Sumário
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Editorial Por: João Maia Comunidade Fisioterapia - Saiba Mais! Entrevista O TDT Lá Fora Vera Cabral Artigo de Revisao Síndrome do Canal Cárpico Concurso 3º Concurso De Fotografia TDTOnline
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Artigo de Revisão Desenvolvimento Motor Da Criança Legislação Outubro 2011 Sabia que... Lojas do Cidadão Sabia que... O Sistema Cardíaco
Elétrico
Ficha Técnica: Responsável editorial: Bruno Glória Design e Redacção: Henrique Pimenta e Joel Graça
Colaboradores desta edição: Marlene Brandão, João Maia, Andreia Monteiro, Vera Cabral, João Leote.
ISSN: 2182-1623
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Todos os artigos publicados na TDTOnline Magazine são da total e exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores.
Editorial
Caros Colegas TDT,
Em tempos de mudança (sim, porque é assim que deveríamos chamar a suposta crise que por estes dias atravessamos) o TDT Online personaliza certamente o modelo de mudança de paradigma no que respeita à comunicação para a saúde na internet. Se já nos muito distantes anos 90 a regra era, de modo geral, um conhecimento unilateral e uma parca partilha deste na relação paciente - profissional de saúde, hoje em dia a situação inverteu-se totalmente. Todos queremos informação, e queremo-la disponibilizada de forma rápida e clara, de preferência sem termos de nos deslocar a obter. Como é óbvio, a internet foi a plataforma ideal para colmatar esta necessidade, e nos últimos dez anos os sites com informação sobre saúde floresceram, criando alguns conteúdos de valor, mas também uma enorme nuvem cinzenta, de informação com credibilidade mais ou menos duvidosa. E foi neste panorama que há cerca de 6 meses criamos o site www.fisioinforma.com, orgulhosamente o primeiro (e muito pequeno para já) site em português com informação sistematizada, revista e exclusivamente sobre fisioterapia e reabilitação física. O nosso objectivo no lançamento era simples: fazer chegar ao maior número de pessoas possível informação de qualidade, dentro da nossa área de conhecimento. Neste sentido associarmo-nos ao TDT Online foi um passo lógico a dar, e a possibilidade de trabalhar em
parceria com uma plataforma com valores e missão que se coadunam com os nossos, com um know how na área da informação para a saúde na internet que em muito nos supera. Assim, esperando estar à altura das expectativas dos leitores, garantimos a nossa disponibilidade para ouvir e debater dúvidas e opiniões que possam surgir com a leitura dos nossos artigos. Nesta edição poderão ainda ler um artigo sobre fisioterapia, uma das TDT, saber mais sobre a síndrome do canal cárpico e conhecer a Vera Cabral, a protagonista da 2ª Entrevista “TDT lá fora”. Na capa está a foto vencedora do 3º concurso de fotografia TDTOnline.
Boa leitura!
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João Maia Licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa Exerce na Clínica de Fisioterapia e Recuperação da Maia Prelector/formador na área de exercício para a saúde Administrador do site http://www.fisioinforma.com
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Comunidade
Fisioterapia -
Saiba mais!
de Lisboa cria os cursos de reabilitação. Estes cursos seriam os precursores da criação da Escola de Reabilitação do Alcoitão, em 1966, onde eram ministrados cursos de 3 anos. A natureza desta formação tinha como objectivo autonomizar a profissão, sendo o corpo docente composto por fisioterapeutas oriundos dos E.U.A. e do Reino Unido.
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Breve Historial da Profissão A Fisioterapia como profissão, em Portugal, surge aquando da criação do Laboratório da Análise Clínica, no Hospital Real de S. José, em 1901. Este laboratório cria a matriz socioprofissional de 5 das actuais 18 profissões que constituem as profissões das Tecnologias da Saúde, onde se inclui a Fisioterapia. Em 1956, a Santa Casa de Misericórdia
Andreia Monteiro Licenciada em Fisioterapia
2011
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Em 1964, tem início a formação no Ultramar. Criam-se as Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde e Assistência no Ultramar, que correspondia, em termos de exercício, a um profissional com título de Fisioterapeuta.
torna-se na primeira Escola a ser integrada no sistema educativo nacional ao nível do ensino superior politécnico, sendo, por isso, a primeira escola a poder leccionar formalmente o Curso Superior de Fisioterapia. O Departamento de Recursos Humanos da Saúde (DRHS), enquanto órgão central do Ministério da Saúde passou a tutelar a formação destes profissionais. Criamse os Centros de Formação de Técnicos Auxiliares de Diagnóstico e Terapêutica de Lisboa, Porto e Coimbra, os quais acabariam por designar-se por Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde (ETSS) de Lisboa, Porto e Coimbra. São publicados os primeiros planos de estudo em Diário da República. A evolução significativa do exercício teve repercussões na organização da educação em Fisioterapia e das escolas onde os cursos eram leccionados, uma vez que o acesso aos cursos passou a ser equiparado ao ensino superior.
Em 1970, a formação de cariz militar vem estabelecer o paralelismo com a modalidade de formação oficial, através da equivalência dos Cursos de Técnicos de Fisioterapia da Escola dos Serviços de Saúde Militar do Continente e dos Hospitais Militares de Luanda e Lourenço Marques.
Ao longo da década de 90, e até à presente data, verificou-se a integração de Escolas que leccionam o curso de Fisioterapia no Ensino Superior Politécnico. Estas Escolas passam a leccionar o curso bietápico de Fisioterapia, permitindo o acesso a cursos de mestrado e de doutoramento.
Em 1979, esta instituição de ensino foi reorganizada dando origem à Escola do Serviço de Saúde Militar. Em 1993,
Descrição Profissão
da
Existem três decretos-lei que definem a Fisioterapia e o seu conteúdo funcional: “A Fisioterapia centra-se na análise e avaliação do movimento e da postura, baseadas na estrutura e função do corpo, utilizando modalidades educativas e terapêuticas especificas, com base, essencialmente, no movimento, nas terapias manipulativas e em meios físicos e naturais, com a finalidade de
Fisioterapia - Saiba mais
promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiência, de incapacidade e da inadaptação e de tratar, habilitar ou reabilitar indivíduos com disfunções de natureza física, mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objectivo de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e qualidade de vida”. “O Fisioterapeuta actua na recuperação, reeducação, reabilitação e prevenção de incapacidades originadas por disfunções físicas, do foro funcional músculoesquelético, cardiovascular, respiratório e neurológico, e disfunções psíquicas, com o objectivo de desenvolver a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos indivíduos” D.L. 261/93, de 24 de Julho; D.L. 564/99 de 21 de Dezembro e D.L. nº320/99 de 11/08
Áreas de intervenção Existem três grandes áreas de intervenção da Fisioterapia:
Cardiorrespiratória
cardiorrespiratória têm como objectivo a optimização do sistema de transporte de O2, contribuindo assim para prevenir, reverter ou minimizar disfunções a esse nível, promovendo a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos utentes.
