ANO XV Nº 79 VOL. IV 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
Sistemas integrados de gestão
R E V I S TA te c n o l o g ia g r á f i c a 7 9
Automatize a administração de sua gráfica e ganhe eficiência e produtividade
Seis Sigma
Saiba mais sobre a famosa estratégia que gera lucro
Tipografia Claudio Rocha apresenta o processo de fabricação dos tipos de metal
Tutorial
Turbine seus gráficos no Illustrator
.FUSJDT
Acredite: O sistema de gestão mais completo e usado nas gráficas líderes também pode estar na sua empresa
A METRICS SABE QUE GERENCIAR UMA GRÁFICA ESTÁ CADA VEZ MAIS COMPLEXO. MAIS CONCORRÊNCIA, PREÇOS EM QUEDA E A CRESCENTE NECESSIDADE DE SER MAIS EFICIENTE E REDUZIR CUSTOS. Para as gráficas só existe um caminho: automatizar, melhorar a gestão e os controles, e extrair o melhor dos recursos existentes. Ao longo da última década a Metrics tem trabalhado com seus clientes, criando soluções para problemas que sua empresa pode estar vivenciando. A solução Metrics Printware atende a todo o ciclo de negócio, integrando completamente as atividades das áreas Comercial, Produção e Administrativa, com recursos que você
não encontrará em nenhuma outra ferramenta.
A Metrics está presente nas gráficas líderes na América Latina, e isto também faz muita diferença: nossas soluções são utilizadas por empresas que aprenderam a competir e crescer, e nos ajudam a melhorar o produto a cada dia.
E sua empresa também pode fazer parte desta comunidade, que prospera e sempre encontra uma forma de ser melhor.
Entre em contato e conheça o pacote de Solução Metrics mais adequado para sua empresa.
Com o Metrics sabemos exatamente o que acontece em nossa empresa, pois o sistema oferece informações integradas e confiáveis extremamente importantes para a boa gestão da gráfica.
”
”
Marcelo Marangoni
Diretor Administrativo e Financeiro Gráfica Aquarela
.FUSJDT. É mais que software. t.: 55 11 2199.0100 info@metrics.com.br www.metrics.com.br
Volume IV – 2011 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162-030 São Paulo SP Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa e Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Elisabete Pereira Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Foto da capa: AGE Fotostock/ AGB Photo Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão: Senai Theobaldo De Nigris Acabamento: Ipsis Gráfica e Editora Laminação, Hot Stamping: (fitas MP Brasil) UVPack Acabamentos Especiais Papel: couché fosco Nevia APP 90 g/m² (miolo) e couché fosco Nevia APP 170 g/m² (capa), fornecidos pela Cathay BR Assinaturas: 1 ano (6 edições), R$ 54,00; 2 anos (12 edições), R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Cathay-GuiaEspecialExpoprint-Abigraf247-c.indd 3
5/27/2010 9:00:48 PM
Apoio
Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700
Vamos falar de comunicação
P
assados três anos, teremos a oportunidade de, mais uma vez, participar do maior encontro de empresários e profissionais gráficos do País. O 15 º‒ Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, que vai acontecer de 8 a 11 de outubro em Foz do Iguaçu, promete ser um sucesso de público. Até o momento em que fechávamos esta edição as inscrições já estavam superando as expectativas. O tema geral do evento, “Crescendo com o Brasil”, remete ao bom período pelo qual a nossa economia vem passando, desde que o Plano Real logrou controlar a inflação. Atravessamos bem a crise de 2008 e seguimos crescendo. Sem dúvida, há muitos problemas estruturais a serem resolvidos. Sem dúvida, há outra crise, talvez pior que a anterior, se apresentando. Sem dúvida, há o avanço da concorrência das mídias eletrônicas. No entanto, novas oportunidades surgem a todo o momento e há muitas razões para sermos otimistas. Um exemplo? Recentemente a Folha de S.Paulo noticiou o lançamento, com sucesso, da primeira revista brasileira desenvolvida para iPad. Trata‑se da Noo, com matérias sobre estilo de vida. Desde o seu lançamento, no início de agosto, a publicação já teve 4.000 downloads. Diante do êxito, seus editores planejam, entre outras coisas, lançar uma versão impressa da publicação! A todo o momento aparecem casos semelhantes confirmando que o futuro será a convergência e integração entre mídias eletrônicas e impressas. O Congraf vai discutir tudo isso — cenários econômicos, tendências de mercado e de tecnologia, oportunidades trazidas pelos grandes acontecimentos esportivos que o Brasil vai sediar. Enfim, o objetivo maior é fomentar a reflexão e o debate sobre estratégias para crescer e lucrar com o excelente negócio que é a comunicação. Aliás, se esse é o nosso negócio, não faz sentido ficarmos isolados; vamos nos comunicar nesse grande evento! Manoel Manteigas de Oliveira Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris Diretor Técnico da ABTG
VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
3
Sumário 12
Sistemas integrados de gestão para todos os bolsos e perfis de empresa
30
Sidney Silveira, da Starlaser, fala sobre controle do processo
50
Turbine seus gráficos no Illustrator
Especial: Gestão
Entrevista
Tutorial
Spindrift
A norma 12647‑8
36 44
26
Normalização
Padronização na impressão offset e a norma ISO 12647
Notícias Produtos Literatura e sites Cursos
6 10 46 58
ANO XV Nº 79 VOL. IV 2011 ISSN 1678-096
5
A REVISTA TÉCNIC A DO SETOR GRÁFIC O BRASIL EIRO
SiStemaS integradoS de geS
tão Automatize a adm de sua gráfica inistração e ganhe eficiência e prod utividade
Impressão
Problemas e soluções na impressão de hot stamping Acabamento
56
79
22
Gestão ambiental
Soluções para o aprimoramento automático de imagens
32
Tipografia
Gestão
Conheça um pouco mais sobre gestão ambiental
Produção de matrizes de tipos de metal
A gRáfIc A
20
R E V I S TA T EcnologI
Seis Sigma, a estratégia gerencial que gera lucro
Seis Sigm a
Saiba mais sobre a famosa estrat que gera lucro égia
Tipog rafia Claudio Rocha apresenta o proce de fabricação dos sso tipos de metal
Tutor ial
Turbine seus gráficos no Illustrator
Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: AGE Fotostock/ AGB PHOTO
Cresça com flexibilidade.
Dobradeira meia-folha MBO T535 EA: investimento rentável para produção de alta qualidade
A MBO, fabricante de dobradeiras reconhecida mundialmente, é representada no Brasil pela Müller Martini, com centenas de máquinas instaladas em todo o país. Sua ampla linha de produtos e modelos oferece opções para as mais diversas necessidades, com o suporte da equipe Müller Martini. Consulte nossos especialistas para encontrar a dobradeira que se adequa às características de seu negócio.
www.mullermartini.com.br Telefone: 11 3613 1000
A dobradeira meia-folha T535 combina alta performance, economia e eficiência para os formatos de 15X15 cm até 50X70 cm. O desenho robusto e moderno garante a estabilidade e durabilidade do equipamento. Disponível nas versões T535 E, standard e T535 EA, com automação de diversos ajustes. Para trabalhos em folha inteira, a dobradeira B30 E, é o investimento de rápido retorno, para o formato 76X112 cm. De fácil operação, é ideal para altas tiragens, com tempos de troca bastante reduzidos.
www.mbo-folder.com
Representada exclusivamente pela Müller Martini Brasil.
NOTÍCIAS
Chegou ao mercado a certificadora que entende a linguagem do gráfico
C
riada com o objetivo de fornecer certificações para o merca do gráfico nacional, a ABTG Certificadora acaba de ser acredi tada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qua lidade Industrial (Inmetro) para a aplicação da Norma Técnica ISO 9001:2008 . Essa norma é uma certificação voltada para a gestão da qualidade, destinada às empresas que necessitam demonstrar a capacidade de fornecer produtos ou serviços que atendam às especificações do cliente, além dos requisitos legais. A ABTG Certificadora conta com auditores especializ ados na indústria da comunicação gráfica. Sua missão é dar conf iabilidade às empresas e fornecedores do setor, através da avaliação da con formidade de seus processos, produtos e sistema de gestão com as normas técnicas vigentes. Familiariz ada com a linguagem do prof issional gráfico, a ABTG Certificadora está altamente capacitada para atender às especifici dades do setor. Nesse sentido, além de criar um diferencial compe titivo de consistência e qualidade para seus clientes, ela agrega valor à marca e pode, através de certificações, contribuir para que as em presas que se submeterem à aplicação de normas técnicas ocupem um lugar de destaque no competitivo mercado gráfico. Sem contar a norma ISO 9001, a ABTG Certificadora oferece uma série de outras certificações e cursos, desenvolvidos para atender às necessidades da indústria gráfica e de toda a cadeia produtiva. Entre eles estão a certificação para sistema de segurança em con formidade com a norma ABNT NBR 15540, tintas gráficas em con formidade com a norma ISO 2846-1 e sistemas de prova física em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 12647-7. Para saber mais, acesse: www.abtgcertificadora.org.br.
6 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
E
Oferta de qualificação profissional para celulose e papel é ampliada
mbora mais conhecida pelos diversos programas de for mação oferecidos ao segmento gráfico, a Theobaldo De Nigris também tem uma importan te atuação preparando profis sionais para as indústrias de ce lulose e papel. Além do curso técnico de Celulose e Papel, de senvolvido nas próprias fábricas, o Senai também vem promo vendo dois programas de qua lificação prof issional — Aux i liar de Produção de Celulose e Aux iliar de Fabricação de Pa pel. Com duração de 160 horas cada um, esses cursos são uma excelente oportunidade para
a iniciaç ão prof issional nessas indústrias. Os programas vêm sendo oferecidos em cidades do interior de São Paulo — Ame ricana, Caieir as, Mogi-G uaç u e Piracicaba — onde estão lo calizadas indústrias de celulo se e de papel. Os cursos são gratuitos para os candidatos que declaram não ter recursos para o seu custeio. A grade curricular inclui pro cessos de obtenção de polpa e fabricação de papel, matemática aplicada, química geral e organi zação do trabalho e gestão. Nos últimos doze meses foram for mados mais de 300 estudantes.
IV Simpósio sobre Tecnologia na Fabricação de Embalagem
N
os dias 20 e 21 de setem bro foi realiz ado em São Paulo o IV Simpósio Internacio nal sobre Tecnologia na Fabrica ção de Embalagem. Promovido pela Específica Organização de Eventos, o simpósio objetiva co laborar na busca de excelência em todos os aspectos de produ ção e qualidade, respeitando as exigências ambientais. O evento englobou os prin cipais setores da área, ou seja, aço, alumínio, plástico, vidro, pa pel e papelão, com enfoque na apresentação de novas tecno logias de impressão, processos
e máquinas, respeitando sem pre a proteção ambiental. Além dos temas sobre sustentabilida de, reciclagem, design e pegada logística, foi promovido um de bate sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, envolvendo as principais entidades do setor e o deputado federal Arnaldo Jar dim. O encontro contou com a participação especial dos profes sores Jochen Hollaender e Sven Sängerlaub, do Instituto Frau nhofer – IVV, da Alemanha, Laér cio Romeiro, da Poli-USP, e Eneias Nunes da Silva, da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
A
Abigraf divulgou em agos to os dados econômicos relativos ao primeiro semestre de 2011. Levando-se em conta o período que vai de julho de 2010 a junho de 2011, o setor re gistrou um crescimento de 0,8% em relação aos doze meses ante riores (de julho de 2009 a junho de 2010). No entanto, a produ ção recuou 0,7% na comparação entre o primeiro semestre de 2011 e os seis primeiros meses de 2010. A queda reflete o resf ria mento da atividade da indústria brasileira registrada no período. Os dados têm como base a Pes quisa Industrial Mensal de Pro dução Física (PIM-PF), do IBGE . Dentro da indústria gráfi ca, ainda em comparação com o primeiro semestre de 2010, a maior queda foi registrada no segmento de embalagens
Offtex e Senai iniciam parceria
A
Offtex Indústria e Comér cio Têxtil foi a primeira fa bricante de camisas molhado ras da América Latina. Líder de mercado, é a única empresa a fabricar nacionalmente camisas molhadoras ajustáveis, produzi das a partir de material sintético encolhível. Esse tipo de camisa encolhe em água morna e agar ra-se ao rolo, evitando folgas e facilitando a colocação. Além disso, a camisa encolhível tem maior durabilidade que as con vencionais e não solta resíduos como os tecidos de algodão. Esse material passou a ser doado re gularmente para a Escola Senai Theobaldo De Nigris pela Offtex. As camisas serão usadas pelos alunos de todos os cursos offset
Produção da indústria gráfica cresce 0,8% nos últimos 12 meses
oferecidos pela escola. Afora a doaç ão das camisas molhado ras, a Offtex também está dis ponibilizando ao Senai palestras e orientação técnica por espe cialistas em sistemas de molha. Segundo João Benetti, diretor da Offtex, a parceria com o Senai é vista como uma grande conquis ta para a empresa. “É através das escolas gráficas que são forma dos os profissionais do futuro, que devem estar sempre atentos e cientes dos melhores produtos do mercado, sua boa utilização e manutenção. O aluno de hoje é o prof issional do futuro, que deve reciclar seu conhecimen to, atualiz ando-se, para juntar teoria e prática no tão concor rido mercado gráfico”.
impressas de plástico, cuja pro dução recuou 16,3%. Em contra partida, a divisão de produtos gráficos editoriais cresceu 9,2%. Apesar do recuo de 0,7% re gistrado no primeiro semestre de 2011, a estimativa de cresci mento anual da indústria gráfi ca é de 2% em 2011. Segundo o presidente da Abigraf, Fabio Ar ruda Mortara, a atividade do se tor no segundo semestre é tra dicionalmente mais aquecida. “É típico do primeiro semestre um crescimento mais tímido. O segundo semestre normal mente é mais forte para o se tor gráfico, já que as áreas pro mocional e caderneira são mais ativas nesta época do ano”, afir ma Mortara. “Com a aproxima ção das festas de Natal, o setor de embalagens também tende a crescer”, completa.
www.presenca.com.br
WebGraf Light.
Light é pura modéstia. orçamento
produção
mapa de custos
faturamento
financeiro
nota fiscal eletrônica
gerencial
Sistema flexível que acompanha o crescimento da sua gráfica. Recurso completo, light só no preço. Modéstia à parte, você precisa conhecer.
R$
A partir de
180 ,00
Demonstração On Line www.calcgraf.com.br
ao mês
Fone: (11) 3885-0500 atendimento@calcgraf.com.br
NOTÍCIAS
Conheça a programação do 15º- Congraf Mídias sociais, sustentabilidade, convergência, mercados e oportunidades são alguns dos temas de destaque na 15-ª edição do mais importante evento do setor gráfico nacional.
A
15ª– edição do Congraf, Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, vai acontecer em outubro, em Foz do Iguaçu, e será essencial para quem busca atualização profissional e oportunidades de negócios. O evento terá palestras que mostram o futuro, apresentadas por especialistas como Fá bio Mestriner, coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM; Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e Walter Longo, men tor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm. Organizado pelo Abi graf Nacional, com o apoio da Abigraf Regional Paraná e da ABTG , o even to deve reunir cerca de 800 pessoas. A seguir o temário completo.
