Folha de sala Como Queiram

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14 a 26 jan

© susana paiva

são luiz teatro municipal

arena ensemble

como queiram as yo u li k e it de william shakespeare

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14 A 26 JAN TEATRO / ESTREIA ARENA ENSEMBLE

COMO QUEIRAM AS YOU LIKE IT DE WILLIAM SKAKESPEARE

ENCENAÇÃO DE BEATRIZ BATARDA terça A SÁBADO ÀS 21H; DOMINGO ÀS 17H30 SALA PRINCIPAL; M/12 duração: 3h com intervalo

€12 a €15 (com descontos €5 a €10,50) sessão 19 jan

18 e 25 jan Conversa com a equipa artística

sábados depois do espectáculo

Próximos espectáculos 7 Fev

Com Bruno Nogueira Carla Maciel Leonor Salgueiro Luísa Cruz Marco Martins Nuno Lopes Romeu Costa Rui Mendes Sara Carinhas Sérgio Praia Tradução Daniel Jonas Encenação Beatriz Batarda Espaço Cénico Arena Ensemble Figurinos José António Tenente Musica Original Pedro Moreira Desenho de Luz Nuno Meira Construção de Cenário e adereços Luís Lacerda Assistência de Encenação Teresa Coutinho Fotografia Susana Paiva Produção Executiva Nuno Pratas Produtora Arena Ensemble Narcisa Costa Co-produção

Teatro Viriato, Viseu 14 a 23 Fev

Teatro Carlos Alberto, Porto 1 Mar

Centro Cultural Vila Flor, Guimarães 7 Mar

Apoio

Theatro Circo, Braga Apoio Cabeleireiro


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Teatro Mundo

José Luís Ferreira director artístico do São Luiz Teatro Municipal

No dia em que estreia Como Queiram, na exemplar tradução de Daniel Jonas e segundo o olhar de Beatriz Batarda, passaram quase três anos desde que este projecto foi formulado e começou o seu caminho por entre os nossos desejos. Três anos particularmente marcantes na vida de todos, três anos de tragédias pessoais e de tristes tragicomédias sociais, políticas, três anos de dúvida tão espessa que impediu muitas vezes a simples ideia de futuro. Tempo, ainda assim, para insistir na possibilidade do prazer, para dar lugar a essa prática quase mágica que consiste em dar corpo e gesto à palavra poética, tempo para procurar dar conteúdo a uma ideia de serviço público através de um repertório de declinação irregular, mas constante no seu desejo de interpelação do mundo, das suas armadilhas e, sobretudo, das possibilidades infinitas que os seus infinitos futuros inevitavelmente contêm. Comédia pastoril, discurso sobre o amor, terreno do disfarce, Como Queiram é uma peça feliz. Como feliz é o concerto de vontades e talentos que dá forma a este espectáculo: um elenco extraordinário, não apenas porque composto de actores excelentes, mas também pela singularidade de cada um deles e pelo que conhecemos das suas visões do mundo e do teatro; um conjunto de criadores notável, muitos deles com presença regular nas fichas artísticas das co-produções que empreendemos; dois pares de teatros que unem desejos e orçamentos e públicos e tornam possível que este empreendimento venturoso tenha lugar e se dê a ver... Tomai e vivei este teatro, sabendo que no palco do mundo somos todos actores e que, quatrocentos e cinquenta anos depois do seu nascimento, Shakespeare continua a ter escrito algumas das melhores entradas e saídas que podemos desejar interpretar.

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William Shakespeare, Stratford-upon-Avon, 23 de Abril de 1564 - Stratford-upon-Avon, 23 de Abril de 1616. Em 2014, ano em que se comemora o seu 450º aniversário, Shakespeare continua viral. O “Bardo do Avon” prossegue na fase ascendente da curva de contágio, continua a ganhar momento. Enche salas e vende milhões, dos EUA ao Japão; é o zénite da profissão para grande parte dos profissionais das artes cénicas; e as suas frases e ideias continuam a fazer caminho na linguagem quotidiana de largos milhões de pessoas. Mas afinal que exclusivos segredos sobre a natureza humana desencantou o dramaturgo para que, tanto tempo depois, continuemos a considerá-lo o maior e a procurar naquilo que escreveu pistas para as nossas próprias vidas? Não é pergunta para deixar respondida hoje, mas há pistas mais ou menos consensuais para explicar o maior sucesso da história da literatura ocidental: o facto de não ser um autor de época, mas alguém com o raro talento de viver fora do tempo (ou no seu meio absoluto), no coração da experiência humana e com um conhecimento ímpar do catálogo de emoções da espécie; a mestria com que dominou não um, mas vários géneros: da comédia à tragédia, da aventura ao melodrama, da história de amor ao conto de fadas; e, para terminar, o talento de ourives da frase que – ele próprio actor – dominou o ofício de escrever para ser dito.

