Universidade Federal De Mato Grosso do Sul Curso De Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo
Viator Revista digital de turismo
Ana Carolina Schirmer Lima
Campo Grande - MS 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - UFMS CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - HABILITAÇÃO EM JORNALISMO
ANA CAROLINA SCHIRMER LIMA
VIATOR REVISTA MULTIMÍDIA DE TURISMO
Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Projetos Experimentais do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, sob orientação do Prof. José Marcio Licerre.
CAMPO GRANDE 2014
SUMÁRIO 1 ALTERAÇÕES DO PLANO DE TRABALHO .............................................................. 4 1.2 Cronograma ............................................................................................................. 4 1.2.1 CRONOGRAMA INICIAL ....................................................................................................... 5 1.2.2. CRONOGRAMA FINAL......................................................................................................... 6
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................ 7 2.1 Período Preparatório............................................................................................... 7 2.2 Execução ................................................................................................................. 8 2.2.1 ESTRUTURA EDITORIAL DA REVISTA .............................................................................. 9 2.2.2 PÚBLICO-ALVO ..................................................................................................................... 9 2.2.3 COLABORADORES............................................................................................................. 10 2.2.4 LINGUAGEM TEXTUAL....................................................................................................... 11 2.2.5 SEÇÕES ............................................................................................................................... 11 2.2.6 LINGUAGEM VISUAL .......................................................................................................... 12
2.3 Referências ............................................................................................................ 13 2.3.1. LIVROS................................................................................................................................ 13 2.3.2 ANAIS DE EVENTOS .......................................................................................................... 14 2.3.3 REDES, SITES E OUTROS................................................................................................. 15
3 SUPORTES TEÓRICOS ADOTADOS....................................................................... 16 3.1 Conteúdo ............................................................................................................... 16 4 OBJETIVOS ALCANÇADOS .................................................................................... 23 4.1 Objetivo Geral........................................................................................................ 23 4.2 Objetivos Específicos ........................................................................................... 23 5 DIFICULDADES ENCONTRADAS ............................................................................ 24 6 DESPESAS (ORÇAMENTO) ..................................................................................... 26 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 27 8 APÊNDICE ................................................................................................................ 29 9 ANEXOS .................................................................................................................... 33
RESUMO
O projeto Viator – Revista Digital de Turismo tem como objetivo produzir, redigir e editar uma revista multimídia sobre turismo, construída de forma colaborativa para a expor diferentes pontos de vista e apresentar conteúdos que não poderiam ser publicados sem a ajuda destes viajantes. Para o planejamento desta publicação, foram levados em consideração referenciais teóricos sobre Jornalismo, Editoração, Jornalismo Colaborativo e Ciberjornalismo, além do conhecimento de publicações impressas e digitais voltadas para o turismo existentes no país e algumas experiências editoriais feitas por diferentes autores no quesito revista digital. O objetivo do trabalho é criar uma publicação colaborativa, mediada por um editor que agirá como centralizador da informação, onde o viajante adepto do turismo fora de rota e não usual possa consultar e participar da sua produção, tornando possível uma nova proposta para o modelo de revista digital. O produto final está disponível para acesso no endereço http://www.revistaviator.com.br.
Palavras-chave: Turismo. Jornalismo e editoração. Jornalismo Colaborativo. Revista digital.
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1 ALTERAÇÕES DO PLANO DE TRABALHO No início do semestre, a ideia principal do trabalho era apresentar uma revista específica sobre turismo na Oceania, que teria uma versão impressa e outra digital. Entretanto, optamos por seguir com a revista somente no formato digital, que nos possibilitaria usar o material multimídia programado desde o começo, como o uso de roteiros interativos, galerias de fotos e vídeos dos locais. O conteúdo da revista, inicialmente, focado somente na Oceania, foi revisto e ampliado para outros continentes, tendo em vista a dificuldade de encontrar colaboradores aptos a escrever sobre esses países. Porém o conteúdo produzido pela acadêmica continuou focado na Austrália, Nova Zelândia e Oceania. Como consequência das alterações expostas, o objetivo geral do trabalho passou a ser criar uma publicação colaborativa, onde o viajante adepto do turismo que foge das rotas mais comercializadas possa consultar e também participar de sua produção, tornando possível uma nova proposta para o modelo de revista digital; os objetivos específicos foram adaptados para contemplar somente o formato digital, sendo eles: editar a revista no formato digital; propor um novo modelo de apresentação da revista digital, adaptando algumas características visuais do meio impresso; e utilizar as características do meio online, de forma a criar uma publicação com características interativas voltada ao turismo.
1.2 Cronograma Quanto ao cronograma, alterou-se o levantamento e a revisão bibliográfica, que foram realizados até outubro (mês 10), o que possibilitou maior pesquisa sobre o tema. Além disso, a definição dos temas abordados foi alterada do mês de maio de 2014 (mês 5) para o mês de setembro de 2014 (mês 9), mediante a confirmação dos colaboradores do projeto. Isso acarretou também a mudança do levantamento de informações dos lugares escolhidos, que passou para setembro e outubro de 2014 (mês 9 e 10), e a redação do trabalho, estendida para outubro de 2014 (mês 10).
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1.2.1 CRONOGRAMA INICIAL MÊS/ETAPAS Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês10 Mês 1 Escolha do tema Levantamento bibliográfico Elaboração do anteprojeto Apresentação do projeto Estudo sobre editoração de revista Conhecimento de revistas de viagens Seleção dos lugares que comporão a revista Levantamento de informações sobre os lugares escolhidos Determinação da utilização das informações obtidas Redação do trabalho Editoração das revistas Revisão e editoração final Entrega da monografia Defesa da monografia
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1.2.2. CRONOGRAMA FINAL MÊS/ETAPAS Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês10 Mês 1 Escolha do tema Levantamento bibliográfico Elaboração do anteprojeto Apresentação do projeto Estudo sobre editoração de revista Conhecimento de revistas de viagens Seleção dos lugares que comporão a revista Levantamento de informações sobre os lugares escolhidos Determinação da utilização das informações obtidas Redação do trabalho Editoração das revistas Revisão e editoração final Entrega da monografia Defesa da monografia
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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O formato utilizado é considerado uma revista digital devido à sua periodicidade, que não será, necessariamente, atualizada todos os dias, e ao seu design gráfico, que terá características visuais do meio impresso, como o uso editorial de janelas 1 e boxes 2 em
algumas
reportagens,
e
características
próprias
ao
meio
digital,
como
multimidialidade, convergência, interatividade e personalização, conforme veremos adiante. O projeto piloto é de uma revista digital colaborativa, onde leitores também produzem matérias e compartilham suas experiências. Após o término do curso de Jornalismo na UFMS, pretende-se continuar o projeto com novas edições. Para isso, será necessária a inserção de anúncios, de forma a monetizar o trabalho; entretanto, para a versão piloto da Revista Viator foi preferível deixar a publicação sem anúncios, de forma a priorizar o design. O nome da revista, Viator, foi escolhido pelo seu significado – “viajante”, em latim, – que, ao mesmo tempo, se refere tanto ao tema principal da publicação, ou seja, “viagem” como também ao seu público-alvo: viajantes. A ideia do projeto foi sugerida pelo orientador enquanto a acadêmica realizava seu intercâmbio pelo programa do Governo Federal chamado Ciência Sem Fronteiras, como um modo de relatar as atividades turísticas e locais visitados nos países da Oceania. Apesar dos materiais serem coletados pela acadêmica entre outubro de 2012 e julho de 2013, o projeto, em si, somente começou a ser desenvolvido em janeiro de 2014. A
revista
está
disponível
para
acesso
no
endereço: http://www.revistaviator.com.br.
2.1 Período Preparatório O período preparatório para esse projeto começou em janeiro de 2014, quando o tema foi escolhido e teve início a pesquisa sobre Jornalismo e Editoração de revistas.
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Entende-se por janela um espaço no meio do texto onde uma informação já mencionada é colocada em destaque. Entende-se por box um espaço graficamente delimitado que, em geral, inclui um texto explicativo sobre um assunto relacionado à matéria principal.
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Colecionou-se o maior número possível de publicações sobre turismo, a fim de entender as editorias e conteúdos publicados em cada uma delas. Para isso, foram coletadas e pesquisadas revistas de turismo presentes em companhias aéreas ao redor do mundo, além de revistas comerciais vendidas no Brasil. Algumas das revistas consultadas foram: Viagem e Turismo, Go Outside, Viaje Mais, TAM nas nuvens, Avianca em revista, Viagens S/A, Azul Magazine, entre outras. Inicialmente, a Revista Viator era focada na região da Oceania, visitada pela acadêmica durante o intercâmbio pelo Programa do Governo Federal Ciência Sem Fronteiras, com maior material disponível sobre turismo. A partir daí, foi elencado o público-alvo, no caso, viajantes com baixo orçamento e adeptos de rotas alternativas àquelas mais comercializadas; e o conteúdo foi adaptado para esse público. Decidimos pelo projeto de uma revista colaborativa, isto é, onde mochileiros e viajantes, em geral, podem relatar suas experiências ao redor do mundo e, para isso, partimos do pressuposto que o público-alvo desse trabalho tem uma vontade maior de escrever sobre as suas aventuras do que turistas convencionais. Para planejar melhor a apresentação gráfica e editorial da revista online, foram usados artigos publicados internacionalmente sobre outras tentativas de produção do meio, a fim de aprender com os acertos e erros de cada projeto. Além disso, também buscamos exemplos de revistas digitais consideradas de excelência, como é o caso da revista “Slate” (ANEXO 1), e reportagens multimídias premiadas, como é o caso da “Snowfall” (ANEXO 2), produzida pelo New York Times. Neste caso, ambas foram usadas como modelos de disposição de conteúdo no site.
2.2 Execução O primeiro passo para a elaboração do projeto foi abordar amigos com o perfil procurado para serem redatores e pesquisar pessoas que tivessem interesse em compartilhar suas experiências. Tais experiências podem ser expostas por meio de crônicas, relatos, sugestões de roteiros a serem seguidos e eventos presenciados pelos colaboradores. Durante esse primeiro passo, foram abordadas 10 diferentes pessoas e 5 delas se dispuseram a colaborar; uma desistiu por querer que seu texto fosse publicado de forma
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anônima, o que não é permitido pelos princípios editoriais. Os assuntos abordados têm a temática voltada ao turismo de experiência, ou seja, onde os adeptos buscam fugir dos roteiros tradicionais e viver experiências inéditas. Serão apresentados relatos de visitas ao Marrocos e dicas para visitas à cidade de Londres – neste caso buscamos apresentar uma opção de roteiro não usual, que contempla diversos locais não muito explorados pelas tradicionais rotas comerciais. Tanto Londres quanto o Marrocos não poderiam ser abordados sem a ajuda desses colaboradores. Também foram abordados personagens importantes, que trarão informações extras para os leitores da revista, como o membro da comunidade Maori Minarapa MitaiNgatai, que nos conta um pouco da relação dos Maoris – indígenas neozelandeses – com o governo europeu, além de relatar as atividades que turistas podem esperar ao visitar vilas Maori e mencionar algumas curiosidades de sua cultura. Por ser um meio online e não entender muito de programação, a parte gráfica da revista online foi produzida com a utilização do programa Adobe Muse, uma plataforma paga da Adobe, disponível no pacote “Creative Cloud”, adquirido. O software foi escolhido por permitir a maior interação dos conteúdos, como a produção de roteiros interativos e não requerer conhecimento sobre programação de seus usuários. Para a execução do trabalho, foi usado o tutorial completo do programa, disponível na plataforma Lynda para assinantes Adobe e a aquisição de plug ins, adquiridos à parte, e que contribuíram com o aspecto visual da revista digital. Além das reportagens provenientes dos colaboradores já citados, a revista contará com informações sobre a Oceania, além de dicas importantes de como viajar com pouco dinheiro e como usar aplicativos para smartphones gratuitos e disponíveis para download a seu favor. 2.2.1 ESTRUTURA EDITORIAL DA REVISTA A revista está dividida nas seções: “Relatos de Viagem”, “Entrevistas”, “Crônicas e artigos”, “Dicas e roteiros”, “Quem somos” e “Seja um colaborador”. 2.2.2 PÚBLICO-ALVO O público-alvo da revista é composto por viajantes que fogem das principais rotas turísticas comerciais e preferem conhecer a cultura do lugar onde visitam por meio do
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turismo de experiência, podendo também ser classificados como turistas não usuais e fora de linha. Essas pessoas desejam viajar para o exterior e têm uma média salarial de mais de seis salários mínimos, como apontado pelo relatório do Ministério do Turismo (ANEXO 3). O mesmo relatório também aponta que o desejo de viajar para o exterior é constante em todas as faixas etárias abordadas. Além dessas características, observamos que uma quantidade expressiva deste público também deseja escrever relatos sobre as suas aventuras; três dos quatro colaboradores possuem blogs próprios onde relatam suas experiências. No público-alvo da revista não se encontram os chamados nômades digitais 3, fenômeno possibilitado pela internet e pelo mundo globalizado, que permite que o sujeito trabalhe enquanto viaja e não tenha endereço fixo. Ao contrário disso, o público é composto por pessoas que possuem emprego fixo e desejam viajar nas férias ou que querem conhecer um pouco mais da cultura de outros países. 2.2.3 COLABORADORES Os colaboradores são todos voluntários e não são fixos, ou seja, não necessariamente continuarão escrevendo para a revista após a publicação da primeira edição. Também não há a necessidade de formação jornalística para se tornar colaborador, apesar de que estudantes de Jornalismo ou Comunicação Social, em geral, são mais propensos a aceitar o convite e participar do projeto. Todos os colaboradores devem se identificar, a fim de dar credibilidade à informação. Termos foram assinados, de forma a autorizar a publicação do material (ANEXO 4). A proposta é que todos possam contribuir, seja com sugestões de matérias a serem abordadas, dicas de viagem a serem consideradas, sugestões de roteiros, reportagens, artigos ou crônicas. A diferença será a editoria na qual o texto de um colaborador será enquadrada. Nesta primeira edição, os coloboradores são: Beatriz Guimarães, estudante de Jornalismo da PUC que contribuiu com uma reportagem sobre a Nova Zelândia e uma crônica sobre uma noite passada em um hostel; Camilla Laterce, estudante de Cinema da UFRJ que contribuiu com um relato sobre sua experiência no Marrocos; Daniel
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Apesar do termo nômades digitais não ser encontrado em bibliografia acadêmica, é muito utilizado em diversos sites que pregam o estilo de vida sem endereço fixo, onde a viagem é a prioridade e o trabalho é realizado a distância, via internet.
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Magalhães, Jornalista formado que contribuiu com uma crônica sobre uma experiência sua com a cultura aborígene australiana e Marcela Nóbrega, estudante de Jornalismo da UnB que contribuiu com uma proposta de roteiro de sete dias para visitar Londres e com dicas de como usar o metrô londrino. Todas as versões sem edição dos textos destes colaboradores estão disponíveis no ANEXO 5. Esta edição conta também com colaboradores que cederam somente fotos dos lugares que visitaram, possibilitando a criação de um banco de dados extra. As autorizações de uso desse material também está em anexo. 2.2.4 LINGUAGEM TEXTUAL A linguagem textual utilizada na revista será uma linguagem simples e de fácil entendimento para todos, alternando aspectos do ciberjornalismo, jornalismo de revista e de INFOtenimento, dependendo do estilo proposto pelo colaborador. A maioria dos textos adota a estrutura do narrador-protagonista, pois são escritos em primeira pessoa e transferem os pensamentos e impressões pessoais de cada autor. A edição, realizada pela acadêmica em cada texto, teve o cuidado de preservar características textuais de cada autor. Devido a estrutura do site, a acadêmica age como mediadora e centralizadora do conteúdo gerado pelos usuários, ou seja, seleciona e edita todo o material de colaboradores recebidos, não envolvendo colaboração entre usuários. 2.2.5 SEÇÕES Por ter algumas características visuais de uma revista impressa, todas as reportagens poderão ser encontradas no “índice“, localizado na parte superior do website. As reportagens também serão separadas por temática utilizada, fazendo com que o acesso ao conteúdo, pelo leitor, seja mais simples e dinâmico. Esse método facilitará o entendimento do leitor sobre o conteúdo existente em cada seção, caso este não entenda no que consistem as seções Relatos de viagem, Entrevistas, Crônicas e Artigos, Dicas e roteiros, Quem Somos e Seja um Colaborador. A pretensão é de que o trabalho possua ao menos duas matérias para cada seção, podendo esse número ser ultrapassado sem problemas, caso haja necessidade e colaboradores disponíveis. A Seção “Relatos de Viagem” compreende as reportagens principais e de
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destaque da revista, que devem contar com galeria de fotos e roteiro explorado na viagem. Em “Entrevistas”, o leitor encontrará entrevistas com personagens locais, que possibilitam visões do país abordado, provenientes de uma pessoa que não só more no local, mas que também trabalhe com turismo. Em “Crônicas e Artigos” estarão diferentes experiências vivenciadas por alguns colaboradores, que serão transformadas em crônicas ou artigos de opinião. Em “Dicas e roteiros” o leitor encontrará dicas de planejamento de viagens, que permitam realizar a viagem dos sonhos, de modo mais econômico, sugestões de lugares para visitar, curiosidades de um país ou cultura diferente, listas sobre assuntos relacionados a viagens e roteiros sugeridos. Esta é a seção mais flexível e abrangente, permitindo um maior número de estilos textuais. Por fim, “Quem somos” e “Seja um colaborador“ possuem o objetivo de contar a história do projeto e proporcionar a oportunidade do leitor viajante se tornar um colaborador. 2.2.6 LINGUAGEM VISUAL Para a linguagem visual, foi usado o trio de cores azul-cinza-branco e construído um layout que possibilita o fácil acesso a todas as seções da revista. Para isso, o menu, localizado no canto superior esquerdo da página no modo de navegação para desktop e no topo da página para tablets e smartphones, é visível a todo momento, possibilitando este fácil acesso. A página tem largura de 960 pixels, formato recomendado pelos próprios tutoriais da Adobe, tendo em vista as dimensões padrão dos monitores atuais. A largura foi usada como base para a definição do tamanho da fonte utilizada, no caso a fonte Georgia, corpo 19px. A fonte Georgia foi especialmente desenvolvida para a leitura no monitor, fazendo seu uso ideal para este trabalho. O uso do efeito parallax 4 combinado com o “janela” do texto transformou uma característica visual de uma revista impressa em algo dinâmico para a revista digital.
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O efeito parallax é um modo de enganar a mente e criar a ilusão de profundidade. Para isso, utilizam-se objetos de tamanhos diferentes e com velocidades diferentes; no caso, o fundo do website tem uma velocidade diferente de determinadas fotos.
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Esse foi um recurso adotado em muitas reportagens, a fim de dinamizar as páginas da publicação. A escolha de ter ao menos um olho – com ou sem imagem de fundo – em cada página tem o propósito de quebrar o bloco de texto e suavizar a leitura da página. Como fundo das reportagens, foi utilizada a cor branca, sendo a fonte preta, possibilitando um maior contraste entre os elementos e favorecendo a leitura. Para boxes, foi escolhido cinza claro como cor de fundo e preto para a cor da fonte, e para as fotos com efeito parallax, que eram claras demais e não possibilitariam a leitura do texto da janela, foi aplicado um filtro azul marinho para facilitar a leitura, tendo branco como cor de fonte usada, no caso a Open Sans Semi Bold, corpo 37px, também adequada para o meio digital. A marca Viator foi criada pensando em algo relacionado a viagens ao exterior, por isso o globo terrestre e três aviões “voando” ao seu redor, sendo este o principal meio de transporte para viagens internacionais. Foi feita a opção de deixar claro o botão para o compartilhamento da página nas redes sociais e este está localizado embaixo do menu. A interação com as rede sociais também está presente ao topo de cada página e ao final de cada reportagem, com os comentários por meio de contas no Facebook.
2.3 Referências 2.3.1. LIVROS ALI, Fátima. A arte de editar revistas. Um guia para jornalistas, diretores de redação, diretores de arte, editores e estudantes. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. DEJAVITE, Fábia Angélica. INFOtenimento. Informação + entretenimento no Jornalismo. São Paulo: Paulinas, SEPAC, 2006. DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio (orgs.) Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. FERRARI, Pollyana. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2012. FRANKLIN, Bob. The future of newspapaers. New York, NY: Routledge, 2009. JENKINS, Henry. Convergence culture. Where old and new media collide. New York: New York University, 2006.
