Gigante de chumbo

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5. médici e havelange entram em campo

Àquela altura, Emílio Garrastazu Médici já estava na presidência do país, substituindo Costa e Silva. Com ele à frente do Brasil, os movimentos de luta organizada contra a ditadura militar sofreram seu período de maior repressão e violência. Os revolucionários Carlos Mariguela e Carlos Lamarca foram assassinados durante sua gestão, que já se iniciou sob as imposições do Ato Institucional nº 5, decretado por Costa e Silva e que concedia poder de exceção aos governantes, livres para punir arbitrariamente os subversivos ao regime. A ditadura Médici ainda usufruía de forte aparato publicitário para popularizar as políticas promovidas pelos homens da caserna. Foram utilizados adesivos, cartazes, todos os tipos de material de propaganda, além de intervenções em televisão e rádio, que pregavam o ufanismo nacionalista e a confiança em um Brasil forte, integrado e desenvolvido. Com o futebol não foi diferente. É o que descreve Daniel de Araújo dos Santos, em sua dissertação de mestrado “Futebol e Política: A criação do Campeonato Nacional de Clubes de Futebol” quando ressalta a criação da AERP (Assessoria Especial de Relações Públicas) em janeiro de 1968. “A ideia era justamente apropriar-se dos meios de comunicação a fim de propagandear os feitos do regime, atraindo a simpatia da população e esvaziando o discurso de oposição contra os militares. E, mesmo tentando 55


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