ANO XV Nº 77 VOL. II 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
EspEcial
E-books, desafios e oportunidades Produção gráfica
O admirável mundo da fotografia realista
Tutorial
Distorça e ajuste imagens com o Puppet Warp, do Photoshop
Entrevista
O designer e professor Fabio Mestriner discute a valorização do papel cartão e a função social da embalagem.
Volume II – 2011 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162-030 São Paulo SP Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretora Executiva do Sistema Abigraf: Sonia Carboni Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Egbert Miranda de Toledo, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa e Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Elisabete Pereira e Letânia Menezes Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Foto da capa: Age Fotostock / AGB Photo Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Pancrom Laminação, Hot Stamping: UVPack Acabamentos Especiais (fitas MP Brasil) Papel: couché fosco Nevia APP 90 g/m² (miolo) e couché fosco Nevia APP 170 g/m² (capa), fornecidos pela Cathay BR Assinaturas: 1 ano (6 edições), R$ 54,00; 2 anos (12 edições), R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Apoio Cathay-GuiaEspecialExpoprint-Abigraf247-c.indd 3
5/27/2010 9:00:48 PM
Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700
Inovação, estratégia para o sucesso
A
palavra da moda no mundo empresarial e tecnológico é inovação. No en tanto, como costuma acontecer frequentemente — e o trocadilho é inescapável —, o conceito de inovação não é novo. Uma rápida olhada na história evidencia que, desde a revolução in dustrial, inovações vêm se sucedendo em intervalos de tempo cada vez mais cur tos, em todos os segmentos. Algumas são revolucionárias. Muitas são pequenas, às vezes quase imperceptíveis, mas fazem grande diferença. A fórmula é simples: fazer o que todo mundo faz não leva ao sucesso. Este só é alcançado quando a empresa faz melhor, mais rápido, mais barato. Essa melhoria de desempenho de pende de inovação constante. Também faz sucesso quem inventa alguma coisa completamente nova, eventualmente patenteável. Mas fiquemos atentos: inven ção é uma forma de inovação, porém nem toda inovação necessariamente signi fica uma patente. Seja como for, a capacidade de inovar é um fator crítico para o sucesso de empresas e de prof issionais. O Senai-SP preocupa-se com isso há muito tempo. Suas escolas são orienta das a promover estratég ias educacionais que levem os alunos a pensar em como fazer as coisas de modo aperfeiçoado. Além desse trabalho cot idiano, nas sa las de aula, oficinas de aprendizagem e laboratór ios, o Senai também promo ve projetos pontuais, inclusive voltados para a interação entre escolas e empre sas. Três exemplos pontuam essa afirmação. O primeiro é o Edital Senai/Sesi de Inovação, ação de abrangência nacional com o objetivo de apoiar a inovação tec nológica e social. Os projetos devem compreender o desenvolvimento de produ tos, processos e serviços prestados pelos departamentos reg ionais, em cada Es tado, em parceria com empresas do setor industrial. Senai e Sesi disponibilizam recursos financeiros para o desenvolvimento dos projetos aprovados, mediante contrapartidas dos parceiros. Outro exemplo é o Inova Senai, concurso promovido anualmente pelo Se nai do Estado de São Paulo, em que docentes e alunos apresentam projetos de processos e produtos inovadores, em diferentes categor ias. Os melhores traba lhos são premiados em uma cerimônia com a presença do presidente da Fiesp e do Senai-SP e do diretor reg ional do Senai-SP. Diversos projetos do Inova Senai estão gerando patentes. Já o concurso de monog raf ias Aldo Manuzio, organizado pela Faculdade Se nai de Tecnologia Gráfica, vai premiar, em sua primeira edição, os melhores tra balhos de pesquisa realizados por alunos e ex-alunos dos seus cursos de gradua ção e pós-g raduação. As monog raf ias devem tratar das tendências da indústria gráfica nos aspectos de tecnologia e mercado. Os autores do melhor trabalho re ceberão, como prêmio, uma viagem à Drupa 2012. Espera-se que essas monog ra fias sirvam como base para projetos de inovação, na medida em que analisarão os cenários atuais e tentarão antecipar demandas futuras. Manoel Manteigas de Oliveira, diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
3
Sumário 18
O desafio dos livros digitais e o formato ePub
14
XRGA, um novo padrão X‑Rite
32
Fabio Mestriner fala da campanha do papel-cartão
Especial
Normalização
Entrevista
A importância estratégica da visão dos recursos internos
34
Carbon footprint
38 42
Gestão
Gestão ambiental
Aumente a rentabilidade com novas tecnologias de insumos Impressão
46
Acabamento
O Digital Publishing da Adobe
50
Puppet Warp dá um nó no Photoshop
54
Seybold
Tutorial
Notícias Produtos Literatura e sites Cursos
6 10 57 58
ANO XV Nº 77 VOL. II 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNIC A DO SETOR GRÁFIC O BRASI LEIRO
EspEcial
E-books, desafios e oportunidades Prod ução gráfi ca
O admirável mund da fotografia realiso ta
Tutor ial
77
Produção gráfica
Pós‑impressão na impressão digital
A gRáfIc A
26
R E V I S TA T EcnologI
Fotografia realista e suas aplicações
Distorça e ajuste imagens com o Warp, do Photo Puppet shop
Entre vista
O designer e profe Fabio Mestriner ssor a valorização do discute cartão e a funçã papel da embalagem o social .
Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: Age Fotostock / AGB photo
Nova Epson Stylus PRO
GS6000
A natureza agradece
Descubra na T&C, Distribuidor Oficial Epson, a nova impressora Epson Stylus Pro GS6000, a evolução do conceito em impressão. Novas tecnologias de cores e componentes, tinta a base de solvente, praticamente inodora, causando menos impacto ao meio ambiente e à saúde dos operadores.
Cyan
Magenta
Yellow
Black
Light Cyan
Light Magenta
Green
Orange
Distribuidor Oficial Artes Gráficas Av. Valdemar Ferreira, 159 - 05501-000 - São Paulo - SP - Tel./Fax 11 2177-9400 - www.tecshopping.com.br
NOTÍCIAS
O
Regulamento do Fernando Pini já está disponível
regulamento do 21º‒ Prêmio Brasileiro de Excelência Grá fica Fernando Pini já está disponí vel no site www.fernandopini.org. br. As inscrições para o concurso começam no dia 1º‒ de agosto. O concurso, o mais importan te do setor gráfico na América La tina, chega à sua 21ª‒ edição com uma novidade na área de impres são digital. A comissão técnica da premiação decidiu que os produ tos feitos em impressão digital po derão, a partir de agora, concorrer com outros processos gráficos, ten do, com isso, acesso a todas as ca tegorias do Prêmio Fernando Pini nas quais não há exigência de um processo de impressão específico. Antes, as peças em impressão digital, devido às diferenças de qua lidade existentes até então em re lação aos processos de impres são tradicionais, concorr iam em categorias exclusivas.
A
Técnicos do Processo — chamados de Grand Prix —, que consagram a Melhor Impressão, o Melhor Aca bamento Cartotécnico e o Melhor
Acabamento Editorial entre todos os finalistas. O concurso também distribui prêmios para fornecedores do setor gráfico em 13 categorias.
GMG e Senai iniciam parceria
Escola Senai Theobaldo De Nigris, a GMG e a Dalim de ram início a um acordo de coope ração, por intermédio da Electro nic Graphic Solutions & Services, representante no Brasil das duas empresas. No âmbito dessa par ceria diversos softwares foram ce didos à escola, para uso nos cur sos técnicos — principalmente no de pré-impressão —, no curso su per ior Tecnologia em Produção Gráfica e também em cursos de formação inicial e continuada. Da GMG já estão disponíveis o ColorProof, o ProofControl, o Co lorServer, o InkOptimizer, o Print Control e o RapidCheck. O pri meiro é um sistema de controle
6 TECNOLOGIA GRÁFICA
O prêmio entregará em 2011 troféus em 60 categorias (distribuí das em 11 segmentos). Serão con cedidos três prêmios de Atributos
VOL. II 2011
de cor para provas digit ais e ad ministrador de perfis de referên cia. Permite gerenciar e c riar di ferentes calibrações de provas, para diversos substratos. Possibi lita também simular cada sistema de impressão, offset, flexografia e rotogravura. As provas obtidas podem ser em tom contínuo ou com simulação de pontos de re tícula. O ProofControl é uma fer ramenta para verificação de pro vas digitais e comparação com um padrão pré-determinado. O Color Server é um conversor e normali zador de arquivos enviados para as gráficas por birôs, agências e pelos próprios clientes. Permite a corre ção de problemas de conversão e
de separação de cores, facilitando o acerto final de cores durante a impressão. O InkOptimizer atua sobre os tons neutros (grises) da separação de cores, identifica es sas áreas e reduz nelas as quanti dades de cyan, magenta e amarelo, aumentando o preto. Proporcio na diversas vantagens na impres são, como redução do uso de so lução de molha, de pó secante, de consumo de tinta de variação de cores, além de secagem mais rápi da, entre outras. O PrintControl é uma ferramenta para padronizar o processo de impressão, permitindo a aplicação da norma ISO 12647-2. Já o RapidCheck é uma ferramen ta para verificação de arquivos im
pressos, comparando-os com um padrão pré-determinado. Os produtos Dalim que serão usados por alunos e professores da escola são o Twist, para a criação de fluxos de trabalho — que possibili ta a customização e padronização dos processos de pré-impressão —, e o ES , portal de entrada de arqui vos via web. Funciona como um site, pelo qual o cliente da gráfica pode informar todos os dados refe rentes ao trabalho a ser executado e fazer o upload dos arquivos. Após o processamento no fluxo de tra balho, o cliente terá acesso aos ar quivos finais, poderá checá-los e fa zer a aprovação a partir de qualquer local com acesso à internet.
Faculdade de Tecnologia Gráfica oferece novo programa de capacitação
C
om o apoio da Integrare, a Faculdade Se nai de Tecnologia Gráfica está oferecen do um novo programa de capacitação, volta do para diretores, gerentes e coordenadores de gráficas pequenas, médias e grandes. Tratase de um curso de extensão universitária que tem por objetivo desenvolver competências na metodologia Seis Sigma. Essa ferramenta, que tem sido usada com grande sucesso pelas melhores empresas em todo o mundo, enfati za o uso da estatística e a abordagem sistêmi ca dos processos. O gestor Green Belt é pre parado para buscar a excelência na gestão de resultados financeiros expressivos. O curso é focado em aplicações práticas tí picas da indústria gráfica. Os participantes são incentivados a desenvolver projetos de mu danças efetivas e rentáveis, em situações reais. O instrutor Oziel Branchini, que ministrará o
treinamento, é técnico gráfico, técnico em ce lulose e papel, graduado em engenharia quími ca e mestre em ciências sociais. Trabalhou mais de 30 anos na indústria de papel e celulose, im plantando sistemas da qualidade e investindo na excelência operacional, com ênfase em me lhoria contínua e redução de custo. É consul tor e professor dos cursos de pós-graduação da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. A parceria com a organização não gover namental Integrare vai permitir uma redução subst ancial no valor do curso para os estu dantes que trabalham em empresas conve niadas ou parceir as da instituiç ão. Esse des conto será suportado pela ONG . Entre no site do Integrare para conhecer a instituição: www.integrare.org.br. Para mais informações consulte: www.sp.senai.br/grafica.
Novo curso de pós-graduação
A
Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica está finalizando a estruturação do curso Proje to e Produção de Embalagens Flexíveis. O novo programa de pós-graduação, com 360 horas de duração, será oferecido no segundo semestre de 2011. O segmento de embalagens flexíveis já é bastante forte e, segundo previsões, deve cres cer bastante no mundo inteiro nos próximos anos — em torno de 9,2% ao ano, até 2013 (Pira Inter national). Ao mesmo tempo, as demandas por mais qualidade, produtividade e sustentabilida de ambiental têm pressionado esse segmento a implementar constantes melhorias em produ tos e processos. O novo curso pretende con tribuir com as empresas do setor, preparando prof issionais para enfrentar esses desaf ios. A grade do curso incluirá módulos como De sign de Embalagens, Processos de Conversão, Ges tão Financeira e Embalagem e Sustentabilidade.
VANTAGENS · Redução no consumo de álcool Isopropílico; · Proporciona a rápida limpeza da chapa e reinício de impressão; · Contém anti-corrosivo; · Aplicável em todos os tipos de chapa, inclusive CTP; · Excelente equilíbrio entre água e tinta. DADOS TÉCNICOS · pH : 4,8 a 5,2 · Condutividade: 500 µS / % utilizado · Cor: Incolor INSTRUÇÕES DE USO Coloque a Solução de fonte MAG 3600 Plus entre 2 e 3% do volume de água e agite. Adicione álcool isopropílico puro (geralmente em torno de 8% do volume)
VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
7
NOTÍCIAS
D
Em outubro tem Congraf
e 8 a 11 de outubro, em Foz do Iguaçu, Paraná, será rea liz ado o 15º‒ Congraf, Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. Or ganizado pelo Abigraf Nacional, com o apoio da Abigraf Regional Paraná, o evento deve reunir cer ca de 800 pessoas. O temário do 15º‒ Congraf, que se realiza de três em três anos, inclui o perfil do novo consumidor, mídias sociais, sustentabilidade, convergência e oportunidades, dentre outros assuntos. O congresso ocorre rá no Hotel Mabu – Thermas & Resort e será aberto oficialmente no dia 8, às 19 horas. Essa primei ra noite do evento contará com palestra de abertura, seguida de coquetel e show musical. As pa lestras serão realiz adas nos dias 9, 10 e 11, no período da manhã. Além da programação diária, o 15º‒ Congraf contará, ainda, com uma feira de produtos e serviços gráficos, realizada no espaço Salão Atlântico do hotel.
Para facilitar a participação neste que é o mais importante evento de atualiz ação mercado lógica para os prof issionais do se tor, a Abigraf firmou uma parce ria com a operadora de turismo Must Tour Viagens e Turismo, que oferece condições esp eciais aos congressistas. As inscrições conti nuam abertas. Há descontos espe ciais para quem se inscrever com antecedência e para grupos. 15º‒ Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica Data: 8 a 11 de outubro Abertura: 8 de outubro, a partir de 19h Palestras: 9 a 11 de outubro, das 9 às 13h Feira: dias 9 e 10, das 8 às 17h; dia 11, das 9 às 12h Local: Hotel Mabu Thermas & Resort Avenida das Cataratas, 3.175 Foz do Iguaçu (PR) Pacotes para congressistas: Must Tour Viagens e Turismo Tel (11) 3284.1666 www.musttour.com.br Informações e inscrições: www.congraf.org.br ou (11) 3164.3193
Programa 8 de outubro 19h – Abertura oficial do Congraf 19h45 – Perspectivas para um Brasil melhor, com Henrique Meirelles
9 de outubro Auditório 9h30 – O perfil do novo consumidor / Geração Y, com Sidnei Oliveira 11h10 – O poder das mídias sociais para os negócios, com Mariela Castro
Sala 1
9h30h – O futuro da gráfica e a construção de valor nas relações comerciais, com Hamilton Terni Costa 11h10 – Tendências tecnológicas: convergências de mídias ou substituição?, com Bruno Mortara
8 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
10 de outubro Auditório 9h30 – Economia criativa, sustentabilidade e futuros, com Lala Deheinzelin 11h10 – Copa do Mundo e Olimpíadas: oportunidades nos negócios, com José Carlos Brunoro
Sala 1
9h30 – Planejamento de investimentos: estruturando o seu crescimento de forma econômica, com Flávio Botana 11h10 – Oportunidades para a indústria gráfica no segmento de embalagem, com Fabio Mestriner
11 de outubro Auditório 9h30 – Educação de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento, com Cesar Callegari 11h10 – Debate sobre o impacto do temário na indústria gráfica 12h30 – Encerramento oficial
Estamos vendendo equipamentos gráficos em ótimo estado!
HUNKELER – CO LAD E I RA D E G UAR DAS • Modelo: 520 KS • Ano: 2009
KOLBUS – E N CAD E R NADO RA CAPA D U RA • Reformado pela Kolbus Alemanha em 2008 • Modelo: BF 2000 523A / FE600
SAKURAI – H I G H G LO SS (VE R N I Z R E S E RVA) • Modelo: SC 102 A2
• Amp. Máxima: 40 A
• Serial N: R110 4095
• Voltagem: 3 X 220V 60Hz
• Ano fab.: 1993
• Form. Mín.: 30,0 x 46,0 • Form. Máx.: 72,0 x 102,0
STEINEMANN – VERNIZ TOTAL / BORRACHA / CYREL
Informações entrar em contato com: José Carlos - Telefone: (11) 3838-1855 e-mail: jjesus@uvpack.com.br
• Modelo: TOP-SPOT 102
• Capacidade Total: 95 KVA
• Serial N: 304 619
• Voltagem: 3 X 220V 60Hz
• Ano fab.: 1999
• Form. Mín.: 28,0 x 40,0 • Form. Máx.: 72,0 x 102,0
PRODUTOS
Xerox traz multifuncional WorkCentre 7556 para o Brasil
L
ançada em abril no mercado brasileiro, a nova multifuncio nal colorida da Xerox oferece uma série de recursos para ajudar des de escritórios de médio porte até grandes grupos de trabalho, asso ciando aumento de produtivida de à obtenção de metas susten táveis. A Xerox WorkCentre 7556 permite fazer impressões coloridas a uma velocidade de 45 e 50 pági nas por minuto e de 45 e 55 ppm em preto e branco. Com avançada tecnologia Hi- Q LED e saída de alta resolu ção para documentos coloridos e prof issionais, a multifuncional co pia, digitaliza, envia fax e e-mails, incluindo ainda ferramentas avan çadas para gerenciamento de do cumentos e fluxo de trabalho.