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Como Queiram

Beatriz Batarda Encenação

Não sei o que quererão dizer 21 anos vividos à procura do significado de se ser actor, interrogando-me sobre como chegar ao despojamento daquilo que me move para encontrar a razão que faz respirar o outro, sobre onde habita a beleza dos outros, ou ainda sobre o porquê na ficção. Buscando uma identidade própria, assim como a do actor, usei sempre como ponto de partida o meu corpo para nele encontrar outras verdades que me ajudassem a chegar mais perto dos outros. Se o consegui pouco importa, mas sei que poucas foram as vezes em que tive descanso de mim própria, acreditando inocentemente que o conseguiria dando corpo a personagens, que é como quem diz, alterando o ponto de vista. Desde a fundação do Arena Ensemble em 2007, que o encontro artístico com o Marco Martins impulsionou o trabalho noutro sentido, mesmo se indo dar sempre ao mesmo sítio. Agora, impelindo este grupo de actores a abandonarem o seu ponto de vista sobre o mundo, falo mais do que nunca do que me move, do que me habita, e do absurdo na minha realidade. À semelhança dos epílogos Shakespearianos deveria pedir desculpa por qualquer coisa que possa desagradar-vos neste nosso espectáculo, ou pelo facto de 21 anos não bastarem para dar respostas certeiras às questões que nos afligem. Pedir desculpa por qualquer destes motivos está fora de questão. Agradeço sim, muito, e muitas vezes a William Shakespeare por nos revelar os segredos da humanidade, ao Luís Miguel Cintra por me ter oferecido o Conto de Inverno em 1994, ao Grupo Cassefaz por ter sido o primeiro a querer produzir este projecto, à direcção do Teatro São Luiz por ter esperado três anos por este Como Queiram, ao Marco Martins por ser meu amigo, à Carla Maciel por ser a vitalidade, à Luísa Cruz por ser a perfeição, à Sara Carinhas por ser a delicadeza, à Leonor Salgueiro por ser a candura, ao Nuno Lopes por ser a bondade, ao Romeu Costa por ser a alegria, ao Sérgio Praia por ser o vendaval, ao Bruno Nogueira por ser o outro ponto de vista, ao Rui Mendes por ser a eterna juventude. Celebro o Pedro Moreira por nos elevar, o José António Tenente por trazer a cor, e como sem luz não há cor, o Nuno Meira por nos transportar para o fantástico. Lembro ainda o Bernardo Sassetti por ser a liberdade. “We shall forever bleed, but we bleed green.”


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Notas sobre a música pedro moreira música original

A escrita da música para a peça Como Queiram pretendeu responder a vários desafios. Uma nova tradução, de Daniel Jonas, encenação de Beatriz Batarda e um elenco de luxo seriam já de si razões suficientes para lhes responder com entusiasmo. A peça trata de vários reencontros. Questiona as ideias de liberdade, justiça, renovação, regeneração e perdão, falando de um grupo de pessoas que se reencontram numa floresta com conotações claras ao jardim do Éden. É uma peça com natureza pastoril e um apelo ao regresso a uma vida simples e despojada e, dessa forma, mais pura. Na Inglaterra shakespeariana a componente musical desta peça tinha um forte apelo popular. Tentei manter esse tipo de leitura, não no carácter rústico ou pastoril, mas através de uma leitura mais urbana, criando um universo que unisse as pontes entre esses dois mundos. Apesar dos vários elementos de conto de fadas presentes na peça, pretendi sugerir que o verdadeiro reencontro não se passa num exílio longínquo e místico, mas sim na vida do dia-a-dia, no espaço interior das nossas vivências na cidade. A música reflete várias emoções e sentimentos intimamente ligados aos diversos personagens: melancolia, alegria, tristeza, amor, afinal as emoções que pontuam as relações entre as pessoas, o que atribui à peça o seu carácter universal e actual. Para esse efeito recorri a uma linguagem popular contemporânea, mantendo a métrica e sabor tão particulares em Shakespeare, tão bem reflectida nesta excelente tradução do Daniel. Um dos maiores desafios neste projecto é também o facto de as canções serem interpretadas pelos próprios actores e não por músicos profissionais, o que contribui para a naturalidade das prestações musicais, garantindo uma maior interligação com o enquadramento dramático. E estes foram inexcedíveis na sua dedicação, talento e entusiasmo, dando corpo e alma ao lema All the world’s a stage. Se, para Shakespeare, o mundo é um palco, para este elenco o palco é também um mundo.


