ANO XV Nº 76 VOL. I 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
EspEcial
O que faz um produto merecedor de um prêmio
Gestão
A importância da correta aplicação da Tecnologia da Informação
Tutorial
Como replicar desenhos vetoriais de forma simples e rápida
Serigrafia
Adaptação de materiais para crianças cegas através da serigrafia
Volume I – 2011 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162-030 São Paulo SP ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretora Executiva do Sistema Abigraf: Sonia Carboni Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Egbert Miranda de Toledo, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Elisabete Pereira Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Foto da capa: AGB Photo Library Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Leograf Laminação, Hot Stamping: (fitas MP Brasil): UVPack Acabamentos Especiais Assinaturas: 1 ano (6 edições): R$ 54,00 2 anos (12 edições): R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Apoio
Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700
Melhoria contínua
Q
uem, nesses primeiros meses do ano, não sentiu na pele ou pelo menos ouviu alguém se queixar da escassez de mão de obra, ocasionada pelo aquecimento da economia? Mas não faltam candidatos para as vagas, e sim prof issionais adequadamente qualificados para as funções dispo níveis. Da mesma forma, o aumento na demanda por produtos e serviços vem fazendo com que muitos setores trabalhem com sua capacidade produtiva em patamar elevado, panorama que aguça a concorrência e beneficia as empresas altamente eficientes. Se antes a ausência de competência podia ser mascarada, em um cenário altamente competitivo isso não é mais possível. Assim como a mão de obra, a inadequação está alijando as empresas do mercado. Há inúmeras maneiras de investir em melhoria contínua e quero aqui propor dois novos caminhos que fazem parte do plano de trabalho da ABTG para 2011 na área de consultoria. Estou falando do Programa de Aumento da Produtividade, o PAP, e do Gerenciamento de Resíduos na Indústria Gráfica. O PAP visa identificar os motivos de perda de produtividade e auxiliar as em presas nas possíveis soluções dos problemas. Os objetivos são o aumento da pro dutividade, a redução dos desperdícios e o alinhamento dos meios produtivos com a mão de obra operacional. O programa envolve a aplicação de um check up técnico, que avalia o conhecimento específico dos colaboradores da gráfica tanto na área produtiva quanto na comercial, e a aplicação do Test Form, analisando diretamente os impressos e, consequentemente, a eficiência dos equipamentos. O programa de gerenciamento de resíduos pode colaborar para que a empre sa reduza riscos, preservando a saúde dos funcionár ios e evitando penalidades por descumprimento da legislação, bem como para a adoção de processos mais rentáveis. Ele também capacita os funcionár ios, envolvendo-os no conceito de eliminação do desperdício. Afora esses dois projetos, não posso deixar de citar as Semanas de Artes Grá ficas, SAGs, que vêm se espalhando pelo País. Neste ano são 11, sendo que em três reg iões acontecem pela primeira vez: Pernambuco, a ser realizada no final de março, Minas Gerais, em meados de abril, e Rio Grande do Sul, em maio. Du rante cinco dias, em uma iniciativa da Abigraf Nacional e do Sebrae Nacional em parceria com a ABTG, os prof issionais do setor têm a chance de aprofundar seu conhecimento nas áreas de gestão, produção e vendas. Melhoria contínua é fundamental e a ABTG é um dos agentes de que você pode lançar mão para alcançar esse objetivo. Reinaldo Espinosa, presidente executivo da ABTG. TECNOLOGIA GRÁFICA
3
Sumário 14
Tecnologia voltada à qualidade
Especial – Cases do Prêmio Fernando Pini
36
Diretor da manroland fala sobre o acordo com a Océ
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Criando padrões no Illustrator
Entrevista
Tutorial
Edição colaborativa com o aplicativo InCopy
20
Produção Gráfica
A nova parte da norma ISO 19005
22
Normalização
Adaptação de materiais para crianças cegas
26
Serigrafia
Revestimento de telas em serigrafia
30
A importância da Tecnologia da Informação
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Gestão
Compensação da emissão de carbono das aulas do Senai
46
Chapa térmica sem processamento químico
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Gestão Ambiental
Notícias Produtos Literatura e sites Cursos
6 10 52 58
EspEcial
Como Funciona
Gest ão
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IA gRáfIc A
76
A importância da correta aplicação da Tecno logia da Informação
R E V I S TA T Ecnolog
Spindrift
A REVISTA TÉCNIC A DO SETOR GRÁFI CO BRASI LEIRO
O que faz um produto merecedor de um prêmio
Impressão
A reciclagem e a retirada da tinta do papel
ANO XV Nº 76 VOL. I 2011 ISSN 1678-0965
Tuto rial
Como replicar desenhos vetoriais de forma simples e rápida
Serig rafia
Adaptação de mater para crianças cegas iais através da serigr afia
Cresça com flexibilidade.
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NOTÍCIAS
Novo curso de Aprendizagem Industrial Senai lança concurso de monografias sobre tendências da indústria gráfica
A
Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica vai organizar, ao longo de 2011, o 1º‒ Concurso de Monograf ias Aldo Manuzio, voltado para seus alunos e ex-alunos. Espera-se uma grande resposta do concurso no segmento prof issional para além do ambiente apenas acadêmico, uma vez que a inserção desses alunos e ex-alunos no mercado tem sido de praticamente 100%. O objetivo final do concurso é fomentar o pensamento crítico, a análise e a pesquisa de tendências relevantes para a indústria gráfica. Os temas de pesquisa deverão abranger os três principais segmentos da indústria gráfica — editorial; embalagens, rótulos e etiquetas; e promocional —, abrangendo dois aspectos: mercado e tecnologia. O primeiro envolve perspectivas de crescimento, identificação de cenários prováveis, oportunidades e de fatores restritivos (riscos), identificação de forças motrizes, entre outras facetas. Para falar sobre tecnologia, a monografia deve considerar o advento de novas tecno logias, crescimento de tecnologias recentes, novas mídias concorrentes, reposicionamento da indústria gráfica diante de novas opções tecnológicas e meio ambiente, entre outros. Os participantes que conquistarem o primeiro lugar serão contemplados com viagens à Drupa 2012. Os segundo e terceiro colocados também receberão prêmios. Os cinco primeiros colocados terão seus trabalhos publicados em mídia impressa e eletrônica. O nome do concurso é uma homenagem ao editor, designer, tipógrafo e comer ciante do século XV, que revolucionou a produção de livros, dando um grande impulso a esse negócio e tornando-se um empresário de sucesso. A realiz ação do concurso conta com o apoio técnico e patrocínio de tradicionais parceiros da escola: Abflexo, Abiea, Abigraf, Abraform, ABTG , Afeigraf, Agfa, Canon, Cathay, DuPont, Esko, Heidelberg, IBF, Kodak, manroland, Metrics, Stig, Sindigraf e Sun Chemical.
6 TECNOLOGIA GRÁFICA
O
Senai-SP, continuando seu trabalho de manter seus cursos atua liz ados conforme as demandas do mercado e as novas estraté gias de ensino, deu início à reestruturação de seu curso de Aprendizagem Industrial, voltado ao segmento gráfico. Essa modalidade visa formar prof issionais qualificados para atuar diretamente nos processos industriais. O curso objetiva também apoiar as indústrias no cumprimento da Lei da Aprendizagem. Essa legislação obriga empresas a contratar estudantes que cumprem um programa sistemático de aprendizagem. No caso dos cursos do Senai, essa aprendizagem acontece nas escolas e, dependendo da forma de contratação, é complementada com atividades nas próprias empresas. O novo curso de Aprendizagem Industrial para o segmento gráfico vai preparar jovens para atuar no nível inicial nos processos produtivos, atendendo à antiga demanda das empresas. O perfil do pro fissional a ser formado foi definido por um Comitê Técnico Setorial, formado por representantes de diversas indústrias e por docentes das escolas que vão desenvolver o curso. Esse comitê segue uma metodologia especialmente desenvolvida pelo Senai para identificar as reais necessidades do mercado de trabalho. O mesmo grupo também levanta as comp etências que o prof issional deve ter para desempenhar, com sucesso, as suas funções. O currículo final do curso bem como estratégias e ambientes de ensino são elaborados a partir dessas diretrizes. Desse modo, busca-se garantir a mais perfeita adequação do prof issional aos postos de trabalho oferecidos pelos po tenciais empregadores, com evidentes vantagens para os estudantes formados e para as indústrias. O Comitê Técnico Setorial para o curso de Aprendizagem Industrial na área gráfica reuniu-se nos dias 16 e 17 de fevereiro. Além dos prof issionais do próprio Senai, fizeram parte do comitê os seguintes representantes da indústria, a quem o Senai publicamente agradece pela sua importante contribuição: Alessandro Mattioli (Innovapack Embalagens), Antonio Guedes (Editora Abril), Célia Rodrigues de Lira (ABTG), Eduardo de Sales (O Estado de S. Paulo), Marcelo Junqueira (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo) e Sonia Marinera (Rubbercity).
A Truepress 344 aceita formatos de papel de até 340x470mm com uma área útil de até 330x460mm, imprimindo a uma velocidade de 7.000 folhas por hora. O sistema de gravação da Screen utiliza um sistema de diodo laser multi-array para expor simultaneamente todas as 4 chapas térmicas processless, ou seja, não necessita de qualquer processo químico para revelar as chapas gravadas. A nova interface (GUI) foi concebida para proporcionar fácil controle ao operador que através de um único display, poderá enviar todos os comandos a impressora, desde a gravação das chapas, passando a lavagem das blanquetas ao ajuste automático dos tinteiros. Com o startup mais rápido do mercado, a Truepress 344 permite iniciar um job em menos de 6 minutos. Na velocidade máxima, a Truepress 344 pode produzir um job de 200 cópias frente e verso em menos de 20 minutos. A Truepress 344 tem todas as características técnicas idênticas a qualquer outra impressora offset e usa os mesmos consumíveis como blanquetas, solução de molha, powder e o mais importante, tinta offset convencional, permitindo assim produzir Jobs sem custos com insumos especiais.
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NOTÍCIAS
F
Marcadas as datas para as Semanas de Artes Gráficas
oi divulgado em fevereiro o calendário para 2011 do projeto Semana de Artes Gráficas, realiz ado pela Abigraf Nacional e pelo Sebrae Nacional em parceria com a ABTG . Os dois primeiros encontros aconteceram em Pernambuco, na semana de 21 de março, e em Sorocaba, na semana seguinte. A palestra “Técnicas de sustentabilidade para micro e pequenas empresas gráficas — certificação para obtenção do selo ambiental FSC” também será levada para várias cidades: Recife (5 de abril), Sorocaba (19 de abril), Belo Horizonte (4 de maio), Araçatuba (18 de maio), Porto Alegre (1° de junho), Bauru (8 de junho), São José dos Campos (13 de julho), Ribeirão Preto (10 de agosto), São José do Rio Preto (14 de setembro), Campinas (19 de outubro) e Barueri (9 de novembro). Inscrições e informações com Bruna Nuev o e Thiag o Buen o, sag@abtg.org.br, (11) 2797.6700. Programação da SAG em 2011
Programação das Comissões de Estudos do ONS27 – 2011 CE/CEE
Horário
Abril
Maio
11
16
CEE 00:001.84
Segurança em Documentação Eletrônica
CE 27:200.01
Pré-impressão Eletrônica 9h00 – 10h30
11
16
CE 27:200.02
Gerenciamento de Cores 10h30 – 12h30
11
16
CE 27:300.01
Processos em Offset
9h00 – 11h00
28
26
CE 27:300.03
Processos em Rotogravura
8h30 – 10h30
7
5
CE 27:300.04
Processos em Impressão Digital
10h30 – 12h00
14
19
CE 27:300.05
Processos em Flexografia
9h00 – 10h30
14
12
CE 27:300:06
Controle de Processo de Reprodução Gráfica
10h30 – 12h00
6
4
8h00 – 9h00
11 a 15 de abril
Minas Gerais
CE 27:300.07
Pós-impressão
9h00 – 11h00
26
24
25 a 29 de abril
Araçatuba, SP
CE 27:400.02
Tintas Gráficas
9h00 – 10h30
—
18
9 a 13 de maio
Rio Grande do Sul
CE 27:400.03
Colorimetria
10h30 – 12h00
—
18
23 a 27 de maio
Bauru, SP
CE 27:400.05
Livros Didáticos
14h00 – 17h00 9h00 – 12h00
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24 25
CE 27:400.10
Padronização de Autoenvelopes
9h00 – 12h00
13
11
Campinas, SP
CE 27:500.01
Questões Ambientais e Segurança
9h00 – 11h00
5
3
Barueri, SP
CE 27:500.02
Higiene e Ergonomia
11h – 12h30
5
3
27 junho a 1º de julho 25 a 29 de julho 22 a 26 de agosto 26 a 30 de setembro
São José dos Campos, SP Ribeirão Preto, SP São José do Rio Preto, SP
24 a 28 de outubro
Impressão digital não mais terá categorias exclusivas no Fernando Pini
A
comissão técnica do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini anunciou em fe vereiro que, a partir deste ano, produtos impressos com tecnologia digital não terão categorias separadas e concorrerão de igual para igual com as outras peças em todas as categorias. Segundo os organiza-
8 TECNOLOGIA GRÁFICA
dores, a impressão digital contava com categorias exclusivas como uma proteção inicial ao segmento, por conta das diferenças de qualidade existentes em relação aos processos mais tradicionais. Essas diferenças, no entanto, não são mais significativas e, portanto, a comissão optou pela mudança.
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PRODUTOS
Rotativas jato de tinta da HP chegam à América Latina
A
A T200 é um equipamento quatro cores, formato 521 mm, que imprime até 821 páginas por minuto em A4, com ciclo mensal de trabalho de 23 mil páginas e re solução máxima de 1.200 × 1.600 dpi. A T300 tem largura de 762 mm e velocidade máxima de 122 metros por minuto. Por fim, a T350 imprime até 182 metros por minu to, sendo ideal para a impressão de livros, malas diretas e jornais.
HP anunc iou durante a DSCOOP6 (encontro pro movido por clientes da HP reali
zado entre os dias 17 e 19 de fe vereiro em Orlando, nos Estados Unidos) o início das vendas de sua linha Inkjet Web Press na América Latina, composta pelos modelos T200, T300 e T350. A linha oferece impressão sob demanda com qua lidade e baixos custos, voltada aos segmentos editorial, transpromo cional e de marketing direto. Depois do lançamento na Dru pa 2008, as primeiras instalações foram feitas nos Estados Unidos e na Europa, com um total de 26 impressoras T300 comercializ a das até agora. A expectativa da HP para 2011, segundo Fernando Al perowitch, diretor HP Indigo e So luções Inkjet para a América Lati na, é a venda de pelo menos duas unidades da família Inkjet Web Press para clientes brasileiros.
A
www.hp.com.br
Impressora 928, a mais brasileira na linha da Ryobi
fabricante japonesa Ryobi está lançando em março a Ryobi 928, equipamento de oito cores que foi desenhado conforme sugestão do presidente da Ferrost aal, Ma rio Barcelos, durante a ExpoPrint 2010. A impressora gerará econo mia de produção e de insumos e oferece suas oito cores em uma só passada, possibilitando uma eco nomia de chapas de cerca de 28% e de energia de aproxi madamente 30%. O fato de ela trabalhar com o forma to tradicional de papel (92 × 64 cm) é um de seus diferenciais. “O mer
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cado editorial normalmente utili za o formato que vai do 21 × 27 cm ao 21 × 30 cm. Porém, a maioria das empresas do segmento possui má quinas maiores com formatos de aproximadamente 72 × 102 cm. Mas ocorre um desperdício real, uma vez que 90% dos trabalhos rodados não
precisariam de uma máquina gran de para serem feitos”, explica Anto nio Furlan, supervisor de vendas da linha de equipamentos Ryobi para a Ferrostaal. Além dessas vantagens, a Ryobi 928 ainda ocupa menos es paço físico na gráfica, porque tem dimensões menores do que as ou
tras máquinas da categoria. “A re dução geral de tempo também é conquistada graças a uma melhor integração com os sistemas de pré- impressão que a Ryobi 928 oferece”, conclui Antonio Furlan. www.ferrostaal.com
Pensando no Futuro? Nós podemos ajudá-lo. Cursos de Formação Inicial e Continuada Pós graduação em Planejamento e Produção de Mídia Impressa
Pós graduação em Planejamento e Produção de Mídia Impressa Neste curso o aluno será capaz de: Identificar, planejar e monitorar todas as etapas que compõem o fluxo produtivo, adequadas à fabricação dos mais importantes produtos da indústria gráfica; Interpretar as tendências de evolução tecnológica dos processos de produção gráfica; Avaliar a adequação de matérias primas e insumos para o projeto de produtos gráficos; Realizar análise de custos e de viabilidade econômica de projetos de produtos gráficos.