9h30 às 10h30 – Planejamento de Investimentos: Estruturando o Seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável, Flavio Botana (Sala 1) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Sala 1) 10h50 às 11h10 – Café
de Mídias ou Substituição? Bruno Mortara (Sala 1)
11h10 às 12h10 – Oportunidades para a Indústria Gráfica no Segmento de Embalagem, Fábio Mestriner (Sala 1)
12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Sala 1)
12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Sala 1)
19h45 às 20h45 – Palestra de abertura – Perspectivas para um Brasil Melhor, Henrique Meirelles
15 às 15h45 – Apresentação das Atividades da ABTG Certificadora e do ONS 27 no Brasil (Sala 1)
21 às 23h – coquetel
15h45 às 18h – Apresentação das Atividades de Normalização Desenvolvidas pelos Países Participantes (Sala 1)
15 às 18h – Discussão Sobre o Plano de Trabalho Conjunto para Divulgação das Normas na América Latina, Bruno Mortara (Sala 1)
8 de outubro de 2011 (1º- dia) 19 às 19h45 – Abertura oficial/ composição da mesa e pronunciamento dos presidentes
9 de outubro de 2011 (2º- dia) 9h30 às 10h30 – O Perfil do Novo Consumidor – Geração Y, Sidnei Oliveira (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – O Poder das Mídias Sociais para os Negócios, Mariela Castro (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório) 9h30 às 10h30 – O Futuro da Gráfica e a Construção de Valor nas Relações Comerciais, Hamilton Terni Costa (Sala 1) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Sala 1) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Tendências Tecnológicas: Convergências
8 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
15h30 às 16h30 – Os Novos Desafios da Competitividade – Ibema (Auditório) 17 às 18h – Em definição (Auditório)
10 de outubro de 2011 (3º- dia) 9h30 às 10h30 – Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros, Lala Deheinzelin (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Auditório) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Copa do Mundo e Olimpíadas: Oportunidades nos Negócios, José Carlos Brunoro (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório)
12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório) 12h30 às 13h – Palestra de Encerramento: Balanço do 15º– Congraf – Oportunidades e Ameaças na Visão do Empresário Gráfico, Mário César Martins de Camargo (Auditório) 13 às 13h30 – Encerramento Oficial, Fabio Arruda Mortara (Auditório)
15h30 às 16h30 – Palestra International Paper (Auditório) 17 às 18h – Palestra Metrics (Auditório) 12h30 às 13h30 – Palestra Técnica: Um Panorama Atual da Impressão Digital, Bruno Mortara
11 de outubro (4º- dia) 9h30 às 10h30 – Educação de Qualidade como Fator de Sustentabilidade do Desenvolvimento, Cesar Callegari (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Auditório) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – A Inovação e o Futuro da Comunicação Voltada ao Consumo, Walter Longo (Auditório)
Data: 8 a 11 de outubro Abertura: 8 de outubro, a partir de 19h Palestras: 9 a 11 de outubro, das 9h30 às 13h30 Feira: dias 9 e 10, das 8 às 17h; dia 11, das 9 às 12h Local: Hotel Mabu Thermas & Resort, Avenida das Cataratas, 3175, Foz do Iguaçu (PR) Pacotes para congressistas: Must Tour Viagens e Turismo Tel (11) 3284.1666 ou www.musttour.com.br Informações e inscrições: www.congraf.org.br ou (11) 3164.3193
Serviços & Produtos
adCathayAPP-01-2011-9x12-TG_050511-c.indd 1
5/5/2011 9:19:24 AM
VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
9
PRODUTOS
Diginove mostra tecnologia de hot stamping Therm-O-Type
E
m julho a Diginove apresentou novo modelo para aplicação de hot stamping, o Therm-O-Type Foilfuser. Todas as amostras im pressas e testadas no equipamento foram feitas nos papéis da VSP Papéis Especiais, incluindo as linhas Relux, Constellation, Color Plus Metálico (Arjowiggins), Color Plus (Arjowiggins) e Luxcent. Silvane Salamoni, diretora da Diginove, mostrou o passo a pas so para finalização de um impresso digital e para a confecção de pe ças promocionais, como convites, papelaria personalizada e outras, usando aplicações de laminação fosca e brilhante possibilitadas pelo novo Therm-O-Type Foilfuser. O diferencial do sistema é a possibilidade de se aplicar hot stamping frente e verso ou, ainda, três cores diferentes de hot stamping num mesmo processo. Tudo acontece de forma relativamente sim ples. A base (papel) recebe a imagem impressa em preto simples (toner). Ao passar pela máquina, o hot stamping é aplicado ape nas nas áreas impressas. A entrada de mídia é automática e po dem ser usadas lâminas brilhantes ou foscas. O modelo Foilfuser é ideal para acabamento especial em convites diversos, impressos finos feitos em tecnologia digital sob demanda e papelaria que use papéis especiais não texturizados, por exemplo. Juntamente com o Therm-O-Type Foilfuser, a Diginove tam bém está comercializ ando um novo filme especial para laminação fosca e com brilho que suporta altas temperaturas, sendo, portan to, ideal para processos que envolvam reentrada na máquina im pressora; desta forma é possível imprimir na laminação e posterior mente aplicar o foil (filme de hot stamping). Entre a gama de cores, são mais de 40 disponíveis, que aderem ao toner independente da marca da impressora, além do Filme C, que é transparente, imitando assim o verniz localizado. www.diginove.com.br
Konica Minolta traz a bizhub Press C6000 para o Brasil
C
om o lançamento do modelo bizhub C6000 , multif uncional colori da recomendada para o mercado publicitário, a Konica Minolta am pliou seu portfólio da linha bizhub Press no Brasil. O equipamento rece beu o prêmio de “Melhor impressora colorida de produção de 2011” pela European Digital Press Association. “O fato de a bizhub Press C6000 ter recebido um prêmio tão significativo é a comprovação da qualidade dos produtos que a Konica Minolta oferece aos seus clientes. Por isso, vamos investir no equipamento no Brasil, em um mercado que exige excelên cia em produção”, afirmou Deise Sandrin, gerente nacional de vendas e marketing da Konica Minolta no Brasil. A grande novidade para esse equipamento é o Controlador de Impres são Konica Minolta IC-601, rico em recursos de calibração, gerenciamen to de cor e impressão com retícula estocástica (FM e ED). O sistema ainda combina flexibilidade de mídias, tornando a produção dos mais diversos tipos de trabalhos muito mais fácil. O diferencial desse modelo é a quali dade de imagem e baixa temperatura de fusão em papel espesso, permi tindo maior flexibilidade com papéis diferentes, mantidos pelo Toner Poli merizado Simitri HD, produzido de maneira sustentável e cujos resultados trazem menos impactos ao meio ambiente. A bizhub Press C6000 oferece ainda mais qualidade de imagem, durabi lidade, flexibilidade, conf iabilidade e capacidade de volume, além de impri mir 60 páginas por minuto, com formatos máximos de papel de 330 × 487 mm, gramatura máxima de 300 g/m² e resolução de 1.200 × 1.200 dpi, 8 bits. O equipamento possui o avançado sistema de cores Sead II, que com bina um conjunto de inovações técnicas que garante a reprodução das cores com qualidade e alta velocidade. O sistema de diagnóstico remoto da Konica Minolta, o CS Remote Care, oferecerá suporte assim que a bizhub Press C6000 estiver em total ope ração. A análise constante permite a geração automática de relatórios e monitoramento de peças e suprimentos de maneira totalmente proativa, assegurando a efetividade máxima do equipamento. konicaminolta.com.br
10 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
Arjowiggins lança papéis para impressão digital de rótulos e etiquetas
A
Arjowiggins estreou no mercado de rótulos e etiquetas com o lançamento da linha de papéis Witcel Labels Digital para impressão digital de rótulos e etique tas de produtos na 5ª‒ Label Latinoamerica (Feira e Conferência Internacional de Eti quetas Adesivas, Rótulos e Identificação de Produtos), que aconteceu em junho, em São Paulo. Com texturas sofisticadas e uma referência com acabamento metaliza do, a linha Witcel Labels Digital inova pela apresentação diferenciada que confere a produtos sofisticados como vinhos, cachaças, azeites, geleias e outros. As estratégias de marketing, incluindo a crescente atuação de gifting no mundo corporativo, po dem se benef iciar dessa nova linha, pois suas ações geralmente demandam pequenas tiragens e requerem alta qualidade de apresentação. A linha possui texturas diferenciadas e já contém acabamento primer em sua su perfície, aumentando a produtividade na confecção de rótulos e etiquetas, além de conferir uma ótima qualidade visual ao produto final. Além de ser um produto com certificado FSC , essa é a primeira linha de pa péis especiais produzida na América do Sul homologada pelo Rochester Institute of Technology – Printing Applications Laboratory para impressão em HP Indigo.
Tidland apresenta eixos desbobinadores ultraleves
O
s novos eixos ultraleves para diâmetros de tubete de 3" e 6", fabricados pela Tidland, são cada vez mais utilizados nas operações de desbobinamento e rebobi namento, permitindo aos fabricantes e convertedores de papel a redução de até 50% do peso do eixo. Os sis temas trazem maior segurança ao operador da máquina, maior produtividade e menos riscos trabalhistas. A configuração do eixo ultraleve, associada à liga de duralumínio, permitiu triplicar o número de apli cações em 2010. Graças a esses aspectos técnicos, a Tidland pode oferecer eixos ultraleves para aplicações mais robustas a preços mais econômicos. As deflexões sob carga foram diminuídas em até 20% e as velocida des críticas aumentadas prop orcionalmente, permi tindo o emprego desses eixos em aplicações até então consideradas impossíveis. www.tidland.com.br
www.arjowiggins.com.br
VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
11
ESPECIAL Elisabete Pereira
Administração 3.0
Para atender às atuais exigências do mercado quanto à agilidade, confiabilidade e segurança, fornecedores de sistemas de gestão inovam em soluções que auxiliam o gráfico a gerenciar seu negócio e ajudam na tomada de decisões sobre preço, controle de qualidade e redução de custos.
12 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
A
sobrevivência do negócio gráfico é cada vez mais dependente da for ma como a informação que chega à empresa é processada e entregue de volta ao mercado. A rapidez com que os dados circulam pelo vários departamentos, a conf iabilidade da operação, a segurança na invio labilidade dessas mensagens e a inteligência aplica da à análise dos dados configuram um diferencial competitivo importante, que inf luencia diretamen te a produtividade e, consequentemente, a lucrati vidade. Afinal, estamos falando da maneira como a empresa é administrada, operação que nas últi mas duas décadas ganhou importantes aliados, os sistemas integrados de gestão. De maneira geral, os sistemas de gestão volta dos para o setor gráfico são softwares que auto matizam o gerenciamento da empresa, cobrindo áreas como orçamento, emissão de ordens de ser viços, planejamento e controle de produção, com pras e faturamento, contas a pagar, pós-cálculo e estoque. O cliente pode adquirir o pacote comple to, com todas as ferramentas, ou comprar módu los específicos. Outra possibilidade é a integração com os sistemas de fluxo de trabalho (workflow), unindo administração e produção e fechando o ciclo da automação. Antes restritos às grandes corporações, os sis temas de gestão — que no mundo da Tecnologia da Informação atendem pela alcunha de ERP (En terprise Resource Planning) — perderam gordu ra e ganharam em agilidade e leveza para atender
à estrutura e caber no bolso das pequenas e mé dias gráficas. Lutando para aliar robustez, precisão e flexibilidade, os fornecedores vêm desdobrando seus produtos e ampliando as soluções através das modernas tecnologias disponíveis em TI. Os novos sistemas chegam num momento em que o empresário gráfico está mudando sua forma de pensar o negócio, de acordo com Walter Guimarães, sócio-diretor da mineira Zênite Sistemas. O setor está investindo em prof issionaliz ação e os sistemas de gestão são fundamentais nesse proces so, pois aceleram a tomada de decisões, organizam os fluxos dentro da empresa e mostram o retorno da atividade. “De nada adianta comprar uma im pressora de última geração se não houver um siste ma para ajudá-lo a gerenciar a produção e precificar corretamente os serviços”, afirma Walter. Osmar Barbosa, presidente da Metrics, também concorda que a área está crescendo em todos os segmentos. “É a única maneira de a empresa con trolar e extrair o máximo de seus recursos”. Para se ter uma ideia dessa evolução, em 20 anos oito mil gráficas passaram a usar softwares para gerencia mento dos negócios e a previsão para os próximos seis anos é que outras sete mil também comecem a utilizar essas ferramentas. Os números, citados por Rafael Passos, CIO (chief information officer) da Bremen Sistemas, mostram a evolução e o potencial desse segmento. “Se tra çarmos uma convergência entre esses ponteiros, notamos que o mercado de soluções em TI cresce num ritmo muito forte”, salienta.
mesmo os servidores da empresa, desde que haja conexão com a internet. “A cloud computing ofere ce grande potencial de escalabilidade e, ao mesmo tempo, é verde, ou seja, preserva o meio ambien te. Mas alguns fatores têm que ser avaliados com critério na utilização dessa tecnologia para que as empresas não prejudiquem o andamento de seus negócios”, analisa o sócio-diretor da Zênite. Rafael Passos, da Bremen, aponta dois fatores de terminantes para a expansão da cloud computing: o aumento do número de fornecedores de soluções na área de TI para pequenas e médias empresas e os resultados gerados pela implantação de softwares
“De nada adianta comprar uma impressora de última geração se não houver um sistema para gerenciar a produção e precificar corretamente os serviços”. Walter Guimarães, da Zênite.
Para Valdir Santos Souza Filho, diretor comercial da Ecalc, o emprego dessa tecnologia é um cami nho sem volta. “O software ajuda a compilar rapida mente várias informações, auxiliando na tomada de decisões importantes, como a compra de um novo equipamento ou o foco numa área pouco explora da, mas que se mostra lucrativa. Isso tudo poderia ser apurado sem nenhum sistema, mas geraria um enorme esforço e consumiria um tempo precioso de que o empresário não dispõe mais”. Nas nuvens
O brasileiro, por natureza, gosta muito de novida des tecnológicas e a cloud computing (computação em nuvem) é palavra de ordem em se tratando de sistemas de gestão. A computação em nuvem utili za a memória e as capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores comparti lhados e interligados por meio da internet. Dessa forma, tanto os dados quanto os próprios progra mas não precisam ser instalados e armazenados nos computadores e servidores da empresa. Tudo fica disponível na web, conteúdo que pode ser acessa do de qualquer lugar do mundo por dispositivos como desktops, notebooks, smartphones, tablets e
“Nosso sistema de gestão é um dos mais maduros do mercado”. Osmar Barbosa, da Metrics.
de gestão na década de 90 nas grandes empresas. “A cloud computing é uma realidade inquestioná vel. Naturalmente os serviços na nuvem vão to mar conta do mercado. Com isso, cairá a necessida de do investimento em determinadas soluções de hardware”, afirma o diretor comercial da Ecalc. Na opinião de Osmar Barbosa, da Metrics, a tec nologia cloud computing está começando. O que existe, afirma, são sistemas hospedados em um ser vidor, na internet, no qual a empresa aluga um espa ço. A maioria das grandes empresas ainda mantém a estrutura interna e um dos motivos para isso é a segurança. “A Metrics está fazendo testes com esse modelo de aplicativo. Se alguém quiser contratar, já temos o produto disponível, que possivelmente passaremos a comercializ ar a partir de 2012”. VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
13
“O mercado de soluções em TI cresce de modo avassalador”. Rafael Passos, da Bremen.
De acordo com Walter Guimarães, da Zêni te, as gráficas de grande porte ainda preferem os sistemas instalados nos computadores internos, pois costumam fazer uma análise mais crítica so bre qualquer mudança e seus impactos. “A tecno logia de cloud computing ainda possui algumas res trições no uso para o gerenciamento das principais atividades da empresa, principalmente no Brasil, onde não temos uma estrutura de internet com qualidade e os riscos podem ser altos”. Além da segurança dos dados, outra questão le vantada é a velocidade e a garantia de banda de co nexão, que se mantém muito abaixo das necessida des atuais no Brasil. O executivo da Zênite aponta mais um empecilho: na nuvem, o usuário geralmen te precisa abrir várias telas para fazer a mesma ope ração, o que seria feito em uma única tela nos sis temas tradicionais. “A internet no Brasil é uma das mais inseguras do mundo, conforme estudos, tanto que nove dos dez maiores hackers do mundo estão aqui”, concorda Rafael Passos, da Bremen. No entan to, ele acredita que o País está evoluindo e a pre visão é que, entre cinco e dez anos, seja tão segura quanto viável a utilização de softwares na web. O CIO da Bremen afirma que atualmente existem tecnologias, inclusive gratuitas, que permitem ter um sistema instalado na própria empresa, com garantia de segurança dos dados e acesso pela internet de 14 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
qualquer lugar, online, conectado diretamente. Ele informa que a Zênite optou por utilizar a tecnologia de cloud computing em um modelo misto, ou seja, mantém a estrutura e garantia de segurança para o cliente com as informações em sua empresa e o acesso à internet pode ser feito normalmente. Mas caso a mesma pare de funcionar, o sistema conti nua operando por três dias, independente da web. Pioneira nessa área, a Calcgraf lançou em 2010 um sistema de gestão baseado em cloud computing cujos principais diferenciais, viabiliz ados pela com putação em nuvem, são o custo zero de implanta ção e a operação simplificada. “Quando o cliente questiona a segurança das informações, argumen tamos que ter seu banco de dados em um datacenter traz mais segurança às informações dele, e não o contrário. Isso porque a estrutura de segu rança e de backup de um datacenter é muito mais robusta do que aquela que a gráfica consegue ter internamente, em função dos altos custos que esse tipo de operação exige”, afirma Karina Escobar, di retora da Calcgraf. Ela comenta que, quando um hacker decide atacar uma empresa, nenhum siste ma de segurança está 100% garantido, esteja ele protegendo um datacenter ou um banco de dados local. “É preciso lembrar também que de uma for ma ou de outra os dados da empresa já trafegam
“Um dos aspectos mais importantes na implantação de sistemas de gestão é o suporte”. Valdir Santos Souza Filho, da Ecalc.