A
www.xerox.com
N
o final de março, a Polar apresentou ao mercado uma nova estação de transferência de papel. Trata-se da PickStack, que reúne quantida des exatas de folhas de papel cortadas automaticamente. Com essa ino vação é possível empilhar facilmente papéis do formato 750 × 1.050 mm (para um produto) ou 750 × 250 mm (para dois produtos). Criada a partir de experiências com carregadoras e descarregadoras Transomat, da Polar, a estação de transferência é um dispositivo compacto e rápido que permite que dois produtos sejam desempilhados simultanea mente. Além disso, por meio de um marcador de chip, é possível programar antecipadamente a quantidade exata de papel a ser desempilhado. Uma cinta especial permite fazer isso com formatos menores (até 430 × 430 mm) ou material escorregadio. Dep ois de desempilhado, o papel é alinhado exatamente em três lados antes de ser colocado no palete. Com o ajuste automático de formato não é preciso realiz ar nenhu ma operação manual para alteração de formato. Quatro travas são utili zadas para fixar o material. O indicador óptico OPP, lançado na Ipex 2010, facilita o posicionamento dos paletes vazios na pilha. O foco da nova estação de transferência são as impressoras que tra balham apenas com a quantidade necessária de papel. Para isso, o Pick Stack oferece alta qualidade e uniformidade de pilha para processamento adicional diretamente na impressora. www.br.heidelberg.com
XMPie apresenta PersonalEffect 5.2
nova versão do PersonalE ffect da XMP ie, a 5.2, traz uma nova ferramenta para apri morar o rastreamento e análise de dados: o PersonalEffect Analytics. O recurso combina tecnologia para controle exclusivo do registro de eventos ao longo da execução de uma campanha e é uma ferramen ta fácil de usar, gerando relatórios visivelmente atraentes, gráficos, da dos e refinados recursos de atua liz ação. A capacidade de contro le exclusivo permite a gravação de todos os dados relevantes da cam
10 TECNOLOGIA GRÁFICA
O equipamento trabalha com resolução de 1.200 × 2.400 dpi e com servidor de impressão op cional EFI Fiery, que fornece recur sos de artes gráficas e de proces samento acelerado da impressão, adequando os trabalhos de rotas para multif uncionais. As novas multifuncionais vêm equipadas com recursos avança dos de segurança, incluindo crip tografia de disco rígido, substitui ção de imagem na fragmentação eletrônica de dados, isolamento das funções de fax para impe dir acesso não autoriz ado a da dos e opções de aut ent ic aç ão de rede para restringir o acesso à digitalização, e-mail e fax.
Polar lança estação de transferência de papel
VOL. II 2011
panha, incluindo valores para variá veis definidas no briefing de criação da ação (por exemplo, a referên cia de uma imagem selecionada com base no perfil do destinatá rio ou a escolha de um destinatá rio na seleção de uma oferta em detrimento de outras). Com tal histórico de rastrea mento, o PersonalEffect Analytics permite que o profissional de mar keting veja o desempenho da cam panha nas dimensões que mais importam para ele, nos objetivos definidos. Não há necessidade de
recolher dados de acompanha mento e, em seguida, cruzar com um sistema de gestão do conteú do ou de gestão do relacionamen to com o cliente para conhecer o comportamento dos segmen tos específicos e do público-alvo. Tudo é ativado através da inte gração com o XMP ie Analytics com a tecnologia XMP ie Ador, que impulsiona a capacidade de personalização das soluções crossmedia, permitindo a coerência e racionaliz ando automatic amen te mensagens e conteúdos atra
vés dos diversos canais de mídia usados na campanha. Além da análise, o Pers onal Effect 5.2 agora inclui suporte para o emergente padrão PDF/VT. As sim, os usuários irão se benef iciar da capacidade do formato do do cumento para a produção mais rá pida, eficiente e previsível de peças impressas personalizadas, parte im portante de qualquer campanha crossmedia. O PersonalEffect 5.2 estará disponível mundialmente em maio de 2011. www.xmpie.com
Novo formato na linha de impressoras :Anapurna
A
Agfa está apresentando nas feir as europ eias a nova im pressora digital UV de grande formato da família :Anapurna, a M1600 . O equipamento trabalha no formato 1,60 m a uma veloci dade de até 46 m²/h e foi planeja do para trabalhar tanto em subs tratos rígidos, incluindo espelhos, quanto em materiais flexíveis, aten dendo à demanda de clientes que necessitam da cor branca. O recurso da tinta branca abre novas possibilidades para a impres são em mater iais transparentes,
Concebida como uma unida de de produção robusta, ela com bina qualidade com facilidade de uso para todos os tipos de apli cações de até 1,58 m de largura e 4,5 cm de espessura em supor tes rígidos. O sistema de mani pulação de mídia flexível e uma mesa de vácuo de duas zonas faci
litam a operação com vários tipos de substratos. A impressora :Ana purna M1600 quatro cores mais o branco reproduz chapados e ren derização de tons até 720 × 1.440 dpi com cores vibrantes e uma ampla gama de cores típicas para tintas de cura UV. www.agfa.com
C35 é a novidade da Konica Minolta ambiental em todo o seu processo de funcionamento. Integrados à multif uncional, os softwares da linha PageScope aju dam na administração das impres sões. O PageScope Web Connection, por exemplo, fornece informações de status sobre os consumíveis da impressora diretamente no monitor do computador do usuário. Já o Pa geScope Data Administrator facilita a atribuição de direitos de usuários e permissões de impressão, inclusi ve restrições à impressão em cores. Essa ferramenta também permite um fácil monitoramento do volu me impresso de cada usuário. Com a funcionalidade Konica Minolta de segurança abrangente ativada, as im pressões de maior importância são todas criptografadas.
ANO XV Nº 76 VOL. I 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILE IRO
EspEcial
O que faz um produto merecedor de um prêmio
Gestã o
A importância da correta aplicação da Tecnolo gia da Informação 76
de dos documentos e imagens. As sim como todos os equipamentos bizhub, a C35 minimiza o impacto
IA gRáfIc A
Konica Minolta está trazendo ao Brasil a multif uncional bi zhub C35. Compacta, com alto de sempenho e velocidade de impres são de até 30 páginas por minuto, o equipamento de mesa faz a primei ra impressão em apenas 12,9 segun dos e ainda possui duplex padrão para cópias frente e verso. A bizhub C35 utiliza a mais recente tecnolo gia de controlador de impressão Em pero, que proporciona integração com praticamente qualquer rede, além de ser compatível com siste mas oper acionais e aplicativos da maioria das empresas. O equipamento possui proces sador de 800 MHz e memória de 1,5 GB padrão e máximo. Suas impres sões vão até o formato A4, com re solução máxima de 600 × 600 dpi, o que garante uma ótima qualida
assine agora
R E V I S TA T Ecnolog
A
sobretudo na produção de back lights. O branco pode até ser usa do como uma cor especial em de terminadas partes da imagem. Para garantir a máxima conf iabilidade durante a impressão com o bran co, a :Anapurna M1600 possui um sistema de circulação dedicado à tinta branca.
Tutori al
Como replicar desenhos vetoriais de forma simples e rápida
Serigrafia
Adaptação de materi para crianças cegas ais através da serigra fia
A revista técnica do setor gráfico nacional ASSINE
1 ANO
Apenas
R$
(6 edições) ASSINE
2 ANOS
(12 edições)
54,00
Apenas
R$
96,00
(11) 3159.3010
gramani@uol.com.br
www.konicaminolta.com.br VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
11
VO C Ê S A B E O QUE ACONTECE
CA DA V E Z QU E U M L I V RO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, UMA REVISTA OU UM FOLHETO
É IMPRESSO? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.
A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarecer dúvidas e, principalmente, traz à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.
IMPRIMIR É DAR VIDA.
ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. CAMPANHA DE VALORIZAÇÃO DO PAPEL E DA COMUNICAÇÃO IMPRESSA.
A c e s s e e s a i b a m a i s : w w w. i m p r i m i re d a r v i d a . o r g . b r Imagem de eucalipto
NORMALIZAÇÃO
XRGA
Bruno Mortara
Um novo padrão X‑Rite para artes gráficas?
R
ecentemente, a X‑Rite, principal conglo‑ merado de empresas de instrumentos de controle de cor (X‑Rite, Gretag e Mac beth) que atende inúmeros segmentos da indústria (inclusive a indústria gráfi‑ ca), teve de resolver um quebra-cabeça técnico im‑ portante. Justamente por ser uma junção de diver‑ sas empresas com equipamentos similares, porém não padronizados, ela se viu diante do inevitável: o mercado começou a cobrar o fato de que as leitu ras colorimétricas de certa amostra feitas com um instrumento X‑Rite resultavam diferentes se fossem feitas com um instrumento Macbeth e ainda po deriam resultar em um terceiro valor se fossem fei tas com um da Gretag. Isso afeta o desempenho e a qualidade das empresas, uma vez que a cor é um fator fundamental para a produção de quase to‑ dos os produtos. É essencial que exista um contro‑ le eficaz e uma comunicação de cores precisa en‑ tre o designer, a produção e a distribuição para a obtenção de produtos de alta qualidade e controle de qualidade. Com leituras diferentes, esse impor‑
tante controle se torna ambíguo e não se consegue atingir a consistência da cor ao longo do processo produtivo, especialmente importante quando há uma cadeia de suprimentos ou quando se adotam diferentes substratos na indústria gráfica. É impor‑ tante ressaltar que cada segmento da cadeia con‑ segue controlar seu processo com um determinado instrumento, mas, no momento em que surge uma discrepância entre diferentes instrumentos, não há quem culpar senão a instrumentação. O problema da consistência
Em setores nos quais a cor é crítica, a maneira mais precisa e conf iável para medi-la e controlá-la é atra‑ vés do uso de espectrofotometria de alta qualidade, com a qual se obtêm os valores de energia para cada banda de 5 nm do espectro visível. Para os usuários da indústria, o valor intrínseco da cor, obtido como descrito acima, deveria ser “imutável”, significan‑ do que todas as medidas tomadas de uma mesma amostra de cor devem, em teoria, produzir o mes‑ mo resultado. Entretanto, os prof issionais de artes Impressor
Designer Cliente com sua cor de “brand”
Recebe Desenha
Fotógrafo
Recebe Entrega
Prepress
Recebe Entrega
Colorista
Recebe
Formula Impresso Ambiente sem controle de cores
A consistência entre os elos da cadeia produtiva é essencial nas artes gráficas (imagem: X‑Rite).
14 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
Da esquerda para a direita: SpectroEye, i1Pro e X‑Rite 530.
gráficas sabem que na prática isso não ocorre. Por quê? As razões dessa variação de medição estão re lacionadas com o fato de que cada amostra de cor física tem a sua própria “impressão digital” de re‑ flexão, que normalmente é medida utilizando um dispositivo de medição espectral. A resposta única espectral é conseguida atra‑ vés da comparação da relação da luz refletida ou transmitida de uma superfície como uma função do comprimento de onda, comparando-se com um padrão de referência conhecido. Para realiz ar essa tarefa, há no mercado instru‑ mentação espectral com a capacidade de realiz ar essa comparação no local, distribuindo eletronica‑ mente os valores das medições. É muito comum que os usuários utilizem instrumentos de medição de diversos fabricantes para o controle de cor. Eles também usam instrumentos com funcionalidades de medição distintas, em diferentes pontos do seu fluxo de trabalho. Isso muitas vezes leva a uma si tuação comum e problemática, na qual as medi‑ ções resultantes apresentam pequenas diferenças numéricas para uma mesma amostra. Isso pode ser especialmente problemático quando bancos de da‑ dos são construídos utilizando um modelo de ins‑ trumento particular, não havendo concordância satisfatória com os resultados de outros modelos usados por um serviço diferente. O último fator de variação na medição de cores resulta do fato de que cada fabricante usa normas de calibração física um pouco diferentes para seus instrumentos. O estudo das diferenças
A X‑Rite, mesmo que tardiamente, executou um estudo sistemático para avaliar as diferenças que o mercado apontava entre os instrumentos das empre‑ sas que absorveu. Em 2006, os dois líderes no cam‑ po da ciência e tecnologia de cor, X‑Rite e Gretag Macbeth, se fundiram para formar a nova X‑Rite, Inc. Cada uma das empresas anteriores tinha, por ra‑
zões históricas, diferentes normas para a calibração de instrumentação de artes gráficas. As duas em‑ presas mantiveram seu padrão ao longo do tempo para garantir a compatibilidade dos dados de me‑ dições antigas executadas por seus clientes. A con tinuidade das normas foi um benefício para a base instalada de cada empresa cliente, mas os instru‑ mentos de cada uma das antigas empresas apresen‑ tam diferenças sistemáticas se comparadas as leitu ras sobre uma amostra específica. A X‑Rite criou o padrão XRGA com o objetivo de diminuir essas di‑ ferenças, sem impossibilitar os fluxos de trabalho até então implantados em cada cliente. Para o estudo da empresa foram escolhidos os modelos mais vendidos de cada empresa e as medi‑ ções foram realizadas sob condições típicas de tra‑ balho em substratos impressos. A ideia era quantifi‑ car as diferenças entre os modelos comercializados pelo grupo. Os seguintes instrumentos foram uti‑ lizados nesse estudo: GretagMacbeth: i1Pro, Spec‑ troLino e SpectroEye; X‑Rite: 530, 938 e 939. As me‑ dições foram realiz adas na tarja de controle Ugra/ Fogra Media Wedge CMYK V2, no modo sem fil‑ tro UV, denominado M0 na norma ISO 13655. Essa é a definição mais comum de filtros utilizados em aplicações de artes gráficas. As amostras de teste foram feitas em diferen‑ tes substratos, impressos pela ass ociaç ão das in dústrias gráficas alemãs, o Altona Test Suite. Foram escolhidos os substratos couché brilho, couché fos‑ co, LWC, papel offset não revestido branco e papel offset não revestido levemente amarelado. Além disso, foram selecionados alguns substratos do Ja‑ pão, revestidos e não revestidos, além de impres‑ são digital de alta qualidade em papel fotográfico jato de tinta da Fuji. Procedimentos de medição e condições
Para os testes foram seguidas as normas int er nacionais da ISO, em esp ecial a norma 13655, na
Tarja de controle escolhida para os testes. VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
15
qual é especificado o apoio, no caso o preto. To‑ dos os testes foram realizados em uma sala com ar- condicionado com controle de temperatura (23°C ± 1°C). A umidade foi controlada em 65% e a tar‑ ja de controle Ugra/Fogra Media Wedge CMYK V2 foi medida com cada instrumento, em um inter‑ valo de quatro segundos entre as medições, com a condição sem filtro UV-Cut, a condição M0 da nor‑ ma ISO 13655. Os cálculos colorimétricos foram exe‑ cutados para o iluminante D50 e as funções de ob‑ servador padrão 2°. A fórmula de diferença de cor escolhida foi a mesma das normas acima, a Cielab 1976 L*a*b* (dE* ab). Em cada comparação foi cal‑ culada a média e o máximo de 95% dos valores das diferenças colorimétricas para todos os patches em uma comparação entre instrumentos. A análise dos dados
Na tabela a seguir são apresentados os dados para o substrato papel fotográfico de alta qualidade, usado em impressão digital. Segundo o estudo da X‑Rite, os resultados foram considerados idênticos, inde‑ pendente do tipo de substrato testado e, portan‑ to, os resultados aqui apresentados se restringem a um único substrato. Os dados mostram uma proximidade de leitu ras entre os instrumentos de um mesmo fabrican‑ te, entre os instrumentos antigos X‑Rite (530, 938 e 939) e entre os antigos instrumentos GretagMacbeth (i1Pro, SpectroLino, SpectroEye). Já a conformidade entre os instrumentos não é tão boa quando se comparam os instrumentos da X‑Rite e aqueles da GretagMacbeth. As diferenças ilustram a consequência do uso de padrões de ca‑ libração diferentes em cada uma das empresas an‑ tigas. As diferenças entre as duas famílias de instru‑ mentos são importantes para aplicações de artes gráficas, e é isso que cria dificuldades para a troca de informações de cor entre aqueles que eventual mente utilizam instrumentos de empresas diferentes. 530
Normalmente se utilizam equipamentos da X‑Rite para o controle de processo em sistemas offset, flexográficos ou rotogravura e os instrumen‑ tos da GretagM acb eth para a calibração desses sistemas de impressão. O novo padrão X‑Rite
O estudo de conformidade de medições entre os diferentes modelos e fabricantes originários quan‑ tificou as diferenças encontradas de modo sistemá‑ tico. Com esses dados e uma revisão dos processos internos, a X‑Rite criou um denominador comum para interpretar e harmonizar as medições chama‑ do de XRGA (X‑Rite Standard for Graphic Arts, ou padrão X‑Rite para Artes Gráficas). Segundo a em‑ presa, os objetivos conseguidos foram a melhoria dos métodos de calibração, rastreabilidade, melhor execução em relação às normas já existentes e me‑ nor diferença entre instrumentos. Além disso, a em‑ presa norte-americana afirma que o XRGA será um padrão único para todos os futuros instrumentos de artes gráficas a serem fabricados pelo grupo. Além de desenvolver calibrações melhores para cada instrumento, a X‑Rite desenvolveu um con‑ junto de transformações por matriz entre cada par de instrumentos da sua carteira de produtos, cál‑ culos esses que estão embutidos no padrão XRGA . Essas transformações permitem que medições fei tas por qualquer instrumento antigo X‑Rite, Gre‑ tag ou Macbeth possam ser harmonizadas com as medições feit as por instrumentos atuais com ra zoável conformidade numérica. As diferenças pro‑ vocadas pela tecnologia XRGA aparecem na com‑ paração entre as duas tabelas. Fica evidente que houve muito progresso. Conclusões
Segundo o estudo da X‑Rite, a conformidade en‑ tre os instrumentos é praticamente independen‑ te do tipo de substrato. Além disso, se as gráficas
938
939
i1Pro
SpectroEye
dE*ab Média
95%
Média
95%
938
0.27
0.48
939
0.39
i1Pro
Média
95%
0.85
0.33
0.82
0.90
2.70
0.92
SpectroEye
1.08
2.94
SpectroLino
0.91
2.47
Média
95%
2.40
0.96
2.44
1.06
2.89
1.03
2.80
0.56
1.36
0.88
2.36
0.83
2.14
0.47
1.01
Resultados da comparação entre modelos, seguindo-se os padrões de calibração tradicionais.