Formação Inicial e Continuada Encadernador manual de livros Impressor em serigrafia Gravação eletromecânica Problemas, causas e soluções de impressão offset Pré-impressão digital para flexografia Montador de faca de corte e vinco Tecnologia de embalagens celulósicas Tecnologia de embalagens flexíveis Tecnologia de impressão flexográfica banda larga Preparação de tintas pastosas Gerenciamento de cores Montador de Fotolito Copiador de chapas offset Impressão offset em máquinas monocolores com comandos eletrônicos
Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica e Escola SENAI Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 Tel: 2797-6300/6301/6302/6303 www.sp.senai.br/grafica
Impressor offset em máquinas com dispositivos de cura por radiação UV
PRODUTOS
A
Xerox desenvolve sistema jato de tinta sem água
Xerox lançou em fevereiro na Suíça o primeiro sistema jato de tinta de alta velocidade que não utiliza água em sua composição. A partir da tecnologia de tinta só lida, a empresa desenvolveu uma fórmula granulada e à base de resi na voltada para o mercado gráfico. Com a eliminação da água, o siste ma promete resultados de alta qua lidade com baixo custo através da impressão de cores consistentes e vibrantes mesmo em papéis offset mais simples, que saem lisos e se cos, sem risco de manchas e vaza mentos por conta da tinta, esp e cialmente as à base de água. Além disso, a Xerox chama a atenção para
O
o fato de esse tipo de tinta facilitar a reciclagem dos materiais. O novo sistema, aind a sem nome, produz até 2.200 páginas por minuto e monitora continuamente cada página impressa, fazendo um autoajuste caso um dos pontos da cabeça de impressão não esteja dis parando tinta corretamente. A Xe rox informou que o primeiro teste resultou em geração de receita ape nas algumas semanas após sua insta lação. Outras instalações estão pro gramadas para o decorrer deste ano. O produto foi desenvolvido usando mais de 2.000 patentes. www.xerox.com.br
Prinect Inpress Control é disponibilizado para outros equipamentos
Prinect Inpress Control, sistema da Heidelberg responsável pela medição, controle e registro de cores durante a produção, an tes exclusivo para as impressoras da linha Speedmaster XL , está ago ra também disponível para os modelos Speedmaster SM 102, CD 102 e CX 102 . O Prinect Inpress Control mensura as cores CMYK , as co res especiais e o registro da tira de controle de qualidade de impres são e encaminha automaticamente informações de correções neces sárias para a estação do Prinect Press Center sem que a impressora precise parar para realiz ar novos ajustes, maximizando assim a pro dutividade do equipamento. Esta é uma particularidade esp ecial mente prática para gráficas com frequentes mudanças de trabalho, de curtas e médias tiragens. No Brasil, a Gráfica Sarapuí, de São Paulo, esp ecializ ada em im pressão de embalagens em papel-cartão, displays e cartelas blister, já utiliza o Prinect Inpress Control em sua nova XL 75 sete cores com re versão e verniz em linha. Para os sócios Danilo Storti Garcia e Fabio Storti Garcia, o sistema de medição colaborou para a automação de uma parte do controle de qualidade, feito online em toda a tiragem, o que é primordial para garantir m aior produtividade e conf iabilida de, além de colaborar com a política de gestão integrada da Sarapuí, que visa reduzir resíduos e evitar desperdícios. www.br.heidelberg.com
12 TECNOLOGIA GRÁFICA
Oki lança impressora LED colorida C711
A
Oki Printing Solutions anun ciou em fevereiro o lança mento da C711, impressora LED colorida para formato A4. O equi pamento trabalha com grandes volumes, apresenta um baixo cus to total de propriedade e aceita diversos tipos de mídias. A im pressora, mais compacta que suas concorrentes, conta com a tec nologia HD Color, proporcionan do alta resolução de cores para imagens, e imprime em mídias de até 250 g/m² e banners de 1,32 m de comprimento. “A C711 possui dimensões até 23% menores que a maioria dos concorrentes do segmento e, mesmo assim, oferece desem penho, robustez e qualidade de impressão sup er iores”, diz Mar cio Marquese, supervisor de Pla
nejamento de Produtos da OKI Printing Solutions. Sua velocidade máxima de im pressão é de 34 páginas por minu to em cores e 36 páginas por mi nuto no modo monocromático. O equipamento possui como su primentos cartuchos de toners com alto rendimento (11.000 pá ginas para preto e 11.500 páginas para os coloridos) e cilindro com longa duração (20.000 ciclos de impressões). A troca de insumos na C711 é simples, assim como a consulta do nível de suprimentos, demonstrado graficamente no pai nel de LCD. A C711 tem um consu mo médio de energia de 1,2 W em modo de espera, minimizando os riscos de degradação ambiental, e preço sugerido de R$ 5.999,00. www.oki.com.br
Contar com 50 anos de experiência é a melhor forma de ver sua empresa 50 anos à frente. Um dos grandes diferenciais da Consultoria ABTG são seus 50 anos de know-how no mercado gráfico e seus mais de 50 consultores especializados. Todos preparados para oferecer o que há de melhor em serviço de consultoria para sua empresa. • Aproveitamento do tempo • Foco na otimização dos processos. • Treinamento durante a implantação. • Consultoria da implantação a certificação. • Atendemos a necessidade especifica do cliente. Veja como ABTG pode ajudar sua empresa:
Consultorias Técnicas: Pré-impressão, Impressão e Pós-impressão.
Pareceres Técnicos: avalia processos produtivos, capacidades técnicas e sigilo da informação.
Consultorias em Gestão: PCP, Custos e Orçamento, Planejamento Estratégico.
Homologação de Indústria Gráficas: Quando compradores e fornecedores se entendem.
Implantação da Norma NBR15540: Bons negócios são feitos na base da segurança.
Diagnóstico de Processo Industrial: Saiba quais são os problemas e soluções para sua empresa.
Implantação da Certificação FSC: O planeta precisa, o cliente exige e a ABTG implanta.
Aplicação de Teste Form: Análise Mecânica e de qualidade da sua impressora offset.
Implantação das Certificações ISO: 9001, 14001, 18001 e 27001.
Treinamentos e Palestras In Company: Os melhores consultores dentro da sua empresa.
Parceria com a ESTAT BRASIL
Para saber mais sobre este serviço ou agendar uma visita, entre em contato conosco: Núcleo de Consultoria e Treinamento ABTG Tel.: (11) 2797 6702 E-mail: Andrea: aponce@abtg.org.br ou Cristiano: csouza@abtg.org.br
ESPECIAL Elisabete Pereira
Um tributo à criatividade, à qualidade e à tecnologia
E
m 2010, o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini chegou à 20ª‒ edição. Mais uma vez, os critérios de criatividade, qualidade e tecnologia nortearam as esco lhas dos trabalhos que representam o que há de melhor no Brasil no setor. Das 63 categorias que compuseram o prêmio no ano passado, a revista Tecnologia Gráfica destaca
14 TECNOLOGIA GRÁFICA
nesta matéria os produtos vencedores nas catego rias de Inovação Tecnológica, Conformidade com a Norma NBR ISO 12647-7 – Provas Digitais e Conformidade com a Norma NBR ISO 12.647-2 – Impressão em Offset Plana e Offset Rotativa Heatset, bem como os trabalhos que mereceram o chamado Grand Prix nas áreas de Melhor Impressão, Melhor Acabamento Edit or ial e Melhor Acabamento Cartotécnico.
Inovação Tecnológica ou Complexidade Técnica do Processo Produto: Linha de Cartuchos Dove Damage Theraphy Gráfica: Brasilgrafica Indústria e Comércio Cliente: Unilever Brasil
A Brasilgrafica possui corpo técnico, equipamen tos e expertise para produzir embalagens diferen ciadas, em vários tipos de substratos, pelo sistema offset. A empresa já vinha realiz ando testes e de senvolvendo impressão sobre substratos diferencia dos, como o PP, desde a importação de um equipa mento capaz de imprimir e aplicar vernizes nesse e em outros tipos de materiais. Assim, aproveitou a tecnologia e desenvolveu uma embalagem agregando inovação, transparên cia, exposição do produto e diferenciação, um con junto de atributos que garantiram a premiação em Inovação Tecnológica. A gráfica chegou até a enviar uma equipe técnica à Europa para verificar as prin cipais novas tecnologias em corte-vinco e colagem para que fossem aplicadas na embalagem. “Restava um desafio: produzir a peça em escala industrial a um preço competitivo”, diz Célio Coelho de Maga lhães, gerente de Marketing da empresa. “Utilizamos
tecnologias de última geração, da pré-impressão ao acabamento da embalagem”, conta. Ele acrescenta que a produção envolveu as áreas de pré-impressão, impressão, corte-vinco, colagem, expedição e aten dimento ao cliente, seguindo todos os passos de uma impressão normal, porém com mais rigor na aprovação em cada etapa do processo. Dados técnicos Formato: Variado (linha de produtos com quatro tipos de caixas de diferentes formatos) Substrato: Laminado de PP Recursos de acabamento: Verniz UV Impressão: Offset Tiragem: Variada
Melhor Impressão Produto: Livro Água, Alma das Paisagens Gráfica: Ipsis Gráfica e Editora Cliente: Carlos Renato Fernandes – Eco Souvenir
A Ipsis já vem implantando e desenvolvendo pro cessos nos últimos anos e, como uma consequência natural, por conta do planejamento anterior, tem acumulado resultados positivos. Fernando Steven Ullmann, diretor da empresa, aponta como dife rencial do trabalho o processo de impressão de senvolvido internamente na empresa, o +Color, empregado na reprodução de cores carregadas de densidade. Para ele, o desafio na impressão é che gar à ausência total de erros ou de qualquer varia ção que possam prejudicar o resultado final. “Não se pode imprimir como se esse tipo de material fosse uma impressão comum”, diz. “Isso vale para todas as etapas do processo”.
Dados técnicos Formato: 271 × 313 mm Substrato: Papéis couché brilho 150 g/m² e couché fosco 170 g/m² Recursos de acabamento: Cola e costura, hot stamping e laminação brilho Impressão: Processo de impressão +Color Tiragem: Não divulgada TECNOLOGIA GRÁFICA
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de. Segundo o diretor Fernando Ullmann, o traba lho contou com o suporte de todas as áreas da em presa, do comercial ao acabamento, passando pelo PCP, pré-impressão, engenharia do produto e im pressão. “O acabamento editorial, com toda a linha automatiz ada, foi o diferencial da peça”, resume. Dados técnicos
Melhor Acabamento Editorial Produto: Livro Maria Martins Gráfica: Ipsis Gráfica e Editora Cliente: Cosac & Naify
Para a Ipsis, empresa com o maior número de prê mios no Fernando Pini 2010, o acabamento exige cuidados especiais, desde a produção do protótipo, sem pular nenhuma etapa do controle da qualida
Conformidade com a Norma ABNT NBR NM ISO 12.647-2 Produto: Revista Shape nº‒ 12 Gráfica: Log & Print Gráfica e Logística Cliente: Editora Alto Astral
A revista Shape, premiada em 2010, desde o seu primeiro número é impressa de acordo com a Nor ma NBR ISO 12.647-2, cujo processo de implanta ção na Log & Print começou em 2008. “Os desa fios na produção são constantes e diários, devido ao controle do processo e para manter os parâ metros estipulados”, diz Alan Wigmir Alves, geren te técnico e de desenvolvimento de novos produ tos. Ele conta que a implantação da ISO 12.647-2 foi trabalhosa, com ajustes de conceito, muito es tudo, conscientiz aç ão dos prof issionais envolvi dos e discussões internas e externas. Por exemplo, a equalização das tintas deu origem à escala ISO 16 TECNOLOGIA GRÁFICA
Formato: 235 × 280 mm Substratos: Kit – Estojo com dois livros brochura, revestido em Frankonia (tecido especial para revestimento) e impresso em serigrafia. Livros: couché GardaPat Kiara 150 g/m², Color Plus 180 g/m², cartão Supremo 350 g/m², Pólen 90 g/m² Recursos de acabamento: Cola e costura Impressão: Offset com tecnologia FullBlack Tiragem: Não divulgada
Bio Reverse da Premiata Tintas e à linha 12647 da Sellerink. Além disso, alguns dos ajustes de gran des fabricantes mundiais de tinta para impressão rotativa, como a SunChemical e a Flint Ink, foram realiz ados através de relatórios técnicos emitidos para atender à demanda da Log & Print. Na produção da peça premiada, a empresa apro veitou a sua expertise e utilizou um pacote tecnoló gico que incluiu Tecnologia GMG, ProofControl (sis tema para controle de provas), PrintControl (sistema de controle de impressão), RapidCheck (sistema de checagem rápida de impressão), ColorServer (servi dor de cores para separação de arquivos) e Eye One (espectrofotômetro com tecnologia X-Rite). Alan Alves também considera relevante a exigên cia do cliente com a fidelidade de cores em relação à prova de contrato. “Na impressão de cada edição, contamos com a presença do produtor gráfico da Editora Alto Astral, Ronald S. dos Santos, que realiza as aprovações com muita facilidade”, conta. Dados técnicos Formato: 202 × 266 mm Substrato: Couché 150 g/m² (capa) e couché 79 g/m² (miolo) Recursos de acabamento: Hot stamping, lombada quadrada e hot melt Impressão: Offset plana (capa) e offset rotativa (miolo) Tiragem: Não divulgada
Melhor Acabamento Cartotécnico Produto: Caixa Personalizada P+E Gráfica: P+E Galeria Digital Cliente: P+E Galeria Digital
O diferencial na caixa da P+E foi a criação, feita pelo sócio da empresa e responsável pelo acabamento, Eduardo Barbosa Lopes, que elaborou toda a mecâ nica da peça, destacando as duas plataformas (uma para cartão de visitas e uma para bloco de notas) que se levantam ao abrir a caixa. Segundo o diretor da empresa, Edson Ferraz, muitos processos de acabamento especiais são exe cutados offline e, por consequência, são de difícil au tomação. “Nesse caso, em específico, a caixa da P+E dependeu de mão de obra experiente, acabamen to diferenciado e exigiu técnicas e soluções muito criativas de nossos prof issionais”, explica, lembran do que o trabalho envolveu os departamentos de pré-impressão, impressão e acabamento. Na ava liação do diretor, o maior desafio foi criar o sistema para levantar as duas plataformas. “Testamos inú meros materiais com resistência suf iciente para er guer as plataformas com os cartões e blocos e que, ao mesmo tempo, não fossem muito fortes, pois o fechamento da caixa se dá através de ímãs”. Após a aprovação do protótipo, foi a vez da criação do layout. “Por se tratar de uma peça pro mocional da empresa, precisávamos de algo que
chamasse a atenção e que identificasse nossa mar ca, mas que ao mesmo tempo destacasse a impor tância de nossos clientes. Então, criamos um dado variável na parte interna da tampa com o nome personalizado”, conta Edson Ferraz. Tanto cuidado contribuiu para a empresa con quistar, pela primeira vez, o Prêmio Fernando Pini. A gráfica conquistou também o troféu na catego ria Embalagens Sazonais. Dados técnicos Formato: Aberto – 34 × 28 cm Substrato: Couché fosco 150 g/m², offset 90 g/m², Color Plus 240 g/m² e papelão Recursos de acabamento: Laminação, corte e vinco, empastamento, relevo e montagem Impressão: 100% digital, HP Indigo Tiragem: 600 peças
TECNOLOGIA GRÁFICA
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Conformidade com a Norma ABNT NBR NM ISO 12.647-7 – Provas Digitais Produto: Teste ABTG Gráfica: Stilgraf Artes Gráficas e Editora Cliente: ABTG
A Stilgraf investe pesado em tecnologia de ponta e na padronização de seus processos em confor midade com as normas internacionais. Essa filo sofia norteou o processo de adaptação da em presa à Norma NBR ISO 12.647-7, realiz ado desde o final de 2008. Para o coordenador de Tecnolo gia Gráfica da empresa, Duane Gomes, o grande desafio, quando se trata de executar um trabalho de forma precisa, como o Teste ABTG , é aprovei
tar todo potencial do sistema, aliando experiência e conhecimento técnico para ir além do conven cional, do procedimento padrão que está no ma nual, interagindo com o sistema e buscando novas possibilidades, para alcançar o melhor resultado. “Nosso diferencial inclui, além de tecnologia de ponta, a utilização de insumos de alta qualidade, aliados ao trabalho de prof issionais especializ ados que conseguem extrair o máximo de cada siste ma”. Dentro dessas premissas, a Stilgraf realizou o trabalho que envolveu as áreas de pré-impressão e tecnologia gráfica da empresa. No Teste ABTG , a empresa utilizou um pacote tecnológico que incluiu, dentre outros recursos, si mulação do Dataset Fogra 39L, software GMG Co lorProof 5 e espectrofotômetro Eye One Pro + iO. Dados técnicos Formato: Formato preestabelecido pelo regulamento do concurso Substrato: Papel Povareskim semigloss 220 g/m² Recursos de acabamento: Nenhum Impressão: Impressora Epson Stylus Pro 9900, simulação do Dataset Fogra 39L (impressão offset, papel couché), software GMG ColorProof 5, espectrofotômetro Eye One Pro + iO. Tiragem: Não se aplica
Ipsis FOI a mais premiada
Mais de duas mil pessoas prestigiaram a festa de entrega do 20-º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, realizada em 23 de novembro de 2010 no Expo Barra Funda, em São Paulo. O prêmio reconheceu o trabalho de 37 gráficas, que tiveram seus produtos premiados em 63 categorias. O destaque foi a paulista Ipsis, com oito prê mios, à frente da pernambucana Facform, que ficou com
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cinco troféus. Além de seis premiações nas categorias regulares, a Ipsis conquistou dois dos três prêmios de Atributos Técnicos do Processo, o Grand Prix. Foram também premia dos 12 fornecedores em 14 categorias, ficando HP e Suzano com dois troféus cada uma. Receberam um troféu as empresas Colacril, Day Brasil, Fibria, Fujifilm (Antalis), Goss, Heidelberg, Kodak, Müller Martini, Overlake e Sun Chemical.