Músculo-esqueléticas
muscular induz acções terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação. Para além destas três grandes áreas, a Fisioterapia intervém também em algumas áreas mais específicas como exemplo:
Pediatria
O fisioterapeuta intervém em todas as disfunções músculo-esqueléticas de origem ortopédica ou decorrente de traumatismos, além de doenças de origem reumatológica. As disfunções músculoesqueléticas são extremamente comuns e incluem mais de 150 doenças e síndromes diferentes, estando habitualmente associadas a dor e inflamação. O objectivo do tratamento destas disfunções será, de uma forma geral, controlar a dor e a inflamação e promover a máxima funcionalidade do utente.
Neuromusculares
Área da Fisioterapia que tem como base técnicas neurológicas e cardiorrespiratórias especializadas, procurando inte- 5 grar os objectivos em Fisioterapia com actividades lúdicas e sociais, de forma a reabilitar e proporcionar qualidade de vida à criança e ao adolescente.
Saúde da Mulher Área que actua nomeadamente na sua saúde reprodutiva (pré e pós parto), menopáusica (osteoporose), incontinência urinária e oncologia (utentes mastectomizadas).
Reabilitação cardíaca
Consiste na intervenção do fisioterapeuta em utentes com disfunções cardiorrespiratórias ou em risco de as desenvolver. Dentro desta área e em meio hospitalar, o fisioterapeuta pode intervir no doente crítico, nas Unidades de Cuidados Intensivos e também no doente cirúrgico, especificamente nas cirurgias tóraco-abdominal; A Fisioterapia
Processo pelo qual os utentes com doença cardiovascular, em parceria com uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde, são encorajados e apoiados a alcançar e manter um estado de saúde e bem-estar físico e psico-social.
Fisioterapia Área de intervenção do fisioterapeuta to em utentes com distúrbios neurológicos, que normalmente envolvem disfunções motoras. A Fisioterapia neuro-
no
Despor-
Intervém em populações desportivas de todas as idades com diferentes níveis de
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desempenho (desporto de lazer até alta competição), numa dimensão individual ou em grupo, com o objectivo de prevenir lesões associadas à prática desportiva, de optimizar a função e contribuir para o melhor desempenho desportivo, através dum conhecimento específico, de capacidades técnicas / psicomotoras e de comportamentos adequados, para a melhor prática clínica.
Fisioterapia aquático
no
meio
6 Designada também por Hidroterapia,
que engloba a hidrocinesioterapia, hidrobalneoterapia / termalismo e talassoterapia. Consiste na aplicação das técnicas específicas de Fisioterapia no meio aquático, tirando partido dos efeitos da imersão e das propriedades físico-químicas da água. Pode ser realizada individualmente ou em grupo, como forma única de tratamento ou como complemento de outra modalidade. As áreas de intervenção da fisioterapia são vastas e algumas ainda em grande desenvolvimento em Portugal, a título de exemplo temos a reabilitação vestibular e a fisioterapia dermato-funcional e estética
Como Actua Fisioterapeuta?
o
Num primeiro contacto com o doente, o fisioterapeuta faz uma avaliação através de um exame subjectivo e objectivo. No exame subjectivo, de uma forma abrangente, o fisioterapeuta pretende tdtonline.org
perceber qual é a história passada e actual do doente no que se refere à sua doença e também aos seus antecedentes pessoais e familiares, hábitos, situação habitacional. Nesta fase o fisioterapeuta procura tentar determinar qual é a atitude do doente face à doença e quais as expectativas relativamente ao tratamento. No exame objectivo, o fisioterapeuta verifica como o doente se apresenta (acamado, cadeira de rodas, marcha com auxiliares, etc.), qual o seu estado geral (aspecto físico, nutrição, pele, respiração, etc.), qual o seu estado mental (orientado no espaço e no tempo), e depois de uma forma mais especifica, e tendo em conta a importância de acordo com a patologia, avalia as amplitudes articulares, força muscular e postura. Ao longo de todo o processo de avaliação vai dar maior ênfase a alguns aspectos, e efectuará um exame mais detalhado, (podendo recorrer a técnicas mais específicas), dependendo do diagnóstico estabelecido, se está perante um adulto ou uma criança e do tipo de patologia presente: respiratória, músculo-esquelética ou neurológica. Após feita a avaliação o fisioterapeuta irá definir os objectivos para aquele doente a curto, médio e longo prazo. Posteriormente vai delinear um plano de tratamento adequado aos objectivos
pretendidos e às necessidades do doente, tendo sempre em conta o local, o contexto e os recursos existentes. Este, quando possível, é feito em parceria com o doente, onde será explicado os objectivos pretendidos, como cada um dos tratamentos propostos. O plano de tratamento será reavaliado de forma contínua, para que o fisioterapeuta perceba se está a ser eficaz na obtenção dos objectivos propostos, ou se será necessário efectuar alguma alteração. Qualquer intercorrência do estado do doente deverá promover uma nova reavaliação deste. No entanto há que salientar que a actuação do fisioterapeuta é, cada vez mais, baseada na evidência, muitas vezes necessita de recorrer ao uso consistente de recomendações terapêuticas fundamentadas, de forma a proporcionar melhores resultados. Existe a nível mundial uma base de dados com mais de 18.000 estudos clínicos aleatorizados, revisões sistemáticas e diretrizes de prática clínica em Fisioterapia chamado “PEDro – physiotherapy evidence database”. Todos os estudos clínicos indexados ao “PEDro” são avaliados de forma independente, para fins de classificação de qualidade. “PEDro” é produzido pelo Centro de Fisioterapia Baseada na Evidência do “The George Institute For Global Health”, uma actual e importante ferramenta para a prática da Fisioterapia. O fisioterapeuta utiliza um conjunto muito vasto de técnicas ao efectuar um tratamento, sendo a maioria com base no movimento. Os recursos em Fisioterapia mais utilizados são:
Cinesioterapia “Terapia pelo movimento”, (do grego kínesis, movimento e therapeia,
Fisioterapia - Saiba mais
terapia). Um conjunto de técnicas terapêuticas que visa a reabilitação funcional através da realização de movimentos activos e passivos.
Mecanoterapia Técnicas que utilizam aparelhos mecânicos para fortalecer, alongar e reeducar movimentos comprometidos.
Eletroterapia Recurso que utiliza correntes eléctricas que promovem, de uma forma geral, acção analgésica e anti-inflamatória, mas que também podem actuar na estimulação motora.
Termoterapia erapia que utiliza o calor e o frio (crioterapia) como forma de tratar diversas patologias.
Locais de exercício/ Saídas Profissionais
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Janeiro
Nascimento de Louis Braile A 4 de Janeiro de 1809, nasce, em Coupvray, L o u i s Braille, criador do sistema de leitura para invisuais, vindo a falecer a 6 de Janeiro de 1852, vitimado pela tuberculose. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos. Fonte: www.leme.pt
De acordo com as áreas de intervenção e o conteúdo funcional o fisioterapeuta pode exercer sua actividade profissional em unidades hospitalares públicas e privadas, centros de saúde, clínicas e centros de reabilitação, instituições e associações de saúde, instituições de apoio a idosos, estabelecimentos termais, centros desportivos, clínicas privadas e exercício liberal. Pode ainda exercer funções docentes e de investigação em instituições de ensino superior.
tugal existe a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APF). A nível internacional destaca-se “ American Physical Therapy Association” (APTA) e a “World Confederation for Physical Therapy” (WCPT).