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Nota à tradução Daniel Jonas Tradução

Como Queiram [CQ] procurou seguir uma política de agilização do texto português de modo a despressurizá-lo para o palco. Por “despressurizar” penso no grau máximo de dificuldade que As you like it [AYLI] encerra, colocando problemas vários de agramaticalidade, sintaxe dúbia e outras perdas culturais que tornam o texto consideravelmente opaco. Na verdade, antes de se proceder a uma tradução para português, este texto exige ser traduzido, antes de mais, para inglês. Nesta cadeia linguística seria relativamente fácil tomar-se como glória bastante a tradução de AYLI para português. Ora uma das dificuldades passa por não se perder de vista que estamos perante um texto pensado para palco, pelo que convém não apenas mostrar o texto mas também avivar-lhe o brilho e fazê-lo brilhar sobre as tábuas de cena. Para tal, CQ seguiu isometricamente a estrutura do seu original como se de uma partitura se tratasse. Este mimetismo prosódico serve a música do texto, os actores, espectadores e leitores. As formas de tratamento (vós e tu) foram, pelo contrário, vertidas ad hoc, mas com a mesma intenção primacial de agilizar o texto. Elas são, de resto, usadas de acordo com uma regra pouco clara no original. O próprio tratamento do título português assume o modo interpelativo médio, aproximando a comédia do espectador moderno, mas também servindo a observação de que na selva igualitária de Arden as formas de tratamento classistas são eliminadas, com excepção feita ao Duque. Há, ainda, em AYLI, alguns passos etnográficos cuja proverbialidade se perdeu nos tempos. Foi preocupação do texto português, a fim de evitar a purulência das notas, ser menos difuso e delegar ao próprio momento discursivo a sua explicação. Em suma, a tradução procurou mostrar o texto, ser ela própria um texto, e obviar à deriva dos paratextos, reduzindo as opacidades textuais e culturais, sempre que tal fosse possível sem, evidentemente, comprometer o sentido e a mensagem originais. Antes pelo contrário.

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Arena Ensemble O ano de 2012 assistiu ao arranque oficial do projecto Arena Ensemble. Plataforma de criação artística, criada por Beatriz Batarda e Marco Martins em 2007, é um espaço de partilha das suas linguagens e trajectos individuais. Traduz uma preocupação comum com o risco e a experimentação, na procura de novas formas e linguagens teatrais e performativas para dar voz a uma nova geração de autores e intérpretes. Este Ensemble pretende assim ser um novo espaço de reflexão da linguagem teatral contemporânea, nas suas várias vertentes e influências (textos clássicos e novas dramaturgias), aproximando-a não só dos públicos urbanos como também das comunidades mais distantes, buscando novos cruzamentos com outras artes performativas. Entre os espectáculos mais marcantes do Arena encontram-se Quando o Inverno Chegar (2007) ou De Homem para Homem (2008), bem como os trabalhos desenvolvidos com a comunidade cigana de Sanguedo em Baralha (2010) e, mais recentemente, com os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo em EstaleirosENVC 2012 (2012), ambos em colaboração com o CCTAR – Centro de Teatro e Artes de Rua. Nesse sentido existe, desde o início deste projecto, a consciência de uma responsabilidade social na procura de uma linguagem teatral capaz de transpor as tradicionais fronteiras clássicas do palco e de se colocar no centro da discussão e do espaço público. No final de 2011, ao fazer-se um balanço sobre as criações apresentadas até aí, tornou-se imperativo formalizar o projecto artístico e constituir uma Associação Cultural, que pudesse promover uma programação mais sólida e sustentável. Apesar de continuar a ser uma companhia independente sem qualquer apoio estrutural que permita um maior desenvolvimento e concretização do projecto nas suas diferentes vertentes, o Arena Ensemble prossegue a sua actividade, com a criação em 2013/2014, de três novos espectáculos.

