Imagens que dão sentido ao mundo - Ibmec

disciplina História da Arte

educadora Tatiana Martins

Objetivo Reflexão sobre a criação de imagens e sua leitura.

Tatiana Martins - tatimoh@gmail.com

Ibmec Barra - Comunicação Social

Abordagem geral I. Breve panorama de momentos da arte ocidental que podem ser considerados referências de rupturas na história da arte, relacionados ao desenvolvimento tecnológico ao longo da existência humana.

II. Abordagem da arte como experiência sensível com utilização de mecanismos tecnológicos que caracterizam o processo de criação contemporâneo.

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Imagens que dão sentido ao mundo

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Imagem

representação visual ou mental de algo real ou imaginário.

Sentido

significado lógico e coerente de algo em um contexto específico, de acordo com determinado ponto de vista.

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Vênus de Wilendorf encontrada no Vale Wachau, Áustria Criada há 25.000 anos atrás Tem 10 cm de altura

Uma teoria possível é a de que a figura da Vênus tem esta forma simplesmente porque nosso ancestral que a concebeu estava interessado nisso.

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Venus de Grimaldi Itália Pedra sabão - 4,7 cm c. 24.000 e 19.000 a.C.

Vênus de Dolní Vestonice República Tcheca Terracota - 11,1 cm c. 29.000 e 25.000 a.C.

Venus de Kostenki Russia Marfim - 10,2 cm c. 23.000 e 21.000 a.C.

Venus Moravany Eslovaquia Marfim - 7,6 cm c. 22.800 a.C.

Venus de Lespugue França Marfim - 14,7 cm c. 24.000 e 21.000 a.C. Tatiana Martins - tatimoh@gmail.com

Venus Savignano Itália Pedra sabão - 22 cm c. 25.000 e 15.000 a.C. Ibmec Barra - Comunicação Social

Os cérebros de nossos ancestrais nômades, caçadores-coletores que fizeram as Vênus, de certa maneira, buscavam exagerar os traços humanos que mais importavam.

Viviam num ambiente glacial, onde aspectos de fertilidade e abundância teriam sido altamente desejáveis, então eles foram compelidos a exagerar estes aspectos em detrimento de outros.

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O que é arte?

Qual o sentido da arte?

Talvez nós não gostemos tanto assim da realidade.

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Os egípcios foram o primeiro assentamento humano a utilizar exaustivamente imagens do corpo em sua arte.

Em vez de exagerar partes do corpo escolheram mostrar cada parte de seu melhor ângulo, num estilo que sobreviveu por 3.000 anos.

Parece evidente que a sociedade egípcia não queria que sua forma de representação do mundo mudasse.

Desenho na Tumba do astrônomo Nakht, Egito Séc. XV a.C. Tatiana Martins - tatimoh@gmail.com

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A criação das imagens egípcias foi guiada por uma obsessão por consistência e ordem, precisamente os valores culturais sobre os quais toda a civilização havia sido fundada.

Diferentemente do povos nômades, os egípcios não planejavam ir a lugar nenhum, e acabaram desenvolvendo habilidades revolucionárias de construção e escavação.

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Para os gregos antigos, o corpo perfeito era o corpo atlético. Eles acreditavam que seus deuses tomavam a forma humana. O culto ao corpo belo ocupava o centro da vida no mundo grego.

Aos poucos os gregos passaram a estudar cada detalhe do corpo humano, para reproduzi-los em sua arte.

Discóbolo, c. 500 a.C Kouros Anavyssos, c. 530 a.C. Tatiana Martins - tatimoh@gmail.com

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Como explicar as imagens que dominam nosso mundo?

As imagens refletem ou representem um aspecto particular de nossa cultura.

A sociedade em que vivemos, os valores que criamos para essa sociedade, são eles que determinam como representamos a nós mesmos e ao mundo à nossa volta.

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Na Idade Média, a arte e a Igreja passaram a manter uma íntima relação, tendo em vista que a maior parte da população mundial era anal-fabeta e, como disse o papa Gregório Magno (séc. VI): “A pintura pode fazer pelos analfabetos o que a escrita faz pelos que sabem ler.”

O imperador Constantino em mosaico na Basílica de Santa Sofia, em Constantinopla (atual Istanbul, na Turquia), Séc X. Tatiana Martins - tatimoh@gmail.com

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Leonardo da Vinci (1452, Itália - 1519, França) Uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.

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Claude Monet (1840 - 1926, França) Precursor do impressionismo, dirigiu-se à pesquisa da pintura e valorizou a observação do mundo com base em sensações visuais imediatas. Sua pintura era realizada totalmente ao ar livre, do início ao fim, buscando captar os aspectos momentâneos da luz e a experiência da vida moderna.

