para trás tudo o que nos torna pesados e negativos, promovendo assim a estabilidade. A um nível mental, a Cornalina aumenta a capacidade analítica e a percepção, removendo os pensamentos desnecessários, nomeadamente em processo de meditação. Afina a concentração, e é um cristal excelente para proteção contra a inveja, a raiva e o ressentimento, quer próprios quer externos, trazendo consigo uma energia de positividade e amor.
NA TAROSOFIA Pode, agora, estabelecer-se uma relação entre este cristal e o arcano Maior número quatro, o Imperador, visto que este último é, por excelência, o símbolo da autoridade, do bem-estar e da segurança.
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Deste modo, ao aliar o uso de cristais com as características indicadas para desenvolver a auto-estima e permitir uma maior estabilidade, pode ampliar-se a tiragem e retirar novas experiências que de outro modo poderiam estar inacessíveis.
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ICAS E A T É G R E N E S A Ç N A D MU ENTOS M A N IO C A L E R S O D REDEFINIÇÃO
Mário Portela
As grandes alterações energéticas começam a adivinhar a mudança, a consciencialização humana já iniciou e começa a libertar-se das amarras lançadas sobre a humanidade para impedir esta mudança. É verdadeiramente um espectáculo digno de se ver e sentir e sinto-me abençoado pelo facto de estar como testemunha desta mudança profunda que alastra a cada vez mais pessoas que inevitavelmente terão de reagir. Não deixa de ser uma faca de dois gumes pois em muitos casos estas grandes mudanças que se assistem de camarote nos dias de hoje estão a causar grandes alterações de mentalidades causando fricção e forte erosão sobre a maneira como cada pessoa vê os seus relacionamentos… como se tivessemos chegado ao momento em que sentimos a necessidade de redefinir a própria natureza dos relacionamentos em que nos envolvemos ao longo da nossa vida. À medida que a energia começa a sair de um novo Eu, ou pelo menos de uma nova vibração energética interior (incómoda para alguns), a espontaneidade prepara-se para abanas os alicerces de todos os relacionamentos que temos, erroneamente, como certos saindo do fluxo de resultados previsíveis. Claro que o ego, a personalidade, o Eu está a ser bombardeado de novas ondas e frequências que vão pôr em causa todo o condicionamento social… cada processo de auto-análise que atravessamos neste momento é como um computador que está de tal maneira cheio de ‘tralha’ que necessita de ser re-iniciado, nem que seja à força. Ao longo dos tempo formamos ideias internas e noções sobre os nossos relacionamentos com todos os que orbitam o nosso ser e sempre conseguimos controlar as suas órbitas ou pelo menos viver nesse caos relacional. Mas o problema é que o nosso corpo energético está a mudar, mesmo que de forma forçada, na direcção de uma muito diferente frequência energética e agora, ou brevemente, notaremos que os que nos orbitam o fazem com segundas intenções, ou pelo menos o fazem sem qualquer intenção consciente, seguindo a programação que a cimenteira social depositou em cada um. Cada vez mais noto relacionamentos amorosos ou casamentos a transformarem-se em desafios onde
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os intervenientes, consciente ou inconscientemente, começam a questionar a sua validade colocando uma intensa pressão sobre os alicerces sociais em cimento cinzento e disfuncional. É subsequentemente um acordar num novo dia sabendo que o parceiro estará exactamente como estava ontem, como se fossem uma qualquer identidade amorfa e fixa, que em efeito é pouco mais do que uma prisão da consciência do Eu treinando os elementos do relacionamento como peças de um todos que tem de se remendar constantemente para não ruir. As novas forças energéticas destacam o Eu, forçam,
