TEXTIL MODA # 2

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BRASIL | JUNHO - AGOSTO 2013 # 725 | R$ 15,00


LYCRA®. T400® e LYCRA dualFX™ são marcas registradas da INVISTA.


Maximum elasticity & resistance

Uma nova geração de tecidos stretch. A estrutura do fio tri-blend, que confere as propriedades de stretch do fio LYCRA®, com a excelente recuperação e baixo encolhimento do fio LYCRA® T400®, aliados à versatilidade do algodão. O resultado: máxima elasticidade e resistência.

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FASHION Lectra


– – CAPA – –

Tudo está de ponta-cabeça e quem ganha é o guarda-roupa masculino, que deixa de ser monocromático e chato para ganhar vida com cores e estampas cada vez mais especiais.

LIVRE

Por Tavinho Costa | Edição de moda Mário Araujo | Styling Betina Bernauer e Cinthia Kiste

ESCOLHA

Canguru de nylon Coca-Cola Clothing, lenço de seda Scarf Me, boné DC Shoes, sunga Calvin Klein Swimwear, meias Puket e sandália de camurça CNS.

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Aqui, conjunto de algodão Coca-Cola Clothing, colete matelassado Gant, meias Puket, tênis Osklen e óculos Absurda.

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Tric么 Osklen e cal莽a de moletom Coca-Cola Clothing.

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Paletó de lã Gant, camisa de algodão Levis, bermuda de sarja Mr. Kitsch, meias Puket, tênis Onitsuka Tiger e óculos Absurda.

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Casaco de lĂŁ Felipe Fanaia para Das Haus, short John de neoprene Billabong e tĂŞnis Osklen.

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Paletó e calça de lã Osklen, camisa de tricoline Ricardo Almeida, regata de malha Marcelu Ferraz, meias Lupo, tênis de lona Converse, skate Element e colar do modelo.

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Terno de l茫 Ricardo Almeida, camisa de tricoline KNT Homme, gravata de seda VR, meias Lupo, sapato de couro VR e rel贸gio de borracha Swatch.

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Moletom Billabong, camisa de tricoline Jeremy Argyle, gravata de seda VR e bermuda D&J para Canatiba.

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Camiseta de algodão Herchcovitch; Alexandre, camiseta de poliéster Quiksilver, calça de sarja com tecido Ibiza Versus da Tavex, meias Lupo, sandália de couro Dipollini e mochila de nylon Coca-Cola Clothing.

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Camiseta de poliéster Quiksilver, calça de moletom Marcelu Ferraz e óculos Absurda.

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Canguru de poliéster Billabong e camisa de flanela Ricardo Almeida.

REALIZAÇÃO Fotografia: Tavinho Costa Concepção e Edição de Moda: Mário Araujo Styling e Produção de Moda: Betina Bernauer e Cinthia Kiste Beleza: Leila Turgante @ Capa MGT Modelo: André Kherwald @ Way Model Locação: Estúdio Bertram

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– – TEMA DA EDIÇÃO – –

ELES

ESTÃO COM TUDO

ece u q a o r i e l rasi sculina b em ma m a o d o oh m d a d de ade o a n dr d d i A a a Va Lívi erc Po r m o

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Até o final dos anos 50, início da década de 60, o jeito de se vestir do brasileiro era muito influenciado pela Europa e Estados Unidos. Os homens mandavam fazer suas roupas em alfaiatarias sob medida. Existiam muitas delas no Rio de janeiro. Nessa época, teve início a industrialização do setor no País. Foi quando surgiu a rede de lojas de roupas Ducal, que atuava em são Paulo, Rio de janeiro e Minas Gerais. O nome estava relacionado à estratégia da empresa: ao comprar um paletó e uma calça, o cliente ganhava outra calça, mais barata. Daí o nome: Ducal, duas calças. Os looks dancing days, o movimento hippie e a moda unissex foram a marca dos anos 60. Contravenção foi o lema da década muito lembrada pelas calças bocas de sino usadas por homens e mulheres. Mas a reviravolta da moda masculina brasileira aconteceu após os anos 1970, com três pessoas no eixo Rio são Paulo. Na capital paulista, o divisor de águas foi o Clube Um, movimento criado pelo produtor da Rhodia, Lívio Rangan, e pelo cenógrafo Ciro Del Nero. Tratava-se de um pool de empresas de confecções que ditavam novos padrões de vestir mais descontraídos e menos conservadores. “Eles criaram terno laranja, paletó xadrez. Não era roupa para o dia a dia, era algo mais conceito, voltado à produção de revista”, diz Braga. Mais ou menos no mesmo período, o estilista carioca Luiz Freitas – mais conhecido como Mr. Wonderful – começou a ganhar destaque no Rio de janeiro. “Ele revolucionou o jeito do homem brasileiro se vestir com roupas ousadas e estampas”, comenta Braga. Até àquela época, os jovens brasileiros pareciam velhos com trajes muito clássicos e de cores sóbrias, como o azul marinho e o cinza. O sr. Maravilha não achava esse comportamento condizente com um País alegre e de clima tropical e por isso inovou com cores quentes e muita ousadia, iniciativa que foi prestigiada por per-

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sonalidades como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Fernando Gabeira. sua irreverência atravessou mares, O sr. Maravilha chegou a ter lojas na Holanda, um showrrom em Nova York e três lojas em Portugal. Nos anos 80, foi a vez dos yuppies, uma derivação da sigla inglesa YUP, que significa Young Urban Professional. “Eles vão buscar referências nos seus avós, nas roupas feitas em alfaiatarias sob medida”, diz

uisa da q s e p Uma hembi n A e ad faculd ostra m i b m Moru % dos 0 4 s a en que ap pram m o c s homen upas. suas ro