“As gráficas sabem que os sistemas de gestão significam revisão de processos, modernização e maior competitividade”. Karina Escobar, da Calcgraf.
pela internet cotidianamente em transações ban cárias, envio de e-mails e outras operações”. A di retora informa que os datacenters utilizados pela Calcgraf estão localizados no Brasil e são homolo gados por instituições financeiras conhecidas pelo rigor na segurança das informações. Desafios
O principal desafio na implantação de sistemas de gestão é a mentalidade da administração da em presa, envolvendo o comprometimento das pes soas com o projeto e a qualificação prof issional, na opinião do presidente da Metrics. “O treinamen to é uma parte fundamental”, afirma. A resistência por parte das equipes que havia há alguns anos, porém, ficou para trás. Segundo Karina Escobar, da Calcgraf, as gráficas sabem que precisam implantar sistemas de gestão e entendem que isso significa revisão de processos, modernização e maior competitividade. Para o executivo da Bremen, o maior desafio é a conscientiz ação dos envolvidos no projeto, princi palmente os usuários do software de gestão. “É pre ciso conscientiz á-los de que lançar todas as infor mações corretamente é o modo mais eficaz de se obter ponteiros precisos para a tomada de deci
são”. Ele acrescenta que a Bremen oferece consul toria, e não simplesmente treinamento, com a pre sença dos profissionais desde a implantação até a operação perfeita da ferramenta. O ritmo da implementação depende da situa ção da empresa, segundo o diretor comercial da Ecalc. “No caso da gráfica que ainda não usa ne nhum software, o processo é tranquilo, dentro do prazo previsto. Basta um trabalho de entendimen to e explicação dos procedimentos. Se a empresa não utiliza software, mas usa planilhas e processos bem definidos, a implantação é fácil e, com base nas informações disponíveis, conseguimos inclusive diminuir o prazo previsto”, explica. Contudo, se a empresa já utiliza algum software, Valdir Souza garante que essa é a mais complexa das implantações. “Além de instalar uma ferramen ta nova, com conceitos diferentes, é necessário lidar com os vícios do sistema anterior e também mostrar aos envolvidos que, muitas vezes, o que eles vinham fazendo poderia ter sido feito de maneira mais sim ples e automática. Isso normalmente causa um des conforto nos operadores e requer mais tempo para que todos os conceitos sejam absorvidos”. Novidades
Sem contar as atualiz ações frequentes, os forne cedores estão acrescentando ferramentas aos sis temas, procurando antecipar as necessidades das gráficas. Este ano, a Metrics recebeu oficialmente a certificação JDF (Job Def inition Format) para suas ferramentas de gestão. Desenvolvido pelo CIP4, con sórcio internacional formado por fabricantes glo bais de tecnologia gráfica, do qual a Metrics parti cipa desde 2004, o JDF permite a criação de fluxos de produção completamente automatizados atra vés da troca de instruções entre o sistema de ges tão, softwares e equipamentos de pré-impressão, impressão e acabamento. A Calcgraf apresentou em março uma versão mais enxuta de seu sistema de gestão bas eado em cloud computing. Focado nas micro e pequenas gráficas, trata-se de um sis tema intuitivo, que não exige conhecimento pré vio para operação e com um custo mensal aces sível. Já a Bremen promete lançar uma ferramenta de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) que auxiliará as gráficas a aumentar sua participa ção de mercado. Ecalc e Zênite devem igualmen te lançar ferramentas inovadoras ainda neste ano, porém não puderam dar mais detalhes. VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
15
Principais sistemas de gestão para o setor gráfico EasyCalc
A paulista Ecalc iniciou suas atividades em 1996 com foco em soluções informa tizadas para a indústria gráfica. Seu prin cipal produto é o EasyCalc, sistema que engloba a parte de orçamentos e gestão comercial. Ele oferece também um pode roso recurso de relatórios gerenciais que são configurados de acordo com a neces sidade do usuário e contêm as informa ções necessárias dependendo da área de atuação e da estrutura da gráfica. Com porta serviços terceirizados e consegue escolher a melhor opção entre fazer in ternamente determinado processo ou ter ceirizar em um ou mais fornecedores. Ou tras ferramentas completam as soluções da Ecalc. O Express cobre operações ad
GWorks Solution 2.0
A Zênite, de Belo Horizonte (MG), foi fun dada em 1994 e conta com mais de 1.300 clientes, de pequenos a grandes, em todos os setores da indústria gráfica (offset pla no e rotativo, grandes formatos, formulá rio contínuo, flexográfico, embalagens, se rigráfico, digital, fotolito e acabamentos). O destaque da empresa é o GWorks So lution 2.0, sistema gerencial modular que permite total integração da gráfica e ofe rece a opção de contratar módulos especí ficos (contábil, PCP e CRM , dentre outros). É configurável conforme a necessidade e pode ser utilizado por vários usuários si multaneamente, assim como em notebooks para vendedores. Os procedimentos são 16 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
ministrativas, como cálculo de impostos, comissões ou juros. Para o planejamento e contro le da produção há o Eplan; para relacionam ento com clientes, o EClient; além do EGraf, solu ção de orçamentos via internet. Os softwares são flexíveis, sem a necessida de de intervenções de programação. Mui tos dos processos novos são cadastrados pelo próprio usuário do sistema. Os sis temas possibilitam a integração com a in ternet e com centrais telefônicas digitais, permitindo o armazenamento do histó rico do relacionamento com o cliente e a atualiz ação automática de dados. A in tegração e customização são estudadas
caso a caso e desenvolvidas de acordo as necessidades de cada gráfica. Custo – Os valores dependem dos mó dulos e número de usuários. A taxa men sal de manutenção vai de R$ 250,00 a R$ 20.000,00 e a implantação pode variar de zero a R$ 100.000,00. Ecalc (11) 3847-1999 www.ecalc.com.br
automatizados e o sistema esco lhe a impressora mais adequa da para rodar o serviço visando ao menor preço de venda, con siderando itens como monta gem, produtividade, aproveita mento do papel, chapa e tinta. As telas são interativas e permi tem o acesso a várias informa ções relacionadas aos dados nelas inseri dos. Pode ser acessado pela internet e a empresa está finalizando testes de inte gração do sistema com telefonia digital integrada com o sistema de CRM . Custo – As mensalidades var iam de R$ 175,00 para pequenas empresas (ver
são Lite), e de R$ 500,00 a R$ 900,00 para empresas médias e grandes (versão Stan dard e Full), dependendo da versão e módulos contratados. Zênite (31) 3419-7300 www.zsl.com.br
Metrics Printware
A paulista Metrics foi criad a em 1995 e atua em todos os segmentos da indús tria gráfica: editorial, promocional, emba lagens rígidas e flexíveis, etiquetas e im pressão digital. A empresa desenvolveu o Metrics Printware, lançado na ExpoPrint 2010, sistema modular de gestão integra da das áreas comercial, de produção e ad ministrativa, fornecendo informações para decisão, embasadas em relatórios e gráficos que apontam os pontos positivos e nega tivos. Organiza os processos, possibilitan do visualiz ar todas as áreas a partir de um painel de controle único. Além de ofere cer integração pela internet, como pedi dos e visitas, aceita a inclusão de dados e
sugestões sobre o que a grá fica precisa. Tem um módulo de controle de terceiros, onde podem ser armazenados da dos sobre os usuários de to das as empresas. Na área de produção, o sistema também permite o monitoramento da operação das máquinas de impressão e acabamento da produção pelo iPhone. Custo – O valor de implanta ção varia caso a caso. Começa a partir de R$ 10 mil. O custo de manutenção mensal fica entre R$ 600 e R$ 1.500, dependendo da quantidade de módulos e de usuários.
Metrics (11) 2199 0100 www.metrics.com.br
VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
17
Principais sistemas de gestão para o setor gráfico Webgraf
Fundada em 1983, a Calcgraf inovou ao de senvolver softwares de gestão específicos para o segmento gráfico. Até então volta da para empresas de grande e médio porte, no ano passado ela investiu fortemente na criação de uma solução adequada às gráfi cas com até 50 funcionários. Desse esfor ço nasceu o Webgraf. Intuitivo, compacto e de fácil utilização, o software usa a inter net como plataforma, reduzindo a zero o custo de implantação e permitindo ao grá fico acessá-lo a qualquer hora e de qualquer lugar. Em março de 2011 a Calcgraf lançou uma nova versão do módulo de orçamen to, o Webgraf Light. Mais enxuto e igual mente eficaz, atende as microempresas que buscam soluções de baixo custo de manu
Wingraph
A Bremen Sistemas, de Blumenau (SC), é 100% voltada para o desenvolvimento de sistemas de gestão para a indústria gráfica. Possui duas versões de softwares de gestão modular integrada: o Wingraph Pró, para empresas com mais de 50 funcionários, e o Wingraph Light, para empresas meno res. A ferramenta seleciona automatica mente as máquinas para impressão, com convergência de resultados apresentados em tela, que podem ser configurados para que o critério utilizado seja o do menor cus to de impressão, de matéria-prima ou tem po de impressão. Pode ser compartilhado por até 200 usuários ao mesmo tempo, in clusive com vários na mesma tela, realizan do a mesma operação. Há funções específi 18 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
tenção. O GPrint, sistema integra do de gestão, completa a cesta de produtos. Robusto e abrangente, ele está dividido em 10 módu los, viabiliz ando o controle total da gráfica, inclusive trabalhan do de forma integrada com os sistemas contábeis e fiscais. Custo – O custo para a aquisição da licença de uso, suporte e atualização do módulo de orçamento do Webgraf é de R$ 380,00 por mês. Para o sistema com pleto, o valor sobe para R$ 600,00. O pre ço cai se a gráfica optar pelo Webgraf Li ght: o custo para a aquisição da licença de uso, suporte e atualiz ação é R$ 180,00 por mês e não há custo de implantação.
Caso o cliente opte pelo GPrint, o preço varia em função dos módulos contrata dos e número de usuários, com licenças de uso a partir de R$ 700,00 e implantação a partir de R$ 3.000,00. Calcgraf (11) 3885 0500 www.calcgraf.com.br
cas para o controle de serviços terceirizados: um editor de fór mulas permite calcular orça mento e qualquer espécie de serviço, inclusive no PCP. Também permite integração com a internet, facilitando o acesso dos clientes a informa ções sobre o posicionamen to do trabalho através do site da gráfica. A integração com centrais telefônicas está entre a lista de prioridades que a empresa preten de implementar no Wingraph em breve. Custo – Representa, em média, de 1% a 5% do retorno obtido com a implantação do Wingraph e é calculado conforme o nú mero de horas adequado para consulto
ria, implantação e treinamento. A mensa lidade varia de acordo com o número de licenças de uso adquiridas. Bremen Tel. (47) 3035 1022 www.bremen.com.br
O FUTURO ESTÁ LOGO ALI. CONHEÇA QUEM VAI LEVAR VOCÊ ATÉ ELE.
8 a 11 de outubro de 2011
ELES JÁ ESTÃO NO 15º CONGRAF. SÓ FALTA VOCÊ. Faça já a sua inscrição pelo site: www.congraf.org.br Henrique Meirelles
Palestra de abertura Perspectivas para um Brasil melhor
Lala Deheinzelin
Economia criativa, sustentabilidade e futuros
Sidnei Oliveira
O Perfil do novo consumidor - Geração Y
José Carlos Brunoro
Copa do Mundo e Olimpíadas Oportunidades nos negócios
Mariela Castro
O Poder das Mídias Sociais para os negócios
Flavio Botana
Hamilton O futuro da gráfica e a construção Terni Costa de valor nas relações comerciais
Bruno Mortara
Walter Longo
Cesar Callegari
Planejamento de Investimentos Estruturando o seu crescimento de forma economicamente sustentável
Educação de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento
Oportunidades para a Indústria Gráfica
Tendências tecnológicas - convergências de Mídias ou substituição?
Fabio Mestriner no segmento de embalagem
A inovação e o futuro da comunicação voltada ao consumo
Mário César Martins de Camargo
Palestra de encerramento Balanço do 15º CONGRAF - Oportunidades e ameaças na visão do empresário gráfico
A 15ª edição do CONGRAF vai acontecer em outubro, em Foz do Iguaçu, e será essencial para quem busca atualização profissional e oportunidades de negócio. O evento terá palestras que mostram o futuro do mercado e fazem toda a diferença na sua empresa.
Não perca a opor tunidade de fazer par te do futuro.
Patrocínio Diamante:
Patrocínio Prata:
Apoio Técnico:
Par ticipe. Realização:
GESTÃO
Seis Sigma. Estratégia gerencial que gera lucro
Oziel Branchini
O
Seis Sigma é um método gerencial estruturado e estruturante que tem como objetivo aumentar radicalmente a lucratividade das empresas que o adotam, tendo como foco a satisfação das pessoas afetadas por essas empresas. Para o Seis Sigma, as variações são fontes de prejuízo para o cliente e para o negócio. Por isso, a estratégia utiliza procedimentos estatísticos visando identificá-las e em seguida elaborar um plano de ação para redução dessas varia ções. Os procedimentos estatísticos aumentam a conf iabilidade dos dados e orientam melhor as tomadas de decisões, bem como contribuem para a remoção dos elementos que causam desperdício, inef iciência e insatisfação aos clientes. A meta do Seis Sigma é levar o índice de defeito/falha próximo ao zero: 3,4 defeitos ou falhas para cada milhão de operações realiz adas, ou o equivalente a 99,99966% de produtos sem defeitos. Por isso ele tem des enc adeado verdadeira revolução nas empresas que o adotam integralmente. O termo Six Sigma foi cunhado no final de 1985 por Bill Smith, um engenheiro sênior da área da qualidade da Motorola. Em 1987 a Motorola oficializou este termo como marca registrada. Desde sua implantação, pelo presidente Bob Galvin, o sistema vem gerando lucro de forma radical. No seu aniversário de 20 anos a revista iSixSigma de janeiro/fevereiro de 2007 publicou artigo informando que os ganhos calculados atribuídos ao Seis Sigma chegam ao valor de US$ 427 milhões. Esses ganhos foram conseguidos pelas 500 maiores empresas americanas, classificadas pela revista Fortune, as quais adotavam o Seis Sigma como estratégia gerencial. Na década de 80 os Estados Unidos se encontravam sob forte pressão dos produtos japoneses, o que serviu de estímulo para que fosse criado, em 1987, por lei pública, o Prêmio Nacional da Quali dade Malcolm Baldrige, nome que homenageia o Secretário de Comércio dos Estados Unidos da gestão de 1981. O objetivo desse prêmio é estimular
20 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
as empresas a melhorar a qualidade de seus produtos e processos, rompendo com a situação que manteve a produtividade das empresas americanas inferior à de suas principais concorrentes nos últimos vinte anos. O modelo Baldrige bas eado no Prize, Japão, instituído em 1951, por inf luência direta de W.E. Deming (1900–1993), um dos mais conceituados especialistas em controle estatístico de processo. A base do Seis Sigma também veio dos conceitos e princípios pregados pela geniali dade de Deming. No Brasil, o Prêmio Nacional da Qualidade, implementado em 1992, adotou integralmente, em seu primeiro ciclo de premiação, os critérios do prêmio nacional dos Estados Unidos, o Baldrige National QualityAward. A Motorola foi a primeira empresa a receber o prêmio Malcolm Baldrige em 1988, o que se repetiu em 2002. No entanto, o que chamou a atenção dos examinadores do prêmio, em 1988, foi o Seis Sigma, que possibilitava à empresa chegar próximo do zero defeito. Muitos autores atribuem o prêmio conquistado pela Motorola aos resultados obtidos com o programa. Depois de a Motorola ganhar o Baldrige, outras empresas se interessaram em saber o que era o Seis Sigma. Todo esse interesse resultou na disseminação dessa estratégia e na sua implantação em empresas como AlliedSignal, ABB e General Electric. Na década de 90 ocorreu um crescimento acen tuado do Seis Sigma por causa da divulgação dos enormes ganhos financeiros alcançados pelas empresas que o adotaram. Um dos principais fãs do Seis Sigma é Jack Welch, que o implantou na GE em 1995 e é mantido até hoje. Ele foi o oitavo presidente da empresa e durante o seu mandato a capitalização de mercado da GE aumentou US$ 400 bilhões, transformando-a na organização mais valiosa do mundo. Jack Welch afirma que “nada se compara à eficácia do Seis Sigma na hora de melhorar a eficiência operacional da empresa, aumentando a produtividade e reduzindo custos (…). Acelera a velocidade de lançamento de produtos, com menos defeitos, e
reforça a lealdade dos clientes. Em termos simples, o Seis Sigma é uma das grandes inovações em gestão do último quarto de século, além de se constituir em ferramenta extremamente poderosa para impulsionar a competitividade da empresa”. Seis Sigma na indústria gráfica
Uma pesquisa publicada no relatório Análise Seto rial da Indústria Brasileira de Gráficas com Rotativas Offset de 2009 e 2010, da Associação Brasileira de Empresas com Rotativa Offset (Abro), indicou que 5% das gráficas pesquisadas utilizavam o Seis Sigma em 2008 e que em 2009 este número passou para 10%. Mesmo havendo um crescimento expressivo do uso desta metodologia entre as gráficas, o número de empresas que empregam efetivamente o Seis Sigma nesse setor é muito baixo quando comparado com outros segmentos da economia, como o de autopeças e as empresas americanas já citadas. Muitas vezes o que ocorre é o preconceito de que o Seis Sigma é uma ferramenta complexa e destinada às grandes corporações e empresas que possuem uma estrutura mais robusta. A proposta do Seis Sigma é basicamente resolver problemas, entendendo-se como problema um desvio em relação ao planejado ou a um padrão pré- estabelecido com causa desconhecida. Transformar um problema em um projeto no qual se planeja a solução é um dos primeiros passos do Seis Sigma. O tempo gasto hoje pelas gráficas na busca de soluções, como para a redução do tempo improdutivo das impressoras, o aumento da eficiência global dos equipamentos de impressão e acabamento e para a redução de perdas de papel e outros insumos, pode ser utilizado aplicando a metodologia Seis Sigma. A prática tem demonstrado que ela pode e deve ser usada em qualquer tipo de empresa que tenha como meta a melhoria da performance do negócio, ou seja, ser cada vez mais eficiente, lucrativa e competitiva. Para isso é necessário treinar pessoas nessa metodologia visando formar líderes obstinados na busca de redução de custo e aumento de produtividade. A metodologia Seis Sigma pegou emprestadas as denominações utilizadas nas lutas marciais: faixa branca, faixa amarela, faixa verde e faixa preta ou, em inglês, que é a forma mais comum de utilizar, white belt, yellow belt, g reen belt e black belt.