mesmo que inconscientemente, um pensamento onde temos primeiro de ser UM para depois pertencer ao TODO, e não ao contrário. Vemos agora que a maioria dos relacionamentos que se baseavam na falsa premissa de que os dois eram como um estão a ruir ou a entrar em complicados campos minados. O mesmo se pode observar nas relações entre pais e filhos baseadas nos laços cinzentos e cimentados pela sociedade. Estes relacionamentos estão a ruir junto com a confusão mental provocada pelas novas energias a que estamos expostos. Os filhos depositam nos pais altas expectativas criadas pela sociedade que estes não são capazes de atingir, e por seu lado os pais tentam re-inventar as ligações com os filhos muitas vezes perigando o simples objectivo de ser compassivamente responsáveis. As relações rígidas incutidas na humanidade são tão redundantes como construir estruturas em
areias movediças… falta-lhes o único alicerce funcional: amor. São baseadas unicamente no medo: o medo de perder, o medo de não conseguir proteger, o medo de não estar lá quando for preciso, o medo de ser abandonado, o medo de não estar a fazer bem e o medo de amar demais. Os novos caminhos humanos, que atingirão todos, mais cedo ou mais tarde exigem uma mudança, uma abertura, uma nova forma de ver, ouvir e sentir. É necessário que não se confundam estações e se remova o ruído. Se de facto vamos abraçar o nosso Eu energético, ser mais espirituais, ou mais humanos se preferirem, há todo um novo sistema de qualidades a serem trabalhadas: 1º Segurar desesperadamente relacionamentos com correntes, algemas ou fios vai unicamente destruir a permanência da única ligação plausível entre dois seres: o amor. 2º Dizer a verdade, ser franco como se entregassemos o nosso sentimento mais profundo, é essencial. Isto não significa que não o devamos fazer forma gentil, compassiva e empática. 3º Temos de aprender a viver n uma verdade fluída e adaptada a cada momento. Estar num relacionamento é como sermos uma bola de metal apanhada entre dois ímans, se mantivermos uma posição rígida e sem a mais profunda das verdades isso irá simplesmente rasgar-nos a meio. É preciso estar aberto ao fluxo e ás marés do sentimento e das emoções sem forçar rigorosamente nada. 4º Amar é deixar ir porque sabemos que vai voltar… a liberdade de cada membro interveniente de um relacionamento é um dado essencial para medir a saúde desse
relacionamento. Liberdade e espaço têm de ser trabalhados entre os membros relacionais. Cada um tem de encontrar o Eu e descobrir a pertença ao todos por si mesmo. 5º Relacionar exige bravura e coragem… a máscara social é omnipresente e o seu impacto em forma de medo é avassalador. Frequentemente transformamos um relacionamento num autêntico jogo de xadrês onde o mais importante é prever o que va acontecer se efectuarmos uma determinada acção: isso é medo, não é amor! 6º A cereja no topo do bolo: o Eu. Não vamos nunca ser capazes de amar alguém se não trabalharmos o amor ao Eu. Não vamos nunca respeitar ninguém, se não trabalharmos o respeito ao Eu. Não vamos nunca ser parte do todo, se não reconhecermos o Eu como a nossa catedral de partida.
Hajam espaços entre o estar juntos. Hajam ventos celestiais a dançar entre vós. Amem-se mas não estabeleçam uma ligação de amor, que seja antes um mar dinâmico entre as zonas costeiras das vossas almas. Encham o copo um ao outro, mas não bebam do mesmo. Ofereçam um ao outro um pedaço de pão, mas não comam do mesmo prato. Cantem e dancem juntos e sejam felizes, mas deixemse sós também. Mesmo que as cordas da harpa estejam sós elas tocam a mesma música. Ofereçam o vosso coração, mas não para que o outro o guarde. Permaneçam juntos, mas em separado.