Bibliografia http://www.estesl.ipl.pt/Page/320/Fisioterapia. aspx http://www.scml.pt/default. asp?site=cmra&sub=&id=54&mnu=35 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia
Sindicatos Associações
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Existem três sindicatos que representam os fisioterapeutas a nível nacional, o Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses (SFP), o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) e o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE). No que se refere a associações em Por-
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http://www.apfisio.pt/gifcr/fisioterapia_respiratoria.html h t t p : / / w w w. a p f i s i o . p t / g i f s m / i n d e x . php?option=com_content&view=article&id=1& ut=2&Itemid= http://www.apfisio.pt/gifd/pages/fisioterapiano-desporto.php h t t p : / / w w w. a p f i s i o . p t / G I H F M A _ / i n d e x . php?option=com_content&view=article&id=95 &Itemid=106 http://bibliotecaucs.wordpress.com/2011/04/08/ pedro-a-base-de-dados-de-evidencia-em-fisiote- 7 rapia-2
Janeiro
Nos Estados Unidos questiona-se: dever-se-á fumar ou deixar de fumar? O Diário Popular de 16 de Janeiro de 1964 e o do dia seguinte, trazem um artigo, em duas partes, intitulado “Fumar ou deixar de fumar”. O articulista começa por referenciar que um relatório da comissão de cientistas acaba de provocar enorme controvérsia nos Estados Unidos por afirmar que o tabaco é prejudicial à saúde e influi no índice de mortalidade em percentagens que atingem setenta por cento. Num país em que o tabaco figura em quinto lugar na economia industrial e quatro mil cigarros por ano é o consumo médio de cada adolescente, os adeptos do consumo do tabaco afirmam que «gerações após gerações, independentemente de quaisquer estudos e pesquisas, fumaram no passado, fazem-no no presente e continuarão a fazê-lo no futuro». Volvidos mais de quarenta anos sobre este artigo, assiste-se, finalmente, em todo o mundo, à consciencialização dos malefícios do tabaco, sendo os próprios governos a introduzir leis limitativas do seu uso em locais públicos, obrigando, ainda, a que todos os maços de tabaco tenham ecrito, em lugar bem visível, a frase FUMAR MATA Fonte: www.leme.pt
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Entrevista
O TDT lá fora A entrevistada desta edição da Magazine chama-se Vera Cabral. Licenciada em Radiologia, com pós-graduação em Mamografia e com 29 anos, encontra-se a trabalhar em Inglaterra há cerca de 3 anos. Vamos conhecer um pouco desta lisboeta e da sua experiência por terras de sua majestade.
Magazine: Há quanto tempo saíste de Portugal para trabalhar no estrangeiro? Vera Cabral (V.C.): Aproximadamente 3 anos.
Magazine: O que te levou e/ou motivou a sair de Portugal? Como se proporcionou essa saída? 8 V.C.: O facto de sempre querer ter saído
do meu país para conhecer o mundo e ter novas experiências aliado à falta de desenvolvimento profissional, pessoal e económico no nosso país. Durante alguns meses ouvi um colega falar sobre alguém da nossa profissão que tinha estado algum tempo a trabalhar em Inglaterra e tinha passado a informação de que compensava mone-
Vera Cabral 29 anos Licenciada em Radiologia Pós-graduada em Mamografia Inglaterra
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tariamente, em termos de carreira e de experiência vir para Inglaterra, nem que fosse temporariamente. Como tinha a opção de pedir licença sem vencimento no meu emprego em Portugal, fiz investigações, candidatei-me a empregos e pude confirmar que tudo parecia tão promissor como mencionado e, após 6 meses de preparação, vim viver a experiência.
Magazine: Tiveste oportunidade de trabalhar na tua área em Portugal? Quanto tempo? V.C.: Trabalhei em Portugal durante 5 anos e, embora tenha muitas saudades das pessoas e do ambiente de trabalho não voltaria atrás com a minha decisão.
Magazine: Sentes-te mais valorizada pelos teus colegas onde trabalhas actualmente? Que opinião têm eles e a tua entidade empregadora acerca do teu nível de formação? V.C.: Talvez por trabalhar num Hospital particular muito mais pequeno que onde trabalhava em Portugal, toda a gente me conhece no meu emprego actual, os médicos, incluindo ortopedistas, vêm muitas vezes ao departamento agradecer-nos pessoalmente ou dar-nos os parabéns por algum procedimento ou feito especial. Sinto-me geralmente valorizada, ouvindo frases como “perguntem a ela, que ela sabe tudo” ou “você é uma estrela, muito obrigado”, que pode vir desde a cozinheira até ao cirurgião. Flores, chocolates, cartões de agradecimento, cartas de reconhecimento, embora não sejam mimos diários são suficientemente frequentes para nos lembrarmos que o que fazemos é importante para os outros, principalmente quando feito com dedicação. Em termos de formação penso que o nosso país nos prepara para o mercado de trabalho muito mais que os alunos deste país. Somos considerados mais inteligentes e com mais conhecimentos nas várias áreas pois temos estágio em várias modalidades de imagiologia enquanto os estudantes de cá treinam unicamente para radiologia geral, tendo
que tirar pós-graduações para qualquer especialidade de imagiologia, incluindo para fazer injecções de contraste ou exames com Bário, coisa que fazia parte do meu dia-a-dia em Portugal com apenas a formação universitária de base.
Magazine: Foi difícil a adaptação ou já ias preparada? V.C.: A adaptação à mudança foi fácil pois sempre fui uma pessoa habituada a mudanças de casa, localidade, escolas, etc. Não tive problemas com a língua pois tive a sorte de ter crescido a aprender Inglês desde muito nova. O que ninguém nos pode preparar é a adaptação do afastamento da família, principalmente quando mudamos com uma família nossa e não apenas sozinha, e ao choque de culturas, ou seja, ao facto de pensarmos que a Europa é muito semelhante e descobrirmos que o tempo, a comida e as atitudes nos afectam tanto no dia-a-dia se não tivermos os suportes sociais adequados.