Lucratividade
Ganhos radicais
Seis Sigma
Ganhos incrementais Iniciativas não sistêmicas
Imagem ilustrativa: Oziel Branchini
Tempo
Para a formação de um green belt, que tem condições de trabalhar em 90% dos problemas de uma gráfica, são necess árias 80 horas de treinamento nas ferramentas Seis Sigma. Para o bom aproveitamento do treinamento, o candidato a green belt deve ter um projeto para ser desenvolvido durante o curso. Esse projeto pressupõe uma meta específica que deve ser atingida no intervalo de quatro a seis meses, que é o prazo dos projetos Seis Sigma. O método estruturado para o alcance dessa meta é a utilização de cinco etapas denominadas DMAIC (Define, Measure, Analyse, Improve e Control). Resumidamente: 1. Define (Definir): os problemas e situações a serem melhorados – Escopo do projeto. 2. Measure (Medir): para obter informações e dados – Foco do problema. 3. Analyse (Analisar): as informações coletadas – Determinar a causa do problema. 4. Improve (Melhorar): os processos – Implantar soluções. 5. Control (Controlar): os processos aperfeiçoados, a fim de gerar um ciclo de melhoria contínua na busca da excelência operacional– Garantir a meta do projeto. Para contribuir com as empresas que estão buscando a excelência operacional, a Escola Senai Theo baldo De Nigris, no mês de junho deste ano, formou a primeira turma de “Green belts – Estratégia lean Seis Sigma”, com abordagem focada em aplicações práticas específicas para a indústria gráfica. Os alunos receberam treinamento de 80 horas nas ferramentas Seis Sigma com ênfase no pensamento sistêmico, pensamento estatístico e ganhos radicais da lucratividade, que é a razão de ser de um projeto Seis Sigma. Oziel Branchini é consultor de empresas e professor de pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. Também ministra o curso de extensão universitária Green Belts – Estratégia Lean Seis Sigma no Senai. VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
21
GESTÃO AMBIENTAL
Foto: AGB Photo Library
Rodolfo Magalhães Ferrarezi
Conhecendo um pouco mais sobre gestão ambiental
S
egundo o Artigo 225 da Constituição Fe deral, “todos têm direito ao meio ambien te ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualida de de vida, impondo-se ao poder público e à cole tividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Após séculos de crescimento e consumo de senf reado, o ser humano começou a sofrer as con sequências de suas ações e perceber que precisa va rever seus conceitos e atitudes em relação ao meio ambiente. Podemos considerar que a déca da de 1960 marcou o início das discussões sobre a questão amb ient al. De lá para cá muita coisa mudou. Hoje não somente as pessoas e os órgãos públicos estão cada vez mais preocupados com o assunto. Instituições privadas estão adotando me didas que visam à preservação do meio ambien te e até implantando departamentos responsáveis pela gestão ambiental. A gestão ambiental é uma prática relativamente recente, que vem ganhando espaço nas instituições públicas e privadas. Pode ser entendida como a ad ministração das atividades econômicas e sociais no sentido de racionaliz ar o uso de recursos naturais — renováveis ou não. Ela busca implementar práti cas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade e a redução do impacto ambiental das atividades humanas. A ideia de que a implantação da gestão ambien tal como modelo para resolver problemas relaciona
22 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
dos ao meio ambiente requer altos investimentos, gera custos e é um privilégio de grandes empre sas pode ser um posicionamento equivocado de pessoas que deixam de considerar, em suas avalia ções, a criatividade do ser humano para desenvolver soluções inovadoras e economicamente viáveis. Esta prática introduz a variável ambient al no planejamento empres arial e, quando bem aplica da, permite a redução de custos diretos pela dimi nuição do desperdício de matérias-primas e de re cursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia. Também podem ser reduzi dos custos indiretos, representados por sanções e in denizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de pessoas. Um exemplo prático de políticas para a inserção da gestão ambiental em empresas tem sido a cria ção de leis que obrigam a prática da responsabilida de pós-consumo, fazendo com que os fabricantes de determinados produtos, como pneus, baterias e lâmpadas, por exemplo, sejam obrigados a destinar corretamente estes materiais após seu uso. À medida que a sociedade vai se conscientizan do da necessidade de se preservar o meio ambien te, a opinião publica começa a pressionar as em presas para buscarem meios de desenvolver suas atividades econômicas de maneira mais racional. O próprio mercado consumidor tem selecionado os produtos que consome em função da responsa bilidade social das empresas que os fabricam. Des sa forma, surgiram varias certificações, tais como as
da família ISO 14000 , que atestam que uma deter minada empresa realiz a suas atividades com base nos preceitos da gestão ambiental. A reavaliação dos processos produtivos sob o foco dos seus aspectos ambientais certamente au xiliará as indústrias gráficas, assim como as empre sas de uma forma geral, na busca de uma maior par ticipação nos mercados nacional e internacional, tornando-as mais competitivas. A indústria gráfica brasileira caracteriza-se por um alto nível tecnológico. Muitas empresas obti veram importantes avanços em termos de inova ção, o que contribuiu para a melhoria de sua pro dutividade e da qualidade de seus produtos, com efeitos positivos sobre os seus aspectos ambientais. No entanto, há ainda um grande número de em presas com processos e equipamentos antigos, que necessitam de adequação. Para os interessados em iniciar um trabalho vol tado à gestão ambiental na indústria gráfica ou em
conhecer mais sobre o assunto, deixamos aqui a recomendação de um excelente material, o Guia técnico ambiental da indústria gráfica, elaborado a partir de parceria firmada entre a Cetesb, o Sin digraf-SP, a ABTG e a Fiesp. Esse documento orien ta sobre novas formas conjuntas de ação na ges tão ambiental, com o objetivo de assegurar maior sustentabilidade nos padrões de produção. O guia está disponível em versão impressa, CD e para download: http://bit.ly/prNhUe
Rodolfo Magalhães Ferrarezi é consultor
técnico de tintas offset na SunChemical do Brasil, instrutor nos cursos de formação continuada na Escola Senai Theobaldo De Nigris, pós-graduando em Administração Estratégica pela Fundação Instituto de Administração, graduado em Tecnologia de Produção Gráfica e técnico gráfico em impressão offset pela Escola Senai Theobaldo De Nigris.
VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
23
VO C Ê S A B E O QUE ACONTECE
CA DA V E Z QU E U M L I V RO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, UMA REVISTA OU UM FOLHETO
É IMPRESSO? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.
A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarecer dúvidas e, principalmente, traz à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.
IMPRIMIR É DAR VIDA.
ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRINQ, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, ARTEFATOS, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. C A M PA N H A D E VA L O R I Z A Ç Ã O D O PA P E L E D A C O M U N I C A Ç Ã O I M P R E S S A . Acesse e saiba mais:
Imagem de eucalipto
www.imprimiredar vida.org.br
SPINDRIFT Paul Lindström
Poupando tempo e ganhando qualidade
Com cada vez mais imagens entrando no fluxo de trabalho editorial e cada vez menos tempo para lidar com elas manualmente, pode ser uma boa ideia usar as excelentes soluções para aprimoramento automático de imagens disponíveis no mercado.
26 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
A
inda há alguns pioneiros no mercado. Você pode chamá-los de veteranos se quiser. Mas há também recém-chegados oferecendo soluções e recursos interessantes na área de aprimoramento automático de imagens. Um dos veteranos é o Arkitex Intellitune, da Agfa, parte do pacote de ferramentas de workflow Arkitex. É uma solução baseada em servidor com clientes para Mac e PC e pode ser automatizada tanto por scripts quanto com XML . Uma característica especial destacada pela Agfa é o processamento multidimensional (MDP), que analisa as imagens usando qualidade espacial, geometria, características tonais e valores de cor na análise. Isso significa que a ferramenta identifica os tons de pele não só pela proximidade da cor do bege, por exemplo, mas também verifica se essa área tem a forma de um rosto antes de ajustar as cores para o tom de pele considerado ideal. O uso do MDP na aplicação de nitidez eletrônica também depende do uso anterior de um filtro de nitidez. Além de interagir bem com outros componentes de fluxo de trabalho do pacote Arkitex, o Intellitune também pode trabalhar com soluções de terceiros através do XML . Corte, rotação, redimen sionamento e conversões de cores podem ser ações automatizadas. O Intellitune pode até deduzir qual era o perfil ICC original, se ele foi removido, e reinstalar um perfil ICC ao aprimorar a imagem dentro do maior gamut possível. Outra função é calcular a economia de tinta ao preparar as imagens para saída. Até agora a maioria dos sistemas Intellitune vendidos pela Agfa foi para a produção de jornais.
A Binuscan é outra veterana no setor e oferece várias opções para aprimorar a qualidade e otimizar as cores. O principal produto é o IPM Workflow Server, em que IPM significa automação de produção de imagem (Image Production Automa tion). O fundador da Binuscan, Jean-Marie Binucci, criou a empresa de softwares quando não conseguiu encontrar um aplicativo de retoque de imagem bom o suf iciente para usar no departamento de reprodução de sua gráfica. A técnica chamada Reco (reconstrução e correção) foi originalmente desenvolvida para melhorar a qualidade de imagens digitalizadas, mas ainda é usado pela Binuscan e foi melhorada para trabalhar também com imagens captadas por câmeras digitais. Toda a imagem é analisada, não apenas o histograma, e a saturação, o contraste e o USM eletrônico (Unsharp Mask) são otimizados. Depois disso pode ser feita a conversão das cores, bem como a otimização da tinta e ajustes para a configuração de acordo com a ISO e condições de impressão que foram aplicadas. O IPM Workflow Server também tem plug-ins e extensões para soft wares de layout, como Adobe InDesign e QuarkX press, para instruir o JobManager (parte do IPM) a processar automaticamente as imagens. A empresa suíça Colour-Science, talvez menos conhecida, também conta com uma gama de soft wares de aprimoramento de imagem em seu portfólio. O software Q-Enhancer é oferecido em muitas versões, desde a edição para iniciantes até a versão de servidor. Entre os seus impressionantes recursos está o Local Sharpness Enhancement (LSE), que
preserva tons suaves e delicados de pele e/ou áreas mais homogêneas como o céu, sem criar o resultado grosseiro e granulado que os filtros de nitidez eletrônicos podem produzir, como o do Photoshop. Reconhecimento facial e remoção de olhos vermelhos, assim como remoção de artefatos JPEG , são outras características que também se destacam. O Elpical nasceu como componente de imagem digital da Hasselblad e, paralelamente à distribuição da solução para gestão de ativos digitais 4LeafClover, também disponibiliza o Claro, software de aprimoramento de imagem. O Claro vem em duas versões — a independente Claro Single, de um usuário, e a edição de servidor chamada Claro Premedia. O termo que a Elpical usa para descrever as funções de melhoria é “dinâmica não destrutiva”, que significa que uma série de algoritmos é aplicada durante a análise e que as ações tomadas não irão comprometer a qualidade da imagem original. Identificar os tons de pele e aperfeiçoá-los é um ponto forte, assim como otimizar a quantidade de nitidez eletrônica. As imagens podem ser processadas através de hotfolders pré-configurados, mas também através de plug-ins do InDesign. Se uma imagem parece precisar de correções extremas, o Claro pode encaminhá-la para ser tratada manual mente no Photoshop, por um operador. Ele pode analisar e processar tanto imagens simples quanto dentro de PDFs e pode ser programado através de XML para automação e integração com sistemas editoriais, por exemplo. A Fujifilm, outra pioneira na área, tem uma poderosa solução de servidor de imagem chamada XMF C-Fit. Ela foi originalmente desenvolvida para labo ratórios de fotografia, mas encontrou seu espaço nos sistemas de fluxo de trabalho de artes gráficas através do Fujifilm XMF RIP System. Uma das características únicas do C-Fit é a Fujifilm Appearance Mapping Technology, que, simplificando, combina as tecnologias de Rendering Intent Perceptual e Relative Colorimetric do gerenciamento de cores ICC, ao converter de RGB para CMYK . Assim ele tornará a imagem CMYK resultante mais vibrante e colorida, correspondendo melhor ao original RGB. Além de aprimorar imagens simples, o C-Fit também pode melhorar as imagens dentro de um arquivo PDF de múltiplas páginas. Esses aprimoramentos são feitos com a tecnologia Image Intelligence, marca registrada da Fujifilm que usa presets chamados JobTickets para diferentes tipos de imagens e fluxos de trabalho. Os algoritmos do Image Intelli-
gence podem corrigir o balanço de branco e otimizar exposições, remover olhos vermelhos, tornar tons de pele mais suaves e ajustar a nitidez. Funções mais relacionadas ao processo de impressão também podem ser aplicadas, como interpolação, re dimensionamento, recorte, rotação, limite de tinta e conversão de formatos de arquivo. Uma empresa promissora é a Imsense, fundada pelo professor Graham Finlayson, atual chefe de tecnologia. O professor Finlayson foi premia do com a medalha Davies da Royal Photographic Society em 2009 por seu trabalho com processamento de imagem. Uma parte importante do trabalho da Imsense envolve compressão dinâmica, e há boatos de que a Apple usa essa tecnologia na função HDR em iPhones e iPads, embora não seja possível confirmarmos isso. A capacidade de extrair detalhes incríveis de imagens de dados brutos é chamada de Eye-Fidelity pelo Imsense, que começou a oferecer esse recurso na implementação para parceiros OEM . Um dos primeiros a implantar a tecnologia Eye-Fidelity da Imsense foi o software onOne, mas pode ser que a Imsense desenvolva suas próprias soluções para consumidores no futuro. Na internet é possível assistir algumas das apresentações que a empresa fez das suas tecnologias — com certeza você vai ficar tão impressionado como nós ficamos! KlearVision é outra empresa, talvez menos conhecida dentro das artes gráficas, porém com vários softwares para aprimoramento de imagem. O seu produto principal é o Suite Kolor-D, que usa o que a KlearVision chama de Image Expert System (IES), tecnologia para preparar imagens para a saída. Entre os algoritmos que podem ser aplicados às imagens estão: correção de brilho, ajuste de tom, correção de cor, corte, balanço de gris, nitidez eletrônica adaptativa, redução de ruído, aperfeiçoamento de tom de pele, contraste adaptativo e remoção de olhos vermelhos. A solução completa para fluxos de trabalho suporta o uso de hotfolders, contudo a KlearVision também disponibiliza soluções independentes para usuários individuais. A Kodak oferece uma série de plug-ins para o aprimoramento de imagens. O Kodak Digital SHO Pro aperfeiçoa as áreas de mínimas e máximas, enquanto o GEM Digital Pro reduz o ruído e o efeito granulado. Finalmente, o Digital ROC Pro corrige e restaura o equilíbrio de cores nas imagens. Esses plug-ins são voltados principalmente para operações manuais e com um único usuário, mas o sistema VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
27
Kodak Prinergy RIP oferece gerenciamento de cores e de economia de tinta como soluções baseadas em servidor. Porém, até onde sabemos, ele não inclui aprimoramento automático de imagens. A OneVision, fornecedora de soluções em fluxos de trabalho de preflight e pré-impressão, oferece um software de aprimoramento de imagem chamado Amendo. Ele funciona em diferentes partes da imagem separadamente, identificando áreas como tons de pele, céu ou vegetação. Após as modificações serem feitas, o usuário pode rastrear que áreas foram afetadas. O processamento da imagem melhora tanto detalhes nas mínimas e máximas como nas cores. O software aplica nitidez eletrônica otimizada e pode remover olhos vermelhos. A interface do usuário é através de um navegador de web, como acontece com todos os módulos da OneVi sion, porém, se mais retoques forem necessários, o Amendo pode encaminhar a imagem para qualquer outro módulo do OneVision Suite, ou para um programa de terceiros, como o Adobe Photoshop. A empresa de softwares onOne assumiu vá rios dos produtos de processamento de imagem da Extensis quando esta decidiu se dedicar inteiramente às soluções de Digital Asset Management (DAM) e gerenciamento de fontes. Entre os produtos de aprimoramento de imagem da onOne está o Perfect Photo Suite, que na verdade contém sete softwares independentes em um único pacote. O módulo PhotoTune utiliza a tecnologia Eye-Fidelity de Imsense, já mencionada. Ele não só processa imagens HDR, mas também usa a tecnologia Eye-Fidelity para ajustar e corrigir todas as imagens digitais no que se refere ao brilho, contraste, cor e curva tonal. Outras ferramentas inclusas são FocalPoint, PhotoTools, PhotoFrame, Mask Pro, Perfect Resize e Perfect Layers. Os módulos funcionam como plug-ins no Adobe Photoshop, mas também podem ser usados no Adobe Lightroom e no Apple Aperture, ou de forma autônoma. Talvez a melhor maneira de usar os módulos do pacote Perfect Photo seja abrir a janela Extension do Photoshop e então selecionar as opções onOne. Posto desta forma, pode parecer que é necessário trabalhar cada imagem manualmen te no Perfect Photo, mas é possível agrupar em lotes quantas imagens forem necessárias através da função de exportação, selecionando o processo e o preset que se deseja aplicar. Como existem tantas funções e efeitos que podem ser usados em todos os plug-ins, o onOne de28 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
senvolveu um assistente que orienta novos usuá rios através das etapas típicas para alcançar um bom resultado final no processo de aprimoramento. No momento em que o usuário esteja mais fa miliarizado com o programa, o assistente pode ser alternado para o modo Pro. A Screen, fabricante de soluções de fluxo de trabalho de alta qualidade, CtPs e impressoras digitais, oferece softwares de aprimoramento de imagem tanto dentro de PDFs, através do plug-in ColorGenius para Adobe Acrobat, quanto através da versão de servidor. A Screen usa o know-how de gerenciamen to de cores desenvolvido para o software para escâner que ela produziu no escâner de mesa Cézanne e nos vários modelos de tambor anteriores. A Screen estava entre as primeiras a aplicar uma forma básica de inteligência artif icial na análise de imagens e processamento de cor e isto foi desenvolvido e aplicado no ColorGenius. O Acrobat DE é uma versão autônoma e baseada em servidor, enquanto tanto a versão light, chamada ColorGenius LE (que é fornecida gratuitamente com o sistema Truef low RIP), quanto a ColorGenius AC funcionam como plug-ins para o Acrobat. O ColorGenius funciona aplicando à imagem uma seleção de palavras-chave que emprega diferentes algoritmos que podem ser visualizados, mas não serão realmente aplicados até que o PDF seja ripado. Dessa forma, o arquivo original não é alterado. A Screen chama isso de aplicar uma “receita” para as diferentes imagens dentro do PDF. Esta não é uma lista completa de soluções de aprimoramento de imagem, mas já é um bom começo para quem está considerando qual dos muitos softwares receberão mais atenção e serão testados. Acreditamos que é possível economizar bastante tempo e, em paralelo, aumentar o nível de qualidade em geral. Alguns desses programas foram testados e o resultado é, muitas vezes, surpreenden te. Mesmo um operador qualificado precisaria de muito tempo para alcançar um result ado similar no Photoshop, e às vezes é realmente impossível reproduzir manualmente o que um software faz em apenas alguns segundos, aplicando algum algoritmo inteligente. Isso chega a ser quase assustador, mas também é muito útil! Tradução autorizada do boletim Spindrift,
publicação produzida pela Digital Doots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em junho de 2011.