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M O C
S A T R A C AS
A S E M NA odoTs t a r a p TaroOtS vlvseTzAnRãOo! L a ORÁC..U.ou t
e cona grand m u r e v lar, ha re popu s, pode e lo r lc o d fo e c is, há rque, no s conhe ente po s meno para ma o a lm a d a r a in ip p c A vezes, futuro”. rot, prin u seja, a Muitas ra ler o ancia, o e é o Ta a u m p q o s t r a o t a r c e a o ge“ca obr xpressã s como onstitui fusão s e c a a e id t t c s n e e e h a ão con o Tarot ue realm em cont ainda s grupos: ão do q . Tendo s s iç a e n t d r fi n a e c a d gr mos as ue , em ter través d em dois o a uma tén s ia o is c ã r n ç o a a lar” e p cartom adivinh deuses, arte de nifica “fa dividir a com os ig s e s o t n e m e u e q d Alexa Duarte m as ta re, a, po m direc também tim ora a la v ir neralist a n o fi ic d e n d u ulo vem feitas. ue com eçou a vra orác evisões ão com rdotes q r s la e s p a c e s r p a a s p A x o . u o e ioria) o ráculos u mesm iras ou o, esta sua ma penas o rriam o o as Mo extensã a a o r c m u (n e o o o c d P s , i. s a a u s is e is ular tudo, m humano acerdot e Clássic tes ritua tas orac oca. Con as aos iguidad am as s onde es p t r ic é n e s t s, o A a s fé e as car d u a o lo a s r d r u p sag s da situaçõe orác rega ões a is s g s d iç a a o a t d a c , r r e iz s e r lo u il c o p lt t s r clássic culos, o gia e cu oria ou ) mais u ltura a preve des par sses orá o sabed a mitolo a, na cu , mancia a e d d o ic d n r l g d e o r a e in t c r ó p e n iv G n e n d for (ou do falavam m com fundam itologia inhação s, na m des que unicava erística t iv a a m c d d lt o a a e r c in C a e e iv c d s u d a q õe as ação, s tradiç a era um as form pessoas adivinh a d ic u t n e a , o á d r o m s s p n u a o a a Est métod s, e era o Tibet ios, ruias divin Budísm a certos ais búz de Delfo e profec u o ir d q lo r n u , s fe m c o o e á r la r m e o os fa a tr uís chegam ctos, en cais. e esteja culturas je s no Hind lo s , b im e s a s s o r a u s a t r s a q u m u e l o a E tas que us tras cult prováve ões chin estrais. ipo de mancia e em ou e este t itos anc m tradiç m dia, é r e u a e e d g e n o s je in s ia o t e o m b d õ is h o c m iç s, nuéto ed de trad oráculo Pré-Colu ologia, uitos m uito qu e r t e a t m m s n d n e a a á r m , ic e H la lm r t la . Ame s de os. Exis culares vimos fa rimordia to (caba três tipo rtas ora os antig ecimen dvêm p ando ou a p a h c u m n m e e q s o e u , c t a s q m n , s a e e M tas do s divid car-nos e cartas ) – tudo scolas d os profe inas e a de chá amos fo Maiores várias e s v m s a i a lâ r o u lh o n s q p a e não a a a fo r c , d r ma e co o os cartas) iantes u is e os A Tarot in ao long das, oss s a ip t e a o c o n m d , e e in o m t r d , ia s m p s c u la na man ue se s a, mas or um nte aos aipes ele ancia (a Tarot. P uatro n ologia q do gara is precis q b u a o t s d m im o (o s s t io o s à cartom e Is e d res c. cín alh ip sistema ados, et inco na dos bar de racio s oracula c c a s m a t ifi o u r m h n a n e n lh c ig ) li a u s s r u )o ba outro s que logias, culos o om uma e Reais ia, entre de carta s, simbo o, os orá izada, c o d enores o n d a la M lh n g , a u o r s r r o e t a m merolog r ou sta rb ais tos, (Maio e respo oso. Por qualque d r elemen izada, m t o e a r a r u o m Arcanos u q m p c r e e o o t o p ad ais sis mplexo uma pr capaliberal, organiz mais co agem m nossas do para o mais o iz s a d it d s a u u n u d t e s r m r m e e p o s a ã um o, pode para alé uposto a definiç também cogniçã ou seja, or press l, e p a têm um d a n s h io a n c e iv a t oráobject supra-r rado um e id s cidades n o ser c culo.