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Prepare-se para a 15ª edição do CONGRAF (Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica) um consagrado evento, que acontece a cada 3 anos e traz o que há de mais moderno no setor. O Congresso contará com a presença de palestrantes nacionais e internacionais que tratarão desde assuntos técnicos à gerenciais, além de uma exposição de fornecedores com grandes novidades do setor gráfico. O CONGRAF será realizado em Foz do Iguaçu, que é o 2º destino mais procurado por turistas no Brasil e está localizado no estado do Paraná. A cidade tem diversos atrativos como as famosas cataratas e a tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina.
Venha para a fronteira do conhecimento. O sucesso da sua empresa passa por aqui.
Agende esta data e participe: 8 a 11 de outubro de 2011.
Realização:
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www.congraf.org.br
PRODUÇÃO GRÁFICA
Edição colaborativa com Ana Cristina Pedrozo Oliveira
InCopy InCopy InCopy InCopy
G
eração do texto, provas, revisão, dia gramaç ão, provas, revisão, alterações, mais provas, mais revisão… O proces so de confecção de materiais editoriais demanda idas e vindas entre os departamentos editorial e de arte, sempre por meio de várias pro vas, gerando uma montanha de folhas nas mesas de editores e diagramadores. Excluindo as solici tações de alterações baseadas no projeto gráfico, a maior parte das mudanças está relacionada com o texto (erros de digitação, ortografia, conceito e conteúdo) e são repassadas aos diagramadores das mais variadas formas, caus ando erros contínuos dentro do processo. Uma solução interessante para essa produção é a edição colaborativa, na qual vários envolvidos na produção de materiais editoriais e promocionais podem interagir simultaneamente com os conteú dos. Além do aumento da produtividade e o con trole de produção, o processo, bastante eficiente, vem ao encontro dos prazos cada vez mais curtos na produção de livros, revistas e outros periódicos, além de materiais publicitários como anúncios. O sistema pode funcionar de várias maneiras, dependendo do tamanho das equipes que atuam
20 TECNOLOGIA GRÁFICA
na edição. É necessário que todos os colabora dores envolvidos tenham um nível técnico mí nimo para que possam otimizar as ferramentas de automação disponíveis nos aplicativos. Deve rá existir um gestor do processo, que irá vistoriar a produção em sua totalidade, editores que libe ram os textos para diagramação e operadores que, depois das páginas devidamente montadas, irão disponibilizar o arquivo para a edição. O diag ramador pode disponibilizar o arquivo inteiro ou partes deste para os editores e revisores, que podem fazer as alterações no texto enquanto ele continua trabalhando no arquivo. Vários edito res têm a possibilidade de trabalhar ao mesmo tem po no arquivo, dentro de uma mesma estrutura ou de forma remota. Os aplicativos necessários para a utilização desse procedimento, direcionados a pequenas e médias equipes de trabalho, são o InDesign, software de diagramação de grande parte dos sistemas de pu blicações editoriais, e o InCopy, programa que pos sibilita a edição colaborativa, ambos desenvolvidos pela Adobe. A diagramação é feita no InDesign, uti lizando todas as ferramentas disponíveis para esse fim. O diagramador possui comandos que permi tem disponibilizar os frames que podem ser aber tos no InCopy pelo editor, permitindo fazer as al terações necessárias diretamente no arquivo. Após a conclusão das correções, os frames serão atua liz ados no arquivo diagramado e assim por dian te, quanta vezes forem necess ár ias. O processo de disponibilidade dos frames é atribuído por um sistema de Check-in e Check-out de cada uma das partes envolvidas na produção. Mais do que o uso dos aplicativos, para que tudo funcione com perfeição é necessária a mon tagem de um fluxo de trabalho que preveja a cola boração, assim como o desenvolvimento de regras, quebra de paradigmas e procedimentos de traba lho para as equipes envolvidas, evitando erros de produção e retrabalho.
Os colaboradores que estão envolvidos com o projeto devem ser cadastrados como usuários para que possam ser identificados dentro do processo. Cada um deverá ter uma cor específica, o que facilita a visualização de quem realizou a alteração. A comunicação entre o editor e o diagramador é gerenciada pela paleta Assignments, que mostra os frames disponíveis para edição com os respecti vos ícones. As opção de Check-in e Check-out para liberação e retenção de conteúdo estão disponíveis no menu contextual da paleta. A interface do InCopy é parecida com a do In Design, o que dificulta um pouco a adaptação de usuários de processadores de texto, como os edi tores e revisores. Porém, como o programa pro porciona várias formas de visualiz ação do arquivo, é possível escolher a mais adequada. A visualiz ação de Layout mostra o arquivo exa tamente como diagramado no InDesign. Em cada frame é possível verificar quais estão atribuídos para edição, por meio de um ícone que pode ser visto na parte superior esquerda. Uma visualiz ação mais confortável para quem está acostumado com interfaces que mostram ape nas o texto é o modo Story. Essa tela disponibiliza o texto com a indicação dos estilos utilizados. Ain da é possível utilizar o modo Galley, que mostra so mente os textos, mas com a separação das linhas que estão no frame diagramado. A troca de visua liz ação pode ser realiz ada a qualquer momento e não altera a diagramação. Alguns cuidados devem ser observados quan do se utiliza o InDesign e o InCopy nas edições colaborativas: ◆◆As caix as não podem ser alteradas no InCopy; só é permitida a edição de conteúdo. ◆◆Quand o se cria um arquivo pelo InCopy, ele só poderá ser editado no InDesign quando inserido como um documento de texto. As imagens serão incorporadas e os estilos carregados, mas a dia gramação deverá ser confeccionada no InDesign. ◆◆Quand o uma imagem está ancorada no texto diagramado no InDesign, aparecerá no InCopy o ícone que representa um objeto ancorado, den tro do texto, que poderá ser apagado por engano no momento da edição, necessitando uma aten ção cuidadosa do editor caso o texto precise ser apagado e a imagem não. ◆◆As fontes para se trabalhar no InCopy e no In Design devem ser OpenType, porque é comum que o InDesign esteja no Macintosh e o InCopy no PC . Dessa forma, se houver conflitos com as fontes, o texto irá recorrer, causando problemas de diagramação.
Por uma questão de desempenho e de gestão de processos, equipes maiores, com um grande nú mero de colaboradores e que lidam com materiais complexos, devem usar soluções integradas ao In Design e InCopy, tais como o K4 (Vjoon), Enterprise (Woodwing) ou Censhare (Censhare). Ana Cristina Pedrozo Oliveira é produtora gráfica da Fábrica de Ideias Comunicações e ministra treinamentos em instituições como Senai, ABTG, Dabra, Bytes & Types e GraphWork, além de prestar consultoria em empresas por todo o Brasil. TECNOLOGIA GRÁFICA
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NORMALIZAÇÃO
A nova parte da norma ISO 19005 ou, simplesmente,
Bruno Mortara
O
PDF/A-2
PDF/A , também conhecido como ISO 19005-1, foi o primeiro padrão ISO que
XMP Specif ication em conjunto com a norma ISO 19005-1 para criar tais aplicações. Com isso, o for
aborda a crescente necessidade de manter as informações armazenadas em documentos eletrônicos por longos períodos de tempo. O PDF/A é um derivado da especifica ção da indústria, o PDF, com restrições e algumas pequenas adições que tornam um PDF conf iável e adequado para armazenamento e leitura por lon gos períodos de tempo. O padrão PDF/A , publica do inicialmente em 2005, não trata de detalhes de implementação de acervos digitais, mas somente do formato dos arquivos do acervo. Portanto, o padrão não regulamenta: ◆◆Processos para gerar os arquivos PDF/A ◆◆Detalhes sobre como reproduzir os arquivos PDF/A ◆◆Métodos para armazenar arquivos PDF/A ◆◆Dep endências de hardware e software Uma das preocupações sentidas no mercado, no início de sua implantação, foi em relação aos di reitos de propriedade intelectual da Adobe sobre o formato PDF. Para solucionar problemas de direi tos autorais, a empresa doou a licença, livre de ro yalties, e algumas de suas patentes para o uso, a fim de que os usuários da norma pudessem criar apli cações que lessem, escrevessem ou processassem arquivos PDF/A livremente. Qualquer pessoa, em presa ou o governo pode usar o PDF Reference e o
mato fica totalmente desconectado de sua empre sa criadora. Além disso, em 2008, a ISO publicou a norma ISO 32000 , que é a especificação de PDF to talmente transferida pela Adobe para a ISO. Desse momento em diante, a ISO (e seus países-membros) é a responsável pelo presente e pelo futuro do PDF, dando origem a todas as normas derivadas dele: PDF/A , PDF/E , PDF/X e PDF/UA . Aplicações do PDF/A
Além de bibliotecas, museus, universidades e go vernos, as empresas também estão se interessan do pelos arquivos no formato PDF/A , uma vez que ele garante o acesso aos arquivos independente mente de plataforma, sistema operacional ou mí dia. É importante observar que esses problemas, sob responsabilidade do pessoal de tecnologia da informação (TI), não dizem respeito ao formato e sua norma correlata. No Brasil há uma diretiva da Presidência da República, conhecida como e-Ping ou Governo Eletrônico, que estabelece as políticas de informatização do Estado e sua relação entre os poderes e a sociedade civil. A partir do e-Ping 2.0, o PDF/A aparece como formato recomendado para documentos em fase final de vida, que não deverão sofrer modificações. Nos Estados Unidos, sem contar as inúmeras bi bliotecas e instituições governamentais e privadas (notadamente a Biblioteca do Congresso, com seu peso de formadora de opinião), o PDF/A também chegou aos tribunais. Uma norma exigindo que as súmulas sejam entregues neste formato está pres tes a ser implementada nos tribunais federais da quele país. Embora ainda não seja necessário, é reco mendado que as partes interessadas usem o PDF/A ao arquivar documentos através dos sistemas Case Management e Case Files (CM/ECF). O formato PDF/A-2
Trecho do e-Ping, no qual o PDF/A ocupa posição preferencial como formato de arquivo para armazenamento de longo prazo.
22 TECNOLOGIA GRÁFICA
Em novembro de 2010, o comitê responsável da ISO se reuniu em Ottawa, no Canadá, e ratificou a
parte 2 da norma ISO 19005 (PDF/A-2). As diferen ças entre as partes 1 e 2 podem ser resumidas da seguinte maneira: 1) ISO 32000. Enquanto o PDF/A-1 é bas eado na versão 1.4 do PDF, o PDF/A-2 tira proveito de recur sos que só ficaram disponíveis em versões posterio res, até a versão 1.7. O PDF/A-2 já não é baseado em uma especificação publicada pela Adobe, mas sim na norma internacional ISO 32000-1: 2008. 2) Uso de transparências. O PDF/A-1 proibia trans parências devido à imaturidade dessa tecnolo gia quando a norma foi escrita. Já no PDF/A-2 seu uso é permitido, sem comprometer a capacidade de arquivamento. 3) Fontes OpenType. No quesito fontes há a no vidade do suporte ao formato de fontes Open Type, que corresponde à norma ISO/IEC 14496-22 . A norma PDF/A-2 permite que essas fontes sejam incorporadas diretamente, sem precisar convertê- las previamente em fontes tipo PostScript Type 1 ou TrueType. 4) Suporte a JPEG2000. O suporte ao JPEG2000 , compressão avançada de imagens, é especialmen te útil para documentos digitalizados. Este se baseia
na capacidade que a norma ISO 32000-1:2008 tem de aceitar objetos raster tipo JPEG2000 em seu interior e, portanto, também funciona no PDF/A-2. 5) Suporte a portfólios. Portfólios são coleções de arquivos em um único PDF, normalmente feitas pelo Acrobat. Os elementos internos dessa coleção podem ser arquivos PDF, de imagem, do MS Office, filmes ou flash. O sistema de coleção permite que um único PDF seja utilizado como portfólio, auxi liando na navegação em um conjunto de arquivos, eventualmente com assinatura digital. 6) Suporte a Optional Content. A norma PDF/A-2 suporta conteúdo opcional (ou camada). O con teúdo opcional proporciona um método de agru pamento de conteúdos para exibição e impressão, de utilidade para desenhos técnicos e documen tos internacionais ou pedagógicos. Seu uso, já cor rente no mercado, acontece em embalagens de produtos distribuídos globalmente. 7) Novo nível de conformidade: PDF/A-2u. A le tra U significa Unicode. Um novo nível de confor midade PDF/A-2u é uma versão enxuta do nível de conformidade A. O PDF/A-2u oferece as vantagens do Unicode quanto à pesquisa e cópia de textos
BLISTER A BASE DE ÁGUA CAPAZ DE GUARDAR OBJETOS PRECIOSOS! BLISTER L’AQUA, apresenta grande poder de selagem para bolhas em PVC e PET APLICAÇÃO: Pode ser utilizado nos sistemas: in line, off line, calandra e serigrafia. Não hesite, havendo interesse em conhecer este produto, entre em contato conosco.
