ANO XVI Nº 81 VOL. I 2012 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
Qual será o tema da Drupa 2012?
Tutorial
Aumente a nitidez das imagens com o filtro High Pass
Produção Gráfica
Quais os cuidados que você deve tomar no desenvolvimento de rótulos termoencolhíveis
Entrevista Para o especialista em tipografia Claudio Rocha, o designer gráfico é um tradutor visual
Volume I – 2012 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162‑030 São Paulo SP Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Enéias Nunes da Silva, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Simone Ferrarese e Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Letânia Menezes Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci e Livian Corrêa Foto da capa: AGE Fotostock/ AGB Photo Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão: Senai Theobaldo De Nigris Acabamento: Gráfica Bandeirantes Laminação, Hot Stamping: (fitas MP Brasil): UVPack Acabamentos Especiais Papel: couché fosco Nevia APP 90 g/m² (miolo) e couché fosco Nevia APP 170 g/m² (capa), fornecidos pela Cathay BR Assinaturas: 1 ano (6 edições), R$ 54,00; 2 anos (12 edições), R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Cathay-GuiaEspecialExpoprint-Abigraf247-c.indd 3
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Apoio
Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700
Renda-se à Drupa
E
stamos muito próximos da data do principal evento da indústria gráfica mundial. Não importa se os tempos são de crise ou de bonança. A Drupa continua concentrando atenções, suscitando discussões, apontando tendências. Isso não significa que a feira esteja imune aos humores da economia. Os reflexos dos problemas vividos pela Europa estarão bem presentes, explicitados através do posicionamento dos fabricantes de equipamentos, sistemas e insumos e do comportamento do próprio visitante. E até isso pode favorecer a Drupa. Explico. Para Lauri Müller, diretor da MDK, representante da Messe Düsseldorf no Brasil, a cur iosidade com relação ao cenário da reg ião pode encorpar o grupo de brasileiros na Drupa 2012. E a expectativa não é só nossa. Como já estamos ficando cansados de ouvir, o Brasil é a bola da vez e, com o câmbio favorável e com a perspectiva de bons anos pela frente, espera-se que mais de cinco mil brasileiros visitem a feira neste ano. Mesmo assim ainda estaremos atrás da China e da Índia, que devem levar, cada uma, dez mil pessoas para Düsseldorf. Voltando o olhar para a tecnologia, a impressão digital, e mais especificamente a tecnologia jato de tinta, estará novamente em evidência, ocupando 40% da área da mostra. Porém, como salienta Barney Cox no artigo “Qual será o tema da Drupa 2012?”, que a Tecnologia Gráfica traz para você nesta edição, desta vez os fornecedores devem apresentar resultados consistentes, e não apenas conceitos. Segundo o guru Frank Romano, 2012 será o ano da Drupa do jato de tinta turbinado e do acabamento em linha. Outros especialistas ouvidos por Barney Cox enfatizam a integração como o ponto alto da próxima mostra. Um tema que acredito que será retomado é a equação meio ambiente + eficiência. Veremos fornecedores importantes alardeando seus avanços em prol da redução de custos, produção mais enxuta e aumento da produtividade. Eles também procurarão ganhar a atenção dos visitantes com ferramentas que possam garantir o espaço da mídia impressa no mundo crossmedia, provando que ela é capaz tanto de competir quanto de se unir a outros meios. Como eu disse no início, os danos causados pela situação enfrentada pela Europa estarão lá, e os rearranjos do mercado serão igualmente discutidos. Como ficam gigantes como a Manroland e a Kodak? Outras empresas ocuparão seus espaços ou não existe mais espaço a ser ocupado dentro do modelo que elas praticavam? Enfim, não há como ficar alheio à Drupa. Mesmo que você não pretenda ir à Alemanha, a Drupa virá até você de alguma forma e a revista Tecnologia Gráfica estará ao seu lado para contar para onde aponta a grande bússola da indústria gráfica. Manoel Manteigas de Oliveira, diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris
VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Sumário 10
A próxima Drupa será a da integração. Você concorda?
22
A aplicação de rótulos termoencolhíveis
40
O designer Claudio Rocha fala sobre tipografia
Drupa 2012
Produção Gráfica
Entrevista
14
Impressão
16
Acabamento digital e convencional
26
Manutenção como ferramenta da qualidade
28
Marketing móvel e materiais impressos
42
Produção de matrizes de tipos de metal – Parte III
48
Validade das provas digitais
52
Notícias Produtos Literatura e sites Cursos
6 8 57 58
ANO XVI Nº 81 VOL. I 2012 ISSN 1678-096
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A REVISTA TÉCNIC A DO SETOR GRÁFIC O BRASIL EIRO
Qual será o tema da Drupa 2012?
Tipografia
Gestão
Normalização
32
Aplicação da tecnologia CtS Serigrafia
56
81
Acabamento
Tutorial
Como Funciona
Seybold
Especial
Use o filtro High Pass para aumentar a nitidez
36
IA gRáfIc A
Prêmio Fernando Pini: vencedores em Inovação Tecnológica, 12.647 e Grand Prix
A aplicação de relevo em embalagens de papel‑cartão
R E V I S TA T Ecnolog
Manuseio de chapas offset
Tutor ial
Aumente a nitidez das imagens com o filtro High Pass
Prod ução Gráfi ca
Quais os cuidad que você deve os tomar no desenvolvime rótulos termoe nto de ncolhíveis
Entre vista
Para o especialista tipografia Claudi em o Rocha, o designer gráfico é um tradutor visual
capa: cesar mangiacavalli imagem: agbphoto
Pensando no futuro? Nós podemos ajudá-lo.
Pós-graduação e extensão universitária
Novos cursos da faculdade SENAI Extensão universitária (ensino a distância):
Gestão da produção na empresa gráfica Pós-graduação:
Desenvolvimento e produção de embalagens flexíveis Extensão universitária Otimização do processo offset para a qualidade e produtividade Controle de processo na impressão offset Gestão da qualidade na indústria gráfica Green Belt estratégia lean-seis sigma Gestão estratégica da indústria gráfica Gestão estratégica de pessoas Marketing industrial
Pós-graduação Tecnologia de impressão offset : qualidade e produtividade Planejamento e produção de mídia impressa Gestão inovadora da empresa gráfica
Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica e Escola SENAI Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6303 - www.sp.senai.br/grafica
NOTÍCIAS
Ensaios laboratoriais para as indústrias gráficas e afins
ABTG oferece pacotes de vantagens para seus cursos
P
ara quem deseja participar de seus cursos, a ABTG está oferecendo pacotes de van tagens. Um deles é o pacote “Mais Um”, através do qual a cada cinco inscrições da mes ma empresa em qualquer cur so, a sexta é gratuita. Há tam bém os pacotes Fidelidade 20 e Fidelidade 25, nos quais, fe chando, respectivamente, 20 ou 25 inscrições em qualquer curso até o dia 31 de maio, o inscrito ganha cinco ou sete inscrições gratuitas, em ou tros cursos. Por fim, há o pa cote Universitário, que permi
te a turmas de estudantes de Artes Gráficas, Publicidade e Propaganda, Marketing, De senho Industrial, Design e Co municação contratar um curso fechado. Para isso é necessário atender as seguintes condições: ter entre 25 e 40 alunos, pagar de R$ 190 a R$ 220 por aluno e realiz ar o curso no auditório da ABTG . A entidade dá tam bém 5% de desconto em to das as inscrições feitas até 30 dias antes da realização do cur so. Mais informações por tele fone (11 2797-6728) ou e-mail (curso@abtg.org.br).
A
Theobaldo De Nigris colo ca à disposição das indús trias de papel, de celulose, gráfi cas, editoras e empresas em geral seus laboratórios de ensaios em papéis, tintas e livros. Equipada com recursos para realização de ampla gama de ensaios, e com uma equipe de profissionais es pecializados, a escola está capa citada a analisar detalhadamen te as propried ades da maioria dos substratos celulósicos e das tintas de impressão – líquidas e pastosas. Também podem ser realizados ensaios de imprimibili dade, que avaliam a relação entre tintas e substratos de impressão sob diferentes condições. Os lab or at ór ios da escola contam também com equipa mentos para ensaios específi
ASSINE
(11) 3159.3010 a revista técnica do setor gráfico brasileiro
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VOL. I 2012
cos em livros, determinando a resistência à tração das páginas (page pull) e à flexão (flex test). Todos os ensaios são realiz ados seguindo as normas técnicas pa drão e podem ser complemen tados com testes em condições reais de impressão. Para isso a es cola conta com um completo parque gráfico. Entre os ensaios disponíveis em pap éis estão avaliaç ão do pH, do teor de cinza, da dire ção de fibras, gramatura, espes sura, capacidade de absorção da água, aspereza e resistência su perf icial. Para as tintas, a esco la pode avaliar a moagem, o de calque (secagem), a estabilidade de tack, entre outros ensaios. M a i s i n f o r m a ç õ e s : 11 2797.6317, papel@sp.senai.br
A Theobaldo De Nigris recebe obras do Prêmio Ibema Gravura
A
escola comemorou 40 anos em novembro de 2011. Como presente de ani versário a Ibema, Companhia Brasileira de Papel, doou à ins tituição a coleção das obras vencedoras do 1º– Prêmio Ibe ma Gravura, que ficará em ex posição permanente na sede da escola. O Prêmio Ibema Gravura, voltado a estudan tes de cursos superiores e de escolas técnicas de artes grá ficas do Brasil, teve o apoio da ABTG e da Abigraf. O concur so teve por objetivo a valori zação da cultura da gravura, sua história e a contribuição que oferece ao desenvolvi mento e o progresso da so ciedade. Ao todo participa ram 120 trabalhos de várias localidades do País. As 20 me lhores obras foram selecio nadas por um júri composto pela professora da Escola de Música e Belas Artes do Pa raná, Uiara Bartira, que tam bém é artista plástica com conhecimento de gravura, e pelo professor da Escola Su perior de Propaganda e Mar
keting, Fábio Mestriner, coor denador do prêmio. Segundo Fernando Sandri, responsável pela área de Relações Institu cionais da Ibema, em função do concurso a empresa re cebeu no dia 15 de novem bro em Bruxelas, na Bélgica, o Prêmio Pulp&Paper Inter national PPI 2011, na catego ria Campanha Promocional do Ano. “Ficamos muito fe lizes em presentear a Escola Theobaldo De Nigris com as obras, pois a xilogravura foi a primeira forma de impressão desenvolvida pelo homem e seu procedimento básico ain da permanece até os dias atu ais inalterado em sua essência”, esclarece Sandri. Para Manoel Manteigas de Oliveira, professor e diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, a iniciativ a da Ibema valoriza o produto gráfico ao relembrar suas origens artísti cas. “Pela alta qualidade dos trabalhos, a coleção doada à Theobaldo De Nigris marca de forma significativa a co memoração de seus 40 anos”.
Diginove fortalece parceria com a escola
Diginove cedeu em como dato, à Escola Senai Theo baldo De Nigris uma máquina de hot stamping digital Therm-O- Type FT-10 , ideal para aplicação em impressos digitais de baixas tiragens que usam toner. O equi pamento estará à disposição dos alunos do Senai no setor de Im pressão Digital da escola. Nele, os estudantes poderão ver possibili dades de acabamento diferencia do em impressos promocionais feitos com tecnologia digital, tais como convites, papelaria pes soal ou executiva, brindes, lem branças etc. A Therm-O-Type FT-10 permite a aplicação de hot stamping sem uso de qualquer clichê. Entre os filmes também
comercializ ados pela Diginove estão filmes brilhantes, metáli cos e holográficos com brilho e transparentes simulando o efei to do verniz localizado. “Temos reforçado nos eventos de que participamos a importância de se observar as necessidades es pecíficas de acabamento para os impressos digitais. A ThermO-Type FT-10 se encaixa nesse conceito, já que oferece uso sim plificado e alta qualidade para impressos em baixas tiragens ou unitários, permitindo que os clientes que trabalham com hot stamping obtenham mais pro dutividade a um custo muito menor”, disse Silvane Salamoni, diretora da Diginove.
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VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA Cyan Magenta Yellow Black
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PRODUTOS
VSP apresenta novidades nas linhas de revestimentos
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m novembro a VSP Pap éis Especiais apresentou três novas linhas de revestimen tos termossensíveis e tecidos voltados para encadernação e embalagens. As linhas de re vestimento Raphia e Canvas apresentam textura rústica em 11 cores e, por serem ter mossensíveis, têm sua tona lidade alterada na impressão em relevo seco. Outra novi dade é o Tecipaper, papel te cido à base de poliéster e al godão para impressão offset, serigráfica, hot stamping e re levo seco. O Tecipaper está disponível com acabamento fosco nas versões Natural e
N
Econatural e com acabamen to com brilho nas versões Bri lhante e Cristal. As novas linhas estão disponíveis para pron ta entrega em folhas gráficas, ideais para encadernação de
bíblias, álbuns, livros, cadernos e agendas, entre outros. Sua maior durabilidade também garante resultados superiores no segmento de embalagens e artesanato em geral.
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Ricoh divulga nova multifuncional de grande formato
o final de dezembro a Ri coh Brasil anunciou o lan çamento de uma nova multi funcional no mercado brasileiro: a MP W3601. Caracterizado pela produtividade, design compac to e pela grande variedade de funções que oferece ao usuá rio, o novo equipamento co pia, digitaliza, distribui e arquiva documentos de forma segura. A MP W3601 apresenta velocida de de impressão de 6,4 páginas A1 por minuto, além de supor tar grande variedade de forma tos de papel, de A4 a A0. Além disso, o usuário pode escolher entre a configuração de dois ro los ou da bandeja de papel adi
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VOL. I 2012
cional com capacidade para 250 folhas. O painel da nova multi funcional, sensível ao toque, é de fácil uso e manuseio e tem tela de LCD de 8,5 polegadas. O destaque do novo produ to é o design compacto: ele é o menor equipamento de sua classe, ocupando um es paço pequeno em ambien tes corporativos e escritó rios, sem a necessidade de sala especial de impressão. Outra importante caracte rística da MP W3601 é o escâ ner colorido embutido op cional, que garante aumento da produtividade, permitin do rever desenhos em cores
em grande formato, adicionar coment ários, digitalizar e dis tribuir os documentos. www.ricoh.com.br
Suzano amplia linha de papéis couché
A
Suzano Papel e Celulose re formulou sua linha de pa péis revestidos com o Couché Suzano Image. Com tonalidade diferenciada e alinhada aos pa drões de qualidade das gráficas, o novo couché complementa a linha de papéis revestidos off- machine da Suzano. “O Couché Suzano Image garante impressão com cores muito mais vivas, ge rando excelentes resultados no acabamento final, já que possui tonalidade mais branca”, expli ca André De Marco, gerente do grupo de produtos da unidade de papel da Suzano. O novo pro duto substitui o Couché Suzano, tornando a linha mais moderna e adequada às solicitações do mercado nacional. O lançamento chega ao mer cado nas versões Matte, com baixo brilho e indicado para trabalhos em que há grande quantidade de texto, e Gloss, re comendado para trabalhos com imagens coloridas, por permitir a valorização dos recursos gráfi cos e das cores. O Couché Suza no Image está disponível em 90, 115, 150 e 170 g/m². A empresa também atendeu a um antigo pedido do mercado e apresentou o Kromma Gloss na versão 70 g/m². Este papel couché on-machine, disponível nas versões Silk (semibrilho) e Gloss (brilho), é indicado para materiais como revistas, fôlde res e catálogos, entre outros, e tem o custo/benefício como seu principal atrativo. www.suzano.com.br
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Akad traz impressora de cartão PVC
Akad está lançando no Brasil a impressora compacta de cards). Oferece, também, opções de bandejas de entrada para cartão PVC Datacard CD800 , que oferece aos usuários ve 200 cartões e saída para 100 cartões e a opção de colocação locidade, desempenho e conf iabilidade para impressão de car da trava de segurança Kensington. tões. O equipamento foi projetado para atender ampla varieda www.akad.com.br de de indústrias e aplicações, incluindo programas de identificação para governo, empresas e institui ções educacionais que requerem maior volume e melhor qualidade de impressão na emissão de car tões. A Datacard CD800 possui resolução de até 300 × 1.200 dpi, o que possibilita impressão nítida e legível para códigos de barra 2D, textos finos e caracteres complexos de 2 bytes. Também conta com a nova tecnologia de impressão TrueMatch, garantindo que as cores na tela correspondam às cores do cartão impresso, e um novo driver de im pressão que utiliza recentes tecnologias da Micro soft XPS para melhorar a velocidade e a qualidade da imagem. A CD800 possibilita ainda a impressão frente e verso automática (duplex), aumento na produtividade através da impressão de grandes vo lumes, personaliza até 220 cartões coloridos por hora (frente ou verso) ou até 165 cartões coloridos por hora (frente e verso). Além disso, possui um in tuitivo painel de LCD para exibição de mensagens de status e prompts úteis com interface interativa, de fácil utilização com controles de toque. A im one world – one drupa pressora traz conectividade padrão USB e Ethernet may 3 – 16, 2012 com servidor de impressão interno, possibilitando düsseldorf, germany aos usuários o compartilhamento de recursos dis poníveis para impressão e controle do fluxo dos www.drupa.com trabalhos definindo ordem de prioridade das soli citações. Ela utiliza o sistema TruePick, que permi Your link to more – Se afine já à drupa 2012! Aponte a sua web te o ajuste preciso das espessuras dos cartões, mi nimizando o atolamento e com fácil acesso para cam ao drupa logo com . Com o smartphone/tablet PC: baixe troca de suprimentos, economizando tempo e re o arquivo e instale o Junaio App gratuitamente e siga em frente. duzindo desperdícios. A Datacard CD800 permi Escolha o channel drupa. Com PCWebcam acionar drupa.com/ te opcionais para implementar segurança aos car augmentedreality. Ajuda adicional: www.drupa.com/help tões, como o codifica Mais um serviço para você: informações para visitantes da dor de tar drupa através de webapp para iPad e diversos AndroidTablets! ja magné tica e o MDK Feiras Internacionais módulo de R. Barão do Triunfo, 520 -7° gravação andar - conj. 71 04602-002 - São Paulo – SP de cartões Tel.: +55 11 55 35-47 99 Fax: +55 11 50 93-60 41 inteligen mdk@mdkfeirasinternacionais.com.br tes (smart
your link to print
VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA dru1202_QR_105x180+3_BR.indd 1
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21.12.11 15:46
DRUPA Barney Cox
As Drupas anteriores foram definidas por uma tendência de tecnologia dominante. A última, em 2008, foi a Drupa da tecnologia jato de tinta, que sucedeu outras como a Drupa do JDF, a Drupa digital e a Drupa do CtP.