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LOHMANN, Guilherme; PANOSSO NETTO, Alexandre. Teoria do turismo: conceitos, modelos e sistemas. Série Turismo. São Paulo: Aleph, 2012. MARTINS, Nelson. A imagem digital na editoração. Manipulação, conversão e fechamento de arquivos. Rio de Janeiro: SENAC, 2005. MUNARI, Bruno. Design e comunicação visual. São Paulo: Martins Fontes, 2006. OHTSUKI, Katsutoshi et al. Automatic multimedia indexing: combining audio, speech, and visual information to index broadcast news. Signal Processing Magazine, IEEE, vol. 23, n. 2, p. 69-78, mar. 2006. PANOSSO NETO, Alexandre & GAETA, Cecília (orgs.). Turismo de Experiência. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010. PENA, Felipe. Jornalismo literário. São Paulo: Contexto, 2006. PERNISA JÚNIOR, Carlos & ALVES, Wedencley. Comunicação digital: jornalismo, narrativas, estética. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010. PINHO, J. B. Jornalismo na Internet: planejamento e produção da informação on-line. São Paulo: Summus, 2003. ROCHA, Cláudio. Tipografia comparada. 108 fontes clássicas analisadas e comentadas. São Paulo: Edições Rosari, 2004. SCALZO, Marília. Jornalismo de revista. São Paulo: Contexto, 2011. SCHWINGEL, Carla. Ciberjornalismo. São Paulo: Paulinas, 2012. SILVA, Cláudio. Produção gráfica: novas tecnologias. São Paulo: Pancron, 2008. VILAS BOAS, Sergio. O estilo magazine: o texto em revista. São Paulo: Summus, 1996. VON BERG, Alexander; HELMUT, Pralle. A concept for an electronic magazine. Computer Networks, vol. 31, n. 21, p. 2245-2251, nov. 1999. WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer. Princípios de design e tipografia. 4 ed. São Paulo: Callis, 2013. 2.3.2 ANAIS DE EVENTOS ROCHA, Jorge; BRAMBILHA, Ana Maria. Comunicação relacional e as mediações possíveis no Jornalismo Colaborativo. In: VII Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo USP, novembro de 2009 - SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo. Disponível em: <http://sbpjor.kamotini.kinghost.net/sbpjor/admjor/arquivos/jorge_rocha;_ana_maria_bra mbilla.pdf>. Acesso em: 14 set. 2014.
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2.3.3 REDES, SITES E OUTROS 360 MERIDIANOS. Disponível em: <http://www.360meridianos.com>. Acesso em: 14 set. 2014. AIESEC. Disponível em: <http://www.aiesec.org.br>. Acesso em: 14 set. 2014. COUCHSURFING Share Your Life. Disponível em: <https://www.couchsurfing.org>. Acesso em: 14 set. 2014. VALE paraibano. Disponível em: http://www.valeparaibano.com.br/br500/br-1103.html>. Acesso em: 22 abr. 2000. LETTINGITBURN. A burning man experience. Disponível em: <http://lettingitburn.wordpress.com>. Acesso em: 14 set. 2014. LIVING The Dream. Disponível em: <http://sheslivingthedream.blogspot.com.br>. Acesso em: 14 set. 2014. MOURA, G. A. C. de M. Citação de referências e documentos eletrônicos. Disponível em: <http://www.elogica.com.br/users/gmoura/refere.html> Acesso em: 09 out. 1996. NÔMADES Digitais. Disponível em: <http://nomadesdigitais.com>. Acesso em: 14 set. 2014. RELATOS de uma viajante. Disponível em: <http://camillaporai.blogspot.com.es>. Acesso em: 14 set. 2014. UNIVERSIDADE de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Biblioteca/CIR (Grupo de Vancouver) (Texto completo opção: “Edição de Publicações”). Disponível em: <www.bibcir.fsp.usp.br>. Acesso em: 03 jun. 2003. WORKAWAY.info. Disponível em: <http://www.workaway.info>. Acesso em: 14 set. 2014
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3 SUPORTES TEÓRICOS ADOTADOS 3.1 Conteúdo Considerando que o foco pretendido é uma revista turística colaborativa no formato digital, cabe a fundamentação teórica, a partir das seguintes categorias: Teoria do Turismo, Jornalismo de Revista, Jornalismo Digital, Ciberjornalismo e Jornalismo Colaborativo. Ao identificar o público-alvo da revista como viajantes ou turistas, portanto, o turismo de viagens, recorre-se a Lohmann; Panosso Netto (2012), que assim definem turismo:
O termo turismo, durante todo o século XX, evoluiu e hoje habita o imaginário e o cotidiano de grande parte da população mundial. Quando falamos em turismo, pretendemos caracterizar um fenômeno sociocultural que envolve o transporte, a estadia, as motivações, a hospedagem, a hospitalidade, os impactos e os setores econômicos, culturais, sociais e ambientais afetados e alimentados, pelo deslocamento de pessoas pelo globo terrestre. Turismo significa muito mais do que a simples palavra pode expressar e pode ser visto como o reflexo de práticas sociais e que envolve também representações sociais. (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2012, p. 92).
Utilizando ainda esses autores, estabelece-se o conceito “viajante” como qualquer pessoa em deslocamento de um ponto a outro, seja temporário ou permanentemente, independente do motivo existente para este deslocamento. Ainda, segundo os autores, o universo dos viajantes comporta os subgrupos dos visitantes, este também dividido em duas categorias: turistas e excursionistas (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2012, p. 93). A ideia de turismo remete ao conceito primário de “turista”, descrito por Smith, em 1977, e comentado por Lohmann; Panosso Netto (2012). Este estabeleceu sete categorias diferentes de turistas, baseadas na capacidade destes de se adaptarem às normas e aos estilos de vida da população local. Este trabalho foca-se em duas destas, a saber:
Turistas não usuais – Não compreendem um grande segmento de turistas, embora viagem em grupo e de maneira organizada. Apesar de
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viajarem dessa forma, “aventuram-se a comprar um passeio de um dia para visitar, por exemplo, tribos indígenas, estando particularmente interessados em culturas primitivas, mas sempre acompanhados de suas lancheiras, ainda que se adaptando de algum modo aos hábitos locais. Turistas ‘fora de linha’ - Pouco comuns, ainda que vistos procurando tanto evitar as multidões de turistas ou querendo aumentar o prazer das suas viagens ao buscarem atividades fora dos padrões. De maneira geral, se adaptam bem. (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2012, p. 275).
Seguindo esses pressupostos, o projeto objetiva a elaboração de uma revista informativo-jornalística destinada às categorias já citadas de turistas mas que também contemple o conceito de turismo de experiência, onde o viajante passa por situações inéditas, ou seja, que não passou antes e que de alguma forma causa um impacto em sua vida ou em suas memórias. Para, isso, usamos a seguinte definição do conceito de turismo de experiência:
Quando falamos de turismo de experiência, estamos nos referindo a um tipo de turismo que pretende marcar o turista de maneira profunda e positiva, como as viagens de trabalho voluntário e a prática de esportes radicais (como salto de paraquedas). Estamos nos referindo também à visita de uma família à terra de seus ancestrais. (...) Não nos referimos a qualquer experiência, embora acreditamos que todo ato humano, contextualizado ou não, gera ou advém de uma. (PANOSSO NETTO; GAETA, 2010, p. 44)
Assim, os colaboradores da revista Viator escrevem sobre as suas experiências marcantes durante suas viagens, tendo a experiência como foco nas reportagens, ao invés de somente produzir dicas e materiais informativos que poderiam se assemelhar a um guia de viagem, o que não é o objetivo deste trabalho. O termo revista é pertinente devido à característica textual do projeto, focada na informação e entretenimento, além de conter textos aprofundados sobre um diferente tema. Nesse aspecto, é relevante a afirmação de Scalzo (2011), para quem as revistas:
[...] cobrem funções mais complexas que a simples transmissão de notícias. Entretêm, trazem análise, reflexão, concentração e experiência de leitura. Estudando a história das revistas, o que se nota em primeiro lugar não é uma vocação noticiosa do meio, mas, sim, a afirmação de dois caminhos bem evidentes: o da educação e do entretenimento. (SCALZO, 2011, p. 13).
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Com isso, o jornalismo realizado na Revista Viator também segue o conceito de jornalismo de INFOtenimento, como citado por Dejavite (2006), apesar da própria autora considerar essa caracterização de difícil acesso, pela complexidade que envolve a sua classificação.
Relacionar as matérias dessa especialidade não é fácil, [...], já que seu conceito é híbrido, engloba informação e entretenimento. Mesmo assim, é possível afirmar que as matérias são definidas quanto à narrativa (ou formato), como também de acordo com seus gêneros [...]. Os elementos de entretenimento no jornalismo podem ser definidos como: o sensacionalista, a personalização, a dramatização de conflito e, geralmente, matérias com o uso de fotos, infográficos, tabelas, entre outros recursos. Desse modo, são vistos como como gênero de jornalismo de INFOtenimento os programas populares de radiodifusão, os jornais tabloides, os veículos voltados à cobertura de estilo de vida, a televisão e, claro, a mídia on-line. (DEJAVITE, 2006, p. 86).
Tendo em vista os aspectos acima, que podem ser classificados como parte desse tipo de jornalismo, o trabalho se identifica com os aspectos de personalização, o uso de matérias ilustradas com fotos e o aspecto de relatar o estilo de vida do viajante, por meio de relatos e crônicas escritas pelos colaboradores. O conteúdo gerado pelo usuário no caso da Revista Viator será centralizado, ou seja, há o controle do material enviado para publicação por um editor com habilidades na área jornalística, a fim de editar e diagramar as reportagens enviadas. A prática é utilizada em grande parte dos meios de comunicação e é especificada por FRANKLIN (2009), ao afirmar que:
A produção de Conteúdo Gerado por Consumidores (CGC) de forma centralizada é todo tipo de CGC que é ativamente solicitada e gerida pela organização de notícias, como por exemplo pedindo que os usuários contribuam com material em assuntos específicos ou em resposta para perguntas específicas. Isto é, a produção não é iniciada pelo consumidor e também não envolve colaboração entre os usuários. (FRANKLIN, 2009, p. 147, tradução nossa).5
5
Centralized UGC production would then be all kinds of UGC production that are actively solicited and managed by the news organization itself, e.g. asking users to contribute material on particular subjects or in response to particular
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Contudo, nos últimos anos, o rápido crescimento do número de leitores portadores de dispositivos portáteis, sejam tablets ou simplesmente smartphones dotados de interfaces leitoras, que possibilitam o acesso à internet, levaram à constituição de novas modalidades de jornalismo, como o Jornalismo Digital, que oferece novas características aos seus leitores, como aponta Ferrari (2012):
[...] para uma ferramenta ser realmente interativa, precisa permitir que o usuário se sinta imersa no conteúdo. Excesso de sofisticação, muitas vezes, só atrapalha [...]. O site deve ser agradável e tolerar os erros dos internautas, já que ninguém é obrigado a saber de antemão o caminho para se chegar a um determinado lugar. (FERRARI, 2012, p. 65).
A interatividade deve ser o ponto forte da revista em meio eletrônico e, como explica Ferrari (2012), deve ser tolerante às falhas de navegação e fácil de se utilizar, dispensando-se recursos em excesso que, por ventura, possam atrapalhar as decisões de percurso de leitura de seus leitores. Alves apud Schwingel (2012) define o Jornalismo Digital como sendo:
[...] todo processo discursivo que permite a multisequencialidade; que constrói a realidade por meio da singularidade dos eventos que podem ou não ser instantâneos ou atualizáveis; que tem como suporte de circulação as redes telemáticas de alcance mundial ou qualquer outro tipo de tecnologia por onde se transmitam sinais numéricos; que incorpore a interação com os usuários ao longo do processo produtivo; que tenha a oportunidade de utilizar formatos em texto, áudio, imagem fotografada ou em movimento, sendo dessa forma, multimídia, o que demanda novos desenhos e retorica; e que, por fim, disponha de ferramentas que permitam a disponibilização do processo por parte de todos os atores envolvidos no processo de produção. (ALVES apud SCHWINGEL, 2012, p. 21).
A revista foco deste projeto propõe-se a conter um conteúdo multimídia e englobar a maior parte de conteúdo interativo possível para o meio. Utilizamos também os seguintes conceitos de interatividade no ciberjornalismo, indicados por Schwingel (2012):
questions. That is, the productions is not user-led, nor does it involve large-scale collaboration between users. (FRANKLIN, 2009, p. 147).
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[...] do usuário com os conteúdos - navegação: ocorre a escolha dos caminhos a serem percorridos, do que será lido, há a interação em termos de escolha. [...] do usuário com o conteúdo – inclusão: o usuário altera o conteúdo, seja através de comentários, de envio de matérias, com texto, fotografias e vídeo. [...] do usuário com a equipe de produção (os jornalistas): o usuário contata com o jornalista através de uma ferramenta ou sistema, há a intenção de fazer chegar sua informação ao editor ou repórter. (SCHWINGEL, 2012, p. 35, grifo do autor).
Os três modos de interação, citados acima, estarão presentes no projeto, como forma de explorar as características do ciberjornalismo, como, por exemplo, a multimidialidade/convergência, interatividade e personalização (SCHWINGEL, 2012). Entretanto, por ter como característica principal a produção de conteúdo, por meio de seus leitores, permitindo a alteração do conteúdo pelo usuário, o projeto em questão também poderá ser considerado colaborativo. A inclusão da audiência no processo de produção de um meio de comunicação não é um conceito novo, como apontado por Rocha; Brambilha (2004):
[...] o desafio para as empresas jornalísticas centra-se em promover uma aproximação mais efetiva da audiência, tornando-a realmente participante do processo de coleta, seleção, edição, produção e publicação da notícia. [...] Ao optarmos por analisar o pensamento e a produção webjornalística em ambientes digitais que primam pela colaboração, recorrendo ao espaço relacional e à produção simbólica, devemos considerar que os interagentes potencialmente constroem coletivamente uma narrativa jornalística, privilegiando as variadas compreensões acerca dos fatos. (ROCHA; BRAMBILHA, 2004, p. 4).
Sendo a revista colaborativa, o tipo de narração empregado mais comumente é a do narrador-protagonista, ou seja, o que relata suas percepções, pensamentos e sentimentos em relação ao local visitado e narrado por ele. Esse tipo de narração foi escolhido por ser o que melhor insere o leitor no contexto da viagem descrita pelo colaborador, fazendo com que o texto seja, ao mesmo tempo, fácil e divertido de ler. Como nos explica Vilas Boas (1996):
[...] a reportagem narrada por um narrador-protagonista está limitada às percepções, pensamentos e sentimentos deste narrador. Este tipo de
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narrativa ocorre nos textos de longos depoimentos. É como se o texto tivesse sido escrito pelo(s) entrevistado(s). (VILAS BOAS, 1996, p. 52).
A estrutura da Revista Viator é também marcada pela não linearidade. Os textos podem ser acessados de formas diversas, a partir de hiperlinks, de modo a tornarem a experiência de leitura particular a cada usuário. Sobre esse aspecto, nos reportamos a Pinho (2003):
[...] a informação alojada na internet é não-linear. Nela o hipertexto permite que o usuário se movimente mediante as estruturas de informação do site sem uma sequência predeterminada, mas sim saltando entre os vários tipos de dados que necessita. A principal característica do hipertexto é a sua maneira natural de processar informação, funcionando de maneira parecida com a mente humana, que trabalha por associações de ideias e não recebe informação linearmente. (PINHO, 2003, p. 50).
O ambiente colaborativo, para uma publicação focada em turismo, é importante para a constante atualização das reportagens, possibilitando que o meio possa ser atualizado sem que muito dinheiro seja gasto, já que as reportagens serão produzidas por diversas pessoas, assim que estas completem sua jornada. O conceito de jornalismo colaborativo surgiu junto com o conceito de crowdsourcing, dentro do cibermeio. De acordo com Schwingel (2012):
O diferencial dessa prática ocorre principalmente em função das características: (1) interatividade, que possibilita a incorporação do usuário nas etapas do processo produtivo de forma potencializada [...]; (2) da multimidialidade, que representa o gerenciamento de produtos característicos de outras mídias; e (3) da flexibilização dos limites de tempo e espaço, que leva os jornalistas a criarem, segundo uma lógica própria do ciberespaço, estruturas narrativas – e com possibilidades de integração de outros conteúdos em níveis diferenciados da matéria. (SCHWINGEL, 2012, p. 90).
A revista foco deste projeto seguirá, portanto, os parâmetros citados quanto ao seu meio (digital), foco (o turismo fora de rota e não usual) e demais contextos do ciberjonalismo, jornalismo de revista e jornalismo colaborativo. O website, que abriga o número piloto da Revista Viator, utiliza-se dos recursos de
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terceira geração da web, acerca de seu design, como assevera Pinho (2003):
A terceira geração de sites não é diferenciada pelos recursos tecnológicos, mas sim pelo design. O conteúdo volta a merecer um lugar de destaque, sem que a forma seja deixada de lado. Portanto, a preocupação está tanto na funcionalidade quanto na beleza estética do site, evidenciada no layout preciso, na harmonia entre as cores, na escolha do tipo de letra adequado, no uso correto dos gráficos e, naturalmente, no cuidado com o tempo que será necessário para carregar cada página. (PINHO, 2003, p. 167).
A estrutura das páginas da Revista Viator foi elaborada com a utilização do programa construtor de páginas Adobe Muse, versão Creative Cloud, objetivando oferecer uma rápida e agradável experiência de acesso ao leitor da revista, conforme é descrito em Atividades Desenvolvidas/Execução. O esquema de fontes utilizadas procura obedecer a lógica da visualização fácil em tela ou em dispositivos móveis, como o ipad ou tablets android. Títulos, chamadas, boxes e janelas foram compostos com fontes da família grotesca, mais apropriadas a uma experiência de leitura rápida. O corpo das matérias foi composto com uma fonte da família romana específica: a Georgia, uma variação da fonte Times New Roman, porém adaptada ao meio digital, de forma que as letras maiúsculas sejam mais arejadas e que a altura do dorso das letras minúsculas sejam maiores, de forma a proporcionar maior legibilidade (PINHO, 2003). Ainda, conforme Pinho, a fonte Georgia teve o melhor desempenho para leitura em um monitor durante um estudo comparativo:
Em um estudo comparativo entre as fontes Times, Georgia e Verdana na tela dos computadores, a Georgia foi percebida pelos usuários como mais fácil para ser lida, mas definida e ainda mais legível que a Times New Roman (cf. Bernard e outros, 2002). (PINHO, 2003, p. 177).
O corpo dos textos das matérias foi 19pt e o tamanho das demais fontes oscilou de acordo com cada situação específica. O esquema de cores adota o trio azul – cinza – branco (fundo de página). Outros recursos como a exibição de fotos em paralaxe e a utilização de boxes também são empregados.
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4 OBJETIVOS ALCANÇADOS 4.1 Objetivo Geral Criar uma publicação colaborativa, onde o viajante, adepto do turismo fora de rota e não usual, possa consultar e participar de sua produção, tornando possível uma nova proposta para o modelo de revista digital.
4.2 Objetivos Específicos •
Utilizar as características do meio online de forma a criar uma publicação com características interativas voltadas para o turismo.
•
Propor um novo modelo de apresentação da revista digital, adaptando algumas características visuais do meio impresso;
•
Editar a revista no formato digital;
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5 DIFICULDADES ENCONTRADAS A primeira grande dificuldade neste trabalho foi o roubo da câmera semiprofissional com fotos e vídeos da visita da acadêmica ao deserto australiano, fazendo com que todo o material fosse perdido. Este fato teve grande influência na decisão de tornar a Revista Viator uma publicação colaborativa, já que deste modo mais locais pudessem ser abordados. Após esta decisão, houve dificuldade em produzir um conteúdo colaborativo de um tema tão específico, que é o turismo na Oceania. Para a primeira edição, tomou-se o cuidado de buscar estudantes de Jornalismo ou Comunicação Social para colaborarem com o projeto, ao invés de qualquer viajante. Para isso, a solução encontrada foi expandir o leque de assuntos disponíveis para serem abordados, o que facilitou a busca de colaboradores. Uma dificuldade, a princípio inesperada, foi a obtenção de vídeos. Ainda que seja uma prática comum, entre os viajantes, a realização de vídeos dos lugares por ondem passam, não foi possível obter de nossos colaboradores arquivos dessa natureza para a inserção nas reportagens. Em parte, isso se deve ao fato de que esses arquivos ainda são muito volumosos, em comparação aos recursos de transmissão (rede) disponíveis, e também porque a própria qualidade dos vídeos produzidos é, comparativamente, muito inferior à das fotos realizadas. Isto acarretou em reportagens ilustradas somente com fotos cedidas por estes viajantes. A escolha do tema Oceania também dificulta a execução das entrevistas com as pessoas de interesse nesses locais, principalmente devido a diferença de + 14h no fuso horário. A decorrência desta dificuldade foi a realização das entrevistas com os personagens escolhidos somente por e-mail, de forma que ocorra três ou mais interações com as fontes: primeiramente, o envio de perguntas-chave e o envio de perguntas complementares, após a resposta do primeiro e-mail. Também foram encontradas dificuldades na disponibilidade de referenciais teóricos que envolvam turismo e jornalismo colaborativo, na biblioteca da UFMS, ocasionando a pesquisa dos temas na internet ou, até mesmo, a aquisição de novos livros, somente encontrados em livrarias online. O programa utilizado, Adobe Muse, apesar de oferecer muitos dos recursos
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necessários e ser a melhor plataforma para desenvolvimento de sites, sem que seja necessário um conhecimento de linguagem de programação, não possuiu algumas das características que fariam do projeto um instrumento colaborativo sem mediação. O Adobe Muse não permite criar senhas de acesso para os colaboradores, por exemplo, fazendo com que todos os textos e fotos precisem ser enviados por e-mail, de forma a serem publicados pelo editor da publicação. Apesar deste contraponto, devido à simplicidade e à facilidade de lidar com o software, este continua sendo a melhor opção disponível.
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6 DESPESAS (ORÇAMENTO) Descrição dos itens
Valor unitário
Total
R$12
R$84
R$13
R$56
R$13
R$39
R$14,50
R$14,50
R$15
R$15
R$27,90
R$27,90
R$1
R$25,00
R$45,00
R$540
R$33,50
R$301,50
Domínio e hospedagem (valor por 1 ano)
1
R$240,00
Plug ins extras para o Adobe Muse (assinatura de
1
R$170,00
7 edições da revista “Viagem e Turismo”, da editora Abril 4 edições da revista “Viagem Mais”, da editora Europa 3 edições da revista “Viajar pelo Mundo”, da editora Emporium de Ideias 1 edição da revista “Go Outside”, da editora Rocky Montain 1 edição da revista “Orlando em Revista”, da editora Magic Press 1
edição
da
revista
“National
Geographic
Traveller”, da editora Abril Créditos Skype para ligações internacionais Assinatura anual para estudantes Adobe Creative Cloud (12 meses) 9 Livros
12 meses) Valor total
R$1.512,9
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção de um site que atende as características do meio digital é tarefa relativamente simples, considerando a existência da vasta gama de softwares que permitem a elaboração do produto para a internet, sem a necessidade de se usar linguagem própria de programação. Entretanto, a qualidade do produto final vai muito além deste detalhe de construção e exige cuidados específicos. A criação de uma revista digital com o tema de viagem poderia se assemelhar muito a um blog, se somente fossem produzidas reportagens com as experiências da acadêmica. O formato escolhido – convidar pessoas para serem colaboradores – permitiu diferentes pontos de vista e estilos textuais dentro deste projeto experimental, possibilitando a pluralidade de opinião, que não seria possível de outro modo. O meio colaborativo torna-se, assim, um caminho viável para a realização da Revista. A execução deste protótipo da Revista Viator não seria possível sem as disciplinas cursadas no curso de Jornalismo, da UFMS, que forneceram à acadêmica a base do conhecimento necessário para a construção do projeto. A participação no Programa do Governo Federal Ciência Sem Fronteiras proporcionou experiência com aprendizado acadêmico e inspirou a vontade de trabalhar o tema turismo, especialmente com divulgação de relatos, além de orientar aqueles que desejam, como a acadêmica vivenciou, viajar com baixo orçamento em turismo não usual e fora de rota. A ideia da revista teve boa aceitação quando compartilhada com amigos. Os colaboradores da revista estiveram junto com a acadêmica em algumas viagens, embora tenham escrito, em sua participação, sobre outros roteiros. Cada viagem realizada proporcionou aprendizados e todos eles foram estímulos para que a Revista Viator tomasse forma. Após voltar do intercâmbio, a ideia para o projeto experimental estava formada, porém alguns detalhes precisavam ser amadurecidos, como por exemplo, os assuntos e pessoas que seriam abordados. As dificuldades encontradas e enfrentadas possibilitaram que a Revista tenha se transformado no formato atual, mais desenvolvida do que o modelo pensado originalmente. A opção de não mais ter uma revista impressa possibilitou maior dedicação à parte digital do projeto.
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A revista contém um grande potencial para crescimento, podendo receber acréscimo de outras edições, caso consiga, via sua propagação nas redes sociais, divulgar-se e atrair a atenção do seu público-alvo. Neste caso, poderão ser utilizados anúncios, na forma do serviço Google Ads, a fim de tornar o projeto viável financeiramente. Ao optar por realizar um projeto centrado em uma revista na internet, a acadêmica buscou seguir a tendência atual de migração entre o universo impresso, físico, para o meio virtual, tendência esta que tem sido uma das grandes questões do nosso tempo para a carreira jornalística. Esse novo meio, como demonstrado nas páginas anteriores, exige novas abordagens e permite uma atuação diferenciada, em relação aos meios tradicionais, impressos. Contudo, nele ainda prevalecem conceitos de estilo, diagramação, escolha de imagens, fontes, cores, ainda que ressignificados e adaptados às novas circunstâncias. Estas oferecem, em acréscimo, as vantagens da participação colaborativa, da velocidade e simplicidade de publicação, interação e contato da revista com seus leitores, de forma quase instantânea e de forma continuada, uma vez que diferentes números da revista se acumularão, podendo ser acessados a qualquer tempo, no mesmo endereço da web. Ao finalizar este relatório, a acadêmica não pretende decretar a morte do meio impresso para a elaboração de revistas, mas acredita que essa iniciativa, cada vez mais, exigirá recursos e condições específicas para se manter viável, ao passo que o meio digital provavelmente prevalecerá como a forma mais simples e acessível para iniciativas profissionais de todas as dimensões, sejam de caráter pessoal, como este projeto, ou de empreitas corporativas de grande porte. O desafio dos novos tempos está posto para todos nós, profissionais do Jornalismo e da Comunicação Social.
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8 APÊNDICE
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Apêndice 1 Entrevista com Minarapa Mitai-Ngatai em inglês e traduzida.
Viator: I know an agreement was signed a while ago in order to valorize and insert Maori people on New Zealand society. How do kiwis perceive Maori people now? Mitai Ngatai: We do our best to get along as one people but the truth of the matter is we are 2 different cultures having different believes and values living under one law run by the English government
V: Sei que um tratado foi assinado um tempo atrás entre o governo e a população Maori de forma a inserir a comunidade Maori na sociedade Neozelandesa. Como essa sociedade se relaciona com os Maoris agora? M: Nós fazemos o nosso melhor para convivermos bem no mesmo ambiente, mas a verdade é que somos duas culturas diferentes com valores e credos diferentes vivendo sob a mesma lei governada pelo governo Britânico.
V: Did anything changed after the agreement was signed? M: Things did change after the agreement was signed. Our Maori people were forbidden to speak maori and had to learn English. We had to go to catholic church and our culture was slowly being pushed to the side, our lands and assets begun getting sold and this continues to happen today, the treaty was signed by our people under the understanding that we would govern our own Maori govern Maori and European govern European this did not happen. V:Algo mudou após o acordo ser assinado? M:Sim, as coisas mudaram após o acordo. Antes, o povo Maori era proibido de falar a língua Maori e eram obrigados a aprender inglês. Nós tínhamos que ir à igreja católica e nossa cultura estava lentamente sendo deixada de lado. Nossas terras e bens começaram a ser vendidos e isso continua acontecendo hoje em dia. O acordo foi assinado pelo nosso povo com o entendimento que nós governaríamos a nossa comunidade e os descendentes europeus governariam a deles, mas isso não aconteceu.
V: Also on this subject, can Maori people be found performing different roles inside New Zealand society (eg doctors, politicians, teachers, police man, etc) or are the majority living in villas? M: There are maori workers in the police force, lawyers, medical and teaching industries within the European work force. However, we are a strong race and have fought to have our language given back to us, and we still fight for control over the land which does not belong to us but we believe we are the caretakers of the land and need to look after mother earth as we call her papa
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tuanuku, we now have our own maori schools and kohangreo (day care kindergartens) which are run by maori and maori language, customs are taught here, we alos have our own medical facilities as a lot of our maori people are to shy to go to the medical centres were there are no maori staff members
V: Ainda nesse assunto, a população Maori pode ser encontrada atuando em diferentes papéis na sociedade ou a maioria continua vivendo nas vilas? M: Há membros da comunidade Maori dentro da força de trabalho europeia, como dentro da polícia, advogados, médicos e professores. Porém somos uma raça com uma cultura muito forte, e lutamos para que nossa língua fosse devolvida a nós. Ainda lutamos pelo controle da terra, que não pertence a nós, mas nós acreditamos ser os cuidadores da terra e precisamos cuidar de nossa mãe terra, ou como a chamamos, Papa Tuanuku. Nós agora temos nossas próprias escolas Maori e Kohangreo – como chamamos nossa pré-escola - que são comandadas por Maori e onde são ensinados nossa língua e costumes. Também temos nossas próprias facilidades médicas, já que muitos de nossos membros sentem vergonha em ir a um posto de saúde onde não há membros da comunidade Maori.
V: How Maori culture is transmitted through generations? M: Maori culture is transmitted through our waiata (songs), our pre schools and schools, our marae (villages) and through tangihanga (the passing of a loved one we gather for 3 days to be with our loved one whom has passed on)
V: Como a cultura Maori é transmitida entre gerações? M: Nossa cultura é transmitida por meio de nossas waiatas, ou músicas, nossas escolas e pré-escolas, vilas e também pela tangihanga, um rito de passagem quando um ente querido falece. Nesse caso, nos reunimos por três dias a fim de nos encontrar com amigos e família.
V: Talking about tourism, are tours inside Maori villages popular among tourists? What can one expect before going on one of those tours? M: Tours are popular amongst the tourist especially those who are eager to learn about our maori culture. You learn about the welcoming process of our people, see how we cooked our meals, you see the warriors do the traditional challenge (laying of the peace token) you hear the Karanga (call of the women welcoming you onto the village) you learn about the moko see the haka and poi dance V: Agora falando sobre turismo, os tours dentro de vilas Maori são muito requisitados pelos turistas? O que podemos esperar de um desses tours? M: Os tours são populares entre os turistas, especialmente aqueles que querem aprender um pouco mais sobre nossa cultura.
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Você pode aprender sobre o nosso processo de receber pessoas que não são da nossa tribo, ver como são cozinhadas as nossas refeições, ver nossos guerreiros fazer um desafio tradicional de entregar o token da paz, você escuta o Karanga, canto das mulheres que recepcionam os visitantes à vila, aprende sobre o Moko e assiste a uma apresentação do Haka e do Poi Dance.
V: Here in Brazil most people know the style of "Maori tatoos" but cannot relate it to the Maori people - mostly because we are not taught New Zealand story on our schools. What does tattooing means to Maori people and how is Maori tattoo traditionally done? M: Moko (tattoo) maori developed combs and chisels to cut deep into the skin, producing deeply grooved scars to which pigment colour could be added this was normally made from the soot of the burnt kauri gum tree mixed with fat. There are a lot of symbols, but I’ll show two of them. Koru (spiral): depicts new beginnings, growth and harmony, taken from the symbolism of an unfurled fern leaf. Hei matau (fish Hook): the maori symbols or meaning or hei matau, more commonly known as the fish hook symbolises prosperity, strength determination and good health
V: Aqui no Brasil grande parte da população conhece os traços da tatuagem Maori, mas geralmente não relaciona a tatuagem com o povo Maori. O que a tatuagem significa para o povo Maori e como ela é feita tradicionalmente? M: Moko, o nome que damos para a tatuagem, é tradicionalmente feita com um chisel que corta a pele profundamente, produzindo cicatrizes profundas onde o pigmento é colocado. O pigmento normalmente é produzido com o sumo do Kauri queimado, eucalipto e gordura. Temos diversos símbolos usados em nossa tatuagem, darei o exemplo de dois deles. O primeiro, Koru, significa novos começos, amadurecimento e harmonia. Seu simbolismo vem do broto da folha fern. O segundo, Hei matau, significa prosperidade, força, determinação e saúde. É mais conhecido como “fish hook”, ou anzol.
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9 ANEXOS
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Anexo 1 Reportagem da revista Slate usada como modelo de disposição de conteúdo
The self-made man, history of a myth: From Ben Franklin, to Andrew Carnegie, to Sophia Amoruso.
29/10/14 10:40
Illustrations by Happy Menocal
HISTORY
THEN, AGAIN.
SEPT. 29 2014 11:45 PM
The Self-Made Man The story of America’s most pliable, pernicious, irrepressible myth. By John Swansburg
1
Frank Giu!rida: The Beef Baron n 1990, Susan Orlean published a book called Saturday Night, in which she set out to document how Americans spend their weekly reprieve from work. “Saturday night,” she wrote, “is when you want to do what you want to do and not what you have to do.” One thing people want to do on Saturday night is go out to dinner, so Orlean dedicated a chapter to the restaurant experience. She set this section of the book at the Hilltop Steakhouse, in Saugus, Massachusetts. The Hilltop occupied a zoning-law-less stretch of Route 1 just north of Boston. A few miles to the south was Weylu’s, a maximalist Chinese restaurant that looked as if it had been airlifted to Essex County from the Forbidden City. A few miles to the north was The Ship, a seafood place in the shape of a schooner that had somehow run aground along the landlocked highway.
http://www.slate.com/articles/news_and_politics/history/2014/09/the…de_man_history_of_a_myth_from_ben_franklin_to_andrew_carnegie.html
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The self-made man, history of a myth: From Ben Franklin, to Andrew Carnegie, to Sophia Amoruso.
29/10/14 10:40
The Hilltop Steakhouse, Saugus, Massachusetts. Photo by Bold Willie/Flickr
Even with these neighbors, the Hilltop stood out. It had a 68-foot neon cactus sign, a herd of life-size fiberglass cattle grazing out front, and an ever-present line of customers waiting for one of the 1,400 seats in its six dining rooms, each named for an Old West outpost, from Dodge City to Santa Fe. Attached to the restaurant, in the rear, was the Butcher Shop. According to Orlean, it was the largest refrigerated store in the world. At the peak of the Hilltop’s popularity, it was not uncommon for patrons to eat a steak in the restaurant, bundle up for a visit to the butcher shop, and emerge into the 7-acre parking lot with a full stomach and an armload of sirloin for home. Emblazoned on the Hilltop’s cactus, in a flowery script, was the signature of its founder, Frank Giuffrida. The son of Sicilian immigrants, Giuffrida grew up in Lawrence, Massachusetts, an old mill town on the banks of the Merrimack River. His father died when Giuffrida was still a boy, so Frank dropped out of school and started working in the family business, a butcher shop. In the early 1960s, he sold that store and used the proceeds to buy what he described as a seedy gin mill on Route 1 called the Gyro Club. There he would fulfill the lifelong dream of a John Wayne–loving meat-cutter: opening a Western-themed steakhouse, with his wife Irene serving as hostess. Giuffrida’s formula was large portions at low prices; he bet that he could make up for his thin margins with high volume. It worked. In 1987, the Boston Globe reported that the Hilltop was spending $20,000 a year just to supply its patrons with doggie bags. People couldn’t finish their $11 steaks—and they couldn’t get enough of the place. By the time Orlean interviewed Frank and Irene, they had built the Hilltop into a local institution doing business on a national scale. “Last year, the Hilltop grossed forty-seven million dollars and served food to two and a half million people,” Orlean wrote. “This represents more food sold and more people served than at any other single restaurant in the country.” New York City’s Tavern on the Green was a distant second.
http://www.slate.com/articles/news_and_politics/history/2014/09/the…de_man_history_of_a_myth_from_ben_franklin_to_andrew_carnegie.html
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The self-made man, history of a myth: From Ben Franklin, to Andrew Carnegie, to Sophia Amoruso.
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Orlean embedded with a platoon of seen-it-all waitresses, studied the rituals of the customers waiting for a table (who played whist, completed crosswords, and drank cocktails to kill time during what could be a twohour wait), and witnessed two large gentlemen order a cheeseburger and a tenderloin (each). There was one character, however, missing from Orlean’s otherwise comprehensive account: the Hilltop’s owner. Giuffrida had sold the restaurant two years earlier, to a local businessman named Jack Swansburg.
The first thing I asked my father when he told me he was buying the Hilltop was whether his signature would replace Giuffrida’s on the giant cactus. His response: “Nobody wants to buy a steak from Jack Swansburg.” Frank’s name would stay on the sign, and Frank and Irene would fly in from Florida, where they’d retired, when reporters turned up to write about the restaurant. This made good business sense—new ownership can spook the diehards—but it frustrated my efforts, as an 11-year-old, to boast that my father owned the busiest restaurant in America. It was like telling people it was my dad, not Red Auerbach, calling the shots in the Celtics’ front office. People didn’t think I was bragging. They thought I was lying. Frank Giuffrida died of a stroke in 2003, and I never got to ask him why he decided to sell the Hilltop to my father. Surely Giuffrida had other suitors for a business so profitable and iconic, and surely a man who inscribes his name on a 68-foot neon cactus has thought about his legacy. But my guess is that he saw my father as a kindred spirit. Though Jack had no experience running a restaurant, or for that matter any business in the service industry, he was, like Frank, a self-made man, a blue-collar guy from Winthrop, Massachusetts, who had pulled himself up by his proverbial bootstraps. In 1630, John Winthrop composed his famous sermon in which he set forth his vision for a community that would be “as a city upon a hill,” a beacon of Puritan virtue shining from the New World. The city he founded was Boston. The town bearing Winthrop’s name is a workingclass enclave nestled between Logan Airport and the plant that treats Greater Boston’s sewage. My father grew up on the top floor of a clapboard double-decker near Belle Isle Inlet, a brackish basin that separates Winthrop from Logan’s runways. When he turned 15, Jack’s father, a truck driver, told him it was time he found a job. A local roofing company was hiring. So my father became, in his typically earthy turn of phrase,
Image via Wikimedia Commons
a “shit-bum roofer.” Roofing in that era was a particularly grueling trade. Higher-skilled laborers—carpenters, sheet metal workers—looked down on the men who made their living pouring 400-degree asphalt while exposed to the harsh New England elements. A roofer, however, still took pride in his work; when we’d drive through the Boston area, my father could never resist pointing out the projects he’d worked on. “See that brick building?” he’d say, gesturing toward an anonymous structure alongside the Southeast Expressway. “I put the roof on that.” Once, my sister reported that a favorite elementary school teacher did roofing work over the summer, thinking this would please our father. “He’s not a roofer,” Jack shot back. “He’s a shingler.”
Economic mobility is greater in Canada,
By that time my father had left the roofing business. He had started his own roofing company in his mid-20s, turned it into a profitable concern, and cashed out so he could invest in more lucrative enterprises. My father has never had any vanity about what sort of business he’s in, so long as he sees “a return on my invested dollars,” a phrase he repeats, in his thick Boston accent, like a mantra.
http://www.slate.com/articles/news_and_politics/history/2014/09/the…de_man_history_of_a_myth_from_ben_franklin_to_andrew_carnegie.html
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Anexo 2 Reportagem Snowfall, do New York Times
Snow Fall: The Avalanche at Tunnel Creek - Multimedia Feature - NYTimes.com
Snow Fall
TUNNEL CREEK
TO THE PEAK
DESCENT BEGINS
BLUR OF WHITE
29/10/14 10:41
DISCOVERY
SPREADS
T
WORD MAP
THE GROUP
he snow burst through the trees with no warning but a last-second whoosh of sound, a twostory wall of white and Chris Rudolph’s piercing cry: “Avalanche! Elyse!”