E s t a m o s ve n d e n d o e q u i p a m e n t o s g r á f i c o s e m ó t i m o e s t a d o !
HUNKELER CO LAD E I RA D E G UAR DAS • Modelo: 520 KS • Ano: 2009
KOLBUS E N CAD E R NADO RA CAPA D U RA • Reformado pela Kolbus Alemanha em 2008 • Modelo: BF 2000 523A / FE600
Informações entrar em contato com: José Carlos - Telefone: (11) 3838-1855 e-mail: jjesus@uvpack.com.br
ENTREVISTA Tânia Galluzzi
mercado sobre o que era o processo, incluindo os próprios fornecedores. Pensava-se em gerenciamento de cor por partes. Só o monitor, só a impressora offset, partes isoladas. Mas a gestão da cor começa no monitor e vai até a impressora, envolve um conjunto de ações. Hoje o segmento gráfico começa a enxergar o processo dessa forma. Além disso, há mais ferramentas disponíveis, com preços mais acessíveis, viabilizando o gerenciamento da cor. Os cases de sucesso estão aparecendo aqui e ali, mostrando os benef ícios práticos desse gerenciamento, não só com relação à qualidade e repetitibilidade da impressão, mas também redução do tempo de setup e economia de insumos como a tinta. O gráfico está percebendo que só será mais produtivo se for mais eficiente e o gerenciamen to de cor está deixando de ser um bicho de sete cabeças. Porém, temos muito que evoluir. Falando como diretor da Starlaser, não percorremos nem 5% do mercado.
Sidney Silveira “A decisão de implantar o gerenciamento de cor tem de vir de cima”
A
rotina de Sidney Maurício Silveira, diretor-proprietário da Starlaser, é mostrar ao mercado que investir em softwares de controle de processo não é mais um luxo exclusivo das grandes gráficas, e sim uma necessidade para quem quer manter-se competitivo. Formado em Administração pelo Mac kenzie, pós-graduado em Marketing pela ESPM e em Gestão Emp res ar ial pela Trevisan, Sidney Silveira atua no setor gráfico 30 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. IV 2011
desde 1993, desenvolvendo ações e produtos para a evolução do mercado. Os primeiros sistemas de gerenciamen to de cor foram implantados no Brasil há mais de uma década. Qual a razão de parte do mercado ainda desconhecer esse processo? Sidney Silveira – Durante muito tempo foi vendida aos gráficos uma ideia que não era correta em função do desconhecimento do
Quando a gráfica começa a pensar em gerenciamento de cor? SS – Tirando as gráficas de ponta, que tradi cionalmente saem na frente em termos de tecnologia, a gráfica corre atrás disso quando os problemas aparecem, como no momento em que um cliente importante devolve um material porque a cor está fora das especificações, ou quando sente-se pressionada por clientes que estão exigindo o cumprimento de padrões mundiais. O gráfico fica entre perder um grande cliente, por exemplo, e investir 70, 100, 200 mil reais em um sistema de gerenciamento de cor. O sistema ainda é visto como um item caro. Só que uma gráfica com impressão rotativa consegue recuperar esse investimento em um mês e meio. Ela imprime melhor, gasta menos papel e outros materiais, polui menos o meio ambiente. A nova geração de empresários gráficos vem com uma cabeça mais aberta, compreende melhor a função do gerenciamento de cor. O gráfico da velha guarda tem dificulda de de investir em sistemas que não deem resultados diretos?
SS – É, ele não investe porque é intangível. Eu brinco aqui com o pessoal. Dá vontade de comprar uma geladeira, colocar o software lá dentro e então entregar para o cliente. Procuramos mostrar para as gráficas que às vezes nem é preciso adquirir mais uma máquina impressora, que a agilidade e a redução no setup proporcionadas pelo controle do processo pode permitir que ele tenha a mesma capacidade produtiva com um número menor de equipamentos. Outro mito é que gerenciamento de cor é só para gráfica grande. Atualmente existem soluções para todos os bolsos, para gráficas pequenas, mé dias e grandes. Digo que não demora muito e o gerenciamento de cor será como curso de pós-graduação: você faz para continuar no mercado de trabalho, e não mais como um diferencial no currículo. Vamos imaginar que eu tenho uma grá fica e quero implantar o gerenciamento de cor. Por onde começar? SS – Há duas formas de começar. A primeira é padronizar a impressão, e junto com isso vem o treinamento. Não vendemos produtos sem treinar a equipe da gráfica para que se torne autossuficiente. Os funcioná rios são treinados in loco, aprendendo desde informações básicas sobre teoria da cor até a operação do software. Você vai precisar de um densitômetro, de um espectrofotômetro e do programa que faz o controle do processo na pré-impressão, gerencian do variáveis como ganho de ponto e trapping. Isso pensando em impressão offset. Você pode preferir começar pelas provas, padronizando-as para que sigam os padrões internacionais da norma ISO 12647 e fazendo que com se tornem uma referência real. Você vai precisar de uma impressora digital jato de tinta prof issional com pelo menos oito cores, um espectrofotômetro e o software para gerenciamento das provas. A gráfica terá de ter também um monitor prof issional, que permita ajustes finos, possibilitando ao operador visuali zar na tela o mesmo que será reproduzido pelo sistema de prova.
Vencida essa primeira etapa, a gráfica de seja aprimorar o controle do seu processo produtivo. Qual é o passo seguinte? SS – Ela pode trabalhar com dois softwares que atuam em frentes diferentes: na otimização do uso da tinta e na automação do ajuste dos arquivos. O primeiro programa permite a redução da carga de tinta usando algoritmos que compensam o CMY através do preto. Essa compensação torna a impressão mais nítida, mais limpa, pois usa uma carga menor de tinta. É possível reduzir em até 30% a carga de tinta sem mudar o tom
O gerenciamento de cor será como curso de pós‑graduação: você faz para continuar no mercado de trabalho, e não mais como um diferencial no currículo. da cor. O software controla isso no momento em que o arquivo está sendo ripado. Mas é preciso estar com a manutenção da impressora offset em dia. O outro software, que também roda quando o arquivo é ripado, faz a separação e os ajustes nos arquivos com relação à cor. Se você der o mesmo arquivo para três operadores diferentes, cada um vai fechá-lo de uma forma. Esse software equilibra a cor em arquivos que compõem um mesmo produto. Através de um único comando, o operador pode mudar os parâmetros de cor do arquivo de um trabalho que seria impresso em offset e que agora será produzido em flexo. O programa pode seguir padrões prévios ou estabelecidos pela gráfica. Pensando em parques gráficos híbridos, é esse software que vai permitir que um mesmo arquivo seja impresso em offset e digital com resultados semelhantes. Cumprindo todas essas etapas, o gráfico terá a segurança de que o que ele vê no monitor é exatamente o que será impresso. Erros podem acontecer, mas você diminuirá as variáveis.
Quanto tempo demora todo o processo? SS – Quinze dias, se estivermos falando em uma única impressora, trabalhando com o mesmo papel e com a mesma tinta. Sim, porque não há padronização se a cada dia a gráfica trabalha com fornecedores e insumos diferentes ou não controlados. Mas para a implantação do gerenciamento de cor dar certo o apoio do dono, do gestor da gráfica, é imprescindível. A decisão tem de vir de cima para baixo. Por quê? SS – Porque, se a decisão não for firme, o processo pode ser prejudicado por um ou outro funcionário que não quer mudanças em sua rotina. Desculpas como “estava com pressa e não medi a densidade” são comuns e comprometem o cronograma de implantação, assim como não medir a solução de molha, trabalhar cada dia com uma tinta, deixar o espectrofotômetro guardado na sala do diretor e tantas outras práticas. O controle do processo produtivo é fundamental. É preciso trabalhar com fornecedores confiáveis e controlar a qualidade das matérias-primas que entram na gráfica. Isso tanto para offset quanto para flexo, roto ou digital. E depois que está tudo funcionando corretamente é preciso con tinuar monitorando para que o processo se mantenha alinhado. Quando os resultados começam a apa recer no caixa da gráfica? SS – O ganho em produtividade vai depender da gráfica e de como era o seu processo produtivo antes do gerenciamento de cor. Indicativos vêm da comparação, por exemplo, do número de folhas usadas no ajuste da máquina antes e depois, que tende a cair, e do tempo de setup, que também diminui. Essa conta pode ser feita de outra forma. O controle do processo e o geren ciamento de cor podem, por exemplo, evitar que um trabalho de R$ 500 mil seja devolvido, queimando a gráfica com aquele cliente que representa nada menos que 60% do seu faturamento. VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA 31
TIPOGRAFIA
a letra impressa •parte 1 produção de matrizes de tipos de metal
Claudio Rocha
Nesta série de artigos serão examinados os processos de fabricação de tipos, passando por seus diversos estágios de produção no sistema tipográfico, na fotocomposição e no sistema digital. O próximo artigo irá abordar os sistemas mecânicos de produção de matrizes e o processo de fundição dos tipos. A fonte utilizada no título e legendas deste artigo é a Palatino Sans, criação de Hermann Zapf e Akira Kobayashi, de 2006. Para o texto foi utilizada a Monotype Bembo, versão digital da fonte produzida no século XV por Francesco Griffo sob encomenda do editor Aldus Manutius.
CLAUDIO ROCHA é tipógrafo, editor da revista Tupigrafia e diretor da OTSP, Oficina Tipográfica São Paulo
32 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
Quando lemos um texto impresso disposto em colunas opticamente ajustadas, com palavras legíveis e letras harmoniosas, não nos damos conta dos processos envolvidos na elaboração de uma fonte tipográfica. Para viabilizar a reprodução gráfica de registros escritos os designers de tipos percorrem um caminho que envolve princípios técnicos e estéticos, adequando a composição de textos aos sistemas de impressão. Desde o início da tipografia, no século XIV, essa dinâmica foi estimulada por fatores estéticos que impulsionaram a evolução tecnólogica das artes gráficas. Como salienta Ladislas Mandel, em seu livro Escritas, Espelho dos Homens e das Sociedades (Edições Rosari), “as grandes transformações nas formas das letras não se devem a fatores técnicos e tecnológicos, mas principalmente a aspectos culturais, econômicos e mercadológicos.”
Na fabricação dos tipos móveis, o desenho
de uma letra era materializado em um caractere pela combinação de quatro operações manuais sucessivas: o entalhe das punções, a gravação das matrizes, a fundição e o acabamento dos tipos. Essa técnica foi utilizada por mais de 400 anos, até surgir a produção mecanizada de punções e matrizes, ocorrida no século XX. O punchcutter, ou puncionista, era o responsável pela transcrição do desenho original dos caracteres para uma pequena barra de aço recozido, chamada punção, na qual eram esculpidas as formas das letras, algarismos e demais signos da escrita, com o sentido de leitura invertido. Em seguida, essa barra de aço era endurecida por aquecimento para ser golpeada sobre outra peça de metal, gerando assim a matriz do tipo a ser fundido. O trabalho de esculpir uma punção exigia extrema precisão, especialmente em corpos pequenos. O tempo necessário para a produção
de uma única punção era em média de quatro horas. Vale ressaltar que era necessária uma punção para cada caractere de cada corpo do tipo a ser fundido... em alguns casos uma fonte chegava a ter mais de duzentos caracteres. Existiam duas técnicas combinadas de produção de punções: o uso de contrapunções de aço, com o formato das áreas internas das letras, que eram golpeadas sobre a punção (ver ilustração abaixo) e o entalhe com uma ferramenta conhecida como graver, ou gravador, semelhante a uma goiva. Essa ferramenta era
Punções do tipo Tallone, produzidas pelo francês Charles Malin, em 1955, por encomenda do editor Alberto Tallone,
usada para desbastar o metal, definindo os matrizes era feita pelo punchcutter. Em algucontornos externos das letras e alternativa- mas type foundries haviam profissionais esmente para escavar o miolo das letras. Eram pecialmente treinados para essa função, os utilizados diferentes tamanhos e formatos “justificadores”, que também deveriam ter hade gravers, dependendo dos detalhes buscados bilidade e experiência. no design da letra. Pequenas limas também Apenas as matrizes costumavam ser comereram utilizadas nos estágios iniciais. Contra- cializadas; as type foundries e os punchcutters punções eram indicadas na produção de ca- independentes mantinham consigo as punracteres que apresentavam os mesmos perfis, ções, como forma de preservar suas criações. como o p, p, d e b, agilizando todo o processo. A técnica de gravação de punções era passaQuando o punchcutter finalizava a operação, a da diretamente para um aprendiz, perpetuanpunção era endurecida para poder penetrar do esse conhecimento. Na metade do século o metal da matriz a ser gravada. Durante o processo de entalhe eram feitas verificações progressivas do resultado do trabalho, por meio de provas conhecidas como smoke proofs: a punção era posicionada sobre a chama de uma vela para escurecê-la com a fuligem e ser então pressionada sobre o papel.
a fabricação da matriz A batida da punção sobre a superfície de uma outra barra de metal macio (geralmente cobre ou latão) gerava uma imagem da letra em baixo-relevo. Nesse estágio, a barra de metal era chamada de drive ou strike (batida). Para concluir a produção da matriz, a barra precisava ser “justificada” para encaixar no molde. Alguns ajustes eram necessários para que os tipos fossem fundidos com espaçamento padrão, tanto nas laterais quanto na altura, garantindo assim o seu perfeito alinhamento. Além disso, as superfícies da barra e da letra em baixo-relevo deviam estar exatamente paralelas, para garantir uma boa reprodução. Por fim, o baixo-relevo devia ter uma profundidade específica e controlada, para que os tipos apresentassem altura uniforme. Quando finalizada, a matriz recebia em sua base, ou nas laterais, letras ou números para identificar o autor e/ou o corpo do tipo. Nem sempre a gravação e a justificação das
Acima, punção e matriz da letra H, em imagem do livro The practice of typography, de 1900, escrito pelo tipógrafo e historiador norte-americano Theodore Low De Vinne. Na página à esquerda, ilustração representando as etapas da produção de uma punção. VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
33
e fundi-los, como Nicolas Jenson, Claude Garamond e William Caslon, entre outros. Mas Aldus Manutius, editor pioneiro que atuou em Veneza nos séculos XV e XVI, requisitou os serviços do punchcutter Francesco Griffo para dar vida às suas ideias, produzindo matrizes de tipos notáveis. A dupla Manutius-Griffo também inovou ao produzir, em 1500, o primeiro tipo itálico, baseado em uma escrita manual contemporânea surgida no Vaticano e conhecida como cancellaresca. Hermann Zapf, um dos maiores calígrafos e type designers de todos os tempos, sustenta que os punchcutters merecem mais crédito por sua obra no passado da tipografia. August Rosenberger, funcionário da type foundry alemã Stempel, trabalhou com Hermann Zapf em diversas fontes, entre elas Palatino, Melior e Optima, e recebeu de Zapf todo o reconhecimento e consideração. Charles Malin, um parisiense que trabalhou para a Monotype e também produziu pun-
Matrizes do tipo Tallone, em corpo 24, produzidas por Charles Malin, sob encomenda de Alberto Tallone.