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Qual será o tema da Drupa 2012?
ual será o tema da Drupa em 2012? Com certeza haverá mais de um tema predominante. “Será a Drupa da inte gração”, afirma o diretor de gerencia mento Eamer (sigla em inglês para re gião da Europa, África e Oriente Médio) da Kodak, Philip Cullimore. “A mídia é um mundo de uniões — impressos e aplicativos, impressos e mídia online, impressos e tablets, impressos e comunicação móvel. E não é apenas a junção de mídia impres sa e outros. Há também a combinação de diferen tes processos de impressão, na qual a soma equi vale a mais do que as partes. É digital em conjunto com offset”. Transformação e transição também são temas emergentes para a Drupa 2012. E como
fornecedores podem ajudar nas mudanças com ferramentas de desenvolvimento de negócios? “Na Ricoh acreditamos que a Drupa 2012 versa rá sobre transformação”, diz Graham Moore, dire tor do grupo de produção de impressão comercial da Ricoh Europa. “A tecnologia continuará a pro gredir, mas o desafio para o prestador de serviços de impressão será unir tudo isso e ter o verdadeiro suporte de desenvolvimento de negócios para ad ministrar a mudança. Alguns exemplos são a trans formação de “offset ou digital” para “offset e digi tal”, de ser fornecedor apenas de impressão para fornecedor de serviços crossmedia — e da transição de provedor de serviços de impressão (PSP) para provedor de serviços de marketing (MSP)”.
Mapas e guias para o novo cenário
“Para que os gráficos se tornem fornecedores de marketing eles precisam de muita ajuda, e é nesse ponto que as ferramentas dos fornecedores para o desenvolvimento de negócios tornam-se importan tes”, comenta o analista de indústria Andrew Tribu te. “Historicamente a Drupa tem sido uma feira de tecnologia, mas ela é também de negócios e ino vação”, diz o diretor de impressão prof issional da Canon na Europa, David Preskett. “Vamos mostrar como nossos clientes têm inovado nos negócios. Os visitantes podem provar algo que, esperamos, vai inspirá-los e levá-los mais longe”. Há um reconhecimento de que a mídia impressa, para ter seu espaço no mundo crossmedia, deve pro var que é eficaz tanto competindo quanto se unindo com outras mídias. Um dos termos que estarão por toda parte na Drupa é Romi — sigla em inglês para retorno sobre investimento em marketing. François Martin, diretor global de marketing da HP, acredita que a percepção que os proprietários de marcas têm da mídia impressa já está começan do a mudar. “A mídia impressa está deixando de ser vista como um meio lento em comparação com a mídia online, para ser entendida como um meio que agrega valor através de documentos que criam sen timentos e emoções positivas quando usados cor retamente”. Juntamente com um maior foco na fi nalidade e nos negócios de impressão estará em exibição, é claro, muito da tecnologia mais recente, já que, para qualquer aplicação ou qualquer clien te, melhores ferramentas são uma forma essencial de superar os mais recentes desaf ios. O offset defende seu terreno
A tecnologia digital, a jato de tinta em particular, pode ter sido o centro das atenções na última Dru pa e também será desta vez, mas é importante lem brar, apesar do desenvolvimento da impressão digi tal, quantos impressos ainda são produzidos usando processos analógicos e que ainda não estão prontos para entrar na era digital. Estamos longe do ponto de virada em que os volumes de impressão digital ultrapassarão os de offset, argumenta Ralph Hils don, chefe de marketing de produto da Agfa Gra phics. “A mudança está chegando, mas a tecnolo gia offset vai defender o seu espaço”.
O foco do desenvolvimento da impressão off set tem sido aprimorar a automação, o que pode reduzir custos operacionais. Muito desse foco está na redução dos tempos de preparo e troca de servi ços, permitindo tiragens mais curtas e rápidas. Este não é o único benefício, no entanto. Cada passo para a automação ajuda a reduzir o custo unitário do impresso, um fator importante quando se luta para manter uma boa margem e quando a impres são em si precisa provar seu custo-benefício como uma mídia para marketing. “Vamos ver melhorias em offset plana até que seja possível quase eliminar o operador”, prevê An drew Tribute. Ele acredita que recursos como me dição on-press irão evoluir, tornando mais rápido o controle de cor, e que será possível ler a folha inteira para identificar defeitos de impressão como man chas e caroços. Esses desenvolvimentos ajudarão a continuar reduzindo o volume da tiragem viável até que o offset possa produzir apenas umas 200 folhas, território hoje ocupado pela tecnologia digital. Reduzir os tempos de acerto e troca por meio da automação é fundamental para receber mais traba lhos rapidamente, mas tem uma utilidade restrita se as folhas impressas precisarem de muito tempo de secagem antes de serem manipuladas na próxi ma fase de produção. A Drupa vai apresentar várias abordagens diferentes de como eliminar esse tem po de secagem. Uma opção é usar tinta UV curada. A última geração de lâmpadas e tintas associadas foram projetadas para funcionar tranquilamente e por muito tempo, com baixo consumo de energia, maior vida útil da lâmpada, mais opções de arma zenagem e sem necessidade de refrigeração cara e extração de ozônio. A tecnologia UV é apenas uma opção e pode ser prática apenas se você está inves tindo em uma nova impressora. Aqueles que não procuram comprar uma máquina nova devem ob servar as novidades entre os fornecedores de tinta, que prometem secagem rápida das tintas conven cionais em algumas das fórmulas novas. Com cer teza, mesmo que essas tintas custem muito mais que as comuns em comparação com o preço do toner ou do jato de tinta, o custo se torna insig nificante. Esse é outro exemplo de como os for necedores para offset estão tornando o processo mais viável para tiragens cada vez menores e mais rápidas, lutando contra a invasão do digital. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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A linha do tempo da Drupa, por Frank Romano
1972 Drupa da pequena gráfica comercial
1977 Drupa da pré-impressão eletrônica colorida
Para a offset rotativa também existem desenvol vimentos. “O foco está na redução dos resíduos, do trabalho e, finalmente, do custo de produção de de terminado volume de páginas, tanto através de im pressoras maiores quanto de automação”, enfatiza Greg Norris, gerente de marketing internacional da Goss, que acredita que o próximo passo pode eli minar completamente algumas etapas do proces so. Esse tipo mais ágil de rotativa pode “roubar” al guns serviços que costumavam pertencer à offset plana, provando que não é apenas uma questão de analógico versus digital, mas também de considerar que tipo de alimentação é mais adequada. A Drupa do jato de tinta (de novo)
Se 2008 foi a Drupa jato de tinta, 2012 será, mais uma vez, focada nessa tecnologia digital. “2008 foi o ano do conceito de jato de tinta e 2012 será sobre os resultados no mercado”, prevê Graham Leeson, gerente de comunicação de marketing da Fujifilm Europe Graphic Systems. “Haverá mais impressoras jato de tinta em exposição voltadas para muitas ou tras aplicações”. Nos últimos quatro anos, a jato de tinta tem feito incursões significativas no mercado de impressão digital e deve continuar nesse cami nho. “Em 2008 as impressoras jato de tinta de alta velocidade representavam apenas cerca de 10% do volume de impressão digital colorida no mundo”, afirma Jim Hamilton, diretor do Grupo InfoTrends. “Esse número está crescendo rapidamente. Até a Drupa 2012 terá chegado a um quarto do volume total e em 2014 será de mais de um terço”. O desenvolvimento das impressoras jato de tinta com alimentação contínua tem sido rápido, com a maioria dos fornecedores, como a HP, indo de uma única máquina para uma ampla gama de modelos com diferentes larguras, velocidades e capacida des. Andrew Tribute acredita que a próxima cate goria de impressoras jato de tinta será de produção de impressos mais acessíveis em alimentação con tínua, com uma velocidade de 50 metros por mi nuto no valor de US$ 500.000, ampliando o núme ro de gráficas que vão comprar os dispositivos, as aplicações e os volumes de impressos produzidos com essa tecnologia. Mas e quanto às máquinas de folhas em formato B2? Leeson explica: “A alimenta ção contínua teve maior impulso após a última fei ra porque os requisitos de qualidade e, portanto, a 12 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. I 2012
1982 Drupa da fotocomposição
1986 Drupa do filme limpo
1990 Drupa da tecnologia digital
tecnologia empregada são menos sofisticados que os exigidos para alimentação a folha”. A questão é: será que a Fujifilm e as máquinas Screen receberão a companhia de outras impresso ras jato de tinta de formato B2? Quando essa maté ria foi escrita ainda era cedo demais para saber, ape sar de haver desenvolvimentos. A imagem que está emergindo é que a próxima geração de impressoras digitais, que veremos na Drupa 2012, será destinada a aplicações que são atualmente o sustentáculo do mercado e que estão sendo produzidas em impresso ras offset planas de formato B2. Entretanto, só porque esse é o principal formato usado em offset não signifi ca necessariamente que o seu substituto como maior motor da indústria tenha de ser idêntico em todos os aspectos, exceto pelo método de criação da imagem. Automação e integração
Independentemente dos processos integrados para a impressão, os pedidos, a gestão, a produção e a distribuição de um trabalho são aspectos funda mentais para atender às demandas de menor custo, maior eficiência e agilidade do mercado de produ tos impressos. Uma vez que esses processos sejam integrados fica mais fácil automatizá-los. “Um as pecto-chave da impressão digital que é frequente mente esquecido é a sua capacidade para ser usada em fluxos de trabalho automatizados”, opina Hamil ton, da InfoTrends. “A redução da intervenção do operador e a expansão das tarefas que um único operador pode executar têm importância crítica nos ambientes de produção atuais”. Mas não é só na produção que a automação e a integração trazem benef ícios. À medida que as tiragens são reduzidas e o número de serviços au menta, a administração e o atendimento ao cliente se tornam parcelas cada vez mais significativas dos custos, colocando a ênfase nos sistemas upstream e na forma como se lida com os clientes. “Os fluxos de trabalho continuarão sendo automatizados e ha verá mais integração entre os sistemas, envolvendo os clientes e os sistemas de conteúdo e processos de negócios”, aponta Hilsdon, da Agfa. Impressão híbrida: mais do que a soma das partes
Não há dúvida que existe concorrência entre os pro cessos de impressão digital e analógica. Um visitante
1995 Drupa da produtividade aperfeiçoada (CtP, impressão direta, digital colorida)
2000 Drupa da automação de impressão e fluxo de trabalho
sábio na Drupa vai investigar cuidadosamente as úl timas novidades — tanto offset para tiragens me nores quanto digital para maiores volumes —, o que pode significar ter de reconsiderar suas pró prias capacidades de produção. Ao mesmo tem po, está se tornando claro que não é apenas uma questão de “um ou outro”, mas, como Cullimore, da Kodak, disse, esta é a Drupa da integração. Há be nef ícios em usar as duas tecnologias juntas. Po dem ser adotados sistemas híbridos de impressão que usam digital para aplicar dados variáveis sobre offset, ou manter tanto impressoras digitais quan to analógicas e encaminhar os trabalhos de acordo com a adequação. “A transição para o sistema digi tal não é abrupta, inclui mistura e fusão”, argumen ta Cullimore. “Algumas gráficas não podem simples mente transferir suas aplicações totalmente para o digital. Sistemas híbridos, que usam tecnologia di gital para personalizar produtos de maior tiragem, podem acrescentar algo ao sistema offset”. Greg Norris, da Goss, complementa: “Vemos uma oportunidade para integrar offset rotativa com impressão digital em sistemas híbridos”. Em bora ainda possa haver uma batalha entre os dois processos em alguns setores, há também o consen so de que cada um tem seus pontos fortes e que a melhor abordagem é combiná-los. “Descrevemos a divisão de trabalhos entre offset e impressão digital da seguinte forma: gráficas po dem usar suas impressoras offset para serviços de grandes tiragens”, diz Thomas Hauser, vice-presidente de marketing e comunicação corporativa da Man roland. “Consequentemente, quando a empresa também tem uma impressora digital, suas opera ções em offset são mais rentáveis. O fluxo de traba lho é o ponto central em um ambiente de produ ção misto. Queremos que nossos clientes utilizem os fluxos de trabalho existentes em conjunto com os fluxos de trabalho de metadados que controlam a impressora digital e as máquinas do acabamen to. Assim, os usuários de offset permanecem em seu ambiente familiar, mas com a impressão digital integrada ao fluxo de dados offset”. A Manroland não está sozinha nisso (Nota da redação: este artigo foi escrito antes do processo de insolvência da Manroland, iniciado em novembro de 2011). Embora sua parceria com a Océ tenha sido a primeira a ser anunciada entre uma fabricante de
2004 Drupa do JDF
2008 Drupa do jato de tinta
2012 Drupa do jato de tinta turbinado e do acabamento em linha
offset e uma de digital, ela foi seguida pelas parce rias da Heidelberg com a Ricoh, vendendo impres soras digitais para complementar sistemas offset, e da KBA com a RR Donnelley, desenvolvendo novas plataformas de impressão digital que combinam o talento da KBA para construção de impressoras com a experiência da RR Donnelley com impressão digi tal e híbrida e propriedade intelectual. Ainda pode haver mais alianças nas quais empresas que foram consideradas adversárias tornam-se parceiras. Muitos temas = muitas razões para ir
“Para se benef iciar de uma feira de negócios, é pre ciso ficar longe das pressões do dia a dia e aprovei tar a oportunidade para conhecer pessoas e trocar ideias”, ressalta David Preskett, da Canon. “É possí vel conhecer aplicativos, compartilhar informações. Grandes exposições são uma das poucas oportuni dades para ficar longe do seu negócio e obter uma visão clara para futuras ideias de negócios e inova ção”. Preskett acrescenta: “Eu acho difícil definir um tema. Ele realmente só se torna aparente depois de alguns dias de feira, quando fica claro o que é que os visitantes estão buscando”. Seja a Drupa da auto mação, da integração, do crossmedia, do jato de tin ta, do retorno da offset, da transformação ou qual quer outra Drupa, o show é feito pelo visitante. Para aproveitar ao máximo é preciso estar lá a fim de ve rificar com seus próprios olhos e atualiz ar-se sobre tudo aquilo que seja melhor para o seu negócio. É a sua Drupa: nos vemos em Dusseldorf.
& FEIRA MUNDIAL DE MEIOS DE IMPRESSÃO, EDITORIAL E CONVERSÃO 3 a 16 de maio de 2012 2-ª a 6-ª feira, das 10 às 18 horas Sábado e domingo, das 10 às 17 horas Recinto de Exposições de Dusseldorf Organizadora: Messe Dusseldorf Dusseldorf, Alemanha www.drupa.com Representante no Brasil MDK Feiras Internacionais Tel. (11) 5535.4799 www.mdkfeirasinternacionais.com.br
Barney Cox é consultor sênior de impressão sob demanda e publicação na Europa da empresa InfoTrends. barney_cox@infotrends.com. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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IMPRESSÃO
Antonio Aparecido Perez
Manuseio de chapas offset
O
manuseio correto das chapas deve ser observado desde o momento em que elas são recebidas na gráfica. Seu transporte e armazenamento devem seguir as recomendações do fabricante, principalmente para as chapas digitais, que são mais sensíveis às variações de temperatura, luz e umidade. Durante a utilização é importante manter os cuidados para que as chapas não apresentem irregularidades antes da gravação e impressão. Qualquer amassamento ou envergadura irá comprometer os resultados. O transporte das chapas da pré-impressão para a impressão deve ser realizado com cuidado e
Deixar o pacote apoiado na parede irá criar uma curva nas chapas, o que pode impedir que sejam carregadas corretamente na platesetter
Armazenar verticalmente as caixas pode provocar o desprendimento do pacote interno, deslocamento que pode causar danos às bordas e aos cantos das chapas
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sempre com uma folha intercalando e protegendo as áreas de grafismo e contragrafismo, evitando que o atrito provoque riscos. As chapas devem ser sempre armazenadas nas caixas no sentido horizontal para evitar deformações. O local deve ser fresco, longe de luz e umidade. No setor de pré-impressão, deixar o pacote de chapas apoiado na parede irá criar uma curva nelas, o que pode impedir que sejam carregadas corretamente na platesetter. Durante a impressão existem alguns cuidados importantes. Não deixe as chapas expostas à luz. Utilize químicos somente quando necessário (limpador de chapas), evitando o uso rotineiro, que pode comprometer a qualidade, provocando o desgaste da emulsão e a perda da capacidade hidrofílica das chapas. Mesmo após a utilização, evite deixar a camada das chapas exposta à luz ou ao tempo. A ação da luz sensibiliza a camada, reduz a tiragem
e em muitos casos a camada é removida quando é aplicado produto auxiliar para limpeza (limpador de chapas) para remoção de gordura ou oxidação. Nas limpezas de rotina ou no armazenamento das chapas evite deixar a água secar naturalmente. O carbonato de cálcio presente na água pode ficar impregnado após a secagem, dando origem a dois problemas: grafismo no contragrafismo e rejeição da tinta na região no grafismo. Uma goma de qualidade, com aplicação correta, evitará ocor rências de engorduramento, oxidação, perda de tempo, produtos, remoção da camada e a consequente perda da chapa. Muitas vezes, em casos de trabalhos a serem reimpressos, não se consegue aproveitar uma chapa já gravada que foi guardada para ser usada novamente. Isso porque muitas vezes não se toma o devido cuidado com a limpeza e aplicação da goma antes de armazenar a chapa. Podem acontecer falhas na aplicação da goma ou mesmo aplicação de goma em excesso.
2. Casos críticos ocorrem quando a goma é aplicada em excesso e as chapas ficam armazenadas por longo período. Com o passar do tempo, a goma fixa-se na emulsão. Na tentativa de remoção da goma removem-se também as áreas de grafismo, comprometendo a imagem e provocando a perda das chapas. 2
1
1. A chapa do cyan que ficou com falhas no momento da aplicação da goma apresentou problemas no início da impressão. No impresso apareceram manchas de gordura em virtude da falta de proteção. Para eliminar o engorduramento é necessário aplicar um limpador de chapas, que em muitos casos acarreta a perda das chapas ou redução da tiragem em virtude da redução da espessura da camada.