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Tabela do e-Ping 4.0, na qual o PDF/A é recomendado.
sem os requisitos de estrutura lógica do nível de conformidade A. 8) Suporte a anotações. No PDF/A-2 o suporte para anotações foi revisado. Alguns tipos de anotação ain da estão proibidos, enquanto outros (por exemplo, anotações de edição de texto) são permitidos. 9) Assinatura digital PadES. O PDF/A permite assi naturas eletrônicas de modo a facilitar a autentica ção dos documentos. A norma garante a interope rabilidade, incluindo provisões para a norma ETSI/ PadES (PDF advanced electronic signatures), sob a especificação técnica TS 102778. A nova parte da norma 19005 não substitui o PDF/A-1 nem o torna obsoleto. Ela permite novas funcionalidades ao formato. Quem já o adota tem de saber que a segunda parte da norma não é uma evolução, e sim uma maneira de prover facilidades para que documentos específicos a certos segmen tos do mercado sejam arquivados com sucesso por longos períodos de tempo. Não há nenhuma ne cessidade de se converter ou atualiz ar arquivos ou acervos que já existam em PDF/A-1 para PDF/A-2 . 24 TECNOLOGIA GRÁFICA
É importante observar que todo arquivo PDF/A-1 é um arquivo PDF/A-2 válido. O PDF/A e a indústria gráfica
Uma vez que se observa globalmente um consenso em elevar a categorização da indústria gráfica tra dicional de uma indústria que adiciona códigos ou marcas em substratos físicos para uma indústria de comunicação na qual os substratos podem ser físi cos ou eletrônicos, fica claro que todo acervo digi tal de documentos interessa. Em um acervo, os do cumentos são depositados, catalogados, indexados e, eventualmente, procurados e impressos. Essa li gação com um formato de acervo muito similar ao PDF/X (da indústria gráfica) é uma maneira de prover novos serviços e estar sempre pronto para fornecer a boa e velha impressão sobre substrato. Bruno Mortara é superintendente do ONS27,
coordenador da Comissão de Estudo de Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.
2º Prêmio ABIGRAF de Responsabilidade Socioambiental
As inscrições começaram e junto com elas o reconhecimento de quem faz um mundo melhor. As inscrições para o prêmio socioambiental já estão abertas. Inscreva-se. Para estimular, cada vez mais, as práticas conscientes para o meio ambiente e a sociedade, a ABIGRAF está realizando a 2º edição do Prêmio Socioambiental. Em 2009 o prêmio foi um sucesso com a participação de gráficas de diversas regiões do país. Não perca as datas em 2011 e mostre seu “case” para o mercado.
INSCRIÇÕES ABERTAS CATEGORIAS
INSCRIÇÕES
O Prêmio ABIGRAF DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL tem duas categorias:
De 17 de janeiro a 18 de abril de 2011
A – Responsabilidade Social B – Responsabilidade Ambiental PREMIAÇÃO As gráficas vencedoras nas duas categorias receberão os seguintes troféus: A – Responsabilidade Social – “Troféu Abigraf de Responsabilidade Social Hasso Weiszflog” B – Responsabilidade Ambiental – “Troféu de Responsabilidade Ambiental Orlando Villas Bôas”
JULGAMENTO De 25 de abril a 27 de maio de 2011 CERIMÔNIA DE ENTREGA Dia 07 de junho de 2011 REGULAMENTO E FICHA DE INSCRIÇÃO Estão à disposição no site www.premiosocioambiental.org.br
SERIGRAFIA
Vivian de Oliveira Preto
Adaptação de materiais para crianças cegas através da serigrafia
A
literatura tem discutido o papel das artes gráficas como instrumen to mediador para aquisição de con ceitos e evolução cognitiva das pes soas. Porém, existe um grupo de indivíduos que não tem acesso fácil a toda uma gama de materiais impressos, como os def icien tes visuais, que encontram enormes dificuldades de encontrar no mercado impressos adaptados a suas necessidades. Hoje, a produção de material em braille no Brasil se restringe a ONGs que prestam serviços à comu nidade e ao Estado. A demanda é muito grande, e, muitas vezes, os alunos, os professores e os pais fi cam sem alternativas viáveis para adquirir impressos adaptados para que crianças com def iciência visual consigam acompanhar as atividades escolares. Há muitos pesquisadores no Brasil buscando alternativas para tornar o ensino mais acessível ao aluno cego. Vale destacar a pesquisa de José Oscar Fontanini Carvalho, que estudou formas de adaptar o ensino superior a distância para pessoas cegas, e o BR Braille, criado por Cláudia Maria Caixeta Bezer ra em sua tese de doutorado, que procura adaptar caracteres alfanuméricos para o português.
26 TECNOLOGIA GRÁFICA
Esses estudos, que tentaram viabilizar a inclusão do def iciente visual na sociedade, foram alternati vas elaboradas para que professores e pais pudes sem preparar materiais adaptados com a ajuda de prof issionais, levando em consideração os critérios essenciais para a eficiência e a funcionalidade do re curso. Tais critérios se referiam principalmente ao desenvolvimento da percepção tátil e à relevância inerente à adaptação e adequação dos objetos. A adequação e adaptação de materiais impressos pode se tornar um nicho de mercado para designers e gráficas. Geralmente, essas adaptações são feitas por prof issionais da área de educação e saúde, que, com muita imaginação e poucos recursos, tentam preencher essa necessidade. Se nós, gráficos, traba lhássemos em conjunto com essas pessoas, teríamos grandes chances de assegurar aos cegos oportuni dades de aprendizado mais significativas. O design gráfico e a indústria gráfica podem trazer muitas soluções inovadoras para esse públi co. Este artigo discorrerá sobre testes de impressão em serigrafia feitos para uma pesquisa de mestra do que teve como objetivo adaptar graficamente obras de literatura infantil para alunos portadores de def iciência visual.
Serigrafia
Para a pesquisa de mestrado foram selecionados três livros infantis a serem adaptados para as crian ças cegas. A ideia era que o livro pudesse ser lido tanto por crianças cegas quanto pelas que enxer gam, já que os def icientes visuais estão inseridos no ensino público. Como a tiragem era pequena, op tou-se pelo processo de impressão digital para as informações em tinta. Para a impressão dos dados em braille e das ilustrações em alto-relevo, foram pesquisados sistemas de impressão que obtivessem impressos com as seguintes características: ◆◆Impressão em alto-relevo ◆◆Possibilidade de aplicação de texturas diferencia das nas ilustrações ◆◆Viabilidade técnica. O preço unitário do proces so não pode ultrapassar o custo unitário do livro adaptado com as técnicas vigentes no mercado. Existem diversos tipos de processos de impres são dentro da área gráfica; contudo, o único que poderia atender aos critérios acima identificados é a serigrafia. Segundo Lorenzo Baer, esse processo produtivo possibilita a impressão em uma grande variedade de substratos devido à flexibilidade de suas matrizes e insumos. Esse processo de impressão também é utiliza do na indústria de eletroeletrônicos (impressão de placas de computador), na indústria automobilísti ca (impressão dos painéis dos carros), na indústria de cerâmica (reprodução de azulejos), na indústria alimentícia (bolachas com desenhos) e na indústria têxtil (impressão de bonés, camisetas etc). Na impressão de camisetas existe uma grande variedade de tintas e vernizes especiais. Uma das mais utilizadas é a tinta PUF, que, através do calor, tende a adquirir alto-relevo. A serigrafia já foi utilizada para a impressão de mapas táteis. Luciana Cristina de Almeida pesqui sou a respeito do uso de tinta PUF com aquecimen to térmico como alternativa para a adaptação de mapas utilizados nas aulas de geograf ia. Testes de impressão do livro
Após o fechamento do arquivo do livro foram gera dos fotolitos para a impressão dos dados em braille e em alto-relevo na serigrafia. Entrou-se em conta to com o fabricante da tinta PUF para que ele infor masse se havia pesquisas sobre a impressão desse tipo de tinta em papéis, ou se ele conhecia algum
Sinais em Braille
Acentuação e pontuação
Teclas de atalho
⠷
á
( shift + 9 )
⠾
ú
( shift + 0 )
⠪
õ
( shift + [ )
⠫
à
( shift + 4 )
⠿
é
(+)
⠣
ê
( shift + < )
⠜
ã
( shift + > )
⠹
ô
( shift + ? )
⠌
í
(?)
⠡
â
( shift + 8 )
⠬
ó
( shift + + )
⠅
sinal de letra maiúscula
(>)
⠼
sinal para número
( shift + 3 )
⠐
vírgula
( shift + ' )
⠐
vírgula
( shift + ’ )
⠯
ç
( shift + 7 )
⠠
ponto final
(,)
⠢
interrogação
(5)
⠦
aspas
(8)
⠒
dois pontos
(3)
⠖
dois pontos
(6)
Tabela de teclas de atalho para sinais especiais em braille.
cliente que tivesse realizado esse teste. O fabrican te não conhecia nenhuma pesquisa ou gráfica que tivesse feito esse tipo de trabalho em alta escala e sugeriu que se desenvolvesse um teste em três tipos de telas serigráficas: 77 fios, 44 fios e 34 fios. Os testes foram realiz ados com as três telas: a de 77 fios passou pouca tinta para o papel e o re levo não alcançou uma altura aceitável; a de 34 fios passou muita tinta para o papel e os pontos perde ram definição; a de 44 fios apresentou visualmente o melhor resultado e foi escolhida para o projeto. Quanto menor a quantidade de fios na tela, maior é a quantidade de tinta que ela passa para o papel. No caso do livro era necessária uma grande quan tidade de tinta para conseguir o relevo e, ao mes mo tempo, uma boa definição do ponto em braille, para não confundir o aluno. A tinta foi impressa nos papéis couché 120 g, offset reciclado 120 g, offset 120 g, papel para impressão digital revestido 120 g e cartão 220 g. As tintas não ancoraram nos papéis couché e papel digital revestido, mas apresentaram TECNOLOGIA GRÁFICA
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bons resultados no reciclado, offset e cartão. Para uma maior economia na produção do livro, foi selecionado o papel offset 120 g. Após os testes com os papéis, foram feitas im pressões em braille com a tinta PUF por cima da im pressão digital, pois o intuito era que o livro fosse lido tanto por crianças cegas quanto pelas que en xergam. Depois da impressão, a tinta PUF foi seca da com um soprador térmico para que surgisse o relevo. Durante a secagem, o resultado não foi po sitivo. A impressão digital fechou os poros dos pa péis, fazendo com que a tinta não ancorasse sobre a superfície impressa. Durante o aquecimento, os pontos em braille não resistiram e se espalharam com o vento do secador. Foi necessário refazer o layout do livro de modo que a impressão em PUF não ficasse sobre a impressão digital. Foram feitos testes de altura do ponto e das imagens adaptadas: ◆◆Página 1 – três passadas de tinta PUF ◆◆Página 2 – quatro passadas de tinta PUF ◆◆Página 3 – cinco passadas de tinta PUF ◆◆Página 4 – seis passadas de tinta PUF Após impressos os testes, levou-se todo o ma terial para uma especialista em def iciência visual e para uma criança participante da pesquisa. O ob jetivo era a conferência do texto em braille e da le gibilidade das figuras. A esp ecialist a apontou os seguintes problemas: ◆◆Os textos não continham acentos ◆◆Os pontos de interrogação e exclamação esta vam errados ◆◆Havia alguns erros de digitação ◆◆As páginas precisavam ser numeradas para faci litar a leitura ◆◆A melhor altura de ponto era da página 4, com seis passadas de tinta PUF ◆◆O ponto estava muito pequeno e poderia dificul tar a leitura para algumas pessoas O problema de acentuação ocorreu porque as fontes em braille da internet foram desenvolvidas por pessoas fluentes na língua inglesa, na qual não há diacríticos, como acentos, cedilha e til. Quando o texto em português foi transformado para brail le, a fonte trocou essas informações pelo ponto três da cela braille. Todos os arquivos foram diagramados na pla taforma Macintosh. Esse tipo de computador tem o sistema operacional em inglês, que exige, para 28 TECNOLOGIA GRÁFICA
se fazer a acentuação de qualquer texto em por tuguês, o uso de teclas de atalho. Foi empregado, então, esse raciocínio para encontrar os sinais de acentuação do braille e foram testadas diversas op ções de teclas de atalho para a obtenção dos sinais que estavam faltando em português. Elaborou-se a tabela da página anterior para a conversão de teclas de atalho em sinais especiais da fonte em braille. Todo texto em português foi convertido nova mente para o braille. A cada acento, cedilha e sinal de pontuação foi necessária a utilização de teclas de atalho. Após a correção ortográfica, inseriramse os números no canto superior direito de cada página, conforme orientação da especialista. Alguns autores, a exemplo de Ruth Teixeira, afir mam que o tamanho do ponto em braille pode va riar de 0,2 cm a 1,2 cm de diâmetro. Se ultrapassar este limite, o ponto pode ser confundido com uma área ou figura. Outros estudiosos, como Margaret Harris e O’Connor L. Barlow, citaram que o tama nho da cela braille deve ser igual ao da unidade perceptiva dos dedos. Com essas informações em mente, selecionouse todo o texto em braille no software InDesign e a fonte que antes tinha tamanho de 20 pontos foi aumentada para 24 pontos. A pesquisadora reali zou uma impressão digital e colocou a folha impres sa contra o vidro, apoiando seu próprio dedo em cima da cela braille, procedimento repetido por ou tros cinco voluntários. A cela ainda estava pequena. Para contornar a situação, utilizou-se um contorno de 0,5 ponto. Foi feita mais uma impressão e mais um teste com a pesquisadora e os voluntários, atra vés do vidro. A cela estava no tamanho ideal para a unidade perceptiva dos dedos. O livro corrigido foi impresso em equipamento digital e levado à especialista para uma nova corre ção. Dessa vez, Ruth Teixeira considerou que a or tografia estava correta. A partir daí foram impres sos mais alguns testes do braille com as correções de tamanho dos pontos: ◆◆Página 1 — três passadas de tinta PUF ◆◆Página 2 – quatro passadas de tinta PUF ◆◆Página 3 — cinco passadas de tinta PUF ◆◆Página 4 – seis passadas de tinta PUF Tanto a especialista quanto a criança escolhe ram o teste da página com três passadas de tinta como o ideal para a adaptação do livro.
O desafio de novas soluções
O braille no Brasil é reproduzido através de fluxos de trabalho complexos e caros. As máquinas para produção em alta escala não permitem a impres são de outros tipos de materiais que não seja em braille. Dessa forma, gráficas comerciais ficam fora desse nicho de mercado, limitando a reprodução e difusão de materiais adaptados. A indústria gráfica teve uma evolução muito grande nestas últimas décadas, o que possibilita a reprodução de impressos com características es peciais e inovadoras, porém toda essa tecnologia não foi refletida nos segmentos de impressos para pessoas com def iciência visual. Em pleno século XXI , com todas as inovações que ocorreram no setor gráfico, é inadmissível que esse ciclo se perpetue. Cabe às instituições que pro movem a pesquisa estudar estratégias, sistemas de
impressão e pré-impressão que possam substituir os equipamentos e softwares específicos para a produção em braille e, dessa forma, promover no Brasil uma maior difusão de impressos adaptados aos def icientes visuais. A serigrafia é apenas uma das muitas soluções que pode atender essa demanda de mercado. Ela pode ser utilizada com sucesso para a reprodução do braille e as gráficas especializ adas nesse proces so são muito difundidas no País, o que dá liberda de às escolas, mães e alunos para encomendarem seus materiais a esses prof issionais.
Vivian de Oliveira Preto é formada em Tecnologia de Produção Gráfica pela Faculdade Senai e mestre em Educação pela Unesp. Atualmente, é coordenadora de Formação Inicial e Continuada na Escola Senai Theobaldo De Nigris.
