TDTOnline Magazine II/2013

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Sumário

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Editorial Por: Equipa TDTOnline O TDT lá fora Rafaela Amorim Comunidade Inquérito TDTOnline 2012 Sabia que... O que é o Saudados?

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Revisão Lúpus eritematoso sistémico Comunidade Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica Saiba Mais! Legislação Jan/Fev/Mar 2013

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Ficha Técnica: Responsável editorial: Bruno Glória Design e Redacção: Henrique Pimenta

Colaboradores desta edição: Marlene Brandão, Rafaela Amorim, João Maia, Ricardo Celestino, "zuppara" (membro fórum)

ISSN: 2182-1623

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Todos os artigos publicados na TDTOnline Magazine são da total e exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores.


Editorial

Chegamos a 2013, e mais uma vez é um ano que se avizinha difícil, de restruturação e equilíbrio de contas públicas. O desemprego agoniza ainda mais a vida aos portugueses e os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica não são imunes à situação, pretende-se ainda ver resolvida a sua situação profissional e enquadramento definitivo da profissão, mas tarda em chegar e com isto os anos vão passando sem que se crie uma carreira com mais excelência.

tras medidas ainda mais importantes nos dias de hoje, como medidas que permitam fustigar o usurpador e dar lugar a quem realmente estudou, fustigar a instituição que forma sem método ou a instituição de saúde com um modelo fabril cujos riscos que corre são desconhecidos do grande público e, principalmente, os utentes.

Lançamos nesta edição o apelo aos responsáveis pelas negociações que se reúnam, cheguem a um consenso e Anunciamos nesta edição os resultados da segunda sonafastem para já medidas que já sabem de antemão que dagem realizada pelo TDTOnline, adicionamos algumas não vão passar, sejam justos e tenham consciência da questões que não existiam na primeira sondagem, corsituação económica do país, mas não deixem escapar as rigimos algumas perguntas que pudessem suscitar dúvimedidas que não requerem fundos. O ministro da Saúdas ou criar equívocos e demos voz às pessoas comuns de, que aparenta ser aberto a negociações, já negociou que nunca são ouvidas nem as suas queixas parecem com relativo sucesso tanto com médicos e enfermeiros, chegar aos responsáveis pelos meios diretos. Na análise está na altura de negociar com os TDT. dos dados expostos, urge a necessidade de uma mudança célere daquilo que é hoje a organização dos cursos, o congelar de vagas, aumento da fiscalização, o equilíbrio A Equipa TDTOnline deseja que até ao final de 2013 pelo de regras entre sector público e privado. Sobretudo urge menos algumas das opiniões manifestadas em maioria através da sondagem realizada sejam alcançadas com a necessidade de obter justiça. sucesso. Seria com certeza um passo dado para o futuro 3 que neste momento se avizinha negativo. A questão salarial que tanto os sindicatos parecem advogar ou ainda a questão do título para a classe, podem ser importantes, mas não devem nem podem ser elementos bloqueadores de negociações para alcançar ou-

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TDTOnline Magazine II/2013


Entrevista

O TDT lá fora A sétima entrevistada d’ “O TDT lá fora” resolveu dar uma volta de 180º na sua vida, indo trabalhar para os antípodas em relação ao nosso Portugal. O seu nome é Rafaela Amorim, é licenciada em Ortoprotesia pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve e trabalha na Austrália. Esta algarvia de 33 anos trocou a sua cidade natal, Faro, por Sydney, uma das cidades mais multiculturais do mundo. Apesar das diferenças culturais e climáticas, parece que foi para ficar. Conheçamos um pouco mais da sua história e do país que a acolheu. Magazine: O que te levou e/ou motivou a sair de Portugal? Como se proporcionou essa saída? Rafaela Amorim (R.A.): Não saí de Portugal por motivos profissionais, mas sim por motivos românticos. Já se passou 4 um ano desde que comecei a tratar do meu visto de modo a poder vir para a Austrália e ainda vai levar mais dois até receber o meu visto definitivo. Durante algum tempo não tinha a certeza se o meu visto iria ser concedido, tanto que ainda tentei procurar emprego em outros países. A minha vinda para a Austrália foi um processo demorado e financeiramente penoso. Magazine: Tiveste oportunidade de trabalhar em Ortoprotesia em Portugal? R.A.: Bom, tive uma “espécie” de expe-

riência de trabalho um pouco insólita durante 5 meses. Magazine: Sentes-te mais valorizada pelos teus colegas onde trabalhas actualmente? Que opinião têm eles e a tua entidade empregadora acerca do teu nível de formação? R.A.: Sim, sinto isso sem dúvida nenhuma; já tinha experimentado um ambiente semelhante durante o meu estágio em Roma. Existe um grande espirito de equipa e uma grande abertura a outras culturas, ninguém te vê como uma ameaça, e há sempre uma grande vontade em ajudar. Mas aqui, como tudo na vida, nada é perfeito. Quanto ao nível de formação, na Austrália, infelizmente, não há nenhum termo que explique o significado de Licenciatura, existe só o Bacharelato, por isso,

Rafaela Amorim Ortoprotesia Sydney, Austrália Licenciada em Ortoprotesia Entrevista realizada a 16/02/2013 e aprovada para publicação a 25/02/2013

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no fim o que teve mais peso na minha candidatura foi o facto de estar a frequentar um Mestrado da Universidade de Strathclyde. Magazine: Foi difícil a adaptação a Sidney? Como trataste de pormenores importantes como casa, documentação, conta bancária, etc.? R.A.: Sinceramente pensava que estava preparada para fazer esta mudança, mas enganei-me redondamente, a Austrália não é só um continente ou hemisfério diferente, é um Mundo diferente. Existe uma mistura muito grande de culturas, culturas a que eu ainda não tinha sido exposta. É completamente diferente da Europa e acho que ainda vai demorar até conseguir sentir-me completamen-


ve não possui tal documento. Por isso estou a ganhar coragem para traduzir todos os programas das disciplinas do curso para Inglês. Magazine: Podes estabelecer uma comparação entre a Ortoprotesia na Austrália e em Portugal?

te confortável. Quanto à documentação tudo é fácil desde que tenhas um visto.

R.A.: Na Austrália adotaram um método muito semelhante ao método Americano e Britânico, aqui existe uma diferenciação entre Ortoprotésicos (Orthotist, Prosthetist) e Técnicos. Os Ortoprotésicos apenas veem pacientes, tiram moldes e retificam os moldes, enquanto a manufaturação cabe aos Técnicos.

R.A.: Acho que não tenho nenhuma situação muito engraçada, mas posso partilhar algumas diferenças que me fizeram alguma confusão quando cá cheguei. Por exemplo, aqui o verão vai desde Dezembro a Março, praticamen-

Magazine: Que documentação foi necessária e qual foi o processo para tratar da homologação do teu curso na Austrália? R.A.: Na Austrália a nossa profissão não tem uma entidade reguladora, logo não foi necessário tratar do reconhecimento do curso de modo a poder trabalhar, mas quase todas as empresas pedem que sejas elegível para te registar na Associação de Ortoprotésicos da Austrália (The Australian Orthotic Prosthetic Association Inc.). Eu ainda não o fiz, pois entre os vários documentos necessários que pedem é o syllabus do curso e atualmente a Universidade do Algar-

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Podemos fazer palmilhas, mas a maior parte é feita por Podologistas, e a adaptação das cadeiras de rodas é feita pelo Terapeuta Ocupacional. Magazine: Tiveste já a oportunidade de prosseguir na tua formação no país que te acolheu ou tens intenções disso? Se sim, que tipo de formação e de que área? R.A.: Estou de momento a frequentar um Mestrado (à distância) em Rehabilitation Studies da Universidade de Strathclyde, na Escócia. Optei por fazer um mestrado à distância pois é financeiramente mais viável do que fazê-lo aqui na Austrália. Magazine: Tens alguma situação insólita ou engraçada que te tenha acontecido nesta “aventura”?

te todas as lojas fecham às 5 da tarde e o dinheiro (notas) é feito de plástico. Os automóveis usam a mão inglesa, ou seja, os australianos conduzem do lado esquerdo. Os cangurus, camelos e coelhos são considerados pestes. O nosso frango português picante (Portuguese Chicken) é famoso na Austrália, mas o sabor é muito diferente daquele que temos em Portugal, e existem cadeias de comida rápida de origem portuguesa como Oporto, Ogalo e Nando’s. Magazine: Para terminar, quais são os teus planos futuros? Pretendes continuar na Austrália ou a ideia é regressar a Portugal? R.A.: Por motivos óbvios pretendo ficar pelas Austrálias e viver com os cangurus e os coalas. Portugal por enquanto, só para fazer férias. TDTOnline Magazine II/2013


Comunidade

Inquérito TDTOnline 2 1.Introdução Mal terminamos a divulgação dos resultados do último inquérito do TDTOnline, isto em 2010, lançamos logo mãos à obra no próximo inquérito, enquanto ainda estava fresco! Esta 2ª edição do inquérito serve por um lado para corrigir e minimizar áreas ou perguntas que não respondiam efectivamente ao que pretendíamos estudar/avaliar mas por outro lado servem o objectivo principal que levou à sua elaboração, avaliar a situação dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT) em Portugal.