Os procedimentos corretos para o perfeito armazenamento após a impressão, com as chapas em máquina ou em uma mesa, são: 1. Umedecer as chapas com água utilizando esponja litográfica 2. Aplicar solvente à base de nafta (não pode ser secativo) para remover toda a tinta 3. Remover o solvente com um pano macio umedecido com água. Nunca utilizar a esponja, para evitar sua contaminação 4. Após certificar-se de que não existem áreas engorduradas na chapa, aplicar goma protetora mantendo sempre o mesmo sentido e direção na aplicação, e nunca no sentido circular ou cruzando horizontal e verticalmente, evitando problemas de marcas ou dificuldade para remoção. No armazenamento após a impressão, as chapas devem ser posicionadas no sentido vertical para facilitar o manuseio e a localização, evitando possíveis riscos e deformações. Manter em local fresco, longe da luz, pó e umidade. Antonio Aparecido Perez é suporte técnico
da Kodak do Brasil.
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CONCURSO
Fotos: Álvaro Motta
Letânia Menezes
Prêmio Fernando Pini, o mais relevante do setor no Brasil e América Latina
O
21º‒ Prêmio Brasileiro de Exce lência Gráfica Fernando Pini, o mais importante concurso do setor gráfico no Brasil e um dos mais respeitados da América La tina, consagrou 39 empresas na edição de 2011 pela alta capacidade técnica e expertise dos profissionais envolvidos no desenvolvimen to de cada produto. Coordenado e organiza do pela ABTG , com apoio da Abigraf, o prêmio teve 947 produtos inscritos, pertencentes a 164 empresas de 14 estados. O júri foi composto por 120 profissionais, sendo 70% deles técni cos e 30% designers gráficos. Com julgamen 16 TECNOLOGIA GRÁFICA
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to em duas fases, os 102 finalistas concorreram em 61 categorias divididas em 11 segmentos. O con curso distribuiu ainda prêmios para fornecedores do setor em 13 categorias. A seguir, a revista Tecnologia Gráfica destaca as gráficas e produtos vencedores nas categorias Inovação Tecnológica ou Complexidade Técnica do Processo, Conformidade com a Norma NBR NM – ISO 12.647-2 – Impressão em Offset Plana e Rotativa Offset e Provas Digitais. Também relata mos o passo a passo do sucesso de Atributos Téc nicos do Processo, o chamado Grand Prix, nas ca tegorias Melhor Impressão, Melhor Acabamento Cartotécnico e Melhor Acabamento Editorial.
Inovação Tecnológica ou Complexidade Técnica do Processo Vencedor: Brasilgráfica Produto: Linha de cartuchos Halls XS 30 drops Cliente: Kraft Foods
Os conceitos de portabilidade, modernidade e alta tecnologia foram associados a essa embalagem, se gundo Célio Coelho de Magalhães, gerente de mar keting da Brasilgráfica: “Com desenho diferenciado, a embalagem exibe um novo sistema deslizante de abertura. São 30 minidrops em formato arredonda do”. As equipes de pesquisa e desenvolvimento da Brasilgráfica e da Cadbury Adams, atualmente Kraft Foods, trabalharam em conjunto para enfrentar o desafio de desenvolver uma nova embalagem que pudesse utilizar os equipamentos embaladores de alta performance já existentes. Para sua finalização foram feitos inúmeros testes e amostras até chegar à solução da embalagem final. “Para que isso ocor resse, o corte e vinco teve que ser perfeito, com vincos bem pronunciados e a colagem rigorosa mente no esquadro”, explica Célio. “Qualquer varia ção, por menor que seja, impacta sensivelmente no desempenho das máquinas embaladoras”. Como substrato foi escolhido o cartão triplex da Cia. Suzano, por ser branco em ambos os la dos e por sua printabilidade. Verniz ultravioleta de alto brilho, aliado ao hot stamping prata e ao alto- relevo, concedeu à embalagem uma qualidade su perior. É uma peça única, com abertura através de zíper, sistema tipo gaveta.
Dados técnicos Formato: 65 × 53 × 13 mm Substrato: Cartão Suzano 250 g/m² Recursos de acabamento: Hot stamping, alto‑relevo, verniz UV, colagem especial Impressão: Offset Tiragem: Confidencial
Conformidade com a Norma NBR NM – ISO 12.647-2 – Impressão em Offset Plana e Rotativa Offset Vencedor: Log&Print Produto: Revista Shape Edição 25 Cliente: Editora Alto Astral
“Gostaria de destacar o fato de a Log & Print se ade quar à norma como importante ajuda no êxito da peça e como o uso das normas tem ajudado a grá fica como um todo”, afirma Wilson Mariano de Je sus, gerente técnico da Log & Print. “A implantação da norma 12.647-2 nos permite viver sem surpre sas na obtenção do resultado final de nossos im pressos, permitindo que provas de cor simulando o mesmo padrão reproduzam corretamente o re sultado final, dando ao cliente segurança no produ to recebido”. Além dos benef ícios ao cliente com a implantação da norma, como maior fidelidade en tre prova e impresso, a gestão da produção indus trial exige que os processos obedeçam a especifi cações conhecidas para que a qualidade possa ser VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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são têm de estar em condições ideais, por isso ma nutenção e impressão têm um papel importante. Os insumos também devem ser controlados, por tanto compras, fornecedores e área técnica são ele mentos decisivos nessa etapa. “É preciso garantir que nossos insumos estejam sempre dentro de um padrão pré-aprovado”, explica Fábio Gabriel. Dados técnicos
garantida e a repetibilidade dos processos assegu rada. A Log & Print tem sete rotativas instaladas e duas em instalação, além de cinco máquinas pla nas e duas digitais, cada uma com suas proprieda des. “Como garantir que o produto impresso em cada uma delas tenha as mesmas características no final?”, indaga Fábio Gabriel Malveis Gabriel, ge rente de pré-impressão e responsável pelo geren ciamento de cores. “Esse é o objetivo da padroni zação: garantir a qualidade adequada do produto final de acordo com especificações que atendam às exigências e às necessidades do cliente”. Também foi fundamental para o sucesso do pro duto a interação entre os departamentos da em presa, os fornecedores e o cliente. Para cumprir as demandas da norma, os equipamentos de impres
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Formato: 202 × 266 mm Substrato: Capa couché 150 g/m²; miolo couché 70 g/m² Recursos de acabamento: lombada quadrada e hotmelt Impressão: Capa, offset rotativa com verniz UV total. Miolo, offset rotativa Tiragem: Confidencial
Conformidade com a Norma NBR ISO 12.647-7 – Provas Digitais Vencedor: Stilgraf Produto: Provas digitais brilho Cliente: Stilgraf
A Stilgraf foi uma das empresas pioneiras na implan tação da norma ISO 12.647-7 de provas digitais, ten do inclusive participado da elaboração das cartilhas de provas digitais da ABTG, através do coordenador de tecnologia gráfica Duane Gomes. Devido à exigência dos clientes, a implanta ção da norma ISO 12.647-7 foi imprescindível para
A MÍDIA IMPRESSA NO FUTURO
A II Conferência Internacional de Impressão Digital GEDIGI-ABIGRAF 2012 (Grupo Empresarial de Impressão Digital) foi organizada com o objetivo de manter a discussão, troca de ideias e otimização de recursos para o desenvolvimento das aplicações com impressão digital no mercado gráfico brasileiro.
Hotel Maksoud Plaza | São Paulo | SP
11 de junho de 2012
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garantir a consistência e precisão das provas. A nor ma também proporcionou à Stilgraf ganhos de ren tabilidade no processo de produção, pois foi reali zada em conjunto com a implantação da mesma norma no setor de impressão. Para a confecção de uma boa prova digital, é importante observar três pontos, explica Duane. Primeiro: o papel deve ter uma boa capacidade de absorção e secagem da tinta. A tonalidade deve, de preferência, ser a mais próxima possível do branco de referência, para que haja o mínimo de correção via software. Segundo: a tinta em conjunto com o papel adequado deve ser capaz de reproduzir um gamut de cores maior que o de referência para to dos os níveis de luminosidade. Também é preciso obter variações tonais suaves, garantindo precisão nas misturas das cores, balanço de gris e dégradés sem degraus, independente da quantidade de co res utilizada. Terceiro: deve-se utilizar algum soft ware que disponibilize informações suf icientes para a análise precisa dos resultados da calibração através da leitura de testcharts. O software de calibração (ou de edição de perfis de cores) tem de permitir que se façam interações para aprimorar os resul tados. “Observando-se esses três pontos e aplican do as tolerâncias da norma ISO 12.647-7, é possível obter uma prova digital consistente”, conclui Dua ne. “Agora, para atingir uma precisão ainda maior, como no caso da prova digital vencedora do Prê mio Fernando Pini, é preciso conhecimento avan çado, exp eriência, domínio do sistema de prova utilizado e muita persistência”. Dados técnicos Impressora: Epson Stylus Pro 9900 Papel: Povareskim Gloss 220 g/m² Software: GMG Color Proof 5
Melhor Acabamento Cartotécnico Vencedor: P+E Galeria Digital Produto: Gaiola TAM Cliente: TAM
Para Eden Ferraz, sócio-proprietário e diretor finan ceiro da P+E , as razões do bom resultado do pro duto são a originalidade e principalmente o auxílio que a empresa prestou ao cliente TAM na concep ção da peça. “Recebemos um esboço da ideia e, a partir daí, iniciamos o trabalho de realiz ação pro 20 TECNOLOGIA GRÁFICA
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priamente dito, que contou com a expertise de nossos profissionais, principalmente do respon sável pela área de acabamento, Eduardo Barbosa”, comenta o empresário. Do ponto de vista técnico, os cuidados com a peça estão relacionados à montagem dos diversos módulos que foram impressos, laminados, empas tados, corte-vincados e colados entre si para formar a Gaiola TAM. Para que o material gerasse o resulta do desejado pelo cliente foi fundamental o cuidado na execução de cada uma dessas tarefas, o que exi giu a elaboração de uma estratégia específica para a sequência de montagem da peça e a revisão de cada parte antes da montagem final. A P+E usou insumos como os papéis Suzano e filmes de lami nação BOPP da Prolam (Sonsun), além da tecnolo gia de impressão HP Indigo. “Como outras empre sas também as utilizam, cremos que nosso principal segredo é o sucesso que temos obtido em promo ver a união de nossos colaboradores em torno do objetivo comum de oferecer aos clientes qualidade de serviços e atendimento”, diz Eden Ferraz. Dados técnicos Formato: Largura 30 cm × altura 39 cm Substrato: Couché fosco 150 g/m² e couché fosco 170 g/m² com laminação BOPP fosca e empastamento sobre papelão pardo 18 na caixa; cartão Supremo Duo Design 300 g/m² no folheto interno Recursos de acabamento: Corte e vinco, colagem e aplicação de argolas e plumas, além de inserção do folheto interno Impressão: Impressão digital em HP Indigo 5500 Tiragem: 36 unidades
Melhor Acabamento Editorial Vencedor: Stilgraf Produto: 35º‒ Anuário do Clube de Criação de São Paulo Cliente: Produx
O desafio apresentado pelo cliente era o corte dourado (processo de douração das páginas do anuário), que foi determinante por ser um recur so que chama a atenção e tem uma significativa complexidade de execução. “Mas o que vem antes de tudo se materializ ar foi tão fundamental quan to o processo em si”, conta David Moraes, geren te de produção da Stilgraf. Ele cita a discussão so bre o produto, a definição dos tipos de impressão e acabamento a serem utilizados, o planejamen to e a definição do plano, a interação e participa ção direta do produtor do anuário e a qualidade de prestação de serviços dos parceiros. “Todos es ses fatores, sem dúvida, contribuíram de maneira expressiva para o êxito do produto”. O processo de douração do livro, explica Mo raes, consiste na aplicação de uma película dourada — a mesma utilizada para hot stamping — na borda do livro. Para a aplicação, a borda do livro foi pre viamente preparada, nivelada por lixas. O equipa mento que aplica a douração é composto por uma parte que aquece os roletes e, à frente, há uma mesa com uma fenda móvel regulada de acordo com a espessura da borda do livro. O produto foi posicio nado verticalmente e prensado na fenda. A pelícu la dourada foi aplicada na borda do livro através de roletes previamente aquecidos que, em contato com a película, transferem a douração para a bor da. “A dedicação da equipe é notória e os objetivos da empresa são claros. A busca da excelência é um processo contínuo”, conclui David.
Melhor impressão Vencedor: Ipsis Produto: Livro Terra Brasil Cliente: Araquém Alcântara Fotografia e Editora DADOS TÉCNICOS Formato: 280 x 335 Substrato: Capa dura revestida com papel couché Novatech Gloss 150 g/m2. Miolo couché Novatech Gloss 150g/m2. Recursos de acabamento: Capa laminação fosca e verniz UV reserva Impressão: Offset 4 x 4 cores Tiragem: Informação não disponível
Dados técnicos Formato: 23 × 30 cm Substrato: Luva – Papelão nº‒ 15 revestido com couché brilhante 150 g/m². Anuário – Capa dura em papelão nº‒ 15 revestido com couché brilhante 150 g/m². Miolo em couché fosco 150 g/m². Recursos de acabamento: Luva – laminação BOPP gofrada couro. Capa do anuário – Laminação BOPP brilho. Miolo costurado. Impressão: Impressão offset e offset cold foil metalizado. Tiragem: 2.500 exemplares. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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PRODUÇÃO GRÁFICA
Andressa Lé, Janayna Souza e Luciane de Lima, com a colaboração de Bruno Mortara e Marlene Dely Cruz
Cuidados no desenvolvimento de rótulos termoencolhíveis
R
ótulos são fundamentais para a comerciali zação de produtos, facilitando a sua identifi cação por parte dos consumidores e, muitas vezes, contendo informações legais obriga tórias. Entre os rótulos produzidos pela indústria grá fica há aqueles feitos sobre substratos celulósicos — papel, cartão — e os feitos sobre substratos não celulósicos, tipicamente plásticos como polietile no, polipropileno e outros. Entre os rótulos impres sos sobre substrato plástico há uma nova tendên cia para a utilização dos que se moldam ao formato da embalagem, conhecidos como termoencolhíveis. Os rótulos termoencolhíveis, também chamados de sleeves1 ou mangas2, são rótulos impressos em fil mes que têm a propriedade de encolher ao serem aquecidos a determinada temperatura. Inicialmen te o sleeve é aplicado como um invólucro em torno do frasco, moldando-se ao seu formato.
1 O sleeve termoencolhível se refere a um material que possui determinadas propriedades adequadas para a utilização em rótulos de embalagens. 2 O termo “manga” é a denominação dada ao rótulo após o fechamento de suas extremidades, antes do processo de encolhimento.
O início
A produção de termoencolhíveis começou na Fran ça, no início de 1970, devido à necessidade de aten der às novas exigências dos mercados de produtos alimentícios, cosméticos, farmacêuticos e de lim peza doméstica que buscavam a combinação de quatro funções em uma única embalagem: deco ração, informação, proteção e promoção. No Bra sil, esse processo iniciou-se em São Paulo no co meço dos anos 1980, mas só ganhou espaço no mercado por volta de 1990. O processo preferido pelos fabricantes de rótulos termoencolhíveis em países como França, Argenti na, China e Chile é a rotogravura. No início de sua implantação no Brasil também foi utilizada a roto gravura. No entanto, devido à baixa tiragem dos lo tes, o processo se tornou economicamente inviável, dando lugar à flexografia. Esta, além de atender bem ao mercado de filmes em geral, também tem se apri morado na busca por melhor qualidade e já lidera esse mercado há alguns anos.
Exemplos de produtos com rótulos termoencolhíveis
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A
B
C
D
34 mm
30 mm 50 mm
2 mm
105 mm
40 mm
120 mm
50 mm
17 mm 17 mm
30 mm 30 mm
A – Desenho técnico do frasco com medidas. B – Milimetrado gerado a partir das medidas do frasco e aplicado sobre a arte antes da distorção. C – Arte distorcida de forma automatizada e após o ajuste do milimetrado em forma retangular. D – Visualização 3D da arte aplicada e distorcida sob o frasco.