Desde 2007, Beatriz Batarda e Marco Martins, enquanto criadores e intérpretes do Arena Ensemble, apresentaram as seguintes criações: 2007

Quando o Inverno Chegar de José Luís Peixoto; Encenação; Marco Martins; Espectáculo fundador do Arena Ensemble. 2008

De Homem para Homem de Manfred Karge; Encenação: Carlos Aladro; Interpretação: Beatriz Batarda 2009

Music Around Circles Imagem: Marco Martins; Música: Bernardo Sassetti 2010

Antes de Ser... textos de William Shakespeare; Encenação: Beatriz Batarda; Olá e Adeusinho de Athol Fugard; Encenação: Beatriz Batarda Baralha, a partir de Romeu e Julieta de William Shakespeare; Encenação: Marco Martins Durações de um Minuto textos Gonçalo M. Tavares; Direcção: Marco Martins e Clara Andermatt 2011

Azul Longe nas Colinas de Dennis Potter; Encenação: Beatriz Batarda Num dia igual aos outros de John Kolvenbach; Encenação: Marco Martins Sangue Jovem de Peter Asmussen; Encenação: Beatriz Batarda 2012

Pessoa “em pessoa” textos: Fernando Pessoa e Gonçalo M. Tavares; Encenação: Marco Martins Estaleiros textos: Gonçalo M. Tavares e Samuel Beckett; Encenação: Marco Martins Dança da Morte de August Strinberg; Encenação: Marco Martins 2013

Rosencrantz & Guildenstern Estão mortos de Tom Stoppard; Encenação: Marco Martins Two Maybe More música: Pedro Moreira; textos: Gonçalo M. Tavares; Direcção Marco Martins 2014

Como Queiram / As You Like It de William Shakespeare; Encenação: Beatriz Batarda


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Biografias Daniel Jonas (Tradução) nasceu no Porto. Publicou cinco livros de poemas, tendo sido galardoado com os prémios PEN e Europa/ David Mourão-Ferreira, atribuído pela Universidade de Bari – cátedra Aldo Moro. Traduziu, entre outros, Milton, Waugh, Pirandello, Huysmans, Auden e Dennis Potter, e foi autor da tradução e co-autor da dramaturgia de O Mercador de Veneza de William Shakespeare para o espectáculo homónimo produzido pelo Teatro Nacional de S. João em 2008, bem como da leitura encenada da obra de John Milton, Paraíso Perdido, para o mesmo teatro. Estreou-se na escrita dramática com a peça Nenhures para o Teatro Bruto, a que se seguiram Reféns, Still Frank e Estocolmo para a mesma companhia. Tem intervenções regulares na área do teatro, quer em conferências, quer em textos de cariz diverso. Beatriz Batarda (Encenação) estudou teatro na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, onde obteve a Gold Medal 2000. Estreou-se no cinema como actriz em 1986 num filme de João Botelho e, desde então, trabalhou com realizadores tais como Manoel de Oliveira, José Álvaro de Morais, Marco Martins, João Canijo, Margarida Cardoso, Mike Dowse, Thomas Vincent, Erik de Bruyn, Eugène Green, Teresa Villaverde, Christine Laurent, Cláudia Varejão, entre outros. Estreou-se no teatro em 1994 com a Companhia de Teatro Cornucópia. Destacam-se os trabalhos desenvolvidos com os encenadores Ana Tamen, João Lourenço, Carlos Pimenta, Marco Martins, Rui Mendes, Carlos