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preparação de telas serigráficas por meio da aplicação direta de emulsões oferece qualidade na impressão, resistência mecânica, resistência a solventes e água e boa relação custo-benefício. Usar essas qualidades de forma lucrativa requer um entendimento básico de como revestir uma tela antes da exposição, passos que são a garantia do sucesso. Limpar a tela
A recuperação e o desengorduramento apropriados são sempre os primeiros passos do processo de revestir uma tela com emulsão. Qualquer resíduo deixado na tela é um contaminante, incluindo o próprio desengordurante. A presença de contaminantes entre o tecido e a emulsão aumenta as chances de a camada se romper quando o
rodo pressionar a tela durante a impressão. É interessante verificar novamente que áreas não receberam cobertura adequadamente antes de imprimir. Isso porque uma das etapas mais propensas à contaminação da tela é o desengorduramento. Usando um jato de alta pressão, a água que bate nas paredes da cabine costuma ricochetear e bater de volta na tela. Se a cabine de lavagem e de desengorduramento for a mesma, resí duos que foram removidos podem acabar sendo jogados na tela novamente. Para evitar que isso aconteça deve-se usar um desengordurante de qualidade, com efei to de espuma. O enxague precisa ser feito com muita água e pouca pressão, com uma mangueira de jardim sem bico, por exemplo. A tela deve ser enxaguada até que não apresente bolhas e a água corra através do tecido sem apresentar lacunas. Se isso não
Medição de rugosidade
Uma sonda segue os contornos da superfície, lendo as diferenças na altura
30 TECNOLOGIA GRÁFICA
ocorrer, é necessário desengordurar novamente. Caso o problema persista será preciso utilizar a combinação de um removedor seguro, mas eficaz, e um limpador de tela antes de desengordurar novamente, para remover resíduos de impressão que ainda estejam na tela. Resíduos que ficam retidos em molduras também podem contaminar o tecido. Isto é mais comum quando as telas são colocadas de pé para secar. A água e outros produtos químicos escorrem pelos fios e secam na tela, impedindo que a emulsão fixe corretamente. Por essa razão, deve-se sempre esfregar bem a tela e guardá-la paralela ao chão para secagem após o desengorduramento. Não aplicar abrasivo
Usar abrasivos no tecido só é necessário quando se usa filme capilar. Há duas razões
Definição do valor Rz
principais para não fazer uso desses mate riais. A primeira é que isso diminui a vida útil da tela, uma vez que reduz efetivamente o diâmetro do fio. A segunda é que a efi ciência da transferência de tinta também é prejudicada. Como a superfície do fio é efetivamente maior, a tinta adere à trama pelas mesmas razões que o filme capilar adere melhor. Isso significa que uma menor quantidade de tinta disponível no tecido será transferida para o substrato. Hoje, só há um motivo válido para utilizar filme capilar: telas pequenas podem ser feitas rapidamente. Todos os outros argumentos a esse resp eito não se sustentam quando se compara a qualidade desse método com o de aplicação direta de emulsão feita corretamente.
posição, bem como às características químicas da emulsão. Vamos falar sobre como o revestimento afeta essas funções.
Uma matriz deve cumprir as seguintes tarefas:
B) Criar vedação (Rz). A popularidade dos filmes capilares se deve, parcialmente, à obtenção de uma boa vedação. O estudo do valor Rz (medida de rugosidade de uma superfície) e de como conseguir o controle desse valor para diferentes substratos popularizou o uso da aplicação direta de emulsão para impressões de alta qualidade. Basicamente, quanto menor o número, mais lisa é a superfície e, portanto, melhores são o substrato e a matriz. A técnica de revestimento permite que um usuário de aplicação direta de emulsão ajuste o Rz do seu revestimento para qualquer substrato específico. Isso é necessário para alcançar uma impressão de qualidade em todos os substratos e não é uma opção para filmes capilares.
A) Duplicar a imagem do filme. Essa função é definida por: ◆◆Definição de borda ◆◆Penetração na trama ◆◆Resolução Essas qualidades variam drasticamente para qualquer emulsão devido a vários fatores relacionados ao revestimento e à ex-
C) Emulsion over mesh (EOM, emulsão sobre malha). Sabemos que não é possível fazer a tinta passar através do fio. Ter uma quantidade de emulsão sobre a tela é um fator crítico na impressão de detalhes delicados e para evitar o efeito serrilhado. A expressão “detalhes finos” pode ser entendida como qualquer imagem cujos me-
Parâmetros para a matriz
nores detalhes têm a largura de dois fios e duas aberturas da malha, em qualquer tecido. Isso pode ser verificado colocando o grafismo no tecido e olhando através de um microscópio com aumento mínimo de 30 vezes. Se os menores pontos ou linhas não são muito maiores do que duas linhas e duas aberturas de malha, eles podem ser considerados detalhes finos. Quando não há emulsão suf iciente sobre a malha, os fios podem criar uma obstrução, da mesma forma como a matriz o faz. Na impressão de meios-tons, isso resulta em perda de ponto, já que os principais pontos são cortados pelo fio. Em qualquer impressão é necessário manter a EOM correta para conseguir a qualidade adequada. Vamos tomar como exemplo a impressão de tinta branca opaca sobre acrílico preto. O impressor escolhe uma tela de 156 T para alcançar a espessura adequada de tinta úmida. Mas, quando o trabalho é impresso, o resultado final apresenta efeito “serrilhado”. Se a EOM for muito baixa, os fios não serão impedidos de tocar o substrato durante a impressão. Os fios bloqueiam o fluxo de tinta com um padrão muito regular que reconhecemos como serrilhado. Neste exemplo, também é provável que a tela tenha sofrido com um valor muito
Camada de tinta abaixo de 10 % E/MR
Camada de tinta a 10 % E/MR
Marcas da malha na tinta = Perda de ponto
Sem marcas da malha = Sem perda de ponto = Melhores pontos de destaque
TECNOLOGIA GRÁFICA
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alto de Rz. Tanto o Rz elevado quanto a EOM baixa são resultados de técnicas inadequadas de revestimento. A vedação ine ficiente do Rz permite que a tinta vaze para as partes baixas da matriz, gerando ganho de ponto. O serrilhado causado pela baixa EOM resulta em perda de ponto. O impressor não teria como produzir um grafismo com uma borda lisa. Essas interações são comuns. Técnicas adequadas de revestimento permitem ajustar os parâmetros para obter sempre matrizes perfeitas. Revestimento úmido sobre úmido
O processo de criação de uma base de emulsão na tela costuma ser chamado de revestimento úmido sobre úmido. Cada aplicação sucessiva deposita uma camada de emulsão sobre outra camada que ainda está úmida. Vamos ver as características que regulam esse processo. Primeira regra: Revestimento úmido sobre úmido acumula emulsão do lado da tela oposto à calha. Para a maioria dos valores de fios por centímetro, o revestimento úmido sobre úmido deve ser feito com um aplicador arredondado. Deve-se sempre iniciar o revestimento no lado de impressão da tela e aplicar tantas camadas quanto forem necessárias para
fazer com que a emulsão fique visivelmente brilhante no lado interno. O objetivo é empurrar para fora todas as bolhas de ar que podem ficar presas nas aberturas do tecido. Esse ar na tela pode causar defeitos na impressão, ou pequenos furos na prensa. Segunda regra: Uma tela mais fina exige mais revestimento do que telas mais largas. O brilho no lado interno da tela é um bom indicador de que se chegou à EOM mínima absoluta. O tecido regula o fluxo de emulsão da mesma forma que regula a quantidade de tinta que vai para o substrato. À medida que o percentual de áreas abertas em um tecido diminui, o fluxo de emulsão também fica menor. Por exemplo, um tecido de 390 fios por polegada com fio de 33 mícrons pode precisar de três demãos no lado de impressão, seguidas de duas demãos no lado interno para construir uma EOM de cinco mícrons. Um tecido de 390 fios por polegada com fios de 27 mícrons pode chegar a nove mícrons de EOM com uma impressão de cada lado. Com o mesmo número de fios, um tecido com fio de 27 mícrons tem muito mais área aberta e menos resistência ao fluxo, uma vez que a emulsão não tem de pressionar tanto o fio. O aparecimento do brilho no lado interno mostra onde a emulsão encheu a
Técnica wet-to-wet
Use um aplicador com borda redonda para revestimento básico wet-to-wet para construir uma camada de emulsão mais rapidamente
tela prim eiro. Cada puxada com o aplicador a partir desse ponto ajuda a cons truir a EOM . Essa mudança na espessura é bastante previsível. Para continuar construindo a EOM basta virar a tela e começar o revestimento no lado interno. Cada puxada com o aplicador vai cont inuar a const ruir a espessura da emulsão úmida sobre a malha. Naturalmente, a quantidade de puxadas depende de vários fatores e um deles é o formato do aplicador. Secagem da camada de base
A tela com a camada de base é colocada para secar com o lado de impressão para baixo. Isso permite que a gravidade puxe a emulsão para o lado de impressão, o que não só constrói EOM , mas também baixa os valores de Rz. Formato da calha
A forma da borda da calha de revestimento tem grande inf luência sobre a quantidade de emulsão que é depositada a cada puxada do aplicador. Com os revestimentos úmido sobre úmido é necessário usar uma borda redonda (cerca de 3,2 mm ou 1/8 de polegada de diâmetro) para in fluenciar bastante a construção da EOM . Na verdade, um aplicador afiado vai deixar
Efeitos do superficial
O revestimento superficial preenche os “vales” e mantém os “topos”, criando uma matriz mais suave com pouco aumento na espessura da camada
32 TECNOLOGIA GRÁFICA
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pouc a ou nenhuma EOM com muit as puxadas do aplicador. Revestimentos normalmente obtidos com aplicador de borda redonda em úmido sobre úmido: 2+1: 4 mícrons 2+2: 12 mícrons 2+3: 19 mícrons 2+4: 24 mícrons Revestimentos normalmente obtidos com um aplicador afiado em úmido sobre úmido: 2+1: 3 mícrons 2+2: 4 mícrons 2+3: 5 mícrons 2+4: 6 mícrons Terceira regra: O design da calha determina parcialmente os resultados. Se a força usada para empurrar emulsão através da tela varia, os resultados também variam. Em telas grandes, deve-se encher o aplicador cada vez que se começa a revestir uma nova tela para manter constante a espessura da camada. Matriz fina para detalhes
Todas as matrizes devem ter alguma EOM para uma impressão adequada. Mas uma matriz pode também ser grossa demais. Para tintas de impressão, a espessura da matriz
deve ser de no máximo 20% da espessura do tecido. Se a tela é revestida com a técnica úmido sobre úmido, isso vai produzir uma matriz com um valor de Rz razoável. Para impressão de detalhes, a EOM não deve exceder 10% da espessura do tecido. Se a matriz se torna mais espessa, a transferência de tinta fica difícil. Para imprimir bem na maior ia dos substratos, a matriz também deve ter um valor de Rz baixo (cerca de seis mícrons). Considerar o Rz durante o revestimento
O revestimento úmido sobre úmido também tem a vantagem de diminuir o Rz enquanto constrói EOM . Infelizmente, impressores que usam apenas o revestimento úmido sobre úmido podem acabar com uma matriz grossa demais antes de chegarem a um valor aceitável de Rz. Quarta regra: Manter um revestimento fino com baixo Rz para mais e melhores detalhes. Revestimento superficial
O revestimento superf icial é aplicado com o objetivo de nivelar a tela, o que reduz o valor de Rz. Quando esse revestimento é feito com um aplicador afiado, há a vantagem de reduzir o Rz com poucas alterações na espessura da matriz (normalmente, menos de
Revestimento superficial
um mícron por camada). Esse revestimento é feito no lado de impressão da tela. Isso acontece porque a emulsão não fica sobre os pontos altos (juntas no tecido), acumulando-se apenas nos pontos baixos. Combinando o revestimento úmido sobre úmido e o revestimento superf icial no lado de impressão da tela, o impressor tem a oportunidade de ajustar a matriz para qualquer tipo de substrato e de impressão. Quinta regra: Usar uma combinação de técnicas de revestimento úmido sobre úmido e revestimento superf icial para conseguir uma matriz fina com baixo Rz. Aplicar com consistência
É melhor planejar o espaço onde as telas serão revestidas de forma que a equipe possa fazer um revestimento consistente. É importante que a tela esteja no mesmo ângulo cada vez que receber uma camada. Ter um “posto de revestimento” é de grande ajuda. Todas as camadas devem ser aplicadas com a mesma velocidade. A aceleração in fluencia a quantidade de emulsão aplicada na tela. Deve-se manter o mesmo ângulo com o aplicador. Alterações no ângulo também mudam a quantidade de emulsão que passa através da tela. Idealmente, uma máquina de revestimento automática deve ser usada para conseguir uma cobertura constante de tela para tela. Sexta regra: Secar a tela com o lado de impressão para baixo. Conclusão
Revestimentos úmido sobre úmido funcio nam para a maioria das aplicações. Saber quando e como usar uma combinação de revestimento úmido sobre úmido e super ficial pode ser definitivo para conseguir a melhor matriz possível. Seguindo esses passos simples é possível construir matrizes de qualidade consistente. Use um aplicador com borda afiada
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ENTREVISTA Tânia Galluzzi
Acordo entre manroland e Océ prevê desenvolvimento técnico em longo prazo
N
o final de dezembro, a manroland, fornece dora de sistemas de im pressão offset, e a Océ, fabricante de impressoras digitais, anunciaram uma aliança de coo peração global na área de soluções de impressão digital baseadas em jato de tinta para a indústria gráfi ca. A parceria, que entrou em vigor em 1º‒ de janeiro, permite à man roland, tradicional no desenvolvi mento e fabricação de tecnolo gias offset de alta produtividade, entrar no mercado de impressão digital. Já a Océ, esp ecialist a em integração de sistemas, gestão de fluxo de trabalho e impressão de dados variáveis, terá agora acesso a clientes de novos segmentos, am pliando as oportunidades de ne gócios no mercado de artes gráfi cas. Na entrevista a seguir, Franz von Fürstenberg, diretor executi vo da filial brasileira da manroland, detalha essa parceria.
O que levou a manroland a escolher a Océ como parceira? Franz von Fürstenberg – Com relação ao conhecimento técnico, bem como à pene tração no mercado, Océ e manroland re presentam uma excelente combinação: a manroland é um dos principais fabricantes mundiais de sistemas offset e líder em off set rotativa para jornal e no segmento de alta qualidade para impressão comercial. A Océ, por outro lado, desenvolve e fabri ca sistemas de alto desempenho em im pressão digital, tem as competências fun damentais em gerenciamento de cores, na geração e conversão de dados para impres são digital, bem como na automaç ão da produção, além da liderança mundial em vendas de sistema de impressão digital de alimentação contínua.
Franz von Fürstenberg
Por que a Océ decidiu ter a manroland como parceira? FF – A Océ decidiu em favor da manroland por ela ser a segunda maior fabricante de sistemas de impressão offset e líder global no mercado de impressão offset rotativa. A manroland permite à Océ uma cober tura de mercado significativamente maior junto à indústria gráfica. O que esse acordo envolve? FF – O acordo trata de marketing, vendas e serviços referentes à tecnologia de impressão jato de tinta para sistemas industriais, inclu sive abrangendo todas as etapas de fabrica ção. A partir de agora, a Océ e a manroland, conjuntamente, passam a oferecer aos clien tes de artes gráficas soluções completas de impressão digital, que incluem serviços de consultoria e assistência técnica.
36 TECNOLOGIA GRÁFICA
A impressão digital será uma divisão dentro da manroland? Como funcionará essa estrutura? FF – As atividades estão concentradas na unidade de negócios de Impressoras Co merciais Rotativas. Para o desenvolvimen to gradual e expansão das atividades, bem como a geração de know-how interno, um centro de especializ ação em impressão di gital está sendo organizado em Augsburgo, na Alemanha. Na Océ, essa atividade está incluída na Unidade de Negócios Estraté gicos de Impressão. Em q uais países o acordo é válido? FF – A manroland está autoriz ada a distri buir os sistemas de impressão digital em todo o mundo para os clientes da indústria gráfica, em parceria com a Océ. Qual é o potencial desse mercado? FF – A demanda por sistemas de impressão digital é impulsionada principalmente pelo aumento da personalização de produtos impressos, mas também pela tendência de produção just-in-time. A evolução tecnoló gica e a melhora na qualidade de impressão e na velocidade dos sistemas, com redução simultânea dos custos, são fatores que tam bém estão alavancando a demanda. A im pressão digital já tem uma participação de mercado de 15%, com volume de impressão cada vez maior. Inúmeras gráficas em todo o mundo já investiram em impressão digi tal. O volume movimentado por produtos impressos em sistemas jato de tinta deve subir de US$ 28,375 milhões, em 2010, para US$ 43 milhões em 2014, o que represen ta um crescimento de mais de 10% ao ano, segundo estudos da Pira International. uais os concorrentes da manroland e da Q Océ no mercado de impressão digital? FF – Além dos fabricantes tradicionais de impressoras, que também estão em busca de soluções similares, fabricantes de impres soras digitais e de acabamento estão cada
vez mais alinhados com a produção em im pressão digital para a indústria gráfica. Com a combinação de nossas habilidades, a man roland e a Océ podem apresentar uma pro posta única: somos o primeiro participan te do mercado que pode oferecer soluções completas em impressão digital. Que efeitos terá essa parceria nas diver sas fábricas da manroland? FF – A manroland criará um centro de es pecializ ação de impressão digital na fábri ca de Augsburgo, na Alemanha.