Magazine: Podes estabelecer uma comparação entre a Radiologia em Inglaterra e Portugal? V.C.: Em termos de emprego, a progressão e a importância que é dada a uma carreira e a progressão contínua neste pais não tem comparação com o nosso, principalmente nos últimos anos em que tudo o que vejo em Portugal é apontarem o dedo aos TDT bem como as outras carreiras de saúde para relembrar que fazemos (mais uns que outros) parte da função pública e como tal temos que ser penalizados pelos benefícios que já não são vistos provavelmente desde a geração anterior à minha. O trabalho por cá é recompensado e até quem pouca ou nenhuma vontade
de trabalhar tem continua a progredir na sua carreira. Não tenho experiência com os hospitais públicos neste país mas dizem-me que são ainda melhor que os privados e, até agora, têm sido agradecimentos, reconhecimentos, prémios, bónus e promoções na minha razoavelmente curta carreira por este país. Todos os cursos são totalmente financiados, incluindo estadias de hotel, horas de curso e gasolina para chegar ao local de treino. No meu grupo de hospitais existe um plano de carreira anual bom, como a médio prazo, ou seja, onde podemos requerer o tipo de formação que pretendemos, completar esse ano e, caso seja do interesse da instituição, começar a frequentá-la. Em termos de profissionais vejo uma grande diferença de atitude dos ingleses perante muitos dos estrangeiros com quem trabalho, enquanto quem vem de fora vem geralmente com uma atitude de “querer fazer” e estar sempre disponível, a grande maioria dos “locais” tem sempre como prioridade a sua vida pessoal e familiar, depois a sua vontade, e só por último o trabalho. Vejo muito pouca flexibilidade dos Técnicos de Radiologia ingleses e, talvez seja uma coisa local, muito pouca vontade de trabalhar, quer seja horas extra (que são pagas e bem) ou até de trabalhar mais que 2 ou 3 dias por semana (daí a mentalidade do part-time / bank radiographer).
Magazine: Tens alguma situação insólita ou engraçada que te tenha acontecido nesta “aventura”?
questionei os motivos, foi-me explicado que o curso era apenas para Técnicos de Radiologia (Radiographers) ao que eu respondi ser o meu título. Vim então a saber que andava a pôr em todas as candidaturas e CVs que tinha o curso de Radiology (tradução directa de Curso de Radiologia, nome dado em Portugal), que cá é considerado ser o curso de Radiologista (logo, os médicos) e que, portanto, o meu curso cá é de Radiography (curso de Radiografias). É por estas e por outras que, por muito bem que falemos Inglês, acabamos muitas vezes por estar Lost in Translation. 9
Magazine: Para terminar, quais os teus planos futuros? Pretendes continuar em Inglaterra ou a ideia é regressar a Portugal? V.C.: Embora ainda esteja a tempo de reverter a minha estadia, de momento estou feliz por cá e pretendo continuar a progredir por cá e a ter uma qualidade de vida que não seria possível em Portugal. Gosto muito do meu país mas, a não ser que surgisse uma oportunidade que igualasse o que tenho no momento, não pretendo voltar para estar a lutar por um trabalho, por uma carreira, por uma qualidade de vida minimamente decente, por uma economia instável, como, infelizmente, vejo muita gente fazer por Portugal.
V.C.: Uma situação insólita que me ocorreu no meu primeiro ano de trabalho por cá, quando me inscrevi para o curso de pós-graduação em Mamografia quase tive a candidatura recusada, quando
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Artigo
de
Revisão
Síndrome do Canal Cár Acorda durante a noite com dor e formigueiros na/s mão/s? Parecem cortiça e que estão inchadas? E só após algum tempo a tentar movê-las é que melhora? No trabalho, durante determinados movimentos acontece-lhe o mesmo? Desta vez parecem choques ou queimaduras nos primeiros três dedos? Se sim, e já realizou exames de imagem aos punhos e/ ou à coluna que não apresentaram qualquer alteração, e, por fim, o médico recomendou-lhe a realização de um electromiograma. Então antes de se informar através dos amigos ou da internet, leia este artigo e conheça como se diagnostica a síndrome do canal cárpico que afecta 72 pessoas em cada 100.000 habitantes por ano [1], mais commumente entre os 40 e 60 anos de vida [2].
INTRODUÇÃO O nervo mediano, assim denominado pelo seu percurso na porção anterior e medial do membro superior desde a coluna vertebral aos dedos da mão, faz parte do sistema nervoso periférico e à semelhança dos outros nervos, possui duas funções, a motora e a sensitiva [4;5]. Deste modo, a função motora permite a utilização dos músculos dependentes do nervo, como é demonstrado na figura 1, e a função sensitiva possibilita a capacidade de sentir (tacto), permitindo diferenciar, por exemplo, um objecto quente de um frio no território a sombreado na figura já referida.
O QUE É A SÍNDROME DO CANAL CÁRPICO? A síndrome do canal cárpico (SCC) é uma mononeuropatia das fibras do nervo mediano ao nível do canal cárpico localizado no punho [2]. A severidade desta síndrome pode ser classificada de acordo com os sintomas e com os resultados do electromiograma, sendo principalmente categorizada Fig.1 - Território motor (imagem à esquerda) e sensitivo (imagem à direita) do nervo mediano na mão. Adaptado de Netter, Craig & Perkins (2002) [6] como ligeira, moderada ou grave [3].
SINTOMAS João Leote
Na SCC estas funções são comprometidas e principalmente, os sintomas iniciais são provocados pela lesão da componente sensitiva do nervo.
Licenciado em Neurofisiologia
Assim, os principais sintomas são:
Clínica Médico-Cirúrgica Dr. Juvenal Sobral
• formigueiro, adormecimento e dor (tipo queimadura ou choque) nos dedos durante a noite, ao acordar de manhã, ou durante determinadas posturas da mão ou tarefas (por ex. segurar o telefone, conduzir) [7];
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• dor no punho ou na mão que irradia, por vezes, para o cotovelo [7];
Síndrome Do Canal Cárpico
rpico • melhoria do formigueiro e da dor com o movimento de sacudir a mão sintomática [8]; • Dificuldade em realizar alguns movimentos precisos como segurar ou agarrar pequenos objectos [9];
Fig.2 - Movimentos enfraquecidos devido à atrofia dos músculos da eminência tenar. Retirado de Dishman & Shooker (2002) [8].
• Atrofia dos músculos da eminência tenar (figura 2) [9]; • Numa fase avançada da doença, pode-se deixar de sentir dor, e apenas permanece a atrofia muscular dos músculos já referidos [9].
PATIOFISIOLOGIA ETIOLOGIA
E
O soalho do canal cárpico é composto pelos ossos do carpo, enquanto o tecto é constituído pelo ligamento transverso [2] (ou retináculo flexor) como demonstrado na figura 3. Neste canal, na presença de uma anatomia normal, passam 9 tendões flexores dos dedos e o nervo mediano, sendo que este último, está localizado mais superficialmente [2]. Por esta razão e pelo facto de ter uma função sensitiva, esta é a primeira estrutura a provocar sintomas quando o espaço no canal diminui (estenose) ou a pressão intra-canal está aumentada, levando a compressão do nervo [2;8;9].