Diversidade é a palavra que define a moda masculina brasileira. Não existe apenas um, mas vários cenários: moda jovem, moda masculina para praia, para o trabalho, para a balada, para o esporte. A vestimenta vai se adequar às circunstâncias e à personalidade do homem em questão. Os mais sérios optam por roupas clássicas, os mais descontraídos preferem as mais arrojadas. “Mas no geral, depois dos anos 60, a moda jovem se impõe à moda adulta”, afirma joão Braga, professor de história da moda na FAAP. Hoje, a gama de estilistas brasileiros que ditam tendências dentro e fora do Brasil é considerável. só para citar alguns: Ricardo Almeida, joão Pimenta e Alexandre Herchcovitch. Mas nem sempre foi assim.

Otávio Lima, coordenador da pós-graduação Negócios e Varejo em Moda da Anhembi Morumbi. A década de 90 não teve uma moda tão definida, mas o estilo grunge adotado por Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, conquistou muitos brasileiros. já o ano 2000 marcou o surgimento da geração canguru. “são homens entre 25 e 40 anos que não querem sair da casa dos pais. Eles vão gastar mais em roupa”, diz Lima. Hoje, o mercado de moda masculina brasileira está recheado de grandes marcas e estilistas. No caso dos criadores, há nomes como Ricardo Almeida, com quase 30 anos de trajetória, e também novatos, como o estilista carioca Eduardo Guim. O leque de opções de marcas disponíveis para o cliente também é enorme. só a InBrands – que tem como maior acionista Nélson Alvarega, criador da Ellus – tem em seu portfó-


lio nomes como: Ellus, Ellus jeans Deluxe, Ellus 2nd Floor, Alexandre Herchcovitch, Richards, Richards selaria, Mandi, Los Dos, Bobstore e Bintang. E no dia 04 de janeiro deste ano, a companhia reforçou seu rol de marcas icônicas ao anunciar a conclusão da associação com o grupo Tommy Hilfiger do Brasil s.A. No segmento das roupas feitas sob medida, o grande destaque é Ricardo Almeida, estilista que veste a nata do PIB brasileiro. Referência de elegância masculina, ele ficou ainda mais em evidência após repaginar o visual do presidente Luiz Inácio Lula da silva. Detalhe: um terno do profissional não sai por menos de 4,5 mil reais, leva cerca de 45 dias para ficar pronto e, se o atendimento for com o próprio Almeida, o valor sobe 20%. Mas o fato é que no Brasil de hoje há espaço para todos os nichos do luxo ao casual. Uma pesquisa da Associação Brasileira de shopping Centers (Abrasce) evidencia que a preocupação do homem com a aparência anda em alta e que a frequência deles em shoppings está quase igual do público feminino. segundo o estudo, 55% dos visitantes são mulheres e 45% são homens. Desse montante, 67% dos homens visitam os shoppings semanalmente; 33% quinzenalmente e mensalmente. No público feminino, as porcentagens são bem parecidas: 63% e 34% respectivamente. O gasto médio por visita também é bem próximo: elas gastam 149 reais e eles 145 reais. No entanto, uma pesquisa da faculdade Anhembi Morumbi mostra que apenas 40% dos homens compram suas roupas. “O Brasil é um país latino e machista. A moda é um ambiente feminino e o homem que assume diferentes estilos é questionado em sua masculinidade”, diz Lima. “Mas aos poucos as marcas estão quebrando estes paradigmas”, finaliza.

A cad a est rein traze venta o tr ação, a B urber ench ndo m ry coa od a peç a, o q ernidade t, sempre e ino ue a da lis ta do mantém vação s n guard objetos d o topo e a-rou pa m sejo do asculi no.

aRtIgo DE LUXo Os anos passam, mas há certas coisas que não mudam. Entre elas, o privilégio de ter uma roupa feita sob medida, de preferência numa alfaiataria. O homem do século XXI quer qualidade, muitas vezes exclusividade, mas não quer esperar meses por um terno nem gastar todas as suas economias no produto. É neste contexto que a empresa de soluções Lectra vem ganhando espaço. A companhia oferece tecnologias que permitem produzir mais rápido, melhor e com menor custo. Um dos sistemas reduz significativamente o tempo de produção. O processo tradicional precisa necessariamente de três fases: enfestamento, alinhamento de listras nas mesas estáticas e corte. Já o sistema Vector FXE Matchline da Lectra elimina a etapa intermediária. A automação reduz o tempo sem perder em qualidade, consequentemente também diminui os custos. Não por acaso, a solução tem sido demandada por diferentes players: do fast fashion ao mercado do feito sob medida. Entre os clientes, nomes como H&M, Marks & Spencer, Diesel, Prada, Armani, Dolce & Gabbana e Ermenegildo Zegna. No segmento de luxo, a tecnologia tem sido uma ótima aliada, uma vez que a confecção de ternos masculinos requer mão de obra qualificada para ajustar listras e padrões, o que nem sempre se acha fácil. Mas para quem quer um alfaiate à moda antiga, com todos os processos feitos à mão, eles existem, mas são o luxo do luxo e o preço pode ser comparado com o de um diamante. Foto: Burberry / Divulgação

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– – QUEM SOMOS – –

COLABORADORES DA #725

ependente a 2ª edição ind

Novos integrantes

André Kherwald @ Way Model Figura presente nas principais passarelas do país, André tem um portfólio bastante grande para um new face. Pode ser visto constantemente em editoriais das revistas ffw MAG!, U+MAG, Made in Brazil, entre outras. Natural de Pato Branco, Paraná, mantém o jeito de menino do interior, sempre atento e educado. Antes de ingressar no mundo fashion, o modelo vendia frutas e verduras para ajudar a família e entrou na profissão meio que por acaso. Nos próximos meses, muda de São Paulo para o mundo, em sua primeira temporada internacional.