Aladro e Luís Miguel Cintra. Recebeu vários prémios pelo seu trabalho tanto no cinema como no teatro. Encenou as peças Olá e Adeusinho de Athol Fugard em 2010; Azul Longe nas Colinas de Dennis Potter, Sangue Jovem de Peter Asmussen e Bizarra Salada de Karl Valentin em 2011. É co-fundadora do Arena Ensemble juntamente com Marco Martins desde 2007. Dedica-se também ao ensino desde 2005. José António Tenente (Figurinos) após ter iniciado a formação superior em arquitectura, envereda pela Moda revelando a sua primeira colecção em 1986. Em 2009 viu editado um livro sobre o seu trabalho JAT – Traços de União. Em 2010 comissariou a exposição Assinado por Tenente, no MUDE – Museu do Design e da Moda, em Lisboa. Recebeu vários prémios e distinções como a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Cascais e a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. A concepção de figurinos tem ocupado um lugar importante no seu percurso tendo trabalhado com diversos encenadores e coreógrafos como Beatriz Batarda, Carlos Avillez, Carlos Pimenta, Lúcia Sigalho, Maria Emília Correia, Benvindo Fonseca, Clara Andermatt, Paulo Ribeiro, Rui Lopes Graça e Rui Horta, entre outros. Pedro Moreira (Música Original) é saxofonista, compositor, maestro e pedagogo, tem uma licenciatura em jazz e um mestrado em composição pelo Mannes College of Music de Nova Iorque. Actuou com o seu grupo em várias salas e festivais portugueses, assim como em vários países na Europa, América e África. É actualmente o director da Escola Superior de Música de Lisboa onde coordenou,

desde 2008, a variante de jazz da licenciatura em Música. Foi director da Escola Luíz Villas-Boas e maestro da Big Band do Hot Clube de Portugal. Trabalhou com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestrutópica e a Orquestra do Algarve. Conta com peças suas tocadas por vários grupos de jazz e de música erudita como Orquestra de Jazz de Matosinhos, Apollo Saxophone Quartet, Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, Drumming, Orquestrutópica. Escreveu música para as peças de teatro Quando o Inverno Chegar, Mega Tarts, no Teatro São Luiz, De Homem Para Homem, na Cornucópia, e Two Maybe More, no Teatro Maria Matos. Bruno Nogueira (Jaques) estreia-se no teatro em 1990 com o espectáculo de comédia Lata e tem, desde então, participado e criado espectáculos dos quais se destacam: Os Melhores Sketches dos Monty Python com encenação de António Feio, Antes Eles Que Nós e Avalanche com encenação de António Pires, A Cidade com encenação de Luís Miguel Cintra, Azul Longe nas Colinas e Uma Bizarra Salada com encenação de Beatriz Batarda, É Como Diz o Outro com encenação de Tiago Guedes e Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos com encenação de Marco Martins. Das suas apresentações a solo destaca-se Sou do Tamanho do que Vejo e Não do Tamanho da Minha Altura no Teatro São Luiz. A sua mais recente criação é Deixem o Pimba em Paz, com interpretação de Bruno Nogueria e Manuela Azevedo (Clã). Destacase ainda o programa de rádio Tubo de Ensaio na TSF, escrito em conjunto com João Quadros e publicado pela editora Leya. Participou em séries televisivas,


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entre as quais Manobras de Diversão. Para a RTP1, foi coautor do talk-show Lado B, assim como co-autor e actor das séries Contemporâneos e Odisseia. Criou a série premiada Último a Sair. No cinema participou como actor em filmes realizados por Tiago Guedes, Christine Laurent, Chumilla-Carbajosa e João Leitão. Carla Maciel (Ganimedes, Rosalinda) estreou-se no teatro em 1992. Tem colaborado com Miguel Seabra, Gonçalo Amorim, Solveig Nordlung, Nuno P. Custódio, Tiago Rodrigues, Marco Martins, Gonçalo Waddington, João Lourenço e com Sofia Dias & Vitor Roríz. Em cinema participou em Alice de Marco Martins, A Morte de Carlos Gardel de Soveig Nordlung, Adriana de Margarida Gil e Jaime de António Pedro Vasconcelos. Em Espanha integrou o elenco da série Pepe Carvalho. Participou na série francesa Maison Close, em Laços de Sangue, na SIC, e em Os Nossos Dias e Odisseia, na RTP. Leonor Salgueiro (Febe, Primeiro e Segundo Senhor) formou-se na Escola Profissional de Teatro de Cascais. Frequentou vários workshops de teatro, nomeadamente com Beatriz Batarda, Márcia Haufrecht, João Cayatte, Jonh Mowat, Thais Campos, Dmitry Bogomolov e Jean Paul Bucchieri. Como actriz tem contribuído, desde 2009, no desenvolvimento de várias criações artísticas como Alma, a partir do Auto da Alma de Gil Vicente, encenação Nuno Carinhas; Casas Pardas, de Maria Velho da Costa, encenação de Nuno Carinhas; O Sonho da Razão, encenação de Luis Miguel Cintra; At Home at the Zoo de Edward Albee, encenação de Dinarte Branco; e Azul longe nas Colinas de Denis Potter, encenação de Beatriz Batarda. Colaborou