Punções de Claude Garamond em exposição no museu Plantin Moretus, em Antuérpia, na Bélgica. Garamond deixou o trabalho inacabado, tendo sido finalizado pelo punchcutter Jacques Sabon e depois utilizado pelo editor Cristopher Plantin a partir do ano de 1567.
XIX ocorreu a única experiência de ensino conhecida, na Imprimerie Nationale em Paris, aprimorada durante gerações até atingir padrões elevados de qualidade. Poucas décadas depois do surgimento da tipografia na Alemanha de Gutenberg o ofício de tipógrafo se difundiu por vários países da Europa, ligado desde o início à produção de fontes para a edição de livros. Nesse período, a atividade do tipógrafo-editor se iniciava necessariamente com a fundição dos tipos para a impressão de suas obras, já que ainda não existiam tipos disponíveis para aquisição e eram, portanto, um patrimônio intransferível, uma “marca registrada”. Em alguns casos, o próprio tipógrafo se encarregava de projetar o tipo, esculpir as punções 34 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
ções e matrizes de maneira independente, com toda sua experiência, participava ativamente do processo criativo. Entre seus “clientes” estiveram – além das conceituadas type foundries Monotype e Deberny & Peignot – o editor italiano Alberto Tallone e o editor e estudioso de tipografia alemão, naturalizado italiano, Giovanni Mardersteig, ambos responsáveis por verdadeiras obras-primas da história do livro ocidental. obras consultadas: Tracy, Walter. Letters of Credit. David R. Godine Publisher, Boston, 1986. Smeijers, Fred. Counterpunch. Hyphen Press, Londres, 1996. Lawson, Alexander. Anatomy of a Typeface. David R. Godine Publisher, Boston, 1990.
Procure por produtos certiďƒžcados FSC.
Pensando no Futuro? Nós podemos ajudá-lo. Cursos de Formação Inicial e Continuada Pós graduação em Planejamento e Produção de Mídia Impressa
Treinamentos de Formação Inicial e Continuada
Pós graduação em Planejamento e Produção de Mídia Impressa
Meio oficial impressor flexográfico banda larga
Neste curso o aluno será capaz de:
Impressor flexográfico banda larga
Identificar, planejar e monitorar todas as
Fechamento de arquivos
etapas que compõem o fluxo produtivo,
Pré-impressão digital para flexografia
adequadas à fabricação dos mais importantes
Colorimetria aplicada aos processos gráficos
produtos da indústria gráfica;
Tecnologia de embalagens celulósicas
Interpretar as tendências de evolução
Tecnologia de embalagens flexíveis
tecnológica dos processos de produção gráfica;
Tecnologia de impressão flexográfica banda larga
Avaliar a adequação de matérias primas e
Preparação de tintas líquidas
insumos para o projeto de produtos gráficos;
Gerenciamento de cores
Realizar análise de custos e de viabilidade
Colorimetria aplicada aos processos gráficos
econômica de projetos de produtos gráficos.
Inscrições abertas! Visite nosso site
Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica e Escola SENAI Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6302/6303 - www.sp.senai.br/grafica
NORMALIZAÇÃO
Bruno Mortara
Uma possível solução tropicalizada para as provas
U
ma das questões que me impeliram a escrever este artigo foi a percepção de que as provas digitais contratuais, baseadas na ISO 12647-7, estão presentes ainda em uma quantidade relativamente restrita de empresas, notadamente nas grandes cidades, especialmente nas capitais. Ferramentas importantíssimas para a cadeia produtiva, as provas deveriam ser muito mais disseminadas. O que impede que isso aconteça? A primeira razão é a complexidade de um sistema de provas certificado, de sua operação, as constantes calibrações, insumos e custo unitário caros e baixa produtividade. A maioria das gráficas acaba utilizando um equipamento a laser, eletrofotográfico, para produzir provas, mas sem nenhum critério de calibração ou simulação de impressão. A ISO, percebendo isso, fez a norma 12647-8, que tem como título original Tecnologia Gráfica – Controle de pro-
36 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
cessos para a produção de separações de cores, prova e impressão – Parte 8: Provas de Validação diretas a partir dos dados digitais. Trata-se de uma versão mais flexível da Parte 7, já conhecida do mercado brasileiro, como sendo a norma de controle de produção de provas contratuais. Por flexível entendamos menos restritiva, pois, se por um lado o objetivo é o mesmo — simular em uma impressora digital uma impressão feita em outro processo ou tipo de equipamento —, por outro foi concebida voltada para os processos com base na eletrofotografia, sabidamente mais produtivos e com custo unitário significativamente menor, porém menos precisos. A família ISO 12647
Para quem já ouviu falar na 12647 e ainda não teve a oportunidade de se debruçar sobre a norma aí vai um resumo. É a família de normas de processo grá-
fico, a nossa principal norma, que consiste de várias partes: Parte 1, Parâmetros e métodos de medição; Parte 2, Offset plano ou rotativo com forno; Parte 3, Offset rotativo sem forno sobre papel de jornal; Parte 4, Rotogravura editorial; Parte 5, Serigrafia; Parte 6, Flexografia; Parte 7, Provas contratuais e Parte 8, Provas de validação. A primeira parte da 12647 é de 1996 e a última está prestes a sair do forno do TC130 da ISO.
Por que uma Parte 8?
Por serem complexos, os sistemas de provas contratuais são relativamente caros e exigem operação e manutenção cuidadosa. O preço, as constantes calibrações e os cuidados com insumos e operação tornam o produto da Parte 7 (12647-7), as provas contratuais, mais adequado a empresas bem estruturadas e com cultura e controles de qualidade já implantados. Para as demais empresas, que não desejam fazer um investimento específico em sistemas de provas — mas que investiram em sistemas de produção em eletrofotografia (equipamentos baseados em toner, comumente chamados de impressoras a laser) —, foi concebida a Parte 8, com toler âncias maiores e padrões mais simples de serem atingidos. Sim, é verdade que ainda assim é preciso calibrar, possuir um espectrofotômetro etc., porém a grande vantagem é que a impressora é aquela mesma na qual são feitos os trabalhos de tiragens maiores, isto é, a impressora digital de produção. O produto final da Parte 8 é uma prova de validação. As provas de validação não devem substituir provas certificadas contratuais de acordo com
O contexto da norma
Nos fluxos de trabalho gráficos há sempre a necessidade de uma representação visual da aparência do arquivo a ser impresso, normalmente utilizada como parte do acordo entre o cliente e a gráfica. Esta representação constitui a garantia das características de cor, curvas tonais, registro, completeza de grafismos, tamanho etc. Ao simular o processo de impressão que será utilizado para a tiragem total, a prova de contrato ajuda o impressor a controlar e comparar os resultados obtidos em máquina, offset por exemplo, sabendo que aquela prova é a expectativa do cliente. 2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
1 2 3 4
Combination:
Testform 2d: Uniformity 4 (50/0/0/0)
Digital Print Evaluation
1
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 46
CB_300309
45
printing direction
Exemplo de test form de uniformidade, neste caso do ciano. VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
37
Tabela 1 – Valores de brilho de substratos típicos Tipo de substrato
Unidade
Brilho nominal
1
Branco brilho (ex.: Couché brilho)
> 60
Branco semimatte (ex.: Couché matte ou Supercalandrado — SC)
20-60
Branco matte (ex.: Papel não revestido)
< 20
a ISO 12647-7, e, sempre que uma gráfica puder fazer ou contratar fora uma prova contratual, estará no caminho adequado. No entanto, no Brasil há inúmeros casos nos quais não há uma prova contratual no raio de centenas de quilômetros e, para eles, uma prova de validação se torna uma ferramenta preciosa para a gráfica, no sentido de se comprometer a entregar um produto com aquela aparência, e para o cliente, que concorda em aceitar o produto final desde que tenha aparência semelhante àquela da prova de validação. Valores de cor do substrato das áreas de impressão
A escolha do substrato a ser utilizado para criação de uma impressão de validação é baseada no conhecimento do substrato que o cliente usará na impressão final ou de produção e as capacidades do equipamento. A melhor escolha é utilizar o mesmo substrato da produção final. Quando não se conhece o substrato em que será feita a produção final, aquele utilizado para a impressão de validação deve ser de cor branca na face e sem nada impresso no verso, para não inf luenciar as medições a serem feitas. Em aplicações em que o substrato a ser utilizado para a impressão de produção é conhecido mas não é compatível com o equipamento para criar a impressão de validação, o substrato selecionado pode ser impresso para simular o final, com fina camada de toner (o RIP deve ser ajustado para isso) e a diferença de cor entre a simulação e o substrato final deve ser menor que Delta E de 3. Quando houver possibilidade de se medir com um instrumento de laboratório adequado (com luz incidente em 75° com um instrumento em conformidade com a norma ISO 8254-1), o brilho do substrato de validação deve ser de até 15 unidades de brilho em relação ao substrato de impressão de produção. Quan 38 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
do não houver um instrumento em mãos, é aconselhável que se siga o brilho do substrato final, seja ele sem brilho, fosco, semibrilho ou brilho (Tabela 1). Os requisitos de cor
Os requisitos de simulação de cores para as provas de validação são definidos com restrição menor que a da Parte 7. Na Tabela 2, que consta da norma 126478 , estão listados os requisitos e tolerâncias para as áreas de grafismo de provas de validação. Em comparação com a norma de provas contratuais ISO 12647-7, podemos ver que houve uma adaptação clara (um aumento das tolerâncias em quase todos os requisitos) com relação às capacidades de qualidade e repetibilidade dos equipamentos de eletrofotografia (impressoras digitais). Veja a Tabela 3 da norma 12647-7. Uniformidade por folha impressa do sistema de impressão de validação
Um dos parâmetros que a norma regulamenta e se detém de maneira mais específica é quanto à uniformidade na folha. É sabido que em sistemas ba seados em toner a distribuição do mesmo pode apresentar defeitos, como a falta de cobertura em Tabela 2 – Tolerâncias para a reprodução dos patches em tarja de controle de provas de Validação quando comparados a uma condição de impressão caracterizada (Dataset) unidade: 1 Patch na prova de Validação
Todos os patches da tarja de controle Patches C,M,Y,R,G,B Patches de grises compostos e de cinzas
Tolerância
Máximo ∆E*ab ≤ 8 Média ∆E*ab ≤ 3 Máximo |∆H*ab| ≤ 4 a Média ∆Ch ≤ 2,5 b
Patches do gamut da ISO12642-2 de acordo com o Anexo C
Média ∆E*ab ≤ 4
Todos os patches da ISO 12642-2
Média ∆E*ab ≤ 3 95% percentil ∆E*ab ≤ 6
a Em ∆H se usa o módulo b ∆Ch é a diferença de cromaticidade Cielab entre duas cores de luminosidade próxima projetada sobre um plano de luminosidade constante no espaço de cores Cielab colour space. É calculado do mesmo modo que o ∆Ec na ISO 12646. Nota 2: Estas tolerâncias se aplicam somente à certificação de sistemas de provas de validação. Também podem ser usadas para a certificação de gráficas. Estas tolerâncias são inadequadas para uso diário em produção, uma vez que aumentariam muito os custos de produção e diminuiriam a produtividade destes sistemas. A experiência indica que um fator de 1,5 vez estas tolerâncias é um ponto de partida razoável para ajustes diários em produção.
Contar com 50 anos de experiência é a melhor forma de ver sua empresa 50 anos à frente. Um dos grandes diferenciais da Consultoria ABTG são seus 50 anos de know-how no mercado gráfico e seus mais de 50 consultores especializados. Todos preparados para oferecer o que há de melhor em serviço de consultoria para sua empresa. • Aproveitamento do tempo • Foco na otimização dos processos. • Treinamento durante a implantação. • Atendemos a necessidade especifica do cliente. Veja como ABTG pode ajudar sua empresa:
Consultorias Técnicas: Pré-impressão, Impressão e Pós-impressão.
Pareceres Técnicos: avalia processos produtivos, capacidades técnicas e sigilo da informação.
Consultorias em Gestão: PCP, Custos e Orçamento, Planejamento Estratégico.
Homologação de Indústria Gráficas: Quando compradores e fornecedores se entendem.
Implantação da Norma NBR15540: Bons negócios são feitos na base da segurança.
Diagnóstico de Processo Industrial: Saiba quais são os problemas e soluções para sua empresa.
Implantação da Certificação FSC: O planeta precisa, o cliente exige e a ABTG implanta.
Aplicação de Teste Form: Análise Mecânica e de qualidade da sua impressora offset.
Implantação das Certificações ISO: 9001, 14001, 18001 e 27001.
COMERCIALIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO PARCERIA COM A
ESTAT BRASIL
Treinamentos e Palestras In Company: Os melhores consultores dentro da sua empresa.
Para saber mais sobre este serviço ou agendar uma visita, entre em contato conosco: Núcleo de Consultoria e Treinamento ABTG Tel.: (11) 2797 6702 E-mail: Andrea: aponce@abtg.org.br
Tabela 3 – Tolerâncias para a reprodução dos patches em tarja de controle de provas contratuais ISO 12647-7 quando comparados a uma condição de impressão caracterizada (Dataset) unidade: 1 Descrição do controle do alvo
Tolerância
Cor do substrato de impressão simulando a condição de impressão
∆E*ab ≤ 3
Todos os patches da tarja de controle
Máximo ∆E*ab ≤ 6 Média ∆E*ab ≤ 3
Segunda escala de retícula composta por primárias C, M, Y, rusticamente replicando as cores da primeira escala para uma condição de impressão média (“balanço de grises”) (mesmo Média número de patches como para cores da primeira escala)
Média ∆H ≤ 1,5 b
Outros patches do gamut
Média ∆E*ab ≤ 4
Todos os patches da Norma ABNT NBR NM-ISO 12647-2
Média ∆E*ab ≤ 4 95% percentil ∆E*ab ≤ 6
áreas fortemente entintadas após uma sequência de impressões da mesma página (starving). Para isso, a norma propõe a impressão de test forms, que devem apresentar um desvio padrão menor que 1,5 em L*, a* e b* e uma diferença máxima de cor Delta E Cielab de 2. Os test forms devem resultar em leituras na mesma folha com desvios menores que Delta E de 2, o que garante que o toner recebeu uma distribuição homogênea ao longo da folha de produção. Um ponto bastante importante em um sistema capaz de gerar provas de validação é que este seja capaz de repetir a “façanha” a qualquer momento. A diferença de cor Cielab máxima entre as amostras de cada cor não deverá exceder Delta E de 2,5 nos sólidos (chapados) e Delta E de 3 nas áreas reticuladas. Outros aspectos de qualidade
Quando se pretende certificar um sistema de provas de verificação por um laboratório credenciado, as análises são mais profundas quanto à qualidade e conf iabilidade do sistema. É aqui que uma certificação de uma gráfica se separa de uma certificação de um equipamento específico. Neste contexto, para o atributo de permanência das cores deve-se esperar o período de estabilização de impressão especificado pelo fabricante e devem 40 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
ser efetuados testes de abrasão mecânica, solidez de tinta, brilho do conjunto de tintas, reprodução da escala tonal e poder de resolução do sistema de provas. Para cada um destes atributos a norma traz uma série de ensaios a serem feitos. Além disso, a norma solicita que sejam impressas junto aos grafismos do client e as seguintes informações: ◆◆Nível de conformidade (impressão de validação de acordo com a norma ISO 12647-8) ◆◆Nome do arquivo ◆◆Nome do sistema de validação ◆◆Tipo de material de substrato ◆◆A condição de impressão simulada ◆◆Data e hora da produção ◆◆Data e hora da última calibração ◆◆Tipos de corantes ◆◆O perfil de gerenciamento de cores utilizado ◆◆Nome e versão do RIP ◆◆Tipo de revestimento ◆◆Tipo de simulação de papel Conclusão
A indústria gráfica irá se benef iciar com a tradução e adoção da norma ISO 12647-8 no Brasil, tarefa que se inicia em breve no âmbito do ONS27, na ABTG . É uma tarefa que normalmente demora cerca de um ano e, assim que a norma estiver traduzida, pretendemos fazer uma cartilha para disseminar mais facilmente seus conceitos. Se conseguirmos espalhar a ideia e as tecnolo gias da norma ISO 12647-8 sem desestimular aqueles que já investiram ou pretendem investir em sistemas mais precisos de provas — as de contrato, ou Parte 7 —, o mercado gráfico terá centenas ou milhares de gráficas com condições de c riar uma prova de referência para seus clientes a um custo bastante razoável e com enormes benef í cios para as relações comerciais — o cliente sabe o que espera receber e o impressor sabe aquilo que deverá imprimir —, dando um novo dinamismo para a comunicação impressa. Bruno Mortara é superintendente do ONS27,
coordenador da Comissão de Estudo de Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós‑graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.