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VIMANA - TAROSOFIA LUSITANA
versus a i c n a artom fia c a d o o mund ndo da taroso das em observa o ã o mu s , s De ria essoas. brigató
em o í as p não ser ue atra q e dições d o t r c a e s ape ticas/tra l asp á e a r u p ip q c , e in is s r a isp ra gia e cr s, cultur ticas ge que é o lo jo ís , o r n a r e a t c t s c e ífi a a c r o ), ENTIA , religiã mo de ica espe árias ca A ELEM ou mes alidade s têm v a temát e u N s r m it o A t u la ir r M u p o I c s m V a M e e r de er e, io os cartas o o própr ormal t a busca New Ag o Dia d s n d o a a e , r , é m n a o ia r, o e p d g a e (c n a ç u e w entais ação o e Hallo ra come m terAssim s ntasia, M tos/elem ra medit alhos d muito e lhos. Pa r n mos: fa a a a e e p r m t b , a m , ia s is o b r le a n a e m s u u muito ureza, mundo cos (co espirit ralhos v ais com ais, Nat específi io deste ssagens estes ba emas m e im is e , t n a ir m m s a m lu o o ), c m n a o e o r d in m ” ape.E ,c in ent “devem nselhos xamanis e cartas m ser a contém e . o e d s u c d .e s a q o t e a (p r s p d n a a e s c is t s t r a o s às cen cultura naipes os tem ra as ca vezes, a o baralh chegar idos em base pa s – por outros – m os, com iv o e a r e d ic d t r r m r t o u é u a n p o t n h e s e s , e g en ntes ro ara tais ão há n cas, out e uns p s podem ompone ou mais n u d c o ) o o s s o lh p o o s m a t r n e r r o v e a e c li 0 , , tros b filmes/ iferir im u não) c m ter 2 ra mais r frases leitor, ou ia vão d ns pode inda pa rporar (o s; conte lo g u A a o e . c lo p lg ic o o a g in it a b : s ló e iv s m ó d ro ta prop s pode te intuit as de sim eradas ade car s ou ast uramen s oráculo ou num s sistem ológica p quantid o o r s , o e a e o e ã d d ã u m ç ç a q s u lh a e a t o a n , re m ar o vio niz om mentais a interp os é o b de, é ób da orga tarem n le d a s m e a m e u id s iz s lé u e e r il a o õ õ t e , ç p u a o de div ssocia que pro cidos e aseia em e si. Par pretaçã incluir a em entr is conhe ua inter que se b imagem m d s , a r e a a a o m d ic m o s a a u n r p lo ó m a s – u p le cu na la Mas cartas de guia e ter alg dos orá ca Napo idos pe à r s o m c m e o p t s t e U é e v n n . r e s a s e r ju a d a s e s. e e m utr ou con iferente ificado in e renom ões, poe carta qu om as o d n s d c r s ia ig e e a e r s c v õ p m n ç s ó u m a a r a u p resent algum ligação e cartom muito rtos na que dão esmo ap es e, em endem pécie de influent m m emas cu s p a o o e u e n p o d a m , u s u e o m , a o ã s u d ç textos a estar ões, tem bjectivo norman numera erem alg ilustraç tendem mais su lmente tabelec Anne Le e t s a o r e o t n ie it r r n u a a io a e T a , m ic M não o es ad do la form lares sã s variçõ culares siastas u cluindo a riado pe ia u r c r c t in a o , á , r n d v s e o is n a a a s t s a t r o m iniões rem ca Lenorm itivas. O apresen gar nor s baralh o de op ais intu ue prefe as de jo it baralho o com o q t m fl ã r e s ç n t a s a s c o a le e c g e s o li s a u o das ss rto m aq 36 d leitura e ar de to nd. Mes atrai pe r um ce to que e s a e n d e e v a t m p s a r u n a o h o q e , d n n e e o e , porqu Tarot, e ue pod normalm es, os m om os dame L , pelo q tido no , o que ia”? Bem tas razõ izadas c n s c ia s il e e