2.Metedologia 6

População & Amostra A população alvo deste inquérito são os estudantes, profissionais e aposentados das 18 áreas dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica. A amostra, neste inquérito, é constituída pelo universo de utilizadores TDT registados no TDTOnline, que responderam ao questionário (enviado por mass mail e publicado em alguns fóruns online). A amostra irá igualmente conter respostas de TDT que não estão registados no TDTOnline, como resultado do reencaminhamento do questionário e divulgação do mesmo junto dos Parceiros do TDTOnline, escolas que ministram cursos na área das Tecnologias da Saúde, Associações Profissionais e Instituições de Saúde (hospitais, centros de saúde). A amostra é composta por 1506 respostas.

Período de recolha O estudo teve início em Março de 2012 e terminou em Novembro de 2012. tdtonline.org

Instrumento de Medida O questionário foi realizado online, utilizando para o efeito uma ferramenta gratuita, Google Docs ™.

Análise O tratamento estatístico dos dados recolhidos foi realizado com o auxílio do Excel e Google Docs ™ (para a criação dos gráficos).

3. Resultados Comparativamente aos últimos censos do TDTOnline, realizados em 2010, verificamos uma diminuição de cerca de 45% das respostas, apesar de termos prolongado a duração do inquérito por forma a minimizar este impacto, a verdade é que obtivemos menos 1116 respostas.

Caracterização dos inquiridos O sexo feminino continua a ser dominante nos TDT, sendo que 77% da amostra é do sexo feminino por oposição aos 23% dos inquiridos do sexo masculino. 82% da amostra tem menos de 30 anos,

sendo que destes 82%, 42% tem idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos. Falamos por isso de um grupo dominante, os futuros profissionais de saúde e TDT e dos jovens à procura do seu primeiro trabalho e com as primeiras experiências laborais. O Top 5 de distritos são: 1º - Porto (22%) 2º - Lisboa (19%) 3º - Braga (8%) 4º - Setúbal e Aveiro (7%) 5º - Coimbra (6%)


Inquérito TDTOnline 2012

2012

Instituto Politécnico do Porto - Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (22%) Instituto Politécnico de Coimbra - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (16%)

O Top 5 dos cursos com maior representação neste inquérito são: - Análises Clínicas e Saúde Pública (23%) Cardiopneumologia (19%) - Radiologia (16%) - Farmácia (8%) - Audiologia (6%) e Terapia da Fala (6%)

Actividade Profissional 65% dos inquiridos estão activos profissionalmente contra os 15% dos inquiridos que estão no desemprego. Tal como os

3% dos inquiridos que estão a trabalhar fora do território nacional. Apenas 20% da amostra está activa como estudante.

Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (13%) Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina Dentária (4%)

Currículo Académico A licenciatura continua a ser a formação académica de maior representatividade nos TDT, com 64%. Apenas 7% dos inquiridos possui mestrado. 51% dos inquiridos tirou ou está a tirar um curso TDT que corresponde à sua 1ª opção seguidos de 28% dos inquiridos que está a tirar ou tirou um curso TDT de 2ª opção. O Top 5 de instituições de ensino dos TDT são: Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto (22%)

Instituto Politécnico de Castelo Branco Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (3%)

O Top 5 de instituições de ensino privado dos TDT são: Escola Superior de Saúde Egas Moniz (6%) CESPU-Instituto Politécnico de Saúde do Norte - Escola Superior de Saúde do Vale do Ave (6%) Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (4%)

Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Coimbra (16%)

Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa (2%)

Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Lisboa (13%)

Universidade Atlântica - Escola Superior de Saúde Atlântica (2%)

Escola Superior de Saúde do Vale do Ave e Escola Superior de Saúde Egas Moniz (6%)

83% dos inquiridos pretende investir na sua formação académica. 45% pretende investir num Mestrado e 9% refere tirar uma nova licenciatura ou até mesmo mudar de área.

O Top 5 de instituições de ensino público dos TDT são:

44% dos inquiridos participa sempre que pode em palestras, congressos, enTDTOnline Magazine II/2013

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contros e outros. Apenas 3% refere nunca participar neste género de formação científica.

À questão “Concorda com um exame de acesso à profissão?”, 46% dos inquiridos refere que sim contra os 35% que responderam que não. Não sendo portanto esta uma temática que reúna consenso. 80% dos inquiridos apoia a criação de especialidades para os TDT.

Ensino português Apenas 24% dos inquiridos refere ter-se sentido discriminado por estar a tirar ou ter tirado o curso numa determinada instituição. Os inquiridos que frequenta(ra)m o ensino privado foram os que se sentiram mais discriminados, representando 15% das respostas. Para 79% dos inquiridos algo deve ser feito relativamente às vagas disponíveis 8 para os TDT no ensino superior que seja o congelamento ou redução das mesmas. Apenas 3% dos inquiridos referem que as vagas devem ser aumentadas.

Para 81% dos inquiridos a legislação deve tornar-se igual para público e privado, prevendo sanções iguais para ambos. 67% dos TDT apoia o apetrecho da IGAS ou da ERS com capacidades para admoestar, multar e mesmo encerrar instalações. 42% dos inquiridos não são sindicalizados nem pretendem vir a ser. Contudo 41% dos inquiridos apesar de não serem sindicalizados mostram interesse em vir a sê-lo. Apenas 13% dos inquiridos são sindicalizados.

Relativamente à criação de um regime de internato no final do curso, 59% dos inquiridos apoia esta questão. 25% dos inquiridos não tem opinião em relação a este tema.

Regulação do exercício profissional 66% dos inquiridos tem conhecimento da legislação em vigor relacionada com os TDT. A quase totalidade dos inquiridos, 94%, sabe que a cédula profissional é obrigatória para o exercício de funções na área TDT. 72% dos TDT possui cédula profissional mas 50% destes inquiridos não a utiliza quando exerce funções enquanto TDT. Apenas 2% dos inquiridos afirma efectivamente não possuir cédula profissional nem a pretender requerer. tdtonline.org

O Top 3 de Sindicatos eleitos pelos TDT são: 1º - Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (8%)

2º - Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (4%) 3º - Outros sindicatos não indicados (1%) Um pouco na linha de adesão à sindicalização, o mesmo se reflecte na adesão à greve. Apenas 23% dos inquiridos refere já ter aderido ou pretender aderir a uma greve. 72% dos inquiridos refere não aderir a greves. A maioria dos sindicalizados é do sector público (112 elementos) face a apenas 41 respostas positivas vindas do sector privado.


Inquérito TDTOnline 2012

Situação laboral 14% dos inquiridos tem uma situação contratual mais estável do que os restantes inquiridos, uma vez que estão efectivos. Outros 14% estão numa situação exactamente oposta, estando a exercer a recibos verdes. 28% dos inquiridos encontra-se a exercer ao abrigo de um contrato de trabalho. 29% dos inquiridos estão a exercer funções em instituições privadas enquanto que 23% estão a exercer funções em instituições públicas. 7% exerce funções em ambas as instituições.41% dos inquiridos não exerce funções em nenhum dos tipos de instituições referidos. A remuneração média dos TDT varia entre os 600€ e os 1199€, sendo que 5% aufere valores inferiores a 485€ e 1% valores compreendidos entre os

1800-1999€. Para 71% dos inquiridos as tabelas salariais deveriam ter em conta a formação académica. O continente de eleição para emigração dos TDT portugueses é a Europa. O Top 5 de assuntos que os TDT consideram urgente resolver são: 1º - Combate ao emprego inqualificado (65%) 2º - Constituição de uma instituição ou conselho que organize e represente as profissões (60%) 3º - Contratos precários (53%) 4º - Excesso de vagas no ensino superior (50%) 5º - Aumentar e apertar a fiscalização (38%)

TDTOnline 67% dos inquiridos conhece o TDTOnline contra os 15% que refere não conhecer. 15% indicou que apesar de não conhecer o TDTOnline está interessado em saber mais informações sobre este último.

divulgação. Foi graças à vossa colaboração e apoio que conseguimos melhorar a última edição do TDTOnline para trazermos até vós este novo inquérito. O principal objectivo do inquérito foi atingido, conseguimos realizar os censos aos TDT e ter uma melhor percepção daquilo que é a sua realidade e a sua opinião. Qualquer dúvida, questão ou sugestão que queiram fazer em relação ao inquérito estejam à vontade para as colocar, seja no fórum ou em privado a algum dos moderadores e administradores do Tecnologias da Saúde Online. Uma vez mais gostaríamos de deixar o nosso obrigado pelo seu apoio e colaboração e por toda esta iniciativa do Inquérito do TDTOnline, é a ele que a devemos. Zuppara, o nosso muito obrigado! Nesta edição do Inquérito do TDTOnline demos voz aos TDT...E é com as suas opiniões que terminamos o inquérito de 2012, opiniões estas que foram dadas no preenchimento deste mesmo inquérito. Porque o TDTOnline existe e 9 vive dos TDT deste país...