The very thing the 16 skiers and snowboarders had sought — fresh, soft snow — instantly became the enemy. Somewhere above, a pristine meadow cracked in the shape of a lightning bolt, slicing a slab nearly 200 feet across and 3 feet deep. Gravity did the rest. Snow shattered and spilled down the slope. Within seconds, the avalanche was the size of more than a thousand cars barreling down the mountain and weighed millions of pounds. Moving about 7o miles per hour, it crashed through the sturdy old-growth trees, snapping their limbs and shredding bark from their trunks. The avalanche, in Washington’s Cascades in February, slid past some trees and rocks, like ocean swells around a ship’s prow. Others it captured and added to its violent load. http://www.nytimes.com/projects/2012/snow-fall/#/?part=tunnel-creek
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Snow Fall: The Avalanche at Tunnel Creek - Multimedia Feature - NYTimes.com
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Somewhere inside, it also carried people. How many, no one knew. The slope of the terrain, shaped like a funnel, squeezed the growing swell of churning snow into a steep, twisting gorge. It moved in surges, like a roller coaster on a series of drops and high-banked turns. It accelerated as the slope steepened and the weight of the slide pushed from behind. It slithered through shallower pitches. The energy raised the temperature of the snow a couple of degrees, and the friction carved striations high in the icy sides of the canyon walls. Elyse Saugstad, a professional skier, wore a backpack equipped with an air bag, a relatively new and expensive part of the arsenal that backcountry users increasingly carry to ease their minds and increase survival odds in case of an avalanche. About to be overtaken, she pulled a cord near her chest. She was knocked down before she knew if the canister of compressed air inflated winged pillows behind her head. She had no control of her body as she tumbled downhill. She did not know up from down. It was not unlike being cartwheeled in a relentlessly crashing wave. But snow does not recede. It swallows its victims. It does not spit them out. Snow filled her mouth. She caromed off things she never saw, tumbling through a cluttered canyon like a steel marble falling through pins in a pachinko machine. At first she thought she would be embarrassed that she had deployed her air bag, that the other expert skiers she was with, more than a dozen of them, would have a good laugh at her panicked overreaction. Seconds later, tumbling uncontrollably inside a ribbon of speeding snow, she was sure this was how she was going to die. Moving, roiling snow turns into something closer to liquid, thick like lava. But when it stops, it instantly freezes solid. The laws of physics and chemistry transform a meadow of fine powder into a wreckage of icy chunks. Saugstadâ&#x20AC;&#x2122;s pinwheeling body would freeze into whatever position it was in the moment the snow stopped. After about a minute, the creek bed vomited the debris into a gently sloped meadow. Saugstad felt the snow slow and tried to keep her hands in front of her. She knew from avalanche safety courses that outstretched hands might puncture the ice surface and alert rescuers. She knew that if victims ended up buried under the snow, cupped hands in front of the face could provide a small pocket of air for the mouth and nose. Without it, the first breaths could create a suffocating ice mask. The avalanche spread and stopped, locking everything it carried into an icy cocoon. It was now a jagged, virtually impenetrable pile of ice, longer than a football field and nearly as wide. As if newly plowed, it rose in rugged contrast to the surrounding fields of undisturbed snow, 20 feet tall in spots. Saugstad was mummified. She was on her back, her head pointed downhill. Her goggles were off. Her nose ring had been ripped away. She felt the crushing weight of snow on her chest. She could not move her legs. One boot still had a ski attached to it. She could not lift her head because it was locked into the ice.
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But she could see the sky. Her face was covered only with loose snow. Her hands, too, stuck out of the snow, one still covered by a pink mitten.
Using her hands like windshield wipers, she tried to flick snow away from her mouth. When she clawed at her chest and neck, the crumbs maddeningly slid back onto her face. She grew claustrophobic. Breathe easy, she told herself. Do not panic. Help will come. She stared at the low, gray clouds. She had not noticed the noise as she hurtled down the mountain. Now, she was suddenly struck by the silence.
Tunnel Creek The Cascades are among the craggiest of American mountain ranges, roughly cut, as if carved with a chain saw. In summer, the gray peaks are sprinkled with glaciers. In winter, they are smothered in some
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of North America’s deepest snowpack. The top of Cowboy Mountain, about 75 miles east of Seattle, rises to 5,853 feet — about half the height of the tallest Cascades, but higher than its nearest neighbors, enough to provide 360-degree views. It feels more like a long fin than a summit, a few feet wide in parts. Locals call it Cowboy Ridge. To one side, down steep chutes, is Stevens Pass ski area, which receives about 400,000 visitors each winter. To the other, outside the ski area’s boundary to what is considered the back of Cowboy Mountain, is an unmonitored play area of reliably deep snow, a “powder stash,” known as Tunnel Creek.
It is a term with broad meaning. The name is derived from the Cascade Tunnel, originally a 2.6-mile railroad tube completed in 1900 that connected the east and west sides of the Cascades, a boon for the
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growth of Seattle and Puget Sound. The mountain pass that it burrowed beneath was named for the project’s engineer, John Frank Stevens, who later helped build the Panama Canal. In late February 1910, ceaseless snowstorms over several days marooned two passenger trains just outside the tunnel’s west portal. Before the tracks could be cleared, the trains were buried by what still stands as the nation’s deadliest avalanche. It killed 96 people. Bodies were extricated and wrapped in blankets from the Great Northern Railway, then hauled away on sleds. Some were not found until the snow melted many months later. Wreckage after the Wellington, Wash., avalanche in 1910, which buried two passenger trains marooned by snowstorms outside the Cascade Tunnel and killed 96 people. Rescue workers transported bodies from the scene on sleds. Museum of History & Industry To skiers and snowboarders today, Tunnel Creek is a serendipitous junction of place and powder. It features nearly 3,000 vertical feet — a rarely matched descent — of open meadows framed by thick stands of trees. Steep gullies drain each spring’s runoff to the valley floor and into a small, short gorge called Tunnel Creek.
The area has all of the alluring qualities of the backcountry — fresh snow, expert terrain and relative solitude — but few of the customary inconveniences. Reaching Tunnel Creek from Stevens Pass ski area requires a ride of just more than five minutes up SkyLine Express, a high-speed four-person chairlift, followed by a shorter ride up Seventh Heaven, a steep two-person lift. Slip through the open boundary gate, with its “continue at your own risk” warning signs, and hike 10 minutes to the top of Cowboy Mountain. When snow conditions are right, the preferred method of descent used by those experienced in Tunnel Creek, based on the shared wisdom passed over generations, is to hopscotch down the mountain through a series of long meadows. Weave down the first meadow, maybe punctuate the run with a jump off a rock outcropping near the bottom, then veer hard left, up and out of the narrowing gully and into the next open glade. Another powder-filled drop ends with another hard left, into another meadow that leads to the valley floor. Tunnel Creek is, in the vernacular of locals, a “hippie pow run” — breezy and unobstructed, the kind that makes skiers giggle in glee as they descend through a billowing cloud of their own soft powder and emerge at the bottom coated in white frosting. Despite trends toward extreme skiing (now called freeskiing), with improbable descents over cliffs and down chutes that test the guile of even the fiercest daredevils, the ageless lure of fresh, smooth powder endures. But powder and people are key ingredients for avalanches. And the worry among avalanche forecasters, snow-science experts and search-and-rescue leaders is that the number of fatalities — roughly 200 around the world each year — will keep rising as the rush to the backcountry continues among skiers, snowboarders, climbers and snowmobilers.
Allure of the Backcountry
The backcountry represents the fastest-growing segment of the ski industry. More than ever, people are looking for fresh descents accessible by helicopters, hiking or even the simple ride up a chairlift. Before 1980, it was unusual to have more than 10 avalanche deaths in the United States each winter. There were 34 last season, including 20 skiers and snowboarders. Eight victims were skiing out of bounds, legally, with a lift ticket. And many of the dead were backcountry experts intimate with the terrain that killed them. “It’s a cultural shift, where more skiers are going farther, faster, bigger,” said John Stifter, the editor of Powder magazine, who was a part of the group at Tunnel Creek in February. “Which is tending to push your pro skiers or other experienced, elite-level backcountry skiers that much farther, faster and bigger,
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Anexo 3 Relat贸rio do Minist茅rio do Turismo
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
MINISTÉRIO DO TURISMO FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
SUMÁRIO EXECUTIVO PESQUISA REALIZADA EM SETEMBRO/2014, EM GRANDES CIDADES BRASILEIRAS, REFERENTE À PERSPECTIVA DE INTENÇÃO DE BRASILEIROS DE VIAJAR NUM HORIZONTE DE 6 (SEIS MESES), REVELA QUE:
AS ASSINALAÇÕES POSITIVAS DE VIAGEM REGISTRARAM
O PERCENTUAL DE INCERTEZA A ESSE RESPEITO
AS INDICAÇÕES NEGATIVAS DE VIAGEM ATINGIRAM
EM SETEMBRO 2014
31,6%
EM SETEMBRO 2013
32,1%
EM SETEMBRO 2014
3,6%
EM SETEMBRO 2013
6,5%
EM SETEMBRO 2014 EM SETEMBRO 2013
NAS ILUSTRAÇÕES ABAIXO SÃO APRESENTADAS AS INTENÇÕES DE USO DE MEIOS DE HOSPEDAGEM E DE TRANSPORTE DOS 31,6% DOS ENTREVISTADOS QUE PRETENDEM VIAJAR NOS PRÓXIMOS 6 MESES:
MEIOS DE HOSPEDAGEM
SETEMBRO 2014
SETEMBRO 2013
Hotéis e pousadas
49,1%
49,2%
Casas de parentes e/ou amigos
42,3%
39,0%
Outros
8,6%
11,8%
MEIOS DE TRANSPORTE
SETEMBRO 2014
SETEMBRO 2013
Avião
58,3%
58,2%
Automóvel
25,3%
26,7%
Ônibus
12,7%
12,2%
Outros
3,7%
2,9%
64,8% 61,4%
QUANTO AO DESEJO DOS MESMOS 31,6% DE VISITAR, NOS PRÓXIMOS 6 MESES:
NORTE
DESTINOS TURÍSTICOS NACIONAIS
EM SETEMBRO 2014
76,4%
EM SETEMBRO 2013
74,1%
DESTINOS TURÍSTICOS INTERNACIONAIS
EM SETEMBRO 2014
20,4%
EM SETEMBRO 2013
23,4%
8,5%
NORDESTE
42,2%
SUDESTE
27,1%
CENTRO-OESTE
4,2% AINDA NÃO DECIDIRAM O DESTINO (BRASIL OU EXTERIOR)
EM SETEMBRO 2014
3,2%
EM SETEMBRO 2013
2,5%
SUL
18,0%
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
METODOLOGIA A Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem é
A série histórica de set./2005 a dez./2009 está
elaborada com base nos dados coletados numa pesquisa
disponível na edição de dez./2009, de jan./2010 a
mais ampla, denominada Sondagem de Expectativas do
dez./2011, na edição dez./2011, de janeiro a
Consumidor, levada a efeito pelo Instituto Brasileiro de
dezembro/2012, na edição dez./2012 e as demais na
Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas, a qual
edição atual da Sondagem do Consumidor – Intenção de
abarca uma amostra de mais de 2000 domicílios nas
Viagem, no site do Ministério do Turismo. As séries com
seguintes cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília,
segmentação (renda familiar, faixa etária, grau de
Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
instrução, local de residência e gênero dos respondentes)
Tal pesquisa é realizada por meio de contato telefônico.
foram iniciadas em janeiro de 2008. A coleta de dados para
A Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem, elaborada pela FGV e o Ministério do Turismo, retrata a
esta edição foi realizada entre os dias 01 e 20 de setembro de 2014. Para maiores informações sobre a metodologia, entrar
expectativa das famílias brasileiras de consumir os serviços
em contato por meio do e-mail sondagem@fgv.br ou pelo
relacionados ao turismo nos próximos seis meses.
telefone (21) 3799-6078.
Presidenta da República Federativa do Brasil
Ministro de Estado do Turismo
Secretário Executivo
Dilma Vana Rousse?
Vinicius Nobre Lages
Alberto Alves
Secretário Nacional das Políticas de Turismo
Diretoria de Estudos e Pesquisas
Coordenadora-Geral de Estudos e Pesquisas
Vinícius Lummertz
José Francisco de Salles Lopes
Neiva Duarte
EQUIPE TÉCNICA
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
Coordenação
Colaboradores
Luiz Gustavo Medeiros Barbosa
André Coelho Agnes Dantas Cristiane Rezende Erick Lacerda Fabíola Barros Laura Monteiro Paola Lohmann Roberto Pascarella Thays Venturim
Presidente
Carlos Ivan Simonsen Leal
Coordenação da Pesquisa Mensal
Aloísio Campelo Júnior Viviane Seda Bittencourt Diretor do IBRE
Luiz Guilherme Schymura de Oliveira
Equipe Técnica
Airton Nogueira Pereira Junior Ique Lavatori Barbosa Guimarães Diretores da FGV Projetos
Leonardo Siqueira Vasconcelos
Cesar Cunha Campos Ricardo Simonsen
Paulo Cesar Stilpen
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mario Henrique Simonsen/FGV Sondagem do consumidor : intenção de viagem. – Ano 7 (setembro 2014) / FGV Projetos, Ministério do Turismo. – Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2014. 1 v. Mensal. ISSN: 22362142 1. Turismo – Aspectos econômicos. I. Fundação Getulio Vargas. II. FGV Projetos. III. Brasil. Ministério do Turismo. CDD – 338.4791
2
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
Renda Familiar O confronto entre as intenções de viagens a serem
entre R$ 2.101 e R$ 4.800 (2,6%, contra 3,6%); entre
realizadas nos próximos seis meses, comunicadas em
R$ 4.801 e R$ 9.600 (7,0%, contra 8,7%); e mais de
setembro/2013 e em igual mês de 2014, mostra elevação
R$ 9.600 (25,1%, contra 25,3%).
em dois dos quatro intervalos de renda familiar estabelecidos na sondagem do consumidor: entre R$ 2.101 e R$ 4.800 (de 24,2% para 25,6%) e mais de R$ 9.600 (de 52,2% para 54,1%). Nas outras duas faixas observaram-se quedas: até R$ 2.100 (de 14,2% para 11,9%) e entre R$ 4.801 e R$ 9.600 (de 36,4% para 33,0%).
Os percentuais referentes à realização de viagens com acompanhantes diminuíram (de setembro/2013 para igual mês de 2014) em três das quatro segmentações de renda familiar: até R$ 2.100 (de 86,3% para 81,2%), entre R$ 2.101 e R$ 4.800 (de 87,4% para 85,6%) e mais de R$ 9.600 (de 94,7% para 93,0%), aumentando na faixa
Preponderam, em setembro/2014, propósitos de
entre R$ 4.801 e R$ 9.600 (de 90,5% para 92,1%). No que
viajar pelo Brasil em todas as segmentações de renda: até
tange à intenção de viagens em que cônjuges e filhos
R$ 2.100 (97,8% de assinalações, contra 2,2% de desejo de
deverão ser os acompanhantes, os somatórios relativos a
ida para o exterior), de R$ 2.101 a R$ 4.800 (85,7%, contra
essas duas opções variam, em setembro/2014, de 75,0%
10,2%), de R$ 4.801 a R$ 9.600 (73,7%, contra 21,2%) e a
(renda entre R$ 2.101 e R$ 4.800) a 84,6% (aquela superior
dos respondentes com renda superior a R$ 9.600 (50,1%,
a R$ 9.600).
contra 46,4%).
Quanto à escolha de meio de transporte, registrou-se
No intervalo até R$ 2.100, dos 11,9% que informaram,
aumento do percentual de preferência de deslocamento
em setembro/2014, decisão de viajar, 97,8% deverão fazê-
por via aérea em três das quatro faixas de renda familiar:
lo pelo Brasil e, destes, 71,2% pretendem visitar outras
até R$ 2.100 (de 39,2%, em setembro/2013, para 40,5%
Unidades da Federação, isto é, 8,3% do total de
em igual mês de 2014), entre R$ 2.101 e R$ 4.800 (de
entrevistados dessa faixa tencionam viajar para demais
47,9% para 51,9%) e de respondentes com renda maior do
estados (contra 9,3% em igual mês de 2013). Na faixa de
que R$ 9.600 (de 77,1% para 80,9%); por outro lado,
R$ 2.101 a R$ 4.800, o percentual dos que querem visitar
detectou-se redução no intervalo entre R$ 4.801 e
outras Unidades da Federação alcança 15,6% em
R$ 9.600 (de 67,3% para 58,2%). Com relação à utilização
setembro/2014 (contra 14,3% no mesmo mês de 2013);
de automóvel, a evolução (de setembro/2013 para igual
entre R$ 4.801 e R$ 9.600, 17,7% (contra 21,3%); e renda
mês de 2014) é a seguinte: até R$ 2.100 (de 25,7% para
familiar superior a R$ 9.600, 22,3% (contra 18,6%).
18,6%), de R$ 2.101 a R$ 4.800 (de 36,8% para 35,0%), de
No que concerne ao propósito de viajar para o exterior, as assinalações aumentam significativamente com a majoração de renda: até R$ 2.100, dos 11,9% que desejam viajar, 2,2% pretendem ir para fora do País (ou seja, 0,3% em setembro/2014, contra 0,7% no mesmo mês de 2013);
R$ 4.801 a R$ 9.600 (de 24,9% para 31,3%) e mais de R$ 9.600 (de 19,8% para 16,5%). Os percentuais referentes à decisão de viagens de ônibus variam, em setembro/2014, de 1,0% (classe de renda mais alta) a 36,2% (a de renda mais baixa).
(CONTINUA)
3
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
(conclusão)
Renda Familiar No que diz respeito aos meios de hospedagem, a
salientar o fato de que o percentual de assinalações (em
evolução das intenções de estada em hotéis ou pousadas é
setembro/2014), detectado no intervalo de renda mais
especificada a seguir: até R$ 2.100 (de 14,8%, em
baixa (78,7%), corresponde a mais do que o quádruplo do
setembro/2013, para 16,8% no mesmo mês de 2014), de
registrado na segmentação de renda mais elevada
R$ 2.101 a R$ 4.800 (de 45,3% para 42,4%), de R$ 4.801 a
(18,0%).