n g e t r s a u o s lo e a m it o o d d o b ã le t e Por to da sim adrões de “car orque s drões d ais dos e aos p parte p erentes tegoria usar pa s pesso a a e in o c a ic t d t s s a n á o o m a e m d r g e m s a g d e o dos na me signific mo sac l) e ten s à sist res, em no mes s pelos spiritua incluiem bituado oracula o e a s s e h a s id a a t r g ic r e is t u a u in c a á c r r q o t m s rvação, é pr as sp estar re de obse Tarot e tas dua , porque ento ou e s s o o e d m e ã t a e d r n m m a t lh a E a n e id t . gos capac englob grupos anças e o, acons tipo de semelh pretaçã quais se tes dois r o s s s e e t m ia r la s e in e á e r , v t p m o ente n e o es , há açã rincipalm ais razõ e usam erenças adivinh p u ip if , q c s d ja o e e in s s r d a lh p r a u s ue as s s, é sim mo-nos vos bar s são a sitos (q oráculo percebe arem no a o t tes. Esta s propó , n n m o a e a r o m c a s lh , im p t r e e se ro m m pe branque as tanto Ta muito a ia de ex gens) se e o r a é e d ir id t c (t e o a m r h a a r m s alé leitu de con ndo. O T adas co às veze s para antagem intimid –, mas re o mu v olhámo b s s m o o o e e s t d iv d t n n s s n a e a e e a s nt nt , eg gr qu s que se s difere s brilha ma das mo os n uição. a a e t u r o o iv c o s s t in , c s c a s e e e e o M p p d a . leitur ostam muitas ão pers s positiv nselho leatório e nos d as que g inda há aspecto tico e a a um co u o a r ó s s q , a a s o o c p s e d o o p o o u t t iv it n á m ta , só es .H mu tuit Con sta vida ia ou m pessoas odos in focando ce tudo e t d s e é n – r a o t a m o d r a p d e n a c m u e t a porqu como t ma car de sere ia hum ade a s e para ortunid periênc porque, o facto a tirar u ituaçõe , r x p s e s e a o t s p lo n à a a , t e u s r m c o e e m u á it õ c ples ão dar to os or is para iz respe meditaç orque n comple o que d a fazer ro dema P r r t . n o a u s e p p e o t n r s n m a a r e u n x g utal o rimenta abando s comple e ser br os expe e deve s s meno e n d o e ã is g n consegu o a , so u im gostar! eles dep e por is fofos” o té pode tamos d A emplo, s x o ? temas “ e g o v r o o o ã n p algo s se n difícil, sabemo num dia
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EDIÇÃO 5 - AGOSTO/SETEMBRO 2015
TENHA UMA PRIMEIRA PEDRA QUE SEGURA
OS ALICERCES
TIRAGEM
s aro t @ ntal sofiaque
o f i a.c om
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Sofi a Quental Estamos na altura do ano em que grande parte das pessoas começa a aproveitar o bom tempo. Muita gente está de férias e aproveita esse tempo para se lançar a alguns projectos que por um motivo ou outro não foi possível realizar noutra altura (falo por experiência). Criei esta tiragem para ajudar com isso mesmo. Seja algo de novo, ou aquele projecto pessoal que está sempre no pára-arranca e por algum motivo não anda para frente e estagna. A ideia é perceber porque acontece, ou o que fazer para o evitar e para que tudo flua. Não é propriamente uma tiragem complexa, mas apresenta a sua dificuldade se a for fazer a si mesmo, uma vez que pode mostrar alguma característica que o possa incomodar ou que não consiga ver. Aconselho a que se tiver oportunidade peça alguma ajuda externa para tentar fugir a alguma tendencialidade a que possa estar sujeito. Tendo isto em mente, prossigamos.