Fig.3 - Canal cárpico e as respectivas estruturas que atravessam o canal. Adaptado de Netter, Craig & Perkins (2002) [6] e Dishman & Shooker (2002) [8]
ACTIVIDADES E MOVIMENTOS ASSOCIADOS AO SCC
A causa mais comum desta sindrome é idiopática [9], ou seja, é desconhecida e não está associada a nenhuma doença. Neste caso particular, a lesão do nervo costuma estar relacionada com os movimentos repetitivos de flexão e extensão do punho realizados numa práctica ocupacional do doente (ex. ocupação profissional) [8]. Fig.4 - Demonstração das actividades e movimentos que quando repetitivos ao longo do tempo podem provocar uma compressão do nervo mediano no canal cárpico. Adaptado de Patry, Rossignol, Costa & Baillargeon (1998) [9]
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PREVALÊNCIA A SCC é mais frequente no sexo feminino, afectando cerca de três mulheres por cada homem [2;10], e ocorre com maior severidade na mão dominante [2], sendo que, em cerca de 50% dos casos estão lesionados ambos os nervos medianos [10]. Durante a gravidez, entre 31 a 62% dos casos ocorre um aumento da incidência da SCC [2; 11], devido ao aumento da pressão dentro do canal cárpico, porém após a gravidez esta sindrome reverte espontaneamente [2] em cerca 45% dos casos ao fim de um ano [11].
quase exclusivamente não invasivas, e pela electromiografia de agulha [2]. Nesta síndrome, maioritariamente, são apenas utilizadas as velocidades de condução para o seu diagnóstico [2;11;12] (figura 5 e 6), mas pode ser usada a electromiografia de agulha para o esclarecimento das funções comprometidas do nervo e para exclusão de outras doenças [12;13]. O objectivo deste exame complementar de diagnóstico é [13]: • confirmar o diagnóstico da SCC, quando existe supeita clínica, mas não é irrefutável; • localização da lesão no canal cárpico;
FACTORES DE RISCO Existem diversos factores de risco associados a esta síndrome quando a sua causa é idiopática, tais como [10]:
• estabelecer o comprometimento do nervo e a severidade da lesão;
• exclusão de outras doenças; • determinação do prognóstico; • e o acompanhamento pós-cirúrgico
TRATAMENTO O tipo de tratamento depende da causa e da severidade da SCC [2]. Desta forma, na presença de uma SCC idiopática e classificada como ligeira a moderada é possivel optar pelo tratamento conservador [13], que incluí: • paragem ou modificação da actividade repetitiva que pode estar na causa da síndrome; • uso de uma ortótese de imobilização do punho (pode reduzir até cerca de 80% dos sintomas) [13];
• pertencer ao sexo feminino; • a idade (relação propocional); • a mão de tamanho mais pequeno; • a obesidade; • o indíce de massa corporal; • um punho de forma quadrada; Fig.5 - Exemplo de velocidades de condução da componente motora do nervo mediano. Denotar a latência distal aumentada de 10,25 ms (normal 4.4 ms).
• e o tipo de ocupação.
DIAGNÓSTICO O diagnóstico é realizado através da clínica do doente e do electromiograma que é o exame complementar de diagnóstico mais sensível e fiável a alterações funcionais do nervo mediano no canal cárpico [7;8;12]. O electromiograma é composto Fig.6 - Exemplo de velocidades de condução da componente sensitiva do nervo mediano (acima) em compelas velocidades de condução, paração com a componente sensitiva do nervo cubital (abaixo). Denotar na baixa velocidade de condução técnicas bastante diversificadas e do nervo mediano e a diferença da latência ao pico superior a 0,5ms, assim como, a diferença de amplitude em relação ao nervo cubital.
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Síndrome Do Canal Cárpico
• fisioterapia; • medicação oral (estudos indicam que produz uma redução mínima dos sintomas) [13]; • injecções de corticoesteroídes (recorrência dos sintomas entre 8 a 100% dos casos) [13]. Na presença de uma SCC idiopática e grave, o tratamento recomendável é o procedimento cirúrgico [13]. Deste modo, o procedimento cirúrgico baseiase na descompressão do nervo mediano através do corte do completo do tecto (ligamento transverso) do canal cárpico (figura 8). O sucesso deste tipo de tratamento também depende da causa e da severidade da síndrome, para além da possível existência de complicações pós-cirúrgicas (ex. infecção, formação de cicatriz) [13]. Todavia, também depende do período de recuperação pós-cirúrgico em que o doente deve manter o punho imobilizado, pois estudos mostram que uma imobilização de cerca de 18 dias, permite uma recuperação dos movimentos do punho 30% superior à dos doentes que não mantêm o punho imobilizado [13].
Fig.7 - Ortótese de imobilização do punho com palma, imobilizando os movimentos de extensão, flexão do punho, para além dos movimentos dos músculos lumbricais. Retirado de Schoenhuber, Capone, Gentile & Pentore (2002) [13].
13 Fig.8- Exemplo de incisura realizada no procedimento cirúrgico de forma a seccionar por completo o ligamento transverso. Adaptado de Schoenhuber, Capone, Gentile & Pentore (2002)13. Nerve Diseases (p. Chapter 1). Elsevier.
Tunnel Syndrome. Québec: Multimondes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
5. Krarup, C. (2006). Physiology and function. In: J. Kimura, Handbook of Clinical Neurophysiology: Peripheral Nerve Diseases (p. Chapter 2). Elsevier.
1. Jenkins, P., Watts, A., Duckworth, A., & McEachan, J. (2011). Socioeconomic deprivation and the epidemiology of carpal tunnel syndrome. The journal of Hand Surgery, European volume.
6. Netter, F., Craig, J. A., & Perkins, J. (2002). Median Nerve. In: F. Netter, J. A. Craig, & J. Perkins, Atlas of Neuroanatomy and Neurophysiology. New Jersey: Icon custom communications.
10. Herskovitz, S., Scelsa, S., & Schaumburg, H. (2010). Focal Neuropathies: Nerve Injuries, Entrapments, and other Mononeuropathies. In: S. Herskovitz, S. Scelsa, & H. Schaumburg, Peripheral Neuropathies in Clinical Practice (p. Chapter 18). New York: Oxford University Press.
2. Kimura, J. (2002). Mononeurophaties and Entrapment Syndromes. In: J. Kimura, Electrodiagnosis in diseases of nerve and muscle: Principles and Practice (pp. 720-724). New York: Oxford University Press.
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8. Dishman, J. D., & Shooker, C. M. (2002). Characteristic Signs and Symptoms of Entrapment. In: D. H. Durrant, & J. M. True, Myelopathy, Radiculopathy and Peripherical Entrapment syndromes (p. Chapter 10). New York: CRC Press.
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11. Padua, L., Pasquale, A. D., Pazzaglia, C., Liotta, G., Librante, A., & Mondelli, M. (November de 2010). Systematic review of pregnancy-related carpal tunnel syndrome. Muscle & Nerve, pp. 697-702. 12. Rempel, D., Evanoff, B., Amadio, P., Krom, M. d., Franklin, G., Franzblau, A., et al. (October de 1998). Consensus criteria for the classification of Carpal Tunnel Syndrome in Epidemiologic Studies. American Journal of Public Health, pp. 1444-1451. 13. Schoenhuber, R., Capone, L., Gentile, R., & Pentore, R. (2002). Neurophysiological Assessment of Carpal Tunnel Syndrome. In: R. Luchetti, & P. Amadio, Carpal Tunnel Syndrome (p. Chapter 9). Berlin: Springer-Verlag.