artisticamente como assistente de encenação em Sangue Jovem, de Peter Asmussen, com encenação de Beatriz Batarda e em Morte de Judas de Paul Claudel, por Luís Miguel Cintra. Foi também dirigida por Carlos Avilez, João Vasco e Renato Godinho em diversos projectos. Em cinema participou nas curtas-metragens La Prière, de Yonathan Levy, e Casca de Nós, de António Rodrigues. Luísa Cruz (Tocaspartes) é licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalhou com Luís Miguel Cintra, Rui Mendes, Adriano Luz, Christiane Laurent, Stephan Stroux, Miguel Guilherme, José Wallenstein, Ricardo Pais, Nuno Carinhas, G.B. Corsetti, António Pires, Jorge Pinto e Cristina Cravalhal, entre outros. No cinema, trabalhou com Fernando Matos Silva, Leão Lopes e Teresa Villaverde. Participou em várias óperas no Teatro Nacional de São Carlos. Prémios: Melhor actriz – revista O Actor e actriz Revelação – Semanário Se7e (1989); Globo de Ouro 2005 – Actriz de Teatro; Globo de Ouro 2011 – Actriz de Teatro; Prémio SPA-Sociedade Portuguesa de Autores – Actriz de Teatro 2012. Marco Martins (Dom Olivério Calinada, Duque Frederico) é realizador de cinema e encenador de teatro. É, com Beatriz Batarda, fundador dos Arena Ensemble. O seu último documentário, Twenty One Twelve, realizado em parceria com Michelangelo Pistoletto, foi apresentado no Museu do Louvre. Nuno Lopes (Orlando) estreiase como actor profissional em 1997, com a peça Sete Infantes, no Teatro da Cornucópia. A sua vasta experiência em teatro foi construída com representações de textos de autores como Aristófanes, Bertolt Brecht,

William Shakespeare, Heiner Muller, Georges Perec e August Stindberg, entre outros. Trabalhou com encenadores como Luís Miguel Cintra, Rodrigo Garcia, António Pires, Miguel Seabra, Brigitte Jacques, Luís Osório, Christine Laurent, Marco Martins e Tiago Guedes. Em 2012, coencenou com Marco Martins o espectáculo multidisciplinar Estaleiros ENVC 2012. Do seu percurso no cinema destacam-se Alice, de Marco Martins, Quaresma e Peixe-Lua de, José Álvaro de Morais, Ma Mére, de Christophe Honoré, Goodnight Irene, de Paolo Marinou-Blanco, Sangue do Meu Sangue, de João Canijo, Libertad!, de Nicolas Wadimoff, As Linhas de Wellington, de Valeria Sarmiento e, mais recentemente, Cadences Obstinées, de Fanny Ardant. Romeu Costa (Amiens, Le Beau, Sílvio) iniciou a sua carreira profissional em 2000, na companhia de teatro O Bando, com uma encenação de João Brites de Merlin, de Tankred Dorst. Desde então tem trabalhado com vários criadores teatrais como Miguel Loureiro, Nuno Pino Custódio, Maria Emília Correia, Beatriz Batarda, Bruno Bravo, Miguel Seabra, Natália Luiza, Ana Luisa Guimarães, Nuno Cardoso e Luca Aprea. Desde 2004 trabalha regularmente com o Teatro Meridional, sob direcção de Miguel Seabra e Natália Luiza, com quem estreou em Dezembro de 2012 um novo projecto para a capital europeia da cultura: Por Causa da Muralha Nem Sempre se Consegue Ver a Lua. Em 2009 foi nomeado para um Globo de Ouro de Melhor actor de Teatro, com o espectáculo Mona Lisa Show, de Pedro Gil. Em 2012 co-criou, com Pedro Gil, o espectáculo Enquanto Vivermos, produzido pela Culturgest e inserido no Festival de Teatro de Almada.