A partir de agora, a Océ e a manroland, conjuntamente, passam a oferecer aos clientes de artes gráficas soluções completas de impressão digital, que incluem serviços de consultoria e assistência técnica. E na Océ? FF – As áreas de vendas e consultoria da Océ, bem como serviços, vão trabalhar junto com as áreas de mercado da manroland. Quanto será investido nessa parceria? FF – Não há investimento direto associado a esse acordo. Esperamos resultados finan ceiros positivos a partir de 2012. Quem são os responsáveis por esse pro jeto na manroland e na Océ? FF – Robert Weiss, que comanda as áreas de tecnologia e desenvolvimento de negó cios, será responsável pela gestão de proje to na manroland. Na Océ será Steffen Doe gel, que coordena a unidade de negócios estratégicos.
A parceria irá se limitar à área de ven das ou poderá se expandir para o desen volvimento técnico? FF – Com relação à manroland, além das vendas, a colaboração inclui o desenvolvi mento e integração de componentes, como sistemas de acabamento para dobra e aplica ção de verniz, criando valor para os clientes da indústria gráfica. Quanto à Océ, a coope ração possibilitará que a empresa aumente sua cobertura de mercado na indústria grá fica. O desenvolvimento técnico não pode ser excluído em longo prazo, uma vez que dessa forma a Océ será ainda mais capaz de responder às necessidades dos clientes. A Océ venderá impressoras manroland? FF – A manroland irá fornecer componen tes individuais à Océ, como dispositivos de dobra e envernizamento, permitindo que ela ofereça novas soluções aos seus clientes. Quem será responsável pela instalação das impressoras digitais? FF – A instalação será realizada pela Océ ou seus parceiros na área de vendas. Quem será responsável pela manutenção e serviços em impressão digital? FF – A assistência técnica será inicialmente prestada pela Océ, até a manroland adqui rir o know-how interno necessário. uais produtos da Océ serão oferecidos Q pela manroland? FF – O portfólio completo de sistemas in dustriais de impressão jato de tinta, incluin do a família Océ JetSt ream, além da Océ ColorStream 3500. A manroland está planejando novas par cerias na área de impressão digital? FF – Não. E a Océ pretende uma maior cooperação na área de offset? FF – Também não. TECNOLOGIA GRÁFICA 37
SPINDRIFT Nessan Cleary
Na máquina de lavar Um passo importante para a reciclagem do papel impresso é passá-lo por um processo de lavagem das tintas (de‑inking*). Mas será que o atual processo de retirada de tinta consegue acompanhar os avanços na tecnologia de impressão?
*Nota do tradutor: O termo em inglês, de-inking, é traduzido em português como “destintagem”, o qual, apesar de ser pouco comum, será empregado ao longo deste artigo.
É
amplamente disseminada a ideia de que é melhor reciclar o máximo de papel usado no lugar de derrubar árvores e fabricar papel a partir de fibras novas. O papel reciclado pode ser utilizado para diversos fins, incluindo a fabricação de papel tissue e papel- cartão. Mas as substâncias contaminadoras (inclusive as tintas de impressão) dentro da massa de papel a ser reciclado deixam o papel resultante desse processo com aspecto desbotado ou cinza. Uma solução óbvia é descolorir o papel com subst ân cias alvejantes. No entanto, essa não representa a opção ambientalmente mais correta. Uma solução melhor é retirar a tinta do papel numa etapa anterior, removendo ao máximo os contaminantes, obtendo-se uma pasta de papel clara o suf iciente para produzir o papel branco apropria do para as artes gráficas. Hoje, existem dois métodos utilizados para esse processo, conhecidos como lavagem e flotação. Um dos procedimentos para remoção de tinta por lavagem consiste em misturar o papel em um digestor para se produzir uma pasta. Depois disso, os resíduos (como grampos) são filtrados e a água é drenada, juntamente com a maior parte da tinta, deixando apenas as fibras de papel, que podem ser lavadas novamente. Tal método pode ser muito eficaz na recuperação das fibras, mas usa muita água, que depois precisa ser tratada, neutralizando os benefícios ambientais da reciclagem do papel.
Células de retirada de tinta e depuradores cascata na Newsprinters Aylesford, no Reino Unido, que produz papel‑jornal.
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Dispositivos de flotação
Por conta deste consumo excessivo de água, a maio ria das empresas de reciclagem da Europa utiliza o método de flotação. O gerente de operações do setor de preparação de fibras da Aylesford Newsprint (Reino Unido), Andy Gordon, diz que esse método é otimizado para as tintas offset, que atualmente utilizam óleos minerais. “No processo de destintagem, adicionamos sabão de sódio simples antes de injetar a ‘polpa’ em uma célula de flotação. As condições devem ser alcalinas e a presença de muitos íons de cálcio é essencial, além de a temperatura da polpa dever ser mantida entre 45°C e 55°C. A consistência da polpa nessa fase é muito importante e deve estar entre 1% e 2%. A cadeia de hidrocarbonetos da molécula de sabão, hidrofóbica, é atraída para o óleo mineral, que, por sua vez, é um hidrocarboneto e, portanto, também é hidrofóbico. Os íons de cálcio atraem a outra parte carregada da molécula de sabão e fazem com que as partículas de tinta misturadas ao sabão se aglomerem e se tornem maiores. Quando a polpa vai para a célula de flotação, os injetores inserem e misturam ar à polpa. As bolhas resultantes isolam os aglomerados de cálcio, sabão e tinta e eles ficam suspensos, flutuando na superfície. A espuma de tinta e sujidades são retiradas da superfície através de uma calha e a polpa sem tinta é encaminhada para os processos seguintes”. Teoricamente, uma única passagem pela célula de flotação deveria ser suf iciente, mas, na prática, quase todas as fábricas utilizam processos de dois ciclos, porque o papel enviado para reciclagem costuma estar contaminado com outros materiais, tais como grampos, etiquetas adesivas e plásticos. Cada ciclo envolve várias fases, como explica Nils Miller, cientista sênior de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia jato de tinta e estratégias ambientais da HP. “Um processo de dois ciclos significa que, após a primeira etapa de polpação, filtragem e limpeza, o material vai para uma etapa de flotação (que, na verdade, é composta por múltiplas fases) e, depois, para um depurador, que pica quaisquer contaminantes que tenham restado, deixando-os, em teo ria, pequenos o suf iciente para serem removidos durante o segundo ciclo de flotação. Esses contaminantes podem ser pedaços de toner ou sujeiras, dependendo de que tipo de papel está sendo trabalhado. Contudo, esse processo de dois ciclos foi
projetado para tratar os papéis como eles realmente chegam na recicladora”. O próprio processo de destintagem produz um resíduo constituído principalmente de fibras de papel, tinta e outras substâncias como óxido de alumínio. A maioria das fábricas de papel reciclado queima esse resíduo para gerar energia. Esse resíduo também costuma ser usado na produção de cimento, na qual seu teor de alumínio melhora a qualidade da argila, e na confecção de tijolos, em que as fibras são queimadas quando os tijolos vão para o forno, deixando microporos que aumentam o isolamento e a estabilidade dos tijolos. Padrões diferentes
Europa mais de 50% se transforma em papel para imprimir e escrever, enquanto nos Estados Unidos em torno de 20% ou menos se destina a esse fim”. Ele prossegue. “Os Estados Unidos produzem mais embalagens e exportam mais papel para a Ásia. Na Europa, todo jornal é produzido a partir de papel reciclado e por isso temos um sistema muito mais avançado do que os Estados Unidos, onde poucas fábricas produzem no mesmo alto nível das fábricas europeias”. De acordo com Fischer, há muitos agrupamentos de empresas e parcerias na Ásia. “As fábricas criadas nos últimos cinco anos na China, por exemplo, estão trabalhando com os padrões europeus porque as companhias de engenharia são as mesmas da Europa, através de conglomerados com empresas como Stora Enso e UPM . E o mesmo vale para a Austrália”.
Quando se trata de padrões e normas para destintagem, a maioria das empresas usa como referência as condições estabelecidas pela Ingede (Interna tionale Forschungsgemeinschaft Deinkingtechnik, Associação Internacional de Tecnologia para Des- O que pode ser destintado? tintagem) um grupo alemão de empresas do se- A Ingede realiz a seus próprios testes em diferentes tor, criado em 1989. A Ingede inclui a maioria dos processos de impressão e emite certificados para os fabricantes europeus de papel, além dos fabrican- fornecedores. O grupo também coordena pesquisas tes de tinta e fornecedores de impressoras digitais. sobre tecnologias de impressão e destintagem e inJuntos, eles asseguram a cooperação para produ- centiva o desenvolvimento de sistemas para coleta ção de material impresso que possa ser adequado de material a ser reciclado, bem como a conscienti para futura reciclagem. Quatro fabricantes de im- zação dos consumidores para a necessidade de sepressoras jato de tinta — HP, Océ, Kodak e InfoPrint parar o papel reciclável de outros resíduos. Solutions — uniram-se para formar a Digital Print Hoje, a maior parte dos papéis reciclados desDe-inking Alliance (Ass ociaç ão de Destintagem tinados às artes gráficas é feita a partir de material para Impressão Digital, DPDA) para apoiar pesqui- originalmente impresso em offset e, segundo Fissas sobre reciclagem de papel impresso com jato de cher, o processo de destintagem por flotação fun tinta. Em público, a Ingede deu boas-vindas a essa ciona bem nesse caso. “Quando um impresso offiniciativa, embora internamente tema que o objeti- set é destintado, a camada de tinta é quebrada em vo da DPDA seja questionar seus métodos. Apesar partículas de pigmento e aglutinante que são muito de a necessidade de reciclar papel ser cada vez mais acei ta em todo o mundo, nem todos seguem os mesmos padrões ambient ais. Via de regra, as normas para destintagem parecem ser mais restritivas na Europa, onde mui to mais papel para imprimir e escrever é produzido a partir de material reciclado. Axel Fischer, assessor de imprensa da Ingede, diz: “Na Europa coletamos aproximadamente o mesmo volume de papel que nos Estados Unidos — cerca de 50 milhões de As bolhas de ar utilizadas no processo de flotação podem ser vistas claramente toneladas por ano —, mas na nesta imagem da Aylesford Newsprint.
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pequenas, mas hidrofóbicas. A tinta à base de óleo vai se juntar à espuma, enquanto as fibras, que são hidrofílicas, permanecem na água, separando-se as substâncias”. Entretanto, Fischer afirma que tintas UV e offset UV não são retiradas tão facilmente. Ele diz também que a tinta de toners em pó pode ser retirada com apenas um ciclo de destintagem. “Não há problemas com os toners em pó. Esse ma terial quebra no tamanho certo e ainda é hidrofóbico, o que o torna até mais fácil de retirar do que a tinta offset. Alguns sistemas experimentais apresentaram problemas, mas tudo o que está atual mente no mercado pode ser perfeitamente destintado, especialmente o material que é impresso nas máquinas de alta velocidade da Xerox, Nexpress e Océ, entre outras”.
Axel Fischer, assessor de imprensa da Ingede.
no e a energia gasta na reciclagem. Isso é algo definitivamente indesejável de se ter no sistema e nós não podemos afirmar que este sistema é bom para destintar ou reciclar papéis de alta qualidade”. A discussão gira em torno da quantidade de paProblemas com a Indigo e o jato de tinta pel impresso em máquinas HP Indigo que é enviada No entanto, a Ingede está envolvida em uma longa para reciclagem, e neste ponto a HP tem um argudiscussão com a HP em relação às máquinas de to- mento razoável: a Indigo ocupa um espaço relativaner líquido (ElectroInk) da HP, as Indigo. Conforme mente pequeno no mercado e o atual sistema de floa Ingede, nos impressos tação em dois ciclos dá dessas máquinas o toner conta dessa demanda. Na Europa, todo líquido é mais difícil de No entanto, há poten retirar do papel do que jornal é produzido a partir de cialmente um probledeveria. Fischer revela: ma muito maior com papel reciclado e por isso temos “Nós testamos a versão as impressoras jato de um sistema muito mais avançado do toner líquido Electinta de alta velocidado que os Estados Unidos, troInk 4.0 e, em compade que foram apresenonde poucas fábricas produzem tadas na última Drupa. ração com os toners seno mesmo alto nível das Estas poderiam tomar cos da Xerox e Océ, as especificações de su uma fatia m aior do fábricas europeias. jeir a da HP Indigo têm mercado das impresAxel Fischer, assessor de imprensa da Ingede um fator pelo menos soras offset no futu(Internationale Forschungsgemeinschaft 35% superior”. ro, como informa Tim Deinkingtechnik, Associação Internacional de Tecnologia para Destintagem). Segundo a HP, o méTaylor, gerente de Mar todo de ensaio 11 da Inketing da Screen Eurogede reúne dados obtidos em simulações de labo- pa: “Acredito que ninguém duvida que em alguns ratório que não correspondem ao mundo real. Nils anos existirão impressoras jato de tinta no formaMiller explica: “O processo de dois ciclos é proje- to B1 (72,8 × 103 cm) e então elas vão competir ditado para tratar o papel que realmente chega na retamente com as impressoras offset, e talvez até reciclagem. Mas o método de ensaio 11 da Inge- substituí-las dentro de algum tempo”. de não é uma tentativa de simular o processamenPara Fischer, retirar do papel tintas à base de água to de dois ciclos. O teste é feito como se não hou é comparável a jogar uma meia vermelha na máquivesse fases intermediárias de picagem e limpeza e na de lavar roupas. “Se você coloca um elemento à por isso simula um processo de apenas um ciclo base de água no sistema ele se dissolve. Temos cir de flotação para destintagem”. cuitos fechados de água em todas as fábricas de paContudo, para Fischer, o segundo ciclo — o pi- pel reciclado. Então, a diferença de uma máquina de cador ou desfibrador — é o maior consumidor de lavar é que nela é possível trocar a água, e mesmo energia de todo o sistema e a maior causa da perda assim a roupa ainda ficará rosa se houver uma meia de fibras no processo de reciclagem. “Não impor- vermelha lá dentro. Na reciclagem de papel, as tintas ta a sua abordagem, tudo o que sobrecarrega esse à base de água se acumulam ao longo do sistema e tipo de equipamento aumenta a pegada de carbo- só saem junto com as fibras, o que reduz o brilho
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do produto final. Já as tintas offset são hidrofóbicas, por isso não representam um problema”. Ainda faltam alguns anos até que impressoras jato de tinta ocupem uma fatia significativa do mercado e hoje os fornecedores argumentam que as tintas à base de água têm impacto insignificante no processo de reciclagem. No entanto, Fischer diz que o grande problema são as malas diretas, porque o tempo que esse material leva entre sair da gráfica e chegar na reciclagem é muito curto. “Eles vêm
Potenciais soluções
Todavia, nem todas as tintas à base de água neces sariamente causam problemas na destintagem. Para a Ingede, os impressos da HP Inkjet Web Press podem ser destintáveis se um agente de fixação for aplicado ao papel imediatamente antes de receber o jato de tinta. Miller explica: “Na Inkjet Web Press, as medidas tomadas para aumentar a printabilidade também melhoram a capacidade de retirada da tinta. Para a destintagem por flotação ser bem sucedida é preciso que os pigmentos estejam de tal forma que não possam se dissolver na água, como pedaços de cera, e precisam estar em tamanho que não seja nem grande nem pequeno demais para poderem ser removidos pelas bolhas que se formam no processo. O agente de ligação que adicionamos à nossa Inkjet Web Press (ou o aditivo ColorLok, em nossos papéis ColorLok) são substâncias projetadas para ajudar a agregar os pigmentos na superfície do papel. Ao agregá-las, estamos transformando as tintas em algo hidrofóbico, que já não se dissolve mais em água”. Inkjet Web Press: a gigante da HP usa um agente de fixação no papel para ajudar a ancorar a tinta sobre o mesmo, o que acaba contribuindo Considerando a posição da HP para facilitar a destintagem. em relação à Inkjet Web Press, fica como uma onda para a fábrica de papel e não dá claro que é possível desenvolver tintas aquosas para dizer que, em média, seja um percentual bai que possam ser retiradas do papel com o método xo, porque a cada semana chega um novo carre- de flotação atual. Ninguém duvida que seja posgamento”. Ele acrescenta: “A associação automobi sível encontrar outras soluções, mas o desenvollística alemã, por exemplo, tem mais de 20 milhões vimento é caro e quem paga por isso? Deveriam de membros que produzem regularmente propa- ser as empresas como a HP ou a Océ, que já invesganda por mala direta. Imagine ter 20 milhões de tem uma boa quantia em pesquisas de cabeçotes folhetos de quatro páginas, a quatro cores, impres- e sistemas de tinta para essas impressoras, ou de sos em jato de tinta ou em uma Indigo – essa é a veriam ser as recicladoras, ou as empresas de parealidade das fábricas de papel reciclado”. pel resp ons áveis pela venda do reciclado ao fiE esse é um problema com o qual devemos li- nal do processo? Ou devemos simplesmente não dar o quanto antes, como afirma Michael Has, di- nos preocupar com a cor do papel e começar a retor de Marketing e Est ratégias de Softw are da alvejá-lo com alvejantes químicos? Océ. “As empresas de reciclagem de papel são mui to sensíveis a essa questão, porque há cerca de 20 E ste artigo é parte da série Verdigris, sobre a anos, quando a flexografia começou a ser ampla- compreensão do impacto ambiental das artes mente utilizada, o tema da reciclagem foi deixado gráficas. O projeto Verdigris é apoiado pela de lado e o resultado é que o processo flexográfi- Agfa Graphics, Canon Europa, Digital Dots, co provoca uma degradação da qualidade do pa- Drupa, Fujifilm, HP, Kodak, Ricoh, Océ e Unity pel e o produto final não é reciclável. Existe a preo Publishing. http://verdigrisproject.com cupação de que isso não volte a acontecer com a impressão digital com jato de tinta e isso faz senti- Tradução autorizada do boletim Spindrift de junho do, se todas as partes envolvidas estiverem cientes de 2010, publicação produzida pela Digital Doots, empresa de consultoria na área gráfica. dos problemas que os outros têm”. 42 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOCÊ SABE O QUE ACONTECE CADA VEZ QUE UM LIVRO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, U M A R E V I STA O U U M F O L H E TO É I M P R E S S O ? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.
