Pré história, Egito e Grécia

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História da Arte Prof. Tatiana Martins Material de apoio Representação da Pré-História à Antiguidade


Bidimensionalidade Altura e largura sĂŁo as duas dimensĂľes que estabelecem uma superfĂ­cie plana, sobre a qual pode-se visualizar formas e marcas figurativas ou abstratas.


Tridimensionalidade Altura, largura e profundidade são as três dimensões que estabelecem noções espaciais. A ilusão de tridimensionalidade na superfície plana é formada por noções de perspectiva, utilizadas para representar os objetos reais em seus tamanhos e posições tal qual a visão humana os compreende, a partir de um ponto determinado no espaço.


Desenvolvimento da representação: Pré-história Arte Egípcia Arte Grega


Representação Pré-histórica Os primeiros seres humanos utilizavam as figuras como um modo elementar de registrar e transmitir informações, além de representar rituais de empoderamento do frágil humano diante da natureza divinizada. O desenvolvimento da escrita e da linguagem visual teve suas origens mais remotas nas simples figuras rupestres, pela estreita ligação entre o desenho e o traçado da escrita: ambos são formas naturais de comunicar ideias.


Arte rupestre Chauvet, em Ardèche, França - cerca de 31 mil anos atrás.


Arte rupestre em Lascaux, no sudoeste da Franรงa - cerca de 17 mil anos atrรกs.


Arte rupestre do Arco Mediterrâneo, Período Paleolítico. Mais de 10 mil anos atrás.


Antiga tabuleta pictográfica suméria, cerca de 3100 a.C.

Contém a essência do desenvolvimento da escrita. As informações são estruturadas em áreas quadriculadas.


Método de representação egípcio O tipo mais simples de representação visual, como se encontra, por exemplo nos desenhos das crianças pequenas, nos desenhistas do Mesolítico e nos ideogramas chineses da figura humana, se assemelha muito nas estruturas com as imagens modelo que criamos em nossas mentes.


Tabuleta de marfim do rei Zet.

Esta tabuleta de 5 mil anos talvez seja o mais antigo exemplo conhecido da escrita pictográfica egípcia que evoluiu para os hieróglifos.


Hier贸glifos no templo de Osiris em Abido, Egito - sem data


Representação Bidimensional

Clareza e permanência apresentadas pelo desenho de memória. Pintura de tanque em um túmulo criada há cerca de 3500 anos


No Egito Antigo a pintura era essencialmente simbólica e foi aplicada em especial na arquitetura de ambientes funerários, relacionando-se à vida após a morte. A representação utilizava rígidos padrões como o princípio da frontalidade, a partir do qual as figuras eram mostradas do ângulo em que seriam mais facilmente identificadas. Também os tamanhos e posições das figuras eram estipulados segundo regras hierárquicas, ou seja, o tamanho da figura era proporcional a sua importância social, política e religiosa. Em traços simplificados, as formas eram bidimensionais (sem ilusão de volume), e a cor era aplicada em manchas uniformes


Parede de tĂşmulo em Benim Hassan pintada hĂĄ cerca de 3900 anos.


O artista egípcio captava padrões com precisão os detalhes , equilíbrio e estabilidade.

Detalhe da parede em Benim Hassan mostrada anteriormente.


Princípio da Frontalidade Como num esquema iconográfico, a figura humana era pintada com a cabeça, assim como membros inferiores e superiores vistos de perfil, para fácil identificação das articulações. Já os olhos, ombros e tronco, eram representados como vistos de frente.


Princípio da frontalidade na representação do corpo humano.

Na necrópole de Tebas, no Egito, à margem oeste do rio Nilo: painel da tumba de Nakht, escriba do astrônomo Amon.


O rico escriba Nebamun caça nos pântanos com a esposa, a filha e o gato - Fragmento de uma cena da tumba de Nebamun - Tebas, no Egito, Dinastia 18, carca de 1350 a.C.


Oferta de alimentos em sacrifĂ­cio a Osiris - templo de Osiris em Abido, Egito - sem data


Métodos de representação gregos Pintura Grega Antiga A pintura grega, encontrada basicamente em peças de cerâmica utilitária, apresentava grande contraste entre os tons vermelhos e amarelos do barro e o preto – figuras negras e figuras vermelhas. Ainda que a representação bidimensional grega fosse quase tão simplificada quanto a egípcia, a temática mitológica que trazia episódios de tragédias e aventuras exigiu a representação de cenas com expressão de movimento.


GrĂŠcia antiga, cerca de 530 a.C. CĂ­lice - copa para beber vinho com figuras negras Dioniso em seu barco a vela, criada pelo artista grego Exekias.


GrĂŠcia antiga, 460 a 450 a.C. Cena de banquete ao som de mĂşsica de aulos


GrĂŠcia antiga, 440-430 a.C. Fundo de cĂĄlice em figura vermelha, com cena de Ajax e Cassandra.


Escultura Grega Antiga No Período Arcaico (c. 600-500 a.C.) a frontalidade permaneceu como o cânone oficial, e desvios desta regra são raros.

Kouros Anavyssos, c. 530 a.C.


Foi a partir do século V a.C. que os gregos começaram a romper os rígidos padrões do estilo oriental de representação, através de maior atenção à observação da figura humana. Na representação de deuses ou humanos, o corpo foi o motivo fundamental da arte grega, associado aos mitos, à literatura, ao teatro, aos jogos e à vida quotidiana.

Jogador de disco Cópia em mármore da estátua feita em bronze criada há cerca de 2500 anos.


A arte grega buscou, ao longo do tempo a representação naturalista da figura humana, não apenas na forma, também nos modos de expressão do movimento e das emoções. As posturas vigorosas e a mobilidade são muito presentes nas esculturas que representam deuses e mitos no Período Helenístico (323 a 146 a.C.). Laoconte e seus filhos Escultura em mármore Século I a.C.


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