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Rui Mendes (Adão, Corino, Duque Sénior) é actor de teatro, cinema e televisão. E também encenador, cenarista, artista plástico e professor de teatro na ESTC durante 20 anos. Estudou arquitectura na ESBAL e estreou-se no teatro com A Ilha do Tesouro, pelo Teatro do Gerifalto, no Teatro da Trindade, em 1956. Ao longo de mais de cinquenta anos de actividade interpretou ou encenou importantes autores e integrou diversos colectivos teatrais como o TNP, Teatro da Cornucópia, Teatro da Malaposta, Teatro da Trindade, Teatro Nacional D. Maria II e o Novo Grupo. Foi um dos fundadores do Grupo 4 e do Teatro Adoque. Foi um dos construtores do antigo Teatro Aberto, cujo projecto lhe pertenceu. Ao longo de anos interpretou dezenas de séries e novelas para televisão, mas a maior parte dos seus trabalhos foram no Teatro. Sara Carinhas (Aliena, Célia) trabalha regularmente como actriz desde 2003. Da sua formação artística fazem parte workshops com professores internacionais de entre os quais destaca Polina Klimovitskaya, com quem tem vindo a estudar desde 2009. Em teatro trabalhou com Adriano Luz, Ana Tamen (Jean Racine), Beatriz Batarda, Cristina Carvalhal, Fernanda Lapa (Eurípides), Isabel Medina, Luís Castro, Nuno Cardoso (William Shakespeare e Anton Tchéckhov), Nuno Carinhas (Bertolt Brecht), Olga Roriz, Ricardo Aibéo (Georg Büchner), e Ricardo Pais (William Shakespeare). Em cinema trabalhou com os realizadores Alberto Seixas Santos, Manoel de Oliveira, Pedro Marques, Rui Simões, Tiago Guedes e Frederico Serra, Valeria Sarmiento, entre outros. Foi distinguida com o prémio Jovem Talento L’Oreal

Paris, do Estoril Film Festival (2008). Assina este ano a encenação e adaptação de As Ondas, de Virginia Woolf. Sergio Praia (Adriana, Olívio, Primeiro e Segundo Senhor) é actor profissional desde 1996. Recentemente, participou em Casa de Bonecas (Henrik Ibsen), O Deus da Matança (Yasmina Reza), Platonov (Anton Tchekhov), O Senhor Puntila e o seu criado Matti (Bertolt Brecht), As Três Irmãs (Anton Tchekhov), Dias a Fio (Luisa Costa Gomes), No Campo (Martin Crimp), A Noite das Tribades (Per Olov Enquist) e A Dança da Morte (Strindberg).

São Luiz tEatro municipal Director Artístico José Luís Ferreira Directora Executiva e Adjunta da Direcção Artística Aida Tavares Adjunta da Direcção Executiva Margarida Pacheco Secretariado de Direcção Olga Santos Direcção de Produção Tiza Gonçalves (directora) Susana Duarte (adjunta) Mafalda Sebastião Margarida Sousa Dias Direcção Técnica Hernâni Saúde (director) João Nunes (adjunto) Iluminação Carlos Tiago Ricardo Campos Ricardo Joaquim Sérgio Joaquim Maquinistas António Palma Paulo Mira Vasco Ferreira Som Nuno Saias Ricardo Fernandes Rui Lopes Encarregado Geral Manuel Castiço Carlos Ramos Secretariado Técnico Sónia Rosa Direcção de Cena Andreia Luís José Calixto Maria Távora Marta Pedroso Ana Cristina Lucas (assistente) Direcção de Comunicação Ana Pereira Luís Gouveia Monteiro Nuno Santos Bilheteira Cidalina Ramos Hugo Henriques Soraia Amarelinho Frente de casa Letras e Partituras Assistentes de sala Carla Pignatelli Carolina Serrão Constança Sá Cristiano Varela Delfim Pereira Domingos Teixeira Hernâni Baptista João Cunha Leonor Martins Manuel Veloso Maria Veloso Severino Soares Segurança Securitas Limpeza Astrolimpa


© MARCO MARTINS

www.teatrosaoluiz.pt


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