s ã o l u i z t e at r o m u n i c i p a l
2 2 e 2 3 n ov DANÇA / MÚSICA PAR A BEBÉS
SÁBADO E DOMINGO às 11h DOS 8 AOS 14 MESES às 16h DOS 14 AOS 24 MESES DUR: 30 MIN.
Uma luz na terra é um espectáculo onde os bebés circulam no meio de imagens projectadas no chão, os objectos estão ao alcance das mãos, as histórias são contadas aos ouvidos e dançadas junto deles. De um modo cinético, o público é dirigido em busca do que se encontra no interior das coisas e das suas formas, podendo também mexer e reinventar a relação que tem com elas. De Ainhoa Vidal com João Pinto, Teresa Gentil, Rui Catalão Coreografia e interpretação Ainhoa Vidal Vídeo João Pinto Música Teresa Gentil Espaço Cénico Carla Martinez Apoio espaço cénico Ainhoa Vidal Figurinos Ainhoa Vidal Apoio à dramaturgia Rui Catalão Desenho de Luz João Cachulo
Produção e direcção de projecto Tânia M. Guerreiro Produção Produções Independentes Co-produção São Luiz Teatro Municipal Apoio O Espaço do Tempo, Eira, Festival Temps d’Images/Duplacena Projecto Financiado pelo Governo de Portugal/ Secretário de Estado da Cultura – DGARTES Agradecimentos Carla Martinez, Rita Matias, Ana Rita Mendes
Espectáculo inserido no projecto Viagem na Terra. Um projecto de pesquisa artística e social que resulta em diversos objectos artísticos – espectáculos, workshops, encontros, laboratórios, edições e exposições.
A dança ensina-nos que não são precisos muitos elementos externos para criar a vontade de nos mexermos, de descobrir e de ter curiosidade. Enquanto pais acontece esquecermo-nos que a informação flui melhor, mais rapidamente e com mais eficácia havendo contacto físico entre os corpos. Cobrimos os bebés de objectos sem calor humano. Esta folha de jogos é para ti e o teu bebé. A única necessidade é a vontade de estar, aprender e viver em contacto com ele. Divirtam-se.
Florestas
Que tal uma floresta amazónica no penteado do teu bebé? E se fosse uma floresta tropical, ou uma floresta de bambus, ou uma floresta negra? E como seria uma floresta de abelhas? Muda o teu cabelo e joga com o seu.
Rios, São como as rugas
e dobras da nossa pele, falam-nos daqueles factos que ficaram impregnados e deixaram cursos acidentados no nosso ser. Percorre os rios do teu filho com o dedo e explica-lhe as suas histórias.
Montanhas
O nosso corpo é um mapa de movimentos. Cada curva é um ângulo que pode ser lido como o Everest ou o Atacama. Mexendo-nos criamos montes, montanhas, vales, planícies, planaltos, lagoas e falésias. Sobe e desce, percorre os lugares que o corpo do teu filho desenha.
Lava
Quando comemos alimentos picantes a nossa boca é como uma pequena cratera de um vulcão prestes a explodir. Ao descer para o aparelho digestivo, parece a lava a passar pela garganta do vulcão. Quando chega ao estômago uma casa fica submersa naquele fogo. Quando se grita, um vulcão entrou em actividade e quando saltam faíscas pelos olhos, uma panela de pressão está a cozinhar no nosso sistema circulatório. Joga com o teu bebé o jogo desse fogo interno que por vezes é bom expulsar. Ensina-lhe como não ter medo de o enfrentar.
Pingos e tor mentas (par a faz er no hor a do banho)
A chuva pode ser um solo de bateria que as nuvens fazem com a superfície da terra. Depois a água entra para o subsolo como a música entra pelos ouvidos até tocar as nossas emoções. No banho, as mãos e os pés do teu filho são como nuvens no céu – um baterista em acção. Cria com ele uma banda sonora para um imaginário de dias de Outono.
Bur acos e túneis
Uma mão aberta e uma mão fechada
Duas mãos que se juntam e ao juntarem-se fazem um coração. Um coração que bate. Quantos corações tens a bater no teu corpo? Procura e inventa corações a bater em partes diferentes do corpo do teu bebé.
Bichos
Os bichos são como células do sistema imunitário, ou agentes patogénicos do nosso lar. Qual é qual? Agarra numa lupa e tenta encontrá-los. Observa o seu tamanho, a sua forma de caminhar, a sua cor, como transportam os alimentos, como comem.
O corpo está cheio desses buracos e túneis que os animais rastejantes fazem na crosta terrestre. As veias são túneis, assim como os nervos, o canal auditivo e as cavidades ósseas. A arquitectura do nosso corpo permite recriar esses túneis. Faz buracos e reentrâncias com o teu corpo e deixa o teu filho passar por eles.