16 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
Média
95%
0.37
0.83
530
938
939
i1Pro
SpectroEye
dE*ab média
95%
média
95%
938
0.27
0.48
939
0.39
i1Pro
média
95%
0.85
0.33
0.82
0.49
1.03
0.50
SpectroEye
0.60
1.26
SpectroLino
0.56
1.17
média
95%
1.11
0.51
1.23
0.56
1.25
0.43
0.85
0.56
1.36
0.55
1.28
0.44
0.95
0.47
1.01
média
95%
0.37
0.83
Resultados da comparação entre modelos, utilizando-se o novo padrão XRGA.
possuírem instrumentos antigos e utilizarem o novo tag e da Macbeth serão convertidos para o XRGA padrão XRGA este não criará diferenças com as me‑ nos próximos meses. dições prévias feitas com esses instrumentos, sejam eles X‑Rite (530, 938 e 939) ou GretagMacbeth (i1Pro, O ColorPort SpectroLino, SpectroEye). O padrão XRGA provê Algumas ferramentas estão disp oníveis para au um bom resultado entre os instrumentos atuais da xiliar na transição de dados antigos, quando ne‑ X‑Rite, não afetando seus possuidores. cessário. A primeira transformação será facilitada Para gráficas que têm a maioria dos produtos da pelo uso da aplicação ColorPort. O ColorPort v2.0 X‑Rite (novos ou antigos), a transformação das lei é um utilitário gratuito, que pode ser baixado do turas pelo padrão XRGA pro‑ site da X‑Rite, usado para sal‑ dE*ab Média 95% duz diferenças muito peque‑ var os dados seja nos valores nas nos valores de medição e, ‘nativos’ seja em valores con‑ 530 0.27 0.66 provavelmente, afetará pouco vertidos pelo XRGA . Isso per‑ tanto clientes quanto os pro‑ mite ao mercado experimen‑ 938 0.27 0.66 cessos. A tabela ao lado mos‑ tar os benef ícios e impactos tra as diferenças que podem do novo padrão, com seus ins‑ 939 0.28 0.66 ser esperadas para os instru‑ trumentos existentes. Os ins‑ mentos envolvidos no estudo. trumentos suportados pelo i1Pro 0.60 1.61 Os instrumentos antigos ColorPort 2.0 são: linha 530, da própria X‑Rite estão muito 938, 939, SpectroEye, SP62/64, SpectroEye 0.60 1.63 próximos dos resultados ob‑ i1Pro, i1iO, i1iSis, DTP20 (Pulse), SpectroLino 0.60 1.63 tidos com o XRGA . Segundo DTP22, DTP41, DTP45 , DTP70 e o fabricante, todos os clien Diferenças entre os procedimentos o SpectroScan. tes vão se benef iciar do uso antigos e o novo com XRGA (medições Numa primeira observação do novo padrão, uma vez que realizadas em impressão digital, papel parece que isso significa um ele melhora significativamen‑ de prova de alta qualidade). ótimo avanço para todos os te o acordo entre os instrumentos, está em con‑ gráficos, em especial para aqueles que se utilizam formidade com os requisitos de rastreabilidade do de instrumentos para acordos comerciais, certifica‑ NIST (EUA) e ajuda na especificação dos impressos, ções públicas ou privadas e empresas com controle já que os números tendem a se equivaler entre as de processo e boas práticas implantadas. empresas da cadeia de produção gráfica, facilitando Como isso significa mais conf iabilidade para os o intercâmbio de dados gráficos. instrumentos, que seja bem-vindo o XRGA! Alguns produtos X‑Rite para artes gráficas já es‑ tão em conformidade com o XRGA: os espectrofo‑ tômetros manuais ColorMunki Photo, ColorMunki Mais informações em www.X‑Rite.com/xrga Design e o leitor automático para impressoras off‑ set EasyTrax. Todos os futuros instrumentos de ar‑ Bruno Mortara é superintendente do ONS27, coordenador da Comissão de Estudo de tes gráficas entregues pela X‑Rite também esta‑ Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica rão em conformidade com este padrão. De acordo e professor de pós‑graduação na com o fabricante, os produtos originados da Gre‑ Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
17
ESPECIAL Elisabete Pereira
O desafio dos livros digitais
Gráficas começam a oferecer ao mercado editorial a transformação dos livros em e‑books. O ePub é o formato preferido.
18 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
O
Senai-SC anunciou recentemente que ainda no primeiro semestre de 2011 implantará tablets como ferramentas pedagógicas em uma turma da cidade de Tubarão. Na mesma época, a Universidade Estácio de Sá divulgou que seus alunos do curso de Direito no Rio de Janeiro e Espírito Santo receberão gratuitamente tablets no segundo semestre para terem acesso a uma biblioteca com trechos de livros usados nas disciplinas. Esses são dois exemplos, limitados ao universo educ acional, de quão rápido vem se disseminando o consumo de conteúdo antes restrito ao suporte papel. Esbarramos com eles diariamente e na maioria das situações esses exemplos apontam para a expansão das soluções digit ais. De acordo com dados divulgados pela Associação de Editores Americanos (AAP), as vendas de livros digitais nos Estados Unidos em dezembro de 2010 cresceram 164,8%, somando US$ 49,5 milhões. No acumulado do ano, a elevação foi de 164,4%, totalizando US$ 441,3 milhões.
Enquanto isso no Brasil as editoras apressamse para lançar títulos no formato digital, ao mesmo tempo em que tramita no Senado Federal o projeto de Acir Gurgacz (PDT-RO) alterando a Política Na cional do Livro para incluir qualquer livro em formato digital, magnético ou óptico no rol dos produtos isentos de impostos. Pelo projeto também ficarão equiparados aos livros os equipamentos cuja função exclusiva ou primordial seja a leitura de textos, como o Kindle e o iPad. No mar de questionamentos em que navegam geradores de conteúdo, editoras e prestadores de serviço, uma certeza é a de que os livros digit ais já representam um nicho de mercado. Estimar a velocidade de crescimento desse segmento é um exercício de futurologia ao qual se dedicam pesquisadores como o americano Robert Darnton, diretor da biblioteca de Harvard e autor de A questão dos livros. Ele defende a ideia de que o livro tradi cional pode conviver com a versão digital. “Acredito que as pessoas ainda não entenderam quais são as mudanças provocadas por essa revolução
[dos livros digitais]. Comenta-se muito que vivemos na era da digitalização. É verdade, mas isso não significa obrigatoriamente a morte do livro tradi cional. Ao contrário: ele se torna mais importante a cada ano. Basta conferir a quantidade de obras impressas que, anualmente, ultrapassa a do ante rior. Aproximadamente 1 milhão de livros a mais são impressos em todo o mundo em um ano, uma loucura”, afirmou o pesquisador em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Nos bastidores das discussões mercadológicas e culturais há a questão técnica: o processo de conversão ou transformação do livro em algo que possa ser lido nos dispositivos digitais. Atualmente, o ePub é o padrão internacional de formato eletrônico preferido pelo mercado edito rial para e-books. Foi desenvolvido pelo Internatio nal Digital Publishing Forum (IDPF), formado por empresas como Sony, Adobe, Microsoft e Hewlett Packard e responsável pela regulamentação dessa nova mídia. O ePub é um arquivo aberto que permite alterar o tamanho da fonte e ajustar a dimensão da página de acordo com o dispositivo utilizado. Outra vantagem de um livro feito nesse sistema é a possibilidade de leitura do mesmo e-book em vários leitores digitais (iPad, Alpha, IRiver, Kindle, iPhone, PC, netbook). Cartilha orienta trabalho da Geográfica
Algumas gráficas já estão entendendo o livro digital como um produto que pode ser incorporado ao seu portfólio, como é o caso da Geográf ica, de Santo André (SP). “Existem muito mais perguntas do que respostas com relação ao futuro do livro, mas a mudança do livro físico para o digital será mais rápida do que se imagina. Os livros de papel não irão morrer. Ao contrário, as editoras que têm suas publicações em meio digital alavancam as vendas de livros físicos.” A análise de Ariel Vido, gerente de pré-impressão da Geográfica, vem da experiência no dia a dia da empresa e da participação em eventos realiz ados no mundo sobre o livro digital. A entrada da Geog ráf ic a no mundo do ePub surgiu a partir do telefonema de um grande clien te perguntando se a empresa poderia ajudá-lo em um novo desafio. “Isso desencadeou uma corrida em busca de prof issionais e conhecimento e nos aproximou ainda mais de nossos clientes. Até de-
senvolvemos um minicurso, que nos trouxe mui tos resultados positivos. A troca de conhecimento foi fantástica”, conta o gerente. Hoje, uma equipe de sete pessoas, formada por prof issionais das áreas de design digital, programação e da própria produção, cuida exclusivamente dos ePubs. Por ser um processo trabalhoso, as etapas são subdivididas em vários passos. O aprendizado gerou uma cartilha de acompanhamento que ajuda a seguir todos os procedimentos para que nada fique de fora. “O prazo entre a chegada dos arquivos e a entrega do ePub revisado pode chegar a seis semanas. São muitos detalhes e nosso objetivo, sempre, é entregar ePubs com a mesma qualidade dos livros de papel”, justifica o executivo. Na Geog ráf ic a o processo de transformação do livro físico em e-book começa com uma revisão completa na aplicação dos estilos de parágrafo e caracteres e eliminação de itens que não são utilizados pelo ePub (páginas mestras, numeração de páginas etc.). A seguir, o texto é dividido em suas respectivas partes e prepara-se o estilo da Table of Contents (TOC), que é exportado em ePub. Faz-se os ajustes necessários no código XHTML no Dream weaver (software que faz parte do CS5 da Adobe) e depois a certificação do ePub no ePubCheck 1.2, ferramenta que valida a nova mídia (ePub) de acordo com as normas do IDPF. Atualmente, a Geográf ica é, segundo a própria empresa, a única do Brasil afiliad a ao IDPF (idpf. org), a gestora do ePub, o que facilita seguir todos os avanços e discussões em torno do novo formato, que está prestes a ganhar uma nova versão, a 3.0, com diversas implementações como áudio, vídeo e animação. De acordo com Ariel Vido, o ePub tem se mostrado o formato padrão do mercado. Apesar de usarem formatos diferentes, a Amazon e a Barnes & Noble, por exemplo, aceitam arquivos em ePub e internamente fazem as conversões para que os livros digit ais funcionem dentro de seus padrões (loja/dispositivo de leitura). Como o mercado editorial tem utilizado maciçamente o InDesign, um arquivo bem diagramado nesse formato é a matriz do ePub, explica o gerente. “Cerca de 70% da produção de um ePub pode ser feita a partir de um arquivo de InDesign bem estruturado”. De acordo com ele, no momento as
VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
19
ferramentas disponíveis no mercado são suficientes. Para se adequar à nova demanda a Geográf ica precisou investir em alguns plug-ins de InDesign, como o PDF to InDesign e Quark to InDesign, além do Dreamweaver. Mais recentemente, Ariel Vido conta que surgiu o Sigil (code.google.com/p/sigil/), um programa gratuito “que ainda tem mui to a ser melhorado, mas que rapidamente foi incorporado no processo de conversão porque é um encurtador de caminhos”. Novo nicho para a Livraria Cultura
Em março do ano passado, a Livraria Cultura começou a comercializ ação de livros digitais. Na mesma época, passou a oferecer o serviço de conversão para o mercado. “A demanda está crescendo mês a mês, mas não chega a 1% do faturamento da empresa. Nosso objetivo é alcançar 5%, em dois anos”, prevê Mauro Widman, coordenador da equipe de e-books da livraria. Ele considera o livro digital como um novo nicho de mercado e, a exemplo do que acontece no exte rior, onde essa nova mídia tem ajudado a impulsio nar as vendas de livros impressos, o mesmo ocorrerá no Brasil: a pessoa compra o e-book, começa a ler, gosta e vai à livraria buscar o livro físico. “Acredito que, futuramente, daremos desconto para quem adquirir os dois produtos em um pacote só”. A Cultura também elegeu o ePub como o melhor formato para os leitores digitais, pois com ele
Até 2013, a conversão para e-books deve representar 5% do faturamento da Livraria Cultura, segundo Mauro Widman.
20 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
o leitor consegue utilizar o livro eletrônico na sua melhor forma. Para transformar uma obra em um livro digital, a livraria utiliza uma versão de PDF para ePub, usual para os e-books, mas que necessita de ajustes manuais para garantir a qualidade da conversão. “Ainda não existe um programa completo para essa finalidade. Mesmo as ferramentas que encontramos no mercado, como o InDesign, não são suf icientes. Assim, esse serviço permanece, em grande parte, manual”. De acordo com Mauro Widman, as editoras, sobretudo as menores, são as que mais terceirizam esse serviço, pois nem sempre contam com pessoal especializ ado. “Para fazer uma conversão de qualidade é necessário um conhecimento sólido em informática”. Segundo o executivo, livros de dia gramação simples, com textos corridos e poucas variações de parágrafos, exigem menos de um dia para a conversão. Livros mais complexos, com notas de rodapé, diagramação diferenciada, com tabelas e ilustrações, dão mais trabalho, necessitando uma revisão rigorosa. Nesse caso, a conversão pode durar até duas semanas. Qualidade é o foco da Simplíssimo
“Para que um livro se transforme em e-book, primei ro de tudo é necessária a compreensão das editoras de que o formato digital não é uma moda passagei ra. O momento atual é de transição de um modelo de negócios exclusivamente de livros impressos para outro, de convivência entre o digital e o impresso”, afirma Eduardo Silveira Cabral de Melo, fundador e diretor executivo da Simplíssimo Livros. Do ponto de vista técnico, o executivo explica que é necessário que o arquivo digital original da obra seja, preferencialmente, em formato aberto (InDesign, Quark, PageMaker, Ventura, Word). “Evitamos produzir livros eletrônicos a partir do PDF por ser um tipo de arquivo fechado, que dificulta a transformação do conteúdo e não permite um trabalho de melhor qualidade”. Eduardo de Melo faz questão de esclarecer que o serviço prestado pela Simplíssimo não é conversão. “Existe um abismo separando a produção para o formato ePub e a conversão, que é um processo automatizado ou semiautomatizado, realizado sem muitos cuidados, com o resultado final com pouca ou nenhuma qualidade. Qualquer pessoa pode fazer, inclusive existem softwares gratuitos disponí veis na internet para essa finalidade”. Ele alerta, porém, que o resultado não compensa: “Os e-books não abrem direito, travam os aparelhos, apresentam visual descuidado, parágrafos inteiros perdidos e falhas sistemáticas ao longo do texto”.
curtindo a vida.pdf
9/12/2010
13:15:05
Ferramentas se aprende em tutoriais e pré - impressão no SENAI Theobaldo De Nigris A melhor escola de Artes Gráficas da América Latina!
Façca
C
M
Y
CM
MY
CY
Inscrições abertas e cursos de férias
CMY
K
Treinamentos Criação e desenvolvimento de personagem de cartoon CorelDRAW para pré impressão PhotoShop para pré impressão Illustrator para pré impressão InDesign para pré impressão Produção gráfica digital Montagem eletrônica e operação de equipamentos Computer to Plate (CtP) Fechamento de arquivos
Pré-impressão digital para flexografia Produção gráfica Tratamento de imagens Colorimetria aplicada aos processos gráficos Densitometria aplicada aos processos gráficos Tecnologia de impressão offset Tecnologia de embalagens celulósicas Tecnologia de embalagens flexíveis Diagramação e Ilustração digital
Gerenciamento de cores Escola SENAI Theobaldo de Nigris - Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6302/6303 - www.sp.senai/grafica
signers, diagramadores, editoras e freelancers. Uma novidade é a parceria com a italiana Simplicissimus Book Farm, com a qual a Simplíssimo está desenvolvendo a SBF School, um sistema de aprendizado eletrônico com cursos abordando a produção de livros digitais de alta qualidade. Soluções em softwares
Boa parte da produção de um livro em formato ePub é manual, de acordo com Eduardo de Melo, da Simplíssimo.