VEM AÍ AS SEMANAS DE ARTES GRÁFICAS.
2
1 1 0
QUEM PERDER ESSES 5 DIAS PODE ACABAR PERDENDO OS OUTROS 360. As Semanas de Artes Gráficas, agora com o apoio do SEBRAE, foram estendidas para outros estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais.
Durante 5 dias, profissionais da Indústria Gráfica, técnicos do setor e de áreas correlatas têm a chance de aprofundar seus conhecimentos em seminários de grande valor para o mercado, focado nas áreas de gestão, técnica e vendas, contando com a presença dos melhores profissionais do setor. As vagas são limitadas. IMPERDÍVEL. 1ª edição - Semana de Artes Gráficas de Pernambuco - 21 a 25 de março 5ª edição - Semana de Artes Gráficas de Sorocaba - 28 de março a 1º de abril 1ª edição - Semana de Artes Gráficas de Minas Gerais - 11 a 15 de abril
SUCESSO ABSOLUTO
5ª edição - Semana de Artes Gráficas de Araçatuba - 25 a 29 de abril 1ª edição - Semana de Artes Gráficas do Rio Grande Sul - 9 a 13 de maio 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de Bauru - 23 a 27 de maio 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de São José dos Campos - 27 de junho a 1º de julho 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de Ribeirão Preto - 25 a 29 de julho 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de São José do Rio Preto - 22 a 26 de agosto 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de Campinas - 26 a 30 de setembro 3ª edição - Semana de Artes Gráficas de Barueri - 24 a 28 de outubro
Para obter mais informações ou realizar sua inscrição on-line acesse
EVENTO GRATUITO
www.abtg.org.br ou entre em contato pelo telefone: (11) 2797 6700 Fax: (11) 2797 6716 – e-mail: sag@abtg.org.br. No caso de não comparecimento, o inscrito deverá comunicar a ABTG no mínimo 48 horas antes do evento ou arcará com multa de R$ 50,00.
Realização:
Execução:
CRONOGRAMA Julgamento 1ª fase
5 e 6 de outubro
Julgamento 2ª fase
9 e 10 de novembro
Premiação
22 de novembro
Patrocínio: Diamante:
Ouro:
Bronze:
Prata:
Realização:
Apoio Institucional:
IMPRESSÃO
Fábio Uva e Daniel Nato
Estudo de caso: padronização na impressão offset e uso da norma ISO 12647
Q
uand o falamos em qualida de de um impresso, o julga mento costuma ser subjetivo, já que cada pessoa tem um gosto diferente e o que pode ser bom para um pode não ser bom para outro. No entanto, a gestão da produção in dustrial exige que os processos e os produ tos obedeçam a especificações mensuráveis, para que a qualidade possa ser garantida e a repetibilidade dos processos assegurada. Esse é o objetivo da padronização — garantir a qualidade adequada do produto final de acordo com especificações que atendam às exigências e às necessidades do cliente. A impressão offset é um processo ana lógico com centenas de variáveis. Isso torna seu controle muito mais complexo que o de sistemas de impressão digital, por exemplo. Para tornar esses controles mais eficientes existem diversos equipamentos que permi tem mensurar parâmetros de processo. A maioria das gráficas ainda utiliza o mé todo de comparação visual para o ajuste das cargas de tinta. O impressor compara a fo lha de acerto que acabou de ser impressa com a prova digital aprovada pelo cliente e faz os ajustes dos tinteiros tentando obter folhas de acerto com tonalidades mais pró ximas da prova. Depois de considerar a car ga acertada, a maioria dos impressores se gue controlando visualmente as variações ao longo da tiragem e fazendo correções quando necessárias. Certamente esse não é o melhor método, porque a visão huma na não é um “instrumento” conf iável. Os re sultados obtidos são alterados pela fadiga do operador, condições de iluminação, re 44 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. IV 2011
flexos sobre as folhas de acerto e de prova etc. O correto é realiz ar esse controle por meio de instrumentos de medição, como densitômetros e espectrofotômetros. Es ses aparelhos permitem identificar, inclusi ve, variações de cor inferiores à capacidade de percepção da visão humana. Não basta, no entanto, contar com os equipamentos de medição. É necessário es tabelecer padrões para as variáveis a serem controladas. Normas ISO devem ser usadas como referência. A série de normas ISO 12647 orienta a respeito dos parâmetros para uma impressão adequada. A primeira parte dessa série estabelece a terminologia e conceitos técnicos necessários à padronização. As nor mas 12647-2 e 12647-3 tratam especificamen te de offset e estabelecem os principais pon tos de controle associados aos substratos, tintas e ganho de ponto. Os parâmetros de carga de tinta não são definidos como valo res densitométricos, mas como valores co lorimétricos (L*a*b*) a serem medidos sobre áreas sólidas (chapados) das quatro cores e das cores secundárias. Densidades são va lores relativos — servem para comparar en tre si folhas de uma mesma tiragem, com a mesma tinta e mesmo substrato. Isso sig nifica que impressões com valores densito métricos iguais podem resultar em cores diferentes se tiverem sido produzidas com tintas ou substratos diferentes. No entan to, uma vez estabelecidos os valores a se rem buscados sob condições padroniza das, a densitometria passa a ser um método eficiente de controle de processo. Para se determinar os valores densitomé tricos a serem buscados durante o acerto da
impressora pode-se fazer um estudo preli minar conforme se descreve a seguir, com base em um caso real. Para esse estudo uti lizou-se um test form. Os procedimentos descritos a seguir serviram para determinar a carga de tinta ideal (valores densitométri cos medidos sobre a impressão sólida) com base na norma ISO 12647-2 . Esse trabalho também é necessário para a implementa ção de sistemas de gerenciamento de cores. Tal implantação compreende três etapas: calibração, caracterização e conversão. Calibração
Trata-se do ajuste do equipamento de im pressão com base nas orient ações do fa bricante. Foi utilizada uma impressora Hei delberg Speedmaster 52, de quatro cores. A máquina foi completamente limpa, inclu sive com a desmontagem da rolaria. Os rolos foram verificados para checagem de imper feições nas superfícies, dureza, regularidade de diâmet ros e desgastes de rolamentos. A seguir, a rolaria foi montada e regulada. Também foram checadas e ajustadas as blan quetas. Foi utilizado um torquímetro para garantir a tensão correta na esticamento. Foi igualmente verificada a altura correta das blanquetas em relação ao anel-guia. Com a impressora corretamente ajustada (calibrada) imprimiram-se test forms sobre os três tipos mais comuns de papel — cou ché brilho, couché fosco e offset. O acer to da tintagem buscou alcançar os valores L*a*b* definidos pela norma para os pon tos de controle. Esses valores foram me didos com espectrofotômetro, também seguindo especificações da norma.
Resumo dos resultados obtidos mostrando ∆E Lab com relação aos valores normatizados Suportes
Cores
∆E
Densidade
Preto
4,28
1,65
Cyan
2,64
1,40
Os papéis couché e as tintas get IT8 , que foi adaptado no test Couché brilho – 115 g/m² Magenta 4,70 1,40 utilizados no estudo estavam em form e impresso já com as curvas Amarelo 4,19 1,10 conformidade com a especifica habilitadas e com as densidades ção da norma em termos de va pré-definidas nos três suportes. 6,25* Preto 1,65 lores colorimétricos L*a*b*. O pa Desta maneira, aguardou-se Cyan 4,11 1,35 Couché fosco – 115 g/m² pel offset, no entanto, estava um a secagem total da tinta confor Magenta 4,36 1,40 pouco fora das especificações, me estabelecido anteriormen Amarelo 4,60 1,05 encontrando-se levemente azu te e de tal modo que a leitura Preto 2,01 1,30 lado. Como não foi possível en dos targets pudesse ser realiz a Cyan 3,85 1,05 contrar um offset inteiramente da através do software da pro Offset – 120 g/m² dentro da norma, aceitou-se a va para criação do perfil ICC (In Magenta 4,57 1,10 utilização desse substrato, que ternational Color Consortium), Amarelo 3,75 0,95 dentre os disponíveis apresen *No suporte couché fosco, o preto só atingiu um ∆E aceitável pela norma com densidade de em que o sistema foi alimenta tava o menor desvio. As folhas 1,80. No entanto, decidiu-se utilizar uma densidade mais baixa para prevenir a ocorrência de do e a prova teve sua fase de de test form consideradas boas problemas como decalque, secagem lenta da tinta etc. conversão concluída. — ou seja, impressas em conformidade com péis, os valores estavam acima do que a nor Após o término da calibração da pro a norma — servem de referência para a de ma recomenda. Criou-se então uma tabela va, os impressores puderam trabalhar com terminação dos valores densitométricos e foi gerada uma curva no software RIP para densidades (carga de tinta) padronizadas. a serem seguidos durante o controle de compensação do ganho de ponto para os Dentro dessa condição, a prova de cor di cargas de tinta no processo de impressão, três papéis. Novas chapas foram copiadas gital jato de tinta se assemelhava o suf icien desde que mantidas as mesmas condições segundo essas curvas. Usando as mesmas te para evitar maiores demoras no setup de padronizadas durante o estudo. Todas as ca densidades, porém com as curvas de ganho impressão e a própria prova tornou-se facil racterísticas de insumos e matérias-primas de ponto já habilitadas, foi possível fazer a mente reproduzível e conf iável, evitando o foram documentadas para se garantir impressão e analisar os resultados. uso dos recursos de regulagem do tinteiro essa padronização. Papel offset: Os valores de ganho de pon para ajustes tonais demorados. Fator impor to ficaram dentro da faixa tolerada pela tante a ser mencionado é que o modelo de Caracterização norma. Nas áreas de sombras, o contraste impressora offset utilizado nesta empresa Imprimiram-se 1.000 folhas em cada papel, aumentou e o entupimento diminuiu. permite que o CIP3 seja alimentado de forma sob as condições definidas anteriormen Couchés: A compensação foi muito alta e, diferente para cada tipo de substrato (cou te. Separaram-se das tiragens completas por isso, os valores ficaram baixos, o que di ché brilho, fosco e papel offset, por exem amostras de 10 folhas. Essas folhas foram minuiu o contraste e fez as imagens ficarem plo), criando-se interpretações mais preci analisadas após 24 horas para se garantir “lavadas” e, principalmente, com os tons de sas para os diferentes tipos de papel, uma a secagem completa e a estabilização dos pele prejudicados. Foi necessário gerar nova vez que eles possuem características distin valores colorimétricos. A medição foi feita curva de ganho de ponto. O test form foi tas de cobertura, absorção etc. Com isso, os com um espectrodensitômetro. reimpresso, obtendo-se resultados satisfató ajustes serão otimizados e haverá um ganho No terceiro dia foram copiad as novas rios. Os dois papéis apresentaram ganhos de considerável de produtividade. chapas do test form e feitas novas impres ponto próximos de 12% nas áreas de meio Esse processo deverá ser repetido pe sões sobre os três tipos de papéis. Essas fo tom (área de 50% na tarja de controle). riodicamente para um realinhamento. Su lhas foram usadas para análise de ganho de Aprovadas as curvas de ganho de pon gere-se que seja feito trimestralmente, ponto (característico da máquina nessas to para cada um dos três papéis, o workflow semestralmente ou sempre que se perce densidades), do trapping, do contraste re de pré-impressão foi ajustado. berem diferenças maiores ou que forem al lativo de impressão e do balanço de grises. terados os principais insumos e regulagens Os impressos foram tirados com as densida Conversão do equipamento. ❧ des pré-estabelecidas conforme indicação O próximo passo foi solicitar o target de da tabela com os resultados obtidos. calibração de prova ideal para leitura do Fábio Uva é coordenador técnico Ao avaliar-se o ganho de ponto, perce software da gráfica (software de gerencia e Daniel Nato é vendedor técnico beu-se que em todas as cores, nos três pa mento e saída de prova), neste caso o tar- da Antalis do Brasil VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA 45
SITES
LITERATURA
Printbill www.printbill.com.br/responsabilidadesocioambiental A Printbill lançou seu novo hotsite sobre responsabilidade socioambiental. Com o desdobramento dos projetos em que se envolveu, a empresa descobriu que os elementos principais para a aplicação de ações socioambientais não são o recurso financeiro, as teorias ou os sistemas complexos, mas sim a iniciativa, as parcerias e o volunt ariado. “O hotsite foi a forma mais sustentável que encontramos para dividir nossas experiências. Julgamos de extrema importância compartilhar esses cases para que outras empresas e profissionais repensem o tema”, explica o superintendente geral Rogério Junqueira.
O Cartaz – Prêmio Design Museu da Casa Brasileira Claudio Ferlauto – Coleção: Fundamentos do Design Essa obra é um olhar sobre a produção e a criação de uma coleção de cartazes que vai se tornando uma das mais perenes e importantes do Brasil, graças ao trabalho e à constante inovação do concurso, que desde 1995 escolhe e premia um projeto gráfico para representar o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira. Usando o concurso como contexto, o autor ressalta as transformações ocorridas no design gráfico desse período. Edições Rosari www.rosari.com.br
Elementos do Estilo Tipográfico – Versão 3.0
Braga www.braga.com.br A Braga Produtos Adesivos, de Hortolândia ( SP ), está com novidades em seu site. Com o conteúdo ampliado e layout e formato mais modernos, o novo portal reflete o momento que a empresa vive: comemoração de seus 30 anos de atividades no setor de papéis e filmes autoadesivos e a inauguração de uma nova fábrica, em Três Lagoas ( MS ), que tem a evolução da tecnologia como meta contínua de crescimento. O novo site traz em sua estrutura mais facilidade de acesso às informações da linha completa de produtos e serviços, tornando mais dinâmica a escolha do produto certo para a aplicação desejada. Outra facilidade de interação é a disponibilidade para download de informativos e textos técnicos. Ampliando a interação com o internauta, agora é possível receber todas as informações desejadas cadastrando-se na página de contatos, além de enviar sua opinião ou solicitações.
46 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
Robert Bringhurst Este livro de enorme sucesso, traduzido para idiomas como russo e grego, foi o primeiro sobre tipografia publicado pela Cosac Naify. Escrita e projetada pelo tipógrafo, ensaíst a e poet a norte-americano Robert Bringhurst, a obra reúne e discute em profundidade os conhecimentos que a história da tipografia ocidental transformou em tradição ao longo dos últimos 600 anos, respaldada por uma linguagem acessível, que a tornou uma unanimidade entre os designers gráficos do mundo inteiro. O título é inspirado em conceitos do filósofo Walter Benjamin. “O estilo literário é o poder de mover-se livremente pelo comprimento e pela largura do pensamento linguístico sem deslizar para a banalidade. Estilo tipográfico, neste sentido amplo da palavra, não significa nenhum estilo em particular, ‘meu estilo’, ‘seu estilo’, ‘neoclássico’ ou ‘barroco’, mas o poder de mover-se livremente por todo o domínio da tipografia e de agir a cada passo de maneira graciosa e vital, sem ser banal”, afirma Bringhurst. É essa pretensão de dar ao leitor as informações necess árias para alcançar essa liberdade instrumental, e sobretudo intelectual, que diferencia o livro de Bringhurst dos manuais práticos, dos compêndios históricos e dos volumes in trodutórios sobre o assunto. O livro contém glossário inglês-português, de caracteres, de termos tipográficos, de designers de tipos e de fundições tipográficas e catálogos de fontes com e sem serifa. Cosac Naify http://editora.cosacnaify.com.br
auxílio para exportação desconto para o Prêmio fernando Pini sala de reunião gratuita desconto na compra de veículos gm desconto em cursos da abtg desconto em serviços da serasa convênio com a caixa econômica federal
créditos para pagar os funcionários e comprar equipamentos.
assessoria gratuita na importação de equipamentos consultoria gratuita
colônia de férias assessoria jurídica convênio cartão bndes Plano odontológico
benefícios abigraf são Paulo.
quem resolve ter, resolve muito. Estes são alguns benefícios para quem é associado. • Descontos em pousadas, hotéis, chalés e colônias de férias por todo Brasil • Descontos especiais na compra de carros da GM • Plano odontológico em condições especiais • Salas de reunião gratuitas e descontos no aluguel de auditórios • Palestras exclusivas para associados • Divulgação da empresa no Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica
são mais de 80 benefícios. associe-se já. a Partir de r$ 35,00/mês.*
*O valor de R$ 35,00 mensais é válido para gráficas de 0 a 5 funcionários.
acesse e saiba mais: www.abigraf.org.br ligue para (11) 3232-4509
CHEGOU O 15º ANUÁRIO! O grande diretório da indústria gráfica nacional está melhor a cada ano INFORMAÇÕES COMPLETAS E ATUALIZADAS
2.175 GRÁFICAS E 524 FORNECEDORES DE TODO O BRASIL
384 páginas
Primorosa apresentação gráfica com embalagem protetora
INDISPENSÁVEL
TUTORIAL
Turbine seus gráficos no Illustrator
Thiago Justo
N
o dia a dia é muito comum nos depararmos com gráficos que servem para ilustrar números e resultados. Entretanto, a maior parte deles tem um mesmo aspecto visual. Para muitos, todos parecem exatamente iguais. Para fugir desse padrão, que tal usar a ferramenta de gráfico do Illustrator? Com ela você vai conseguir fazer gráficos bem mais interessantes, manipulando-os como vetor e fazendo com que fiquem bem mais atraentes que as velhas colunas coloridas numeradas.