“Sobre a minha área, ou seja radiologia, penso que se o governo EXIGISSE exclusividade haveria muito mais emprego para os recém 43% dos inquiridos sabem licenciados. Não é justo ter colegas que são disponibilizados a tempo inteiro no público e ainda anúncios com ofertas de emprego mas 41% não o a fazer horas no privado. Horas essas que poderiam ser ocupadas sabe. por outro profissional que estivesse 46% dos inquiridos conhece desempregado. Era bem mais a Magazine TDTOnline e justo!!!!” dos 50% que não conhecem têm interesse em saber mais informações .

“É uma vergonha continuarmos a ter vencimentos como bacharelatos que nem são equiparados a tecnicos superiores e sermos obrigados a ser Conclusão detentores do titulo de licenciatura para as candidaturas... Não poderíamos terminar Parabéns pela iniciativa é com estas sem antes agradecer recolhas de informação que se pode a todos aqueles que futuramente apresentar dados e unir colaboraram connosco forças!” quer pela participação no inquérito quer pela sua

“Tirei um curso superior de 4 anos e no final deparo-me com profissionais TDTOnline Magazine II/2013


não qualificados a exercer as funções dos TDT. É humilhante e muito desmotivante esta situação. Dai achar que a fiscalização deve avançar o mais rápido possivel e punir não os que exercem mas a instituição que os abriga.”

situacao ja ultrapassou o limite do aceitavel; Neste momento existem cerca de 300 estudantes nas duas escolas (lisboa e porto) quando no país se encontram menos de 150 tecnicos a trabalhar. Acho que a situacao é catastrofica e preocupante ainda por cima quando “A nível das profissões TDT, estas nao se vislumbram mudancas a estão demasiado polarizadas e mal curto prazo nem sequer tentativas estruturadas. É necessário mais ou preocupacoes futuras. A situacao aproximação das profissões TDT e deveria ser divulgada e é urgente maior reconhecimento e valorização alterar a situacao dos tecnicos e por parte das populações e restantes futuros tecnicos de medicina nuclear profissionais de saúde. portugueses!” A nivel do ensino existem demasiadas instituições a dar “Nos 12 anos que exerci a profissão, formação, demasiadas vagas os ultimos já com cargos de chefia, e completo desinteresse em nunca senti qualquer questão ajustar a oferta de formação às relacionada com reconhecimento necessidades do mercado. No que do curso ou da instituição que toca às pós-graduações, mestrados, frequentei. No entanto dado o etc existentes, a variedade não é momento actual decidi sair da muita, muita da formação dada é área da saúde e abraçar a àrea de redundante da formação dada ao certificação de sistemas de gestão.” 10 nivel das licenciaturas e a qualidade da formação, em muitos casos, é “Parabéns pelo vosso trabalho!” baixa. As associações e sindicatos, “Falta de visibilidade de determinados apresentam-se muitas vezes como cursos, tanto para a população em instituições inertes, incapazes e geral como os próprios colegas nem sem poder dinamizador dentro sabem que existem nem para o que da comunidade TDT, assim como servem.” demonstram desinteresse pelos profissionais como individuos que “Trabalho como Técnica de necessitam de apoio.” Radiologia há onze anos. O aumento de experiência não nos valoriza “Penso que acima de tudo deveria mais, nem monetáriamente (Menos haver um maior apoio das instituições de 100 euros em 11A.) ao TDT que queira progredir nos seus Ao trabalhar no estrangeiro(UK) conhecimentos, tal como redução de descobrimos que afinal há quem horário e turnos para investigação. saiba quem são os TDT e o que Deveria haver uma redução do fazem. E aí somos valorizados como número de escolas e de alunos como profissionais, bem remunerados era no início, em que se formavam (segundo as nossas competências os necessários para as vagas, mas e formação)e incitados a novas acima de tudo as escolas deveriam formações.É triste ser pequeno num ter respeito e informar que as mundo enorme e só apreender o profissões de TDT não têm emprego que nos interessa ao ego e ao bolso. neste momento como muitas dizem Este país é de fato para tolos como nos seus sites.” eu, que se deixaram enganar e regressaram a portugal para fazer “Na area da Medicina Nuclear a força, ser parte de minorias e com tdtonline.org

força no coração para mudar a nossa imagem, mas que no reingresso somos descriminados, insultados porque desafiámos-nos a seguir um caminho de formação estrangeira. A mudar... tudo!” “O curso de saúde ambiental cresceu, na minha opinião, para uma função publica que não consegue admitir os TDT que saem para o mercado de trabalho. Existem alternativas no privado, mas não me satisfazem de todo, pouco se relacionam com a essência do curso.” “Considero fundamental a redução de vagas na maior parte das profissões TDT, principalmente nas instituições de ensino privado. A criação de uma ordem seria, sem dúvida, uma maisvalia para as nossas profissões. Por outro lado, seria essencial que os TDT licenciados fossem remunerados como tal, o que não está a acontecer e já passaram mais de 10 anos desde que começaram a sair os primeiros licenciados.” “A area da Anatomia Patológica encontra-se completamente saturada! Graças a Deus irei mudarme para fora do país onde aranjei emprego, e serei devidamente reconhecido. E dificil viver numa situação destas. Demais, quem eêm os postos pouco se preocupem com a profissão, e no caso de professores e trabalhadores, acumulam três a quatro funções. Acho isto deprimente.” “Acho que o principal problemas dos TDT é a falta de união. Enquanto não nos virmos como um todo e passarmos a ser um grupo coeso e unido, muito dificilmente haverá desenvolvimentos favoráveis para os TDT. Essa união devia ser fomentada ainda durante o tempo de universidade. Incutir nos estudantes que fazem parte de um grupo grande, que vai


Inquérito TDTOnline 2012

para além dos colegas de profissão. Não sei bem como isso poderia ser feito, mas acho que se o forum dos TDT, os sindicados, as associações se juntassem e junto com associações de estudantes criassem uma plataforma com esta finalidade, talvez de futuro tivéssemos mais resultados nas nossas lutas. Eu enquanto estudante sempre me incentivaram a puxar pelo meu curso, a defende-lo com unhas e dentes... seria bom se fizessem isso para a classe de TDT!” “Trabalhei 4 anos como falso recibo verde. Consegui contrato na mesma instituição, mas contrato precário, com categoria profissional - auxiliar de laboratório, mas exerço funções de TACSP, salario de 650€. Ou era isto ou continuava como falso recibo verde, daí ter aceite. Devia haver mais e melhor fiscalização em relação às condições de trabalho, obrigatoriedade de revisão de categoria, já tenho esta categoria há 1 ano e meio.” “Julgo que temos de trabalhar activamente para aumentar a visibilidade das nossas profissões.” “Sou técnica de radiologia, tenho uma situação profissional precária. Trabalho a recibos verdes e o meu vencimento não tem dia certo para chegar. Sou jovem não tenho condições para ser independente. Não desisto da minha profissão, lutei muito pela minha licenciatura e infelizmente não tenho o factor "cunha" a meu favor, pois parece que cada vez mais é isso que move o nosso país.”

“De maneira geral acho que os tdt são discriminados, e muita vez esquecidos como licenciados! Acho de certa urgência a criação de uma ordem, bem como de denominação profissional que muitos dos cursos ainda não têm( como é o caso de farmácia), que frequentemente são confundidos com antigos profissionais sem absoluta qualificação académica, que nada tenho contra! Acho que os tdt têm uma necessidade de requalificação iminente .” “Penso que o mais urgente, será a requalificação da nossa carreira. Seja passar à carreira de Técnico Superior, seja a criação de uma carreira nossa, equiparada em termos de progressão e em termos salariais. É uma vergonha que nos tenham "vendido" a Licenciatura, e continuar com vencimentos de curso médio. Somos muitos mas andamos separados, e nem os Sindicatos têm feito o "trabalho de casa". Saudações.” “Actualmente, e penso que é transversal a todas as áreas dos TDT, o exercício da profissão é muitas vezes efectuado por profissionais não qualificados/autorizados, existindo enumeros casos de usurpação de funções. Na minha área de formação (farmácia), lamentavelmente não existe qualquer fiscalização, ou se existe, não tem sido efectuada de forma eficiente. Na minha opinião o papel das respectivas Associações tem uma importância e um dever acrescido de promover a fiscalização e alertas as entidades competentes para casos de profissionais não qualificados e não autorizados a "exercer", colocando em risco a saúde dos doentes. A criação de Ordem seria uma forma de travar este crescimento deste "profissionais".”