Para Eduardo de Melo, há no mercado uma va riedade de soluções para trabalhar com livros di gitais. Contudo, ele frisa que não existe uma ferramenta específica que resolva tudo (não ainda, pelo menos). “Boa parte do trabalho de produção de um livro em formato ePub deve ser feita manualmen te, para ter qualidade. Não existe mágica. É preciso entender o formato do ponto de vista técnico para fazer um livro digital com padrão prof issional”. Na Simplíssimo, a transformação dos livros para ePub é realiz ada por prof issionais experientes nesse formato. “Cada livro tem seu conteúdo extraído com cuidado do arquivo original, não importa o formato. É feita a revisão comparativa entre o original e aquele a ser inserido na versão eletrônica, para evitar perdas ou cortes. Só depois disso iniciamos a produção do e-book, que é manual”. Por ser um trabalho complexo, lotes com até 100 livros são produzidos em cerca de quatro semanas. Pedidos urgentes podem ser atendidos em menos tempo. Desde março do ano passado a empresa oferece esse serviço ao mercado. A produção enfoca essen cialmente o ePub, mas também podem ser produzidos outros formatos, como o Mobi, que funcio na no Kindle. Fazem parte da lista de clientes que produzem livros digitais com a Simplíssimo as editoras Zahar, Sextante, Sesc-SP, Bei, Martins Fontes e Manole. O envolvimento é tão forte nessa área que a empresa está oferecendo treinamento sobre como produzir obras no formato ePub (www. simplissimo.com.br/blog/cursos), voltado aos de22 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2011
Integradora de tecnologias, a Electronic Graphics representa alguns dos principais softwares de fluxo de trabalho para os mercados gráfico, editorial e corporativo, como Dalim, Xinet, GMG, iBrams e Vjoon. Para atender à nova demanda, a empresa oferece soluções da Vjoon e da Adobe. O Vjoon K4 é um sistema para o gerenciamento de publicações, ba seado nos softwares Adobe InDesign e Adobe InCopy, que permite organizar e estruturar qualquer fluxo de trabalho e controlar o processo de produção para vários canais de publicação, como impressão, livros digitais, tablets, internet, dispositivos móveis e outros, como detalha Renato Luiz Ramos, diretor técnico da empresa. “Basta que o conteúdo esteja no formato digital e que seja usado um soft ware específico para passá-lo para o formato digital, conforme a necessidade da empresa”. No Brasil, um cliente da Electronic que utiliza essas ferramentas para a prestação de serviços para o mercado editorial é a Formato Artes Gráficas, de Belo Horizonte. No mundo, entre as empresas que utilizam essas soluções estão a McGraw-Hill Education e a Condé Nast Publications, que tem como um de seus mais importantes títulos a revista Wired, além de clientes corporativos.
Renato Ramos, diretor técnico da Electronic Graphics.
Contar com 50 anos de experiência é a melhor forma de ver sua empresa 50 anos à frente. Um dos grandes diferenciais da Consultoria ABTG são seus 50 anos de know-how no mercado gráfico e seus mais de 50 consultores especializados. Todos preparados para oferecer o que há de melhor em serviço de consultoria para sua empresa. • Aproveitamento do tempo • Foco na otimização dos processos. • Treinamento durante a implantação. • Consultoria da implantação a certificação. • Atendemos a necessidade especifica do cliente. Veja como ABTG pode ajudar sua empresa:
Consultorias Técnicas: Pré-impressão, Impressão e Pós-impressão.
Pareceres Técnicos: avalia processos produtivos, capacidades técnicas e sigilo da informação.
Consultorias em Gestão: PCP, Custos e Orçamento, Planejamento Estratégico.
Homologação de Indústria Gráficas: Quando compradores e fornecedores se entendem.
Implantação da Norma NBR15540: Bons negócios são feitos na base da segurança.
Diagnóstico de Processo Industrial: Saiba quais são os problemas e soluções para sua empresa.
Implantação da Certificação FSC: O planeta precisa, o cliente exige e a ABTG implanta.
Aplicação de Teste Form: Análise Mecânica e de qualidade da sua impressora offset.
Implantação das Certificações ISO: 9001, 14001, 18001 e 27001.
COMERCIALIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO PARCERIA COM A
ESTAT BRASIL
Treinamentos e Palestras In Company: Os melhores consultores dentro da sua empresa.
Para saber mais sobre este serviço ou agendar uma visita, entre em contato conosco: Núcleo de Consultoria e Treinamento ABTG Tel.: (11) 2797 6702 E-mail: Andrea: aponce@abtg.org.br
COMO FUNCIONA
Resultados fotográficos surpreendentes com o HDR
Bruno Mortara
Esta foto da ponte Golden Gate é o resultado final da fusão de nove exposições diferentes. Foto fornecida pelo HDR Photographic Survey, projeto que envolve o Chester F. Carlson Center for Imaging Science do Rochester Institute of Technology, entre outros.
As nove diferentes exposições da ponte Golden Gate.
24 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
C
omo todo fotógrafo sabe, seja amador ou prof issional, escolher a abertura correta para uma determinada cena é muitas ve zes uma questão de se fazer concessões. Ou a foto ganha em algum detalhe ou perde em outro. No entanto, uma alternativa interessante é a utilização de técnicas HDR (high dynamic range, ou seja, amplo alcance dinâmico), que agora se tornou mais fácil do que nunca. A ideia básica (e brilhan
te) é combinar várias exposições de uma imagem em uma imagem final perfeita. Essa técnica remon ta aos pioneiros da fotografia, como Ansel Adams. Enquanto os primeiros adeptos tinham de se de bater com a fotografia analógica e processos com plicados de cópia, que exigiam grande cuidado, os fotógrafos da era digital podem alcançar resultados impressionantes quase sem esforço. Apesar de o Photoshop ter uma função auto mátic a para mesclar imagens separadas em uma única HDR (e o resultado costuma ser melhor do que o que se consegue com uma única exposição), existem outros programas mais adequados para o trabalho — e que não são muito caros. Um software recomendável é o Photomatix Pro, da empresa francesa HDR Soft. Ele custa 75 euros, o que não é muito para um programa elaborado como esse. Quando se começa a fotografar já pensando no processamento HDR , o fotógrafo entra em uma nova etapa de criatividade fotográfica. Imagens cria das com dados HDR costumam ser surpreendentes, quase surreais, de uma forma positiva. Embora seja possível mesclar imagens em JPEG , a técnica funciona melhor com fotograf ias de alta qualidade, em formato RAW, e processamento de 16 bits.
Uma imagem surpreendente e mágica, utilizando a técnica HDR, por Trey Ratcliff. Parece quase artificial, mas todos os componentes da imagem vêm da cena original. Até o sol, tocando uma das torres do templo Wat Arun em Bangkok, na Tailândia, é original — não foi inserido a partir de outra imagem. (A foto é cortesia de Trey Ratcliff e foi disponibilizada através do Flickr).
Normalmente são necess árias três exposições para se obter uma melhora considerável na qua lidade da imagem, mas é possível combinar cinco, sete ou mesmo nove exposições para se chegar a um alcance dinâmico realmente alto nos dados de entrada da imagem. Combinar imagens subexpostas com uma de ex posição normal e, depois, adicionar versões supe rexpostas da imagem é um bom truque.
Os resultados serão surpreendentes. É só obser var o que fotógrafos como Trey Ratcliff, por exem plo, conseguiram usando essa técnica, e então fica impossível discordar! Bruno Mortara é superintendente do
ONS27, coordenador da Comissão de Estudo de Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós‑graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.
VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
25
GESTÃO
A importância estratégica da visão dos recursos internos
José Pires de Araújo Junior
A
preocupação das gráficas em manter a competitividade vem sendo alvo de discussão em diversos níveis e as as sociações de classe e a área acadê mica não estão fora dessa discussão. A grande questão é: qual o caminho a ser tomado e que estratégias são eficientes para superar os con correntes e se estabelecer uma vantagem competi tiva sustentável? Este artigo não pretende encerrar a discussão, mas tentará mostrar alguns caminhos possíveis e viáveis dentro da realid ade brasileir a, na qual vivemos um momento econômico favo rável. Nossa situação difere da de alguns países da Europa e do próprio Estados Unidos, onde a crise de 2008 foi mais rigorosa forçando as nações a so correr as empresas, amargando um déficit que põe em risco a sua estabilidade econômica e política, contaminando seus vizinhos. Os país es que formam o chamado Bric estão sendo considerados a “Meca dos investidores” devi do às oportunidades que oferecem, com riscos rela tivamente baixos. Essa situação é ambígua. Ao mes mo tempo em que nossas reservas aumentam e grandes conglomerados têm como foco o mercado brasileiro, nossas empresas vêm passando por pro blemas de competitividade. Esse quadro se agrava para o segmento gráfico. Apesar de sermos refe rência na área técnica, com reconhecimento inter nacional dos serviços e produtos gráficos, nos sa gestão precisa se preparar melhor para a nova onda de competição. Dados econômicos
O estudo dos dados econômicos do segmento nos ajuda a compreender melhor as razões que levaram o mercado gráfico a ter problemas de gestão. Mais de 96% das gráficas brasileiras são de pe queno e médio porte. Isso nos leva a crer que tais empresas enfrentem dificuldades na contratação de 26 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
colaboradores com uma formação gerencial ade quada. O gráfico do perfil escolar do funcionário do setor traz informações relevantes para enten dermos melhor as dificuldades no sentido de me lhorar a gestão das empresas, mas também explica a qualidade técnica que é identificada pelo merca do. É importante notar que 51% dos empregados na indústria gráfica têm o segundo grau completo e apenas 8% têm curso superior completo. Segundo a revista inglesa The Economist, o Bra sil é um dos países que mais deve crescer nos próxi mos anos. Alguns economistas, tanto do Brasil quan to estrangeiros, acreditam que o País deve ter um crescimento muito grande nos próximos 10 anos Porte das empresas da indústria gráfica brasil – 2009 18,3%
0,9%
18,3%
78,3%
●●Micro porte: até 9 empregados ●●Pequeno porte: 10 a 19 empregados ●●Médio porte: de 20 a 249 empregados ●●Grande porte: mais de 250 empregados Fonte: MTE/Rais. Elaboração: Decon/Abigraf.
por conta da estabilidade econômica e do cresci mento do mercado chinês. Se por um lado temos uma visão favorável na conjuntura econômica, por out ro temos de en tender que existirão mais concorrentes no merca do e em especial no setor gráfico. Vale lembrar que no Brasil existem duas desvantagens competitivas para as empresas: o impacto fiscal e os problemas de inf raestrutura. Como se preparar para um futuro incerto
A melhor maneira de se preparar para o futuro é planejar estrategicamente os caminhos que a em presa deve trilhar para ter lucro e manter-se com petitiva. Vários autores condenaram no passado o planejamento estratégico porque ele nunca era seguido, o que não deixa de ser uma verdade. Po rém, tudo era planejado sem o envolvimento das equipes, além de não deixarem claro quem eram os responsáveis pela parte operacional. Os investi mentos eram feitos de maneira errada, a partir de critérios equivocados. Segundo o escritor norte-americano Alvin To ffler, “ou você tem uma estratégia própria, ou en tão é parte da estratégia de alguém”. Partindo dessa afirmação, precisamos pensar em planejar o futu ro de maneira criteriosa, com foco no negócio da nossa empresa. De acordo com o pai da administração moderna, Peter Drucker, “o planejamento não é uma tentati va de predizer o que vai acontecer. O planejamen to é um instrumento para raciocinar agora sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para merecermos um futuro. O produto final do plane jamento não é a informação: é sempre o trabalho”. Mas quem vai ajudar o empresário a pensar o fu turo da gráfica? E mais, como será a sucessão na em presa gráfica, principalmente nas empresas familia res? Essas questões estão tirando o sono de muitos empresários que passam por tal situação. O caminho é a prof issionaliz ação dos cargos de gestão, trazendo e mantendo na empresa pessoas que estejam preparadas para entender os movi mentos de mercado e que tenham capacidade para responder de maneira rápida a essas mudanças. Se tomarmos como exemplo grandes grupos brasileiros como Votorantim e Itaú, veremos que estes buscam nas melhores faculdades de Admi nistração, Economia, Engenharia e Ciências Contá
Perfil escolar do funcionário gráfico – 2009 Ensino superior completo Ensino superior incompleto
8% 5%
Ensino médio completo
51%
Ensino médio incompleto
11%
Ensino fundamental completo Ensino fundamental incompleto
17% 7%
Fonte: MDIC/RAIS. Elaboração Decon/Abigraf.
beis seus futuros executivos. Elas sabem que, ape sar de esses alunos ou recém-formados terem uma boa formação, esse conjunto de conhecimentos, como não poderia deixar de ser, é genérico, uma vez que os mercados são diversos. Os novos co laboradores não estão prontos para atuar como executivos, pois precisam aprender sobre os ne gócios das empresas ou grupos. Dessa necessida de de ensinar os novos colaboradores e aprimorar os conhecimentos dos gestores da empresa é que nasceram as universidades corporativas. Tal esforço vem apresentando resultados im portantes para os grupos empres ariais, trazendo vantagem competitiva sustentável para o mercado interno e, em muitos casos, para o externo. Atuação no Mercado
8%
23% 69%
●●Alunos que trabalham na área gráfica ●●Alunos que não responderam ●●Alunos que não trabalham na área gráfica Fonte: Pesquisa realizada pelo autor no 2-º semestre de 2010. VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
27
Os próximos executivos da indústria gráfica brasileira
A indústria gráfica brasileir a tem características muito específicas que devem ser consideradas para o desenvolvimento de uma estratégia que bus que vantagem competitiva sustentável. Sobretu do pelo fato de termos mais de 90% de empre sas familiares de pequeno e médio porte, em sua maioria calcada exclusivamente na estratégia da competição por preço. Vale lembrar que mesmo no mercado gráfico há modelos de negócios que inovaram sem passar ne cessariamente pelo investimento em maquinário, e sim através de soluções para os clientes, como, por exemplo, logística e gerenciamento de ativos intan gíveis. Mas essa nova maneira de pensar estrategi camente a gráfica necessita de um recurso muito importante: pessoas. Tal necessidade já está clara para boa parte das gráficas, realid ad e identificada em uma pesqui sa que foi realiz ada com os alunos da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. Perfil de empregabilidade dos alunos que iniciam o curso de Tecnologia em Produção Gráfica
O gráfico mostra que 68,63% dos alunos que en tram no primeiro semestre do curso sup er ior já Ocupação Profissional
8%
92%
que responderam ●●Alunos e trabalham na área (215) que responderam ●●Alunos e não trabalham na área (17) Fonte: Pesquisa realizada pelo autor no 2-º semestre de 2010.
28 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
trabalham na indústria gráfica e, portanto, trazem consigo um saber do mundo gráfico. Levantamentos feitos semestralmente para o Ín dice de Qualidade do Senai mostram que mais de 90% dos alunos do 8º‒ semestre estão trabalhan do dentro do segmento. E é neste semestre que os alunos apresentam o seu trabalho de conclusão, no qual fazem uma consultoria para resolver um problema real dentro de uma gráfica. Esses trabalhos são avaliad os por uma ban ca de professores, empres ários e esp ecialist as do mercado gráfico ou dos seus fornecedores, que questionam e criticam os trabalhos, ajudando no crescimento prof issional dos alunos. O gráfico ao lado mostra a dist rib uiç ão ge ral dos alunos da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e apresenta uma visão geral da ocupação prof issional dos alunos do 1º‒ até o 8º‒ semestre, mostrando que 92% já atua no segmento. Dos 8% que não estão na área, vários trabalham para os fornecedores do setor. A competição vem aumentando cada dia mais. O que vai manter a empresa viva e crescendo é, sem dúvida, uma boa estratégia para atender o cliente de maneira a transformá-lo em um parceiro. É ne cessário identificar quais recursos são estratégicos para a empresa. Com certeza, os recursos humanos devem ser tratados como tal. Trabalhar os recur sos humanos de uma empresa pode assegurar um diferencial competitivo sustentável. Perder um colaborador preparado é o pesade lo de diversas empresas de grande porte, porque elas sabem da importância das pessoas motivadas e preparadas. Portanto, pense: ◆◆Qual é o meu negócio? ◆◆Quem é o meu cliente? ◆◆Que tipo de colaborador eu preciso para atingir os meus objetivos? ◆◆Como farei para manter e motivar os meus colaboradores? Essas questões são fund ament ais para quem pretende pensar em desenvolver um bom planeja mento, possibilitando à empresa crescer e prosperar em um mercado competitivo. José Pires de Araújo Junior é formado
em Administração de Empresas, pós‑graduado em Market ing e mestrado em Administração. É professor da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.