Juliana de Faria

Rafael Vita

Formou –se em Jornalismo pela PUC-SP e se especializou em moda em Londres, pela Central Saint Martins. Atualmente, mora em Berlim, onde descobriu que gosta mais de escrever sobre a mulher que veste as roupas do que as roupas que vestem a mulher. Por isso, lançou um projeto pessoal chamado OLGA (www.thinkolga.com), um think tank que se propõe a elevar o nível de discussão sobre feminilidade nos dias de hoje.

Formado em Economia pela Unicamp, elegeu Londres para chamar de lar. No coração do mundo, divide-se entre a rotina de gestor de portfólios em um banco de investimento e a vida pujante da cidade, com suas festas, shows e rodas literárias. Bem relacionado, acompanha as semanas de moda do mundo e a vida de seus criadores de perto, sendo, meio que sem querer querendo, testemunha ocular do desenvolvimento da moda mundial.

Maisa Rodrigues Jornalista por formação, já fez um pouco de tudo nessa vida. De expediente no KFC da Austrália a freelas como redatora e revisora de textos, a sagitariana se diverte com a sua própria versatilidade e não desanima nem mesmo com os projetos mais malucos. Rata de praia e cheia de rodinhas nos pés, adora viajar, contemplar o sol e descobrir novas culturas e formas de pensar.

Ricardo Ziviani Arquiteto por formação, é com seus traços que dá vida a cenas e personagens para as mais variadas publicações. As linhas e o amarelo, suas marcas, colorem os locais por onde passam.

OS DE SEMPRE

Ana Clara Garmendia Fotógrafa

Betina Bernauer e Cinthia Kiste

Fernando Tucunduva

Leila Turgante

Lívia Andrade

Mariana Eller

Mário Araujo

Tavinho Costa

Jornalista

Styling

Designer

Designer

Jornalista

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Para c o detalh nhecer ma equip es sobre is a ed MOD a TEXTIL faceb A, visite: textilm ook.com / odam agazin e

Make-up artist

Fotógrafo

Vivi Haydu Publisher


Crush

Super 150 em pura lã fria australiana

Sofisticação e conforto para todas as estações.

www.paramount.com.br Collezione Paramount Tessuti é uma marca do Grupo Paramount Têxteis.


– ––CARTA – TEMADOS DA EDIÇÃO EDITORES – –– –

o... r com agge J y a ia M Georg

As imagens de Terry Richardson e de Juergen Teller foram o ponto de partida para a se-

A realidade captada por esses icônicos fotógrafos foram transportadas para as matérias, que ganham vida com assuntos atuais e relevantes para os apreciadores de moda e cultura. Como não poderia ser diferente, o universo artístico, tão em convergência com a cena fashion atual, ganha destaque na edição, com as exposições de David Bowie no Victoria & Albert Museum, em Londres, e sobre o Punk e a alta costura, no Costume Institute do Metropolitan Museum, em Nova York. As principais semanas de moda nacionais viraram matérias bastante interativas em nossas páginas e ainda contam com uma novidade: a cobertura da beleza das passarelas. Assim, nosso portfólio de beauty, que nasceu com o editorial de cartela de cores, amplifica-se dando mais atenção para esse segmento, que crescer a passos largos no Brasil. Outra grande novidade é a estreia da editoria de acessórios, assunto fascinante e tão relevante para a indústria atualmente. Escolhemos dois ícones desse universo para dar start a essa deliciosa conversa: Iris Apfel e Vera Masi. Esperamos que goste e aproveite bastante esta edição da TEXTIL MODA, que faz, inconscientemente, uma viagem pela moderna e transgressora Londres. Embarque nessa trip conosco. Boa leitura! Mário Araujo e Mariana Eller 22

#725 5 17 20 22 24 26 28 30 32 38 39 40

Editorial – LIVRE ESCOLHA Capa – Eles estão com tudo Quem somos Carta dos editores Acessórios – Avant-garde Materiais – Denim Design – Art Déco Inspiração – Liberdade Entrevista – Felipe Teobaldo Profile – Adrej Pejic Cartela de cores – Quem tem boca vai a Londres Boas compras

48 50 52 54 56 58

EVENTOS ELLE Summer Preview SPFW Minas Trend Fashion Rio Casa de Criadores Make-up

60 63 66 76 77 80 82

Curtas Cultura – Punk no MET Moda de rua – Unissex Música – London band Gastronomia – Café Quadro de inspiração Guia da TEXTIL

Fotos: Terry Richardson / Reprodução e TEXTIL MODA

gunda edição da TEXTIL MODA, que mergulhou no guarda-roupa masculino e seus múltiplos diálogos para entender melhor como esse segmento está se desenvolvendo no Brasil e lá fora e seu potencial de crescimento.