R$ 9.600 (de 62,4% para 64,3%) e mais do que R$ 9.600 (de 72,6% para 71,4%). A escolha de estada em casa de parentes e/ou amigos vem se destacando, cada vez mais, como relevante opção de escolha de meio de hospedagem, sendo a sequência, de setembro/2013 para idêntico mês de 2014, discriminada a seguir: até R$ 2.100 (de 75,4% para 78,7%), de R$ 2.101 a R$ 4.800 (de 40,9%
Com referência à hospedagem em residências próprias, os índices variam, em setembro/2014, de 0,0% (renda até R$ 2.100) a 7,9% (entre R$ 4.801 e R$ 9.600). Quanto às residências alugadas, os percentuais são bem menos expressivos, variando do mínimo de 1,8% (renda entre R$ 4.801 e R$ 9.600) ao máximo de 4,5% (faixa de renda mais baixa).
para 51,0%), de R$ 4.801 a R$ 9.600 (de 27,4% para 23,6%) e renda superior a R$ 9.600 (de 14,3% para 18,0%) - cabe
GRÁFICO 01
GRÁFICO 02
INTENÇÃO DE VIAGEM EXPECTATIVA DE VIAGEM POR FAIXAS DE RENDA FAMILIAR PARA OS PRÓXIMOS 6 MESES - SETEMBRO DE 2013 E 2014
USO DE AVIÃO INTENÇÃO DE USO DE AVIÃO NOS PRÓXIMOS 6 MESES, SEGUNDO FAIXAS DE RENDA FAMILIAR - SETEMBRO DE 2013 E DE 2014
60
Intenção Positiva de Viagem (%)
Intenção Positiva de Viagem (%)
45 40
36,4 33,0
35 30
24,2 25,6
25 15
14,2 11,9
10
67,3
70
58,2
60 50 40
80,9
47,9
51,9
39,2 40,5
30 20 10
5 0
77,1
80
50
20
90
52,2 54,1
55
Até R$ 2.100
Fontes: FGV e MTur
R$ 2.101 a R$ 4.800 SET 2013
R$ 4.801 a R$ 9.600 SET 2014
Acima de R$ 9.600
0
Até R$ 2.100
Fontes: FGV e MTur
R$ 2.101 a R$ 4.800 SET 2013
R$ 4.801 a R$ 9.600
Acima de R$ 9.600
SET 2014
4
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
Faixa Etária As intenções de viagens, a serem realizadas nos
A decisão de viajar com acompanhantes, de
próximos seis meses, apresentaram majoração das
setembro/2013 para idêntico mês de 2014, teve a
indicações positivas em todas as faixas etárias, no
seguinte evolução: entrevistados menores de 35 anos (de
contraste entre setembro de 2013 e de 2014: consultados
86,1% para 91,8%), entre 35 e 44 anos (de 96,5% para
com menos de 35 anos (de 33,0% para 36,4%), entre 35 e
94,1%), entre 45 e 60 anos (de 92,7% para 92,2%) e entre
44 anos (de 38,5% para 39,9%), entre 45 e 60 anos (de
os mais idosos (de 89,3% para 88,8%). Os somatórios de
32,3% para 35,2%) e daqueles com mais de 60 anos (de
realização de viagens com cônjuges e filhos variam, em
33,4% para 37,4%).
setembro/2014, de 52,0% (consultados menores de 35
No que se refere ao destino das viagens, as opções por
anos) a 90,7% (entre 35 e 44 anos).
viagens domésticas, tem sua evolução da decisão, de
A opção de deslocamento via aérea continua sendo a
setembro/2013 para igual mês de 2014, especificada a
mais indicada em todas as faixas etárias. A evolução desse
seguir: respondentes com menos de 35 anos (de 63,2%
propósito (de setembro/13 para igual mês de 2014) é a
para 62,7%), de 35 a 44 anos (de 77,5% para 70,0%), de 45
seguinte: menores de 35 anos (de 73,6% para 64,5%), de
a 60 anos (de 65,2% para 65,8%) e maiores de 60 anos (de
35 a 44 anos (de 60,3% para 66,6%), de 45 a 60 anos (de
61,5% para 59,9%). Quanto à intenção de viagens
64,5% para 67,3%) e maiores de 60 anos (de 67,7% para
internacionais, a sequência, por faixas etárias, é a seguinte:
72,3%). O automóvel, que segue como segunda maior
menores de 35 anos (de 32,0%, em setembro/2013, para
opção de transporte, apresentou as seguintes variações
34,3% no mesmo mês de 2014), entre 35 e 44 anos (de
de setembro/2013 para o mesmo mês de 2014: menores
19,2% para 28,0%), entre 45 e 60 anos (de 31,2% para
de 35 anos (de 12,8% para 27,3%), de 35 a 44 anos (de
30,7%) e maiores de 60 anos (de 36,7% para 35,8%).
31,2% para 22,5%), de 45 a 60 anos (de 28,0% para 23,3%)
Com relação aos pesquisados de 35 a 44 anos, dos 39,9% que manifestaram intenção de viajar, 70,0% escolheram fazê-lo pelo Brasil e, destes, 77,5% deverão realizar viagens interestaduais, isto é, 21,6% dos respondentes dessa faixa etária (contra 23,1% em
e maiores de 60 anos (de 22,7% para 21,7%). Os percentuais de assinalações relativas às viagens de ônibus são menos significativos, variando, em setembro/2014, de 4,3% (para os respondentes mais idosos) a 8,2% (para os respondentes com menos de 35 anos).
setembro/2013). No que diz respeito aos informantes com
No que tange a escolha de hospedagem, registrou-se,
mais de 60 anos, cujas assinalações de intenção positiva de
mais uma vez, maior preferência por hotéis e pousadas
viagem totalizaram 37,4%, 59,9% delas referem-se à
(em relação às demais opções) em todas as faixas etárias,
opção de realização de viagens internacionais, ou seja,
as quais apresentaram a evolução discriminada a seguir,
13,4% do total de entrevistados dessa faixa etária optam
comparando as pesquisas realizadas nos meses de
por viajar para outros países (contra 12,3% em
setembro/2013 e de 2014: menores de 35 anos (de 48,4%
setembro/2013).
para 52,3%), entre 35 e 44 anos (de 56,6% para 58,2%), entre 45 e 60 anos (de 58,3% para 58,8%) e com idade superior a 60 anos (de 64,2% para 69,3%).
(CONTINUA)
5
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
(conclusão)
Faixa Etária Preferências bastante relevantes têm sido observadas,
20,7%). Com relação às residências próprias, as
igualmente, na estada em casas de parentes e/ou amigos:
assinalações variam, em setembro/2014, de 0,0%
menores de 35 anos (manutenção do percentual em
(consultados com menos de 35 anos) a 7,2% (aqueles com
40,0%, de setembro/2013 para mesmo mês de 2014), de
mais de 60 anos); no caso de residências alugadas, os
35 a 44 anos (de 29,0% para 34,0%), de 45 a 60 anos (de
índices variam de 2,4% (maiores de 60 anos) a 4,7%
28,6% para 30,3%) e maiores de 60 anos (de 24,3% para
(informantes com menos de 35 anos).
GRÁFICO 03
GRÁFICO 04
INTENÇÃO DE VIAGEM INTENÇÃO DE VIAGEM PARA OS PRÓXIMOS 6 MESES POR FAIXA ETÁRIA - SETEMBRO DE 2013 E DE 2014
MEIOS DE HOSPEDAGEM PREFERÊNCIA POR MEIOS DE HOSPEDAGEM - FAIXA ETÁRIA DE 35 A 44 ANOS - SETEMBRO DE 2014 1,4%
33,4
Mais de 60 anos
37,4 34,0%
32,3
De 45 a 60 anos
Hotel/Pousada
35,2
Residência Própria Residência Alugada
38,5
De 35 a 44 anos
Casa Parentes e/ou Amigos
39,9 2,5%
33,0
Menos de 35 anos
3,9%
36,4 0
Fontes: FGV e MTur
5
10
15
20 SET 2013
25
30 SET 2014
35
Outros Tipos 58,2%
40
45
Fontes: FGV e MTur
6
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
Grau de Instrução O contraste entre as intenções positivas de viagens a
(ou seja, 19,7% em setembro/2014, contra 16,2% em
serem realizadas nos próximos seis meses, apuradas em
idêntico mês de 2013); e entre aqueles com grau superior
setembro/2013 e de 2014, revela aumento em quase
completo (13,5%, contra 15,8%, respectivamente).
todos os níveis de instrução estabelecidos pela sondagem: primário completo a 1º grau incompleto (de 16,8% para 19,2%), 1º grau completo a 2º grau incompleto (de 18,8% para 21,9%), 2° grau completo a superior incompleto (de 25,6% para 25,7%), superior completo (de 37,4,0% para 39,2%) e pós-graduação (de 46,5% para 47,6%), constituindo exceção a faixa de informantes sem instrução ou com primário incompleto, onde se verificou redução (de 13,0% para 7,7%).
A evolução das assinalações de opção por viagens aéreas (de setembro/2013 para igual mês de 2014), por faixas de escolaridade, é especificada a seguir: sem instrução a primário incompleto (de 49,4% para 0,0%), primário completo a 1º grau incompleto (de 35,0% para 28,5%), 1º grau completo a 2º grau incompleto (de 31,1% para 57,1%), 2º grau completo a superior incompleto (de 52,5% para 54,7%), superior completo (de 73,5% para 68,9%) e pós-graduação (de 72,3% para 78,5%). Quanto à
Os destinos turísticos brasileiros constituem a principal
opção de uso de automóvel como meio de deslocamento,
preferência dos consultados, segundo o grau de
constataram-se declínios nas seguintes faixas de
escolaridade, sendo a evolução, de setembro/2013 para o
escolaridade: sem instrução a primário incompleto (de
mesmo mês de 2014, de intenção de viagem dentro do
50,6%, em setembro/2013, para 49,5% em idêntico mês
País, especificada a seguir: sem instrução a primário
de 2014), primário completo a 1º grau incompleto (de
incompleto (percentual mantido em 100,0%), primário
39,2% para 15,4%), 1º grau completo a 2º grau incompleto
completo a 1º grau incompleto (de 91,2% para 82,0%), 1º
(de 36,3% para 25,0%) e pós-graduação (de 23,4% para
grau completo a 2º grau incompleto (de 90,0% para
17,4%). Nos demais intervalos verificaram-se aumentos:
86,9%), 2º grau completo a superior incompleto (de 80,8%
2º grau completo a superior incompleto (de 31,7% para
para 81,5%), superior completo (de 56,3% para 61,5%) e
32,0%) e superior completo (de 20,5% para 24,2%). No que
pós-graduação (de 60,8% para 55,3%).
diz respeito às viagens de ônibus, os mais elevados
Dos 39,2% de entrevistados com grau superior completo que manifestaram, em setembro/2014, desejo de viajar, 61,5% indicaram preferência por viagens domésticas e, destes, 74,8% referem-se a visitas a outras Unidades da Federação, ou seja, 18,0% do total de entrevistados desse nível de instrução tencionam viajar
percentuais foram observados, em setembro/2014, entre os pesquisados sem instrução ou com primário incompleto (50,5%) e os com primário completo a 1º grau incompleto (45,7%), destacando-se, também, o baixo índice detectado junto aos respondentes com pós-graduação (2,1%).
para outros estados (contra 16,3% em setembro/2013).
A presente pesquisa registra índices de intenção de
No que tange aos pesquisados pós-graduados, dos 47,6%
viagens com acompanhantes, com percentuais que
que têm intenção de viajar, 55,3% optam pelo Brasil e,
variam, em setembro/2014, do mínimo de 49,5%
destes, 82,8% deverão realizar viagens interestaduais, isto
(respondentes sem instrução ou com primário
é, 21,8% do total de respondentes dessa faixa de
incompleto) ao máximo de 96,9% (aqueles com 1º grau
escolaridade (contra 22,0% em setembro/2013). No que
completo ou com 2º grau incompleto) – os relativos à
concerne à intenção de viajar para o exterior, os mais
intenção de viagens com cônjuges e filhos variam,
elevados percentuais, em setembro/2014, foram
atualmente, de 76,5% (primário completo a 1º grau
observados na segmentação de entrevistados com maior
incompleto) a 100,0% (sem instrução a primário
nível de escolaridade: entre os pós-graduados, dos 47,6%
incompleto).
que desejam viajar, 41,3% pretendem ir para fora do País (CONTINUA)
7
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
(conclusão)
Grau de Instrução Com relação à opção por meio de hospedagem,
A segunda maior escolha é a estada na casa de parentes
detectou-se maior pretensão (comparados
e/ou amigos, a qual apresentou a seguinte evolução, de
setembro/2013 e de 2014) de utilização de hotel ou
setembro/2013 para o mesmo mês de 2014: sem instrução
pousada entre os pesquisados sem instrução ou com
a primário incompleto (de 100,0% para 50,5%), primário
primário incompleto (majoração de 0,0% para 49,5%), com
completo a 1º grau incompleto (de 37,8% para 63,8%), 1º
1º grau completo ou 2º grau incompleto (de 32,7% para
grau completo a 2º grau incompleto (de 50,1% para
40,6%), com 2º grau completo ou superior incompleto (de
54,3%), 2º grau completo a superior incompleto (de 43,9%
43,5% para 49,3%) e com superior completo (de 66,9%
para 40,1%), superior completo (de 21,5% para 20,8%) e
para 70,8%); por outro lado, as faixas em que foram
pós-graduação (de 18,3% para 22,0%). No caso de
verificados decréscimos são as seguintes: primário
residência própria, os mais elevados percentuais foram
completo a 1º grau incompleto (de 36,6% para 28,0%) e
constatados, em setembro/2014, entre os respondentes
pós-graduação (de 69,5% para 66,5%).
com 2º grau completo ou superior incompleto (8,3%) e os com primário completo ou 1º grau incompleto (8,2%).
GRÁFICO 05 INTENÇÃO DE VIAGEM INTENÇÃO DE VIAGEM PARA OS PRÓXIMOS 6 MESES - GRAU DE INSTRUÇÃO EVOLUÇÃO DA EXPECTATIVA EM SETEMBRO DE 2013 E DE 2014 50
46,5
Intenção Positiva de Viagem (%)
45 40
37,4
47,6
GRÁFICO 06 PREFERÊNCIA POR MEIOS DE HOSPEDAGEM SUPERIOR COMPLETO SETEMBRO DE 2013 E DE 2014 66,9 70,8
Hotel ou pousada
39,2 21,5 20,8
Casa de parentes e/ou amigos
35 30
25,6 25,7
25
19,2
20 15 10
18,8
16,8
13,0
6,0 4,8
Residência própria
21,9
7,7
5
Residência alugada
3,0 3,0
Outros
2,6 0,6
0 Sem Instrução / Primário Incompleto
Fontes: FGV e MTur
Primário Completo / 1º Grau Incompleto
1º Grau Completo / 2º Grau Incompleto
2º Grau Completo / Superior Incompleto
SET 2013
Superior Completo
SET 2014
Pós-Graduação
(%)
0
Fontes: FGV e MTur
5
10
15
20
25
30
35
SET 2013
40
45
50
55
60
65
70
75
80
SET 2014
8
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
Local de Residência A comparação entre as intenções positivas de viagem
viagem, 28,2% referem-se a visitas a outros países, ou seja,
apuradas em setembro/2013 com as de idêntico mês de
12,0% do total de entrevistados dessa cidade, contra
2014 revela aumento em quatro das sete capitais
10,9% computados em setembro/2013) e Rio de Janeiro
pesquisadas e declínio em três delas, conforme
(7,1%, contra 7,2%). As menores indicações nesse sentido
discriminado a seguir: Belo Horizonte (de 40,8% para
foram detectadas em Recife (4,2% em setembro/2014,
33,2%), Brasília (de 38,2% para 41,3%), Porto Alegre (de
contra 6,7% no mesmo mês de 2013), Belo Horizonte
35,4% para 42,7%), Recife (de 24,6% para 27,5%), Rio de
(4,3%, contra 9,4%) e Salvador (4,5%, contra 6,0%).
Janeiro (de 27,1% para 29,2%), Salvador (de 37,1% para 30,6%) e São Paulo (de 31,7% para 29,2%). Como se pode verificar, a maior elevação, em termos de pontos percentuais, foi apurada em Porto Alegre (+7,3 p.p.), ao passo que os maiores decréscimos foram computados em Belo Horizonte (-7,6 p.p.) e Salvador (-6,5 p.p.).
A intenção de uso de avião foi observada, na presente pesquisa, como o principal meio de transporte, em todas as sete capitais investigadas, sendo a evolução, de setembro/2013 para igual mês de 2014, detalhada a seguir: Belo Horizonte (de 72,2% para 57,5%), Brasília (de 66,0% para 56,1%), Porto Alegre (de 55,0% para 49,1%),
Continuam prevalecendo, na atual sondagem, em
Recife (de 91,6% para 95,3%), Rio de Janeiro (de 59,5%
todas as cidades investigadas, propósitos de realização de
para 61,3%), Salvador (de 46,6% para 49,6%) e São Paulo
viagens internacionais (em comparação às domésticas). Os
(de 53,0% para 57,1%). Quanto à escolha de automóvel
mais elevados percentuais de entrevistados, segundo
como opção de deslocamento, destacam-se, em
locais de residência, que declararam pretensão de viajar
setembro/2014, as cidades de Porto Alegre (37,4%, contra
para outros estados do Brasil, moram nas seguintes
41,2% em setembro/2013) e São Paulo (31,9%, contra
capitais: Brasília (das 41,3% de assinalações de intenção de
31,5%). Quanto à utilização de ônibus, os mais elevados
viagens, 84,8% são pelo País e, destas, 97,7% relacionam-
percentuais foram observados, em setembro/2014, em
se a visitas a outras Unidades da Federação, ou seja, 34,2%
Salvador (27,8%, contra 20,2% em idêntico mês de 2013) e
do total de pessoas entrevistadas nessa cidade, contra
Brasília (21,0%, contra 10,4%).
28,7% apurados em setembro/2013), Recife (22,6%, contra 17,3%) e Belo Horizonte (21,3%, contra 22,8%). As menores indicações nesse sentido foram verificadas em São Paulo (15,0% em setembro/2014, contra 15,9% em igual mês de 2013) e Salvador (15,2%, contra 18,7%).
As assinalações de propósitos de viagens com acompanhantes variam, em setembro/2014, do mínimo de 56,3% (Recife) ao máximo de 97,2% (Belo Horizonte). Os mais elevados percentuais de realização de viagens com cônjuges e filhos são registrados, atualmente, em
No que tange ao desejo de viajar para o exterior, os
Belo Horizonte (92,7%) e Salvador (87,2%), enquanto que
mais elevados percentuais de assinalações foram
os menores são totalizados em Brasília (64,2%) e Recife
apurados, em setembro/2014, nas seguintes capitais:
(66,3%).
Porto Alegre (das 42,7% de respostas de intenção de
(CONTINUA)
9
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
(conclusão)
Local de Residência No confronto entre setembro/2013 e igual mês de
É importante destacar que a estada na casa de parentes
2014 detecta-se aumento da preferência por
e/ou amigos é registrada, em setembro/2014, como opção
hospedagem em hotéis ou pousadas em quatro das sete
importante em todas as cidades pesquisadas, merecendo
capitais pesquisadas e diminuição nas demais: Porto
destaque: Brasília (62,0%, contra 33,5% em igual mês de
Alegre (elevação de 39,8% para 45,9%), Rio de Janeiro (de
2013), Salvador (60,0%, contra 52,8%) e Recife (52,8%,
50,1% para 55,8%), Salvador (de 33,5% para 40,0%) e São
contra 37,9%). Os mais elevados propósitos de
Paulo (de 49,4% para 51,5%), sendo os decréscimos
hospedagem em residências próprias foram registrados,
computados em Belo Horizonte (de 58,9% para 49,9%),
na presente sondagem, em Porto Alegre (19,0%, contra
Brasília (de 53,5% para 32,3%) e Recife (de 49,2% para
14,8% em setembro/2013) e em São Paulo (6,0%, contra
45,2%).
6,3%). Quanto à decisão de aluguel de imóveis, os mais elevados índices foram detectados em Belo Horizonte (5,4%) e Porto Alegre (5,0%).
GRÁFICO 07
GRÁFICO 08
INTENÇÃO DE VIAGEM - LOCAL DE RESIDÊNCIA INTENÇÃO DE VIAGEM PARA OS PRÓXIMOS 6 MESES EVOLUÇÃO DA EXPECTATIVA EM SETEMBRO DE 2013 E DE 2014
LOCAL DE RESIDÊNCIA - PREFERÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DE AVIÃO COMO MEIO DE TRANSPORTE
45
40,8
38,2
Intenção Positiva de Viagem (%)
40 35
COMPARATIVO ENTRE SETEMBRO DE 2013 E DE 2014 DA OPÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE AVIÃO NOS PRÓXIMOS 6 MESES (%)
42,7 41,3
(%)
37,1
35,4
33,2
27,5
30
24,6
25
27,1
29,2
95,3
100
30,6
31,7
91,6
90
29,2
80
72,2
66,0
70 60
20
57,5
56,1
15
40
10
30
59,5 61,3
55,0 49,1
50
46,6
49,6
53,0
57,1
20
5
10
0 Belo Horizonte
Fontes: FGV e MTur
Brasília
Porto Alegre
Recife
SET 2013
Rio de Janeiro SET 2014
Salvador
São Paulo
0 Belo Horizonte
Fontes: FGV e MTur
Brasília
Porto Alegre
Recife
SET 2013
Rio de Janeiro
Salvador
São Paulo
SET 2014
(%)
10
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
Gênero No segmento concernente ao gênero dos
setembro/2014, de deslocamento via ônibus, constatam-
entrevistados, 42,2% dos homens manifestam, em
se percentuais consideravelmente inferiores: 3,5% entre
setembro/2014, desejo de viajar nos próximos seis meses
os respondentes do sexo masculino (contra 4,4% no
(contra 38,7% em idêntico mês de 2013), enquanto que
mesmo mês de 2013) e 7,8% entre as do feminino (contra
entre as mulheres este índice atinge 31,2% (contra 29,3%
9,0%).
em setembro/2013). Quanto aos 42,2% dos consultados do sexo masculino que pretendem viajar, 64,0% deles deverão fazê-lo dentro do País e, destes, 76,7% correspondem a visitas a outras Unidades da Federação, isto é, 20,7% do total de respondentes (contra 19,7% em setembro/2013). Quanto às 31,2% de entrevistadas que informam, em setembro/2014, intenção de viajar, 63,7% preferem fazê-lo pelo Brasil e, destas, 73,4% deverão realizar viagens interestaduais, ou seja, 14,6% do total de pesquisadas (contra 13,8% em setembro/2013).