O FUTURO ESTÁ LOGO ALI, CONHEÇA QUEM VAI LEVAR VOCÊ ATÉ ELE. 8 a 11 de outubro de 2011
ELES JÁ ESTÃO NO 15º CONGRAF. SÓ FALTA VOCÊ. Faça já sua inscrição pelo site: www.congraf.org.br Henrique Meirelles
Palestra de Abertura: Perspectivas para um Brasil melhor
Lala Deheinzelin
Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros
Sidnei Oliveira
O Perfil do Novo Consumidor - Geração Y
José Carlos Brunoro
Copa do Mundo e Olimpiadas Oportunidades nos Negócios
Mariela Castro
O Poder das Mídias Sociais para os Negócios
Flavio Botana
Hamilton O Futuro da Gráfica e a Construção Terni Costa de Valor nas Relações Comerciais
Bruno Mortara
Cesar Callegari
Tendências Tecnológicas - Convergências de Mídias ou Susbtituição?
Planejamento de Investimentos: Estruturando o seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável
Educação de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento
Oportunidades para a Indústria Gráfica
Fabio Mestriner no Segmento de Embalagem
A 15º edição do Congraf vai acontecer em outubro, em Foz do Iguaçu e será essencial para quem busca atualização profissional e oportunidades de negócio. O evento terá palestras que mostram o futuro do mercado e fazem toda a diferença na sua empresa.
Não perca a oportunidade de fazer parte do futuro.
Participe. Patrocínio:
Apoio Institucional:
Apoio Técnico:
Realização:
Q uan.com.b r
ENTREVISTA Letânia Menezes
Toda embalagem tem uma função social
P
mentos que muit as vezes não são equili brados. Em nenhum momento se leva em consideração a função social dela.
rofessor e coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da Esco la Superior de Propaganda e Marke ting (ESPM), Fabio Mestriner coor dena o Comitê de Estudos Estratégicos da Associação Brasileira da Embalagem (Abre), entidade da qual foi presidente de 2002 a 2006. Autor dos livros Design de embalagem — curso avançado e Gestão estratégica de embalagem, é consultor de inteligência de embalagem da Ibema Cia. Brasileira de Papel. Designer, Fábio Mestriner faz parte do Grupo de Embalagem da Abigraf, que idea lizou a Campanha de Valorização do Pa pel-cartão, iniciada no segundo semestre de 2010. Porta-voz da campanha, o prof is sional fala sobre os valores e atributos da embalagem de papel-cartão, a falta de co nhecimento da indústria sobre os recursos da embalagem para a estratégia de mar keting e os avanços do País com os altos índices de reciclagem. Como surgiu a i deia da Campanha de Valorização do Papel-cartão? Fabio Mestriner – O Grupo de Embalagem da Abigraf realizou um período de discus sões, quando elegeu os temas e conteúdos a serem abordados e, então, decidiu criar uma campanha de valorização do papel- cartão. Primeiro, para valorizar essa emba lagem no conjunto de todas as embalagens que atendem às necessidades da socieda de e também porque existe hoje uma visão muito negativa em relação à embalagem de modo geral. O movimento ambiental ata ca a indústria e a embalagem com argu 32 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2011
Qual é a função social da embalagem? FM – É atender à necessidade e aos anseios da sociedade e acompanhar sua evolução. Conforme a sociedade evolui, as exigências que recaem sobre as embalagens são maio res. Não é possível vacinar uma vaca, com bater as pragas que destroem as lavour as de alimentos, tratar pessoas doentes e va cinar crianç as, sem embalagens. As fábri cas não conseguiriam enviar seus produtos do sul para o norte do Brasil e vice-versa sem embalagens. Hoje, 87% dos alimen tos consumidos no Brasil são embalados. Pode parecer que ela existe para prejudicar o meio ambiente, mas a embalagem é uma necessidade do homem.
Fabio Mestriner
uais os objetivos da campanha? Q FM – O objetivo principal traçado pelo gru po é levar para a sociedade a contribuição da embalagem de papel-c artão, a impor tância que ela tem para as empresas que a utilizam e para os consumidores, e também mostrar seus valores e atributos. O Brasil tem uma condição muito boa para a produção de papel e de embalagens de papel-cartão. Aqui, 100% do papel produzido é originá rio de florestas cultivadas, plantadas, com certificação internacional de manejo res ponsável. Nossa indústria gráfica e de em balagem, e nosso design, estão em nível in ternacional. Essas qualidades têm impacto na competitividade do produto nacional,
tanto no que diz respeito ao mercado interno quanto para as exportações. Qual a mensagem que a campanha quer passar para o consumidor? FM – A embalagem de papel-cartão é as sociada, em muit as categorias, com uma diferenciação positiva de valor. Por exem plo, na seção de temperos de um super mercado tem um monte de vidrinhos de pimenta, todos iguais. Mesmo formato, mesmo tamanho, mas tem um que vem numa caixinha, o que o diferencia dos de mais. O papel-cartão agrega valor percebi do ao produto. A campanha visa mostrar que essa agregação de valor ao produto se dá graças a uma combinação de fatores: a qualidade da impressão, a utilização de ver nizes, relevos, hot stamping e outros recur sos gráficos. Alem disso, por ter estrutura, fica em pé na gôndola e tem uma lingua gem visual reconhecida pelos consumido res. A partir desse conteúdo, iniciamos uma ação de comunicação para divulgar os va lores, os atributos, a importância do papel- cartão, bem como sua contribuição para o marketing das empresas. O fato de agregar valor explica o aumen to em 42,73% nos últimos cinco anos no número de embalagens lançadas e fei tas em papel-cartão, segundo dados do GNPD (Global New Product Database), disponíveis no Núcleo de Estudos da Embalagem, da ESPM? FM – Sim, há um incremento dos lança mentos de embalagens em papel-c artão, porque o mercado prestou atenção nelas de novo por conta das questões ambien tais e da necessidade de diferenciar os pro dutos. Quanto mais iguais os produtos fi cam, maior é a exigência por diferenciação na embalagem. O papel-cartão também é utilizado em embalagens de kits promocio nais, cada vez mais usados pelas empresas como estratégia de marketing.
Como o senhor avalia hoje o segmento de embalagens? FM – O setor de embalagem é muito avan çado no Brasil. Das 20 maiores indústrias de embalagem do mundo, 18 têm fábricas e atuam no Brasil. Nosso mercado de consu mo está entre os cinco maiores do mundo e existe uma cultura de consumo bastante desenvolvida no País. São dois fatores que fizeram com que surgisse uma indústria de embalagens forte, poderosa. O Brasil lidera a América Latina no item desenvolvimento de embalagens? FM – Não só lidera como é também um grande fornecedor de embalagem para toda a América Latina.
A questão ambiental passa a ganhar importância nas empresas, que podem sofrer retaliações de seus consumidores, punições legais e até mesmo serem excluídas da carteira de fornecedores de grandes empresas se não se adequarem à nova realidade. O segmento está atento à questão da sustentabilidade? FM – Há grande preocupação com as em balagens pós-consumo, que devem ser re colhidas e separadas do lixo orgânico. É a logística reversa, que está baseada em três pilares: no cidadão, que precisa encaminhar a embalagem para a reciclagem; no poder público, que detém o monopólio constitu cional da coleta de lixo; e na indústria, que precisa reciclar todas as embalagens enca minhadas pela coleta seletiva. O cidadão e a indústria, por conta própria, transforma ram o Brasil no recordista mundial de reci
clagem de latas de alumínio, com o índice de 98,2%. Os fabricantes de latas de alumí nio construíram uma fábrica para reciclagem e montaram um programa de logística re versa. A embalagem Tetra Pak, que tem três camadas de papel-cartão, duas de polietile no e uma de alumínio, também é reciclada. As quatro indústrias envolvidas — Klabin, Braskem, Alcan e Tetra Pak — construíram uma fábrica, montaram um programa de lo gística reversa e já estão fazendo uma segun da fábrica. E o Brasil é o segundo do mundo em reciclagem de garrafas PET, com 51% (o primeiro é o Japão, com 55%). De tudo que é produzido em papelão, 78% volta para a fábrica reciclar; de papel e papel-cartão, mais de 50% é reciclado. Existe uma preocupação de que a embalagem seja sustentável desde sua criação, seu projeto, escolha de materiais e recursos de acabamento? FM – Todos os temas da sustentabilidade estão presentes e recebendo atenção do se tor. No entanto, quando desenvolvemos uma embalagem, temos vários requisitos. Um de les é o que o consumidor quer, porque ele é o senhor do fato econômico. Outra pergun ta a ser feita é como o produto se estraga, porque a embalagem precisa fornecer pro teção e segurança, garantindo a integridade do produto. Uma terceira fonte de exigência no projeto são as questões mercadológicas. Todo produto concorre numa categoria e é esta que determina como é a competição dentro dela. Essas questões limitam a con dição do projeto, que precisa responder a todos esses requisitos mais os ambientais, que agora estão sendo incluídos. A questão ambiental, que antes era vista como um as pecto institucional, passa a ganhar impor tância nas empresas, que podem sofrer re taliações de seus consumidores, punições legais e até mesmo serem excluídas da car teira de fornecedores de grandes empresas se não se adequarem à nova realidade. VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA 33
PRODUÇÃO GRÁFICA
Bruno Mortara e Anna Camilla Elias Bastos
A imagem fotorrealista: mais real que a realidade?
U
ma das discussões mais acaloradas entre os fotógrafos prof issionais refere-se ao avanço da fotografia digital e ao virtual fim da fotografia analógica. Essa discussão, até um pouco ultrapassada pelos próprios fatos, nos mostra a rapidez com que nossa sociedade produz e consome
1 A maquete digital começando a ser construída.
novidades. Quase sempre o aparecimento de uma novidade tecnológica vem em detrimento da venda e consumo da sua versão obsoleta. No entanto, em meio a essa discussão, aparecem novos debates que prometem movimentar ainda mais a maneira como se produzem imagens e sua aparência quando impressas. Referimo-nos à modelagem 3D. Não se trata de algo novo, mas agora, com ferramentas que dão realismo às imagens, como os novos recursos de iluminação e de rendering, estão sendo criadas inúmeras oportunidades de aplicação dessa tecnologia. As imagens geradas por modelagem 3D e “renderizadas” de maneira cuidadosa são excelentes para a criação de novas aplicações na indústria, comércio e serviços. Para se ter uma ideia de uma aplicação que desconhecemos, boa parte da cenografia de “externas” das novelas da televisão (aquelas com mais recursos) é feita com cenário digital, às vezes totalmente sintético e com frequência um misto de imagens capturadas e imagens sintéticas. No universo da fotografia, o impacto dessa nova tecnologia, também chamada de fotorrealist a, é grande e gera expectativas e ansiedades, assim como preocupação em relação ao futuro desta arte e dos seus prof issionais. A imagem fotorrealista é um tipo de ilustração digital que se parece tanto com uma fotografia real que pode confundir muitos observadores. Para alcançar essa semelhança, o ilustrador precisa levar em conta aspectos ópticos do ambien te em que estão os objetos e os observadores, in cluindo os efeitos de visualiz ação e principalmente de iluminação que realçam características próprias de uma fotografia. Uma iluminação criada nos aplicativos de computador é similar àquela criada pelo fotógrafo no estúdio ou no set de filmagem. A criação das imagens sintéticas
2 No software de renderização é que as superfícies adquirem texturas, luzes e sombras e configuram-se as câmeras.
34 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
Para gerar uma imagem fotorrealist a o primeiro passo é const ruir a cena com o m aior detalhamento possível, ou seja, incluindo a construção do
ambiente, mobiliários e objetos que a compõem. Para tanto, utilizam-se softwares conhecidos como modeladores. Esses aplicativos trabalham com sistemas de malhas (wire-frame), nos quais podemos chamar o conjunto de objetos da cena representada de maquete digital. A estrutura da maquete digital é criada com o programa Vectorworks. Nele será criado todo o ambiente, incluindo paredes, piso, teto e out ros objetos. Nesse mesmo programa é possível aplicar iluminação e texturas, mas o resultado final não é o mesmo de quando utilizamos outro software, o Artlantis Studio. Com ele o resultado final é obtido através da renderização da imagem, ou seja, da aplicação das informações dadas na criação de uma perspectiva coerente. O primeiro passo para a construção da maquete digital é a criação das paredes (quando for necessário, em cenas internas), utilizando a ferramenta específica (indicada pela seta vermelha na figura 1). Em seguida, utilizando objetos parametrizáveis (cujas formas podem ser alteradas através de medidas fornecidas ao programa, indicados na mesma imagem pela seta azul), são inseridas no ambiente as portas, janelas, escadas etc. O próximo passo será a cria ção de pisos e forros, para os quais também existe um comando apropriado. Para finalizar o ambien te, resta agora “construir” os objetos de marcenaria. Esses objetos são criados com ferramentas 2D (seta amarela), formas geométricas tais como quadrados, elipses e polígonos. Uma vez definido o objeto em 2D, é possível transformá-lo em 3D através de comandos como o de extrusão. Alguns objetos podem ser criados diretamente com ferramentas de 3D (seta verde). A maquete está terminada e deve ser exportada para o programa seguinte, onde serão criadas as texturas, iluminações e câmeras. Para que o soft ware de renderização reconheça as características da superfície de cada objeto e aplique sua textura corretamente, eles devem ser classificados ainda no aplicativo 3D como pertencentes a alguma classe de material: madeira, parede etc. Essas classes são criadas durante a construção do ambiente.
3 A iluminação solar pode ser configurada com sombras de nuvens ou de acordo com o horário.
4 Pontos de luz definidos no projeto.
A renderização da maquete digital
No software de renderização, a primeira etapa é ajustar a câmera para criar uma nova imagem. A figura 2
5 Os shaders do programa com madeira, tecido e metais para recobrir os objetos. VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
35
mostra o menu da câmera e os seus controles. De pois disso, configura-se a posição do sol (heliodon). É possível utilizar uma cidade pré-configurada pelo programa ou mostrar em um mapa que tenha a cidade onde está localizado o projeto. Ainda em relação à luz do sol, pode-se modificar a intensidade da luz, da sombra, a presença de nuvens no céu e outras características (3). A principal ferramenta que faz com que uma imagem fotorrealista se pareça tanto com uma fotografia é o cálculo da luz. Assim, quanto mais cuidado se tiver na “montagem” da luz, maior será a semelhança com uma imagem real fotográfica. No menu
de iluminação é possível escolher diferentes tipos de luz, sua cor, intensidade e sombra (4). Agora, com as câmeras definidas, sol e iluminação prontos, é hora de colocar as texturas em cada objeto. Podem ser usadas algumas classes pré- concebidas pelo programa, também chamadas de shaders. Entre elas estão vidro, cromado, alumínio, tecidos, couro e pisos, além de opções customizadas pelo usuário. Os shaders ficam na aba inferior, embaixo da imagem. Nessa aba também existem opções de mobiliários e objetos decorativos para serem acrescentados ao projeto. As texturas podem ser modificadas através do menu lateral. Cada textura tem características diferentes, segundo suas necessidades (5). Para finalizar, aplicamos o comando renderizar com o tamanho e qualidade finais desejados. O toque final — controle da luz
A última etapa, ainda no aplicativo de renderização, é dedicada aos acertos finais de iluminação. A “radiosidade” refere-se à quantidade de radiação luminosa que emana de uma superfície (ou seja, a luz refletida somada à luz que a superfície emite). O programa usa a radiosidade em seu algoritmo, durante o processo de renderização, para calcular a direção e intensidade dos raios de luz. Por simular fenômenos físicos, esse cálculo faz com que a imagem fotorrealista se aproxime mais daquilo que é percebido como real pelo olho humano. Em seguida, no menu lighting, fazem-se os ajustes de configuração da luz e como ela irá se comportar dentro do ambiente projetado. Dependendo do valor escolhido, as sombras, brilhos e reflexos ficam mais ou menos evidentes, tornando a imagem mais ou menos realista. Tanto esses valores quanto os valores de radiosidade podem aumentar consideravelmente o tempo de processamento durante a renderização da imagem. O grande mérito das imagens fotorrealist as é poder oferecer a artistas, publicit ários, cineast as, designers e arquitetos a oportunidade de criar projetos que reproduzem fielmente o resultado final, diminuindo incidentes do percurso e melhorando a comunicação com o cliente. O resultado
6 Quarto desenhado por Anna e posteriormente fotografado pela artista. Qual é o real?
36 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
As imagens resultantes são de uma perfeição que nos deixa atônitos e aponta para as novas aplicações
dessas técnicas já conhecidas pelos engenheiros (CAD, CAE e CAM), mas ainda não exploradas pelos fotógrafos e outros usuários de imagens “reais”. Nas figuras 6 e 7 temos imagens duplas: uma é a imagem projetada pela designer Anna Camilla Elias Bastos e, uma vez construído o ambiente aprovado pelo cliente, a própria Anna, também fotógrafa prof issional, fotografou as montagens reais. A comparação é incrível e mostra um futuro no qual imagens criadas com as técnicas de fotografia, contudo inteiramente dentro de um computador, irão povoar nossas mídias, livros, internet, televisão, cinema… Bruno Mortara é superintendente do ONS27,
coordenador da Comissão de Estudo de Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós‑graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. Anna Camilla Elias Bastos é designer e fotógrafa profissional.