ObstinaçãO. a busca incansável da canatiba pelO denim perfeitO, a cOnstruçãO dO denim preciOsO, autênticO, inOvadOr. preservandO Os recursOs naturais, cOm respOnsabilidade sOcial. trabalhadO exaustivamente cOm a dedicaçaO dO artesãO, lapidadO dia a dia. a canatiba é mOvida pOr esta paixãO, de quem garimpa cOm ObstinaçãO, na busca da cOnstruçãO perfeita, dO tingimentO Original, dO acabamentO que lapida, que transfOrma O brutO em preciOsO: O denim na mais preciOsa jOia.

w w w. c a n at i b a . c o m . b r tecido com a tecnologia LYCRA® lastingFIT


– – ACESSÓRIOS – –

Por Mário Araujo

AVANT

l já Vera Masi e Iris Apfe undo faziam história no m antes dos acessórios bem o das bijuterias virarem a último grito da mod

GARDE

paixão em rações e de estilo, uma ge de ça en er dif da ar Apes paulistana Vera Masi a ria esá pr em da ia tór his a essócomum une Iris Apfel: a devoção aos ac ino rqu -io va no ion sh fa ne do íco rios impactantes. reditava em no dos adornos, Vera já ac Bem antes do hype em tor rias inte, conta que preferia bijute nte sce ole ad e sd De . ça for sua não tentam recem bijuterias mesmo e ressantes, “daquelas que pa a de sua s de família que, na époc sa lio va s ça pe às ”, as joi r imita s moças da nos pescoços longilíneos da juventude, era comum ver scolados. alta sociedade em bailes de mundo cedo, Iris se encantou pelo ito mu e sd de , ra Ve mo co Assim scente, na década de 1940, ole ad do an Qu s. ma for s da das cores e ajustada, usavam tailleur e cintura res lhe mu as e qu em do à perío ça exclusiva dos homens pe , ns jea de r pa o m co a ela já sonhav k perfeito, as uma justificativa, o loo en ap ha tin o sã ses ob A a. e époc calça masculina, turbante a ers rov nt co la pe do ma que era for . brincos de argolas gigantes especialie desenho industrial. Iris se ra tu ite qu ar ar ud est foi de Vera quis para possíveis linhas cro va ca bis ra ra Ve . ão raç zou em deco o, o escriYork, junto com seu marid va No em riu ab s Iri s. ria cos. bijute do em tecidos raros e exóti za ali eci esp , ers av We rld tório Old Wo ças à paixão pelos acessógra foi , tos tin dis os nh mi ca Apesar dos ndo puderam gens que o Brasil e o mu na rso pe as du s ssa de s rio o universo das bijuterias. passar a entender melhor ís. to dedicado ao gênero no pa en ev o eir im pr o 0 199 em Vera criou bijuterias e ra reunia fabricantes de fei a s, oia Bij de a ad am paCh ontecia em Paris, era em ac e qu ao te an elh sem E, semijoias. ra a estação. trazendo as novidades pa , da mo de a an sem à o lel ra ceito com o existia um imenso precon is po l, íci dif foi ço me co ou o “N ssar do tempo, rejeição vir pa o m co s Ma . ra Ve nta produto”, co ulo, já conlizado na cidade de São Pa rea to, en ev o je ho e cio gó espene m 200 expositores e fila de co is, ua an es içõ ed o atr ta com qu ões para os dos em mostrar suas coleç ssa ere int 100 de is ma de comra a oportunidade única de têm e qu il, as Br o o tod lojistas de çamentos. ediatamente os últimos lan im sa ca ra pa ar lev e ar pr os fashio, Iris provoca frenesi entre ra Ve de ra fei a mo co sim As forma ção aos acessórios e sua vo de de os an s go lon us nistas. Se me Institute aram exposição do Costu vir o çã osi mp co de al , gin ori York em 2005. Desde então va No de m seu Mu n lita do Metropo Iris Apfel

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o mundo passou a conhec er melhor a história dessa mulher extraordinária, que fez dos acessórios sua devoção, e, por tabela, explorou o poder dos mesm os. A contribuição de Iris não para por aí. Devido ao est rondoso sucesso da mostra do MET, foi desenvolvida uma expo itinerária semelhante, que roda museu s nos Estados Unidos, além de ser figurinha constante nos prog ramas de TV e revistas de moda, sempre falando sobre a impo rtância das bijuterias como forma de expressão. Além disso, sua exuberância a levou, já co m quase 90 anos, aos holofotes da pu blicidade, Coach e M.A.C, en tre outras grandes marcas, usaram sua singular imagem para promover novos produtos e linhas co assinadas. Mulheres fortes de negócio e de personalidade, Iris e Vera têm mais em comum do que im aginam. As duas possuem o acessório como elemento principal do look. Vera escolhe a su a roupa só depois de ter garimpado as peças certas para o dia . Iris gosta de fazer composições. Pre fere escolher looks básicos pa ra poder mesclar. Cria de maneira única, que causa inveja aos stylists mais experientes do merca do. E vai além, cometendo ve rdadeiras loucurinhas po r causa das bijuterias. “Tenho algumas peças extremamente pesa das, aí escolho ocasiões especiais pa ra usá-las. Situações que eu não precise ficar de pé por muito tempo, nem me locomover, pois não resistiria e um desmaio ser ia inevitável”, conta. Fazendo um paralelo com a arquitetura, universo tam bém comum a ambas, comenta seu pr ocesso criativo: “quando construo um ambiente ou monto um loo k, trago para ele minhas ex periências, meus pensamentos, minhas vontades e desvontades, po r isso esse processo é tão único e orgân ico”. Mesmo já consagradas, nã o pensam em parar. Vera est á reformulando a Bijoias. Com a am pliação do Shopping Frei Ca neca, onde o evento ocorre há dez an os, o salão de exposição ga nh a espaço extra. Ao invés de trazer ma is marcas, uma nova expe riência em compras será implentada na feira. Um projeto que est á sendo desenvolvido com os melhores profissionais do mercado. É aguardar para conferir. Promete! Iris continua trabalhando em suas parcerias, mais ativa que nunca. Óculos, acessórios, maquiag em... Uma infinidade de linha s de produtos coassinados que devem vir em breve por aí. Sinal de que o amor pelos acessórios não morre nunca, nem mesmo com a idade. Fotos:

Bruce Weber / Peabo dy Essex Museum e Bijoias / Fábio Paz zini.

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Vera Masi


– – MATERIAIS – –

DURO A D E U Q A N

enim aparece nas d o o, b o b e o ic ás b Nada de inovações que vão m co 14 20 o rã ve e d passarelas ento e tingimento. am ab ac ao s ra fib as das tramas d z as tecelagens, que fa d sa ui q es p a a ar p Ponto s sofisticados. ai m z ve a d ca os d ci surgir te Por Rafael Vita

ilvulgação a Fotosite / D Fotos: Agênci

Mar Del Castro

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Ellus


Lançamentos Canatiba Denim Star Collor Stretch: produto em cores desbotáveis que pode ser trabalhado com a técnica de estampas em tecidos Star Collor Estampados. Disponível em amarelo, verde, laranja, azul, rosa, pink e lilás.

Covolan Cetim Genius: 77% algodão, 20% poliéster e 3% de elastano e tingimento com tecnologia Genius Denim, que se destaca pela redução de 40% no uso de água para a fabricação e otimização de 75% no processo de tingimento, além de utilizar o processo chamado Nitrogen Indigo Performance (NIP).

Capricórnio Double Face da linha Platinum: Sardenha (azul profundo e avesso preto) e Samoa ( verde acinzentado e avesso preto) com 9,5oz e confeccionados em 81,5% de algodão, 17% de poliéster e 1,5% de elástano. E Aruba (azul aberto e intenso e avesso azul escuro) com 10oz e composição de 81,5% de algodão, 17% de poliéster e 1,5% de elastano.

Tavex Tri-blend technology®: combinação de suas fibras elásticas, o fio LYCRA® e o fio LYCRA® T400®, com a versatilidade e o conforto do algodão. Dentre os tecidos que usam a tecnologia, destaque para o AVANT, um Denim 9,2 oz, e o FUSION uma sarja 8,1.

Cedro X Comfort Super Stretch: tecidos super stretch, ideais para a produção de peças mais justas ao corpo, como skinnies e jeggings. Disponível em diferentes opções de construções, pesos e tingimento.

Vicunha DUO Color: tecido que tem como diferencial a possibilidade de tingimento em cores diferentes, o direito e o avesso pelo método Direto + Ácido. O material está disponível na versão normal e metalizado.

Ronaldo Silvestre

Julia na J abo ur

Coca-Cola Clothing

TNG

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– – DESIGN – –

THE GREAT

GATSBY

Na onda do filme mais esperado do ano, TEXTIL MODA desvenda o hotel art déco mais tradicional da capital inglesa Por Rafael Vita

Localizado no sofisticado bairro de Mayfair, em Londres, e considerado pela nobreza inglesa com0 a extensão do Buckham Palace, o Claridge’s pode ser definido como uma verdadeira joia art déco. Cenário das festas mais badaladas da cidade, dignas de Mr. Gatsby, recentemente virou documentário na BBC, fato que revela o carinho que os ingleses têm com esse patrimônio da arquitetura. Fundado em 1812 como Mivart’s Hotel, a construção da época nem de longe lembra o sofisticado prédio atual. No entanto, não foi da noite para o dia que essa transformação aconteceu. A fusão de inúmeras pequenas casas e hotéis do quarteirão foram responsáveis por dar a dimensão que o prédio tem hoje. Já seu nome vem de Mr. And Mrs. Claridge’s, que adquiriram a operação em 1854.

Apesar de manter o nome por mais de 150 anos, o prédio que abriga o hotel hoje é mais recente. Em 1894, Richard D’Oyly Carte, proprietário do Hotel Savoy, compra o Claridge’s e o coloca no chão. Aí nasce o prédio que conhecemos hoje. Assinado pelo escritório George Trollope & Sons, foi inaugurado em 1898. Depois da primeira guerra, o hotel virou a casa de muitas monarquias europeias, que já não dispunham mais de uma residência fixa em Londres. O hotel também virou o local predileto para os jovens se encontrarem e fazer festas memoráveis. Em 1929, um deslumbrante salão de festas (Ballroom) e 80 novos quartos foram inaugurados. Oswald Milne, um pioneiro do movimento art déco, transformou o lobby do hotel na joia rara que se 28