Em ambos os gêneros a maioria dos entrevistados informou que deverá viajar acompanhada, apurando-se aumento percentual em relação aos homens (de 91,6%, em setembro/2013, para 93,2%, na presente sondagem) enquanto entre às mulheres houve queda (de 91,4% para 88,3%). Entre os informantes do gênero masculino, 59,0% informam, na atual pesquisa, que pretendem ir com cônjuges, 29,8% com filhos, 4,7% com outros parentes, 4,1% com amigos, e 2,4% com outros tipos de acompanhantes. No que se refere às entrevistadas, 43,2%
Entre os respondentes do gênero masculino que
deverão viajar com cônjuges, 31,6% com filhos, 11,8% com
indicaram propósito de viajar nos próximos seis meses
outros parentes, 10,2% com amigos, e 3,2% com demais
(42,2%), 33,0% deles correspondem, em setembro/2014,
tipos de acompanhantes.
ao desejo de ida para o exterior (ou seja, 13,9% do total dos respondentes, contra 11,8% no mesmo mês de 2013). No que diz respeito ao gênero feminino, dentre os 31,2% computados, em setembro/2014, 32,1% delas pretendem realizar viagens para fora do País (ou seja, 10,0% do total de entrevistadas, contra 9,5% em setembro/2013).
De setembro/2013 para o mesmo mês de 2014, houve maior decisão de hospedagem em hotéis ou pousadas, nos próximos seis meses, tanto por parte dos homens (de 62,3% para 65,6%) e quanto por parte das mulheres (de 56,2% para 58,9%). Quanto à estada na casa de parentes e/ou amigos, constataram-se ligeiras reduções
Na sequência, de setembro/2013 para igual mês de
percentuais de intenção não só entre os homens (24,6%
2014, constatou-se maior intenção de realização de
para 24,1%) como também entre as mulheres (de 32,0%
viagens aéreas, ao longo dos próximos seis meses,
para 31,4%). A decisão de hospedagem em residências
informada tanto por respondentes do sexo masculino
próprias, em setembro/2014, é de 5,2% entre os
(majoração de 67,3% para 69,6%) quanto pelas do
respondentes do sexo masculino (contra 6,4% no mesmo
feminino (de 64,1% para 68,0%). No que se refere ao
mês de 2013) e de 7,3% entre as do feminino (contra iguais
desejo de locomoção por automóvel, observou-se
7,3%), enquanto que em residências alugadas, a opção é
redução dessa preferência entre os consultados (de
de somente 4,2% para respondentes do sexo masculino
26,6%, em setembro/2013, para 25,0%, em idêntico mês
(contra 4,9% em setembro/2013) e 1,0% para as do
de 2014) e entre as pesquisadas (de 23,1% para 20,1%).
feminino (contra 2,3%).
Com relação aos percentuais de escolha, em
(CONTINUA)
11
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
(conclusão)
Gênero GRÁFICO 09
42,2 29,3
31,2
38,7
37,9 30,5
33,7 28,8 21,1
27,8 27,0
30
30,5
35
25,2
Intenção Positiva de Viagem (%)
40
31,3
45
37,7
41,9
GÊNERO INTENÇÃO DE VIAGEM NOS PRÓXIMOS 6 MESES SETEMBRO DE 2007 A 2014 (%)
25 20 15 10 5 0
set./2007
set./2008
set./2009
Fontes: FGV e MTur
set./2010
set./2011
HOMENS
set./2012
set./2013
set./2014
MULHERES
GRÁFICO 10
GRÁFICO 11
MEIOS DE HOSPEDAGEM - GÊNERO FEMININO PREFERÊNCIA POR MEIOS DE HOSPEDAGEM (SETEMBRO/2014)
MEIOS DE HOSPEDAGEM - GÊNERO MASCULINO PREFERÊNCIA POR MEIOS DE HOSPEDAGEM (SETEMBRO/2014) 24,1%
31,4%
0,9%
1,0% 7,3%
4,2% 1,4%
Hotel/Pousada Residência Própria
Hotel/Pousada 5,2%
Residência Própria
Residência Alugada
Residência Alugada
Casa Parentes e/ou Amigos
Casa Parentes e/ou Amigos
Outros Tipos
Outros Tipos 65,6%
58,9%
Fontes: FGV e MTur
Fontes: FGV e MTur
12
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
SÉRIES HISTÓRICAS Resultados Consolidados
Discriminação
2013 Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
25,7
24,8
26,6
28,3
29,3
30,8
30,4
29,6
32,1
33,5
32,1
37,3
Intenção de Viagem (%) Sim Incerto
3,6
3,0
3,1
5,1
3,9
4,1
2,5
5,2
6,5
6,2
7,1
6,4
Não
70,7
72,2
70,3
66,6
66,8
65,1
67,1
65,2
61,4
60,3
60,8
56,3
Brasil
68,7
69,3
67,9
66,8
69,6
71,8
72,0
72,7
74,1
76,0
74,5
76,2
Exterior
23,3
25,4
30,3
30,6
28,5
26,8
26,5
24,7
23,4
21,6
23,4
22,0
Não Optaram
8,0
5,3
1,8
2,6
1,9
1,4
1,5
2,6
2,5
2,4
2,1
1,8
Dentro do Estado
28,5
29,1
27,6
26,1
34,0
30,5
26,3
25,0
26,4
28,5
28,7
31,6
Outra Região
71,5
70,9
72,4
73,9
66,0
69,5
73,7
75,0
73,6
71,5
71,3
68,4
Norte
5,1
10,2
4,1
4,8
4,3
4,0
5,6
6,0
6,8
5,8
5,5
6,6
Nordeste
49,1
47,9
59,3
49,7
55,5
55,2
55,7
53,7
48,8
46,9
46,6
40,1
Centro-Oeste
4,4
2,7
6,9
3,2
4,7
9,0
6,0
5,1
8,0
6,9
5,8
8,3
Sudeste
23,3
21,9
19,6
24,8
24,6
19,9
15,4
19,7
18,5
22,5
22,4
21,7
Sul
18,1
17,3
10,1
17,5
10,9
11,9
17,3
15,5
17,9
17,9
19,7
23,3
Automóvel
26,8
25,6
24,9
20,4
20,8
24,9
26,8
27,7
26,7
29,7
34,1
35,0
Avião
53,0
57,5
58,2
62,0
61,0
59,7
59,4
59,1
58,2
56,3
53,4
53,2
Ônibus
9,9
10,4
12,2
12,5
15,3
13,7
11,8
10,2
12,2
11,0
9,0
7,8
Outros/Não Decidiram
10,3
6,5
4,7
5,1
2,9
1,7
2,0
3,0
2,9
3,0
3,5
4,0
Sozinho (a)
12,6
13,1
19,2
17,0
14,0
12,7
9,9
12,2
10,2
12,2
9,7
13,5
Acompanhado (a)
87,4
86,9
80,8
83,0
86,0
87,3
90,1
87,8
89,8
87,8
90,3
86,5
Cônjuge
44,6
48,6
49,4
51,9
51,8
51,4
51,9
48,5
52,7
51,4
49,3
49,7
Filhos
32,7
33,9
29,7
30,2
32,2
32,6
32,7
32,6
34,1
34,2
35,8
35,7
Outros Parentes
9,8
9,1
13,0
10,4
9,3
6,4
8,5
8,7
5,1
8,4
7,9
7,5
Amigos
9,9
6,7
6,4
5,5
5,4
8,3
5,9
8,0
5,3
4,4
5,0
5,4
Companheiros de Trabalho ou Estudo
0,6
0,0
0,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,2
0,0
0,0
0,0
0,2
Outros
2,4
1,7
1,4
2,0
1,3
1,3
1,0
2,0
2,8
1,6
2,0
1,5
Hotel/Pousada
51,0
54,3
56,7
53,3
52,8
54,3
54,0
53,3
49,2
51,4
51,8
48,0
Residência Própria
6,0
5,2
3,9
7,8
8,1
6,2
7,9
4,8
6,5
6,0
6,6
7,7
Destino (%)
Viagem Dentro do País (%)
Viagem Outra Região (%)
Meio de Transporte (%)
Acompanhante na Viagem (%)
Tipo de Acompanhante (%)
Meios de Hospedagem (%)
Residência Alugada
5,5
1,6
1,4
3,2
2,4
1,8
2,1
2,7
3,5
3,3
2,5
2,8
Casa de Parentes e/ou Amigos
34,4
37,9
36,7
34,3
35,6
36,2
35,3
37,8
39,0
38,0
38,0
39,8
Outros
3,1
1,0
1,3
1,4
1,1
1,5
0,7
1,4
1,8
1,3
1,1
1,7
Fontes: FGV / MTur
(CONTINUA)
13
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
SÉRIES HISTÓRICAS Resultados Consolidados (conclusão) Discriminação
2014 Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
27,1
26,7
27,1
26,3
24,6
24,3
23,9
28,8
31,6
Out
Nov
Dez
Intenção de Viagem (%) Sim Incerto
5,4
4,9
4,0
3,5
3,5
3,2
3,4
2,6
3,6
Não
67,5
68,4
68,9
70,2
71,9
72,5
72,7
68,6
64,8
Brasil
69,7
67,8
64,3
69,6
72,4
70,9
70,3
73,6
76,4
Exterior
27,4
27,4
32,0
28,2
25,7
26,3
25,9
24,2
20,4
Não Optaram
2,9
4,8
3,7
2,2
1,9
2,8
3,8
2,2
3,2
Dentro do Estado
28,7
27,5
27,2
23,9
30,1
26,4
25,4
27,0
25,6
Outra Região
71,3
72,5
72,8
76,1
69,9
73,6
74,6
73,0
74,4
Norte
5,3
4,0
7,8
9,0
11,9
6,8
7,2
7,3
8,5
Nordeste
53,8
44,3
44,3
49,3
44,2
52,9
52,1
48,1
42,2
Centro-Oeste
4,9
7,6
9,3
11,1
8,7
6,1
5,6
4,2
4,2
Sudeste
24,1
26,5
18,9
16,5
19,1
23,5
21,8
19,2
27,1
Sul
11,9
17,6
19,7
14,1
16,1
10,7
13,3
21,2
18,0
Automóvel
25,2
26,1
23,9
22,0
27,8
21,8
21,8
25,1
25,3
Avião
55,8
57,3
62,0
61,1
60,2
66,9
63,2
61,0
58,3
Ônibus
12,5
10,4
9,1
11,8
10,2
9,1
10,0
10,2
12,7
Outros/Não Decidiram
6,5
6,2
5,0
5,1
1,8
2,2
5,0
3,7
3,7
Sozinho (a)
17,8
17,7
17,0
16,4
12,4
14,3
11,6
11,2
11,9
Acompanhado (a)
82,2
82,3
83,0
83,6
87,6
85,7
88,4
88,8
88,1
Cônjuge
55,0
55,1
51,2
51,6
53,9
50,5
54,1
50,6
47,5
Filhos
26,2
29,6
27,1
30,8
26,5
28,3
26,2
30,4
33,3
Outros Parentes
9,8
6,1
9,0
7,6
9,5
9,9
11,0
9,9
8,8
Amigos
6,1
6,6
8,1
6,7
6,8
8,8
5,6
6,0
7,4
Companheiros de Trabalho ou Estudo
0,3
0,0
0,2
0,2
0,4
0,0
0,0
0,0
0,0
Outros
2,6
2,6
4,4
3,1
2,9
2,5
3,1
3,1
3,0
Hotel/Pousada
55,3
54,2
56,4
53,5
53,2
51,7
50,2
52,3
49,1
Residência Própria
3,8
5,2
4,1
3,6
5,6
7,7
5,3
6,8
4,7
Destino (%)
Viagem Dentro do País (%)
Viagem Outra Região (%)
Meio de Transporte (%)
Acompanhante na Viagem (%)
Tipo de Acompanhante (%)
Meios de Hospedagem (%)
Residência Alugada
2,4
2,9
1,6
0,9
1,0
0,8
1,6
2,8
2,9
Casa de Parentes e/ou Amigos
35,5
34,5
35,7
40,9
39,0
38,8
42,2
37,0
42,3
Outros
3,0
3,2
2,2
1,1
1,2
1,0
0,7
1,1
1,0
Fontes: FGV / MTur
14
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
SEGMENTAÇÃO DOS DADOS
Setembro/2014 Discriminação
Intenção de Viagem (%)
Destino (%)
Sim
Incerto
Não
Brasil
Fora do País
Não Optaram
Até R$ 2.100
11,9
4,3
83,8
R$ 2.101 a R$ 4.800
25,6
2,5
71,9
97,8
2,2
0,0
85,7
10,2
4,1
R$ 4.801 a R$ 9.600
33,0
4,3
Acima de 9.600
54,1
3,2
62,7
73,7
21,2
5,1
42,7
50,1
46,4
3,5
Menos de 35 anos
36,4
35 a 44 anos
39,9
5,1
58,5
62,7
34,3
3,0
3,0
57,1
70,0
28,0
2,0
45 a 60 anos Mais de 60 anos
35,2
2,9
61,9
65,8
30,7
3,5
37,4
3,9
58,7
59,9
35,8
4,3
Sem instrução / primário incompleto
7,7
1,4
90,9
100,0
0,0
0,0
Primário completo / 1º grau incompleto
19,2
0,5
80,3
82,0
18,0
0,0
1º grau completo / 2º grau incompleto
21,9
3,6
74,5
86,9
8,0
5,1
2º grau completo / superior incompleto
25,7
4,1
70,2
81,5
15,4
3,1
Superior completo
39,2
2,8
58,0
61,5
34,5
4,0
Pós-Graduação
47,6
3,9
48,5
55,3
41,3
3,4
Belo Horizonte
33,2
4,7
62,1
79,0
13,1
7,9
Brasília
41,3
0,5
58,2
84,8
12,8
2,4
Porto Alegre
42,7
6,7
50,6
66,1
28,2
5,7
Recife
27,5
4,1
68,4
84,9
15,1
0,0
Rio de Janeiro
29,2
3,1
67,7
73,1
24,2
2,7
Salvador
30,6
2,8
66,6
82,1
14,8
3,1
São Paulo
29,2
4,1
66,7
75,8
21,3
2,9
Masculino
42,2
3,3
54,5
64,0
33,0
3,0
Feminino
31,2
3,8
65,0
63,7
32,1
4,2
Faixa de Renda
Faixa Etária
Grau de Instrução
Local de Residência
Gênero
Fontes: FGV / MTur
(CONTINUA)
15
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
SEGMENTAÇÃO DOS DADOS (continuação) Setembro/2014 Discriminação
Meio de Transporte (%)
Viagem Dentro do País (%)
Automóvel
Avião
Ônibus
Outros
Dentro do Estado
Outra Região
Até R$ 2.100
18,6
40,5
36,2
4,7
28,8
71,2
R$ 2.101 a R$ 4.800
35,0
51,9
8,9
4,2
29,1
70,9
R$ 4.801 a R$ 9.600
31,3
58,2
6,1
4,4
27,4
72,6
Acima de 9.600
16,5
80,9
1,0
1,6
17,7
82,3
Menos de 35 anos
27,3
64,5
8,2
0,0
28,4
71,6
35 a 44 anos
22,5
66,6
5,5
5,4
22,5
77,5
45 a 60 anos
23,3
67,3
6,3
3,1
25,1
74,9
Mais de 60 anos
21,7
72,3
4,3
1,7
25,2
74,8
Faixa de Renda
Faixa Etária
Grau de Instrução Sem instrução / primário incompleto
49,5
0,0
50,5
0,0
50,5
49,5
Primário completo / 1º grau incompleto
15,4
28,5
45,7
10,4
48,3
51,7
1º grau completo / 2º grau incompleto
25,0
57,1
11,8
6,1
21,8
78,2
2º grau completo / superior incompleto
32,0
54,7
8,9
4,4
31,2
68,8
Superior completo
24,2
68,9
3,7
3,2
25,2
74,8
Pós-Graduação
17,4
78,5
2,1
2,0
17,2
82,8
Belo Horizonte
26,1
57,5
11,0
5,4
18,6
81,4
Brasília
20,5
56,1
21,0
2,4
2,3
97,7
Porto Alegre
37,4
49,1
10,8
2,7
42,2
57,8
Recife
0,0
95,3
2,7
2,0
3,0
97,0
Rio de Janeiro
18,3
61,3
13,0
7,4
22,4
77,6
Salvador
16,2
49,6
27,8
6,4
39,6
60,4
São Paulo
31,9
57,1
9,6
1,4
32,3
67,7
Masculino
25,0
69,6
3,5
1,9
23,3
76,7
Feminino
20,1
68,0
7,8
4,1
26,6
73,4
Local de Residência
Gênero
Fontes: FGV / MTur
(CONTINUA)
16
SONDAGEM DO CONSUMIDOR
INTENÇÃO DE VIAGEM
SETEMBRO 2014
SEGMENTAÇÃO DOS DADOS (conclusão) Setembro/2014 Discriminação
Acompanhante Viagem (%)
Meio de Hospedagem (%)
Sozinho (a)
Acompanhado (a)
Hotel/Pousada
Residência Própria
Residência Alugada
Casa de Parentes e/ou Amigos
Outros
Até R$ 2.100
18,8
81,2
16,8
0,0
4,5
78,7
0,0
R$ 2.101 a R$ 4.800
14,4
85,6
42,4
4,2
1,9
51,0
0,5
R$ 4.801 a R$ 9.600
7,9
92,1
64,3
7,9
1,8
23,6
2,4
Acima de 9.600
7,0
93,0
71,4
6,4
3,2
18,0
1,0
Menos de 35 anos
8,2
91,8
52,3
0,0
4,7
40,0
3,0
35 a 44 anos
5,9
94,1
58,2
3,9
2,5
34,0
1,4
45 a 60 anos
7,8
92,2
58,8
6,6
3,1
30,3
1,2
Mais de 60 anos
11,2
88,8
69,3
7,2
2,4
20,7
0,4
Sem instrução / primário incompleto
50,5
49,5
49,5
0,0
0,0
50,5
0,0
Primário completo / 1º grau incompleto
9,4
90,6
28,0
8,2
0,0
63,8
0,0
1º grau completo / 2º grau incompleto
3,1
96,9
40,6
3,2
0,0
54,3
1,9
2º grau completo / superior incompleto
9,7
90,3
49,3
8,3
1,3
40,1
1,0
Superior completo
11,4
88,6
70,8
4,8
3,0
20,8
0,6
Pós-Graduação
6,4
93,6
66,5
6,6
3,6
22,0
1,3
Belo Horizonte
2,8
97,2
49,9
3,4
5,4
36,8
4,5
Brasília
14,4
85,6
32,3
3,7
1,0
62,0
1,0
Porto Alegre
12,4
87,6
45,9
19,0
5,0
27,8
2,3
Recife
43,7
56,3
45,2
0,0
0,0
52,8
2,0
Rio de Janeiro
9,0
91,0
55,8
1,5
0,5
41,4
0,8
Salvador
15,0
85,0
40,0
0,0
0,0
60,0
0,0
São Paulo
12,0
88,0
51,5
6,0
4,6
37,5
0,4
Masculino
6,8
93,2
65,6
5,2
4,2
24,1
0,9
Feminino
11,7
88,3
58,9
7,3
1,0
31,4
1,4
Faixa de Renda
Faixa Etária
Grau de Instrução
Local de Residência
Gênero
Fontes: FGV / MTur
w w w.tu ri smo.g ov.b r/d a d o se fato s p e sq n e ath @ fg v.b r
17
37
Anexo 4 Termos de consentimento esclarecidos
Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Individual) Eu,
Camilla Laterce Furtado ________, RG:_ 21.707.749-4 Detran-RJ___declaro, por
meio deste termo, que concordei em ceder textos e imagens para o projeto experimental intitulado “Revista Viator.”, desenvolvida pela acadêmica do CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – HABILITAÇÃO EM JORNALISMO ANA CAROLINA SCHIRMER LIMA. A pesquisa é orientada pelo PROF. JOSÉ MÁRCIO LICERRE e realizada pela acadêmica, a quem poderei constatar/consultar a qualquer momento que julgar necessário por meio do telefone (67)9912-0750 e ou pelo e-mail anacs@me.com Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo financeiro e com a finalidade exclusiva de colaborar com o sucesso do projeto experimental. Fui informada dos objetivos unicamente acadêmicos do estudo, que em linhas gerais são colaborar com textos e imagens fotográficas para a elaboração da revista. Estou ciente de que, caso eu tenha dúvida ou me sinta prejudicada, poderei contatar a acadêmica responsável, da UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL, situada na Avenida Costa e Silva, S/N, Bairro Universitário – Campo Grande e MS - por meio dos telefones: (67) 9912- 0750 ou (67) 3301 - 8096, ou através do email: anacs@me.com. A acadêmica me ofereceu uma cópia assinada deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecida, conforme recomendações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Fui ainda informada de que posso me retirar desse projeto a qualquer momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos. Campo Grande, MS, 27 de outubro de 2014 Nome da acadêmica: Ana Carolina Schirmer Lima Assinatura da participante: ____________________________________________________ Assinatura do orientador: _____________________________________________________
Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Individual) Eu,
Daniel Lima Magalhães________, RG:_ 3178070___declaro, por meio deste termo,
que concordei em ceder textos e imagens para o projeto experimental intitulado “Revista Viator.”, desenvolvida pela acadêmica do CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – HABILITAÇÃO EM JORNALISMO ANA CAROLINA SCHIRMER LIMA. A pesquisa é orientada pelo PROF. JOSÉ MÁRCIO LICERRE e realizada pela acadêmica, a quem poderei constatar/consultar a qualquer momento que julgar necessário por meio do telefone (67)9912-0750 e ou pelo e-mail anacs@me.com Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo financeiro e com a finalidade exclusiva de colaborar com o sucesso do projeto experimental. Fui informada dos objetivos unicamente acadêmicos do estudo, que em linhas gerais são colaborar com textos e imagens fotográficas para a elaboração da revista. Estou ciente de que, caso eu tenha dúvida ou me sinta prejudicada, poderei contatar a acadêmica responsável, da UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL, situada na Avenida Costa e Silva, S/N, Bairro Universitário – Campo Grande e MS - por meio dos telefones: (67) 9912- 0750 ou (67) 3301 - 8096, ou através do email: anacs@me.com. A acadêmica me ofereceu uma cópia assinada deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecida, conforme recomendações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Fui ainda informada de que posso me retirar desse projeto a qualquer momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos. Campo Grande, MS, 27 de outubro de 2014 Nome da acadêmica: Ana Carolina Schirmer Lima Assinatura da participante: _____________________________________________________ Assinatura do orientador: _____________________________________________________
Curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo UNIVERSIDADE FEDERAL DE M A T O GROSSO DO SUL TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Individual)
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Anexo 5 Textos dos colaboradores antes de submetidos pela edição da acadêmica.