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Foto Ve Título da Foto Código de Barras
Área TDT Análises Clínicas e de Saúde Pública
Descrição da Foto Na prática laboratorial podemos comparar o código de barras de um produto biológico de um paciente a uma espécie de “código genético”. Esta comparação surge do facto de através de um código de barras termos acesso informático a todas as informações do doente, desde alguns dados pessoais, análises realizadas e resultados obtidos. Na fase pré-analítica, depois de registados informaticamente todos os pedidos analíticos do paciente e após colheita dos produtos biológicos, estes são identificados com uma etiqueta onde o doente passa a ser representado por número ao qual está associado um código de barras. Na fase analítica e dado o avanço da tecnologia laboratorial o produto biológico (no caso da figura exposta, o sangue colhido em tubo com anticoagulante para realização de hemograma) dá entrada nos equipamentos que numa primeira fase identificam esses códigos de barras, reconhecendo os pedidos analíticos previamente registados, executando de forma automática essas análises. O código de barras é um instrumento valioso em toda a rotina laboratorial, diminuindo alguns erros, e permitindo o interface entre diferentes programas informáticos de modo a transmitir todas as informações necessárias até à emissão do resultado final. O domínio informático sobre o laboratório de análises clínicas é sem duvida uma realidade que promove a qualidade dos serviços prestados, numa área científica da saúde onde a tecnologia e informática se fundem e caminham em uníssono para um mesmo objectivo – a qualidade na prestações de serviços ao paciente.
Autor Bruno Costa O TDTOnline agradece a todos os participantes os seus trabalhos fotográficos para este concurso. Contamos convosco numa próxima iniciativa!
que
contribuiram
com
encedora
18
Artigo
de
Revisão
Desenvolvimento motor d criança O nascimento da uma criança é sempre um acontecimento mágico, envolvente e emocionante, sobretudo claro para os pais dessa criança. Estes, de forma invariável e contra os sábios conselhos dos mais experientes, vivem todo o período da gravidez formando as mais diversas expectativas para a criança que aí vem. No entanto, uma surge constantemente, e muito justamente, em primeiro lugar: “desde que seja saudável ficamos felizes!”. Nesta temática, e porque muitos pais se questionam e apoquentam sem razão, ou então podem deixar passar despercebidos alguns sinais de alerta, reunimos neste artigo as capacidades motoras características desde o recém-nascido ao bebé com 12 meses de idade. As tarefas motoras descritas abaixo estão por ordem de aquisição/conquista por parte do bebé, no entanto, esta ordem representa apenas uma linha de orientação para os profissionais na área e não deve ser encarada de forma inflexível. No caso de dúvida o melhor será seguir as orientações/conselhos do pediatra responsável pelo acompanhamento da criança.
Recém-nascido Postura global em flexão (nos bebés de termo). O bebé sente-se mais estável numa posição mais “enrolada” sobre si mesmo, com os membros bem junto ao tronco. Quando está deitado de barriga para baixo o centro de gravidade está mais próximo da cabeça, e os membros in-
João Maia Licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa Clínica de Fisioterapia e Recuperação da Maia Prelector/formador na área de exercício para a saúde Administrador do site: www.fisioinforma.com
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feriores estão geralmente dobrados, com as coxas junto à barriga. Apresenta o reflexo de preensão palmar (que se mantém até aos 3-4 meses) e plantar (que se mantém até ao 9º mês). Este reflexo é forte, mas a posição do punho e dedos é influenciada pela posição da mão. Reacção primária de apoio (presente até ao 2º mês), em que o bebé se tenta empurar para cima. Pode ser desencadeada com os joelhos, ancas e coluna. Reacção de marcha automática (presente até ao 2º mês). A criança, quando colocada em pé, ligeiramente inclinada para a frente, dobra e estica as pernas de forma alternada. Reacção de moro (presente até ao 4º mês). Observa-se geralmente quando o bebé roda a cabeça repentinamente ou quando ouve um barulho que o assusta. Os braços elevam-se e afastam-se do tronco, com as palmas das mãos viradas para a frente, para logo de seguida regressarem abaixo. A criança não vê com muita nitidez, não dá atenção às mãos e os movimentos oculares são desorganizados. Sorriso endógeno.
1º e 2º mês Quando de barriga para baixo já tenta levantar o queixo. Quando segurado ao colo já consegue levantar a cabeça do ombro do adulto. Movimentos amplos e com sequências variáveis dos membros. A expressão progride para um sorriso por volta das 5-6 semanas Quando deitado de barriga para cima a postura é mais estendida e assimétrica. Quando deitado de barriga para baixo trabalha também na assimetria, não conseguindo levantar a cabeça na linha média.
Desenvolvimento Motor da Criança
da
Reflexo tónico cervical assimétrico. Quando o bebé roda a cabeça para um lado o braço desse lado estende-se e o do lado contrário dobra-se.
Não há dissociação dos olhos em relação à cabeça, mas já tem mais atenção, em especial a objectos em movimento. Ao final do 2º mês caminha para uma visão mais central, pois já consegue controlar melhor a cabeça na linha média. O bebé executa frequentemente movimentos circulares de pequena amplitude e velocidade moderada, conhecidos como fidgety movements.
3º mês Por norma o bebé irá preferir ficar deitado de barriga para cima, pois permite maior liberdade de movimentos. Começa a aproximar as mãos da linha média. De barriga para baixo apoia os antebraços e faz extensão da cabeça e tronco superior. Aumento significativo do controlo da cabeça. Sentado com apoio mantém por alguns instantes a cabeça rectificada. Quando balançado já consegue compensar a alteração do centro de gravidade através da alteração da posição da cabeça. Agarra objectos e consegue traze-los à linha média, mas ainda não lhes dá atenção visual. Fixa o olhar na mãe durante a alimentação. Segue o movimento dos adultos. Sorriso social espontâneo. Primeiras explorações de objectos pela boca.
4º mês Segura os objectos com ambas as mãos, conseguindo abrir e fechar a mão, mas ainda não liberta os objectos voluntariamente. Segue bem com o olhar os objectos que se movimentam lentamente. Reacção de extensão protectiva, quando sente que vai cair estende os braços à frente do tronco. Quando deitado irá começar a “pontapear” o ar, o que funciona como uma preparação para a marcha. Inicio do reflexo de Landau. Quando colocado suspenso na horizontal, com a barriga para baixo, irá fazer extensão da cabeça e tronco. Este reflexo vai-se tornando mais marcado até aos 6 meses. Inicio da dissociação dos olhos relativamente aos movimentos da cabeça, acompanhando o maior controlo da cabeça e da cervical.