1 dicará onde se deverá apoiar para o construir, assim como algum desafio que poderá estar presente ao longo da sua concepção. As lâminas 1, 2 e 3 serão a base, elas mostrarão de certa forma a base ideal do seu plano, seja o que deve utilizar, onde se deve focar ou o carácter principal do mesmo. De certa forma poderá até ser vista como uma tiragem simples de 3, que poderá conter conselhos, um plano de acção ou até mesmo uma nova perspectiva nova até então.
A quarta posição mostrará o maior desafio presente, que poderá ser um obstáculo ou distracção que surjam pelo caminho, ou alguma característica que deverá ultrapassar para que consiga alcançar Focando-se no que quer ver reali- o sucesso desejado. zado, a disposição das lâminas in-
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Por último, mas não menos importante, a quinta lâmina servirá um pouco como complemento à penúltima posição. Poderá ser uma explicação, de onde vem, ou a solução para a quarta lâmina, principalmente se a mesma for de difícil percepção, mas não deverá ser lida em por si só, pois não é a intenção da mesma. Esta é a minha sugestão para esta edição.
Boa sorte com o seu projecto, e não deixe que o que não vê o lhe abane as fundações. Use o espelho que o Tarot pode ser para melhor ver tudo o que o rodeia!
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RUBEDO
EXPERIÊNCIAS FORA DA DENSIDADE CORPÓREA
“Apenas gradualmente descobri eu o que a mandala realmente é: Formação, Transformação, Consciência Eterna e Recriação. E tudo isso é o Eu, ou o Ego, a totalidade da personalidade que se for construída harmoniosamente irá impedir as inevitáveis auto-decepções que temos nesta vida material onde confundimos imundicie com o dito ego (...)” - Carl Jung, MDR
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(continuação do número anterior) Li avidamente o tomo que o velho abade me havia entregado, pareceram passar semanas... porém, quando voltei à minha realidade corpórea apenas um par de horas tinham caído pelo ralo da clepsidra. De alguma forma sentia-me diferente, ainda assim intrigado como havia sido possível ter lido todo um livro impregnado de saber sem sequer ter aberto os meus olhos físicos. O autonomeado Senho do Heka, ou simplesmente Djedi, que eu sempre pensei ser o Abade Eliphas revelara-se um registo akashico em si mesmo. Uma Biblioteca de Alexandria que escapou ao incêndio lendário, que por convecção energética se mantinha em existência algures num multiverso. O livro que eu lera estava na minha memória como se eu o estivesse ainda a ler fisicamente. Percebi que este livro tomara milhares de nomes, também ele, ao longo da história. Ensinou-me a lidar com as ligações dos planos, a perceber a diferença entre os quatro mundos e as cinco consciências. O livro levara-me numa viagem areligiosa, onde a ausência era a presença do Todo. Contava a história de um ser controlador que queria tudo e fora desafiado, antes de tudo, perceber o que de mais monstruoso existiria para que fosse capaz de receber a recompensa final.
Finalmente percebi tudo! O que há de mais monstruoso neste mundo sou EU!