CRÔNICA SEM NOME Por Daniel Magalhães No mês passado fiz uma viagem pelo leste da Australia. A primeira parada foi Brisbane, onde conheci dois de seus subúrbios mais belos: South Bank e West End, verdadeiras obras de arte. Entretanto, a grande aventura de Brisbane foi bem distante desses dois lugares. Antes de conhecê-los eu estive por alguns minutos caminhando ao redor de um rio, tirando algumas fotos e tentando achar um lugar para comer. Foi quando notei 3 velhos negros sentados num gramado, enrolando uns cigarros e falando alto. Eu não havia visto muitos aborígenes aqui na Australia, eles geralmente vivem no norte e eu moro no sudeste, mas quando avistei aqueles velhos soube imediatamente que tratavamse de fiéis descendentes dos primeiros habitantes humanos da Oceania. Me aproximei e sentei ao lado deles. Os cumprimentei, disse quem eu era e eles se apresentaram também: Troy, Daves e Kevin, três homens marrom-escuros com idade indefinida entre a velhice natural e a resultada de uma vida descuidada. Embora a lei Aussie não permita beber nas ruas, os três estavam disfarçadamente repartindo algo alcoólico que logo me ofereceram. Ao primeiro gole reconheci: era “goon”, um vinho terrível e o jeito mais barato de ficar bêbado nesse país. Depois do primeiro gole perguntei: “Então quer dizer que vocês são os primeiros da Australia”, ao que Kevin interveio: “Do mundo, brother”. Eu ri, mas o outro completou: “Você ta sentado em cima de onde a humanidade começou”. Eu podia achar que fosse orgulho ancestral, ou corda pra turista comer, afinal os 3, logo descobri, tinham em comum uma fanfarronice sem tamanho, mas a conversa que se seguiu aos primeiros goles de goon foi quase um choque antropológico. Primeiro porque cada um deles era de uma tribo diferente cujos idiomas tinham poquíssimo em comum. Segundo porque não possuiam sobrenome. No cadastro lhe deram aqueles nomes em inglês sem ao menos perguntar quem eram seus pais ou de que lugar vinham. Terceiro porque, assim como os asiáticos quando olhados de perto, eram extremamente diferentes entre si, inclusive no sotaque, o que justificaram pela existência de milhares de tribos diferentes (o governo afirma que atualmente sobram apenas 500, várias com menos de 20 pessoas), o que me fez pensar (permita-me os parênteses) no processo de tribalização, na sociedade se repartindo lentamente ao longo dos anos e pequenas nações surgindo e se acabando todo dia, como fendas num chão ressecado. Será este o mesmo processo de tribalização das grandes metrópoles, onde as gírias, roupas ou ascendência vão dividindo as pessoas e as segregando? Uma amiga Chinesa disse que em Beijing é preciso falar o idioma nacional (Mandarim) para comunicar-se com bairros vizinhos, porque às vezes estes são tão antigos que já desenvolveram seu próprio
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sotaque, sua própria língua. A China, porém, tem o privilégio de ser uma sociedade praticamente nativa de seu território, enquanto os aborígenes australianos tiveram de se submeter ao colonizador europeu, que lhes impôs uma cultura dificilmente assimilável. Quando estávamos quase bêbados eu perguntei à Kevin sobre seus familiares, onde estavam filhos, irmãos e pais. Ele disse que não sabia, mas que entre eles isso pouco importava, todos cuidavam de todos “We’re all brothers here, my bro”. Foi depois disso que meu estômago grunhiu e lembrei que precisava comer. Perguntei onde havia comida ali por perto e foi aqui que a história começou: a algumas quadras dali havia um restaurante para pobres onde eles e quem mais precisasse podia comer de graça. Depois de meia hora fomos tropegando para este lugar e no caminho Daves ia sendo vítima das zoações dos outros: acontece que o pobre era descendente de Maoris, nativos da Nova Zelândia, e num passado não muito distante os Maori praticavam o canibalismo. “Eles comiam a gente”, disse Kevin, chateando o outro, que nem podia se defender, pois ele mesmo já tinha comido gente. Eu perguntei que gosto tinha, ele disse: “Tastes like crap”, e cuspiu. Assim como nas tribos canibais sudamericanas, entre os Maori mastigar e engolir gente era um ritual religioso, onde a carne dos guerreiros mortos em batalha transmitiria aos vivos sua força e valentia. Quando chegamos ao restaurante e a moça nos ofereceu dois tipos de carne, Kevin ainda soltou: “é uma pena Daves, não estão servindo humanos hoje”. Ao invés, tenho de destacar, nos serviram um prato cheio de vegetais, com dois tipos de carne e uma tigela de sorvete de sobremesa. Não comeria tão bem se estivesse pagando, ainda mais porque ao entrar com meu prato no refeitório conheci mais dez aborígenes, além de uns australianos fodidos e dois polinésios com cara de mafiosos. Sentei num canto e uma moça aborígene que pareceu interessar-se em mim veio sentar do meu lado. Rachel era o nome dela, só Rachel, mas ela tinha dois metros e meio de altura e o flerte não deu certo. Depois do almoço, me deram sabonete, xampu, toalha limpa e um banheiro com chuveiro quente, tudo de graça, além das camas que haviam no andar de cima, disponíveis pra quem precisasse. Rachel disse “This is just like heaven”, referindo-se ao país que paga a ela e a todos os nativos uma bolsa de 900 dólares quinzenalmente (isso é mais do que eu ganho) só para que se mantenham longe de confusão. Ainda assim, há uma discussão constante sobre se esta tranferência direta de renda traz mais benefícios ou malefícios, algo semelhante à questão do Bolsa Família no Brasil. Em miúdos: na Australia existem cerca de 500 mil aborígenes, 10% deles nãomestiços. Em média, esta população vive 17 anos a menos que os brancos e amarelos. A taxa de desemprego entre nativos no norte da Australia chega a 90%, enquanto que em várias prisões do país eles são maioria. Algumas das nações aborígenes sentem-se integradas na sociedade Australiana, especialmente nos subúrbios rurais do norte, onde o dinheiro da mineração provém uma boa qualidade de vida, permitindo inclusive que mais da metade deles frequentem universidades. Todavia, graças à generosidade das bolsas dadas pelo governo, além da gratuidade de praticamente todos os serviços
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essenciais, a maioria dos aborígenes considera mais confortável viver nas ruas, bebendo e catando bitucas de cigarro pra fumar (eles não deixam passar uma). A morte por cirrose é a mais comum entre eles, e o alcolismo afeta cerca de 80% da população. Diante deste cenário fica difícil dizer se a política de transferência de renda é a mais adequada, se é um mal menor ou mal maior, motivo pelo qual os australianos brancos acabaram de eleger um fascista do tipo Bolsonaro para primeiro ministro. Tony Abbott conduziu sua campanha em cima do discurso segregacionista contra imigrantes, refugiados e nativos, e nas primeiras 24 horas de mandato cortou praticamente metade das assistências sociais destinadas a estes povos. Kevin, Troy e Barnes não gostam de Tony Abbott, mas não se importam muito com política. Só querem saber mesmo de beber. Por isso, como agradecimento pela comida, pelo banho e pela chance de trocar a roupa, me ofereci para pagar-lhes um saco de goon (sim, goon vem num saco). Fui acompanhando os seus entusiasmos até a bottle shop, andávamos descalços e catando bitucas de cigarros do chão, o que eles me ensinaram a fazer com extrema destreza. Quando chegamos no gramado onde estávamos bebendo antes, havia um grupo diferente de pessoas. Eram um Maori roqueiro, um australiano herói de guerra reformado e os dois polinésios mafiosos, que na verdade, descobri mais tarde, eram viciados em jogo. Perguntamos se podíamos nos juntar para beber com eles e fomos recebidos muito bem, ainda mais quando abrimos a mochila e tiramos o vinho. Neste lugar me diverti tanto que parei de pensar na hora de ir e fiquei lá por horas. Até que, em determinado momento, chegaram dois policiais de bicicleta e perguntaram o que estávamos fazendo e se sabíamos que beber nas ruas é proibido. Ora, todos ali sabíamos, mas não estávamos fazendo nada demais, apenas conversando e assistindo o pôr do Sol. Vendo que falávamos a verdade os policiais apenas pegaram nossos passaportes e identidades e anotaram nosso nome, por segurança. Um dos policiais, uma mulher loira e cor-de-rosa, chegou perto de mim e cochichou: “Olha, eu presumo que você não seja daqui. Estou vendo que você está com sua câmera, sua bolsa e um bom par de tênis. Se você quiser eu posso te escoltar para um local mais seguro e você pode procurar um lugar para dormir. Estou dizendo isto porque você vai acabar perdendo suas coisas e talvez seja difícil recuperá-las. O que acha, vamos?” Eu estava bêbado e entre amigos, não tinha porque sair dali, então respondi: “Thanks officer, but no thanks officer”. O outro policial, quando terminou de catar os documentos subiu na bicicleta e gritou: “Check it out guys!” e saiu empinando a bicicleta. Depois disso continuamos bebendo e rindo, e o Maori, cujo nome não estou lembrando agora, estava me contando dos seus planos de se tornar um rock star. Acabamos abraçados na beira do rio cantando musicas do Pearl Jam. O único que ficou sabendo do que a policial me disse ao ouvido foi Kevin. Ele ficou um pouco triste, olhou pras árvores por uns instantes, depois virou pra mim, pousou a mão no meu braço e disse: “Porque eu roubaria seu tênis, se só ando descalço?”. Depois disso não me lembro de muita coisa.
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Uma aventura no Marrocos Por Camilla Laterce Eu tinha dez anos quando passou a novela O Clone e eu me encantei pela cultura super diferente e as cores desse país que parecia uma realidade completamente distante para mim. Nunca imaginei que um dia conseguiria fazer essa viagem, e não de maneira tão fácil e tão em conta. Para quem vem para a Europa, principalmente para Portugal ou Espanha, chegar no Marrocos é bem tranquilo. Fui de excursão com um grupo de estudantes e saímos de ônibus de Granada rumo à África. O preço da viagem me surpreendeu: 269 euros, cinco dias, quatro noites, com tudo incluso, transporte, guia, hotel, passeios e refeições. O meu pacote era para conhecer o Saara e algumas cidades que iríamos parando pelo caminho. No total foram quase 3.000km. Nosso ônibus saiu de Granada às 6 horas e 45 minutos da manhã. Ainda estava escuro e fazia 6˚C. E eu estava tão ansiosa que não tinha nem conseguido dormir à noite. O porto é super tranquilo e tem barca saindo quase de hora em hora. O trajeto dura 45 minutos e custa três euros o trecho. Não é necessário visto para ir ao Marrocos, pelo menos não para nós brasileiros. Nós passamos pela imigração para sair da Espanha e a imigração no Marrocos é feita dentro da barca. A barca possui três lanchonetes, duas no segundo andar e uma no terceiro, mas as opções de comida não são muitas: sanduíches e biscoitos, refrigerante e água. E as coisas são bem carinhas. Lá dentro tem também um Duty Free que vende perfumes, bebidas, chocolates e cigarros. Chegamos em Tanger e nosso micro-ônibus estava nos esperando para seguir viagem para Méknes. A casa de cambio fica ali no estacionamento do porto e nosso guia nos levou para trocar o dinheiro. Nós trocamos, mas em várias partes do Marrocos eles aceitam euros sem problemas. A diferença era que trocamos um euro por 10,95 dirhams, e quando usávamos euros em lojas, eles faziam um euro por 10 dirhams. Sempre ouvi falar que era difícil comer no Marrocos, que os restaurantes eram sujos e não confiáveis. Entretanto acho que essa foi uma das melhores coisas de termos ido em uma excursão com um guia local, o Nasser. O almoço do primeiro e último dia, que seriam em Tanger, não estavam inclusos, mas o Nasser nos levou em um restaurante bem legal que tinha por lá. E se alguém não quisesse mesmo comer comida típica tinha um Pizza Hut no outro lado da rua. Eu pedi um frango com batatas - não tinha como errar e estava bem gostoso, apesar de vir um prato imenso de comida. E é muito barato. Custou 50 dirhams, algo
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como 4,50 euros. Tanger me surpreendeu muito. Sempre tive aquela imagem estereotipada e imaginava um lugar meio que parado no tempo e com todas as mulheres andando de véu. Realmente, a cidade ainda está um pouco atrasada, e sim, tem mulheres andando de véu pelas ruas, mas também tem carros luxuosos, grandes redes de fast-food e muitas pessoas andando com roupas normais e sem véu. Depois do almoço fomos direto para o ônibus para irmos à Méknes, pois o caminho até o Saara era longo. Paramos em um supermercado para irmos ao banheiro e algumas pessoas aproveitaram para comprar biscoitos, ver o preço das bebidas – caríssimas, já que para alguns muçulmanos a bebida alcoólica é um pecado terrível. Nossa segunda parada antes de chegar ao albergue em Méknes foi para jantar. Não parecia um restaurante, mas uma grande casa na fazenda ou algo parecido. O Marrocos é uma monarquia e em praticamente todos os lugares que íamos tinha uma foto enorme do rei. Inclusive na entrada do restaurante. De todas as refeições, foi a mais fraca. Nosso albergue em Méknes foi o pior lugar que eu já dormi na minha vida. Estava uns 4˚C e o chuveiro - do lado de fora e um nojo - só tinha água congelante. Encontrei uma aranha no quarto e não tive coragem de usar o cobertor que tinha lá, ou seja, não dormi porque estava passando mal de frio a noite inteira. Em frente ao albergue tinha um bar, mas era tão estranho que só pedi uma cerveja local para provar e fui embora. Era um ambiente escuro e todos fumavam lá dentro. Os marroquinos fumam em todos os lugares. No dia seguinte fomos realmente conhecer o Marrocos e suas belezas, e a cada parada que fazíamos, nos encantávamos mais e mais pelo lugar. Paramos no meio da estrada para visitar uns macacos, que viviam ali, em total liberdade. Foi um momento muito gostoso, poder ver os bichos soltos, enquanto na maioria das vezes só conseguimos ve-los dentro de jaulas em zoológicos. Finalmente chegamos no tão esperado destino: O deserto do Saara. Já estava escuro quando paramos no hotel onde passaríamos a noite e pegaríamos os camelos que nos levariam para o acampamento no deserto. Ali tem um pequeno povoado, e o hotel, Nasser Palace, era bem legal. Deixamos as malas no hotel e pegamos o necessário para o deserto: casacos, três litros de água por pessoa, repelente de mosquitos e saco de dormir. Andar de camelo é uma experiência incrível. Eu achava que seria como andar à cavalo, mas é bem diferente. Não se preocupem quanto a subir neles, eles ficam "deitados" no chão com os joelhos dobrados, então é muito fácil de subir. Agora quando ele levanta é que você percebe que não, não é um cavalo. É muito maior e mais alto. Eu tinha ficado triste que iríamos pelo deserto à noite, mas quando eu olhei para o céu... não tenho nem palavras para descrever. É a coisa mais linda do mundo. Estrelas, estrelas e mais estrelas. Estrelas cadentes o tempo inteiro. Eu não conseguia parar de olhar para cima.
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Como estava escuro, só sabiamos se o camelo estava subindo ou descendo a duna quando sentíamos a mudança do passo deles. Eu era a primeira da fila e gritava para o pessoal que estava atrás não se assustar. O trajeto durou 1h30 e foi um guia levando a gente, caminhando. Chegamos no acampamento, mostraram nossas barracas e avisaram que o jantar estava para ser servido. Depois do jantar, todos foram para fora das barracas e sentaram em volta da fogueira. Os locais começam a tocar músicas e ficamos conversando e apreciando o céu mais lindo do mundo. Deitamos no chão para poder olhar melhor o céu, assistir a chuva de meteoros tantas estrelas cadentes que nem tínhamos mais pedidos para fazer - e falamos besteira, rimos e nos divertimos, pensando em como um dia contaríamos aos nossos netos sobre aquela noite maravilhosa que passamos no deserto do Saara e que ninguém iria acreditar. Fez muito frio a noite, mas as mantas que eles dão são suficientes. Colocamos o relógio para desperar às 5h30 da manhã para vermos o nascer do sol da grande duna, mas perdemos a hora e levantamos às 5h55. Por sorte, ainda estava escuro e deu tempo de correr lá para fora. Eis que então começa o grande desafio: subir a grande duna. Visualizem a pessoa sedentária que não vai a academia há uns seis meses, sem café da manhã e que acabou de acordar depois de dormir numa barraca no meio do deserto do Saara tentando subir uma duna gigantesca. Não foi uma tarefa fácil. Parece que a cada passo que você dá para cima, você cai dois para trás. Cheguei no meio do caminho e pensei em desistir, estava a beira de um ataque cardíaco, mas fui até o fim. Não cheguei no pico mais alto da duna, mas cheguei ao topo. Mais incrível ainda foi quando eu desci e vi o deserto coberto com a luz dourada do nascer do sol. A viagem de volta foi muito divertida. Apesar de no deserto fazer muito, muito frio à noite e logo pela manhã, depois de um tempinho começa a esquentar... e esquenta bastante. Depois da caminhada, voltamos para o hotel porque depois do almoço teríamos um passeio de 4x4 pelo deserto. Almoçamos couscous marroquino, já que era sexta-feira e sexta-feira é dia de couscous no Marrocos. Estava divino! Depois do almoço, hora do passeio. Este não estava incluso no pacote. Pagamos 35 euros cada um a parte, mas valeu cada centavo. A segunda parada foi a que nos deu o primeiro choque de realidade. À principio estávamos parando para ver rochas com fósseis que foram encontradas por lá, mas o que acabou marcando o lugar foi ver uma família que vivia ali pelas redondezas vendendo artesanato e pedindo dinheiro. O menino, de no máximo dois anos de idade, tinha o rostinho coberto de moscas.