Diferencial da tecnologia
O resultado dessa técnica é um visual mais atraente e funcional para a peça, que se converte num po deroso diferencial de comunicação e, consequen temente, facilita o processo de venda do produto. Isso o torna indicado para aplicação em embalagens com perfis assimétricos ou sinuosos. Sua aplicação é extremamente eficaz, atraindo a atenção de con sumidores e, por consequência, tornando-se alvo de interesse de designers e publicitários. Para identificar os rótulos termoencolhíveis bas ta observar se os mesmos estão aplicados em con tato direto com a embalagem, adequando-se per feitamente ao seu formato. O efeito decorativo pode se dar em 360° ou até com o envolvimen to completo da embalagem, podendo servir de la cre para a mesma. Atualmente, os substratos mais utilizados para a impressão desses rótulos são os filmes de PVC (cloreto de polivinila) e o PET (po lietileno tereftalato). Após o processo de impres são o rótulo pode ser aplicado em embalagens de diversos tipos de materiais, como vidro, metal, alumínio e plástico. Além disso, as embalagens termoencolhíveis fa cilitam o processo de segregação dos resíduos no momento da reciclagem, já que eles são encaixados e moldados ao frasco e não possuem nenhum ponto de cola, facilitando assim a separação entre o filme impresso e o próprio material da embalagem. Apesar das inúmeras vantagens dos sleeves, os autoadesivos predominam no mercado brasileiro e muitas vezes representam um menor custo para as empresas que almejam expor seu produto no mercado. Um dos fatores que contribuem para isso é o fato de que os adesivos permitem a utilização de diferentes processos de impressão. O segredo da escolha entre um e outro está na adequação, ou seja, devem ser previstos os custos e analisado o impacto de vendas que se deseja obter. Para maior comodidade dos clientes, a maioria das gráficas que atuam nesse segmento busca forne
cer soluções completas para os rótulos termoenco lhíveis, como assessoria, adaptações das artes, produ ção, impressão e até aplicação do rótulo no frasco. O termoencolhível na produção gráfica
Após a criação da arte do produto, quando se tem uma ideia formada do resultado que se deseja al cançar, entramos na fase de pré-impressão. Essa é a etapa na qual as operações para produção de um termoencolhível se diferenciam de outros pro dutos gráficos. O primeiro desafio de se trabalhar com a pré-impressão de termoencolhíveis advém do fato de que a imagem que se gravou na forma e que depois foi transferida ao substrato sofrerá uma grande deformação causada pelo termoen colhimento. As provisões feitas na pré-impressão, nos arquivos digitais, para compensar tais defor mações são desaf iadoras e únicas no mundo grá fico. Nesse sentido a distorção da arte é um pon to crítico durante o processo de pré-impressão para termoencolhíveis. A distorção na pré-impressão
Existem atualmente dois métodos para se reali zar o procedimento: o manual e o automatizado. Os dois métodos necessitam que cada elemento da criação esteja em camadas separadas, ou layers, pois serão distorcidos um a um de acordo com a posição que irão ocupar no frasco e do nível de deformação que aquela área sofrerá durante o acabamento (termoencolhimento). A compensação manual é um trabalho mais artístico, que necessita de testes, medições, ajus tes e reajustes, fazendo uso de softwares de cria ção como o Photoshop e o Illustrator. Esse pro cesso é mais lento e menos preciso se comparado ao automatizado, pois a compensação é feita ele mento a elemento e totalmente manipulada pelo operador. O tempo de execução também varia de acordo com a complexidade dos elementos da VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Bobina com mangas
Ar quente
Corte
Aplicação das mangas
Fluxo Esquema ilustrativo do túnel de encolhimento, com aplicação automática
arte e do próprio frasco, enquanto no processo au tomatizado o software faz rapidamente todos os cálculos de compensação. Já no processo automatizado é utilizado o soft ware Esko ArtPro com o plug-in do GridWarp ou PowerWarp. Para isso, é necessário fornecer as in formações da faca do frasco, assim como da arte da embalagem. Com essas informações o software cal cula a distorção apropriada para cada elemento em cada área da arte, sendo capaz de gerar uma visuali zação em 3D. Alguns elementos podem não sofrer distorção, como o plano de fundo da arte.
O termoencolhimento no acabamento
Após a etapa de impressão dos sleeves, seguem-se alguns procedimentos essenciais para que a emba lagem chegue ao seu objetivo final e esteja pronta para o mercado consumidor. É nessa fase de acabamento que se encontra ou tro grande diferencial, pois os rótulos são encami nhados ao túnel de encolhimento (ver ilustração acima), equipamento responsável pela ação de en colher o sleeve em torno do frasco. Pode-se dividir o processo de acabamento em duas etapas: a aplicação e o encolhimento.
1ª- fase – Pré-Impressão Não
corrigir
Conceito do Projeto (Frasco + Briefing)
Início – Cliente
Layout do Projeto (arte + planta técnica)
Aprovação do cliente
Sim
Gravação dos Clichês para Impressão
Sim
Aprovação final – cliente
Pré-impressão (distorção* + tratamento + finalização)
Prova (mock-up + contratual)
Não
corrigir
*Distorção – Compensação da arte na pré-impressão com o objetivo de minimizar as deformações causadas pelo encolhimento do rótulo.
2ª- fase – Impressão e Acabamento Impressão (entra bobina e sai bobina)
Acabamento (específico)
Fluxo de produção do sleeve, desde a criação da arte até a embalagem final
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Saída em bobinas (manual/ automático)
Túnel de Encolhimento (manual/ automático)
Embalagem pronta para expedição – Fim
A aplicação das mangas nos frascos pode ser fei ta de forma manual ou automática, dependendo dos recursos disponíveis no túnel: ◆◆ Na operação manual, profissionais ficam posicio nados na esteira de entrada do túnel, fazendo a abertura das mangas, já cortadas, e “vestindo” os frascos, que são colocados sobre a esteira trans portadora que leva ao processo de encolhimento. ◆◆ A operação automatizada ocorre quando o próprio equipamento possui um cabeçote ele tromecânico que realiz a as operações de cor te da bobina para obtenção das mangas e já as aplica sobre os frascos dispostos na esteira em direção ao túnel. Na etapa do encolhimento, é possível encon trar diferentes tipos de túneis com diferentes tec nologias de aquecimento: elétricos, a vapor ou mis tos (combinando ar quente e vapor). Em geral, suas principais variáveis são a potência, o tempo, a velo cidade e a temperatura, que são definidas de acordo com o substrato e o shape (frasco). O uso da tecnologia de termoencolhíveis é alta mente indicado em produtos de alto valor agrega
do. Esses itens devem chamar a atenção do consu midor naqueles poucos instantes em que ele está diante das gôndolas do supermercado, provocan do o impulso de compra. Esse rótulo pode ser en contrado em diversos segmentos, como brindes, cosméticos, produtos químicos e farmacêuticos, produtos de higiene e limpeza, alimentos, bebidas e produtos para automóveis. A tecnologia termoencolhível produz embala gens com visual mais atraente e funcional, facilitan do a comunicação e o processo de venda, desper tando novas ideias e possibilidades no mercado. Diante das vantagens mercadológicas obtidas com seu uso, é possível prever boas perspectivas de cres cimento no mercado de embalagens, tendência já observada nos países mais desenvolvidos. Andressa Lé, Janayna Souza e Luciane de Lima
são ex-alunas do curso técnico de Pré-Impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris. Colaboraram Bruno Mortara e Marlene Dely Cruz, do Naipe – Núcleo de Apoio à Inovação e Pesquisa, na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.
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ACABAMENTO
Ivy Sanches
Acabamento digital e convencional: unidos pelo nascimento, separados nas necessidades
O
processo gráfico digital, comparado ao processo convencional, tem características diferentes que interferem diretamente na concepção do layout da gráfica, no fluxo de trabalho e também nas práticas operacionais, incluindo consequentemente o perfil dos colaboradores, que precisam ter o conhecimento adequado e o domínio das técnicas específicas compatíveis aos equipamentos e ao ritmo dos serviços prestados. Hoje, o que notamos no mercado de impressão digital é que seu crescimento muitas vezes está ligado às ações de empresas de pré-impressão, as quais, no desenvolvimento natural de seus negócios, passam também a oferecer serviços de impressão digital. Além disso, as gráficas que atendem a grandes e médias tiragens tendem a implantar em seus parques gráficos setores dedicados à impressão digital com o intuito de realiz ar trabalhos especiais e também atender integralmente às necessidades de seus clientes. Mas, olhando mais de perto para esse cenário — que se expande em todo o mundo, inclusive no Brasil, em ritmos bem peculiares —, notamos algumas ressalvas. A inserção de equipamentos de impressão e alta tecnologia para atender a contento à demanda e à rapidez do mercado digital gera discussões e reavaliações nos processos e nos equipamentos de pós-impressão. O todo tem de interagir de forma perfeita e integrada para suprir as expectativas de prazo, qualidade e preço, pois, nesse mercado, que já é bastante
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competitivo, não existe espaço para falhas, atrasos, custos e perdas desnecessárias. Equipamentos e mão de obra têm que ser pertinentes à fluidez do processo e a configuração do equipamento de impressão deve ser coerente com a dos equipamentos de pós-impressão e processos de benef iciamento. Acabamento: necessidades específicas
Os processos de pós-impressão tradicionais, incluindo as ações básicas de acabamento, como refile, vinco, dobra e alceamento, são necessários também nos produtos da impressão digital e a qualidade exigida é a mesma, porém o tempo de acerto é outro. Salvo raras exceções, pensar num todo no fluxo de trabalho convencional e digital (incluindo a pós- impressão) exige que se atente a algumas diferenças importantes. O timing de ambos os processos é diferente. Nos processos convencionais, o tempo de acerto é outro, o tempo para se ter a primeira impressão com condições de uso é outro. Sendo assim, a chegada do produto impresso para finalização também tem seu ritmo próprio, por mais ágeis e automatizadas que estejam se tornando as funções de impressão hoje em dia. Se analisarmos friamente o tempo geral de produção (impressão e acabamento) de um método convencional offset e de um sistema digital, notaremos que, se usarmos os mesmos métodos de acabamento, trabalharemos com uma perda de tempo
considerável, com um desperdício de material inaceitável e, portanto, no cômputo geral, a gráfica ficará com dificuldade de fechar sua balança. Por exemplo, a matéria-prima utilizada para o acerto dos equipamentos tradicionais corresponde a uma boa parte da tiragem de um produto proveniente de impressão digital, ou seja, é impossível perder 10 folhas em uma tiragem de 100 ou 200 exemplares. O fluxo do processo produtivo também tem de ser contínuo no digital. Em gráficas que já “nascem” digitais, geralmente há menor resistência e a tendência é procurar investir em equipamentos com tamanho, setup e tecnologia compatíveis ao mercado digital. A gráfica que nasce digital geralmente procura o máximo de competitividade e qualidade e, portanto, não tem dúvidas na hora da escolha de equipamentos que permitam e possibilitem um fluxo de produção coerente para gerar lucros e não permitir perdas e desperdício. Contudo, nas gráficas que atendem tiragens maiores e investem no segmento digital pelas razões já citadas, há a tendência de tentar aproveitar os equipamentos e o fluxo de pós-impressão já existente. Essa prática geralmente prejudica a receita, pois, além do gargalo no setor de acabamento, gera-se um prejuízo no fluxo de serviços maiores (não necessariamente mais importantes). Nesses casos, o setor da impressão digital passa a ser um problema ao invés de gerar diferencial à gráfica e alternativas de soluções aos clientes, o que prejudica obviamente o retorno rápido e esperado do investimento feito nas caras máquinas de impressão digital. Enobrecimento digital
A questão vai além da simples adequação do acabamento à impressão digital. É comum, quando se pensa num impresso digital, que se trabalhe o lado emotivo do cliente, a diferenciação não somente pela personalização como também por outros atrativos compatíveis à produção de peças promocionais muitas vezes unitárias.
Os processos de benef iciamento como verniz UV e hot stamping na impressão digital são mui-
tas vezes suprimidos devido ao alto custo e à in viabilidade de terceirização em tiragens baixas. Isso contraria as necessidades e expectativas dos clien tes de produtos provenientes de impressão digital que buscam as mesmas alternativas de enobrecimento que o processo convencional em médias e altas tiragens permite. Os processos de enobrecimento atualm ente também são possíveis e acessíveis nas produções sob demanda. Hoje, convites ou qualquer outro impresso podem ser finalizados com técnicas de hot stamping em que a fita adere diretamente ao toner sem a necessidade de confecção de clichês ou matriz e ainda simula a aplicação de verniz UV, além da laminação holográfica. Isso possibilita agregar valor ao produto gráfico sem aumentar custos, uma vez que o equipamento é compacto e relativamente barato, além de integrar-se às novas tecno logias, pois, por não ter clichê, permite a confecção de dados variáveis em hot stamping. Já existem equipamentos dedicados, compactos, rápidos e principalmente acessíveis para a pós- impressão no mercado digital. Hoje é possível ter vinco e dobra simultaneamente, serrilhas, vincos perfeitos nas impressões a laser, alceadeiras práticas e precisas pensadas e construídas especialmen te para atender impressões sob demanda visando garantir produtividade, aperfeiçoar a qualidade e otimizar lucros. Portanto, as possibilidades e adequações técnicas devem se moldar às expectativas e necessidades impostas pelo mercado. Ser conciso na tomada de decisões e na aquisição de equipamentos gráficos é fundamental, pois um fluxo adequado com equipamentos dedicados e corretos potencializ a os resultados na qualidade, atendimento de prazos, receita e rápido retorno de investimentos. Ivy Sanches é professora de Produção Gráfica na Unip (Universidade Paulista) e assessora de diretoria na Diginove. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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GESTÃO
Douglas Pinheiro
N
Manutenção como ferramenta de qualidade
o mercado gráfico atual, a concor rência entre as empresas se torna cada vez mais acirrada. Cada vez mais gráficas percebem a impor tância de ter um fluxo de trabalho produ tivo eficaz, em que sejam mínimas as ocor rências que causem paradas de máquina e aumentem seus custos, já que gráfica vende hora/máquina, ou seja, cada minuto perdido significa prejuízo para a empresa. Nessa visão, a manutenção se torna um dos fatores de fundamental importância para a sobrevivência de uma organização, garantindo o prolongamento da vida útil de equipamentos, estrutura, ferramentas e até mesmo pessoas. De forma geral, manutenção nada mais é que qualquer técnica que visa manter e/ou prolongar o bom funcionamento de equi pamentos, ferramentas e estrutura pelo maior tempo possível. Pode parecer uma coisa simples, porém cerca de 70% das gráficas ainda não fazem a manutenção de forma correta, gerando uma improdutividade de cerca de 30% a 40%, algo considerável quando analisamos os custos de produção da empresa. No momento em que uma gráfica apli ca um programa ou plano de manuten ção está garantindo a integridade oper a cional de seus equipamentos, fazendo com que tenham um mínimo de problemas que prejudicam sua produção. Contudo, quando falamos em manu tenção, o que vem geralmente à mente da maioria dos gerentes, diretores e chefes de 28 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2012
produção é máquina parada sem motivo e custo. Isso não é verdade. A manutenção vem para ser uma solução, e não um pro blema, algo que vai ser benéfico e trazer várias vantagens para a empresa. Manutenção corretiva
Manutenção corretiva sugere corrigir um problema, alguma coisa que já ocorreu na produção e que terá de ser resolvido ime diatamente, causando paradas de máquinas, atrasos na produção e maiores custos. Nor malmente isso acontece pelo fato de não ter sido dado a devida atenção ao proble ma quando ele estava ainda no início, pro vocando o efeito “bola de neve”. O problema estoura fatalmente na hora que você precisa estar com tudo em ordem e funcionando. Vamos dar um exemplo: em um dos tra balhos impressos, a chapa acabou danifican do as extremidades dos rolos molhadores. Isso ocasiona retenção de tinta seca nas ex tremidades do papel durante a impressão de formatos maiores. Porém, como normal mente não entra esse tipo de trabalho, a so lução fica para depois e acaba sendo esque cida. O problema ressurge no dia em que um trabalho urgente de formato máximo entra em produção. É preciso, então, parar toda a impressão para efetuar a substitui ção daquele rolo ou rolos, causando atraso na produção, aumentando a hora/máqui na e onerando seus custos. Os índices de manutenção corretiva dentro de uma grá fica devem ser os mínimos possíveis para manter o bem estar da empresa.
Manutenção preventiva
Analisando esse cenário surge a questão: como reduzir os índices de correções den tro da produção? A manutenção preventiva vem para solucionar esse problema. O termo vem de prever, antecipar, re solver um problema antes mesmo que ele ocorra. A manutenção preventiva é uma ferramenta eficaz de ajuda para as gráfi cas, pois tende a manter a boa qualidade dos equipamentos, elevando sua vida útil e vem atrelada a algo chamado plano de manutenção, que nada mais é do que a de terminação de onde e como será aplicada a manutenção preventiva. O plano de manutenção deve ser estu dado junto com as pessoas que vão atuar diretamente com ele: operadores, equipe de manutenção, PCP e gerentes de produ ção, ou seja, todos os departamentos que serão afetados direta ou indiretamente pela implantação desse projeto. O grande problema é que, quando isso é apresentado para gerentes e diretores, muitas vezes o projeto só é visto do pon to de vista da máquina parada. Não se vê que a sua utilização em longo prazo ten de a reduzir os custos, uma vez que reduzi rá muito as paradas de máquinas por mo tivos simples, como falta de lubrificação ou por desgaste de peças-chave. A ques tão está na apresentação desses resultados em números. As vantagens ficam visíveis quando o plano é aplicado em uma gráfi ca onde as paradas de produção ocorrem por motivos mecânicos.
Manutenção preditiva
Aqui estamos falando de um tipo de ma nutenção mais específica, efetuada por es pecialistas contratados — normalmente ter ceirizados. Por meio de equipamentos de controle e medição eles avaliam partes do equipamento e controlam o desgaste de peças e sistemas, como, por exemplo, al terações nos rolos entintadores durante a impressão ou a temperatura de atrito dos meios durante o processo produtivo e como isso vai impactar a máquina. Manutenção sistemática
Esse tipo de manutenção é aplicado em si tuações em que não se pode fazer uma previ são de quando irá ocorrer o problema, como a queima de uma lâmpada ou um fusível. Nesses casos se aplica uma manutenção sistemática, na qual é efetuada uma inspe
ção periódica para averiguar a condição das partes e se elas necessitam de substituição. O que é o plano de manutenção?
O plano de manutenção é o desenvolvimen to das regras e normas para a realiz ação da manutenção. Essas questões devem ser es tudadas com cuidado por gerentes e líde res de produção, pois o plano tende a mo dificar diretamente a produção da gráfica. É preciso ter em mente as seguintes ques tões ao desenvolvê-lo: ◆◆
◆◆
Quem ficará responsável pelo controle ad ministrativo do projeto. Geralmente, ele fica a cargo dos líderes de produção, repre sentante da manutenção e o PCP. Quais equipamentos/estruturas farão parte do plano de manutenção e quais são suas especificações técnicas.
Qual é o fluxo produtivo da empresa e como o plano de manutenção vai afetá-lo. ◆◆ Qual será o tempo disponível para a manutenção. ◆◆ Necessidade de treinamento para os fun cionários envolvidos direta e indiretamen te na execução do plano. ◆◆ Suporte à documentação: toda atividade relacionada com a manutenção deve ser documentada, sobretudo para que ques tões como quem, quando, como e por que sejam respondidas. ◆◆ Suporte à integração: é importante que os setores que acabam sendo envolvidos com o plano de manutenção tenham acesso às informações das atividades fei tas pela manutenção, promovendo uma interação com os demais departamentos da empresa. ◆◆
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Garantia da qualidade: periodicamente é analisada a característica dos impressos, sendo levantadas informações de quais problemas foram ocasionados por mo tivos mecânicos e como fazer para que não se repitam. ◆◆ Análise periódic a de defeitos nos impres sos que possam ter sido causados por pro blemas mecânicos e identificação de ações para evitar que os defeitos se repitam. ◆◆ Testes: análise mensal dos relatórios de ma nutenção para verificar o nível de ocorrên cias no período. ◆◆
Por que planejar a manutenção?
