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De guardião a campeão Dois anos mais jovem que seu adversário, Junior Cigano começou a se envolver com as lutas através do Jiu-Jitsu, há seis anos. De lá para cá, sua evolução foi impressionante, tanto que ele já é um faixa-marrom de Rodrigo Minotauro, seu mentor. Nascido na pequena cidade de Caçador, em Santa Catarina, Junior logo se mudou para Salvador, Bahia, onde mora até hoje. Apelidado de Cigano graças às longas madeixas, que lembravam as do “cigano Igor”, personagem de Ricardo Macchi na novela “Explode Coração”, o peso pesado foi catapultado ao sucesso logo de cara. E não decepcionou. Em apenas dois anos como profissional de MMA, estreou no UFC contra o veteraníssimo Fabrício Werdum. Desconhecido até mesmo no
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Brasil, Junior precisou de 61 segundos para nocautear e chamar a atenção dos fãs. De mansinho, o lutador chegou ao maior evento do mundo se autoproclamando o guardião de Minotauro, mas seu sucesso pode colocar o próprio mestre na sua cola. Os nocautes a seguir, sobre mais veteranos do esporte, o deixaram na cara do gol para uma chance pelo título. “Tem gente que, quando descobre que eu vou disputar o cinturão, pergunta: ‘mas, já?’ (risos). Tá louco, demorou muito (risos)”, brinca o catarinense, que lutaria pelo título do Ultimate contra Cain Velasquez no começo de 2011, mas precisou adiar os planos com a lesão do adversário. O “cigano de araque” não consegue prever o futuro, mas adianta: “sei que posso fazer esse cinturão virar brasileiro”. Chegou a hora de gritar “é campeão”?
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O número um Há cinco anos, Junior Cigano vendia picolés nas praias de Salvador. Hoje, é o homem mais temido do planeta. Considerado o grande azarão pela mídia e fãs norte-americanos, o catarinense mostrou que sua mão direita pesa muito - literalmente
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coração! Por eduardo Ferreira
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No dia em que o UFC atingiu a maior idade, o esporte chegou ao seu auge sendo transmitido na maior tV americana, a FoX, e na maior emissora do brasil, a rede Globo. e, assim como no dia 12 de novembro de 1993, quando o UFC realizou a sua primeira edição com royce Gracie vencendo o torneio, a noite do dia 12 de novembro de 2011 ficará marcada para sempre na história do mma com show de outro brasileiro, Junior “Cigano” dos Santos, que nocauteou Cain Velasquez e conquistou mais um cinturão para o brasil.
“A
cabou, acabou, acabou, Junior Cigano é campeão do mundo”! A emoção do maior narrador da TV brasileira, Galvão Bueno, que fez a sua primeira transmissão de um evento de MMA, mostra a dimensão que o esporte tomou e a importância do cinturão conquistado por Cigano, um verdadeiro fenômeno do MMA. Natural da cidade de Caçador, em Santa Catarina, Cigano já trabalhou como vendedor de picolé, garçom, entregador... Mas foi treinando Boxe que descobriu o seu verdadeiro talento, e em apenas cinco anos nas artes marciais chegou ao topo do mundo. “Ele é um prodígio! É um atleta dedicado, sabe o que quer, abdica de muitas coisas. São cinco anos treinando MMA e ele tem um Boxe realmente de muita qualidade. Ele é um
atleta que vem de família humilde, está acostumado com superação. É um exemplo do povo brasileiro, um exemplo de garra e superação”, disse Luiz Carlos Dórea, que descobriu Cigano e o lapidou até o sucesso. Apesar da carreira meteórica, a chance pelo título demorou. Isso porque Cain Velasquez teve que operar o ombro e ficou mais de um ano sem colocar o cinturão em jogo. No início Cigano deu diversas entrevistas mostrando estar bastante chateado com a situação, mas o vento começou a soprar a seu favor e nesse período de espera teve grandes oportunidades, como ser um dos treinadores do reality show do UFC, o The Ultimate Fighter, o que o ajudou a ficar mais conhecido dos fãs do esporte e aprender a falar inglês. Mas por muito pouco tudo isso não foi por água abaixo por conta de uma grave lesão no joelho
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(menisco) 11 dias antes da luta, que forçou Cigano a andar de muletas nesse período. “Ele rompeu o menisco há 11 dias e quase não lutou. O Junior não estava botando o pé no chão, estava de muleta, e se superou’, revelou Rodrigo Minotauro, ainda nos bastidores do UFC on FOX. Mas o catarinense radicado na Bahia acreditou em seus médicos e conseguiu subir ao octagon para conseguir o título mais importante da sua vida. “Eu sou um cara abençoado. Eu posso dizer, com certeza, que Deus é maravilhoso. Nessa luta, principalmente, tudo que aconteceu comigo no
treinamento... Foi muito duro, muito difícil, eu estava realmente com medo de qual ia ser a minha reação lá em cima e, graças a Deus, deu tudo certo. Foi incrível. A hora que eu acertei o soco nele, eu o vi indo para baixo, caindo, eu vi que estava fácil de nocautear, eu já senti ali a euforia antes mesmo de acabar a luta. Antes do juiz parar, eu já estava sentindo a euforia da vitória”, revela Cigano, que mesmo sabendo que teria que operar o joelho na volta ao Brasil não tirava o sorriso do rosto – e nem o cobiçado cinturão, tendo inclusive dormido com ele na noite do triunfo.
Velasquez foi a nocaute com apenas 64s da “luta mais importante do UFC”, como chamou Dana White
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Antes do juiz parar, eu já estava sentindo a euforia da vitória”
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De guardião a campeão
Minotauro festejou muito a vitória de Cigano sobre seu último algoz, Cain
Assim que chegou ao UFC, Cigano estreou com um grande nocaute sobre Fabrício Werdum e muitos fãs enxergaram ali o potencial do peso pesado. Todos se perguntavam o que aconteceria se Cigano continuasse avassalador e em algum momento tivesse que confrontar seu amigo e mestre Rodrigo Minotauro, que na época tinha conquistado o cinturão interino do UFC. “Serei uma espécie de guardião do Rodrigo. Se alguém quiser tomar o cinturão dele, terá que passar por mim primeiro”. Mas Rodrigo acabou perdendo o cinturão e se distanciando de uma nova chance após duas derrotas e uma sé-
rie de lesões que o deixaram mais de um ano afastado do octagon. Orgulhoso do pupilo, Rodrigo nem pensa mais no título e é só elogios. “Eu vi o começo dele, todo o crescimento do Cigano, e ele virou o que virou: o melhor lutador dos pesos pesados, o mais rápido, grande merecedor com tantos nocautes no UFC. Mais um nocaute em cima do Cain Velasquez que era o franco favorito aqui nos Estados Unidos, só a gente sabia que o Cigano poderia ganhar. Todo mundo estava pensando que o Cain Velasquez ganharia, mas o Cigano mostrou aí por que é o melhor peso pesado do mundo”.
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O fator
Galvão Bueno Foram 18 pontos de audiência segundo o Ibope. Uma média alta para o horário, até mesmo para a Rede Globo. E em apenas 64 segundos, tempo que Junior Cigano levou para nocautear Cain Velasquez e se tornar o novo campeão peso pesado do UFC, o combate foi assistido por cerca de 60 milhões de pessoas em todo o Brasil, segundo revelou Dana White, presidente da organização, na coletiva de imprensa após o evento (no Ibope, a audiência foi de 20 milhões). A luta nos Estados Unidos também bateu recordes: foi a luta de MMA mais assistida da história (8,8 milhões), superando por quatro milhões o antigo recorde, de Kimbo Silce x James Thompson, na CBS. “Foi nossa segunda vez em TV aberta lá (a primeira foi na RedeTV! com o UFC Rio) e tivemos 60 milhões de pessoas vendo. Imagi-
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Galvão Bueno se sentiu “desafiado” pelo convite de narrar a disputa de título no UFC
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na daqui a um ano ou dois”, disse o cartola, que emendou. “O Brasil está se tornando o nosso novo Canadá... O Brasil é a quarta ou quinta maior economia do mundo, e eles têm tantos talentos por lá”. O MMA estreou na Globo “sem
sangue”, bateu 18 pontos de audiência, atingiu 60 milhões de lares e viu um brasileiro conquistar o cinturão. Se antes todo mundo imaginava que seria um “teste pra cardíaco”, o evento foi um sucesso e levou o esporte a outro patamar. “Há muito tempo
eu não transmito um evento em que os dias que o antecederam foram tão agitados, com tanta gente nas redes sociais comentando e esperando. Eu fiquei impressionado”, disse o narrador ao Sensei SporTV. Como diria o próprio Galvão: Haja coração!
Fiz lutas do Muhammad Ali, do George Foreman, toda a carreira do Popó... Mas eu fiquei realmente impressionado com o UFC” Galvão Bueno
Lágrimas de campeão: a emoção de Cigano com a vitória histórica na Califórnia foi transmitida para todo o país na TV Globo
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Entrevista César Augusto A TV Globo agora detém todos os direitos do UFC no Brasil, e está investindo forte no esporte. No dia 12 de novembro, a emissora transmitiu a disputa de cinturão entre Cain Velasquez e Junior Cigano ao vivo, com narração de Galvão Bueno, e escalou um de seus melhores repórteres, Cesar Augusto, para acompanhar os bastidores do show na Califórnia. Em entrevista exclusiva, o jornalista falou sobre diversos assuntos, incluindo a decisão da TV Globo de escalar Galvão Bueno para o evento. “O fato da Globo colocar o Galvão para narrar o UFC mostra a importância que ela está dando para isso”, exalta Cesar, sem se preocupar com as reclamações de muitos fãs com a escolha. “É folclórico isso, tem muita gente que critica o Galvão porque acha legal criticar”. No bate-papo exclusivo, o jornalista revelou ainda que treina Jiu-Jitsu em uma das filiais da academia de Renzo Gracie em Nova Jérsei, Estados Unidos, onde mora atualmente, e acompanha todas as edições do UFC na Terra do Tio Sam. “É muito bom estar participando disso com a Globo”, conta o repórter, apontando essa semana como uma das coberturas mais importantes da sua carreira. Confira: Eduardo Ferreira
VoCê Fez a primeira CobertUra do UFC SeNdo traNSmitido pela Globo. Como reCebeU eSSa NotíCia? Cara, eu adoro. Foi uma notícia de Papai Noel antecipado. Chegou em novembro dessa vez... Fantástico! Um esporte que o crescimento dele nesses últimos anos é uma coisa inexplicável. É muito bom estar participando desse momento com a Globo. Há qUaNto tempo eStá moraNdo NoS eStadoS UNidoS? Eu me mudei para cá em 2003. Trabalhava na Globo de São Paulo, vim para cá, fiquei um tempo na Globo Internacional, até 2008. Em 2008, eu abri uma empresa aqui e continuei trabalhando com a Globo, para o departamento de esportes lá do Brasil. eNtão ViU bem eSSe CreSCimeNto do mma NoS eStadoS UNidoS... Cara, eu vi e acompanho já faz um tempinho. É uma coisa que eu realmente gosto. Eu pratico Jiu-Jitsu faz uns seis meses, mas por causa do
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trabalho eu tive que parar. Mas treino em Newark, na Renzo Gracie de Nova Jérsei, na academia do Rômulo Bittencourt, então é uma coisa que eu adoro. É um prêmio mesmo. Como reCebeU a NotíCia de qUe Faria eSSa CobertUra? Vou te falar um negócio: parece brincadeira, um exagero, que estou falando para um público que gosta disso, mas eu boto essa cobertura como uma das principais que já fiz na minha vida como jornalista. Eu tenho mais de 20 anos trabalhando com jornalismo esportivo, fiz Copa do Mundo, Olimpíada, Fórmula 1, mas essa entra em uma lista que, se não for a mais importante que eu estou fazendo até hoje, é uma das mais importantes, com certeza. a Globo Há mUitoS aNoS Não traNSmitia Um eVeNto de Vale tUdo, deSde a déCada de 90. CaUSoU mUita aGitação No braSil, priNCipalmeNte qUaNdo aNUNCia-
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ram o GalVão bUeNo Como Narrador... É engraçado, acho que isso é meio folclórico. Tem muita gente que até critica o Galvão, mas critica porque, sei lá, é legal criticar. A Globo colocar o Galvão para narrar isso mostra a importância que ela está dando para esse esporte. A Globo não ia colocar o Galvão em um negócio que ela não estivesse dando importância. O Galvão é o principal narrador do Brasil hoje. O cara é fera. Tecnicamente, ele é perfeito. Podem achar que ele exagera, que torce muito... Mas ele trabalha com esporte, com entretenimento, e precisa provocar emoções. O cara não pode ser um ‘mortão’. Ah, exagera de vez em quando? Dependendo da pessoa, vai achar que exagera um pouquinho mais, um pouquinho menos, mas tecnicamente o cara é perfeito. A presença do Galvão, não vou dizer que engrandece, porque o UFC não precisa de ninguém para engrandecer, mas mostra a importância que a Globo está dando para isso. Eu acho muito legal, adoro trabalhar com o Galvão.