A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarece dúvidas e, principalmente, traz à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza. IMPRIMIR É DAR VIDA. ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS.
C A M PA N H A D E V A L O R I Z A Ç Ã O D O PA P E L E D A C O M U N I C A Ç Ã O I M P R E S S A .
A c e s s e e s a i b a m a i s : w w w. i m p r i m i re d a r v i d a . o r g . b r
GESTÃO
Flávio Botana
A
Tecnologia da Informação (TI) hoje faz parte do dia a dia das empresas, dos governos e das pess oas e vem transformando com uma velocidade alucinante as rotinas, os procedimentos e alguns conceitos que estavam aparentemente arr aig ados e que agora pertencem ao passado. Vamos analisar como essas mudanças es tão afetando a vida das nossas empresas e quais foram as alterações no perfil dos pro fissionais, em particular do prof issional da indústria gráfica. Em seu brilhante artigo publicado em 2000, “Beyond the Information Revolution” (Além da Revolução da Informação), Peter Drucker analisa a estrutura das mudanças provocadas pela tecnologia da informação. Ele apresenta-a inicialmente não como um elemento de transformações radicais, mas como um acelerador das rotinas existentes, conforme mostra o trecho abaixo: “Como a Revolução Industrial dois sécu los atrás, a Revolução da Informação nos seus primeiros 50 anos (de 1940 até 1990) apenas transformou processos que já existiam. Na ver dade, o impacto real da Revolução da Infor mação não ocorreu na forma da informa ção. Por exemplo, praticamente não houve mudanças na forma em que são tomadas as decisões nas empresas ou governos. A Re volução da Informação apenas transformou em rotina processos tradicionais de inúmeras áreas. O software para afinar um piano con verte um processo que tradicionalmente leva va três horas para algo em torno de 20 minu tos. Há softwares para folhas de pagamentos, para controle de estoque, para programações de entrega e para todos os outros processos de 44 TECNOLOGIA GRÁFICA
A importância do uso correto da
Tecnologia da Informação rotina de uma empresa. O projeto das insta lações internas de um grande prédio (aqueci mento, hidráulica e assim por diante), de um presídio ou de um hospital antigamente envol via, digamos, 25 projetistas altamente espe cializados durante 50 dias. Agora, programas permitem que um projetista faça o trabalho em alguns dias, a uma fração ínfima do cus to. Existem softwares que ajudam as pessoas a preencher a declaração de imposto de ren da e softwares que ensinam os residentes de hospital a retirar uma vesícula biliar”. Nesse artigo ele comenta que a grande transformação provocada pela tecnologia da informação surge no final do século pas sado e início deste século, com o advento do comércio eletrônico, que efetivamen te começa a mudar a forma de se fazer negócios. Veja seus comentários: “O comércio eletrônico é para a Revolu ção da Informação o que a ferrovia foi para a Revolução Industrial — um avanço total mente novo, totalmente sem precedentes, totalmente inesperado. Fazendo uma ana logia com a ferrovia de 170 anos atrás, o co mércio eletrônico está criando uma nova ex plosão, mudando rapidamente a economia, a sociedade e a política. Na nova geograf ia mental criada pela ferrovia, a humanida de dominou a distância. Na geograf ia men tal do comércio eletrônico, simplesmente eli minou-se a distância. Existe somente uma economia e um mercado”. Vamos comentar separadamente essas duas situações, que passarei a chamar de fazer mais rápido e fazer diferente. Quando falamos do fazer mais rápido, observamos que, em princípio, o resulta do final será o mesmo, só que a forma de
fazer será muito mais fácil e rápida. Alguns gênios da informática conseguem enten der certas rotinas e sistematizá-las de forma que, apertando um botão, ocorram diversas atividades que antes exigiam uma série de deslocamentos, observações e ajustes que demandavam a utilização de várias ferra mentas e obrigavam o trabalhador a usar o seu feeling e a sua experiência para obter os resultados esperados. Partindo do pressuposto de que essas sistematizações são bem feitas (o que nem sempre ocorre), isto é, que o resultado fi nal é tão bom quanto ou melhor do que se obtinha anteriormente, podemos che gar à conclusão de que trabalhadores não tão bem treinados e com pouca experiência conseguem obter, na grande maioria das si tuações, resultados praticamente iguais aos alcançados pelos mais experientes. Dois exemplos: com uma impressora de última geração, um impressor com pouca experiência, mas que saiba utilizar os recur sos tecnológicos de seu equipamento, conse gue fazer o setup de um serviço corriqueiro em quadricromia praticamente no mesmo tempo e com a mesma qualidade obtida por um impressor experiente. Da mesma forma, um orçamentista sem experiência que co nhece bem o software de gestão que utiliza tem condições de fazer um orçamento co mum tão correto e tão rápido quanto um orçamentista experiente. O fato conclusivo é que profissionais pio res conseguem resultados que antigamente só os bons prof issionais conseguiam. Antes que a frase possa trazer algum incômodo, esclareço que uso o termo pior para indicar prof issionais com menos
conhecimento de processos, menos expe riência na operação de equipamentos e me nor entendimento das variáveis envolvidas, e não para classificar profissionais pouco en volvidos ou dedicados. E vejam como isso é bom! A tecnologia eleva o patamar médio de qualidade de uma forma geral, deman dando menos recursos humanos. Ela per mite a empresas que não tinham condições de prover trabalhos com qualidade, por fal ta de prof issionais habilitados, competirem com produtos melhores e prazos menores. A tecnologia socializ a a qualidade. Só que esse avanço pode trazer terríveis efeitos colaterais. Há a possibilidade de en tendermos erroneamente que não precisa mos mais formar prof issionais bem qualifi cados para obtermos bons resultados, já que a tecnologia resolve os problemas. Essa é a grande falácia da tecnologia!
O fato de termos equipamentos, disposi tivos ou softwares mais completos e fáceis de operar não elimina a necessidade de um prof issional muito bem formado. E esses equipamentos, dispositivos ou softwares de vem ser ferramentas na mão do prof issional. Quando tudo está dentro dos conformes e os produtos processados são triviais ou pa dronizados, um trabalhador menos qualifi cado pode até chegar ao resultado deseja do, contudo o prof issional pleno consegue fazê-lo melhor ou mais rápido. No entanto, a grande diferença está no momento em que as coisas fogem da nor malidade. Aí o profissional tem de mostrar a que veio. Tentar descobrir causas de anorma lidades, alterar algumas variáveis do proces so para obter melhores resultados e procurar otimizar a forma de trabalhar com produ tos não usuais são tarefas que a tecnologia não resolve sozinha. São necessários o talen to, a experiência e o conhecimento técnico de um prof issional pleno e a tecnologia dis ponível pode ser uma boa ferramenta para ajudá-lo, nada mais do que isso. Portanto, precisamos tomar alguns cui dados se temos a tecnologia, mas não temos quem a conheça ou quem a opere:
1. Evitar a dependência
Se você começar a ouvir frases do tipo “O sistema não deixa fazer…” ou “Não dá para fazer isso porque estamos sem sistema”, provavelmente você tem de trabalhar a capacitação do seu prof issional, pois ele é incompleto. Um bom impressor tem de sa ber acertar e rodar uma máquina sem os recursos da moderna tecnologia (eviden temente, com mais dificuldade); um orça mentista tem de saber fazer um orçamen to quando o sistema cai (claro, num tempo maior). O sistema ajuda o prof issional, mas não substitui o conhecimento necessário para a realiz ação das operações. 2.Não aceitar a falta de excelência nos trabalhos
Uma boa tecnologia mal operada pode dar resultados razoáveis ou bons, mas será muito difícil que dê resultados excelentes, diferenciados. O risco de termos tecnolo gias subaproveitadas é acabarmos nos tor nando commodities, isto é, fazendo o que todos fazem, cobrando o que todos co bram e dando ao cliente a mesma satisfação que todos dão. Essa é uma receita extrema mente perigosa num mundo competitivo como aquele em que vivemos. A diferencia ção real, o trabalho de excelência vem com um ótimo prof issional utilizando uma boa ferramenta tecnológica. 3.Não perder a qualidade na solução dos problemas
A capacidade de uma empresa é medida quando tudo vai mal. A anormalidade tes ta o conhecimento, a flexibilidade e a dis posição. É nessa hora que o prof issional vai para a vitrine. É a hora da inovação, da cria tividade e da flexibilidade (o que chamo de trocar o ideal pelo possível), e, de novo, a tecnologia pode ser uma excelente ferra menta, porém quem faz o que precisa ser feito é o homem. 4.Não abrir mão do talento
A empresa, a escola e os governos são res ponsáveis pela boa formação dos prof issio nais. Mesmo contando com todas as faci lidades que a tecnologia pode trazer, eles não podem abrir mão desse seu papel de
geradores de conhecimento, com o risco de tornar as empresas medianas. Precisamos encontrar, formar e reter talentos. Falando agora da outra forma de atua ção da tecnologia, que é o fazer diferen te, entendo que essa é a parte nobre da atuação da tecnologia da informação nas empresas, particularmente nas gráficas. Quando utilizamos a tecnologia para criar novas maneiras de fazer as tarefas, otimizan do as suas características e os seus resulta dos, quer sejam em qualidade, custo ou pra zo, não estamos apenas melhorando o que existe, mas sim transformando o ambiente produtivo em algo melhor. Certamente, es sas novas tecnologias demandarão um novo grupo de prof issionais altamente capacita dos para operar essas transformações. Aí sim temos um círculo virtuoso: tecnologias ino vadoras gerando novos processos, que de mandam prof issionais distintos e que geram produtos diferenciados para atender ou até criar novas expectativas dos clientes. Para concluir, reforço que a TI é excelen te, necessária, importante e estratégica, mas é somente uma ferramenta. Nunca pode mos deixar de entender claramente quem é o dono de quem. Não podemos ser escra vos da tecnologia, pois dessa forma estare mos nos diminuindo como seres pensan tes. Temos que ser os agentes do processo, utilizando (ou não) os recursos tecnológi cos disponíveis para aperfeiçoar nossos re sultados. Repito, nunca esqueça quem é o dono de quem! Você domina a tecnologia ou a tecnologia domina você? Acredito que o fator de diferenciação das empresas foi, é e deverá ser sempre o ho mem. Precisamos de muitos seres humanos (inteligentes) para criar os sistemas e as tec nologias e necessitamos também de muitos outros seres humanos (igualmente inteligen tes) para operar esses sistemas e utilizar essas tecnologias em prol de um melhor resulta do para as empresas e uma melhor qualida de de vida para os seus colaboradores.
Flávio Botana é professor da
Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. TECNOLOGIA GRÁFICA
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GESTÃO AMBIENTAL
Compensação da Marcio Pucci
emissão de carbono das aulas da Faculdade Senai
H
oje, os professores têm a opção de tra balhar em sala de aula temas discutidos mundialmente e que estejam nos jornais e revistas. Mas devem, prioritariamente, discutir o que está presente no dia a dia dos estu dantes e da comunidade em que eles estão inseri dos. O foco é a educação que leve os alunos à ação e por isso o professor precisa escolher temas que interajam com os alunos e os façam se envolver e formar conceitos socioambientais adequados. Com base nessas premissas, como professor de disciplinas de Gestão da Qualidade da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, procurei um tema que levasse os alunos a utilizar os conceitos de gestão (particularmente de gestão da qualidade e am biental) e, por meio de atividades lúdicas, a utilizar esses conceitos na prática. O tema do trabalho surgiu quando assistia a um programa dominical de esporte com meus filhos,
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que mostrava uma corrida de aviões que passavam por entre cones. Uma das barracas do evento di vulgava que toda a emissão de carbono ocorrida durante a competição seria compensada. Isso se daria através de uma metodologia de cálculo que definiria a quantidade de árvores a serem plantadas para compensar a emissão de carbono. Essas árvo res seriam plantadas de forma a recompor matas ciliares1 degradadas. Essa era a mensagem e achei a ideia muito interessante. A opção que me ocorreu foi fazer um proje to dessa natureza na escola, por ser um ambiente propício para o desenvolvimento de novas ideias, 1 Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos córregos, lagos, represas e nascentes. É considerada pelo Código Florestal Federal uma “área de preservação permanente”, com diversas funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente.
com aceitação e liberdade para desenvolver o pro jeto. Levei essa sugestão à direção e coordenação pedagógica, que aceitaram a proposta. No segundo semestre de 2007, apresentei essa ideia aos alunos, como um projeto voluntário. Al guns prontamente aceitaram. Lembro bem que no início alguns perguntaram: “Professor, qual será a sua ajuda?” e respondi com outra pergunta: “Em que vocês esperam que eu ajude? Saibam que estarei aprendendo juntamente com vocês, ainda não sei nada”. Sinceramente, não tinha lido muito sobre o assunto e disse: “Vamos aprender juntos”. O primeiro passo foi fazer um trabalho de pes quisa que proporcionasse uma base teórica para o desenvolvimento prático. Essa turma de alunos desenvolveu um traba lho muito consistente, que vem sendo utilizado até hoje. Para isso, além das fontes tradicionais de pesquisa, visitaram consultorias que prestam ser viços para que empresas, particularmente do ramo gráfico, obtivessem certificações que comprovas sem que as suas emissões de carbono-equivalente2 estavam sendo compensadas. A partir desse estudo verificou-se que os méto dos de cálculos estavam disponíveis em alguns sites.3 Com base na ex periência prática de utilização des tas “calculadoras”, os alunos desen volveram uma planilha que indicava o número de árvores que deveriam ser plantadas para a compensação da emissão de carbono-equivalente que nossa aula ocasionava. Em uma segunda etapa, que co meçou no prim eiro semestre de 2008, procuramos esp ec ialist as e locais para realiz ar o plantio das ár vores em número suf ic iente para tal compensação. A melhor solução foi realizar a ati vidade, ou seja, o plantio das árvores, nos parques da cidade de São Paulo. A mais forte parceria foi obtida com o Parque Vila dos Remédios,4 com a atuação da bióloga responsável, Tathiana Popak Maria. 2 Utilizamos a expressão “carbono-equivalente” para designar as emissões decorrentes da realização das atividades feitas em sala de aula, de todos os tipos de gases que contribuem para a ocorrência do efeito estufa (como CO, CO₂, CO₄ etc.). 3 www.maxambiental.com.br/ www.carbononeutro.com.br/ www.iniciativaverde.org.br/pt/calculadora www.florestasdofuturo.com.br 4 Parque Vila dos Remédios Rua Carlos Alberto Vanzolini, 413, tel. (11) 3625-1419
Desde então foram plantadas 186 árvores, em atividades que envolviam não só alunos, coorde nadora e professor, mas também familiares e ami gos que se entusiasmaram com o projeto e com o ânimo dos participantes. Esse número de árvores garantiu que as aulas da disciplina estivessem com suas emissões de carbono-equivalente compensadas. Porém, mais do que “ensinar” aos alunos relações matemáticas entre a emissão decorrente de atividades diversas, como as que acontecem em uma sala de aula, e as árvores neces sárias que compensam essa emissão através de processos biológicos, um objetivo maior foi o de abrir a men te dos jovens para as conexões es quecidas entre pessoas, lugares e na tureza. Ao professor ficou o desafio de mudar a visão de ser um especia lista para ser um facilitador. Para isso acontecer, a base adotada é a de que toda educação é uma educação ambiental, mos trando aos jovens que somos partes integrantes do mundo natural e que eles devem proceder des sa forma nas atuais e futuras atividades prof is sionais e pessoais. Além disso, outro objetivo foi fazer com que os alunos conhecessem os proces sos da natureza, pois, devido à essência humana, protegemos tudo que amamos, mas só amamos aquilo que conhecemos.