7 Sala “construída digitalmente” e posteriormente fotografada. Qual é a real?
VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
37
GESTÃO AMBIENTAL
Foto: AGB Photo Library
Giselen Cristina Pascotto Witmann
A medição do impacto ambiental através do
I
carbon footprint
magine nosso planeta com uma temperatura média anual de –17°C, semelhante ao inverno rigoroso dos países do Hemisfério Norte. Com certeza a paisagem aqui no Brasil seria bem di ferente. Ao invés da rica floresta tropical da Amazônia, teríamos em seu lugar uma vegetação similar às estepes siberianas. O que mantém a tem peratura à qual estamos acostumados é o chama do efeito estufa, que absorve o calor emitido pelo sol e refletido na superfície terrestre. Agora imagi nemos o cenário oposto: nosso planeta com sua temperatura elevada em 6,4°C1 a mais do que de
1 Aumento médio global da temperatura da Terra se a população e a economia continuarem crescendo rapida mente e se for mantido o consumo intenso dos combus tíveis fósseis, de acordo com o 4º– Relatório de Avaliação das Mudanças Climáticas, publicado em 2007 pelo IPCC.
38 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
costume. As geleiras derreteriam, o mar encobri ria as cidades litorâneas e a Amazônia seria um de serto. Mas esse cenário hipotético não é absurdo: isso é o que eventualmente pode acontecer se o chamado aquecimento global chegar a seu limite. O que mantém a temperatura amena da Terra é a presença de gases de efeito estufa (CO₂, CO, CH₄, N₂O, NO) na atmosfera. Porém, o excesso desses gases causa efeito negativo, ou seja, a temperatura aumenta mais a cada dia. Enfim, no futuro, a Terra terá pais agens muito diferentes do que tem hoje caso a humanidade não mude seus hábitos. A natureza tem dado inúmeros sinais de que algo está errado. Há um aumento da incidência de desastres naturais em espaços de tempo cada vez mais curtos. Apenas para citar alguns exemplos, te mos a elevação do nível do mar, alagamentos, secas
severas, derretimento de geleiras e morte de bar reiras de corais. O fenômeno das mudanças climá ticas tem sido corroborado por inúmeras pesqui sas científ icas, mas mesmo assim há cientistas que consideram o aquecimento global um mito. Discussões à parte, é fato que a temperatura da Terra sofreu uma elevação nos últimos anos. Além do mais, não precisa ser cientista para perceber os efeitos nocivos para a saúde da fumaça emitida pe los carros quando estamos no meio de um engar rafamento, ou para constatar que a derrubada de uma floresta para gerar pasto é nociva para o meio ambiente. O que podemos fazer? Pegada de carbono
Para responder essa pergunta, vamos falar sobre o principal método existente para avaliar o impacto de emissões provenientes das atividades humanas. Carbon footprint, ou “pegada de carbono”, é o ter mo utilizado para descrever a quantidade de gases de efeito estufa (GEE) emitida por uma determina da atividade ou organização, geralmente expressa em toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e) 2 . Existe uma máxima em controle de qua lidade que diz que só podemos melhorar aquilo que podemos medir. Portanto, a pegada de carbo no é fundamental para as empresas ou indivíduos que desejam conhecer sua participação como re lação às mudanças climáticas e respaldar a imple mentação de ações visando reduzir suas emissões. Como podemos medir a pegada de carbono? A ferramenta mais utilizada pelas empresas para a realização de inventários de GEE é o GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol). Ele foi desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) em parceria com o World Business Council for Sustainable Develop ment (WBSCD) e é compatível com as normas ISO e as metodologias de quantificação do Painel Inter governamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Sua aplicação no Brasil acontece de modo adaptado ao contexto nacional. As informações geradas podem ser aplicadas aos relatórios e questionários de ini ciativas como o Carbon Disclosure Project (CDP)3 , 2 Dióxido de carbono equivalente (CO₂e) – Unidade para comparar a intensidade de radiação de um GEE ao do dió xido de carbono. 3 Carbon Disclosure Project (CDP) – Organização baseada no Reino Unido sem fins lucrativos cujo objetivo é criar uma relação entre acionistas e empresas focadas em oportuni dades de negócio decorrentes das mudanças climáticas.
Índice Bovespa de Sustentabilidade Empres ar ial (ISE)4 e Global Reporting Initiative (GRI)5 . As empresas também sentiram a necessidade de um método consistente para avaliar as emissões de GEE não apenas dos seus processos, mas de toda a cadeia de fornecimento, ou seja, em todo o ciclo de vida do produto. A partir disso foram estabeleci dos documentos específicos para o cálculo de emis sões de GEE, dentre os quais se destacam o Publicly Available Specif ication 2050:2008 ou PAS 2050, pu blicado pela British Standards Institution (BSI), que traz as especificações para avaliar o ciclo de vida das emissões de GEE de bens e serviços, e a série de normas ISO 14064, que determina as especificações e orientações a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões de GEE . O PAS 2050 baseia-se nas normas ISO 14040 (Ges tão Ambiental – Avaliação do ciclo de vida – Prin cípios e estrutura) e ISO 14044 (Gestão Ambiental – Avaliação do ciclo de vida – Requisitos e diretrizes) e para sua implantação foram definidas três etapas. A primeira consiste em determinar os objetivos do estudo, selecionar os produtos ou processos que se rão avaliados e envolver os fornecedores. A segunda etapa é a mais crítica, por consistir em fazer o inven tário de emissões. Para tanto é necessário fazer um mapa do processo, determinar seus limites e priorida des, coletar os dados e calcular a pegada de carbono. Com os dados obtidos, a etapa final é validar os re sultados, estabelecer ações para reduzir as emissões e, por fim, divulgar os resultados do estudo. As vantagens para as empresas que decidem aplicar essa metodologia são inúmeras, dentre as quais podemos destacar: ◆◆Aplicar estratégias para redução das emissões. ◆◆Lucrar com a venda de créditos de carbono. ◆◆Selec ion ar fornecedores bas eand o-se em crit é rios ambientais. ◆◆Escolher matérias-primas com menos impacto ao meio ambiente. 4 Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial (ISE) – Índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por ações de empresas com reconhecido com prometimento com a responsabilidade social e a susten tabilidade empresarial. 5 Global Reporting Initiative (GRI) – Organização não go vernamental internacional, com sede em Amsterdã, na Holanda, cuja missão é desenvolver e disseminar global mente diretrizes para a elaboração de relatórios de sus tentabilidade utilizadas voluntariamente por empresas do mundo todo. VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
39
Agregar valor ao produto por meio da inclusão de selos de redução do carbono, como o Carbon Trust Label6 . ◆◆Aumentar as eficiências econômica, energética e operacional dos processos. O resultado final da pegada de carbono é ob ter a real dimensão do impacto ambiental causa do pelas emissões de GEE de bens e serviços. Pode ser utilizado não só por empresas, mas por qual quer pessoa ou instituição: com ela é possível verifi car os impactos ambientais devidos à utilização de veículos ou equipamentos movidos a combustíveis fosséis, à disposição de lixo em aterros sanitários e ao consumo de energia elétrica. Fazer o inventário de GEE significa quantificar e organizar dados so bre emissões com base em padrões e protocolos
conf iáveis. De modo que, de posse dessas informa ções, sejam tomadas atitudes conscientes para mi tigar os impactos na natureza. No futuro, as gráficas que desejarem calcular a pegada de carbono de seus produtos poderão con tar com uma norma específica para quantificação e comunicação da pegada de carbono de mídias impressas, a qual já está em desenvolvimento na ISO. A elaboração dessa norma é conduzida pelo grupo de trabalho WG11, que faz parte do Comitê Técnico de Tecnologia Gráfica TC 130. O Brasil par ticipa desse grupo por meio de representantes do Organismo de Normalização Setorial de Tecnolo gia Gráfica, cuja secretaria fica a cargo da ABTG e se reporta à ABNT.
6 Carbon Trust Label – Selo criado pela organização Car bon Trust britânica e sem fins lucrativos, cujo objeti vo é aplicar em produtos de empresas que adotam po líticas de redução da pegada de carbono para divulgar seus resultados.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14064‑1: Gases de efeito estufa. Parte 1: especificações e orientação a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa. Rio de Janeiro, 2007, 20p. British Standards Institution. PAS2050 – Specification for the assessment of the life cycle greenhouse gas emission of goods and services. London, 2008, 36p. Fundação Getúlio Vargas. Centro de Estudos em Sustentabilidade da EASP. Guia para a elaboração de inventários corporativos de emissões de gases do efeito estufa. São Paulo: FGV, 2009, 22p.
◆◆
O que são créditos de carbono Créditos de carbono certificados são emitidos para um agente que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa ( GEE ). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono ( CO ² ) corresponde a um crédito de carbono. A venda de créditos de carbono surgiu com a necessidade dos países desenvolvidos e sig natários do protocolo de Quioto de atingirem a meta de redução de emissões. Diante do desafio de aten der a meta sem prejudicar o crescimento econômi co, esses países passaram a comprar créditos de car bono de outros países que desenvolvem projetos de tecnologias limpas, os chamados MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo). Entretanto, para serem aceitos, esses projetos devem contemplar uma série de exigências do protocolo. Isso resultou na criação de um mercado voluntário de carbono, em que em presas e cidadãos podem negociar as emissões de GEE com outras finalidades, tais como atender políti cas públicas, demonstrar responsabilidade socioam biental e ter um posicionamento competitivo. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de pro jetos de MDL, ficando atrás da China e Índia. Isso faz de nosso país um potencial gerador de negócios no mercado de carbono. 40 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
Referências
Giselen Cristina Pascotto Witmann é professora da Escola Senai Theobaldo De Nigris e membro do ONS27 na Comissão de Estudos de Questões Ambientais e Segurança.
VEM AÍ AS SEMANAS DE ARTES GRÁFICAS.
2
1 1 0
QUEM PERDER ESSES 5 DIAS PODE ACABAR PERDENDO OS OUTROS 360. As Semanas de Artes Gráficas, agora com o apoio do SEBRAE foram estendidas para outros estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais.
Durante 5 dias profissionais da Indústria Gráfica, técnicos do setor e de áreas correlatas tem a chance de aprofundar seus conhecimentos em seminários de grande valor para o mercado, focado nas áreas de Gestão, Técnica e de Vendas, contando com a presença dos melhores profissionais do setor. As vagas são limitadas. IMPERDÍVEL. 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Pernambuco - 21 a 25 de março 5ª edição Semana de Artes Gráficas de Sorocaba - 28 de março a 01 de abril 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Minas Gerais - 11 a 15 de abril 5ª edição Semana de Artes Gráficas de Araçatuba - 25 a 29 de abril 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Rio Grande Sul - 09 a 13 de maio 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Bauru - 23 a 27 de maio 6ª edição Semana de Artes Gráficas de São José dos Campos - 27 de junho a 01 de julho 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Ribeirão Preto - 25 a 29 de julho 6ª edição Semana de Artes Gráficas de São José do Rio Preto - 22 a 26 de agosto 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Campinas - 26 a 30 de setembro 3ª edição Semana de Artes Gráficas de Barueri - 24 a 28 de outubro
Para obter mais informações ou realizar sua inscrição online acesse www.abtg.org.br ou entre em contato pelo Telefone: (11) 2797 6700 Fax: (11) 2797 6716 – E-mail: sag@abtg.org.br. No caso de não comparecimento, o inscrito deverá comunicar a ABTG no mínimo 48 horas antes do evento, ou arcará com multa de R$50,00.
Realização:
Execução:
EVENTO GRATUITO
IMPRESSÃO
Aumente a rentabilidade na impressão offset com novas tecnologias de insumos
Daniel Nato
N
ovas tecnologias de insumos podem con tribuir fortemente para a competitivida de das gráficas. A seleção dos insumos mais adequados depende de diversos fa tores, que podem diferir de empresa para empresa. Nem sempre o insumo mais caro é a solução para melhorar a produtividade e a qualidade. Nem sem pre o mais barato é o que vai levar a menores custos de produção. A decisão deve considerar indicadores como velocidade média de impressão, horas de para das não programadas, consumo de matérias-primas, energia e água e quantidade de resíduos. Dos prin cipais insumos utilizados na impressão offset, pra ticamente todos tiveram avanços tecnológicos in teressantes. Neste artigo abordaremos blanquetas, chapas, tintas, papéis e químicos auxiliares.
Blanquetas
Os fabricantes desses materiais têm investido muito em pesquisa, resultando em grandes avanços tec nológicos principalmente com relação à durabili dade e qualidade de impressão. A vida útil é um aspecto importante. Uma troca de blanquetas pode consumir até 15 minutos por unidade, entre instalação e conferência com relógio comparador. Portanto, menos substituições de blan quetas implicam em redução de tempo de máqui na parada, menor curso de hora-máquina e maior tempo disponível para produção. Hoje existem no mercado as seguintes inovações tecnológicas que permitem essa melhoria no ajuste da máquina: ◆◆Blanquetas comp ress ív eis com microcélulas fe chadas, que permitem rápida recuperação de
Superfície de impressão Lona têxtil
Camada compressível com microcélula fechada
Lona sintética
Fundo selado
42 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
amassamento, funcionando como uma espécie de amortecedor para os impactos. Melhoram a qualidade de impressão e são mais vers áteis na impressão sobre diferentes suportes. Permitem melhor soltura do papel. ◆◆Blanquetas calibradas: apresentam uma super fície isenta de subprodutos e microrrugosidade mais uniforme em comparação com as retifica das. A espessura é mais uniforme. Também me lhoram a soltura do papel, imprimindo traços e retículas com melhor qualidade. ◆◆Barras ou réguas adaptadas: as barras de tensio namento já incorporadas de fábrica à blanqueta, dispensando a sua montagem manual, podem ser utilizadas mesmo em equipamentos mais antigos. Os atuais fornecedores desenvolveram modelos para essa finalidade. Elas vão ajudar a diminuir o tempo de instalação. Existe também uma tecnologia de blanquetas em que o suporte tradicional de lonas têxteis é substituído por uma estrutura especial sintética. Essa estrutura é responsável por melhores proprie dades físicas, tais como: ◆◆Menor perda de espessura durante a utilização da blanqueta. ◆◆Melhor resistência ao tensionamento, dispensan do constantes tensionamentos adicionais. ◆◆Rápida recuperação de amassamentos e resistên cia a vincos e cortes decorrentes das bordas dos suportes, graças à grande espessura da camada de borracha. ◆◆Vida útil estendida e excelente reprodução de pontos. Tintas offset
Este é o insumo que possui maior diversidade de características disponíveis para adequação a diferentes necessidades. A sua formulação ideal deve ser escolhida de acordo com o tipo de im pressora e, principalmente, com o tipo de supor te a ser impresso. Aqui destacamos duas tecno logias: as tintas à base de óleos 100% vegetais e as tintas de cura UV. Os vernizes-base, ou veículos, das tintas offset tipo BIO, feitos com óleos 100% renov áveis, são um avanço tanto no aspecto ecológico quanto técnico. Por reduzirem emissões de VOCs (Com postos Orgânicos Voláteis), são adequados a tra balhos com apelo ecológico, gerando mais opor
tunidades de negócios, como os explorados pela American Soybean Association (ASA). Essas tintas inicialmente foram desenvolvidas para melhorar o desempenho de impressoras com reversão, reduzindo o indesejável acúmulo de tinta no cilindro de contrapressão das últimas unidades em máquinas de 8, 10 ou 12 cores. Os vernizes vegetais proporcionam melhor po der de umectação dos pigmentos, garantindo me lhor printabilidade e desempenho superior de im pressão, além de maior brilho. Já estão disponíveis também tintas vegetais do tipo board, que se adap tam muito bem a suportes de difícil ancoragem e com muita exigência de resistência a abrasão, como os couchés foscos, mais dif íceis de acabar. As tintas de cura por radiação ultravioleta, por sua vez, permitem a impressão sobre qualquer subs trato, mesmo os não absorventes, como plásticos e metais. Também são vantajosas quando existe o requisito de secagem rápida, como na impressão de dados variáveis ou para prazos de acabamen to muito curtos. Para a utilização dessas tintas são necessárias adaptações particulares na impresso ra, como a instalação das unidades de cura com lâmpadas UV, além da substituição de rolarias de impressão/molhagem e blanquetas. Chapas CtP processless
A tecnologia processless, ou sem processamento, permite a produção da chapa offset com pontos de primeira geração sem a utilização de tratamen tos químicos. A chapa vai diretamente para a im pressora offset após a exposição, eliminando-se a etapa de revelação com equipamentos e químicos específicos. A eliminação da camada de contragra fismo é realiz ada na própria impressora. Essa tecnologia promove uma redução dos cus tos relativos ao equipamento de processamento (investimento, manutenção, depreciação), energia, água, hora-máquina, hora-homem, reveladores e tratamentos de resíduos. Há também ganhos de produtividade. A chapa chega mais rapidamente à impressora e a exposi ção no CtP é mais rápida. Essa vantagem deve-se ao fato de a chapa ser negativa. O laser expõe so mente as áreas de grafismo, normalmente meno res. Essas chapas também proporcionam maior re petibilidade, já que diversas variáveis de revelação são eliminadas. VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
43
Hidrocarbonetos
Emulgentes Inibidores de corrosão
Papéis
Não são somente os fabricantes de tintas que es tão buscando acelerar o processo produtivo gráfico, mas também os fabricantes de papéis. A ideia foi incorporar à superfície do papel um tratamento que permite a ancoragem e oxidação da tinta com muito mais velocidade. Alguns exem plos desse tipo de tecnologia de revestimento fo ram lançados em novembro de 2007 na Europa pela Sappi. O couché Tempo foi desenvolvido com base em pesquisas de mercado e grupos de discus são focados nas necessidades das gráficas, onde a secagem mesmo no couché fosco permite manu seio em menos de uma hora. A americana Neenah também oferece alta performance de acabamento aliada à alta qualidade de definição com o Corona do SST (Special Surface Treatment). A Arjowiggins também trouxe inovações nessa área, lançando o papel da tradicional linha Rives na versão Sensation, que aumenta drasticamente a secagem e a taxa de cobertura, permitindo, além de maior densidade de impressão e contraste, menor tempo de acabamen to, sem contar o fato de diminuir eventuais perdas durante esses processos. Químicos auxiliares
Os químicos auxiliares chegam ao gráfico com uma ampla gama de produtos para diversas necessida des voltadas para melhoria do processo: secantes, produtos de limpeza e de conservação de rolarias e blanquetas, soluções de fonte e vários outros. Secantes: utilizam a própria água emulsionada da solução de fonte para ajudar a secar a tinta. As sim, a tinta seca de dentro para fora. Não faz cas ca e também tem ajudado na fixação do filme de tinta em suportes de pouca absorção. Auxiliares de limpeza: a popularização dos sol ventes do tipo não aromáticos permite a limpeza 44 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
dos rolos e blanquetas sem agredir suas proprieda des de dureza, diâmetro e rugosidade. Essa nova tec nologia de solventes, além de propiciar uma limpe za mais eficiente, permite o emulsionamento com água. Eles têm em sua composição agentes anti corrosivos. O impressor deve ser orientado quan to à utilização correta desse tipo de solvente mais “pesado”, já que ele apresenta uma oleosidade re sidual que deve ser removida com água. Comple tam os produtos de limpeza diária, como o solvente, os auxiliares de limpeza profunda para revitaliza ção dos poros dos rolos, que removem também o cálcio acumulado. Porém, uma vez endurecidos e encolhidos, os rolos devem ser trocados. Soluções de fonte: hoje são desenvolvidas de forma bem personalizada para cada tipo de equi pamento impressor e qualidade de água. Por isso, existem dezenas de tipos em cada portfólio dos fabricantes. Esses produtos mais modernos proporcionam diversos benef ícios ao processo em comparação com os produtos mais antigos: ◆◆Melhor umectação da chapa. ◆◆Quebra da tensão sup erf icial da água, reduzindo ou eliminando o álcool isopropílico. ◆◆Aumento da hidrofilia da chapa. ◆◆Melhor balanço água/tinta. ◆◆Redução do emulsionamento. ◆◆Redução do fluxo de água no sistema. ◆◆Tamponização do pH. ◆◆Limpeza do contragrafismo. ◆◆Melhor secagem das tintas. Daniel Nato é tecnólogo formado pela Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e consultor técnico na Antalis.