Fotos: Claridge’s / Divulgação

mantém imponente até hoje. Grande parte da decoração, incluindo trabalhos de Basil Ionides e um belo painel de porta em Lalique se mantém intactos até hoje. Depois de alguns anos gloriosos vem novamente a guerra e algumas famílias reais o usam de refúgio, tendo, em 1945, uma de suas suítes declaradas território da Iugoslávia por ordem de Winston Churchill para o nascimento do príncipe Alexander II. Na década de 1950, o glamour hollywoodiano toma conta do hotel. Estrelas da época como Audrey Hepburn e Cary Grant fazem do Claridge’s a sua residência em Londres. E de lá para cá esse glamour não morreu. Hoje, o tradicional hotel abriga um mix interessante de hospedes e frequentadores, que vão dos tradicionais membros da família real a top models internacionais, homens de negócios e estrela de cinemas. O famoso chefe Gordon Ramsay abriu em 1996 um restaurante dentro do hotel, que possui uma lista de reservas gigante e frequentadores assíduos, como o casal Victoria e David Beckham. O Claridge’s se modernizou, mas não perdeu a tradição nem apagou seu passado. Aliás, usou dele para se tornar referência. É uma das joias do art déco da capital inglesa. É um patrimônio da cidade. Poucos hotéis conseguem se manter no topo por tanto tempo e entregar um serviço de primeira que encanta tanto quem o visita pela primeira vez como quem é cliente assíduo. Com certeza, é um lugar que merece uma visita!

s... BACK TO THE 1920

aridge’s desenvolveu e Great Gatsby, o Cl Th e film do o nt me lança us frequentaPara comemorar o ees’ para ensinar se Kn e’s Be e ‘Th a nç eigrupo de da se revelarem verdad uma parceria com o n. As mulheres que to les ar Ch , de las os ou ss s pa s, lantej dores os autêntico nos como headband or ad de ar us ab e derão usar ras “Gatsby’s girl” po e luvas de cetim! colares de pérolas ‘The Bee’s Knees’. Na das dançarinas do ce an rm rfo pe a um com rticipantes poAs aulas começam elas na pista. Os pa a e r-s ta jun a s do o s são convida sses acontecem até sequência, os aluno o, o “Flapper”. As cla siv clu ex ink dr um de your body! dem desfrutar ainda por Londres, shake do an ss pa er tiv es Se dia 15 de julho.

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– – INSPIRAÇÃO – –

E DA D a D O R M E B A I L N

res e h l u s m uário. a ram o vest mo a d s u r aj os n o me ns. r e e z e ên ue bla g q o om e a r h e d a s king aldade inho p com o o o sm r a igu o cam nteça , a alç nça m long aco a Ac c l u file aa há D es o : a s oto aç ã ind | F a u lg v i s m i D l Ma Ber thing/ de o J Po r

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Até os anos 1930, as mulheres não podiam usar calças. Nem todas as atividades eram feitas com o conforto que conhecemos hoje. Uma delas era andar a cavalo. De saia, moças conduziam os animais sentadas com as duas pernas voltadas para o lado. Cansada da situação, Coco Chanel resolveu dar um basta à ditadura das saias. Numa tarde de montaria, a estilista francesa e fundadora da maison homônina literalmente tirou as calças de um cavaleiro do grupo de equitação para que pudesse vesti-las. “Eu dei liberdade às mulheres”, disse, mais tarde, sobre sua rebeldia contra “a moral e os bons costumes” da época. O que começou com uma ousadia de mademoiselle Chanel acabou virando uma tendência constante da moda no século 20, que se mantém forte até os dias de hoje. Muitas das propostas que os estilistas apresentam na passarela e das boas ideias vistas na moda de rua hoje consistem em pegar emprestado peças do guarda-roupa masculino e adaptá-las para as mulheres. Em 1966, Yves saint Laurent chocou não apenas a indústria da moda, mas também a sociedade, ao apresentar na semana de Moda de Paris o le smoking, versão feminina do que, até aquele momento, era o mais masculino dos trajes. As calças apresentadas por Chanel ainda eram mal-vistas em eventos mais refinados. Com a criação de saint Laurent, o público feminino recebeu passe livre para ir de calça a festas de gala. À medida que as mulheres aumentaram a presença no mercado de trabalho, surgiu a necessidade de roupas que as adaptassem ao ambiente de escritório, até então predominantemente masculino. “Isso abriu caminho para que elas pudessem usar as mesmas peças dos homens, como camisas, blazers, ombreiras...”, afirma 30


o estilista Mario Queiroz, que está fazendo um doutorado sobre a imagem feminina e masculina na moda. Uma das expressões atuais desse comportamento andrógino é a mais-do-que-tendência boyish. Calçados Oxford, calças volumosas, chapéus coco, gravata borboleta e até suspensório ganham os looks das mulheres. Alexa Chung, uma das maiores it-girl atuais, é grande representante do style, usando essas peças até mesmo em tapetes vermelhos. Várias grifes de peso e estilistas respeitados já trabalham em cima do movimento andrógino, com criações de peças que servem para ambos os gêneros. Rei Kawakubo, da Comme des Garçon, e Yohji Yamamoto são alguns deles. No Brasil, Raquel Davidowicz, da UMA, brinca com a androginia em suas formas soltas e ultraconfortáveis. Mario Queiroz também acolheu a proposta. Expert em alfaiataria masculina, o estilista se aventurou pela moda feminina pela primeira vez em 2011. suas coleções costumam trazer pelo menos um look com versão para os dois sexos. Enquanto as mulheres conquistaram de vez o direito de usar roupas masculinas, os homens parecem não ter conquistado direito nenhum. “O guarda-roupa deles ainda parece um grande luto: todo preto, com ternos quadrados, todos iguais, como se fossem para um velório”, diz Mario Queiroz. Mesmo sendo uma situação que parece se recusar a mudar, existe um grande número de experimentações, tanto nas passarelas quanto na vida real. Um exemplo são os jogadores de futebol – um espaço bastante masculino – que se preocupam com a vaidade e com ousadias no vestuário. O resultado é que a moda está caminhando lado-a-lado com as mudanças da sociedade. Com a igualdade entre gêneros se fortalecendo, os homens também começam a encarar uma jornada antes exclusiva das mulheres, como cuidar da casa e dos filhos. No mercado, o caminho começa a se inverter e os estilistas passam a pegar peças emprestadas do guarda-roupa da mulher para o homem. Comme de Garçon e jean Paul Gaultier são algumas das marcas a colocar saias masculinas na passarela. Marc jacobs, estilista que comanda a Louis Vuitton e também tem sua própria marca homônima, adotou a peça como uniforme, tal qual uma Marlene Dietrich (atriz fã das calças nos anos 1930) da atualidade. Por essas bandas, Alexandre Herchcovitch também ousou com maxicamisetas que lembravam vestidos, em seu inverno 2011. O grande nome das novas propostas de vestimenta para homens é joão Pimenta, que faz coleções quase poéticas com babados, bordados, rendas, batas e plissados. A modelagem também é feminina: cinturas ajustadas. Mas ainda existe um longo caminho a percorrer. Muitos elementos da moda ainda parecem estar restritos a algum gênero. “Mesmo entre os mais moderninhos, alguns tecidos e materiais não são tão bem aceitos. E, até onde eu saiba, tecido não tem sexo”, diz Queiroz. 31