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Às vezes a mãe mexia no rosto dele para as moscas voarem, mas na maioria do tempo elas ficavam lá e, a criança, já tão acostumada com aquilo, não parecia se importar nem um pouco. Continuando a viagem, paramos para visitar uma família nômade que vive literalmente no meio do deserto, com absolutamente nada em volta além de terra e areia. A casa deles fica na divisa do Marrocos com a Argélia e eles sobrevivem da criação de cabras. Perguntei ao nosso guia como eles faziam para conseguir água, comida e roupa e ele me explicou que o padre que vive no povoado mais perto, há quilômetros dali, vai uma vez por semana comprar as cabras e levar alimento e outras coisas que eles necessitam. A família era muito receptiva e simpática e nos serviu chá de menta e abriu as portas da casa para conhecermos. Energia elétrica não existe por lá, as camas são colchões no chão de terra batida ou tapetes. A maioria dos utensílios domésticos parecem ter vindo de outro século, mas eu vi uma lata de leite ninho na cozinha. De lá seguimos para a terceira e última parada: um show de ex-escravos africanos. Na verdade, agora o show é dos filhos e netos desses escravos, mas eles seguem com o mesmo show que os ascendentes criaram. A alegria e receptividade do povo africano vai ficar para sempre no meu coração. Mesmo com a vida difícil, estão sempre dançando e com aquele sorrisão no rosto. No dia seguinte, hora de seguir viagem de volta à Tanger, onde pegaríamos nossa balsa de volta à Espanha. Paramos no maior palmeiral da África e o legal é que de lá podemos mandar um cartão postal da lojinha mesmo, que fica ali, no meio do nada. O meu chegou para os meus pais duas semanas depois. E eu achando que levaria um ano... Paramos de novo e saímos para conhecer a medina. As lojas vendem chaleiras, véus, braceletes, panos e mais panos. Ouro no Marrocos é muito barato, você compra fácil um anel bom e pesado por 150 euros. Óleo de Argan também é baratíssimo, o vidrinho de 60ml do óleo puro custa 2,50 euros, e quanto mais você compra, mais barato sai cada mililitro. Dormimos em uma cidade lá perto e foi a primeira vez que ficamos em um hotel moderno e de verdade! O Marrocos foi uma das viagens mais inesquecíveis da minha vida e certamente me marcou para sempre. Quem tiver a oportunidade de fazer algum dia, não pense suas vezes e vá. Você não vai se arrepender.
Uma semana em Londres Por Marcela Nóbrega Há tanta coisa para fazer na capital da Inglaterra que seria necessário passar umas
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boas semanas turistando por lá. Porém, se seu tempo é mais limitado que isso, não entre em pânico: é possível fazer um ótimo itinerário em apenas sete dias! Dia 1 É sempre bom se planejar de acordo com o horário de chegada do seu vôo e do local de hospedagem. Do aeroporto Heathrow para o centro leva mais ou menos uma hora e meia de metrô (o trem expresso, mais caro, demora meia hora). Até chegar no hotel, hostel ou apartamento para fazer check-in e deixar a bagagem, já leva mais um tempinho também. Sugestão tranquila para o primeiro dia, bem fácil para quem se hospedar na parte mais central de Londres: fazer um passeio no Hyde Park. Vale a pena conhecer os Italian Gardens e suas fontes, o lago Serpentine e seus pedalinhos, ver o Albert Memorial. Dê umas voltas para ver os esquilos, os pedalinhos, a estátua do Peter Pan. O parque é muito agradável em qualquer estação do ano – no inverno, é lá que montam a feira de Natal Winter Wonderland, imperdível para quem estiver na cidade nessa época. Se houver pressa para se sentir em Londres, ir comer na Leicester Square é uma boa opção. O lugar é sempre cheio e frequentado por turistas, bastante icônico e próximo da famosa Piccadilly Circus. Dia 2 Esse é o momento de conhecer alguns dos pontos mais conhecidos de Londres: pegue o metrô e desça na estação Westminster para dar de cara com o Parlamento inglês, com sua arquitetura cheia de detalhes, e a torre do relógio. Para quem não sabe, Big Ben é apenas o nome do sino que toca de hora em hora (os outros sinos menores tocam a cada 15 minutos), mas todo mundo acaba chamando a torre de Big Ben. Ali ao lado fica a Westminster Abbey, onde já foram realizadas várias coroações e casamentos reais. É também o local onde várias figuras históricas importantes foram enterradas, entre elas Charles Darwin e Isaac Newton. O preço para visitar, £18, é um pouco salgado, mas para quem fizer questão de ver o interior pode comparecer ao serviço religioso das 17h. A ponte de Westminster proporciona vistas lindas do Parlamento e também de South Bank, onde fica o famoso London Eye (£19.20 o passeio). Se tiver tempo e dinheiro vale à pena subir na roda gigante. Se não, continue andando por South Bank, que é cheio de restaurantes, lojinhas e exposições. Ao continuar seguindo o rio na direção leste, você vai chegar ao Tate Modern, museu de arte moderna. Atravessando a ponte de pedestres Millenium Bridge, bem à frente, você chega à Catedral St. Paul, que por muito tempo foi a maior construção de Londres, vista na linha do horizonte de vários locais da cidade. Dia 3 South Kensington é um bairro de classe alta que concentra alguns dos museus
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mais importantes de Londres. O Natural History Museum, de ciência e história natural, o Victoria and Albert Museum, de arte e história, e o Science Museum, de tecnologia, são passeios gratuitos. O bairro também abriga a famosa loja de departamento Harrods, com sete andares e mais de 18 mil m². O almoço recomendado é no Borough Market, um mercado de produtos culinários frescos e comidas geralmente bastante em conta, próximo à estação de metrô London Bridge. Os dias mais completos são sexta ou sábado, que oferecem comida do mundo inteiro. Após o almoço, aproveite para ir à Tower Bridge e Tower of London ali perto. Dia 4 Um programa londrino imperdível é visitar a charmosa Notting Hill e a feira na Portobello Road, que acontece todos os sábados. As casas geminadas coloridas já são uma atração em si, mas a feira oferece roupas, chapéus, comida, maquiagem, sapatos, antiguidades de todos os tipos, souvenirs e até antigas fardas da marinha ou exército. É bem fácil achar a casa onde o personagem de Hugh Grant morava no filme Notting Hill, assim como a livraria onde ele trabalhava. Para este programa é legal chegar de manhã cedo, almoçar por lá mesmo e depois seguir para outro lugar, porque tem bastante coisa para ver. Depois de Notting Hill, siga para o antigo palácio que agora abriga exposições, Somerset House. Mesmo que não veja a exposição do momento, a arquitetura é linda. A Somerset House fica bem em frente ao rio Tâmisa, então uma sugestão é sair de lá e ir seguindo a margem até chegar em Charing Cross e subir para a Trafalgar Square. Se ainda tiver algum tempo, visite a National Gallery, museu de Dia 5 Impossível ir à Inglaterra e não lembrar da realeza e da Rainha Elizabeth II. Reserve um dia para ir ao Palácio de Buckingham assistir à troca da guarda, que acontece todos os dias (exceto no inverno, que é em dias alternados). É bom chegar cedo, porque há poucos lugares com boa visão e enche rápido. Os parques St. James e Green Park são logo ali ao lado e valem uma visita rápida também. A troca acaba por volta do horário do almoço, mas segure a fome e vá para Greenwich, que também tem uma feira com comidas de vários lugares do mundo. Depois vá conhecer o observatório e o meridiano de Greenwich, que marca a divisão ocidente/oriente e também os fusos horários. O museu marítimo e a Royal Naval College também valem ser visitados. Greenwich é bem característica, tem perfil de um pequeno vilarejo naval e se vê símbolos navais em todos os lados. Um passeio legal de se fazer é pegar o barco pelo Tâmisa, e o píer mais vazio é o de Greenwich. Pegue o barco lá e vá aproveitando a vista até Westminster. Dia 6 Para ver o lado alternativo de Londres, Camden Town e o leste da cidade são a
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pedida. O leste de Londres, tipicamente mais pobres, emergiu nos últimos anos como um local alternativo “cool”. Aos domingos, a rua Brick Lane reúne uma feira de artigos vintage e culinária mundial. Se não simpatizar com as várias opções de comida oferecidas nas barraquinhas, procure o Beigel Bake, que tem os melhores bagels da cidade disponíveis com vários recheios. Melhor ir cedo para aproveitar! Depois, siga para Camden Town, onde os punks se sentem em casa. Lá tem lojas bem peculiares e uma feira variada, realmente dá para encontrar um pouco de tudo. Se já estiver com saudade da comida do Brasil, lá tem um restaurante, um pub e um estande de comida brasileira. Dia 7 O último dia pode ser reservado para um pouco de compras. Apesar de a libra ser cara, mesmo após a conversão quase sempre fica mais barato comprar no Reino Unido que no Brasil. A sempre lotada Oxford Street é a melhor opção, mas os shoppings Westfield (o Westfield Stratford é o maior da Europa) são alternativas. Vá até a famosa Primark para comprar roupas e outros acessórios fast-fashion muito baratos – na Oxford Street, a unidade de Tottenham Court Road (estação) é a menos cheia e confusa. A Oxford Street cruza com a Regent Street, cujas lojas são um pouco mais caras. A Regent também esconde a charmosa Carnaby Street, pequena rua comercial só de pedestres. Após as compras, aproveite sua última noite em Londres no Soho, área cheia de pubs e restaurantes próximas à Oxford Street, ou em Covent Garden, que tem mais restaurantes e lojas. Dicas extras de passeios: - Abbey Road Studios, o icônico estúdio onde os Beatles gravaram o álbum de mesmo nome - Little Venice: o Regent’s Canal passa por várias áreas de Londres e é permeado por vários barquinhos. Em alguns pontos lembra os canais de Veneza. - Emirates Airline: bem ao leste de Londres, no espaço de shows e eventos O2, tem um bondinho que poucas pessoas usam, mas tem uma vista bem bonita. Dicas gerais: - Caso fique mais de 4 dias, pegue o 7-day Travelcard. Se estiver com mais alguém, comprem no guichê de alguma estação de trem para aproveitar as promoções ‘2 por 1’. E já que o passe dá direito a viagens ilimitadas, abuse dos ônibus - demora mais que metrô, mas você pode ver todas as ruas e paisagens que normalmente não veria. Além disso, os double decker vermelhos são super icônicos. - Esqueça aquele estereótipo de que Londres é uma cidade cinza, fria e as pessoas são super formais. Lá também tem dias lindos e ensolarados e os londrinos são muito educados e super solícitos se você pedir ajuda.
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Embalos de um quarto coletivo Por Beatriz Guimarães Convidei um amigo para fazer uma viagem curta de fim de ano e ele topou. “Vamos fazer tudo bem baratinho, tá? Comprar passagem com milhas e ficar em albergue”, avisei. Mal terminei de listar minhas condições e vi a cara dele se contorcer: “Não vou dividir quarto com estranhos”. Sempre frequentei albergues. Não só por causa do preço, mas principalmente porque é o único tipo de acomodação que traz “estranhos” no pacote. Sinto a adrenalina correr nas veias quando imagino que, na cama ao lado, pode estar um futuro astro do rock ou simplesmente alguém com uma boa história para contar. A verdade é que esses tais “estranhos” habitam algumas das minhas lembranças mais engraçadas. A melhor delas aconteceu quando eu viajava com cinco amigos pelo nordeste da Austrália. Era o primeiro dia de jornada e, após um dia cansativo de muito sol, praia, festa e bebida, nos preparávamos para dormir em um hostel na cidade de Noosa. O quarto tinha quatro beliches, três ocupadas por nós e uma aparentemente vaga. Eu descreveria nossa situação como nem tão alcoolizados a ponto de desmaiarmos na cama e nem tão sóbrios a ponto de ficarmos chateados com algo – ou alguém – que dificultasse nosso sono. Eis que surgem duas garotas sorridentes do leste europeu para ocupar a beliche restante. – Olá! Não há mais vagas por aqui e dois amigos nossos estão sem lugar para ficar. O pessoal da recepção disse que eles podem dormir aqui. Tudo bem para vocês? Era mentira, estava na cara. Na delas e na dos rapazes que traziam. Mas não dava para dizer não. Éramos todos jovens, estávamos todos bêbados, todos queríamos cama. – Tudo bem. Sim, todos queríamos cama, mas a questão era: para quê? Os casais entraram, se dividiram entre os colchões, conversaram com pouco conosco e, então, se aquietaram. Enfim, estávamos prontos para descansar. Até que algo começou a bater bem forte na parede: a quarta beliche. Gemidos, grunhidos, respirações. “OK, quem nunca teve um caso num hostel? Daqui a pouco eles se cansam”, pensamos. Enquanto isso não acontecia, dormir era impossível. E não cair na risada era ainda mais impossível. Percebendo que nossas gargalhadas e comentários – em português, é claro – não incomodavam nem um pouco nossos companheiros de quarto, decidimos aproveitar a grande oportunidade que caía em nossas mãos. Começou, assim, nossa inesquecível experiência voyeur. Bernardo, quem de nós ocupava a posição mais estratégica no quesito visibilidade, era o responsável por narrar tudo o que acontecia. O restante de nós, no intervalo entre os risos descontrolados, ficava atento aos sons e tentava desenrolar toda a história,
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traduzir os sussurros e prever os próximos movimentos. Repetimos o trabalho em equipe no segundo e até no terceiro round. Os casais eram sincronizados e não estavam para brincadeira. No dia seguinte, acordamos cedo e pudemos ver o que sobrou daquela noite. Lá estavam eles, quatro viajantes nus numa beliche de quarto coletivo. Talvez eles nunca mais tenham se visto. Talvez os efeitos do álcool tenham apagado aquele acontecimento de suas mentes. Mas nós, os seis vigilantes do albergue de Noosa, jamais esqueceremos. Contei o episódio para meu amigo a fim de convencê-lo sobre a graça de se hospedar em albergues. “Depois dessa história, estou decidido, vamos procurar uma pousada!”, debochou. Mas tudo bem, ele não sabe o que está perdendo. E não pode me impedir de usar as milhas.
Terra de kiwis e hobbits Por Beatriz Guimarães
Sensação comum antes de chegar à Nova Zelândia é aquela de não saber ao certo o que esperar. Sobre o país, sabe-se que fica na Oceania, que lá se fala inglês, que terremotos não são raros por lá, e que sua paisagem foi cenário de filmes como O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Mas não se sabe muito mais que isso. Raramente se ouviu falar da cultura do país e do seu povo. O voo saindo do Brasil é longo, mas o encantamento começa logo no desembarque, e já se percebe que cada hora foi váldia. O primeiro aspecto a encantar é a mistura de raças e nacionalidades. Como a imigração é bem mais recente que a brasileira, todos os tipos ainda são bem identificáveis. Ser neozelandês pode tanto fazer referência a traços aborígenes quanto a cabelo loiro. Ou até mesmo olho puxado. E é exatamente esse ‘um pouco de cada’ que forma a essência da identidade kiwi, como é chamado o povo da Nova Zelândia. O país é composto por duas ilhas principais e algumas pequenas outras que, juntas, abrigam os 4,4 milhões de habitantes: uma mescla de descendentes britânicos, Maoris – os primeiros habitantes dessa terra -, e mais pitadas de povos do mundo inteiro, como Oriente Médio, Sudeste Asiático, Europa, e até número bem significante de brasileiros, principalmente nas maiores cidades. As melhores opções de transporte para conhecer o país de norte a sul são os hop on/hop off buses ou alugar um carro. Os hop on/hop off buses são boas alternativas para os backpackers, como são chamados os mochileiros. Esses ônibus são parte de companhias que unem transporte e acomodação: o ônibus passa nos albergues pela manhã para buscar os passageiros, os guia rumo à cidade seguinte parando nos principais pontos turísticos e oferencendo desconto em atividades, e, no fim do dia, os
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deixa em outro albergue. Existem vários itinerários disponíveis e é o passageiro quem escolhe quantos dias deseja passar em cada parada. A principal empresa a oferecer esse serviço é a Kiwi Experience 6. Já o aluguel de carro é uma boa opção pra quem está em grupo ou quer mais flexibilidade de itinerário. As estradas neozelandesas são consideradas de ótimo padrão, bem sinalizadas e o trânsito é leve. Há uma ampla variedade de locadoras e, para fechar negócio, basta ter mais de 21 anos e ter uma carteira de habilitação brasileira válida e traduzida ou uma Permissão Internacional para Dirigir. A maior companhia de locação de carros é a Jucy 7. Ao longo da viagem, nota-se que símbolos nacionais estão por todos os lados: nas placas, no carimbo da imigração, nos souvenirs e nas tatuagens. Os mais comuns são a folha de silver fern (tipo de samambaia com o verso da folha levemente prateado)principal simbolo da cultura Maori -, o pássaro kiwi, a fruta kiwi, as ovelhas, e a sobremesa pavlova. Na hora de planejar o itinerário, incluir uma visita a uma comunidade Maori é imprecindível. Os Maoris são geralmente altos, fortes e de pele morena. As tatuagens em todo o corpo, incluindo mãos e rosto, dão status dentro das tribos. Nas redondezas de Rotorua, na ilha Norte, está a maioria das comunidades abertas à visitação. Nelas, podese observar o estilo de vida Maori, desde seu modo de preparar a comida – o cozimento é feito sob o solo -, até a produção de artesanatos. Os pontos altos das visitas são, geralmente, a apresentação da dança Haka e a degustação dos pratos típicos. Para quem deseja compreender de forma interativa o país como um todo - origem, cultura, história e geografia -, uma visita ao museu Te Papa, na capital Wellington, também é essencial. As instalações conduzem o visitante pela história dos Maoris, a chegada dos colonizadores ingleses, e até mesmo por explicações geológicas para as peculiaridades do país: seus vulcões, terremotos, glaciares, geyser e crateras. A origem dessas peculiaridades está na localização das ilhas na região conhecida como círculo de fogo do pacífico. Esse fator é causa dos desastres naturais e, ao mesmo tempo, das paisagens tão encantadoras e diferenciadas, que já foram cenário de filmes como O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Além da história e dos aspectos naturais, um real mergulho na cultura kiwi deve incluir a paixão nacional, o Rugbi. Sem dúvida, o maior destaque nesse esporte fica por conta do time All Blacks, a Seleção Neozelandesa de Rugby Union. O time ficou famoso por suas habilidades, é claro, mas também pela dança Haka antes de cada jogo, dando um gostinho a quem vem de fora do que seria a cultura Maori e mostrando que a Nova Zelândia valoriza e se orgulha de seu povo. Quando estiver planejando sua viagem, 6
Kiwi Experience: http://www.kiwiexperience.com/
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Jucy Rentals: http://www.jucy.co.nz/
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confira a programação de jogos para o período da sua estada. A adrenalina é outra paixão nacional, afinal, estamos falando da terra-mãe do Bungee Jumping. Na década de 80, o neozelandês A. J. Hackett se inspirava em rituais de tripos indígenas de Vanuatu para desenvolver os primeiros elásticos para Bungee Jumping: a arte de saltar de plataformas, pontes, prédios ou helicópteros com os pés presos por uma corda elástica. O primeiro ponto oficial para a prática de Bungee no mundo foi a ponte Kawarau, em Queenstown, que atrai milhares de aventureiros do mundo todo. Hoje, os locais para salto estão espalhados ao longo do país, com várias opções de alturas, cenários e valores 8. Amantes da adrenalina ou não, a Nova Zelândia tem potencial para deslumbrar pessoas com os mais diferenciados olhares sobre o mundo. Como muitos dos lugares para se visitar estão bem distantes uns dos outros, não deixe de pesquisar muito bem todas as atrações antes de viajar. Assim, você evita perder uma programação incrível por falta de planejamento e aproveita cada pedacinho dessa terra de kiwis e hobbits.
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AJ Hackett: http://www.bungy.co.nz/