5º mês Maturação do reflexo de Landau. Descobre os pés e começa a brincar com eles quando deitado de barriga para cima. Empurram-se com os pés contra as superfícies, arqueando o tronco e a cabeça para trás. Consegue levantar a cabeça quando deitado de barriga para cima. Começa a assumir a posição de sentado por curtos períodos. Consegue levar os objectos à boca com facilidade. Começa a transferir os objectos de uma mão para a outra, mas lentamente.
Deitado de barriga para baixo consegue facilmente levantar a cabeça e o peito. Pode até conseguir apoiar-se apenas num braço para alcançar um objecto com o outro. O aumento dos campos visuais desperta maior curiosidade e exploração por parte do bebé.
6º mês Quando suspenso no espaço as reacções de rectificação da cabeça e tronco já são eficazes, com resposta activa dos membros superiores e inferiores, ou seja, já tem reacções de equilíbrio automáticas. Aumento da força e controlo postural. Quando deitado de barriga para cima agarra e brinca com os pés. Consegue brincar deitado de lado por longos períodos de tempo sem cair para a frente ou para trás. Quando deitado de barriga para baixo, alonga um lado à medida que encurta o outro. Inicia-se o dissociar de uma perna da outra, preparando para o rastejar. À medida que ganha mais controlo motor, faz esforços repetidos para trazer a bacia para trás, para tentar ficar de gatas. Rola sozinho, quando deitado. Senta-se por períodos mais longos e brinca nesta posição, por alguns momentos sem apoio. Explora e tenta agarrar os brinquedos fora do alcance, daí que ainda caia bastantes vezes da posição de sentado. Quando de pé balança-se activamente de baixo para cima. Dirige as duas mãos aos objectos para de seguida os levar à boca.
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Desenvolvimento Motor da Criança
Preensão de objectos pequenos. Dá gargalhadas.
7º ao 9º mês Predomínio da posição de sentado. Tentam puxar-se para a posição de pé. Reacções de equilíbrio desenvolvidas e eficazes quando sentado e deitado. Inicio das reacções de equilíbrio de gatas. Aguentam-se sentados sem apoio das mãos, ficando livres para brincar. Interage cada vez mais com o meio envolvente.
Desloca-se rolando ou rastejando, podem gatinhar, mas alguns só o fazem a partir dos 10/11 meses.
Aumenta a rotação interna das ancas, permitindo sentar-se em W, uma posição de transição depois de gatinhar.
Alcança brinquedos de encaixe, mas ainda não consegue voltar a coloca-los no sitio.
Gatinha e contorna obstáculos, maior facilidade e eficiência no sentar e de gatas.
Usa os braços para trepar e se colocar de pé, e aí fica com apoio.
Senta-se a partir de deitado de lado.
Em pé, para aumentar a estabilidade, para além de alinhar as pernas com a bacia, encosta o tronco contra a superfície de apoio. Desenvolve o equilíbrio em pé, volta a cabeça e o tronco para visualizar e explorar o ambiente.
Inicia a transição de sentado para deitado de barriga para baixo. Coloca as mãos para a frente, mas não suporta o peso e cai para a frente.
Aponta com o indicador.
Dá início ao rastejar.
Ao final dos 9 meses leva bolachas à boca, mastigando.
Ao 8º mês a pega evolui de palmar (global) para digital (pinça com dois ou três dedos).
Coloca as mãos à volta do biberão ou copo.
Aos 9 meses senta-se sozinho por 10-15 minutos, e consegue sentar-se de lado.
Tem noção do objecto permanente, começando a criar ligações emocionais com pessoas e objectos.
Move-se na posição de gatas, consegue alterar a posição das pernas, alongarse para alcançar algum objecto ou para transferir os braços para um apoio mais elevado. Depois de estar de gatas estende os joelhos e apoia-se apenas nos pés, apesar de não se manter nesta posição.
Procura e baixa-se para apanhar objectos.
10º ao 12º mês Extensão da coluna lombar, sentado, de joelhos ou em pé. Em sentado move bastante os braços, que também são usados como ponto distal para o equilíbrio.
Ao trazer-se para de pé utiliza mais as pernas, empurrando-se. Equilibra-se em pé por uns instantes. Enquanto uns bebés iniciam cedo a estarem de pé sozinhos e a darem o seu primeiro passo, outros iniciam os passos antes de conseguirem manter-se sozinhos em pé. O primeiro passo pode ser um desafio e exigir toda a concentração por parte da criança, pelo que a motivação dos pais quando a criança começa a fazer as primeiras tentativas e muito importante. Agarra pequenos objectos com um pinçar preciso. Bebe por um copo com pequena ajuda. Segura na colher, mas não a usa. Aponta para os objectos que pretende. Ajuda a vestir-se, dando a mão ou o pé. Diz adeus e bate palmas. Começa a “dar”, faz jogos de imitação e obedece a ordens simples. Marcha normal com ligeiro apoio.
Fonte www.fisioinforma.com
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04 Fevereiro
11 Fevereiro
Dia Mundial da Luta contra o Cancro
Dia Mundial do Doente
Em todo Mundo, mais de 12 milhões de pessoas são diagnosticadas com cancro e 7,6 milhões morrem da doença. No entanto, 40% dos casos são potencialmente evitáveis. No encerramento da Cimeira Mundial Contra o Cancro, realizada em Paris, foi elaborado e assinado, a 4 de Fevereiro de 2000, um documento conhecido por Carta de Paris, com o objectivo de mobilizar esforços e investimentos internacionais no combate a esta doença, tendo essa data sido escolhida pela UICC – União Internacional Contra o Cancro para Dia Mundial da Luta Contra o Cancro. Fonte: www.leme.pt
14 Fevereiro Dia Nacional do Doente Coronário As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal. O desenvolvimento das ciências da saúde veio provar que a morte ocorrida em idades precoces, no mundo ocidental, não se deve a uma fatalidade do destino, mas antes a doenças causadas ou agravadas pela ignorância das causas reais que a elas conduzem. Podemos incluir neste quadro as doenças cardiovasculares. Os hábitos de vida adoptados por grande parte da população, como o sedentarismo, a falta de actividade física diária, uma alimentação desequilibrada ou o tabagismo, constituem hoje factores de risco a evitar. Fonte: www.portaldasaude.pt
A 11 de Fevereiro, comemora-se o Dia Mundial do Doente. Instituído pelo Papa João Paulo II, surgiu «ante a necessidade de assegurar a melhor assistência possível aos doentes».. Fonte: www.leme.pt
08 Março Dia Internacional da Mulher Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher. Durante séculos, o papel da mulher incidiu sobretudo na sua função de mãe, esposa e dona de casa. Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar. Com o incremento da Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX, muitas mulheres passaram a exercer uma actividade laboral, embora auferindo uma remuneração inferior à do homem. Lutando contra essa discriminação, as mulheres encetaram diversas formas de luta na Europa e nos EUA. Fonte: www.leme.pt
21 Março Dia Mundial da Árvore A comemoração oficial do Dia da Árvore teve lugar pela primeira vez no estado norteamericano do Nebraska, em 1872. Nos EUA, é comemorado no dia 23 de Setembro, junto do aniversário de Julius Sterling Morton, morador da Nebrasca, que incentivou a plantação de árvores naquele estado. O Dia Mundial da Árvore foi instituído essencialmente com o objectivo de sensibilizar a população em geral para a importância e o valor que este recurso natural tem para o Homem, quer em termos ambientais como da própria qualidade de vida dos cidadãos. Fonte: www.abcdoambiente.com