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Guillaume Apollinaire (1880, Itália - 1918, França) Escritor e crítico de arte, importante ativista cultural das vanguardas do século XX. Conhecido por sua poesia gráfica, sem pontuação, como os Calligrammes, poemas gráficos sobre a paz e a guerra. Escreveu manifestos para as vanguardas na França. Sua obra literária e crítica anunciava os princípios de uma nova estética fundamentada na ruptura com os valores do passado.

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Marcel Duchamp (1887 - 1968, França) Um dos precursores da arte conceitual, responsável pelo conceito de ready made: o deslocamento de um elemento da vida cotidiana, a princípio não reconhecido como artístico, para o campo das artes.

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Hannah Höch (1889 - 1978, Alemanha) Foi uma das mais importantes representantes do movimento dadaísta e precursora da fotomontagem. Em suas obras desafiou a representação cultural da mulher, apontando questões relativas à sexualidade e aos papéis de gênero na sociedade. Com suas imagens, abordou os medos e possibilidades das mulheres na Alemanha moderna.

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Pablo Picasso (1881, Espanha - 1973, França) Pintor escultor, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo. Fundou o Cubismo ao lado de Georges Braque, anunciando uma ruptura com a arte anterior ao século XX. Entre pinturas, esculturas, gravuras e cerâmicas, produziu intensamente e de maneira muito variada.

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Andy Warhol (1928 - 1987, EUA) Designer, ilustrador, publicitário e artista gráfico.

Reinventou a Pop Art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos apropriando-se de temas do cotidiano e artigos de consumo, bem como de figuras famosas do mundo Pop e ícones da história da arte. Utilizou meios industriais e materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.

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David Hockney (1937, Reino Unido) Pintor, cenógrafo, fotógrafo e gravador. Da mesma forma como busca capturar paisagens extensas em suas pinturas, cria imagens com fotos múltiplas, buscando captar algo mais, que uma fotografia por si só não consegue.

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As imagens que construímos nos moldam e definem.

Passamos o tempo todo criando imagens que invariavelmente falam sobre e para os seres humanos.

As representações que fazemos de nós mesmos e do mundo a nossa volta nos inspiram e manipulam, afetando o que pensamos sobre quem somos e a respeito dos outros.

Como criamos e lemos imagens?

Como nos relacionamos com elas?

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Cruzamentos entre arte e tecnologia

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Nesse início de século, as artes, as ciências e as técnicas têm relações de interdependência que possibilitam que as invenções ou mutações tecnológicas façam emergir novas formas artísticas.

Jarbas Jácome - GIL70 (2012) https://www.youtube.com/watch?v=CJ72c-WCXps

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As experimentações artísticas com as novas mídias digitais acentuam-se e multiplicam-se nestes dois últimos decênios com a utilização, pelos artistas, de diversas formas de produção, distribuição e intercâmbio, possibilidade ampliada com a recente introdução da web.

As “máquinas de comunicação” modificam nossos modos tradicionais de comunicação e suas formas de leitura e de apresentação, constituindo-se em um dos componentes de um novo olhar possível sobre o ser humano e seu cotidiano e estabelecendo, desta maneira, outras relações e outras necessidades.

Arte cibernética https://www.youtube.com/watch?v=TZu9cfH_pDs Tatiana Martins - tatimoh@gmail.com

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O ato de criar na reunião entre arte e tecnologia

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Criamos imagens, as lemos e manipulamos constantemente, mas pouco falamos sobre elas no cotidiano.

Somos criadores projetando e compondo a partir da ordenação do espaço que habitamos; mesmo assim, grande parte dos seres humanos não se percebe criador.

Como você descreveria um “artista”?

Você acha que experimentos em arte e tecnologia podem ser experiências sensíveis para qualquer pessoa, sem distinção de habilidades e talentos?

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Referências Arte cibernética https://www.youtube.com/watch?v=TZu9cfH_pDs FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.

GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2000. 16ª Ed. Jarbas Jácome - GIL70 (2012) https://www.youtube.com/watch?v=CJ72c-WCXps MACHADO, Arlindo. Artemídia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

PRADO, Gilbertto. Arte telemática: dos intercâmbios pontuais aos ambientes virtuais multiusuário/Apresentação Arlindo Machado, Julio Plaza — São Paulo: Itaú Cultural, 2003. 128 p. : fotos p&b color. – (Rumos Itaú Cultural Transmídia).

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