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As principais notícias do dia, de Campos e região, estão no Radar Regional. Apresentado pelos jornalistas Cíntia Barreto e Júlio Tinoco, o programa aborda temas como saúde, economia, entretenimento, entrevistas, esporte e muita prestação de serviço. O telejornal vai ao ar, ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, na J3News TV.

A paz é feminina?

A paz é feminina, mas a guerra também. Pacifistas mas também guerreiras,seguem as mulheres no processo histórico de lutas pelo reconhecimento dos seus direitos civis, políticos e sociais.

As bases das ideias democráticas surgiram, nos séculos V e VIantes de Cristo, nas polis gregas. Atenas desenvolveu o primeiro governo democrático da história, porém mesmo assim excluíam os escravos e as mulheres da categoria de cidadãos. Nascemos historicamente marcadas. Também na sociedade romana não foi diferente. Nem mesmo o nome como direito da personalidade nos foi dado. As crianças nascidas homens recebiam um prenome, já as nascidas mulher recebiam apenas o nome da família.

Na Idade Média, a figura da mulher era ligada a bruxas e feiticeiras. Tal fato deve-se contudo, muito mais, às misturas de culturas da época e concepções do cristianismo pagão do que ao cristianismo propriamente dito, aponta ReginePernoud no livro Mito da Idade Média. Além disso, a figura do guerreiro medieval forte e invencível contrastava com à da mulher casta, donzela, virgem.

Desse modo, podemos afirmar que o patriarcalismo e o machismo são ideias construídas, em quase todas as civilizações desde a Antiguidade.Estão presentes, ao longo dos séculos, na estrutura da sociedade humana, restando a nós, mulheres, um papel menor. Esse papel pouco mudará no Renascimento. A educação feminina, em geral, era direcionada às “prendas do lar”, incluindo todas as obrigações do matrimônio e da maternidade. Até o iluminista Jean Jacques Rousseauafirmou que o papel das mulheres seria uma condição prévia para o bom funcionamento da sociedade. Apesar de ter defendido a democracia de forma radical, no que se refere à mulher, Rousseau foi bem conservador.

Com pouquíssimas exceções, para as mulheres sempre foi reservado um papel de submissão, de silêncio e de anonimato. Mas, felizmente, a história é processo e a humanidade caminha. Rasgaram-se os sutiãs não sem lutas e doreslutas e dores.

Aqui, no Brasil, só conseguimos o direito de voto em 1932 por meio da Constituição Federal do mesmo ano. Ao longo da história do país, fazendo força contra a corrente, as mulheres foram presença nos movimentos nacionais de independência, na campanha abolicionista, na proclamação da república entre outros.

E para terminar, lembro-meda “ Madona do Prado”, uma das mais belas telas do pintor italiano Rafael Sanzio: a Virgem com duas crianças, São João Batista e o Menino Jesus. O rosto dela apresenta-se melancólico como se pressentisse o futurodo filho. E assim estamos nós, mulheres, nos dias atuais, preocu-