A falta de uma manutenção planejada de máquinas também provoca problemas de qualidade e a diminuição da velocidade das máquinas. Mas antes de criar um plano de manu tenção é preciso entender por que os equi pamentos quebram. É natural que as máqui nas se desgastem com o tempo. Contudo, alguns fatores, como esforço adicional e so brecarga em componentes elétricos, tendem a aumentar esse desgaste, tornando a de preciação do equipamento mais precoce do que o estimado. Quando analisamos esses problemas, podemos concluir que os prin cipais motivos para chegarmos nessas con dições são a falta de lubrificação adequada, sujeira, poeira, impurezas, filtros def icientes, sistemas de troca de calor e de resfriamento def icientes e operação incorreta da máqui na e ferramentas em más condições de uso. Essas ocorrências tornam fundamentais as ações de prevenção no sentido de fazer com que as paradas de máquinas se tornem menos frequentes. Por isso a elaboração, exe cução e documentação de um plano de ma nutenção se torna importante para uma or ganização. Devem-se contemplar o plano de lubrificação (rotinas, trocas, especificação), rotina de limpeza, verificação de desgastes e troca de componentes (filtros, correias, cor rentes, rolamentos, componentes elétricos). Lembre-se que componentes têm vida útil determinada pelo fabricante. Uma vez 30 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2012
vencido esse prazo, troque-os, mesmo que eles aparentemente ainda estejam em boas condições. Com relação à operação incorreta, a me lhor solução é o treinamento dos operado res. Elabore rotinas e procedimentos de ope ração da máquina e destaque os cuidados que deve haver com relação aos ajustes de máquina, lubrificação e limpeza. Reserve periodicamente um tempo para elaboração e revisão do plano de manu tenção. Forme uma equipe e trabalhe em mutirão para que o tempo parado da má quina seja o menor possível. Antes da pa rada para a manutenção, certifique-se que os componentes que serão substituídos já estão disponíveis.
área enorme, com o que há de mais moder no em equipamentos para produção. Porém, todos buscam a melhoria de seus processos, redução dos tempos de produção e de cus tos e aumento do lucro. Nesse aspecto, a ma nutenção pode sim se tornar um diferencial competitivo. Uma gráfica onde existe uma li nha de produção constante, o mínimo de pa radas de máquinas por manutenções correti vas, e na qual os equipamentos e ferramentas estão sempre em ordem, limpos e bem cui dados, se torna um atrativo para os clientes. Isso sem falar que a possibilidade de atra sos é bem menor, assim como devoluções de trabalhos pelos mais diversos motivos.
Equipe de manutenção
Para que o projeto de manutenção seja bem sucedido, um ponto crucial deve ser aborda do: a conscientiz ação dos profissionais en volvidos. Eles são as principais ferramentas para o sucesso de um projeto como esse. É importante que o funcionário entenda seu papel na organização e no projeto, que a sua colaboração trará benef ícios não só para a empresa, mas também para si próprio, que o conhecimento que ele obterá no decorrer do processo poderá lhe trazer vantagens no futuro, que sua proatividade é bem-vinda, deixando claro o que está sendo feito para que o prof issional não sinta que isso possa se tornar algo que poderá lhe tirar o empre go. Caso contrário, o funcionário pode dei xar de ser um colaborador e se tornar um sabotador, fazendo todo o investimento em um projeto vir por terra. Reúna seus funcionários, seja claro ao explicar o que está sendo desenvolvido e ouça o que eles têm a dizer, pois eles são as melhores pessoas para dizer quais são os problemas diários. Dessa forma, a proba bilidade de fracasso de um projeto como esse é bem menor.
A equipe de manutenção é formada pelos responsáveis pela aplicação direta do pro jeto, dentre eles mecânicos, operadores e PCP. São eles que vão atuar diretamente analisando situações, fazendo correções, efetuando ajustes, ou seja, colocarão a mão na massa. A equipe de manutenção deve estar diretamente conectada com os seto res gerenciais da empresa, informando as atividades que estão sendo ou serão feitas nos equipamentos para que haja a troca de informações entre os setores. Ela também deve ser treinada para efe tuar as atividades que serão desenvolvi das para que não haja problemas durante a manutenção por falta de conhecimento da mesma. E, finalmente, a equipe deve dispor de todos os equipamentos necessários para a atividade e esses devem estar em perfeita ordem e calibrados para serem utilizados. Como transformar a manutenção em diferencial de qualidade
Quando pensamos em competitividade, te mos de ter em mente o que nós somos, onde estamos e onde queremos chegar. Muitas vezes não é de interesse de uma gráfica se tornar uma grande empresa com centenas de funcionários e ter uma planta com uma
Trabalhando a ideia da manutenção com seus funcionários
Douglas Pinheiro é aluno do curso superior de Tecnologia em Produção Gráfica, da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica
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TUTORIAL
Thiago Justo
S
Aumentando a nitidez de imagens usando o filtro High Pass
empre que pensamos em aumentar a nitidez da imagem no Phot os hop recorremos aos famosos filtros de sharpen (nitidez), principalmente a Unsharp Mask, ou máscara de nitidez. Neste tutorial vou apresentar uma maneira diferente de aplicar nitidez nas imagens usando filtro High Pass.
1
Requisitos: Adobe Photoshop.
2
Abra uma imagem que você julgue precisar de mais nitidez (Ctrl+O). Eu escolhi uma fotografia de uma agenda que está um pouco desfocada (1).
3
Depois de abrir a imagem no Photoshop, duplique-a utilizando o comando Ctrl+J. Feito isso, uma nova camada, igual ao background, aparecerá (2). Vamos trabalhar neste novo layer. O primeiro passo é retirar toda a saturação da imagem. Abra a janela Hue/Saturation (Menu Image ➠ Adjustments ➠ Hue/Saturat ion) usando o atalho Ctrl+Shift+U (3). 32 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Nesta janela é possível retirar toda a saturação da imagem arrastando a seta, o item Satura tion, para o início, ou digitando neste item o valor -10 (4). Deste modo, todas as cores irão se tornar tons de cinza (5).
6
Agora vamos aplicar o filtro High Pass (Filter ➠ Others ➠ High Pass) nesta camada (6). O filtro High Pass funciona de modo oposto ao Gaussian Blur. Ele mantém os detalhes de aresta em um raio determinado pelo usuário, em locais da imagem onde ocorrem transições nítidas de cores, e suprime todo o restante da imagem, fazendo com que essas áreas, onde não há transição nítida de cores, fiquem chapadas e neutras (tons de cinza).
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Para o efeito de nitidez nesta imagem utilizei radius de três pixels (7).
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Para realçar ainda mais a nitidez, abra a janela Levels (Menu Image ➠ Adjustments ➠ Levels ou Ctrl+L) e arraste as setas branca e preta em direção ao centro (8). Isso faz com que a imagem desta camada ganhe ainda mais contraste. Agora mude o modo de blend do layer para Overlay (9). Você também pode experimentar os blends Soft Light e Hard Light, que dão resultados diferentes de intensidade de nitidez, podendo ser melhores dependendo da imagem usada e do resultado desejado.
10 Caso tenha ficado muito nítido, você ainda pode ajustar a intensidade do efeito diminuindo ou aumentando a opacidade da camada. Deste modo, você faz um ajuste fino na aplicação de nitidez na imagem (10).
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Pronto! Observe como a imagem ganhou detalhes e ficou bem mais nítida (11). O Sharpen com o filtro High Pass evita a formação de pixels de cores muito saturadas nas áreas de transição nítida de cores… 12
Thiago Justo
…fator que pode prejudicar a qualidade da imagem quando aplicamos outros filtros de nitidez. Agora é só aproveitar esta dica e aplicar em outras imagens (12).
é instrutor de pré‑impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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COMO FUNCIONA
A aplicação de relevo em embalagens de papel‑cartão
Erick Bernardo
A
rmazenamento e transporte do produto. Estas foram por muito tempo as principais funções das embalagens em papel-cartão. Porém, em um mercado cada vez mais competitivo, é necessário que sejam criados atrativos para facilitar a venda do produto, agregando mais beleza e enobrecendo a embalagem. Podemos citar diversos acabamentos especiais, como laminações, vernizes especiais, aplicação de hot stamping e de relevo. O efeito de relevo é obtido através do processo de estampagem de dobra, que consiste no uso de punção e matriz, popularmente conhecidos no meio gráfico como clichês macho e fêmea. Através do uso dessas peças é possível obter o efeito de alto ou baixo relevo e até mesmo múltiplos níveis, dependendo do processo de gravação utilizado. O processo químico de gravação é o mais conhecido e utilizado, por conta da melhor relação custo/benefício e menor tempo de execução quando comparado ao processo de usinagem por fresamento. Este, por sua vez, demanda maior tempo de execução, mas permite a criação de efeitos de relevos mais complexos e elaborados. De maneira geral é possível exemplificar de maneira simples o processo de aplicação de relevo com clichês.
Inicialmente a aplicação do relevo era feita separadamente do processo de corte e vinco; contudo, com a necessidade de otimização da produção, foi desenvolvido o sistema de fixação das matrizes de relevo acopladas nas facas gráficas para corte e vinco, tornando o processo muito mais rápido e barato, provocando a popularização deste tipo de acabamento. É importante também destacar a impressão de textos em braile através desse processo, atendendo às resoluções normativas ao possibilitar que pessoas com necessidades visuais especiais possam ter informações sobre os produtos que estão adquirindo.
Desenho técnico da faca de corte e vinco com área de relevo e braile
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De maneira geral, o desenvolvimento das matrizes é feito levando-se em conta os dados dimensionais do painel onde será aplicado o relevo, as características da arte e do substrato para que as devidas compensações sejam efet uad as e ocorra o perfeito fechamento do ferramental acoplado ao sistema. Uma dessas matrizes é capaz de gerar até 250.000 impressões, sendo necessária a reavaliação após essa tiragem, uma vez que o desgaste pode comprometer o efeito de relevo. Diversos fatores podem interferir na aplicação do relevo. Os principais são: ◆◆ Espessura incorreta dos clichês ou dos blocos da faca onde eles são fixados, causando falha do relevo ou ruptura do substrato. ◆◆ Pouca profundidade na gravação dos clichês, impedindo que seja alcançada a máxima altura. ◆◆ Proximidade entre área de relevo e lâminas da faca.
Fixação incorreta dos clichês na faca, provocada pelo posicionamento incorreto dos furos de fixação, causando o empenamento e, em casos extremos, a quebra das peças. Ao longo desses anos em que acompanho e desenvolvo projetos de relevo voltados para os mercados calçadista, farmacêutico, cosmético, tabagista e outros, cheguei à conclusão de que, mesmo com o avanço da tecnologia dos equipamentos e desenvolvimento de novos processos, a experiência do operador de corte e vinco mostra-se como um dos principais fatores para que se obtenha o melhor resultado na aplicação do relevo, pois, em determinadas situações, é necessário que se façam calços para nivelar, aumentar o efeito de relevo ou até mesmo que os blocos onde os clichês são fixados sejam desbastados para evitar a ruptura do substrato.
◆◆
Erick Bernardo é gestor de desenvolvimento
e produção da Bronz’Art Clicheria
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NESTA CAÇA AO TESOURO ENCONTRAMOS ALGO DE MU ITO VALOR: A SUA PARCERIA. AGRADECEMOS NOSSOS PATROCINADORES POR AJUDAREM A FAZER DESSE PRÊMIO UM VERDADEIRO TESOURO. ESPERAMOS QUE PARCERIAS TÃO VALIOSAS SE RENOVEM A CADA ANO. MU ITO OBRIGADO. Patrocinadores:
Realização:
Apoio Institucional:
ENTREVISTA Tânia Galluzzi
Foto: Guillaume Bétemps
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Claudio Rocha Resguardar a tipografia é preservar o conhecimento 40 TECNOLOGIA GRÁFICA
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ascido em 1957, aos 10 anos Claudio Ro cha desenhava letras. Na escola era ele o responsável pela diagramação do jornal do grupo de teatro e aos 17 já diagra mava as revistas e materiais impressos do Idort. Ele estava na lida muito antes de surgir a denomina ção designer gráfico, à qual deu corpo e importân cia com seu conhecimento técnico e criatividade. Artista gráfico completo e grande conhecedor de tipos, Claudio Rocha atuou como catalisador para a primeira geração de typedesigners brasileiros em meados da década de 90 com iniciativas como a revista Última Forma Typography, em 1997. Publi cação independente, reunia pessoas que tinham alguma relação com a criação e o desenho de le tras, como Rubens Matuck, Guto Lacaz, Arnaldo Antunes, Tide Hellmeister e Eduardo Bacigalupo, figurando como um dos primeiros meios de di vulgação da tipografia brasileira na comunidade internacional do design. Mergulhado na escassa literatura sobre o tema, Claudio, entre idas e vindas como freelancer e pro fissional contratado (foi diretor de criação na Se ragini Design), virou designer gráfico especializ ado no segmento editorial. Ou melhor: tradutor visual, nas suas próprias palavras, uma vez que sua fun ção é entender uma necessidade mercadológica e materializ á-la em uma peça gráfica. Da semente atirada pela Última Forma nasceu, em 2000, a revista Tupigrafia, trazendo um olhar ins tigante e sensível sobre as manifestações contem porâneas sobre a tipografia no Brasil e no mundo, idealizada em parceria com Tony De Marco. No pe ríodo que morou na Itália, entre 2007 e 2009, Claudio lançou a revista Tipoitalia, além de colaborar com museus, promover workshops e dar palestras. Antes disso, em 2004, criou, ao lado de Clau dio Ferlauto e Marcos Mello, a Oficina Tipográfi ca São Paulo com o ideal de recuperar a linguagem peculiar do sistema de impressão tipográfica e in serir esse meio de comunicação como um recur so de estilo dentro do universo digital. Agregando ateliê de composição manual e impressão tipográ fica, a oficina posicionou-se como um laboratório no qual se experimentava a linguagem dos tipos de metal e de madeira e onde aconteciam workshops abertos aos interessados em conhecer essa técnica. Em 2005, a Oficina transformou-se em uma organi zação não governamental, sendo transferida poste riormente para a Escola Senai Theobaldo De Nigris,
com a qual mantém um convênio com a missão de preservar a cultura gráfica no País. Hoje Claudio Rocha, autor de livros como Projeto Tipográfico – Análise e Produção de Fontes Digitais e Tipografia Comparada: 108 Fontes Clássicas Analisadas e Comentadas, divide-se entre a rotina da Oficina Tipográfica, as aulas que ministra como professor de Tipografia e projetos pessoais. Nesta entrevista, ele fala sobre a validade da tipografia como processo de impressão na atua lid ad e e a possibilidade de combiná-la com as novas tecnologias.
ra e também de um clichê tipográfico e transfor má-los em arquivo digital através do seu escanea mento. Fizemos isso recentemente aqui na Oficina Tipográfica para a programação visual de uma ex posição, compondo palavras com tipos de madei ra, digitalizando as provas desse material e gerando arquivos digitais para impressão em offset. O in verso também é possível. Elaborar um projeto no computador, produzir um fotolito e a partir des te fazer um clichê para impressão em tipografia. O que determina é a linguagem que se pretende para o projeto, a proposta do trabalho.
Qual o papel da tipografia hoje? Claudio Rocha – A tipografia é uma tecnologia su perada há duas gerações. Foi substituída pelo pro cesso offset e agora pela impressão digital. Só que os parâmetros da tipografia, seus princípios, foram preservados. Resguardar a tipografia é preservar o conhecimento. Nosso objetivo é cultural, didáti co. Quem cria ou produz peças em tipografia tem a oportunidade de desenvolver o raciocínio visual, deve trabalhar com os aspectos físicos do grafis mo e não grafismo, lidar com os espaços vazios, experiências que a computação gráfica não possi bilita. Na tipografia, o designer e o gráfico se com plementam e o conhecimento da técnica amplia a bagagem prof issional de quem se dedica a ela. Por suas características, a tipografia permite efei tos únicos que o gráfico pode explorar. Algumas editoras, como a Cosac Naify, utilizam a tipogra fia na impressão da capa de seus livros como um recurso de estilo, buscando a linguagem visual própria desse sistema.
Você citou uma editora que utiliza a tipografia em seus produtos. Como está a procura pela tipografia como um recurso visual? CR – Nesse aspecto, o processo tipográfico é bas tante valorizado. Existem oficinas tipográficas com uma nova proposta surgindo em São Paulo, em Goi ânia, em Belo Horizonte e outras cidades. A tipogra fia virou um nicho de mercado e vem sendo utiliza da, tanto no Brasil quanto em países como a Itália, na produção de livros, cartazes, convites, em pe ças com pequenas tiragens, em projetos culturais. Há mercado, porém limitado.