Tudo fazia sentido agora, descobrir o quanto eu sou o maior inimigo do EU, descobrir o quanto o mundo necessita de um novo EU que não siga os meus medos, desejos e caprichos. Como tinha lido no Turba Philosophorum: «(...) os philosophus nada mais são que neófitos que pensam que sabem. Vivem num falso Albedo cheio de pontos de Nigredo. Esquecem o necessário passo da descoberta da verdadeira arte. Aprende que se o sol dourado dá vida ao mundo Citrinitas, também o sangue e a rosa vermelha animam o Rubedo. Não tentes esbranquiçar sem conhecer o vermelho. Rubedo és tu feito real, Rubedo és tu sem o teu falso animus.» Sentia que era agora capaz da maior das obras-primas, eu sabia que eu era a causa de tudo quanto é monstruoso. O medo desenhava a minha vida material numa espécie de holograma controlador e saturniano. Mas hoje tirei os anéis que me comprimiam Saturno. Decidi vaguear sem destino pela pacata cidade. Tudo parecia estranhamente perceptível, não havia surpresas. A minha existência material não passava de um Nephesh, o lado inferior da alma, e ainda assim tudo fazia sentido como se eu fosse um grão de areia de uma mandala infinita e milenar, interminavelmente trabalhada por monges ilumina-
dos num transe filosofal. Atingira o quarto estado alquímico, percebi que o ouro é vermelho... é Rubedo. Percebi que posso transformar tudo em ouro e que a minha pedra filosofal esteve sempre ao meu alcance, comigo. Porém eu estava entregue ao holograma global! Numa vitrina, vi um ridículo anúncio que me chamou à atenção: «Damos Cursos de Tarot». O cartaz ostentava a lâmina Imperador e aproximei-me semicerrando os meus olhos físicos, como se tentasse desligar-me do holograma mental em que vive a consciência humana. - Já sabes o que de mais monstruoso sobre a Terra, Rubedo? - falou comigo a carta de tarot. Conseguia ver a coroada figura mexer-se até. - Já descobriste o que é? Entreolhei a figura, ainda assim olhei para os lados tentando perceber se o resto do mundo me ignorava, e abanei freneticamente a cabeça num sim. - Querias o maior dos serviços. Desejavas caprichosamente perceber a forma das coisas. Contudo, foi só que descobriste a tua Magnum Opus... a tua grande obra. QUANDO VOLTEI A MIM REPAREI QUE AFINAL A CARTA DE TAROT ERA O MUNDO!
PERMISSÕES ESPECIAIS DE PUBLICAÇÃO DADAS PELO AUTOR QUE PRETENDE ANONIMATO
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CA B A L A
Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é um sistema religioso filosófico a l que reivindica o discernimento da natureza divina. Q(a) Mário Porte B(a)L(a)H ( הלבקQBLH) é uma palavra hebraica que significa recepção, que vem da raiz Qibel (“receber”). A Qabalah divide-se em quatro partes principais: Qabalah prática: trata dos talismãs, rituais e cerimónias mágicas, elementalismo, hermetismo e tarot; Qabalah literal: para conhecê-la, é necessário conhecer os mistérios das letras, da numerologia, da gematria (valores numéricos de palavras) entre outros mistérios profundos; Qabalah não-escrita: conhecimento oral, a tradição; Qabalah dogmática: parte doutrinal, sendo que suas principais fontes são o Sepher Yetzirah, o Zohar, o Sepher Sephiroth e o Asch Metzareph. Grande parte das formas de Cabala ensinam que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contém um sentido escondido; e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos. Na realidade tudo se baseia na ideia generalizada da importância do som (In principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbum) e nas várias formas de o analisar, quantificar, manipular e utilizar. Ensinamentos cabalísticos sobre a alma humana O Zohar (principal trabalho da Cabala Mística que compreende as quatro partes principais) propõe que a alma humana possui cinco elementos, o nefesh, ru’ach, nechamah, chiah e jechidah.
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O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. Já as próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo e o seu desenvolvimento depende das acções e crenças do indivíduo e do peso que este carrega, numa clara alegoria ao karma e ao ciclo Samsara indiano. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as cinco partes da alma é como mostrado a seguir: Nephesch ( )שפנ- A parte inferior, ou animal, da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais compreende aqui todos os conceitos físicos e mentais. Ruach ( )חור- A alma mediana, o espírito. Ela contem as virtudes morais e a habilidade de distinguir e vestir o bem e o mal. Neschamah ( )המשנ- A alma superior, ou Eu Superior e Consciência, também chamada de super-alma. Chiah ( )היח- A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força. Jechidah ( )הדיחי- O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com o todo.
ה ָ ל ּ ָב ַ ק
CONTINUA...