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Legislação outubro 2011 Despacho n.º 13377/2011. D.R. n.º 192, Série II de 2011-10-06 Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde Cria a Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência e estabelece a respectiva composição Despacho n.º 13378/2011. D.R. n.º 192, Série II de 2011-10-06 Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado da Saúde Cria a comissão do programa do medicamento hospitalar e estabelece a respectiva composição Lei n.º 53/2011. D.R. n.º 198, Série I de 2011-10-14 Assembleia da República Procede à segunda alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro, estabelecendo um novo sistema de compensação em diversas modalidades de cessação do contrato de trabalho, aplicável apenas aos novos contratos de trabalho
Despacho n.º 14074/2011. D.R. n.º 200, Série II de 2011-10-18 Universidade de Lisboa – Reitoria Publicação dos ramos de Conhecimento do Programa Doutoral do Centro Académico de Medicina de Lisboa, em Medicina, Ciências Biomédicas e Ciências e Tecnologias da Saúde e das suas especialidades Despacho n.º 14411/2011. D.R. n.º 204, Série II de 2011-10-24 Universidade de Aveiro Alteração ao plano de estudos do curso de licenciatura (1.º ciclo) em Fisioterapia Despacho n.º 14412/2011. D.R. n.º 204, Série II de 2011-10-24 Universidade de Aveiro Alteração ao plano de estudos do curso de licenciatura (1.º ciclo) em Radiologia e criação de duas unidades curriculares de opção, Tópicos de Radiologia e Projecto Despacho n.º 14414/2011. D.R. n.º 204, Série II de 2011-10-24 Universidade de Aveiro Alteração ao plano de estudos do curso de licenciatura (1.º ciclo) em Terapia da Fala e criação da unidade curricular de opção «Projecto»
Fonte: Newsletter DIGESTO
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Sabia Que... Lojas do Cidadão
Serviços prestados pelo Ministério da Saúde nas Lojas do Cidadão. A Loja do Cidadão constitui uma oferta de serviços de interesse público em condições de qualidade, comodidade e conforto, baseada na parceria e cooperação entre instituições. As Lojas do Cidadão são directamente geridas por uma Unidade de Gestão sob a dependência directa da Agência para a Modernização Administrativa. Cada loja dispõe de vários postos de atendimento que constituem extensões ou delegações das várias entidades da Administração Pública. O atendimento ao público é feito dentro do seguinte horário: • Dias úteis - Das 8h30 às 19h30; • Sábados - Das 9h30 às 15h00. O Ministério da Saúde está presente nas Lojas do Cidadão nas cidades de: • Aveiro; • Braga; • Lisboa (Laranjeiras e Restauradores); • Odivelas • Porto; • Setúbal; • Viseu. Aqui, o cidadão poderá tratar, num único espaço, questões da área da autoridade de saúde, dos hospitais e dos centros de Saúde. Actualmente, o utente do SNS pode dirigir-se às Lojas do Cidadão para: • Actualizar os dados pessoais e os do agregado familiar; • Pedir a transferência do processo clínico; • Solicitar, presencialmente, a marcação/alteração de consultas
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para o seu médico de família (excepto Viseu); • Pedir, telefonicamente, a marcação/alteração de consultas para o seu médico de família (excepto Braga e Setúbal); • Solicitar, presencialmente, a marcação/alteração de consultas para a Autoridade de Saúde (excepto Laranjeiras, Restauradores, Odivelas, Setúbal, Viseu); • Solicitar, por telefone, a marcação/alteração de consultas para a Autoridade de Saúde (disponível no Porto e em Viseu); • Efectuar o pedido de reembolsos (excepto Odivelas e Setúbal); • Fazer pedidos de isenções; • Solicitar declaração de permanência num serviço de saúde (hospital ou centro de saúde); • Pedir o impresso de Registo Nacional de Não Dadores (RENNDA); • Pedir o impresso de Declaração de Oposição; • Solicitar informação sobre linhas telefónicas de emergência/urgência; • Pedir informações referentes ao Plano Nacional de Vacinação. FONTE: Portal da Saúde
22 Março
24 Março
Dia Mundial da Água
Dia Mundial da Tuberculose
Ao longo da História, o abastecimento de água às populações nem sempre foi um processo pacífico. O transporte da água dos sítios onde era abundante para os locais mais povoados, onde tantas vezes escasseava, exigiu a construção de aquedutos, canalizações, chafarizes e fontes. As crescentes necessidades de água, a limitação dos recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e os prejuízos causados pelo excesso de água exigem um planejamento bem elaborado pelos órgãos governamentais, estaduais e municipais, visando técnicas de melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Além das responsabilidades públicas, cada cidadão tem o direito de usufruir da água mas o dever de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente, sem desperdícios, assim dando o valor devido à água. Use a água racionalmente, a fonte não pode secar! Fonte: www.abcdoambiente.com
27 Março Dia Nacional do dador de Sangue Este dia prentende reconhecer a importância da contribuição desinteressada dos Dadores Benévolos de Sangue para o tratamento de doentes. A institucionalização do Dia Nacional do Dador de Sangue constitui, assim, a expressão oficial desse reconhecimento e serve para evidenciar, junto da população em geral, o valor social e humano da dádiva de sangue, estimulando a sua prática e tornando mais conhecida a sua imprescindibilidade. Fonte: www.ipsangue.org
Com a celebração do Dia Mundial da Tuberculose (TB) pretende-se sensibilizar a população, a nível mundial, para uma doença que continua hoje a causar a morte de vários milhões de pessoas cada ano, principalmente do terceiro mundo. Vários países e organizações comemoram este dia, organizando eventos com a finalidade de realçar o âmbito da doença e a necessidade de a prevenir e curar. A 24 de Março recorda-se o dia do ano de 1882 em que Robert Koch anunciou à comunidade científica da altura que havia descoberto a causa da tuberculose, o bacilo TB. Fonte: www.portaldasaude.pt
31 Março Dia Nacional do Doente com AVC Em Portugal o AVC tem uma dimensão alarmante: a sua taxa de mortalidade é de cerca de 200/100 000 habitantes (o que corresponde a morrerem em cada hora 2 portugueses), sendo das mais elevadas na EU, é responsável pelo internamento de mais de 25 000 doentes por ano e por elevado grau de incapacidade – 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com limitações nas actividades da vida diária. Estes números ajudam a compreender a importância e o peso individual, familiar e social desta doença e reforçam a necessidade de implementar medidas para a combater. A prevenção é fundamental. O AVC deve ser considerado uma urgência: 112 – Via Verde para o AVC.
Fonte: www.spavc.org
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Fonte: http://professorrobsoncosta.blogspot.com
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