Ainda há gráficas produzindo impressos em tipografia no Brasil? CR – O uso é marginal. A tipografia teve uma so brevida com a impressão de talonários, hot stamping e para numeração de impressos. No interior e nas periferias ainda se faz envelopes e cartões de visita em tipografia, mas muitas impressoras estão sendo transformadas e utilizadas para corte e vin co. O uso comercial é bem restrito, mesmo porque muitos profissionais que possuíam o conhecimento dessa técnica já se aposentaram. É possível unir a impressão tipográfica e a digital? CR – Um recurso é tirar uma prova de prelo de uma composição com tipos de metal ou de madei
Quais são os planos da Oficina Tipográfica para este ano? CR – Estamos dando continuidade à catalogação do acervo da Oficina e da Escola Senai. No ano passado recebemos doações importantes, como a do Sesc Pompeia, que repassou para a Oficina uma grande quantidade de tipos históricos. Estamos reorgani zando todo esse material. Na área didática vamos manter os mesmos cursos que já estávamos ofe recendo: Composição Manual, no qual o Marcos Mello apresenta o sistema e a linguagem da com posição com tipos móveis e da impressão tipográ fica como recurso formal no design gráfico; Gravura Tipográfica, sob minha direção, onde exercitamos as possibilidades da linguagem tipográfica na pro dução de cartazes; e Técnicas de Encadernação para Designers, também conduzido pelo Marcos. Também pretendemos nos concentrar na experi mentação e na busca da excelência técnica, mate rializ ando produtos gráficos e editoriais da própria Oficina. A OTSP não tem fins lucrativos. Vivemos de apoios e dos produtos que desenvolvemos. Pre tendemos aproveitar a vocação editorial da Oficina para dar corpo a projetos com caráter cultural. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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SEYBOLD Heidi Tolliver-Nigro
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Aproveitando a combinação de marketing móvel e impressos
combinação de marketing impresso com marketing móvel (focado em celulares, tablets e afins) tornou-se um tema frequente em palestras on line, blogs, pesquisas da indústria e especulações sem fim. O marketing móvel (mobi le marketing) é também uma atividade altamente complexa, fragmentada e com sérias exigên cias tecnológicas. Profissionais de artes gráficas, se seguirem o foco errado, podem acabar com campanhas fracas ou inadequadas. A má combinação pode rapidamente consumir orçamentos, produzindo resultados insatisf atórios. Variedade em periféricos móveis
O desafio para editores e gráficos é que o mercado móvel pode ser alvo de diferentes estratégias de marketing. Elas incluem mensagens de texto (SMS), anúncios para plataformas móveis, códigos QR, Rea lidade Aumentada (RA), reconhecimento de imagem, desenvolvimento de aplicativos personalizados para plataformas móveis e mesmo a tecnologia conhecida como NFC (Near Field Communications). Alguns desses mercados, como os de mensagens de texto, oferecem poucas barreiras para quem está começando e apresentam risco relativamente Para que os códigos QR são usados? Ganhar vales, descontos ou promoções
53%
Acessar informações adicionais
52%
Participar de sorteios
33%
Assinaturas para receber mais informações
26%
Acessar vídeos
24%
Efetuar compras
23%
Interagir em mídias sociais
23%
Outros
11%
Não sabe
2%
Fonte: Pesquisa da MGH sobre uso e interesse em códigos QR e entrevistas com 415 proprietários de smartphones (2/2011)
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pequeno. Outros, como o de aplicativos, exigem grandes investimentos em desenvolvimento, atua lizações de conteúdo e compatibilidade com a ampla variedade de sistemas operacionais e dispositivos existentes (iPad, iPhone, celulares e tablets com Android). No seu relatório Four Steps to Creating a Mobi le Strategy [Quatro passos para a criação de uma estratégia móvel], a Appcelerator (empresa que oferece ferramentas para desenvolvedores de aplicativos móveis) explica o quanto é importante utilizar a estratégia correta: “O aplicativo para iPhone se tornou o caminho de entrada fundamental para aplicativos de celular. Mas a pergunta é: para onde ir? Isso depende de como você quer envolver seus clientes. Por exemplo, empresas de radiodifu são e editores podem optar por dar continuidade com uma implementação para iPad ou tablet Android, porque as telas maiores propiciam uma experiência melhor para o usuário. Já os varejistas podem decidir se expandir para celulares com plataforma Android, a fim de conquistar o maior número de clientes antes, durante e depois de suas transações. Já quem tem aplicativos corporativos pode querer alcançar usuários no meio comercial se expandindo em plataforma Blackberry”. O relatório diz ainda que o nível de investimento nos diferentes tipos de campanhas e a quantidade de dispositivos e sistemas operacionais suportados podem ser altos e dependem inteiramente do público-alvo que se deseja atingir. Código QR é market ing móvel
O caminho mais adequado para entrar no jogo do marketing móvel depende do mercado-alvo. É provável que uma gráfica com ercial não queira desenvolver aplicativos para plataformas móveis ou campanhas de Realidade Aumentada. Mensagens de texto e códigos QR são os pontos de partida mais fáceis e apropriados.
Como o celular é usado? Abril/ 2009
Maio/ 2010
Tirar fotos
66%
76%
Enviar e receber SMS
65%
72%
Jogar
27%
34%
Enviar e receber e-mails 25% A empresa ScanLife informou recentemente que a utilização de códigos QR cresceu 1.600% em 2010, Acessar a internet 25% sendo que o número de leituras quadruplicou duOuvir música 21% rante os feriados de fim de ano. Ela também divulEnviar e receber mensagens instantâneas 20% gou que mais de 20% das 50 maiores empresas dos Gravar vídeos 19% Estados Unidos já usaram marketing com códigos Fonte: Pew Internet & American Life Project QR . Como esses códigos estão se tornando familia res para o público em geral e muitas vezes são imUm exemplo de como uma gráfica pode ajudar pressos em papel, este é obviamente um bom pri- o cliente a aproveitar melhor a combinação de immeiro passo para um gráfico que queira se inserir pressos e códigos QR : no início deste ano um prono mercado de marketing móvel. dutor de plantas incluiu um código QR no rótulo Como os códigos QR podem ser impressos em colado na parte externa dos contêineres de flores qualquer suporte, seja em malas diretas, anúncios de de início de estação. As plantas foram vendidas em revista, outdoors ou canecas, eles valorizam a prin- grandes lojas de artigos para casas nos Estados Unicipal atividade da gráfica, que é imprimir. De fato, dos. Ao escanear o código QR, o comprador acessaum estudo recente da InfoTrends, Production Soft va um site com informações sobre como cuidar da ware Market Outlook 2011 [Perspectiva do mercado planta — informações que poderiam ser facilmente de produção de softwares inseridas no próprio rótu2011], descobriu que 36,7% lo. Teria sido mais eficaz das gráficas atualm ent e se o site fornecesse suUm fornecedor oferecem códigos QR . gestões de outras plangráfico que possa ajudar O estudo também retas para arranjos (com o cliente a aproveitar ao velou um interessante proimagens) e informações máximo tanto o impresso blema de percepção: apesobre o tamanho a que quanto os códigos QR tem nas 16,3% dos entrevistados a planta adulta chegaria capacidade para repetir mais na mesma pesquisa disse(com mais imagens). ram trabalhar com marke O que também teria trabalhos deste tipo. ting móvel! É um problema sido muito eficiente para curios o porque o sucesso estimular vendas adiciocom uma campanha de QR depende de pensar nais seria agrupar na prateleira boas combinações como um usuário e otimizar sua experiência. Des- das plantas sugeridas pelo site. Um fornecedor grása forma, uma gráfica que imprime códigos QR está fico que possa ajudar o cliente a aproveitar ao máfazendo marketing móvel. ximo tanto o impresso quanto os códigos QR tem Essas porcentagens sugerem que poucas das capacidade para repetir mais trabalhos deste tipo. gráficas que trabalham com esses códigos com Nota: existem outros códigos 2D no mercado, preend em o potenc ial dessa tecnologia para o como os códigos ScanLife EZ, Beetagg e Microsoft marketing. Consequentemente, elas não devem es- Tag, além de variantes de SMS e resposta por e-mail, tar oferecendo um bom serviço aos seus clientes, como SnapTag e JagTag, que não requerem acesso que provavelmente não voltarão a fazer negócios à internet. O consumidor só precisa tirar uma foto envolvendo códigos QR . do código e enviar para determinado número para O que torna uma campanha de QR bem suce- receber uma imagem, um cupom, um vídeo ou oudida é a estratégia de marketing direcionando a ex tro conteúdo. Existem também códigos QR com caperiência do cliente, que começa encaminhando o pacidades mais sofisticadas, como a de possibilitar consumidor para um site desenvolvido para plata- acesso a conteúdo dinâmico ou URLs personalizados. formas móveis, que seja funcional e de fácil navegação, configurado para uma grande variedade de Bom, mau e feio telefones móveis. Criar uma experiência produtiva Roger Marquis, fundador da 2D Barcode Stratepara o cliente significa pensar a campanha a par- gy, tem um blog que há muito tempo é abastecitir da perspectiva do usuário de celular. Perguntas do com bons e maus exemplos de códigos QR (na como “por que alguém iria ler esse QR?”, “o que o maioria maus exemplos). Na sua coleção, há his cliente espera encontrar?” e “como essa experiência tórias de códigos que levam para páginas erradas, pode agregar valores e aumentar as vendas?” ajudam códigos ilegíveis para muitos celulares e outros que a antecipar os resultados da campanha. são desinteressantes, inúteis ou redundantes.
34% 38% 33% 30% 34%
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Campanhas ruins utilizando QR são um problema de marketing, não de tecnologia. Existem inúmeros geradores de códigos QR no mercado, a maioria gratuita, e criar os códigos é fácil. Talvez fácil demais. Basta fornecer um URL e clicar. Brian Yeager, consultor sênior da InfoTrends, está liderando um grande estudo com múltiplos clien tes chamado Mobile Technology: Making Print In teractive [Tecnologia de plataformas móveis: tornando impressos interativos], que irá explorar o conceito das campanhas otimizadas de marketing impresso em conjunto com marketing móvel a partir da perspectiva dos consumidores, comercian tes, fornecedores de inf raestrutura e dos gráficos. Durante uma recente palestra online da InfoTrends, Yeager mostrou alguns bons e maus exemplos do uso de códigos QR : ◆◆Mau exemplo : campanha de um remédio para resf riado, na qual o código QR levava para um site para celulares que dependia de Adobe Flash Player 9, que não está disponível para iPhone. ◆◆Bom exemplo : Código QR em um anúncio de xampu, que encaminhava o leitor para um vídeo no YouTube sobre como criar cachos definidos sem frizz. O anúncio fornecia instruções objetivas e o vídeo oferecia um valor claro para o usuário, portanto o código funcionou bem. ◆◆Mau exemplo : Um código QR impresso em um cartaz no metrô, que estava pendurado tão longe da plataforma que o código não podia ser lido. ◆◆Bom exemplo: Uma parceria entre a rede de supermercados Target e a marca de artigos para Aveda – link para o YouTube
Um bom exemplo: código QR em anúncio de xampu que leva o leitor para um vídeo no YouTube sobre como criar cachos definidos sem frizz. O anúncio fornecia instruções claras e o vídeo um conceito definido para o usuário, por isso o código funcionou bem.
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acampamento Coleman fornecia códigos QR nas etiquetas dos produtos. Esses códigos encaminhavam para informações adicionais, incluindo o estoque do produto na Target e resenhas de clientes. Yeager acrescentou ainda que ele mesmo havia comprado na Target uma estufa portátil da Coleman, infelizmente sem antes ler o código QR. “Se eu tivesse utilizado o código, teria lido as resenhas dos clientes e provavelmente teria comprado um produto diferente”. Market ing com SMS
Ironicamente, o marketing com SMS tem maior possibilidade de dar certo, embora talvez seja menos intuitivo e menos conhecido para os gráficos do que os códigos QR . No entanto, da mesma forma que os códigos QR , o marketing via SMS é um bom parceiro para gráficos porque os números dos celulares envolvidos numa campanha precisam ser obtidos antes de serem utilizados na própria campanha. Materiais impressos são uma boa maneira de oferecer incentivos para que as pessoas forneçam voluntariamente os seus números. Promoções desse tipo muitas vezes pedem que as pessoas en viem mensagens de texto para determinado número em troca de algum tipo de recompensa e podem ser impressas em qualquer coisa, seja mala direta, outdoor, guardanapos ou rótulos de produtos. O marketing com SMS também permite uma resposta imediata à promoção e não requer o uso de software especial. Não importa se o usuário tem um smartphone ou um celular antigo. Quase todos os celulares em uso (98%) têm a função SMS. É relativamente simples se inserir na área de mar keting por SMS e, tal como os códigos QR , há uma oferta aparentemente infinita de provedores terceirizados. Alguns, como o i-Zigg, oferecem programas independentes. Outros, como o interlinkONE , oferecem soluções de marketing integradas completas das quais o SMS é apenas um componente. Muitos oferecem assistentes de campanha para auxiliar o usuário durante o processo. O marketing via SMS pode ser tanto ativo quanto receptivo. Marketing ativo, em geral, assume a forma de envio de SMS ou MMS para o público-alvo. Já o marketing receptivo é principalmente (mas não exclusivamente) feito para geração de leads e para coletar e desenvolver um banco de números de celular. O processo receptivo pode precisar de um grande volume de impressos. O marketing receptivo geralmente funciona pedindo às pessoas que enviem pequenos códigos numéricos por SMS para participar de algum sorteio e
ROI (retorno do investimento) de SMS chega a ser 2,6 vezes melhor do que de e-mails Transação média de varejo: US$ 50,00 E-mail
Plataforma móvel
Tamanho da base de dados
1.000.000
125.000
Custo por mensagem
US$ 0,005
US$ 0,04
12%
95%
pavam das campanhas móveis gastavam 74% mais do que os que não Visualização 120.000 118.750 participavam, e um vendedor de equipamentos esportivos cujos clientes de Resposta 3% 8% plataformas móveis iam à loja seis veCusto total US$ 5.000,00 US$ 5.000,00 zes mais do que os outros. A chave é Receita US$ 180.000,00 US$ 475.000,00 a relação entre as pessoas e seus ceUS$ 36 (receita para US$ 95 (receita para ROI lulares. Se um cliente dá seu número cada US$ 1 gasto) cada US$ 1 gasto) para um comerciante, isso é um sinal ganhar prêmios, como a campanha TWIST TXT da de maior afinidade, o que o torna mais propenso a Coca-Cola. Essas campanhas estão em muitos pro- responder às campanhas. dutos impressos, desde rótulos para embalagens de Números apresentados pela ShopText mostram sanduíche até adesivos da grife de roupas Gap. aumento nas respostas sobre os índices de publiciCampanhas de SMS , que são relativamente sim- dade online tradicional. Para cupons do tipo “clique ples de produzir, provaram ser altamente eficazes para baixar”, a empresa reporta uma taxa de resposem diversos níveis. Plataformas como o ShopText ta em torno de 0,1% e o índice de conclusão do netambém permitem que os consumidores solicitem gócio é menor que 5%. Para promoções via SMS , a amostras grátis de produtos, recebam cupons para taxa de resposta é de 1,7% e o índice de conclusão imprimir em casa, participem de concursos, façam é superior a 60%. doações, ou mesmo comprem produtos em sistemas de SMS. A concorrente SnapTell usa tecnologia Marca d’água digital de reconhecimento de imagem. Quando o consu- e Realidade Aumentada midor tira uma foto de um livro, DVD, CD, ou ví- Reconhecimento de imagens, marca d’água digital e deo, ele recebe resenhas dos produtos, comparação Realidade Aumentada são outras maneiras de unir de preços, descontos e muito mais. impressão e marketing móvel. A marca d’água diCampanhas de mensagens de texto também ofe- gital é uma tecnologia de reconhecimento de imarecem o benefício adicional de possibilitar rastrea gem invisível a olho nu. Assim, o mecanismo de mento de dados. As plataresposta não interfere no formas fornecem relatórios design (embora marcadoElimine falhas e completos de campanha res possam ser usados para para que os clientes possam aprenda com seus erros antes indicar que essa tecnologia medir os índices de resposestá sendo utilizada). de oferecer esses serviços ta e de conversão por paAplicações como Digipara clientes. lavra-chave, tipo de mídia, marc Discover e WiMO, enlocalização e operadora. tre outras, permitem fazer A participação dos consumidores nas campa- com que o público interaja com a peça de marke nhas de marketing via SMS é voluntária (assim, ting, anúncio ou publicação de uma forma mais esses programas cumprem a regulamentação de consistente. Por exemplo, passando o celular sobre spam) e só acontece quando o consumidor tem uma foto do Tiger Woods para assistir um vídeo do algum tipo de afinidade com a marca. O resultado seu último jogo de golfe ou sobre uma imagem do é que esse público é mais propenso a responder às time de futebol americano Green Bay Packers para ofertas feitas por mensagem de texto e gasta mais conseguir ver um destaque do campeonato. dinheiro quando responde. Assim como os códigos de barras proprietários Afinidade, por sinal, é uma das razões pelas 2D, as marcas d’água digitais necessitam de um quais o marketing móvel é eficaz. Steve Snyder, di- software proprietário, que deve ser baixado antes retor de vendas e estratégia da Consent Media, de usar. No futuro, à medida que mais empresas agência focada em plataformas móveis, mídias so- entrarem no mercado, a exigência de baixar um ciais e otimização online, fez uma apresentação aplicativo de leitura vai desaparecer. Quanto mais na Print Solution 2011 na qual mostrou dados de cedo as revistas abraçarem essa tecnologia, mais clientes indicando que o ROI do marketing móvel é oportunidades elas terão de moldar o futuro. 2,6 vezes maior que o de e-mail. Além dessas tecnologias ainda existe a Reali Para ilustrar, ele falou sobre um vendedor de dade Aumentada (RA), que causa grande impacto peças automobilísticas cujos clientes que partici- no público, envolvendo as pessoas em um mundo Índice de abertura da página
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Mais de 280 milhões de americanos carregam celulares Ou seja, mais de 90% da população dos Estados Unidos
2.1 trilhões de mensagens de texto foram enviadas até o final de 2010 nos Estados Unidos
Near Field Communications O NFC (Near Field Communications) é uma tecnolo-
90% dos assinantes de serviços móveis nos Estados Unidos e na Europa Ocidental têm celulares com acesso à internet
A maioria das pessoas nos Estados Unidos carrega algum tipo de telefone móvel o tempo todo. E esses telefones são usados para mais do que fazer ligações.
de fantasia e experimentação. O retorno sobre investimento para RA , porém, é menos imediato do que para outras combinações de marketing móvel e impressão. A novidade da RA pode impulsionar as vendas de uma revista, mas o custo para o desenvolvimento é alto e, se a animação não for bem feita, há grandes riscos de se obter pouca resposta do público. A Realidade Aumentada é oferecida nas versões com ou sem marcador. Na primeira, é o marcador de localização (impresso) que dá início à exp eriência interativa. Na Realidade Aumentada sem marcador, o conteúdo é associado a uma imagem. Por exemplo, lendo uma caixa de Legos pode-se ver as peças se juntarem para formar um brinquedo montado. Também existe a Realida de Aumentada em camadas, que é usada em celulares para fornecer experiências interativas, mas essa é usada mais frequentemente em aplicações móveis não impressas, como o Yelp Monocle, que sobrepõe as informações sobre um mapa ou sobre a própria paisagem baseado em informações de GPS obtidas do celular. Entre os fornecedores de software que atual mente oferecem Realidade Aumentada estão ARToolKit, FLAR-ToolKit (Flash baseado em Realidade Aumentada), Metaio Unifeye Suite, Total Immer sion D’Fusion Suite, Microsoft Kinect SDK e interfaces de programação (APIs) via aplicações de Realidade Aumentada já existentes.