“Se estas actividades tiverem peso , apoio a 100%. O problema é que o não reconhecimento das carreiras , leva a uma desmotivação profissional. Licenciados a serem pagos como bachareis , não se justifica ,volvidos 10 anos!” “As estruturas curriculares dos cursos

de ACSP existentes, públicos ou privados necessitam de ser revistos! Será que faz sentido continuarmos a associar Saúde Pública a Analises Clínicas e não torna-lo um curso independente? Porquê comprimir uma área tão vasta noutra já tão extensa, cujas bases muitas vezes são demasiado simplificadas para tentar "juntar tudo na mesma caixa"? Existem feiras de emprego, jobshops para as grandes áreas da saúde (medicina, enfermagem e farmácia). Ouço dizer que o curso de analises clínicas e outros cursos de TDT´s não de se devem restringir a ofertas de emprego óbvias no que toca à sua área, devendo explorar oportunidades vista que a nossa formação nos permite exercer uma vasta quantidade de funções. Das poucas vezes que tentei procurar alguma oferta nesse leque mais alargado de funções não tive acesso a informação, ou ofertas de emprego...porque não organizar 11 uma feira de emprego para os TDT onde não só estariam incluídos ofertas de emprego clássicas para cada área, mas também ofertas que permitissem expandir as nossas valências dentro da profissão e quem sabe aumentar o empreendedorismo que dizem faltar na nossa área, e que de momento parece ser uma boa aposta para o futuro. Obrigada e Bom trabalho” “Na minha opinião, trata-se de uma profissão muito interessante. É preciso credibilizar a profissão através da boa preparação de base e de formação contínua e pós-graduações. Só desta forma os profissionais de saúde com outra formação académica e hierárquicamente superiores poderão delegar e confiar em nós. Temos de apagar a antiga imagem dos equiparados e dos preparadores. Caso contrário, continuamos sem responsabilidade. Ainda me perguntam com admiração se o TDTOnline Magazine II/2013


Inquérito TDTOnline 2012

curso de ACSP é uma licenciatura. O exame de acesso à profissão teria de ser feito com Doutorados, evitando assim as "panelinhas".” “Neste momento o que mais me preocupa é a grande quantidade de pessoas sem qualquer qualificação a trabalhar em hospitais privados e consultórios médicos” “Existe uma necessidade de verificação das competências de profissionais de saúde que ou não têm as competências necessárias (cursos pré-superiores) ou por falta de exigência por parte das faculdades (aos profissionais com curso superior). Deveria haver exame de admissão à carreira mas também obrigatoriedade de formação contínua.”

por clínica que fisioterapeutas (um trabalho.” rácio de 2/1, às vezes 3/1), onde a qualidade dos tratamentos é completamnte posta de parte para o bem lucrativo da empresa.” “Gostaria de me ver, e atodos os colegas, reconhecidos no nosso pais como licenciados e aptos a trabalhar idependentememte de um m´dico, termos uma ordem para todos os TDT e não formar uma ordem para cada grupo profissional para não se formar as eternas quintinhas. Gostaria que o trabalho inqualificado fosse multado com pesadas multas aos laboratorios, consultorios e outros pela ERS ou outra para que pelo menos começasse a ser respeitado (nem que seja pelo medo) o nosso trabalho. Enfim um mundo perfeito...”

“É urgente os TDT tornarem-se mais corporativistas, pois só assim se consegue ter força para podermos evoluir a todos os níveis. Assim com ter força para fazermos valer a nossa opinião, como acontece na carreira de enfermagem e medicina. Infelizmente ao final destes 19 anos embora tenhamos crescido continuam a existir muitíssimas capelas, o que provoca o enfraquecimento dos TDT. “Tenho uma opinião muito negativa De uma vez por todas devemos relativamente aos sindicatos que trabalhar para que a nossa profissão/ sempre funcionaram como se cada carreira seja valorizado e se torne um estivesse a lutar contra o outro e forte.” não a favor dos técnicos.” “Penso que deveriam ser repetidas “O ponto mais importante é mesmo iniciativas como esta,de realizar a regularização das profissões TDT, inquéritos aos profissionais de forma eu apenas posso falar do que assisto a saber a sua realidade no mercado diariamente, a um desrespeito do trabalho após ter terminado os pela fisioterapia. Na maioria das seus estudos e tornar público por clínicas privadas hoje em dia (nunca diversos meios os dados recolhidos. trabalhei no público), não se realiza É urgente mudar mentalidades, fisioterapia, não há inspecções, realidades de recrutamento, diminuir existem terapeutas ocupacionais a drásticamente o nº de vagas no passarem-se por fisioterapeutas há ensino superior, analisar situações décadas sem haver qualquer tipo de carreiras e estruturar a inserção de sanção, existem mais auxiliares de recém-licenciados no mercado de

“Segundo informação de uma fonte 12 do Ministério da Saúde a criação de uma Ordem dos TDT é impraticável, não sei se têm essa informação ou se já existe mais abertura para a criação dessa ordem, sem os fisioterapeutas que se demarcaram e constituíram a deles. Penso ser o mais urgente a constituição de uma Ordem de TDT's, com 18 colégios, por exemplo.”

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Juntos por um mundo TDT melhor!”

5 Abril Dia Nacional da Artrite Reumatóide No dia 5 de Abril comemora-se o Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide. A data foi instituída, em 1999, pelo Ministério da Saúde tendo em conta o elevado número de pessoas que, em Portugal, padecem da doença. A instituição da data comemorativa teve também em consideração “a necessidade de sensibilizar os cidadãos portugueses para os problemas de ordem pessoal, familiar e profissional que, diariamente, afligem quantos sofrem deste reumatismo crónico”. Em Portugal existem cerca de 40 mil doentes diagnosticados com artrite reumatóide, uma doença inflamatória crónica que pode limitar os gestos diários mais simples. Abrir uma porta, agarrar numa caneta ou calçar uns sapatos pode ser um suplício para algumas pessoas que sofrem desta doença. Fonte: http://www.min-saude.pt


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Sabia que... O que é o Saudados? O que se pretende é criar é uma plataforma integrada, flexível e acessível, destinada a permitir a partilha de conteúdos entre parceiros, promovendo o livre acesso à informação no sector da saúde. O Saudados pretende ser a fonte por excelência para assuntos relacionados com a área da saúde, tanto para um público especializado, como para aqueles com pouco conhecimento do sector. O público-alvo é como tal diverso: • Empresas e empresários do sector que necessitem de fontes fidedignas ou informação sobre áreas que dominam menos, mas também aqueles que estão fora do sector e procurem informações sobre uma área que desconhecem; • Escolas, professores, alunos e outros membros do mundo académico que necessitem de dados e conteúdos para matéria curricular, projectos, etc.; • Media para suporte das suas peças jornalísticas; • Profissionais de Saúde que necessitem de fontes fidedignas de informação; • Público em geral que queira saber mais sobre uma área ainda pouco compreensível.

O Saudados está neste momento composto por 11 temas principais, dividindo-se estes por uma série de subtemas repletos de textos explicativos, documentos e indicadores gerais. Além destes indicadores gerais, é possível através do visualizador estatístico desenvolver análises adicionais, conjugar indicadores e fontes, nacionais e internacionais. Toda esta informação será actualizada periodicamente, sendo que o utilizador ao detectar informação não actualizada ou com falhas, poderá participar no desenvolvimento através de geral@saudados.pt para que se possa corrigir a falha. Caso queira estar a par das evoluções e ter acesso a todas as funcionalidades o utilizador terá de registar-se no site. O Saudados é de livre acesso e assim continuará, como uma fonte de informação fidedigna e independente.

Retirado de: Andrade, Francisco; “O projecto Saudados” disponível em http://www.saudados.pt/web/guest

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1957 - Há 50 anos, já se falava do aquecimento global «Santa Mónica (Califórnia) - Um geógrafo americano, Joseph Kaplan, diz que o nível da água dos mares, dentro de 60 anos, subirá, pelo menos, doze metros, a não ser que os homens, até lá, consigam controlar as condições atmosféricas [...] os gazes provenientes da combustão do petróleo e dos óleos pesados aquecem a atmosfera e aceleram a fusão das massas polares.» Fonte: Diário Popular n.º 5208, de 07-04-1957, p. 7

Apesar de, há cinquenta anos, esta notícia já se referir ao aquecimento global, apenas foi inserida na página 7, o que revela a pouca importância que o tema tinha na altura Fonte: www.leme.pt



Revisão

Lúpus eritematoso sistémico Lúpus eritematoso sistémico

O lúpus eritematoso é uma doença autoimune que se pode manifestar de várias formas diferentes, incluindo: lúpus eritematoso discóide (LED), lúpus eritematoso sistémico (LES), lúpus induzido por drogas e síndrome antifosfolipido. Nesta condição, clínica o corpo do paciente cria anticorpos contra suas próprias células. Estes anticorpos podem 16 ser formados contra muitos tecidos e componentes diferentes do corpo, pelo que o lúpus eritematoso pode afetar quase qualquer área do corpo. O lúpus eritematoso sistémico (LES) é uma doença crónica, reumática e inflamatória que pode afetar a pele, articulações, rins, pulmões, coração, sistema nervoso, sangue e mucosas, variando a sua apresentação de caso para caso. Não há uma causa conhecida para o LES, mas a investigação afirma que a interação entre composição genética do sistema imunológico, equilíbrio hormonal, e

meio ambiente poderia causar LES. Neste momento pensa-se que a autoimunidade possa ser fator mais preponderante para o aparecimento do LES.