• Colônia de férias • Plano Odontológico • Descontos na compra de veículos GM • Assessoria Jurídica • Convênio cartão BNDES
• Descontos em cursos da ABTG • Desconto para o Prêmio Fernando Pini
• Revistas ABIGRAF e Tecnologia Gráfica
• Consultoria gratuita
• Assessoria gratuita na importação de equipamento • Auxílio para o cálculo do crédito acumulado de ICMS • Convênio com a Caixa Econômica Federal
BENEFÍCIOS ABIGRAF.
QUEM RESOLVE TER, RESOLVE MUITO. Para resolver de vez os seus problemas, são mais
de 30 benefícios que você possui,
entre consultorias, descontos, créditos, treinamentos, infraestrutura e divulgação da sua gráfica. Associe-se
já.
A PARTIR DE 35,00/MÊS.*
O valor de R$ 35,00 mensais é válido para gráfica de 0 a 5 funcionários.
Acesse e saiba mais: www.abigraf.org.br Ligue para (11) 3232-4500
ACABAMENTO
Imprimi. E agora? Silvane Salamoni
R
ecentemente, o site da ABTG divulgou um levantamento realizado pela ANconsulting, empresa de consultoria esp ecializ ada em negócios gráficos, sobretudo os que envol vem impressão digital. O levantamento afirma que gráficas de diferentes portes que investiram na tec nologia digital crescerão cerca de 22% em 2011 em relação ao ano passado. Tais dados confirmam algo que já é sabido pelo mercado: a impressão digital está se tornando uma das principais forças de atração de novos investimen tos. O crescimento da impressão digital como negó cio abre, por sua vez, uma
Vincadeira e dobradeira Morgana.
46 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
nova necessidade dentro das grá ficas: investir em soluções de acaba mento digital para esse tipo de aplicação. Em princípio, é muito co mum o empresário gráfico, so bretudo o de gráficas pequenas, não atentar para essa necessidade e usar seus sistemas de acabamento tradicionais para finalizar (vincar, cor tar, dobrar, colar etc.) seus impressos digitais. Isso, na maioria das vezes, incorre num erro. Pois os im pressos digitais, da mesma maneira que se diferen ciam no processo de impressão, por permitir baixas tiragens ou tiragens unitárias com personalização one to one, também precisam de aplicações dedica das de acabamento para que sejam finalizados com qualidade. Ou seja, não adianta investir em equipa
mentos de qualidade para impressão digital se não há, no final do processo, sistemas que assegurem um acabamento com igual qualidade. Essa afirmação pode ser ilustrada com um exem plo simples. Na maioria dos casos, as impressoras atualmente disponíveis no mercado usam tecno logia de toner, principalmente quando falamos de impressoras de ponta. Só que, como é sabido, o to ner, ao contrário da tinta à base de água, não pene tra no papel — ele fica concentrado na superfície do substrato. Agora, imagine que, na dobra ou corte, a folha sofra um tipo de estresse (pressão) que ra sura ou arranca esse toner facilmente. O resultado são os filetes brancos provocados em áreas onde o toner foi, literalmente, removido pelo processo de acabamento — faca ou pressão para dobra. Quando falamos em equipamentos especialmen te criados para acabamento digital, estamos falando, portanto, de tecnologias que respeitam as características desse tipo de impresso. Alguns sistemas de acabamento, como os de corte, já estão mais adapta dos aos processos envolvendo impres são digital. Neles, as facas já vêm prepara das para cortar impressos em toner. Mas em vários outros itens que envolvem o acabamento de um produto gráfico isso não ocorre. Um exem plo rápido são os sistemas de vinco, que permitem que as folhas recebam vinco sem pressão usando sistema inteligente (mas simples) macho/fêmea, no qual o vinco é feito sem rasura alguma. Acabamentos dedicados
Outros paralelos que podemos traçar, em termos de tecnologia, são as vantagens de se trabalhar com sistemas de acabamentos adaptados ao digital em processos de binder, dobra e guilhotina, devido ao tempo mais curto de acerto da máquina. Como se tratam de impressos em tiragens baixíssimas, mui tas vezes unitárias, é inconcebível que haja desper dício de substrato. Linhas desenhadas para impres sos digit ais trazem um setup menor, com o qual a troca de funções se torna mais rápida, já que o giro entre diferentes trabalhos é muito maior, de vido às baixas tiragens (equipamentos para acaba mento digital são pensados para equilibrar tempo e
produtividade). Não é viável que os pro cessos de vincar, cortar ou dobrar cinco ou 10 catálogos demandem um tem po de acerto igual ao encontrado em um equipamento similar para saída off set. Por fim, deve-se considerar o design dessas máquinas. Normalmente, as grá ficas digitais são menores e o layout des ses equipamentos respeita isso. Trata-se de maquinário com pacto que ocupa pouco espa ço. Além disso, a gráfica digi tal normalmente trabalha com “balcão”, é voltada para atendimento de rua, e isso se reflete em toda a estrutura de seu parque de produção, que deve permitir agilidade em pouco espaço. É possível perceber que, em um plano de investi mento ideal, não se deve olhar apenas para o parque de impressão, e sim para a cadeia como um todo. Esse tipo de visão já é comum nas gráficas tradicio nais e deve migrar também para as gráficas digitais. Afinal, a exigência de qualidade por parte de clien tes e do mercado, em geral, não muda. E, à medida que os impressos digitais asseguram uma diversifi cação na oferta de trabalhos gráficos, o empresá rio deve estar atento às formas de produzir esses impressos com qualidade máxima. Portanto, se de um lado fala-se muito sobre abrir aplicações para incentivar o crescimento das ven das no mercado de impressão digital e no número de páginas impressas com esses sistemas, os com pradores desse tipo de tecnologia (ou seja, gráfi cos) devem atentar para uma terceira e adicional
Thermo-Type, máquina de aplicação de hot stamping.
questão: se vou imprimir, preciso dar a esse impres so um acabamento condizente com a qualidade que meu cliente espera. Assim, temos, ao final, não somente a venda de produtos para se imprimir digitalmente. Temos a venda de uma solução total ao cliente. Esse, sim, é um novo mercado: o que permite a impressão em baix as tiragens e tiragens personalizadas e, tam bém, que possibilita a produção de um impresso belo, bem acabado, e um fluxo de trabalho todo adaptado e pensado para a impressão digital. Silvane Salamoni é diretora da Diginove Equipamentos Gráficos
Encadernadora de lombada quadrada Duplo DB-280.
VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
47
SEYBOLD Molly Joss
Digital Publishing da Adobe
Ferramentas para publicação em múltiplos canais
N
o final do ano passado a Adobe anunciou o lançamento do Digital Publishing Suite, um sistema online de software caracterizado como “um conjunto de serviços tecnológicos de hospedagem e visualiz aç ão já prontos para criar, publicar, otimizar e vender conteúdo digital direto ao consumidor”. Dave Dickson, gerente de marke ting de produtos de publicação digital da Adobe, afirma que o pacote oferece aos editores uma so lução completa para a publicação em múltiplos ca nais que supre todas as funções e necessidades das editoras para criar, divulgar e obter lucro com con teúdos digitais. Além disso, o pacote oferece uma forma de rastrear e controlar o uso do conteúdo e o desempenho da publicidade. Projetado para trabalhar com arquivos oriun dos do pacote CS5, o Digital Publishing Suite supor ta os visualiz adores de conteúdo Adobe AIR e iOS. As publicações preparadas com o pacote poderão ser lidas em tablets como o Blackberry PlayBook, o
Esquema de utilização do pacote Adobe Digital Edition.
AUTORIA
PACOTE DE PUBLICAÇÃO DIGITAL
Adobe InDesign CS5 Utilizar ferramentas de autoria para oferecer a interatividade, qualidade e tradição do design de impressão.
50 TECNOLOGIA GRÁFICA
Samsung Galaxy, o iPad e muitos dos dispositivos com sistema oper acional Android. Criar serviços que ajudam os editores a disponibilizar seu conteú do em uma variedade mais ampla de dispositivos é uma jogada inteligente. A Adobe informou que o valor da versão prof is sional será de US$ 699 por mês, acrescido de uma taxa por publicação. Os editores que usam essa versão terão acesso ao Digital Publishing Suite para criar aplicativos para todas as suas publicações. Em presas de pequeno e médio porte e editoras cor porativas seriam provavelmente aquelas com maior interesse no seu uso. O contrato em longo prazo para as grandes cor porações, chamado de versão empresarial, será per sonalizado e incluirá o acesso às APIs (interface de chamadas de programação) para integração de ser viços de saída, tais como gerenciamento de assina turas, impressão com dados variáveis e comércio eletrônico. A Adobe também oferecerá serviços de suporte para trabalhos personalizados, em nível
SERVIÇO DE PRODUÇÃO
SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO
SERVIÇO DE E-COMMERCE
Enviar conteúdo, testar interatividade, organizar o conteúdo do pacote e criar um Visualizador de Conteúdo customizado pelo editor.
Usar conteúdos centralizados automatizados variáveis e ainda mantendo as relações diretas com os leitores.
Maximizar o retorno sobre o investimento em conteúdo com a venda através de múltiplos canais, incluindo mercado de celular e sites de editoras.
VOL. II 2011
SERVIÇO DE ANÁLISE DE DADOS Ganhar uma visão para otimizar o conteúdo editorial e publicitário utilizando ferramentas baseadas no Pacote de Marketing Online da Adobe
VISUALIZAÇÃO
Visualizador Adobe Content Viewer Envolver o público em várias plataformas com um visualizador de conteúdo que oferece uma performance inovadora assim como novos recursos de navegação.
corporativo. Provavelmente grandes empresas de mídia serão os maiores interessados por esta versão, mas não deve se descartar o interesse de divisões de publicação dentro de grandes corporações. Conteúdo do pacote
Para fornecer aos usuários um serviço de publica ção multicanais, a Adobe equipou o pacote com os seguintes elementos: ◆◆Serviço de Produção (Production Service): os usuá rios poderão fazer o upload de arquivos de In Design CS5 em um servidor de tal forma que dife rentes editores poderão trabalhar em colaborações no design, organização da ordem correta do con teúdo, acréscimo de metadados e visualização da edição completa da forma final como ela apare cerá nos monitores e tablets. O Serviço de Pro dução suporta uma série de formatos de arquivo, incluindo PDF e HTML5. ◆◆Serviço de Dist ribuiç ão (Dist ribut ion Service): os usuários serão capazes de armazenar, hospedar e distribuir conteúdo digital. Um painel divulga o conteúdo da biblioteca, incluindo metadados de publicação e arquivamento. O sistema também pode notificar os leitores quando uma nova edi ção de uma determinada revista está disponível para compra ou download. ◆◆Comércio Eletrônico (e-commerce Service): essa parte do pacote inclui suporte para lojas online, tanto de pequenas quanto de grandes marcas, tais como a BlackBerry App World, Android Market, do Google Apps Marketplace, ou Apple App Sto re. Os usuários podem criar grupos de conteúdos para visualiz ação ou impressão a serem postados online nessas lojas. ◆◆Análise de Dados (Analytics Service): é nessa área que a Adobe está aplicando as competências da empresa recém-adquirida, a Omniture. Será possí vel medir acessos e visualizações, informações es senciais para publicidade e assinaturas, incluindo total de visitantes, edições baixadas e estatísticas de compra e utilização de conteúdo interativo. Apenas os usuários da versão empresarial pode rão usar os serviços de comércio eletrônico e aná lise de dados, mas eles são o suf iciente para que essas empresas migrem de qualquer outro servi ço que estejam usando, ou planejavam usar, para a criação e a divulgação dos seus conteúdos digi tais. Em tese, o mais valioso é a análise dos dados de acesso. Em longo prazo, esses dados podem
ser utilizados para redirecionar os investimentos em publicidade. Para a Adobe, as capacidades analíticas do paco te podem ser descritas da seguinte forma: a análise cuidadosa do perfil do público online pode comple tar informações tradicionalmente obtidas em pon tos de venda offline e ajudar a construir uma ima gem mais abrangente de cada assinante. Relatórios e análises aprofundadas estão disponíveis através de uma assinatura separada do produto SiteCatalyst, também da Adobe. Painéis e relatórios adicionais podem ser personalizados para atender aos objeti vos específicos de um anunciante. Essa é uma boa notícia para as grandes empresas, uma vez que elas podem adaptar esses recursos a objetivos muito es pecíficos, ou mesmo para um anúncio individual. Além disso, também é possível testar e acompanhar os resultados de uma campanha e cobrar do anun ciante taxas adicionais por tais serviços. Na área grá fica há uma discussão sobre como gráficas deve riam se tornar prestadoras de serviços de marketing. Talvez o mesmo seja válido para editores.
Tela do aplicativo Adobe Digital Edition Publishing.
As grandes editoras já estão no barco
A Adobe já está trabalhando com as maiores edi toras do mundo, como a Condé Nast e Martha Stewart Living Omnimedia, Inc., para criar revistas digitais. Poucas horas depois de a Adobe anunciar o lançamento do Digital Publishing Suite, a Condé Nast anunciou que vai usar o pacote para produzir edições digitais de todas as suas revistas. Comentando a decisão, Joe Simon, diretor do Instituto de Tecnologia da Condé Nast, explica que a editora teve boas experiências utilizando a Digital Magazine Solution (precursor do Digital Publishing VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
51
O sucesso do novo pacote com os clientes de pequenas e médias empresas dependerá principal mente da facilidade de utilização. A fim de com pensar o gasto de US$ 699 mensais mais a taxa por publicação, essas empresas serão obrigadas a redu zir outros gastos. Posteriormente, se as publicações online produzirem receitas adicionais, os ganhos ob tidos poderão cobrir o custo do pacote. No início, porém, a facilidade de uso será primordial. Para as grandes editoras interessadas na ver são corporativa, muito irá depender da capacida de de fazer bom uso dos recursos de distribuição, comércio eletrônico, rastreamento e análise de da dos. Existem outras ferramentas para o desenvolvi mento de versões interativas e aplicativos para iPad e algumas editoras já estão desenvolvendo suas pró prias ferramentas. Assim, o grande atrativo para es ses usuários são os recursos de análise e suporte às ferramentas tradicionais de criação. Informações adic ionais sobre o Digital Publishing
Suite) para transformar os aplicativos para iPad das publicações Wired e The New Yorker. Além disso, a adição de ferramentas de análise de dados tor na o novo pacote muito atraente. “Com a Wired e a The New Yorker pudemos manter a aparência original das publicações porque os designers esta vam familiariz ados com as ferramentas da Adobe. Suas soluções permitem oferecer publicações digi tais que se destacam e também fornecem informa ções necess árias para otimizar o nosso conteúdo editorial e publicitário”.