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LEITORES REAIS
TESTEMUNHOS REAIS UMA BREVE SELECÇÃO DOS VÁRIOS TESTEMUNHOS QUE RECEBEMOS
Todos os testemunhos e mensagens abaixo são reais, comprovados e a sua difusão é devidamente autorizada pelos emissores
OBRIGADO10 Cupão Surpresa
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FICO ANSIOSA!
Testemunho em pessoa no Festival Zen Ermesinde Eu simplesmente adoro o vosso trabalho, mas já seguia no Portugal Místico e sabia que um novo projecto ia ser de certeza com qualidade. Mas não esperava ficar viciada em tarot [que até nem gostava]. Fico ansiosa quando sei através do grupo privado que a revista está para sair... primeiro por causa do vídeo... são todos brilhantes e bonitos. Gostava de poder ver esse vídeo sem a revista à frente para eprceber os detalhes até. Fiz conta no ISSUU para poder ler a revista no telemóvel mal ela saia e ser avisada porque é de uma leitura impressionante... e tem artigos que quanto mais vezes leio mais percebo o que eles me querem dizer. Por favor continuem mensalmente.
FOI BOM!
Email Gilberta Santos Assisti à palestra Tarosofia para o Despertar durante o festival [Zen Ermesinde] e achei que foi das melhores coisas que o festival teve, além dos espectáculos de dança. Fiquei a saber mais e tão curiosa que assim que poder financeiramente quero fazer o vosso curso.
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Toda a revist a ortográfico..e.stá em desacordo e continuará !
FICHA TÉCNICA
INFORMAÇÕES RELEVANTES Nome Registado Revista VIMANA
Registo de Propriedade
Não sei como agradecer... Comentário de Rogério Fonseca
Contactei o vosso representante com uma dúvida que estava a tornar a minha vida num inferno por causa duma cartomante que se fazia passar por vós. O acompanhamento e rápido tratamento da questão foram... únicos!
Mário Portela Associação Tarosofia Lusitana
Edição 5 Bilunar 4 Agosto/Setembro 2015
Director/Redactor/Produtor Mário Portela Design Gráfico registado 3796055 Distribuição VIMANA - Tarosofia Lusitana Portugal Místico ISSUU
MUITO BOA
Inês em Ermesinde Conheci a vossa revista no Festival Zen de Ermesinde. Não percebo porque não está à venda em todo o lado ainda. Está ao nível de qualquer revista de topo!
ACREDITAÇÃO
Comentário de Facebook Vi que estão a fazer acreditação de serviços e pessoas. Como podemos ver quem são os acreditados e como pose ser acreditado também? [foi respondido online]
FALA COMIGO!!!
Aluna do Curso de Tarosofia no Grupo Privado (...) pode ser as cores ou as imagens mas o que é certo é que só de pegar e folhear as cartas deste baralho fico com pele de galinha e parece que as ouço a flar comigo!!!
Colaboradores nesta Edição Mário Portela, Sofia Quental, Jorge Moreira, Alexandra Duarte, Eva Papoila, Pedro Dias, Bruno Pinho, Rúben Rodrigues, Andrea Aste, Isabella Mello, «Rubedo»
A revista VIMANA é pertença da associação - Tarosofia Lusitana dirigida a leitores e estudantes interessados nas temáticas versadas. A subscrição é automática para membros em versão digital e encontra-se disponível a não-associados mediante custo justo e adaptado ao suporte. A versão impressa está disponível através dos serviços de distribuição apresentados como válidos. O conteúdo da revista não reflecte necessariamente o ponto de vista da associação e está sob a responsabilidade do seu autor devidamente identificado. Todo o conteúdo encontra-se protegido por copyright (e registos agora legais) e não pode ser reproduzido ou difundido sem autorização expressa e escrita da associação.
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Registo Internacional (ISSN)
39 EDIÇÃO 5 - AGOSTO/SETEMBRO 2015 2183-5101