Figura 1 – Eritema malar em forma de borboleta

Sinais e Sintomas/ Diagnóstico O LES pode afetar muitos órgãos do corpo, mas raramente afeta todos no mesmo paciente. A lista a seguir inclui sinais e sintomas comuns do LES ordenados do mais para o menos prevalente:

João Maia

Fisioterapia Clínica de Fisioterapia e Recuperação da Maia Licenciado em Fisioterapia, Pós-graduado em Terapia Manual

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- Os sintomas constitucionais: febre, mal-estar, fadiga e perda de peso (mais comummente fadiga e febre de baixo grau) - Dores nas articulações (artralgia) - Artrite (articulações inflamadas) - Erupções cutâneas - Envolvimento pulmonar (sintomas incluem: dor no peito, dificuldade em respirar e tosse) - Anemia - Envolvimento dos rins (nefrite lúpica) - Sensibilidade ao sol ou luz (fotossensibilidade) - Perda de cabelo - Fenómeno de Raynaud - Envolvimento do SNC (convulsões, dores de cabeça, neuropatia periférica, neuropatia craniana, acidentes vasculares cerebrais, síndrome orgânica cerebral, psicose) - Úlceras na boca, nariz ou vaginal

De acordo com a American Rheumatism Association, um doente deve apresentar, pelo menos, quatro dos seguintes critérios em simultâneo ou sucessivamente para serem diagnosticados com lúpus eritematoso sistémico: - Resultado anormal do teste de anticorpos antinucleares (ANA) - Eritema malar (mancha em forma de Borboleta presente na região malar de 95% dos pacientes com LES) - Eritema discóide - Anemia hemolítica, leucopenia, linfopenia, trombocitopenia - Desordens neurológicas: convulsões ou psicose - Artrite não-erosiva de duas ou mais articulações periféricas caracterizada por sensibilidade e inchaço - Ulcerações orais ou nasofaríngeas - Fotossensibilidade - Pleurite ou pericardite - Doenças renais: proteinúria profusa (> 0,5 gramas/dia).


Lúpus eritematoso sistémico

Tratamento O tratamento médico para o LES assenta sobretudo na terapia medicamentosa e é baseado nos sintomas dos pacientes e no envolvimento sistémico. Os sintomas gerais na maioria das vezes respondem ao tratamento das outras manifestações clínicas. A febre isolada pode ser tratada com aspirina ou anti-inflamatórios não-hormonais. Corticóides e imunossupressores (especialmente a ciclofosfamida) são indicados nos casos mais graves. É recomendado o uso de antimaláricos como a cloroquina no caso de lesões cutâneas disseminadas. Caso não melhore pode associar-se prednisona em dose baixa a moderada por curto período de tempo. Para além da terapia medicamentosa, a prevenção também é muito importante quando se lida com LES. Para pacientes com fotossensibilidade, os sintomas podem ser reduzidos se os pacientes forem cautelosos na quantidade de luz solar a que se expõem. Os pacientes com LES também são incentivados a levar um estilo de vida saudável, que inclui: Cessação do tabagismo, controlar o consumo de álcool, controlo do peso e exercício regular. O exercício é benéfico para pacientes com LES, porque diminui a sua fraqueza muscular, aumentando a resistência muscular.

Tratamento em Fisioterapia O Fisioterapeuta pode desempenhar um papel importante para os pacientes com LES durante e entre os períodos mais agudos da doença. A necessidade do paciente para a terapia física irá variar muito, dependendo dos sistemas implicados. Educação: É essencial para os pacientes com lesões de pele terem uma educação apropriada sobre a melhor maneira de cuidar da sua pele e garantir que não experimentam lesões adicionais da pele.

Exercício aeróbio: Um dos sintomas mais comuns que os pacientes com LES experienciam é a fadiga generalizada que pode limitar suas atividades ao longo do dia. Num estudo de Tench e col., foi determinado que programas de exercícios aeróbios são mais bem sucedidos do que técnicas de relaxamento na diminuição dos níveis de fadiga dos pacientes com LES. O programa de exercício aeróbio consistiu em 30-50 minutos de atividade aeróbia (caminhada / natação / ciclismo), com uma frequência cardíaca correspondente a 60% do VO2máx. Um outro estudo concluiu que tanto o exercício aeróbio como exercícios de amplitude de movimento/fortalecimento muscular podem aumentar o nível de energia, a aptidão cardiovascular, a capacidade funcional e a força muscular em pacientes com LES. Conservação de Energia: O Fisioterapeuta pode educar os pacientes sobre as técnicas adequadas de conservação de energia e as melhores formas de proteger as articulações que são suscetíveis a danos. Para além disso, fisioterapeutas e pacientes com LES devem estar alerta para sinais e sintomas que sugerem uma progressão do LES, incluindo aqueles associados com necrose avascular, envolvimento renal e neurológico.

Referências bibliográficas 1. Goodman CC and Synder TK. Differential Diagnosis for Physical Therapists: Screening for Referral. 4th edition. St. Louis, Missouri: Saunders Elsevier, 2007. 2. Laranzo D. Elderly-onset systemic lupus erythematosus. Drugs and Aging; 24 (9):701-715. 2007. 3. O'Neill S, Cervera R. systemic Lupus Erythematosus. Best Practice & Res Clin Rheu 24 (2010) 841-855 4. Tucker LB. Making the diagnosis of systemic lupus erythematosus in children and adolescents. Lupus; 16: 546-549. 2007. 5. Solsky M, Wallace D. New therapies in systemic lupus erythematosus. Best Practice & Res Clin Rheum: 2002; 16; 293-312 6. Ramsey-Goldman GR, Schilling EM, Dunlop D, Langman C, Greenland P, Thomas RJ, Chang RW. A pilot study on the effects of exercise in patients with systemic lupus erythematosus. Arthritis Care and Research; 13(5): 262-269. 2000.

7. Hochberg MC. Updating the American 17 College of Rehumatology revised criteria for the classification of systemic lupus erythematosus. Arthritis and Rheumatism 1997; 40: 1725-1734 8. George R, Kurian S, jacob M, Thomas K. Diagnostic evaluation of the lupus band test in discoid and systemic lupus erythematosus. Int J Dermatol. 1995 34: 170-173

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Dia Mundial da Saúde (Organização Mundial de Saúde) Em cada ano, a OMS aproveita a ocasião para fomentar a consciência sobre alguns temas chave relacionados com a saúde mundial. Neste sentido, organiza eventos a nível internacional, regional e local para promover o tema escolhido em matéria de saúde. O Dia Mundial da Saúde 2010 tem como tema urbanização e saúde. "1000 Cidades, 1000 Dias" é o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Incidirá sobre urbanização e saúde. Com a campanha "1000 cidades 1000 vidas", serão organizados eventos em todo o mundo, durante a semana de 7 a 11 de abril de 2010, convidando as cidades a disponibilizar espaços para actividades de saúde. Fonte: www.min-saude.pt

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APELO A COMUNICAÇÕES

Aos interessados em apresentar comunicações deverão enviar, por e-mail – workshop@segurancacomportamental.com, um resumo com o máximo de 600 palavras. Pede-se que referenciem os seguintes parâmetros: - Nome - Entidade - Contato (e-mail e telefónico) - Opção de painéis (segurança e saúde comportamental no trabalho ou segurança e saúde comportamental na sociedade) - Tipo de comunicação(teórica ou prática) - Preferência de apresentação (oral ou poster). Tendo em conta algumas perspetivas futuras na segurança e saúde, informamos os seguintes possíveis temas: - Cultura de segurança e saúde - Envelhecimento da população em segurança e saúde - Ética na segurança e saúde - Liderança efetiva em segurança e saúde - Métodos de observação comportamental - Novos riscos emergentes - Participação de todos os intervenientes - Resiliência na segurança e saúde - Segurança e saúde de processo. Este resumo será avaliado pela comissão técnico-científica do WSSC 2013 e o resultado será comunicado até à data indicada abaixo. Os artigos finais terão possibilidade de serem publicados na revista segurança comportamental.

DATAS-LIMITE

Envio de resumos: 20 de Março, 2013 Notificação da decisão: 10 de Abril, 2013 Envio do artigo final: 30 de Abril, 2013

COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

Carlos Dias Ferreira (Consultor SST), Celestino Martins (Betão Liz), Cesar Augusto (Seda International Packaging Group), Diogo Júdice (ANSR), Ema Sacadura Leite (Hospital de Santa Maria), Hamilton Júnior (Univ. do Paraná), Hernâni Veloso Neto (Univ.do Porto), João Areosa (ISLA), José Gavancha (EDP), José Luiz Alves (Interface), Luciano Nadolny (SESI Brasil), Maria Odete Pereira (IPS - 19 ESCE), Natividade Gomes Augusto (ProAtivo), Paulo Lima (IPS ESCE), Pedro Arezes (Univ. do Minho), Rosa Bernardo (Consultora SST), Sónia Gonçalves (ISCTE-IUL e Instituto Piaget).