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– – ENTREVISTA – –

FELIPE TEOBALDO Por Mário Araujo | Ilustração de Ricardo Ziviani

Profissional do século 21, Teo, como é conhecido, acumula uma série de atividades, sempre guiadas pela inovação. Fundador do site Neonico, febre entre os meninos consumidores de moda, pesquisa tendências e está sempre ligado no que há de mais moderno no Brasil e no mundo. Já trabalhou em agências de mídia sociais. Já foi consultor do Tumblr no Brasil. Já comandou várias das festas mais badaladas de São Paulo. Adora videogame! Veja, a seguir, a conversa que a TEXTIL MODA teve com ele:

MODA É uma atmosfera de consumo. Um clima onde se consomem ideias, inspirações, não apenas os produtos. Moda é também aquele frio na barriga misturado com sorriso, que eu sinto quando vejo algo que foi feito para mim. O criador pode até não saber, mas eu sempre descubro quando é para mim. Acho que a gente sempre sabe, né?

1º CONTATO Com minha tia. Sempre a achei deslumbrante; algo nela me fascinava muito. Havia muita sofisticação no jeito dela, e eu notei que eram as escolhas. Minha tia foi uma grande inspiração na hora de entender de estilo. Dalí em diante, eu iria querer saber o porquê e o como de cada escolha de roupa, acessório, ideia dela. Havia sempre uma história, algo bonito de se ouvir.

MODA BRASILEIRA Um embrião procurando o sol encoberto pelas nuvens da burocracia fiscal. Não acredito que seja possível entender o cenário da moda nacional sem lidar com o problema estrutural do pequeno empresário brasileiro. Abrir empresa é caro, investir no futuro é acompanhado de pouco suporte, e ainda são poucas as iniciativas que preparam os criativos para se tornarem administradores. 33


Trabalhar com moda no Brasil é para corajosos. Mais do que em outras funções, é preciso acreditar e investir pesado tempo e dinheiro em planos de médio prazo. Não há solução fácil para a moda. Apesar disso, ainda somos porta para a inspiração do mundo todo quando se pensa em sol. A nossa cultura permite girar 360ª graus no mundo sem sair do nosso país – nesse ponto somos raros, e isso vem se consolidando. A pegadinha da diversidade é procurar identidade, mas acho que estamos chegando lá.

CONTEÚDO DE MODA Observando as pessoas que eu achava inspiradoras e tentando parametrizar à distância de referências entre as escolhas delas e as minhas. Eu sempre fui um nerd da internet, trabalhando como desenvolvedor para o mercado de inovação (mobile)... Eu apliquei minha metodologia de estudo de tecnologia para a moda e consegui “acessibilizar” um tipo de informação que estava faltando para outros garotos como eu.

NEONICO Dessa dúvida de como eu, que vivia sempre tão bem cercado de conteúdo no Recife, virei esse menino jeca ao chegar em São Paulo. Havia claramente alguma coisa faltando, pois eu não era tão legal quanto os meninos daqui. Eles eram punks, roqueiros, preppy, cada um tinha o seu estilo e, se quisessem, todos ao mesmo tempo. E eu não tinha nada disso, tinha só fascinação por tudo. Eu criei um blog, comecei a postar todo tipo de mídia - foto, áudio, vídeo, moda, arte, design – tudo que pudesse ser descrito por três tags: #moderno #masculino #urbano. Com isso, eu comecei a criar um painel que visualmente explicava esse movimento que eu achava rico em São Paulo. Eu o chamei de Neonico, como um anagrama de Neo Icons, esses caras que para mim eram os novos ícones do estilo urbano.

PARADA Porque eu entrei em contradição. Comecei o Neonico para “acessibilizar” a informação e, em algum tempo, com a popularidade do site (nessa época tínhamos já chegado aos 7 milhões de visitas), a audiência passou a demandar um formato de conteúdo que era completamente diferente daquilo em que eu acreditava. No lugar de poder entregar possibilidades de viver moda para todos, eu senti que estava virando um relatório que havia chegado nas lojas de São Paulo. Esse movimento atingiu quase todos os blogs de moda com a popularização dos planos de mídia na internet nos últimos anos. Alguns blogs assimilaram isso com naturalidade, mas quando todos se transformaram em estruturas autossustentáveis, o Neonico se tornou insustentável.