Quer mais informações sobre Códigos QR? Confira o material QR Codes: What You Need to Know na Loja da Seybold! Este relatório de 61 páginas vai além do básico e oferece uma discussão detalhada sobre a tecnologia, vários tipos de códigos de barras 2D, aplicações, estudos de caso, dicas das melhores práticas e muito mais. 46 TECNOLOGIA GRÁFICA
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gia em ascensão que utiliza ondas de rádio de curto alcance para comunicação bidirecional entre celulares e objetos em uma área próxima, incluindo outros telefones. O gancho para chegar à impressão é colocar um chip NFC em cartazes, banners impressos ou lojas de varejo.
As melhores práticas para marketing móvel Clientes, assinantes e anunciantes precisam ser lembrados do valor da mídia impressa, e aproveitar a união com a tecnologia de telefonia móvel é uma forma fundamental de fazer isso. Na apresentação intitulada Combinando impressos e plataformas móveis para gerar experiências envolventes, o consultor sênior da InfoTrends, Brian Yeager, expôs um conjunto de melhores práticas para códigos 2D. Mas elas poderiam facilmente servir como base de referência das melhores práticas para todas as aplicações de tecnologia móvel. Assim, onde estiver escrito “códigos QR”, leia-se SMS, Realidade Aumentada e todas as outras oportunidades oferecidas pelo marketing móvel. 1. Foque na experiência. Códigos são o meio. Muitos comerciantes focam no código em si, quando o que mais importa é o link para o qual aquele código direciona. Coordene a experiência com os objetivos da campanha. Otimize o site para visuali zação e uso em telefones móveis. Seja compatível com o maior número possível de celulares e colete informações do usuário de forma segura. 2. Foque no objetivo de marketing. A tecnologia de marketing móvel deve apoiar um objetivo comer cial. Um código sem um objetivo é pior do que código nenhum. 3. Não abandone os princípios do marketing. Aproveite oportunidades para agir. Ofereça incentivos para obter respostas. 4. Considere o contexto. Posicione o código onde ele possa ser visto e usado. Colocar um código próximo ao meio de uma revista ou atrás de um vidro brilhante e reflexivo pode inviabilizar a leitura e atrapalhar toda a campanha. 5. Teste, teste, teste! Certifique-se de que o código e os links estejam funcionando perfeitamente antes de implantá-los. 6. Eduque o público. Inclua uma linha ou duas de instruções orientando sobre como usar ou interagir com o código.
Hoje, a maior parte das discussões sobre o uso de NFC gira em torno de transações financeiras, em grande parte devido ao lançamento da plataforma de comércio eletrônico Google Wallet, amplamente comentado. Mas o NFC também possibilita usos de marketing. Recentemente, essa tecnologia recebeu muita publicidade ao ser usada no Reino Unido em um pôster promovendo o lançamento do filme X-Men First Class. Os pôsteres inteligentes com tecnologia NFC foram dispostos em 12 pontos no centro de Londres e davam acesso a um trailer exclusivo do filme e links para a página do filme no Facebook. A motivação do market ing móvel
Segundo a pesquisa sobre uso de códigos QR conduzida pela MGH (em fevereiro de 2011), os elementos de motivação que mais levaram os usuários de smartphones a interagir com os códigos (e certamente o mesmo é válido para outros mecanismos similares) foram ofertas, cupons ou descontos (53% dos entrevistados) e para acessar informações adicionais (52%). Outras motivações incluíam sorteios (33%), inscrições para receber mais informações (26%) e acesso a vídeos (24%). Curiosamente, 23% dos entrevistados também disseram ter usado os códigos QR para fazer compras, o que reflete como os consumidores vêm se sentindo cada vez mais confortáveis para comprar através de smartphones. É por isso que, pelo menos por enquanto, é importante não perder o foco com as produções chamativas que dominam as manchetes. O uso do celular entre consumidores primários é muito prático. Na grande maioria dos casos, a combinação entre marketing móvel e impresso foi utilizada com códigos QR ou campanhas de mensagens de texto em que o código de ativação ou o estímulo para resposta estava em formato impresso. Primeiros passos
1. Se não tiver um smartphone, compre um. 2. Comece a participar de campanhas móveis. 3. Faça a leitura de códigos QR; participe de uma campanha de SMS; baixe softwares de RA e brinque com as suas aplicações; baixe alguns aplicativos móveis para ver o que funciona bem e por quê. 4. Crie um site móvel para sua empresa. 5. Teste o site móvel da sua empresa em um smart phone. Ajuste e melhore o site até que ele esteja funcionando bem. Existem provedores como Mobify, Wirenode, Mippin Mobilizer, iFlyMobi e muitos outros. Uma simples busca no Google
pode levantar um grande número de opções, muitas delas gratuitas. 6. Encontre provedores terceirizados, como ShopText, iZigg, ou SnapTell, para serviços como códigos de acesso e mensagens de texto. 7. Comece a divulgar seus próprios serviços através de impressos e mensagens de texto. 8. Elimine falhas e aprenda com seus erros antes de oferecer esses serviços para clientes. Tradução autorizada do The Seybold Report,
volume 11, número 12, de 27 de junho de 2011.
Marketing móvel para editores Os editores de revistas e seus anunciantes têm usado campanhas de mensagens de texto há anos, mas ainda há oportunidades para uso de SMS e códigos QR. A Realidade Aumentada é um bom atrativo para venda de revistas em curto prazo, mas sua capacidade como uma ferramenta de venda direta em longo prazo é incerta. Em curto prazo os códigos QR oferecem aos editores grandes oportunidades não só para vender mais publicidade, mas também para enriquecer conteúdos. Toda vez que alguém lê um código QR, essa leitura pode ser rastreada. Assim como acontece com SMS, os softwares mais sofisticados de QR podem informar ao anunciante onde o código foi lido e em que telefone. A marca d’água digital também tem oferecido cada vez mais oportunidades, não apenas para anunciantes individuais, mas também para patrocínio de marcas dentro de uma revista. Um anunciante especial pode patrocinar um jogo de caça ao tesouro, por exemplo, que envolva os leitores, pedindo que leiam códigos em anúncios ou matérias para ganhar prêmios. Para revistas, a Realidade Aumentada é sedutora, mas os resultados ainda não são convincentes. Revistas têm feito experiências com RA desde 2008, mas comentários em blogs e artigos online sobre o tema indicaram que os resultados são inconsistentes. Ainda assim, os editores estão usando RA. O artigo de maio de 2011 da revista CAR incluiu RA e códigos QR detalhando alguns testes de estrada selecionados. A Celebrity High também começou a inserir Realida de Aumentada em todas as edições. Os leitores têm de baixar um navegador de Realidade Aumentada (o junaio, neste caso), mas, assim como códigos QR, os navegadores de Realidade Aumentada acabarão se tornando padrão nos celulares, à medida que esta tecnologia ganhar espaço. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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TIPOGRAFIA
a letra impressa •parte 3 matrizes para composição mecânica
Claudio Rocha
Nesta série de artigos estão sendo examinados os processos de fabricação de tipos, passando por seus diversos estágios de produção no sistema tipográfico, na fotocomposição e no sistema digital. Nos artigos anteriores foram apresentados os processos manual e mecânico de produção de punções e confecção de matrizes. O próximo artigo irá abordar a fotocomposição. A fonte utilizada no título e legendas deste artigo é a Palatino Sans, criação de Hermann Zapf e Akira Kobayashi, de 2006. Para o texto foi utilizada a Monotype Bembo, versão digital da fonte produzida no século XV por Francesco Griffo sob encomenda do editor Aldus Manutius.
CLAUDIO ROCHA é tipógrafo, editor da revista Tupigrafia e diretor da OTSP, Oficina Tipográfica São Paulo
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A mecanização da produção representou um ganho de produtividade significativo na indústria gráfica e editorial a partir do final do século XIX. O tempo para compor textos corridos em sistemas mecânicos de composição era de seis a dez vezes menor, comparado com a composição manual. Diversos fabricantes ofereciam sistemas completos, com equipamentos de composição e fundição de tipos a partir de matrizes especialmente produzidas para esses equipamentos.Os principais fabricantes foram a norte-americana Linotype e a inglesa Monotype. A linotipo é um equipamento que com põe e funde linhas de texto para impres são no sistema tipográfico. Foi desenvolvi da nos anos 1880 por Otmar Mergenthaler, um imigrante alemão, em Baltimore, EUA, e fabricada até o final da década de 1970. As linotipos dominaram a produção de li vros e jornais graças à sua praticidade e à qualidade das suas matrizes. O nome Li notype vem de line-of-type e ficou conhe cido como “composição a quente” pelo fato de trabalhar com uma liga de metal em ponto de fusão. Nesse equipamento as matrizes são arma zenadas em um depósito, conhecido como magazine, que fica localizado na parte su perior da máquina. Completam o equipa mento um teclado especial, um sistema de fundição e um sistema de distribuição, ou retorno das matrizes ao depósito. Quando o linotipista pressiona uma tecla a matriz do caractere cor respondente é libera da através de um canal e assim sucessivamen te até completar a linha, justificada em uma medida previamente estipu lada. A composi ção das linhas ocorre no reunidor, uma peça com trilhos que tem a mesma função do
componedor na composição com tipos mó veis. Na próxima etapa a linha com as matri zes é transpor tada para o mecanismo de fun dição, que funde e ejeta uma linha de texto por vez. Em seguida, as matrizes são retor nadas automaticamente para o magazine e distribuídas nos respectivos canais, ficando disponíveis para nova uti lização. Os magazines podem ser substituídos de acordo com a natureza do trabalho, com a possibilidade de fundir linhas com tipos do corpo 6 ao corpo 36. O catálogo de fontes da Linotype era extenso e foi sendo aprimo rado durante décadas com a contribuição de renomados type designers, como Hermann Zapf, Adrian Frutiger e William Dwiggins.
Esse acervo de fontes representa uma heran as palavras aumentem, justificando as li ça valiosa para o design gráfico, tendo sido nhas na medida prédefinida. adaptado para a fotocomposição e poste As matrizes eram projetadas para cum riormente transcrito para o formato digital. prir diversas funções. Um sistema de den tes na parte interna da matriz permite que ela seja devolvida ao canal de origem após a matriz de linotipo o uso. De maneira análoga ao mecanismo A produção de uma matriz era um proces de chave e fechadura de portas, esses dentes so complexo, com precisão infinitesimal, possuem combinações que, ao coincidirem equivalente à fabricação de relógios. Eram com a barra de distribuição, fazem com que feitos testes contínuos de inspeção, chegan a matriz caia no respectivo canal e fiquem do a um total de 56 operações mecânicas novamente disponíveis para uso. Outros na produção de uma única matriz, desde detalhes na estrutura da matriz, como fen o corte do bloco em latão de alta qualida das, cortes e entalhes têm funções específi de, até a checagem final, feita com a pro cas e eram contantemente verificados du jeção ampliada da imagem da matriz em rante o processo de fabricação para garantir uma tela, para medições nas quais a espes a qualidade de gravação das letras. Ao fi sura de um fio de cabelo era mostrada 50 nal, as linhas de texto podem ser facilmen te transportadas para a montagem da forma vezes maior. A matriz apresenta a imagem da letra em tipográfica e em seguida para impressão. baixorelevo e com o sentido de leitura invertido. A maioria das matrizes possui 2 letras para fundição, geralmente normal e itálico ou então, normal e bold, mas ape nas um desses caracteres pode ser fundi do de cada vez, para compor palavras em bold ou itálico em uma mesma linha de texto. Pequenas projeções laterais na ca beça e no pé da matriz alinham o carac tere no estilo escolhido, fundindoo de acordo com a necessidade. As matrizes são alinhadas no reunidor e a separação de palavras é feita por meio de espaçadores, peças articuladas em aço, em forma de cunha. No momento em que a linha é enviada para fundição uma barra exerce pressão na parte inferior dos espa çadores empurrandoos para cima. Esse movimento faz com que os espaços entre
Acima, um conjunto de linhas fundidas pela Linotipo. Na página ao lado, matriz do e comercial nas versões regular e bold. Abaixo, o reunidor (em corte) com as matrizes e os espaçadores antes da fundição. As letras gravadas na lateral das matrizes são marcas de referência; elas permitem ao linotipista ler a linha enquanto está compondo o texto.
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Ao lado, imagem ampliada de uma matriz de corpo 10 da Monoytpe. Abaixo, imagens do livro “Words in their hand”, com fotografias de Walter Nurnberg e textos de Beatrice Warde. Cambridge Print House, 1964. A primeira imagem mostra a substituição de uma matriz com a caixa de matrizes aberta e, na segunda imagem, um operador junto ao teclado da Monotype. Acima do teclado, o carretel justificador e, ao fundo, a fita sendo perfurada.
a matriz de monotipo
Ilustrações das duas unidades independentes que formam o sistema Monotype de composição mecânica: acima, o tecladoperfurador e abaixo a fundidora-compositora. Esse sistema produz linhas justificadas automaticamente com tipos móveis, a uma velocidade de 150 caracteres por minuto.
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A Monotype foi inventada por Tolbert Lanston em 1897. Como a linotipo, foi projetada para produzir linhas de texto justificadas auto maticamente. As coincidências, porém, pa ram por aí. Enquanto na linotipo a compo sição é fundida em uma linha, na Monotype a linha é formada por tipos móveis. A Mo notype possui dois equipamentos indepen dentes: uma unidade de digitação – com posta por um teclado com um sistema de perfuração de dados em uma fita de papel – e uma máquina fundidoracompositora. Ao digitar um texto o operador do teclado perfura uma fita de papel que contém os pa râmetros da composição. Quando a digita ção é terminada, a fita perfurada é colocada na unidade de fundição, que produz com posições do corpo 4 ao corpo 36, em linhas de até 56 cíceros (aproximadamente 25 cm), justificadas com espacejamento uniforme entre as palavras. A fita perfurada controla o movimento do quadro de matrizes fundin do 3 caracteres por segundo. A composição na Monotype é baseada em um sistema matemático conhecido como Unit System. Nesse sistema, as lar guras de todos os caracteres e espaços de uma fonte são submúltiplos de 18 unida des do ponto tipográfico. Os caracteres mais estreitos, como por exemplo a letra ‘i’ tem 5/18 e o mais largo, como o ‘w’, tem 18 unidades. Esse sistema determi na também as medidas dos espaços para a justificação das linhas. A fonte do tipo é acondicionada na Caixa de Matrizes, que são feitas em latão. A Monotype destacouse no design tipo gráfico por seu programa de releitura de tipos históricos coordenado por Stanley Morison (criador da fonte Times New Ro man), além da produção de fontes originais, como Bembo, Gill Sans, Dante e Centaur, entre tantas outras.
obras consultadas: O Manual Oficial da Linotype, editado em 1940 pela Mergenthaler Linotype Co. EUA. Apostila do curso de Tipografia da Escola Senai Theobaldo De Nigris Boag A. & Wallis L. The Monotype Recorder Centenary issue. Monotype Typography, Surrey,1997. Baines, Phil & Haslam, Andrew. Type and Typography. Watson-Guptill, N. York, 2002.
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NORMALIZACAO
Kátia Irie Teruya e Rafael Petermann, com a colaboração de Bruno Mortara e Marlene Dely Cruz
Validade das provas digitais, uma questão a ser definida
D
urante o ciclo de aprovação dos pro dutos gráficos, esp ecialm ente aqueles que envolvem um alto custo de produ ção, a confecção de provas de simula ção e sua posterior aprovação é fundamental. Esse procedimento evita perdas de tempo e de dinhei ro, além de ser o vínculo contratual entre a gráfica e o cliente final. Quando usada como simulação do impresso, a prova tem dois objetivos: permitir ao cliente conhe cer o resultado final antes da impressão e ser uma referência para a gráfica durante a impressão. Afo ra isso, serve como testemunho visual em caso de discordância em relação ao resultado obtido. Até meados dos anos 1990 as provas eram feitas a partir de fotolitos e denominadas provas analó gicas. Com o surgimento e disseminação dos CtPs (platesetters), as provas digitais se tornaram mais presentes e substituíram quase que totalmente as analógicas. As provas digitais são confeccionadas por impressoras digitais, em geral jato de tinta, conecta das a um RIP que rasteriza os conteúdos vetoriais e raster da página (em geral um arquivo PDF, melhor se for um PDF/X) e faz as transformações de geren
Tira de Controle Ugra/Fogra Media Wedge V3
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ciamento de cores a fim de simular a condição de impressão final. Tudo isso por uma fração do custo da produção final e em um curto espaço de tempo. No entanto, um sistema de provas digitais pre cisa ser lineariz ado, calibrado, verificado e utilizar insumos de qualidade, sem contar o acompanha mento contínuo de sua qualidade de reprodução. Se, por um lado, é necessário utilizar as tintas re comendadas pelos fabricantes em suas impresso ras, por outro, os substratos não têm as mesmas recomendações. Os fabricantes não têm requisi tos técnicos bem definidos para os substratos a serem utilizados. No mercado há uma infinidade de substratos à disposição, com diferentes preços e qualidades. Porém, se há um grande número de papéis para provas à disposição, o mesmo não se pode dizer em relação à quantidade e qualidade de informações técnicas acerca desses produtos. Isso seria bastante útil na hora da compra. E, por falta de parâmetros, muitas gráficas acabam por tomar sua decisão baseadas em critérios financeiros que não garantem o bom desempenho do substrato, gerando provas de baixa qualidade e de durabilida de ainda menor, como aponta Bruno Mortara em
c. Amostra (escala de azul)
a. Lâmpada de arco de xenônio b. Suporte para as amostras c. Amostra (tira de controle) Desenho esquemático da cabine de testes. No centro, as lâmpadas de xenônio (a) e ao redor os suportes de fixação (b) das amostras (c) Fonte: (Xenotest Beta LM Operating Manual – Atlas Material Testing Technology)
seu artigo sobre provas digitais: “o uso de tintas e substratos não conformes pode sim comprometer a durabilidade da prova”. Quando as provas sofrem de baixa durabilida de é sinal de que suas tintas e/ou combinação des sas com o papel não resistem aos efeitos da luz e desbotam. Este é o conceito de solidez de uma cor impressa. A solidez pode ser definida como a resis tência do impresso aos efeitos de uma fonte fixa de luz (luz de arco de xenônio filtrada), sem inf luência do ambiente ou, ainda, a resistência que a cor ofe rece quando exposta à luz direta do sol, à luz di fusa do dia ou à luz artif icial. Isso significa o mes mo que durabilidade da tinta, do substrato ou da peça como um todo. Para se compreender a importância da solidez é preciso pensar que todos os processos de reprodu ção utilizados em tecnologia gráfica têm um tempo de durabilidade de sua coloração. A partir de certo momento, as cores começam a desbotar, até que o impresso se torna totalmente diferente do original. Além da luz, há outros fatores que atingem a soli dez das cores impressas: os raios ultravioleta, o oxi gênio, o ozônio, a poluição atmosférica e o contato com agentes ácidos como molduras ou embalagens em cartão ou papel com pH não neutro. grupo de estudos da Theobaldo De Nigris
Um grupo de alunos da Theobaldo De Nigris, do curso técnico de Tecnologia Gráfica, elaborou um estudo que investigou as seguintes questões: Qual
o tempo de durabilidade da prova impressa, ou seja, quanto tempo ela permanece colorimetricamente estável? Que tipo de substrato utilizar: homologado ou não homologado? Nesse estudo, quatro marcas de papel para prova digital — dentre elas duas homologadas pela institui ção alemã Fogra — foram analisadas a fim de se pes quisar por quantos dias a prova digital iria se manter 1 2 3 4 5 6 7 8 Imagem de uma escala de azul — blue wool scale — já submetida ao ensaio VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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la. O objetivo desta condição é procurar entender as variações possíveis, independentemente da ação de fatores ambientais, especialmente a luz. As medições das cores impressas foram realiz a das por meio de espectrofotômetro por um período de 60 dias, duas vezes na semana. Ensaio da NBR ISO 12040 – Lote da condição 2
Imagem de uma escala de cinza — gray scale
fiel aos valores iniciais, ou seja, qual seria a sua validade. A análise da variação colorimétrica foi feita imprimindo-se uma tira Ugra/Fogra Media Wedge V3 (1) sobre dois lotes de amostras de cada papel e expondo-as a duas condições de iluminação: Ensaio da interação papel e tinta sem influência da luz – Lote da condição 1
As amostras foram acondicionadas no escuro, sem nenhuma incidência de luz, e verificaram-se as va riações colorimétricas das áreas coloridas da esca
As amostras foram analisadas utilizando-se o mé todo descrito na NBR ISO 12040. Essa norma espe cifica um procedimento para avaliação da solidez das cores e foi usada com o objetivo de se estimar o impacto sobre as áreas coloridas das tarjas, em um período de tempo de 300 dias de luz de escri tório. Diferentemente da condição 1, esse lote so freu a ação da luz em conjunto com as possíveis va riações da própria interação do substrato com as tintas. A norma utiliza como ensaio de durabilida de das cores (inkfastness) um equipamento cons tituído de uma cabine com lâmpadas de arco de xenônio com filtros opcionais (2), que simula uma superexposição à luz. Para se controlar essa expo sição foi utilizada a escala de azul (3) até que seu step 3 ficasse desbotado de modo similar ao step 3 da escala de cinza (4). O equipamento, conheci do como Xenotest, possui lâmpadas de xenônio de alta potência, o que possibilita a simulação de tem po de exposição à luz do dia. Sua lâmpada possui uma distribuição espectral bastante próxima à D50, luz normalizada pela CIE . As amostras foram expostas juntamente com a escala de azul, simulando uma exposição equiva lente a 300 dias de luz de escritório.