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Comunidade

Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica Saiba Mais! Anatomia Patológica

A tradução literal de patologia significa o estudo (logia) do sofrimento, doença (pathos), sendo a Anatomia Patológica a especialidade médica que estuda as alterações morfológicas e funcionais dos órgãos, tecidos e células que levam à doença (1). Nesta área são realizados exames macroscópicos e microscópicos importantes para o diagnóstico de lesões, contribuindo para decisões no tratamento e prognóstico das doenças. A Anatomia Patológica tem, também, 20 um papel fundamental na prevenção de doenças. Adicionalmente, esta área tem tido uma importância crescente na medicina veterinária. Normalmente, os serviços hospitalares de Anatomia Patológica ou análogos, são constituídos pelo menos por três grandes áreas: macroscopia e histopatologia, citopatologia e autópsias clínicas. No entanto, devido à evolução das técnicas laboratoriais e dos avanços na patologia molecular, alguns laboratórios tem também áreas funcionais adicionais, como a biologia molecular e a

microcopia electrónica. O diagnóstico anatomopatológico é fun-

Figura 1 - Algumas técnicas laboratoriais (da esquerda para a direita): secção de tecido corada com o método Hematoxilina e Eosina (H&E; 200x); marcação nuclear (castanho) de células conferida por métodos imunohistoquímicos (400x); marcação específica de regiões de cromossomas através da hibridização in situ por fluorescência numa placa metafásica (1000x); imagem de uma célula de cancro da mama recorrendo à microscopia electrónica de varrimento.

Ricardo Celestino

Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica

Investigador no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) Professor Assistente Convidado na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto Licenciado em Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica Doutorado em Patologia e Genética Molecular Artigo submetido a 30/11/2012 e aprovado para publicação a 02/12/2012

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damental para as decisões clínicas de várias especialidades médicas, e envolve vários tipos de exames (Fig. 1): exa-

mes macroscópicos e histopatológicos de espécimes biológicos como biópsias e peças cirúrgicas; exames citopatológicos em aspirados esfoliativos, biópsias aspirativas e citologias em colheitas cérvico-vaginais, sendo este último exame muito importante no diagnóstico e programas de rastreio de cancro do colo do útero; exames extemporâneos importantes em decisões cirúrgicas; exames imunohistoquímicos e exames moleculares; e autópsias clínicas.


Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica - Saiba Mais!

História da Anatomia Patológica A documentação de doenças iniciou-se no século XVII a.C. com a medicina Egípcia, reportando lesões nos ossos, tracomas e parasitas (2). Hipócrates (460-375 a.C.) e a sua escola tiveram um enorme impacto na medicina Grega e Romana. Hipócrates formou a teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra), que mediante as quantidades relativas presentes no corpo, levariam a estados de equilíbrio ou de doença e dor (2). Esta escola contribui também para descrições detalhadas de tumores, inflamação de feridas, hemorróidas, tuberculose e malária. Cláudio Galeno (129-217) representou a maior figura médica da época, seguindo os conceitos da escola Grega, mas tendo também algumas influências da escola de Alexandria. Através da dissecação de animais vivos, Galeno protagonizou importantes descobertas relativamente a estruturas dos animais mamíferos, como os nervos e o sistema urinário, demonstrando, ainda, que as artérias conduzem sangue (3). Fez, também, importantes observações relativamente à forma crescimento dos tumores – crescimento em forma de caranguejo. Ao longo do tempo, os dogmas da medicina Grega foram mantidos vivos pelos monges, tornando-se eles próprios médicos, e fazendo cópias ou anotações de manuscritos médicos antigos (2). O despertar do conhecimento da Anatomia Patológica coincidiu com a criação das Universidades Italianas, onde em 1270, a Faculdade de Medicina de Bolonha usava já a dissecação para o estudo da anatomia humana como parte regular do ensino médico. Antonio Benivieni (1443-1502; Fig. 2) colectou um impressionante número de casos “clínicos”, e realizou autópsias de alguns dos doentes (4). Era a primeira vez que se implementava a autópsia como forma de explicar as doenças. É neste momento histórico que se acredi-

Figura 2 - Antonio Benivieni (1443-1502), considerado o pai da Anatomia Patológica. Adaptado de Hajdu et al. (4)

ta que a Anatomia Patológica adquiriu independência, sendo Antonio Benivieni considerado o pai da Anatomia Patológica. Jean Fernel (1497-1558) subdividiu as doenças como gerais e especiais, distinguindo os sinais e sintomas das mesmas (2). Diagnosticou pela primeira vez um caso de apendicite aguda e introduziu o conceito de “fisiologia”. William Harvey (1578-657) estabeleceu a circulação do sangue e a função do coração, contribuindo para o fim da teoria humoral (2). As autópsias realizadas por Giovanni Battista Morgagni (1682-1771) permitiram-lhe estabelecer uma correlação entre os seus achados patológicos e os sintomas dos seus doentes (2, 4), levando a crer que as doenças tinham um substrato anatómico, iniciando-se, assim, a era moderna da Anatomia Patológica. John Hunter (1728-1793) estabeleceu a inflamação como um mecanismo de defesa e, secundariamente, como um processo de reparação. Durante a Revolução Francesa, Marie Francois Xavier Bichat (1771-1802) estava ao serviço do exército, tendo tido a autorização de investigar cadáveres frescos. Com estes meios, e ainda sem microscópio, Bichat foi o primeiro a introduzir o conceito de histologia, definindo os tecidos como entidades distintas, e que as doenças afectavam os tecidos em vez de todo órgão (2, 5). Na primeira metade do século XIX assis-

Figura 3 - Rudolf Virchow (1821-1902), considerado o pai da Patologia Moderna. Adaptado de Hajdu et al. (5)

tiu-se a um crescente aumento do interesse pelas ciências básicas, principalmente a fisiologia e a química, levando a uma abordagem mais científica no estudo das doenças. Embora Marcello Malpighi (1628-1694) fosse o protagonista da primeira utilização do microscópio, usando-o para estudos de histologia e anatomia microscópica, a importância 21 da microscopia na Anatomia Patológica tornou-se evidente nos trabalhos de Carl Rokitansky (1804-1878) (2). Curiosamente, Rudolf Virchow (18211902; Fig. 3), um ex-aluno de Rokitansky, rivalizou com o seu mentor, e estabeleceu o uso rotineiro do microscópio nas autópsias. Sendo considerado o pai da Patologia Moderna, Virchow sugeriu que as alterações celulares estavam na origem da doença (2,5). Adicionalmente elaborou uma tríade que é constituída por três categorias de factores que contribuem para a trombose – tríade de Virchow. O microscópio transformou a definição de doença, passando a focar-se sobre as células, criando importantes e numerosas técnicas necessárias para a prática da histopatologia moderna. Na sequência disso, nas últimas décadas do século XIX, grandes avanços foram feitos no tratamento dos tecidos para análise, passando a usar-se a fixação dos tecidos, técnicas de embebição de tecidos, micrótomos e colorações. Edwin Krebs TDTOnline Magazine II/2013


(1834-1913) iniciou o uso de embebição dos tecidos em parafina em 1869, introduzindo o conceito do processamento de tecidos, pois era necessário o endurecimento e desidratação dos mesmos, para que ocorresse a embebição com parafina (2). Apesar de terem sido testadas várias soluções fixadoras, o formaldeído é o mais usado na preservação dos tecidos, tendo sido introduzido por Isaac Blum (1833-1903) e o seu filho Ferdinand Blum (1865-1959) (6). Em 1965, Franz Böhmer iniciou o uso da hematoxilina como corante nuclear (2). A combinação da hematoxilina e eosina (H&E) tornou-se o método de coloração mais amplamente utilizado no diagnóstico médico. Adicionalmente, com a descoberta dos corantes de anilina por Paul Ehrlich (1854-1915), o número de colorações de tecido aumentou rapidamente permitindo grandes avanços no estudo de diversas doenças.

O aperfeiçoamento da fixação, embebição, corte e coloração dos tecidos, 22 assim como, a melhoria dos métodos imunohistoquímicos, métodos moleculares, microscopia e processamento de imagens permitiram a criação de métodos mais precisos no diagnóstico de doenças. No século XX, a descoberta dos anticorpos monoclonais por Georges Köhler (1946-1995) e César Milstein (19272002) (7), a marcação de anticorpos com fluoresceína por Albert Coons (1912-1978) (8), e a reacção em cadeia da polimerase em 1983 por Kary Mullis

Figura 4 - Kary Mullis (1944-), o inventor da reacção em cadeia da polimerase.

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(1944-; Fig. 4) (9), tiveram um enorme impacto (2). As doenças, maioritariamente caracterizadas com base em aspectos morfológicos, tiveram uma reclassificação generalizada. As descobertas supracitadas têm hoje uma aplicação rotineira na Anatomia Patológica.

