2 minute read

Dia Mundial do Rim alerta para a prevenção e diagnóstico precoce

Foto: Arquivo pessoal

Acordo

Advertisement

Lembrado sempre na segunda quinta-feira de março, o Dia Mundial do Rim deste ano acontecerá no dia 9, com a campanha de prevenção e conscientização para o diagnóstico precoce. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), houve um avanço da doença renal crônica nos últimos anos e, atualmente, uma em cada 10 pessoas no mundo é diagnosticada com esta condição, o que corresponde a 850 milhões.

De acordo com o nefrologista Rafael Gardone, por ser silenciosa, a doença renal já é considerada uma epidemia de saúde pelas autoridades nacionais e internacionais e não se sabe exatamente o número de brasileiros com alguma disfunção renal.

“Estima-se que essa população

Alerta | Nefrologista Rafael Gardone explica que a doença renal costuma ser silenciosa nos estágios iniciais chegue a mais de 10 milhões. Aproximadamente 5% dos pacientes portadores de doença renal crônica estão em terapia renal substitutiva, seja ela a diálise ou o transplante. Por fim, a doença renal crônica é responsável por pelo menos 2,5 milhões de mortes por ano.

O rastreio da doença é feito pelo exame simples de urina (EAS) e pela dosagem da creatinina no sangue, segundo Rafael Gardone, que também explica que esta é uma doença progressiva e irreversível e, por isso, a importância de um diagnóstico precoce, para que seja possível diminuir a velocidade de progressão. “Novas drogas farmacológicas estão disponíveis, e quanto mais cedo pudermos iniciá-las, melhor”, fala o nefrologista.

Campanha O Dia Mundial do Rim é uma iniciativa da Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) e da Federação Internacional de Fundações do Rim (IFKF), que desenvolvem material informativo e educativo sobre os cuidados com os rins. Criada há 18 anos, a campanha mobiliza milhões de pessoas em mais de 150 países.

Em Campos, a Associação Amigos do Rim realiza ações e campanhas de conscientização, além de contar com um programa de apoio aos pacientes da doença renal crônica. Segundo a presidente da associação, Greice Vasconcelos, todo o trabalho da instituição é gratuito. “Atualmente estamos com 743 assistidos nas nossas diferentes áreas de atuação (nutrição, psicologia, orientação jurídica).

Os nossos desafios são diversos e vão desde a manutenção da instituição, que não possui verba, até as diversas necessidades do paciente”, disse.

Sobre a doença De acordo com a SBN, a Doença Renal Crônica (DRC) se caracteriza pela lesão progressiva e irreversível que afeta as funções dos rins. Por ser uma doença silenciosa nos estágios iniciais, ou seja, sem sintomas, acontecem muitos diagnósticos tardios.

“Nesses casos, o funcionamento dos rins já está comprometido, muitas vezes, em estágio muito avançado, quando é necessário tratamento de diálise ou transplante renal. Assim, são fundamentais a prevenção e o diagnóstico precoce da doença”, alerta a instituição.

O nefrologista Rafael Gardone detalha alguns grupos de risco que devem priorizar a busca por diagnóstico precoce. “Os principais são: pessoas com diabetes (tipos 1 e 2); hipertensos; portadores de obesidade; pessoas com doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca); pessoas com dependência de nicotina (tabagismo) e com histórico familiar de doença renal”. Por essas doenças serem fatores de risco, a SBN alerta para a necessidade dos cuidados com a saúde, que podem evitar a incidência em alguns casos. “Praticar exercícios físicos regulares; cuidar da alimentação, evitando o excesso de sal, carne vermelha e gorduras; controlar a saúde com consulta médica e exames de rotina diminuem as chances de chegar à insuficiência renal”, detalha.

This article is from: