Edição n° 013

Fez 25 anos, e muita gente ainda não conhece os direitos que ela garante ao cidadão. É a nossa Constituição.

João Garcia

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Terça-feira | 08 de outubro de 2013

Página 02

Material que circula nas linhas de ônibus da Região Metropolitana Jornalista responsável: João Lopes Garcia - MTB: 7678 E-mail: teujornal@gmail.com - Fone: (51) 8572 5646 Terça-feira, 08 de outubro de 2013 | Ano 01 - nº 013 | Região de Viamão/RS | Distribuição Gratuita.

Lasier Martins vence Ação por Dano Moral Lasier Martins vence ação por dano moral e fatura 30 salários mínimos em cima de Paulo Henrique Amorim.

Lasier não gostou das calúnias e p ro c e s s o u P a u l o H e n r i q u e Amorim.

Nesta sexta-feira o jornalista Gabriel Mandel, do Conjur, informa que a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça rejeitou Recurso Especial e manteve a condenação do blogueiro e apresentador Paulo Henrique Amorim a indenizar por danos morais o jornalista Lasier Martins.

Leia tudo: Lasier Martins foi considerado vítima de ofensa em matéria

publicada no blog “Conversa Afiada”, criado e editado por Paulo Henrique Amorim, e deve receber 30 salários mínimos a título de indenização, como determinou o juízo de primeira instância, em sentença confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Relatora do REsp ajuizado por Amorim, a ministra Nancy Andrighi afirmou que a Súmula 221 do STJ já determinou que, em caso de dano derivado de publicação pela imprensa, a reparação cabe tanto ao autor da matéria quanto ao proprietário do veículo que a levou ao ar. Paulo Henrique Amorim alega que não partiram dele as expressões tidas como ofensivas, pois o texto foi escrito por terceiro.

Fonte: www.plibiobraga.blogspot.com

Como está o Grêmio?

O Grêmio venceu o Botafogo, por 1 a 0, se no próximo jogo vencer o Criciúma, ai pode até disparar, mas na tabela o G4 está bem próximo um do outro, com exceção é claro do Cruzeiro, que está numa situação bem confortável lá na frente.

Mas vocês querem saber minha opinião? o Grêmio não ganha do Criciúma amanhã e ai vai ter que se esforçar para vencer o próximo jogo que é contra o Fluminense, e ai sim a coisa pega preço, porque se perder, começa a desestabilizar, se empatar com o Fluminense é um baita resultado, porque continua se mantendo no G4.

Como está o Inter?

Paulo Moreira

Centro de Viamão Rua Rev. Américo Vespúcio Cabral, 259, Centro

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Assédio...

A campanha eleitoral de 2014 para presidente, senador, governador, deputado federal e deputado estadual, já começou.

Quem vive neste meio, já começou a receber o assédio dos assessores destes deputados, ocorre que se seus deputados não vencerem (se reelegerem) as próximas eleições, lá se foi o emprego, que por sinal normalmente paga-se muito bem. Já recebi três propostas, duas vieram me trazer em casa, veja bem, e ainda num Domingo. Recusei todas, com toda a delicadeza claro, nunca se sabe quando poderá precisar destes assessores.

A recusa de auxiliar algum candidato de fora, numa campanha deste porte é porque está sendo criado uma nova proposta para o município e acredito que posso contribuir, tenho que aguardar os acontecimentos para integrar o grupo que vai organizar e coordenar esta campanha, senão fizer parte, coisa que não acredito, ai até posso quem sabe contribuir para que algum companheiro de fora possa fazer alguns votos por aqui, desde que o mesmo se comprometa com a cidade, claro. Mas hoje o pensamento é outro. .

Como falei anteriormente, as assessorias e os précandidatos, estão todos eufóricos e loucos para aparecer como salvadores da pátria, e não medem esforços para tal, escrúpulos? nem pensar. Tudo porque tem muitos partidos e o povo já não consegue mais identificar nenhum com uma bandeira que os cative.

Esta questão de “bandeiras” é bem complicado, e quem não tem, se apega a qualquer coisa, o importante é “vender” para o povo que partido A ou partido B, vai representar o povo, vai manter suas conquistas e coisa e tal. Mas já vimos que nem sempre é verdade, porque alguns falam para o povo, mas governam para os empresários e outros falam para os empresários, mas governam para o povo, se bem que este último já não se encontra mais, é uma espécime em extinção, coisa rara. Então caro eleitor, se instrua, acompanhe as atividades do seu parlamentar, cobre postura dele diante de temas polêmicos, use o e-mail, as redes sociais, mas não deixe de externar seus pensamentos em relação a posição que seu candidato tomou em votações polemicas que seguidamente acontecem, seja no Senado, na Câmara Federal e/ou na Câmara Municipal. Em suma, Participe!

bloguedogarcia@gmail.com - @joaoradio

Professor de Educação Física - Interino

Schwartzhaupt

Bandeiras.

João Garcia

O Inter está numa pior, antes de ontem perdeu para o Fluminense, no próximo dia 10, vai jogar com o Flamengo, não tem chance de ganhar é zero pontos de novo, e ai começa a ficar critica a situação do time.

Sorte do Inter é que depois do Flamengo, vai jogar contra o Náutico, que é fregues da dupla, tem que aproveitar para fazer saldo e subir na tabela.

Kadu

Só de olho..

RESERVAS:

Acompanho os políticos de Viamão, mas vejo que nossa Câmara ainda não acordou para ajudar a construir as mudanças que nossa cidade precisa. É uma pena!!.

vilaventura@vilaventura.com.br

51 3045 9000

Kadu Schwartzhaupt Servidor Público

Terça-feira | 08 de outubro de 2013

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Hoje comemoramos 25 anos de uma conquista

Professor Tomaz Wonghon

Confesso que foi com surpresa e incredulidade que li o Convite para a Sessão Especial de Promulgação da Constituição em 5 de outubro de 1988.

Surpresa de receber um convite nominal e incredulidade que, de fato, fosse observado o protocolo de lugar Numerado, Reservado e Intransferível.

Afinal, nos meses em que transcorreu o processo constituinte, o que mais se exercitava transpor era o protocolo. Foi um duro embate. A sociedade civil organizada lutava, de todas as formas, para consignar no texto constitucional, marcos de avanço e conquista. Buscava-se reconquistar terreno perdido, já na instalação da Assembléia Nacional Constituinte, que se pretendia livre e soberana e acabara sendo formada de Deputados e Senadores com poder Constituinte. Conhecíamos seu espectro, sabíamos, de cor e salteado, quem era quem, seus nomes e compromissos. A saída alternativa era mobilizar a sociedade colhendo assinaturas por Emendas Populares e construir alianças com os Constituintes comprometidos com o futuro da Nação (minoria). Sei que contando não consigo repassar o clima, a luta, a alegria de pequenas conquistas e as decepções de grandes retrocessos registrados dia após dia.

O art. 24 do Regimento Interno da Constituinte assegurava a apresentação de Emendas ao Projeto de Constituição desde que subscrita por no mínimo 30 mil eleitores brasileiros, em lista organizada por no mínimo 3 entidades associativas legalmente constituídas. A assinatura do eleitor deveria ser acompanhada de: nome completo e legível, endereço e dados identificadores do título eleitoral.

As Entidades nacionais articularam-se criando o FÓRUM

NACIONAL DE ENTIDADES NACIONAIS e saímos a coletar assinaturas em Emendas Populares.

Bancas nas calçadas, mutirão em grandes centros, em assembléias de trabalhadores, em eventos esportivos, em rodoviárias... Imaginem o tempo de coleta de cada assinatura tendo que preencher tantos dados exigidos.

Imaginem ainda quantos saíam à rua com título eleitoral à mão.

A Emenda sobre ENSINO PÚBLICO E GRATUITO (registrada com o nº 49) foi sustentada pela Confederação de Professores do Brasil (CPB) presidida por mim, pela Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Com um esforço incomum coletamos 279.013 (duzentas e setenta e nove mil e treze) assinaturas.

Este grupo de Entidades: Sindicais, Associações Profissionais, Técnicas, Científicas ou Acadêmicas patrocinaram 62 Emendas e recolheram 6.081.248 assinaturas.

A cada Emenda acolhida por cumprir as exigências regimentais foi concedido o tempo de 40 minutos para exposição e defesa na tribuna da Assembléia Nacional Constituinte.

Consciente da responsabilidade que me eram conferida assumi a tribuna e fiz a defesa da Emenda do ENSINO PÚBLICO E GRATUITO aparteado por Deputados e Senadores Constituintes. Confesso que concedi os apartes já nos minutos finais para que não restassem dúvidas do que tinha de dizer e que qualquer transgressão do tempo fosse administrada entre o Presidente e os Constituintes. Ainda me restou tempo para ratificar a indignação com a banalização da Escola e seu fim precípuo e dizer: “Temos até Escolas que estão virando refeitórios, como se o lugar adequado de fazer o café da manhã não fosse a casa do cidadão, com mesa farta, café da manhã, almoço, jantar e com o pai deste aluno recebendo salário digno para ter habitação, transporte, lazer e dar educação”.

Ah! Que aprendizado! O processo nos exigia isto constantemente. Usar o Regimento, desenvolver táticas de embate de discurso, exercitar a criatividade, encontrar soluções quando o risco de retrocesso era iminente.

Na presidência da CPB recebia, coordenava e liderava caravanas que chegavam semanalmente oriundas de Estados. Desenvolvemos uma campanha permanente: “DE OLHO NA CONSTITUINTE” com visitação diária de grupos de professores (4 a 6

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51 8457 8902

por grupo) a cada gabinete de Constituinte.

Lembro que certa feita tínhamos tantos professores na campanha que faltava onde alojá-los. A saída criativa foi alugar a lona de um circo e num espaço cedido pela UNB (com acesso a banheiros) montar uma barraca gigante. As caravanas sempre levavam colchonetes e cobertas e o clima de Brasília favorecia. Pronto!

Tudo resolvido!

Outro episódio que a lembrança, hoje, me causa risos (mas que na época era de tensão enorme) ocorreu no Grupo Temático. O Regimento obrigava a que o Relator tivesse seu relatório aprovado até meia noite do segundo dia de debate. O primeiro dia havia sido marcado por debates e interrupções. Por três vezes retiraram a assistência do recinto. A minoria de Constituintes comprometidos e aliançados com a platéia travavam o embate ao microfone. A platéia fazia sua parte com aplausos, apupos e manifestações. Com firmeza, garra, legitimidade e força. Sem mostrar bundas nem danificar patrimônio (desculpe, mas não resisti a provocação). Tínhamos consciência de que a postergação era a única saída para evitar o retrocesso. A ter um relatório prejudicial melhor era não ter relatório aprovado. Pois enquanto o ponteiro dos relógios pareciam congelados os semblantes expressavam a tensão e a angústia de resistir, e quando ultrapassaram a meia noite o plenário explodiu em abraços, choro e comemoração de Constituintes (os aliados) e sociedade.

Comemorávamos o nada, a não aprovação. Claro, significava que o relatório seguia então à revisão e novo embate então com o Cabral Relator.

Não sei nem porque estou contanto tudo isto, afinal este processo é tão desconhecido até mesmo de contemporâneos. Mas me bateu uma nostalgia assim que jornais, as redes sociais e rádios passaram a me lembrar que hoje comemora-se 25 anos da Constituição que o Presidente Ulisses denominou Cidadã, que ajudei a escrever atuando tresloucadamente em seus bastidores, que assisti comportadamente na poltrona reservada pelo protocolo e que lamento a sociedade brasileira não ter tido nestes 25 anos organização e força suficientes para exigir regulamentação de tantos dispositivos fundamentais conquistados a duras penas e tão necessários para construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Texto redigido no dia 05 de outubro de 2013, pelo Professor Tomaz Wonghon.

Tomaz

Wonghon

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Dois pra lá , Dois pra cá!

Os sopros de liberdade quando sentidos trazem euforia, coragem, ousadia de tentar.

Quem não lembra do esforço dos primeiros passos, no emprego, na dança, na luta política, no relacionamento, enfim em qualquer faceta da ação humana.

Mas quem não lembra, também, dos erros que se comete na euforia do tentar.

Na dança o resultado dos erros resulta pés pisoteados no passo errado. No emprego, decepções de dispensas e contratações até engrenar uma carreira. Nos relacionamentos resulta desacertos e se amadurecidos e compreendidos podem resultar em reencontros ou descobertas. Na luta política os erros debilitam a confiança, arrefecem o entusiasmo e corroem a credibilidade.

Mas, convenhamos, não há outra forma de acertar senão estar sempre praticando, de boa fé é claro, e sempre sujeito a erros.

Torna-se importante, então, o processo de análise, conhecimento e decisão de postura.

Ainda assim, com postura definida é sempre conveniente manter-se aberto ao debate, capaz de convencer e ser convencido. Afinal, ninguém merece ser pejorativamente reconhecido como “dono da verdade”.

Fico imaginando como teríamos maior crescimento individual e coletivo exercitando este processo, difícil, mas riquíssimo de debate aprofundado. Como ficaríamos incólumes a verdadeiros duelos de “opiniões definitivas” e reações intolerantes que mais servem a aniquilar pessoas e menos a confrontar idéias..

Tomaz Wonghon Professor