Marcio Pucci é professor da Faculdade Senai
de Tecnologia Gráfica
TECNOLOGIA GRÁFICA
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Q uan.com.b r
COMO FUNCIONA Daniel Nato Machado e Fábio Uva
Chapa térmica sem processamento químico
E
m busca de tecnologias mais limpas e menos agressivas ao meio ambiente, fabricantes de chapas offset vêm desenvolvendo e disponibilizando no mercado processos de confecção dessas formas que eliminam ou reduzem a necessidade de tratamentos químicos. Duas tecnologias para gravação de chapas offset “ecológicas” são conhecidas pelos termos em inglês processless e low chemistry. A tecnologia low chemistry (com poucos produtos químicos) utiliza uma chapa que, depois de exposta no CtP, passa por um tratamento químico em um equipamento específico. O produto químico utilizado nesse tratamento é menos agressivo ao meio ambiente que os reveladores comuns. Durante o processamento, resíduos da camada sensível da chapa vão se acumulando no químico. A solução resultante deve ser destinada corretamente por uma empresa que possua as licenças ambientais exigidas, como o Cadri (Cadastramento de Destinação de Resíduos Industriais) emitido pela Cetesb. Já com a tecnologia processless (sem processamento), a chapa sai do CtP e vai diretamente para
a impressora offset. A revelação é realizada na própria impressora, sem a necessidade de equipamentos específicos ou produtos químicos adicionais (1). Este artigo explica como funciona o sistema de confecção de uma chapa sem processamento. Estamos falando de uma chapa negativa, ou seja, as áreas expostas pelo laser do CtP vão constituir o grafismo. A exposição é feita com laser infravermelho (IR) de 830 nm. As áreas da camada termossensível que recebem exposição tornam-se insolúveis. As que não recebem exposição são solubilizadas pela própria solução de molha da impressora e retiradas pelos rolos de tintagem (2). Os resíduos da camada termossensível são então transferidos para as primeiras folhas de acerto. O processo de revelação em máquina (3) ocorre em três etapas: 1. Penetração da solução fonte 2. Redução da aderência 3. Destaque da camada termossensível A camada termossensível é removida pelo tack da tinta e dispersa na rolaria de tintagem. Essa tinta é impressa nas primeiras folhas de impressão (4). 1
Workflow atual Platesetter
Processadora
Impressora offset
Workflow CtP processless Platesetter
Impressora offset
Sem processadoras, sem químicos, sem resíduos
50 TECNOLOGIA GRÁFICA
Tinta
Água
2
3
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 3
Porém, o resíduo retirado na revelação não conta- ◆◆Processo mais consistente, pela eliminação das mina o processo por três motivos: var iáveis inerentes aos processos de revelação ◆◆Por ter afinidade físico-química com a tinta e não tradicionais com a água, os resíduos da camada não vão para ◆◆A camada sensível exposta ao laser fica mais escua solução de molha e sim para ra, permitindo boa visibilidade 4 a tinta da rolaria da imagem gravada mesmo an◆◆A quantidade de res íd uos é tes da revelação. Assim, é possímuito pequena em relação à vel, inclusive, realizar o controle quantidade de tinta. Assim, de qualidade com equipamennão ocorre alteração das pro tos de medição de pontos priedades reológicas da tinta disponíveis no mercado ◆◆A camada é incolor, portanA chapa processless é uma Cilindro to não altera a coloração da boa alternativa para trabaChapa tinta lhos com tiragem máxima de Dentre as vantagens da uti100 mil exemplares, sem reim Cilindro lização de chapas processless, press ão. No caso de tiragens Blanqueta podemos citar: maiores ou de trabalhos que ◆◆Redução de custos pela ecoserão reimp ress os, as chapas nomia de energia, água, maconvencionais são mais indicaCilindro Contranutenção de equipamendas porque têm mais resistência pressão tos, mão de obra e produtos física e química. químicos ◆◆Eliminação de resíduos de processo sem a necessidade de destinação especiali zada e respectiva documentação Daniel Nato Machado é formado pela Escola Senai Theobaldo de Nigris e pela Faculdade Senai ◆◆Aumento na produtividade pela redução de tempos improdutivos (a chapa chega mais rapidamen- de Tecnologia Gráfica. Fábio Uva é engenheiro químico e técnico formado pela Escola Senai te à impressora). A exposição, em média, também Theobaldo De Nigris. Ambos trabalham na Antalis é mais rápida. Como a chapa é negativa, o laser do Brasil, nos cargos de técnico e coordenador técnico, respectivamente. age somente sobre as áreas de grafismo TECNOLOGIA GRÁFICA
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SITES
LITERATURA
Preparação do Design Gráfico para Mídia Impressa Luiz Seman Em sintonia com as transformações que vem sofrendo o pacote de exigências requeridas de um design gráfico, o livro Preparação do Design Gráfico para Mídia Impressa oferece conteúdo que abrange todas as fases do processo de criação e desenvolvimento do impresso. O livro parte da história das artes gráficas e passa pelos melhores formatos, a solicitação eficiente de orçamentos e tendências do setor. O autor, designer e produtor gráfico com mais de 30 anos de experiên cia, optou por lançar o livro apenas no formato PDF. Para solicitar seu exemplar eletrônico envie um e-mail para luizseman@bol.com.br.
www.wix.com/luizseman/livro
Instituto Ecofuturo www.ecofuturo.org.br O novo portal do Instituto Ecofuturo, ONG mantida pela Suzano Papel e Celulose, está mais dinâmico e conectado com as principais redes sociais, como o Twitter e o Facebook. O conteúdo foi organizado para que o usuário encontre as informações que procura mais facilmente. O portal é atualizado semanalmente com as principais notícias sobre educação ambient al do Brasil e do mundo.
Conversas com Paul Rand
Underworld Magazines www.underworldmagazines.com O Underworld Magazines é um blog de design que reúne notícias sobre design, além de recursos e entrevistas com profissionais da área. No blog o usuário encontra material sobre design gráfico, webdesign, ferramentas e aplicativos, bem como fontes de inspiração para seus trabalhos.
52 TECNOLOGIA GRÁFICA
Michael Kroeger O artista gráfico norte-americano Paul Rand (1914–1996) até hoje inspira gerações com sua produção que vai da publicidade às capas de revistas, passando pelos livros infantis e teoria do design. Conversas com Paul Rand, organizado por Michael Kroeger, traz uma introdução às principais ideias do mestre e aos temas mais importantes da comunicação visual, como a filosofia do design, os processos criativos, os livros essenciais para a formação dos profissionais e o ensino do design gráfico. Conceitos teóricos e questionamentos sobre a profissão são abordados de maneira simples e direta. Ao final do volume, seis profissionais da área narram suas experiências pes soais com Paul Rand. Com projeto gráfico de Elaine Ramos, a edição explora as cores verde e rosa e faz um jogo tipográfico com frases do designer, usando fontes de diferentes tamanhos e destacam suas ideias principais. Na capa, em formato de sanfona, estão ilustrados alguns de seus trabalhos mais importantes. Cosac N aify www.cosacnaify.com.br
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TUTORIAL
Thiago Justo
Você já se deparou com estampas onde os desenhos se repetem e se encaixam por todo o tecido? Neste tutorial vamos explicar como fazer no Illustrator a repetição de um desenho vetorial de maneira rápida e simples.
Como criar padrões no Illustrator Requisitos: Adobe Illustrator
Em um novo documento do Illustrator (Ctrl+N), crie seu desenho. Para este tutorial vetorizei um desenho criado pelo famoso artista gráfico Mau rits Cornelis Escher (1898–1972) (1). Para construíla utilizei basicamente as ferramentas Pen Tool e Pathfinder. Você pode criar seu próprio desenho ou vetorizar alguma imagem de que goste. Depois de terminado o desenho, abra a janela de Swatches (Menu Window ➠ Swatches) (2).
Resultado final
54 TECNOLOGIA GRÁFICA
Com a janela Swatches aberta (3), selecione o desenho que você acabou de c riar e arraste-o para dentro dela. Agora, o seu desenho tornou-se uma amostra de textura do Illustrator. Perceba como fica essa nova swatch na paleta (4).
Faça qualquer desenho ou forma geomét ric a e aplique esta nova swatch como se fosse aplicar uma cor. Para isso, basta selecionar o desenho e cli car na swatch. Você também pode arrastar o target da swatch para dentro do desenho a fim de aplicar este padrão nele.
Observe que o encaixe entre os desenhos ain da não está perfeito, pois existe muito espaço entre eles (5). Para melhorar esse encaixe, faça você mes mo a repetição do vetor da forma desejada. Lem bre-se: para duplicar um objeto arraste-o com a tecla Alt pressionada e para repetir a ação anterior
1 3
4
2
5
TECNOLOGIA GRÁFICA
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use o atalho Ctrl + D. Faça pelo menos três repe tições hor izont ais e três vertic ais para visualiz ar melhor o encaixe entre os desenhos (6). Observe que para reproduzir a repetição com esse encaixe precisarei somente do que está dentro do retângulo com contorno vermelho (7). Utilizando a ferramenta Pathfinder, principalmente o botão Subtract, reduza o padrão a somente o que está dentro do retângulo com contorno vermelho (8 e 9). Terminada essa etapa, delete o retângulo com contorno vermelho, selecione o desenho e arras te-o para dentro da paleta Swatches, criando uma
6
7
56 TECNOLOGIA GRÁFICA
nova amostra. Aplique esta amostra em uma for ma qualquer. Observe a diferença entre a swatch anterior e esta nova amostra e veja como o encaixe entre as figuras está melhor (10). Você também pode aplicar uma cor de fundo nestas swatches ou utilizar desenhos com diferen tes cores. Essa técnica é muito útil para desenvol ver estampas corridas, aquelas que se repetem por todo o tecido, de modo rápido e prático.
8
9
10
Thiago Justo é instrutor de Pré-impressão
da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
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CURSOS
Cursos ABTG Abril Problemas e Soluções de Impressão Offset
Data: 5 a 7 de abril Horário: das 18h45 às 21h45 Instrutor: Eizo Kato Investimento: R$ 320 para associados ABTG/Abigraf/Abraform/Singrafs/ Abiea; R$ 420 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Formação de Líderes de Produção
Data: 12 de abril Horário: das 9h às 18h Instrutor: Cristina Simões Investimento: R$ 290 para associados ABTG/Abigraf/Abraform/Singrafs/ Abiea; R$ 390 para não associados e R$ 190 para estudantes.
Maio Qualidade no Acabamento Gráfico
Data: 3 a 5 de maio Horário: das 18h45 às 21h45 Instrutor: Jairo Alves Investimento: R$ 320 para associados ABTG/Abigraf/Abraform/Singrafs/ Abiea; R$ 420 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Gestão Comercial para a Indústria Gráfica
Data: 12 de maio Horário: das 9h às 18h Instrutor: Auro Aldo Gorgatti Investimento: R$ 290 para associados ABTG/Abigraf/Abraform/Singrafs/ Abiea; R$ 390 para não associados e R$ 190 para estudantes.
Mecânica Básica para Impressores
Data: 17 a 19 de maio Horário: das 18h45 às 21h45 Instrutor: Ronaldo Massula Investimento: R$ 320 para associados ABTG/Abigraf/Abraform/Singrafs/ Abiea; R$ 420 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Gestão Financeira para a Indústria Gráfica
Data: 24 de maio Horário: das 9h às 18h Instrutor: José Pires de Araújo Investimento: R$ 290 para associados ABTG/Abigraf/Abraform/Singrafs/ Abiea; R$ 390 para não associados e R$ 190 para estudantes.
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Cursos Senai INICIAÇÃO PROFISSIONAL Encadernador Manual de Livros (32h) – R$ 336,00
Sábados: 16/4 à 11/6 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.
Operador de Dobradeira ( 28h) – R$ 390,00
Sábados: 16/4 à 4/6das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
Impressor de Corte e Vinco Manual (32h) – R$ 492,00
Sábados: 16/4 à 11/6 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
Impressor de Corte e Vinco Automático (80h) – R$ 848,00
Sábados: 9/4 à 18/6 das 8h às 17h Requisitos: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
Impressor de Serigrafia ( 64h) – R$ 678,00
Sábados: 16/4 à 11/6 das 8h às 17h Requisitos: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.
APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL CorelDraw para Pré‑Impressão (32h) – R$ 458,00
Sábados: 9/4 à 18/6 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à editoração eletrônica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
PhotoShop para Pré‑Impressão ( 32h) – R$ 564,00
Sábados: 9/4 à 18/6 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à editoração eletrônica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
InDesign para Pré‑Impressão ( 32h) – R$ 510,00
Sábados: 9/4 à 4/6 das 13h às 17h
Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à editoração eletrônica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Produção Gráfica ( 32h) – R$ 480,00
Tecnologia de Embalagens Celulósicas (40h) – R$ 617,00
Colorimetria Aplicada aos Processos Gráficos (32h) – R$ 510,00
Orçamento de Serviços Gráficos (40h) – R$ 468,00
Sábados: 16/4 à 11/6 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Sábados: 16/4 à 11/6 das 13h às 17h Requisito: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Densitometria Aplicada aos Processos Gráficos (32h) – R$ 510,00
Sábados: 16/4 à 11/6 das 8h às 12h Requisito: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Preparação de Tintas Líquidas ( 20h) – R$ 464,00
Sábados: 16/4 à 2/7 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Sábados: 9/4 à 18/6 das 13h às 17h. Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental concluído (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência.
Sábados: 30/4 à 28/5 das 8h às 12h Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à rotogravura ou flexografia, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
A Escola Senai reserva-se o direito de não iniciar o programa se não hou ver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola.
Impressão Offset em Máquina Quatro Cores (60h) – R$ 1.174,00
A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Sábados: 9/4 à 4/6 das 8h às 17h Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Tecnologia de Impressão Offset (40h) – R$ 540,00
Sábados: 16/4 à 18/6 das 8h às 13h
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br
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