Habilitações da licenciatura de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica A licenciatura de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica (APCT) tem por objectivo formar profissionais habilitados a trabalhar na área das ciências da saúde. Os licenciados em APCT têm formação especializada na área da histopatologia, citopatologia, imunohistoquímica, histoenzimologia, microscopia eletrónica, tanatologia e biologia e patologia molecular. Estes profissionais podem integrar diversas carreiras da área das ciências da saúde, como a carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica, carreira de técnico superior, carreira de investigação, carreira de professor, e carreiras relacionadas com o diagnóstico molecular e citogenético, marketing farmacêutico, entre outros.

Carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica A carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica encontra-se regulada actualmente pelo Decreto-Lei n.º 564/99. de 21 de Dezembro (10). A alínea b) do artigo 5º deste Decreto-Lei integra o técnico de APCT nesta carreira. Na mesma alínea é definido a função destes profissionais: “tratamento de tecidos biológicos colhidos no organismo vivo ou morto com observação macroscópica e microscópica, óptica e electrónica,

com vista ao diagnóstico anatomopatológico; realização de montagem de peças anatómicas para fins de ensino e formação; execução e controlo das diversas fases da técnica citológica”. As condições de ingresso na carreira são definidas pelo artigo 14º do mesmo Decreto-Lei (10), em que é exigida a habilitação do curso superior ministrado nas escolas superiores de tecnologia da saúde, ou seu equivalente legal. Três sindicatos representam os técnicos de APCT: o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das áreas de Diagnóstico e Terapêutica (SCTS), o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE) e o Sindicato Nacional dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos (SIFAP).

Instituições de ensino Actualmente, a Licenciatura em APCT é leccionada em quatro unidades: Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP), Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e Escola Superior de Saúde Egas Moniz (ESEM). Em todas as intuições supracitadas, a licenciatura corresponde ao 1º ciclo de estudos do ensino superior definido no Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março (11). Ambas as licenciaturas têm uma duração de 4 anos, apresentando-se com diferentes planos de estudo entre instituições. Segundo o sistema europeu de transferência de créditos, a licenciatura totaliza 240 European Credit Transfer System (ECTS).

Empregabilidade Devido à diversidade das carreiras profissionais nas ciências da saúde que os licenciados em APCT podem integrar, às diferentes realidades das instituições onde existe a licenciatura em APCT e à impossibilidade de uma recolha estatística fidedigna da realidade, torna-se difícil a majoração rigorosa dos índices de empregabilidade destes licenciados.


Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica - Saiba Mais!

O último estudo do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, datado em Dezembro de 2010, revela, num total de 897 diplomados em APCT entre 2000 e 2009, que 9% estavam inscritos nos centros de emprego (12). No entanto, este estudo depara-se com uma limitação importante, porque nem todos os diplomados com um curso superior em situação de desemprego se inscrevem nos centros de emprego.

Associativismo profissional A Associação Portuguesa de Técnicos de Anatomia Patológica (APTAP), fundada em 29 de Julho de 1985, é a única associação com dedicação exclusiva aos licenciados em APCT. Tendo sido criada com o intuito do aperfeiçoamento e actualização dos seus membros, a APTAP tem hoje um papel indiscutível na evolução científica e cultural dos seus membros.

Com a crescente descaracterização da visão do licenciado em APCT como técnico de Anatomia Patológica, a APTAP terá que alterar os seus estatutos e alargar as suas orientações estratégicas, com o intuito de dar respostas aos seus associados licenciados em APCT que exercem outras carreiras profissionais que não a careira de técnico de diagnóstico e terapêutica de Anatomia Patológica.

Referências bibliográficas

2. VAN DEN TWEEL, J. G.; TAYLOR, C. R. – Introduction to the History of Pathology series. Virchows Arch. ISSN 1432-2307. 457. (2010) 3-10. 3. SINGER, C. – Galen on anatomical procedures. De anatomicis administrationibus. Translation of the surviving books. Oxford: The Wellcome Historical Medical Museum by Oxford University Press, 1956. ISBN 10: 0199240167. 4. HAJDU, S. I. – A note from history: the first printed case reports of cancer. Cancer. ISSN

Abril

5. HAJDU, S. I. – A note from history: Rudolph Virchow, pathologist, armed revolutionist, politician, and anthropologist. Ann Clin Lab Sci. ISSN 0091-7370. 35:2 (2005) 203-205. 6. FOX, C. H., [et al.] – Formaldehyde fixation. J Histochem Cytochem. ISSN 0022-1554. 33:8 (1985) 845-53. 7. KOHLER, G.; MILSTEIN, C. – Continuous cultures of fused cells secreting antibody of predefined specificity. Nature. ISSN 0028-0836. 256:5517 (1975) 495-497. 8. COONS, A. H. – Fluorescent antibodies as histochemical tools. Fed Proc. ISSN 0014-9446. 10:2 (1951) 558-559.

1. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N. – Robbins & Cotran pathologic basis of disease. 7th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2005. ISBN: 0-7216-0187-1.

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0008-543X. 116:10 (2010) 2493-2498.

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9. MULLIS, K. B. – The Unusual Origins of the Polymerase Chain Reaction. Scientific American. 262 (1990) 56-65. 10. DECRETO-LEI nº 564/99. D.R. I Série-A, 295 (99-12-21) 9083-9100. 11. DECRETO-LEI n.º 74/06, D.R. I Série-A, 60 (0603-24) 2042-2057.

12. A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior [8º Relatório]. Lisboa: Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais/Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, 2012. ISBN 978- 23 972-8844-63-9.

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1955 - Morte de Albert Einstein A 18 de Abril de 1955, morre, em Princeton (EUA), Albert Einstein, físico alemão que propôs a teoria da relatividade.

Dia Mundial da Doença de Parkinson A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa (Parkinson Society Canada, n. d.) eferida pela primeira vez em 1817 pelo físico inglês Dr. James Parkinson (The National Parkinson Foundation, Inc) no livro intitulado “An Essay on the Shaking Palsy” (Nicholl, 2003). A tulipa vermelha e branca é o símbolo europeu desta doença neurológica incapacitante, para a qual ainda não foi descoberta a cura Fonte: http://www.parkinson.pt

Fonte: http://pt.wikipedia.org

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1882 - Charles Darwin A 19 de Abril de 1882, morre, em Downe, Kent, Charles Robert Darwin, naturalista britânico que concebeu a teoria da evolução. Fonte: http://pt.wikipedia.org

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Espreitem a nossa agenda e conheçam todos os nossos eventos planeados até ao momento para os próximos meses!...

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Dia do Sol (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)

Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Pele

O Sol (do latim Sol) é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta

Estima-se que muitos cancros de pele que surgem em adultos têm origem em escaldões na infância e adolescência, pelo que se deve redobrar os cuidados junto dos mais jovens. Procure evitar a exposição solar nas horas mais quentes do dia (entre as 11 e as 16 horas). Para ir à praia ou praticar uma actividade ao ar livre, proteja-se de forma adequada. Aplique regularmente protector solar em todo o corpo, e não apenas nas zonas expostas, use chapéu e óculos de sol e vista uma t-shirt , de preferência de cor escura. Investigações australianas sobre o factor de protecção dos tecidos revelam que, ao contrário do que é hábito pensar-se, as cores escuras, em qualquer tecido, protegem melhor dos raios ultravioletas. Não leve bebés com menos de 6 meses para a praia. A sua pele ainda é muito sensível.

Fonte: www.unesco.pt

Fonte: www.deco.proteste.pt

31 Maio Dia Mundial do Não-Fumador (Organização Mundial de Saúde) O hábito de fumar (tabagismo) - acto voluntário de inalar o fumo da queima do tabaco – independentemente da qualidade, quantidade ou frequência, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilião e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumadores Fonte: http://eideguimaraes.wordpress.com

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TDTOnline Magazine II/2013 II/2010


Portaria n.º 407/2012 - Ministérios das Finanças e da Saúde Cria o Fundo de Gestão das Contribuições Especiais da Indústria Farmacêutica para a Estabilização do Serviço Nacional de Saúde para o Mercado Ambulatório e o Fundo de Gestão das Contribuições Especiais da Indústria Farmacêutica para a Estabilização do Serviço Nacional de Saúde para o Mercado Hospitalar Portaria n.º 411-A/2012 - Ministério da Saúde

Suspende a aplicação do disposto nos n.º 1 do artigo 5.º e n.º1 do artigo 6.º da Portaria n.º. 4/2012, de 2 de janeiro no que se refere aos prazos estabelecidos para efeitos da 28 revisão anual de preços de medicamentos para o ano de 2013 Decreto-Lei n.º 266-D/2012 - Ministério da Saúde Procede à primeira alteração aos Decretos-Leis n.os 176/2009, de 4 de agosto, e 177/2009, de 4 de agosto, estabelecendo regras de organização do tempo de trabalho médico e de transição dos trabalhadores médicos já integrados na carreira especial médica para o regime de trabalho que corresponde a 40 horas semanais e definido as áreas de exercício profissional da carreira especial médica Decreto Regulamentar n.º A/2012 - Ministério da Saúde

51-

LEGISLAÇÃO JAN ca, cuja relação jurídica de emprego público seja constituída por contrato de trabalho em funções públicas, sujeitos ao regime de 40 horas semanais

rança Social

Fixa os preços dos cuidados de saúde e de apoio social prestado nas unidades de internamento e de ambulatório da Rede Nacional de Cuidados Portaria n.º 432-D/2012 - Ministé- Continuados Integrados (RNCCI), a rios das Finanças, da Saúde, da Edu- praticar no ano de 2012 e revoga a cação e Ciência e da Solidariedade e Portaria n.º 220/2011, de 1 de junho da Segurança Social Portaria n.º 53/2013 - Ministério da Primeira alteração à Portaria n.º Saúde 1453/2002, de 11 de novembro que regulamenta o reembolso do valor Segunda alteração à Portaria n.º dos planos de poupança-reforma 1499/2004, de 28 de dezembro que aprova o programa de formação do Portaria n.º 14/2013 - Ministério da ano comum Saúde Portaria n.º 55/2013 - Ministério da Primeira alteração à Portaria n.º Saúde 277/2012, de 12 de setembro, que define o horário padrão de funciona- Define as categorias de bens e sermento das farmácias de oficina, re- viços específicos da área da saúde gula o procedimento de aprovação cujos contratos e a duração, execução, divulgação e fiscalização das escalas de turnos, públicos de aprovisionamento (CPA) bem como o valor máximo a cobrar e procedimentos de aquisição são pelas farmácias de turno pela dis- celebrados e pensa de medicamentos não prescritos em receita médica do próprio conduzidos pelos SPMS - Serviços dia ou do dia anterior Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. Portaria n.º 27/2013 - Ministério da Saúde Portaria n.º 63/2013 - Ministério da Saúde Aprova o Regulamento que Estabelece as Condições de Financiamento Atualiza o programa de formação da Público dos Projetos que Constituem área de especialização de Cirurgia os Programas de Respostas IntegraMaxilofacial das

Procede à identificação dos níveis remuneratórios da tabela remune- Portaria n.º 41/2013, de 1 de feve- Acórdão n.º 2/2013, de 13 de feveratória dos trabalhadores médicos reiro - Ministérios das Finanças, da reiro - Tribunal Constitucional integrados na carreira especial médi- Saúde e da Solidariedade e da SeguJulga inconstitucional a norma do n.º tdtonline.org


N/FEV/MAR 2013

5 Junho

5 do artigo 188.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, na redação introduzida pela Lei n.º 62/2011, de 12 de dezembro (aprova o Regime Jurídico dos Medicamentos de Uso Humano) Decreto-Lei n.º 20/2013 - Ministério da Saúde

Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 112/2011, de 29 de novembro, que aprova o regime da formação do preço dos medicamentos sujeitos a receita médica e dos medicamentos não sujeitos a receita médica comparticipados, e estabelece um mecanismo de definição dos preços dos medicamentos sujeitos a receita médica que não tenham sido objeto de avaliação prévia para efeitos de aquisição pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, nem de decisão de comparticipação.

Procede à sétima alteração ao Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, que estabelece o regime jurídico dos medicamentos de uso humano, transpondo a Diretiva n.º 2010/84/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de dezembro Portaria n.º 87/2013 - Ministérios de 2010 das Finanças e da Saúde Decreto Regulamentar Regional n.º 5/2013/M, de 18 de fevereiro - Re- Define as categorias de bens e serviços cujos acordos quadro e procedigião Autónoma da Madeira mentos de aquisição são celebrados Regulamenta a dispensa, embala- e conduzidos pelos Serviços Partilhagem e identificação do medicamen- dos do Ministério da Saúde, E.P.E., to em unidose, com vista à sua ras- na qualidade de unidade ministerial treabilidade e segurança, no Serviço de compras. de Saúde da Região Autónoma da Madeira, E.P.E. e nas farmácias de oficina instaladas na Região Autónoma da Madeira Portaria n.º 95/2013 - Ministério da Saúde Decreto-Lei n.º 27/2013 - Ministério da Saúde Aprova o Regulamento do Sistema Integrado de Referenciação e de GesProcede à extinção da pessoa coleti- tão do Acesso à Primeira Consulta de va Hospitais Civis de Lisboa e trans- Especialidade Hospitalar nas instituifere para o Centro Hospitalar de Lis- ções do Serviço Nacional de Saúde e boa Central, E.P.E., o património que revoga a Portaria n.º 615/2008, de subsista na sua titularidade 11 de julho.

Dia Mundial do Ambiente (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. Celebrado anualmente desde então no dia 5 de Junho, cataliza a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental. Os principais objetivos das comemorações são: 1. Mostrar o lado humano das questões ambientais; 2. Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável; 3. Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais; 4. Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero

Fonte: www.unep.org

Decreto-Lei n.º 34/2013 - Ministério da Saúde

FONTE: Índices do Dia/Newsletter DIGESTO

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No Fórum... • Debate e Opinião • Ofertas de Emprego • Eventos e Cursos em agenda

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28 Junho 1927 - Egas Moniz realiza, com êxito, a primeira angiografia num paciente vivo A 28 de Junho de 1927, o médico português Egas Moniz realiza a primeira angiografia cerebral bem sucedida num paciente vivo. A angiografia consiste na radiografia dos vasos sanguíneos tornados visíveis pela injecção de substâncias opacas aos raios X. Fonte: www.leme.pt

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NormasdePublicação Princípios Gerais

Apresentação de Trabalhos

1. A TDTOnline Magazine aceita propostas de artigos no âmbito de cada publicação e da temática do website “Tecnologias da Saúde Online”.Serão aceites os seguintes tipos de artigo: • Artigos de Opinião • Artigos Científicos • Artigos Comunidade (cuja temática possa interessar a comunidade em geral, não sendo de âmbito científico) • Artigos de Revisão • Posteres Científicos

Proposta via e-mail enviada para magazine@ tdtonline.org, contendo: • No corpo do e-mail: Título do artigo/ poster, nome do(s) autor(es), instituição a que pertence(m), endereço(s) de e-mail, telefone(s), nº de cédula profissional (se aplicável) e morada completa para onde deverão ser enviados os certificados de colaboração com a TDTOnline Magazine. • O trabalho em anexo.

2. Os artigos ou posteres enviados devem ser originais.

Normas de dos artigos

3. O envio de um trabalho implica o compromisso por parte dos autores em como todas as declarações nele constantes são da sua exclusiva responsabilidade. 4. Compete aos autores a obtenção do copyright sobre todos os materiais que não lhes pertençam: ilustrações, quadros, fotografias, etc. 5. Todos os artigos/posteres deverão respeitar os princípios éticos aceites, nomeadamente no que diz respeito à confidencialidade. 6. Os artigos/posteres serão apreciados num primeiro momento pela equipa de edição da TDTOnline Magazine que aferirá da pertinência das propostas no âmbito editorial da revista. O artigo/poster será devolvido ao(s) autor(es), caso os pareceres sugiram mudanças e/ou correcções. 7. Os posteres podem ser elaborados no máximo por 3 elementos.

O TDTOnline compromete-se a contactar por e-mail o autor: • acusando a recepção do artigo; • informando sobre a aceitação ou recusa Normas de apresentação de de publicação do mesmo.

posteres:

apresentação 1. Concepção:

• tópico bem explícito no título • questão de investigação e principais conclusões destacadas • organização hierárquica do texto (tipo e tamanho de letra) • principal conteúdo são imagens

1. Todos os artigos deverão incluir uma folha de rosto autónoma de que constem os seguintes elementos: título do artigo, nome do autor, instituição a que pertence, morada completa, endereço de 31 e-mail, telefone(s) e nº de cédula profis- 2. Cabeçalho contendo o título do trabalho, sional (se aplicável). o(s) nome(s) do(s) autor(es), a instituição onde trabalham. Recomenda-se também que contenham, em letras menores, o 2. Os textos devem ser formatados a corpo endereço electrónico autor(es). 12, espaço 1,5. Não devem ser utilizados estilos nem formatações automáticas tais como numeração (numbering) e 3. Breve resumo do trabalho. bolas/asteriscos (bullets). 3. Os artigos não poderão exceder as 10 páginas (incluíndo figuras, tabelas e referências).

4. Corpo principal do poster dividido conforme o critério do autor (exemplo: Introdução, Métodos, Resultados e Conclusão).

4. Para além do texto, os autores devem 5. Referências relevantes (Segundo a enviar - em português ou inglês - um reNP405). sumo do artigo (máximo 200 palavras) e até seis palavras-chave. 6. 6. O Poster tem de ser apresentado no formato Horizontal, na proporção A3. 5. As palavras estrangeiras devem estar em itálico. 7. 7. Os formatos aceites são .ppt ou .pptx (Microsoft Office Power Point TM), .JPEG 6. As referências bibliográficas devem ser ou .PNG feitas segundo a Norma Portuguesa (NP405) - ver informação adicional. Os artigos publicados na TDTOnline 7. O artigo deve ser enviado em formato Magazine ficam licenciados sob uma .doc ou docx (Microsoft Office Word licensa Creative Commons 2.5 - Atribuição de Uso não Comercial. TM). TDTOnline Magazine II/2013


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