1
2
3 4
50 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
Requisitos: Illustrator CS5 Abra um novo documento no Illustrator (Ctrl+N). Comece selecionando a ferramenta de gráfico (J). Você terá várias opções de gráfico, como gráfico de linha e de pizz a, entre outros. Para este tutorial eu escolhi o gráfico de colunas. Com a ferramenta selecionada, clique e arraste dentro da área de trabalho, determinando a área que o gráfico ocupará. Feito isso, uma caixa de diálogo se abre e nela você pode digitar os valores que farão parte do gráfico.
Nessa caixa existem várias opções para o preenchi mento dos valores e de como os valores serão plotados. Você também pode importar os valores de uma planilha pré-existente. Eu deixei todas as opções padrão e cliquei no botão Apply (aplicar) (1). Com o gráfico pronto vamos começar a melhorar o seu visual. Vou aplicar perspectiva e profundidade ao gráfico usando o efeito de 3D do Illustrator, que deve ser usado separadamente nas colunas e nos números e texto que compõem o gráfico. Para isso, duplique-o e mantenha esta cópia de lado para usar mais tarde. Com um dos gráficos selecionado peça para desagrupar os elementos (Shift+Ctrl+G). O Illustrator exibirá um alerta explicando que, depois de desagrupar, as informações contidas no gráfico não poderão ser mais editadas. Clique em OK (2).
Utilize o comando desagrupar do botão direito até que todos os elementos estejam desagrupados. Apague os números e as linhas do gráfico e fique somente com as colunas. Mude a cor de todas para um tom de cinza e retire o contorno fino preto que vem no padrão do gráfico (3). Agrupe as colunas selecionadas do gráfico (Ctrl +G) depois clique em Effect ➠ 3D ➠ Extrude & Bevel. Na caixa para configurar o efeito, você terá várias opções de ângulos, rotações e perspectivas. Você pode testar diferentes valores. Para visualiz ar basta clicar no botão preview. Depois de escolher os valores clique em OK (4). A próxima etapa é expandir o efeito. Vá em Ob ject ➠ Expand Appearance, depois desagrupe todas as partes usando o comando Object ➠ Un group ou o atalho Shift+Ctrl+G. Com isso você terá
5
6
7
VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
51
a possibilidade de editar separadamente as partes que compõem o gráfico (5). Eu optei por dar um efeito gradiente nas colunas do gráfico. O Illustrator possui uma grande bibliote ca de combinação de cores e gradientes, que facilitam muito na hora de escolher ou combinar cores. Para esse gráfico, eu utilizei a paleta Brights (6). Selecione cada uma das partes dos gráficos e aplique um preenchimento gradiente. Depois de aplicado o preenchimento é possível editar o efeito na janela gradiente (Window ➠ Gradient) (7).
Agora é a vez das linhas e números que irão compor o gráfico. Selecione a cópia do gráfico que ficou separada no começo do trabalho, desagrupe os elementos e apague as colunas do gráfico. Faça duas linhas tracejadas, uma mais espessa na parte supe rior e outra mais fina na parte inferior. Para fazer as linhas intermediárias use o recurso de blend do Illustrator. Com as duas linhas selecionadas vá em Object ➠ Blend ➠ Blend Options, escolha a opção Specif ied Steps e em Sparcing escolha 4 steps.
8
9
52 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
A informação que o mercado quer está aqui. Noticiário dinâmico, atualizado diariamente. Artigos de experts do setor, trazendo o conteúdo da revista técnica da indústria gráfica nacional e internacional.
Acesse nosso site www.revistatecnologiagrafica.com.br
10
11
54 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
Agora faça o Blend: Vá em Menu Object ➠ Blend Make (8). Em seguida, aplique o efeito 3D nessas linhas e números. Você deve usar os mesmos valores que usou nas colunas, somente o Extrude Depth deve permanecer 0 para não dar profundidade aos números, pois isso dificultaria a leitura (9). Posicione as linhas em cima do gráfico. Para melhor fusão dos elementos dê um pouco de transparência (Window ➠ Transparency) nas linhas. Eu utilizei um valor de 60% (10). Para dar mais realismo ao gráfico, faça um retângulo com preenchimento preto, na mesma perspectiva que o gráfico, utilizando a ferramenta Pen Tool (P). Aplique um Gaussian Blur (Effect ➠ Blur ➠ Gaussian Blur), depois aplique uma transparência de 40% e coloque embaixo de todos os elementos para simular uma sombra do gráfico (11). ➠
12
Para finalizar, faça o título do gráfico. Aplique o efeito 3D Extrude & Bevel. Os valores terão de ser um pouco diferentes para que o texto fique com ângulo e perspectiva correspondente às colunas. Você pode continuar ajustando o efeito 3D mesmo depois de ter clicado em OK. Basta selecionar o objeto com o efeito aplicado e na paleta Appearan ce e clicar duas vezes sobre o efeito que ele abrirá novamente a caixa de diálogo para editá-lo (12). O gráfico está pronto. Agora você já consegue dar aquela turbinada nos gráficos chatos e fazer todo mundo prestar mais atenção nos seus números! Thiago Justo é instrutor de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
ACABAMENTO
Problemas e soluções na impressão de
Tobias Meyer
A
hot stamping
impressão feita com películas de hot stamping é um sistema utilizado há mui tas décadas no Brasil. Na maior parte desse per íod o, o método foi empre gado para impressos finos e de pequena quan tidade, como convites e embalagens de produ tos de alto valor agregado. Essa restrição se dava por dois motivos: a carência de máquinas que pu dessem imprimir em grandes formatos e com boa produtividade e o elevado custo do material. Essa realidade mudou há alguns anos. Atualmen te, com a grande oferta de maquinário e a queda brusca no preço do produto, a decoração dos mais diversos impressos está sendo feita com hot stamping. Temos casos de embalagens com altas tira gens e até revistas com periodicidade mensal que utilizam este acabamento. Com essa mudança de mercado, a principal difi culdade encontrada é obter bons profissionais para a execução dos serviços. Antes poucos, quase arte sãos, dominavam a técnica. Agora há uma demanda imediata por pessoas aptas a executar a tarefa. A técnica de aplicação é um processo simples, que alia temperatura, tempo e pressão. O primeiro passo é a escolha da película correta. Na ilustração pode ser vista a fita hot stamping com a separação das diferentes camadas de que ela é composta. Todas essas camadas são importantes e inf luem diretamente na qualidade final da aplicação. A cama da do adesivo deve ser compatível com a superfície
Filme suporte Desmoldante Laca de Proteção Metal Adesivo
56 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. IV 2011
sobre a qual será feita a aplicação para garantir trans ferência e ancoragem adequadas. A camada de me tal determina a cor da fita hot stamping. A laca de proteção tem a finalidade de proteger a camada de metal e é ela que determina se o hot stamping aplicado poderá ou não receber impressão poste rior (película overprintable ou não). O desmoldante está relacionado com a área de aplicação. Um des moldante mais “duro” é ideal para impressão de áreas pequenas a médias, permitindo ótima defini ção para letras e grafismos com áreas em negativo e em positivo. Por fim, temos o filme suporte, que é uma película de poliéster que serve como veícu lo de transporte para as outras camadas. Feita a escolha da fita mais adequada, é preciso ainda ter alguns cuidados com o acerto de máqui na. A especificação técnica da temperatura de de terminada película é apenas o parâmetro inicial de ajuste. Para regular a temperatura certa de um ser viço é preciso considerar o substrato sobre o qual será feita a aplicação, o tipo de máquina utilizada, a área de aplicação e as condições do ambiente. Para ajuste de pressão, é recomendado que seja utiliza do apenas o necessário para que os clichês encos tem por igual no substrato. Feito isso, será preciso fazer calços sobre a chapa do padrão para corrigir imperfeições da máquina e dos clichês. É importante fazer uma proteção sobre os cal ços — utilize chapas plásticas com 1 mm de baque lite, epóxi ou polipropileno. Algumas máquinas pos
suem regulagem de velocidade. Este é um recurso que pode auxiliar na transferência do hot stamping, principalmente em áreas de aplicação cha padas onde normalmente é mais difícil conseguir uma transferência completa. Nunca faça o acerto de máquina utilizando ape nas um parâmetro. A perfeita combinação de tem peratura, pressão e velocidade garante a execu ção de um trabalho com mais qualidade e menor número de paradas de máquina. Processos anteriores à aplicação do hot stamping podem influir diretamente na qualidade final do produto. A tinta offset precisa estar totalmen te seca para ancorar a impressão hot stamping. Em trabalhos que tenham impressão chapada de co res escuras é necessário um tempo maior de seca gem. Para impressos que tenham aplicação de la minação BOPP, é importante saber a procedência do material, que necess ariamente precisa ter tra tamento corona. Também é importante obede cer à recomendação de temperatura de laminação especificada pelo fabricante. Temperatura em ex cesso pode danificar a camada do BOPP, causando
dificuldade na aplicação. O hot stamping pode ser aplicado sobre vernizes à base d´agua e à base de solvente sem dificuldades. Para aplicação sobre ver niz UV há sérias restrições. Por utilizar silicone na sua formulação, esse verniz impede a ancoragem de outros acabamentos sobre ele. Há no mercado vernizes próprios para aplicação do hot stamping. Recomendo que sejam feitos testes antes da exe cução do serviço e que na produção seja seguida a mesma receita do teste, inclusive a camada aplica da. O verniz UV pode ser aplicado sobre uma im pressão hot stamping sem problemas, desde que o material utilizado seja overprintable. Faça preferencialmente a estocagem das bobi nas de hot stamping na posição vertical. Peso exces sivo pode danificar o material, causando vincos no filme e dificuldade para fazer o corte das bobinas. É recomendado que o local de estocagem mante nha uma temperatura ambiente entre 9 e 26°C e umidade do ar entre 30 e 60%. Tobias Meyer é técnico da Crown Roll Leaf do Brasil, com 14 anos de atuação no mercado gráfico.
assine e garanta o recebimento no seu endereço das melhores publicações da indústria gráfica revista abigraf
a revista técnica do setor gráfico nacionaL
arte & indús tria gráfica • ano xxxvi • m ai/jun 2011 • nº 2 5 3
Leitura indispensável para acompanhar e entender o que está acontecendo com a tecnologia gráfica, seus sistemas e processos
opçÃo a ASSINE
1 ANO
(6 edições)
apenas
r$
60,00
opçÃo b ASSINE
2 ANOS
(12 edições)
O admirável mundo da fotografia realista
Tutori al
apenas
r$
108,00
opçÃo c ASSINE
1 ANO
Distorça e ajuste imagens com o Warp, do PhotosPuppet hop
Entrev ista
O designer e profess or Fabio Mestriner a valorização do discute cartão e a funçãopapel da embalagem. social
apenas
r$
(6 edições)
54,00
opçÃo d ASSINE
2 ANOS
(12 edições)
apenas
r$
96,00
ASSINANDO AS DUAS REVISTAS, VOCÊ ECONOMIZA AINDA MAIS
revista
revista abigraf 253 maio / junho 2011
EspEcial
E-books, desafios e oportunidades Produ ção gráfic a
R E V I S TA T Ecnolog
revista abigraf 253 maio / junho 2011
Informação completa sobre o setor apresentada com muita arte
ANO XV Nº 77 VOL. II 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILE IRO
77
issn 0103•5 72x
IA gRáfIc A
Há 35 anos, a maior e mais importante revista gráfica da américa Latina
tecnoLogia gráfica
revista
+
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
EspEcial
E-books, desafios e oportunidades Produção gráfica
O admirável mundo da fotografia realista
Tutorial
Distorça e ajuste imagens com o Puppet Warp, do Photoshop
Entrevista
O designer e professor Fabio Mestriner discute a valorização do papel cartão e a função social da embalagem.
=
opçÃo e
ASSINE 1 ANO (6 edições de cada)
opçÃo f
ASSINE 2 ANOS (12 edições de cada)
r$ r$
apenas
96,00
Você economiza r$ 18,00
apenas
180,00
Você economiza r$ 24,00
(11) 3159.3010 gramani@uol.com.br
VOL. IV 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
57
CURSOS
Cursos ABTG Outubro Novas Tecnologias para a Redução do Tempo de Acerto na Impressão Offset Data: 4 a 6 de outubro Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Pedro Casotti Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG, Abigraf, Abraform, Sin grafs e Abiea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
PCP – Segmento Editorial Data: 18 a 20 de outubro Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Thomaz Caspary Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG, Abigraf, Abraform, Sin grafs e Abiea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
Formação de Líderes de Produção Data: 25 de outubro Horário: 9h às 18h Instrutor: Cristina Simões Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Novembro Formação de Inspetores da Qualidade Data: 10 de novembro Horário: 9h às 18h Instrutor: Márcia Biaggio Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Cursos Senai EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Requisito de acesso: ensino superior completo.
Green Belt Estratégia Lean-Seis Sigma (80h) (Novo) – R$ 1.200,00 Controle de processo na impressão offset (30h) – R$ 735,00 58 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. IV 2011
Gestão da qualidade na indústria gráfica (30h) – R$ 735,00 Gestão estratégica da indústria gráfica (30h) – R$ 735,00 Gestão estratégica de pessoas (30h) – R$ 735,00 Marketing industrial (30h) – R$ 735,00 Otimização do processo offset para a qualidade e produtividade (45h) – R$ 1.101,00 INICIAÇÃO PROFISSIONAL Montador de fotolito (56h) – R$ 498,00 Sábados: 1/10 a 26/11 das 8h às 17h
Copiador de chapas offset (28h) – R$ 411,00 Sábados: 1/10 a 26/11 das 8h às 12h
Meio oficial impressor offset em máquina monocolor (60h) – R$ 743,00 Sábados: 1/10 à 03/12 das 8h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 10/10 a 16/11 das 19h às 22h
Meio oficial impressor offset em máquina monocolor de pequeno formato (60h) – R$ 743,00 Sábados: 1/10 a 3/12 das 8h às 17h
Meio oficial impressor flexográfico banda larga (80h) – R$ 1.450,00 Sábados: 1/10 à 17/12 das 8h às 17h
Meio oficial impressor flexográfico banda estreita (80h) – R$ 1.450,00 Sábados: 1/10 à 17/12 das 8h às 17h 2ª‒ a 6ª:‒ 21/11 a 2/12 das 8h às 17h
Encadernador manual de livros (32h) – R$ 336,00 Sábados: 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos de acesso: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.
Operação de guilhotina linear (28h) – R$ 390,00 Sábados: 08/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 3/10 a 19/10, 24/10 a 10/11, 16/11 a 1/12, 5/12 a 19/12 das 19h às 22h
Operador de dobradeira (28h) – R$ 390,00
Sábados: 8/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 3/10 a 19/10, 24/10 a 10/11, 16/11 a 1/12, 5/12 a 19/12 das 19h às 22h
Impressor de corte e vinco automático (80h) – R$ 848,00
Sábados: 1/10 a 17/12 das 8h às 17h
Impressor de serigrafia (64h) – R$ 678,00
Sábados: 8/10 a 10/12 das 8h às 17h Requisitos de acesso: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.
Gravação eletromecânica (32h) – R$ 450,00
Requisitos de acesso: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.
Métodos e técnicas de preservação e conservação de acervos (96h) – R$ 890,00
Requisitos de acesso: 16 anos comple tos, ensino médio concluído.
Fotógrafo de registro documental (30h) – R$ R$ 217,00
Requisitos de acesso: 16 anos comple tos, ensino médio concluído.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Impressor flexográfico banda larga (160h) – R$ 2.290,00 Impressor rotográfico (176h) – R$ 2.410,00 Assistente de conservação preventiva (362h) – R$ 3.275,00
Requisitos de acesso: 18 anos comple tos e ensino médio concluído.
APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL Photoshop para pré-impressão (32h) – R$ 564,00 Sábados: 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h
Illustrator para pré-impressão (32h) – R$ 561,00 Sábados: 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h
InDesign para pré-impressão (32h) – R$ 510,00 Sábados: 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos de acesso: comprovar co nhecimentos e experiências anterio res referentes à editoração eletrôni ca, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental concluído (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência. A Escola Senai reserva-se o direito de não iniciar o programa se não hou ver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola. A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica
Sinônimo de Versatilidade em Equipamentos Gráficos. A Rotatek fabrica impressoras rotativas modulares que possibilitam a combinação de diferentes tipos de tecnologias, como offset, flexografia, serigrafia, rotogravura, laminação, hot stamping e cold stamping, com acabamento em linha. Além do inovador conceito “OSC”, para troca de formatos de repetição pelo sistema de camisas. Nosso objetivo é prover soluções versáteis e capazes de imprimir em diferentes tipos de substratos. As impressoras Rotatek possuem módulos que, de acordo com a configuração, podem transformá-la em uma solução multi-tarefas, para diferentes tipos de trabalhos. Nós oferecemos a solução. A imaginação fica por sua conta.
Sistema “OSC”, Offset Sleeve Change. Troca de formatos por camisas.
Alameda Juruá, 376 06455-010 - Barueri/SP T: (55 11) 3215-9999 www.rotatek.com.br