Curva Espectral – Papel D ■
iferença de reflectância na D região do azul característico da ação dos alvejantes ópticos. (Quanto maior a diferença na região dos 457 nanômetros, maior a presença de OBA.)
Papel D – medição com filtro UV Papel D – medição sem filtro UV
Gráfico 1. Exemplo de curvas espectrais (papel D), no qual a diferença pode ser atribuída aos alvejantes ópticos
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PAPEL D
Tabela 1. Valores das medições realizadas no papel D, após ser submetido ao ensaio de solidez à luz
Ensaio da cor dos substratos
Visando conhecer os substratos utilizados nos en saios foram feitas leituras espectrais dos mesmos. O ensaio em questão foi feito utilizando-se dois es pectrofotômetros X-Rite i1, um com filtro UV e ou tro sem. A diferença dos resultados de leitura dos dois instrumentos (Gráfico 1) pode ser atribuída aos alvejantes ópticos. Os fabricantes de papel adicio nam esses componentes a fim de dar um aspecto mais branco ao papel, com um entendimento de que o mercado percebe papéis mais azulados como mais brancos e, portanto, mais desejáveis. Resultados
Ao final dos ensaios foi possível observar que as amostras que não tiveram contato com a luz, condição 1, mantiveram os valores das áreas coloridas sem variações significativas. No entanto, as amos tras expostas da condição 2, que foram submeti das ao ensaio da NBR ISO 12040, sofreram variações colorimétricas, algumas consideráveis. Se observar mos os requisitos da norma de provas físicas contra tuais, NBR ISO 12647-7, uma das amostras de papel de prova se mostrou não conforme (Tabela 1). Procurando-se estabelecer uma relação entre a instabilidade do substrato e seu conteúdo de al vejante óptico, observou-se que esse substrato foi justamente aquele que apresentou a maior dife rença entre a curva espectral feita com filtro UV e aquela feita sem filtro UV, indicando a presença de alvejantes ópticos (OBA) na composição do papel.
Esse resultado insatisfatório demonstra que alguns substratos de prova são mais suscetíveis, em rela ção à solidez, à luz que outros. O estudo mostra também que há no mercado brasileiro pelo menos um substrato não conforme e isso pode compro meter a comunicação na cadeia produtiva, além de causar prejuízos a clientes e fornecedores. Uma conclusão importante deste estudo foi que, sempre que for necessária a preservação da prova por longos períodos de tempo, os impressos de vem ser acondicionados de modo a não serem ex postos à luz de escritório ou do sol. Assim sendo, o estudo demonstra que provas contratuais feitas com boas práticas e respeitando os requisitos da NBR ISO 12647-7 podem ser utilizadas, desde que feitas sobre substrato adequado, por um período de tempo bastante razoável, de até 300 dias.
Kátia Irie Teruya e Rafael Petermann são ex‑alunos do curso técnico de pré‑impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris. Colaboraram Bruno Mortara e Marlene Dely Cruz, do Naipe – Núcleo de Apoio a Inovação e Pesquisa, na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. Referências TERUYA, K. Estudo da variação colorimétrica em
impressão para prova digital / Katia Irie Teruya, Moisés Pacífico Fagundes dos Santos Silva, Rafael Petermann, Valéria Crisci; Orientação, Edigar Antunes. Trabalho de Conclusão de Curso – Escola Senai Theobaldo De Nigris, São Paulo, 2011. VOL. I 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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SERIGRAFIA
Aplicação da tecnologia computer to screen
John Gittens
A
serigrafia tem passado por várias inovações tecnológicas no setor de gravação de telas, entre elas a tecnologia de gravação direta, computer to screen (CtS). Dentre todas as vantagens, as com maior relevância são redução dos custos para confecção de matrizes, agilidade durante processo e armazenamento dos arquivos (não são mais necessários grandes estoques com os fotolitos). As três principais tecnologias usadas em sistemas CtS são jato de tinta (tinta ou cera), laser e Digital Light Processing (DLP). Esses sistemas são muito precisos e garantem ótima conf iabilidade. Como o trabalho é transferido diretamente para a tela emulsionada, a possibilidade de distorção da imagem é eliminada e o tempo de exposição reduzido, além de o tempo de ajuste da máquina também ser reduzido, pois a centralização da imagem é precisa. Jato de tinta
John Gittens é tecnólogo gráfico, formado pela Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e é gerente regional de vendas para a América Latina da Sefar Printing Solutions.
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A tecnologia jato de tinta emprega o uso de tinta convencional à base de água ou cera sólida, que são responsáveis por definir as áreas de grafismo. Após o processo de impressão é feita a “queima” da emulsão, porém sem a necessidade da prensa a vácuo, já que a arte é impressa diretamente sobre a emulsão. Os sistemas jato de tinta à base de tintas convencionais geralmente utilizam cabeçotes de impressão Epson. A tinta à base de água demora algum tempo para secar completamente e pode fazer com que a repetibilidade seja afetada. Mas pesa a favor desses sistemas o fato de a substituição da cabeça de impressão ser relativamente barata quando comparada com o sistema que utiliza cera. Já o sistema jato de tinta à base de cera utiliza cera sólida derretida no próprio sistema, que emprega cabeçote piezoelétrico e possui uma melhor opacidade e definição dos pontos. Isso ocorre porque a cera seca instantaneamente na emulsão. O custo elevado da cera usada nesses sistemas deve ser levado em consideração. Laser
No caso dos sistemas CtS que utilizam um ou mais lasers para fazer a exposição da emulsão, os diodos sólidos (classe-3) emitem luz em um comprimento
de onda de cerca de 405 nm com uma potência de 120 mW. Este sistema é direcionado a empresas que utilizam o formato de pequenas matrizes serigráficas, tais como as usadas em CD/DVD, rótulos, embalagens, tubos e frascos. As vantagens do sistema laser incluem a eliminação de custos de produção de filmes e do processo de exposição. No entanto, uma das desvantagens é em relação à emulsão, que tem de ser de cura rápida, o que pode causar problemas na revelação. Digital Light Processing
Esse sistema não tem a utilização de consumíveis, como tinta ou produtos químicos. Em vez disso, ele trabalha fazendo a exposição diretamente na tela emulsionad a. Uma vez exposta, a tela pode ser revelada com água, como de costume. O Digital Light Processing (DLP) é um sistema que usa um chip semicondutor óptico chamado Digital Micromirror Device (DMD), que foi desenvolvido pela Texas Instruments em 1987. O chip DMD é coberto com quase 1 milhão de minúsculos espelhos articulados, que podem ser reposicionados rapidamente para refletir a luz para a emulsão. O chip reflete a luz emitida por uma lâmpada de exposição, em que os raios UV fazem a cura da emulsão. Tais sistemas oferecem maior flexibilidade em relação a escolhas de emulsões se comparados com os sistemas laser, que têm exigências muito mais rigorosas em relação à emulsão utilizada. Além disso, uma espessura de emulsão consistente e regular é uma necessidade absoluta para garantir uma boa matriz. Alguns dispositivos incluem um monitor que ajusta a distância do cabeçote. Os modelos atuais são fabricados principalmente pela Kiwo, CST GmbH, Inc. e SignTronic AG e as resoluções variam de 600 dpi a 2.400 dpi, dependendo da tecnologia utilizada. Há muitas considerações para definir a escolha de um sistema. Primeiramente devemos saber qual será o uso e obviamente os consumíveis e custos iniciais são levados em consideração. Devemos também observar que cada um deles tem suas vantagens e desvantagens, mas não há dúvida que nossa indústria está se movendo fortemente para a tecnologia CtS em geral.
SITES
Baumgarten www.baumgarten.com.br A Baumgarten Gráfica, de Blumenau ( SC ), acaba de lançar um novo ambiente virtual, que divulga, entre outros aspectos, o novo planejamento estratégico, revisado em 2010. Além disto, o site foi todo reformulado com o intuito de torná-lo mais dinâmico e flexível, permitindo atualização constante. Na nova homepage, os internautas podem encontrar informações e imagens de produtos com suas marcas, contribuindo para o conhecimento do grau de desenvolvimento tecnológico da Baumgarten. A empresa também expõe a importância que a sustentabilidade, a tecnologia e a qualidade têm dentro da organização. Um dos destaques é a sustentabilidade, importante objetivo da Baumgarten. Há informações sobre o Viva, programa de sustentabilidade da empresa cujo objetivo principal é o bem-estar do indivíduo, e sobre o Comitê de Sustentabilidade, grupo multidisciplinar que desenvolve e monitora os trabalhos em sustentabilidade de maneira estruturada, consistente e focada em resultados.
LITERATURA
Para ler o livro ilustrado
Sophie Van der Linden No terceiro livro da seção de história e crítica de literatura infantil da Cosac Naify, Sophie Van der Linden discute a ideia de livro ilustrado, partindo da relação entre a página branca do livro, o texto e a imagem. Com mais de 300 títulos discutidos e quase 600 imagens, exemplifica e classifica os tipos de livro ditos “para crianças”, e os compara com outras manifestações, como o livro-imagem e o livro com ilustração. A autora também faz um breve histórico deste tipo de livro que, segundo ela, remonta ao século XIX com o pioneirismo de Randolph Caldecott, adentra o século XX com Edy-Legrand e se consolida com o revolucionário Onde Vivem os Monstros (1963), de Maurice Sendak. Há, por fim, um recorte da produção de literatura infantil francesa, realçando os livros mais criativos e que marcaram a edição na França, abrindo novas possibilidades. Complementando as discussões, Sophie traz depoimentos de editores, autores e diretores de arte. Uma valiosa contribuição para o estudo crítico do livro ilustrado, que há muito extrapolou os limites da literatura infantil. Cosac Naify editora.cosacnaify.com.br
SPP-KSR www.sppksr.com.br A pós a integração de suas operações, a SPP-KSR está lançando sua plataforma de comércio online para consolidar a imagem da empresa e oferecer aos clientes um novo canal de compras com mais facilidades e novas ferramentas de navegação. A fusão das duas distribuidoras gerou um conglomerado de 23 filiais no País e consolidou a empresa como a maior distribuidora de papéis e produtos gráficos da América do Sul. Com essa mudança, amplia-se a capilaridade e presença em diferentes regiões do Brasil, fortalecendo o canal e beneficiando diretamente os seus clientes, com um portfólio completo de produtos gráficos. No novo portal, os compradores também contribuem na navegabilidade. À medida que ava liam os produtos, aqueles com melhores pontuações ganham espaço de destaque na primeira página e maior visibilidade. Além disso, a SPP-KSR oferece dicas e artigos sobre cuidados com o manuseio do papel, técnicas de impressão, importância da certificação FSC para a cadeia de custódia e como economizar com o melhor aproveitamento do papel, entre outros temas.
Guia de Design Editorial – Manual Prático para o Design de Publicações
Timothy Samara O Guia de Design Editorial é uma referência completa para entender o design de revistas, jornais, catálogos, relatórios anuais, boletins e materiais institucionais, entre outros tipos de publicações. Escrito pelo designer e professor Timothy Samara, este livro oferece uma visão abrangente, tanto histórica quanto atual, dos estilos de design e suas aplicações. Processos essenciais como organização de conteúdo, seleção de cores, composição tipográfica e integração entre texto e imagens são investigados em profundidade. Estudos de caso com esboços, experimentações e declarações dos designers responsáveis pelos projetos de exemplo complementam a obra. Por meio da análise detalhada dos fundamentos do design e de soluções inteligentes para problemas do dia a dia, o leitor vai desenvolver um entendimento claro dos princípios e da aplicação prática do design editorial. Bookman www.grupoa.com.br
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CURSOS
ABTG Março Como Aumentar a Estabilidade Controlando a Cor no Processo Gráfico
Data: 5 de março Horário: 9h às 18h Instrutor: Bruno Mortara Investimento: R$ 290,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associados e R$ 190,00 para estudantes.
Formação de Inspetores da Qualidade
Data: 13 a 15 de março Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Márcia Biaggio Investimento: R$ 320,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420,00 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Produção Gráfica
Data: 27 a 29 de março Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Ana Cristina Pedroso Investimento: R$ 320,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420,00 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Abril Como Eliminar os 7 Principais Desperdícios do Processo Gráfico e Diminuir os Custos
Data: 12 de abril Horário: 9h às 18h Instrutor: Rosana Aléssio Investimento: R$ 290,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associados e R$ 190,00 para estudantes.
Formação de Orçamentista para a Indústria Gráfica
Data: 16 e 17 de abril Horário: 9h às 18h Instrutor: Jayme Valim Investimento: R$ 320,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420,00 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
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Senai APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL PhotoShop para pré‑impressão (32h) – R$ 564,00
Sábados: 14/4 a 23/6, 28/7 a 22/9, 6/10 a 15/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à editoração eletrônica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Fechamento de arquivos (16h) – R$ 567,00
Sábados: 17/3 a 24/3, 2/6 a 16/6 das 8h às 17h Requisitos de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à utilização de softwares para editoração eletrônica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Gerenciamento de cores (24h) – R$ 513,00
Sábados: 5/5 a 19/5 e 29/9 a 20/10 das 8h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à pré impressão, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Produção gráfica (32h) – R$ 480,00
Sábados: 14/4 a 23/6, 28/7 a 22/9, 6/10 a 15/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Tratamento de imagens (32h) – R$ 582,00
Sábados: 14/4 a 23/6, 28/7 a 22/9, 6/10 a 15/12 das 13h às 17h Requisitos de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à utilização de softwares para pré impressão,
adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Colorimetria aplicada aos processos gráficos (32h) – R$ 510,00
Sábados: 14/4 a 23/6, 28/7 a 22/9, 6/10 a 15/12 das 8h às 12h Requisito de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Densitometria aplicada aos processos gráficos (32h) – R$ 510,00
Sábados: 14/4 a 23/6, 28/7 a 22/9, 6/10 a 15/12 das 13h às 17h Requisito de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Impressão offset em máquina bicolor (60h) – R$ 851,00
Sábados: 31/3 a 16/6, 21/7 a 15/9, 29/9 a 8/12 das 8h às 17h Requisitos de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Impressão offset em máquina quatro cores (60h) – R$ 1.174,00
Sábados: 31/3 a 16/6, 21/7 a 15/9, 29/9 a 8/12 das 8h às 17h Requisitos de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Orçamento de serviços gráficos (40h) – R$ 468,00
Sábados: 10/3 a 14/4, 12/5 a 16/6, das 8h às 17h Requisitos de acesso: ensino médio concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL Impressor offset em máquinas com dispositivos de cura por radiação UV (80h) (Novo) – R$ 1.250,00
Sábados: 31/3 a 30/6, 7/7 a 15/9, 22/9 a 15/12 das 8h às 17h Requisitos de acesso: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset em máquinas quatro cores, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Assistente de conservação‑restauro (245h) – R$ 1.807,00
Requisitos de acesso: 18 anos completos ensino médio concluído e ser concluinte do curso de Assistente de conservação preventiva. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental concluíd o (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência. A Escola Senai reserva-se o direito de não iniciar o programa se não houver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola. A Escola atende de 2 ‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica
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