Telas com exemplo de relatório analítico.
Suite estão disponíveis no site Adobe.com e no blog do Digital Publishing (http://blogs.adobe. com/digitalpublishing) Tradução autorizada do The Seybold Report,
volume 10, número 20, 25 de outubro de 2010. Clientes Pioneiros do Digital Publishing Suite CLIENTES PIONEIROS DO DIGITAL PUBLISHING SUITE
DI Magazine Dark Glass Media
Credit Suisse Bulletin Credit Suisse
FOTOHITS Magazine FOTOHITS
InDesign Magazine PrintingForLess.com
WIRED Condé Nast
The New Yorker Condé Nast
Maxim HD Maxim/Bite Sized Candy
iGIZMO Dennis Publishing
Sabado Bicentenario Grupo El Mercurio
Nossa opinião
Perguntamos a Dave Dickson, gerente de marke ting de produtos de publicação digital da Ado be, sobre qual fluxo de trabalho os editores preci sariam estabelecer para usar o novo pacote e, em particular, se seria necessário contratar pessoal es pecializ ado na criação de publicações interativas. Segundo ele, as ferramentas foram projetadas para serem simples e intuitivas, para que os funcionários das próprias editoras com experiência em design de impressão possam adicionar interatividade às publi cações. Só será possível saber se o público vai con cordar ou não com essa afirmação depois que os editores tiverem a oportunidade de experimentar o Digital Publishing Suite. 52 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
Publisher Magazine Ulrich Media
Full Plate Diet Vook
Wandermagazin Schaffrath
Serviços & Produtos Gráfica vende Ryobi 524, ano 2000, em perfeito estado. A máquina possui 71 milhões de impressões, pré-registro, Ryobi Matic D e rolos reserva. Em funcionamento, é a única máquina 4 cores da empresa, não havendo necessidade de qualquer ajuste. Tel. (11) 8134.2144 michelguerra@gmail.com
Grampeação de Alta Performance Máquina Miruna Modelo 3 D2
Serviços & Produtos O espaço na medida exata para sua empresa
(11) 3159.3010 Ligue agora e conheça nossos preços exclusivos Pagamento facilitado em 30 e 60 dias
A máquina de grampear Miruna modelo 3 com dois cabeçotes é o equipamento ideal para todas as gráficas que realizam serviços de acabamento, grampeando revistas, catálogos, calendários, informativos e livros. A Miruna modelo 3 D2 realiza uma gama diversificada de serviços de forma econômica e em tempo reduzido, pois possui grande diferencial das máquinas de grampear existentes no mercado: a aplicação de dois grampos por acionamento. De alta vida útil e baixo índice de desperdício de arames, requer baixa manutenção, trabalhando por anos com perfeita qualidade de grampeação. Solicite a visita de nossos representantes www.miruna.com.br miruna@miruna.com.br Fone: (11) 2711-0844 Fax: (11) 4702-5951 0800-120844 Rua Howard A. Acheson Jr, 295 CEP 06711-280 Cotia SP VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
53
TUTORIAL
Thiago Justo
Neste tutorial vou apresentar uma nova ferramenta do Photo shop CS5, Puppet Warp, um recurso rápido, fácil e extremamente útil para executar pequenas distorções e ajustes em suas imagens. Requisitos: Adobe Photoshop CS5
O
Dando um nó no Photoshop
Puppet Warp é uma ferramenta muito simples de usar e que permite fazer distorções muito interessantes: movimentar braços e pernas de uma pessoa, encurvar objetos da fotografia ou, como o escolhido para este tutorial, dar nó em uma corda. Com a imagem escolhida aberta no Photoshop, retire seu fundo, em caso de fundo simples, ou faça a seleção do objeto da imagem que você pretende distorcer. Para utilizar o Warp é necessário fazer uma seleção precisa daquilo em que se pretende mexer e para isso você pode utilizar as ferramentas Pen
1
3
2
54 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
Tool e Refine Edge. É claro que isso não é uma regra. Você poderá utilizar qualquer uma das ferramentas de seleção do Photoshop que mais se adequem ao tipo de imagem e seleção escolhida. Eu escolhi a imagem de uma corda sob um fundo branco, muito simples de retirar. Para selecionar somente a corda, utilizei a ferramenta Quick Selection Tool clicando sobre o fundo branco. Depois de selecionar o fundo, inverta a seleção (Menu Select ➠ Inverse ou pelo atalho Cmd / Ctrl + Shift + I). Você pode melhorar essa seleção inicial clicando no botão Refine Edge (1).
Com o Refine Edge podemos aperfeiçoar e corrigir nossa seleção da melhor forma possível. Experimente todos os ajustes para encontrar a melhor seleção para seu objeto. Outro ponto interessante do Refine é o fato de ele dar opções de saída para a seleção. Você poderá salvá-la com um nova camada, nova máscara e novo layer com máscara, entre outros. Depois de refinar sua seleção, escolha no Output to a opção New Layer. Desse modo, você terá a seleção do objeto salva em uma nova camada (2). Temos, então, duas camadas distintas, uma com a imagem original e outra só com aquilo que sele cionamos da imagem (3). Vamos aplicar o Puppet
Warp nesse novo layer. Com a camada seleciona da, vá em Edit ➠ Puppet Warp para abrir a ferramenta(4). Quando estiver ativo, o Warp criará uma malha sobre a imagem selecionada (5). Agora, basta aplicar os pontos que nos permitem manipular e distorcer os objetos. Eles vão fun cionar como pontos de articulação. Por isso, para curvar ou dobrar o objeto, você precisará criar pelo menos dois pontos. Distribua-os de modo a conseguir o melhor arranjo para a distorção que se pretende fazer na imagem (6). Depois de criar os pontos, comece a fazer as distorções. Você pode movimentar os pontos clicando sobre eles e arrastando-os. Você pode selecionar
4 5
6
7
VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
55
mais de um ponto para arrastar. Para isso, use a tecla Shift. Para girar os pontos, basta clicar sobre um deles e pressionar a tecla Alt. Com esses comandos simples é possível distorcer a corda até fazer um nó (7, 8 e 9). Existem também os comandos na barra de pro priedades que ajudam na hora de fazer a distorção (10), principalmente o Expansion, que aumenta a área de inf luência de um ponto sobre a imagem, e o Pin Depth, que organiza a sobreposição de partes
8
9
10
11
56 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
da imagem. Com ele é possível enviar para frente e para trás a parte da imagem do ponto selecionado (11). Utilizei o Pin Depth para organizar as pontas da corda, de modo a dar realismo ao nó que c riei. Depois de distorcer a imagem, basta pressionar Enter para que a distorção seja aplicada à imagem original. Pronto! Nó feito no Photoshop. Thiago Justo é instrutor de Pré‑impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
SITES
Metalgamica www.metalgamica.com.br
C om o objetivo de dar maior suporte ao cliente e também importância à marca, a Metalgamica investiu na modernização de seu site. A nova versão convida o inter naut a a explorar várias informações sobre a empresa, produtos e serviços ofere cidos ao mercado e à indústria gráfica em geral. A reformulação resultou em um layout mais claro, limpo e atrativo. Foram revistos aspectos técnicos, com a ado ção de mecanismos que facilitam a navegação. A página de notícias demonstra maior cuidado com os clientes e passa a proporcionar mais informação sobre os lançamentos de produtos e novidades da empresa. A comunicação digital na Metalgamica ganha força também com o ingresso da empresa nas redes sociais. Twitter e Facebook foram as primeiras a entrarem na lista, seguidas pelo YouTube. Todas as contas têm perfil institucional e abrem espaço para a comunicação e ajuda ao cliente. O lançamento do novo site vem ao encontro dos novos investimentos em marketing e foco total no cliente.
LITERATURA
e Books – Arte-finalização e conversão para livros eletrônicos Ricardo Minoru Horie O primeiro volume da coleção eBooks explica em detalhes os procedimentos para que profissionais de diagramação de livros dos mais variados segmentos pos sam produzir livros eletrônicos nos formatos ePub, Mobi e PDF, para serem lidos e visualizados por aplicativos instalados em computadores, notebooks, netbooks, smartphones e também em e-readers e tablets. Usando como ferramenta princi pal o InDesign CS5 e alguns outros utilit ários, o volume Arte-finalização e conversão para livros eletrônicos descreve os conceitos e características dos principais formatos, cuidados, procedimentos técnicos, preparação dos elementos de pá gina, limitações dos projetos gráficos e boas práticas na diagramação, além das técnicas de conversão dos conteúdos para os formatos ePub, Mobi e PDF. Bytes & Types www.bytestypes.com.br
Textos clássicos do design gráfico
WG Papéis www.wgpapeis.com.br O novo site da WG Papéis permite ao internauta acessar o universo de informa ções da empresa, seus produtos e serviços. As mudanças trouxeram ao site um layout mais atrativo, além da incorporação de ferramentas que facilitam e agili zam a navegação. O atendimento online a clientes direciona diretamente o usuá rio para os atendentes comerciais e quem navega encontra as promoções sempre atualizadas. O contato da empresa com o mercado através da internet se am plia também com a entrada da WG Papéis nas redes sociais: Facebook, LinkedIn, orkut, YouTube e o blog acessado via Wordpress.
Michael Bierut, Jessica Helfand, Steven Heller e Rick Poynor Os ensaios dessa antologia de textos históricos sobre design gráfico revelam o percurso multifacetado e polêmico dessa disciplina, que começou como arte co mercial e se transformou em atividade altamente profissional e respeit ável. Cada um dos textos da obra lança luzes sobre um instante, uma descoberta ou um debate significativos. Em manifestos, panfletos, artigos e textos de conferên cias, designers e pessoas que acompanham o design veem-se às voltas com as questões críticas do modernismo, mercantilismo, estética, feminismo, tradicio nalismo versus progressismo e responsabilidade social. Esses trabalhos vibran tes e originais constroem uma moldura por meio da qual torna-se possível com preender o desenvolvimento de um método visual que ajudou a definir a feição da comunicação e da vida cotidianas. WMF Martins Fontes www.wmfmartinsfontes.com.br VOL. II 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
57
CURSOS
ABTG Junho PCP e Boas Práticas de Fabricação
Data: 7 de junho Horário: 9h às 18h Instrutor: Thomaz Caspary Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Controlando as Variáveis de Impressão Offset
Data: 14 a 16 de junho Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Pedro Casotti Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG/Abigraf, Abraform, Sin grafs e Abiea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
Um Modelo Diferenciado de Atendimento ao Cliente Interno e Externo
Data: 21 de junho Horário: 9h às 18h Instrutor: Cristina Simões Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Julho Custos e Formação de Preço de Venda
Data: 12 a 14 de julho Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Flavio Botana Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG/Abigraf, Abraform, Sin grafs e Abiea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
Fechamento de Arquivos para a Indústria Gráfica
Data: 19 de julho Horário: 9h às 18h Instrutor: Ricardo Minoru Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Agosto Produção Gráfica
Data: 2 de agosto Horário: 9h às 18h Instrutor: Ana Cristina Pedrozo Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs
58 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2011
e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Problemas e Soluções na Pós‑Impressão
INICIAÇÃO PROFISSIONAL Criação e Desenvolvimento de Personagem de Cartoon (42h) – R$ 480,00
Data: 9 a 11 de agosto Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Evandro Ferreira Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG/Abigraf, Abraform, Sin grafs e Abiea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
SENAI Cursos de férias Meio Oficial Impressor Offset em Máquina Monocolor
(60h) – R$ 743,00 Semanal 2ª‒ a 6ª:‒ 20/6 a 15/7 das 19h às 22:30h 2ª‒ a 6ª‒ (integral): 20/6 a 01/7 e 4/7 a 12/7 das 8h às 17:00
Impressão Offset em Máquina Quatro Cores
(60h) – R$ 1.174,00 Semanal 2ª‒ a 6ª:‒ 20/6 a 15/7 das 19h às 22:30h Requisitos: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à impressão offset, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Illustrator para Pré Impressão ( 32h) – R$ 561,00
Semanal 2ª‒ a 6ª:‒ 20/6 a 5/7 das 19h às 22:00h Requisitos: comprovar conhecimen tos e experiências anteriores referen tes à editoração eletrônica, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
InDesign para Pré Impressão ( 32h) – R$ 510,00
Semanal 2ª‒ a 6ª:‒ 20/6 a 5/7 das 19h às 22:00h Requisitos: comprovar conhecimen tos e experiências anteriores referen tes à editoração eletrônica, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Colorimetria Aplicada aos Processos Gráficos
(32h) – R$ 510,00 Semanal 2ª‒ a 6ª:‒ 20/6 a 5/7 das 19h às 22:00h Requisitos: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à produção gráfica, adquiri
Sábados: 23/7 a 1/10 e 8/10 a 17/12 das 8h às 12h Requisitos: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.
Operação de Guilhotina Linear ( 28h) – R$ 390,00
Sábados: 4/6 a 30/7; 13/8 a 24/9; 8/10 a 10/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 11/4 a 27/4; 2/5 a 17/5; 18/5 a 2/6; 6/6 a 21/6; 27/6 a 12/7; 13/7 a 28/7 das 19h às 22h
Operador de Dobradeira ( 28h) – R$ 390,00
Sábados: 4/6 a 30/7 das 8h às 12h ou das 13h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 11/4 a 27/4 das 19h às 22h
Impressor de Corte e Vinco Manual (32h) – R$ 492,00
Sábados: 23/7 a 10/9 e 1/10 a 19/11 das 8h às 12h ou das 13h às 17h
Impressor de Corte e Vinco Automático (80h) – R$ 848,00
Sábados: 23/7 à 10/9 e 1/10 à 3/12 das 8h às 17h
APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL Produção Gráfica
(32h) – R$ 480,00 Sábados: 30/7 a 17/9 e 1/10 a 19/11 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Diagramação e Ilustração Digital (70h) – R$ 1.015,00
Sábados: 30/7 a 26/11 das 8h às 12h Requisitos: comprovar conhecimen tos e experiências anteriores referen tes à editoração eletrônica, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Colorimetria Aplicada aos Processos Gráficos
(32h) – R$ 510,00 Sábados: 30/7 a 17/9 13h às 17h e 1/10 a 19/11 das 8h às 12h Requisitos: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe
rentes à produção gráfica, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Impressão Offset em Máquinas Monocolores com Comandos Eletrônicos (40h) – R$ 523,00 Sábados: 30/7 a 27/8, 17/9 a 15/10 e 05/11 a 3/12/11 das 8h às 17h Requisitos: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à impressão offset, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Tecnologia de Embalagens Flexíveis (32h) – R$ 417,00 Sábados: 30/07 a 17/09 e 01/10 a 19/11 das 8h às 12h Requisitos: comprovar conhecimen tos e experiências anteriores referen tes à produção de embalagens, adqui ridos em outros cursos, no trabalho ou em outros meios informais. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental concluído (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência. A Escola Senai reserva-se o direito de não iniciar o programa se não hou ver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola. A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica
Alta Tecnologia produzida no Brasil
Rotatek Brasil OSC
FLEXO
Combi
Impressora modular com intercambiabilidade de processos e a vantagem do sistema de trocas de trabalho de forma rápida, prática e sem ferramentas. Uma excelente relação entre custo e beneficio.
Máquina híbrida que combina os processos offset, flexográfico, rotogravura, serigrafia, cold e hot stamping, intercambiando posições. Acabamentos em linha como, corte e vinco, auto-relevo, saídas em bobina e em folhas com pilha alta.
OFFSET SLEEV CHANGE
Impressora rotativa combinada com tecnologia de camisas para as matrizes de impressão, permitindo utilizar o melhor de cada tecnologia em um só processo.
Pós-venda e Assistência Técnica A Rotatek Brasil possui estrutura de serviços pós-venda e assistência técnica apta a solucionar rapidamente qualquer ocorrência em seus equipamentos, inclusive através de acesso remoto. Além, da estrutura própria de produção que possibilita soluções em tempo recorde.
Presente no mercado brasileiro desde 1985, a ROTATEK BRASIL, proporciona soluções na medida certa para as diversas produções gráficas combinando processos de impressão seja em offset, flexo, rotogravura, serigrafia, cold e hot stamping, agregando sistemas de acabamento em linha com toda a automação de controle de registro e controle de cor, além do auto-zero, que permite pré-ajuste com equipamento parado, proporcionando diminuição significativa nas horas paradas e na perda de material. Com sede própria em Barueri-SP, a ROTATEK BRASIL está em constante pesquisa para manter-se competitiva com qualquer bom equipamento.
Tel.: 55 11 3215-9999 - www.rotatek.com.br