ão Paulo, S m e r a g e h Ao c ão era tão n u e e u q i b perce os meninos legal quanto m punks, ra e s le E i. u q da reppy, cada roqueiros, p o estilo e, um tinha seu , todos ao se quisessem po. E eu não m te o m s e m so, tinha só is d a d a n a h tin or tudo. fascinação p

CRIADORES

é entregar um mapa de navegação nesse turbilhão de referências. Depois de trabalhar no próprio Tumblr, em agências, com política e abrir a minha própria empresa, hoje, eu acredito que posso desenvolver no novo Neonico uma metodologia de curadoria que pode ser usada por criativos para navegar por referências e novas escolas estéticas inspiradoras. Quero ajudar!

WHY? JEREMY SCOTT Sou fã porque ele não leva a sério demais a tradição do design masculino. Acho que faltam cores, asas, brincadeiras pra meninos na moda. Minhas referências são essas: pixels, RGB, heróis, comics... Eu gosto de vestir isso. Há um lado de anarquista em não querer crescer. Meu Peter Pan interno faz uso da moda.

PENSAR MODA É... Devoção. Todos os que eu conheci que lidam com moda sem deslumbre são intimamente ligados aos seus sentimentos quando trabalham com isso. Beleza desperta desejo. Acho que é preciso acordar e ir dormir se sentindo vivo. É fácil sentir isso quando o coração bate mais forte.

VOLTA

UMA ROUPA EXPRESSA O QUE UMA PESSOA É?

Tudo que eu espero do Neonico é que ele seja capaz de inspirar. Nunca tivemos a intenção de validar nada, e acho que hoje, com o excesso de informação visual que existe, o melhor que posso fazer

Não. Como ninguém consegue se expressar em uma única palavra ou cor ou música. Não somos binários. Somos transformações. >

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Mais sofisticada e desenvolvida, a linha Platinum da Capricórnio Têxtil completa a atual coleção da empresa

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> Quem nós somos muda bem na hora que tentamos nos decifrar.

oportunidades da sociedade de consumo para bem posicionar seus produtos. Neymar é vaidoso, tem meio caminho andado aí.

CÓDIGOS

TENDÊNCIA HOJE

Na tecnologia, costuma-se dizer que o jogador mais criativo é aquele que rouba o jogo, porque ele não apenas reconheceu as regras como torceu um parâmetro não contemplado pelo criador da estrutura que tinha antes dele a visão do todo. O código é o mundo de regras, sem ele não haveria como ser moderno. Concordo com os valores eternos, é do contraponto dele que nasce a juventude.

O reconhecimento dos elementos sensuais masculinos e a superexploração deles. Barbas, boné, bermuda, sneakers... O menino-masculino parece ser um contraponto ao boy fashionista que ascendeu no mundo dos blogs na última década. Parece um reconhecimento de território; tenho visto isso por todo lado.

MODA MASCULINA O homem brasileiro precisa se tornar mais interessante. A moda é um reflexo do comportamento da sociedade. Chanel mudou tanto a sociedade dela quanto a aristocracia absorveu suas ideias. Existe uma culpabilidade excessiva orientada à moda quando se fala de falta de identidade ou personalidade desse caráter nacional desatrelado da moda do homem brasileiro. Para a moda ser mais interessante, falta o homem entender que ele tem o direito de ser de outro jeito. Às vezes, é só isso que basta, saber que não precisa ter um guarda-roupa onde as mesmas peças são trocadas como baterias velhas por outras iguais, novas. Mas, para isso acontecer, é preciso entregar informação e contextualizar as opções. É papel das novas mídias e também dos empreendedores olhar e identificar as

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NO FUTURO... A integração da tecnologia à moda. A ruptura das barreiras finais entre o masculino e feminino (já que a nova geração X-Y pouco se importa com gênero) e o desenvolvimento de ultranichos baseados no excesso de audiências possíveis online. Com a facilidade de usar tecnologia para começar novos negócios, acredito que pequenos grupos irão se especializar e seus produtos irão crescer. Acho que o pequeno é o novo grande. Grandes grupos de moda já estão entendendo que não existe logística no mundo que dê conta de padronizar sua audiência numa coleção – tamanha a velocidade e dinamismo do público moderno. Acho que as marcas vão criar diversos segmentos de lifestyle, e fomentar isso, criando possibilidade de manobras comerciais, aumentando a rentabilidade, e diminuindo os riscos no investimento.

MUDANÇAS NA MODA A sociedade brasileira é profundamente midiática. Novelas são responsáveis por parte desse formato assumido por ela, mas, obviamente, não integralmente. Acho que o brasileiro é passional, e que as mudanças acontecem na emoção. Isso pode ser pelo envolvimento com a novela, pela indignação com algum absurdo social ou com algum novo hit do pop futebol-sertanejo-carnaval.

REFERÊNCIA. INPIRAÇÃO Contos de fada. Eu tenho (re) lido muito Hans Christian Andersen, Grimms, e outras compilações e antologias sobre a psicologia da fantasia. Acho que existe um toque de universalidade quando se fala em sonhos; são valores universalmente humanos. É isso que eu procuro explorar quando crio algo, o lado fascínio, ou como me aproximar disso. O mundo muda quando você passa a olhar para ele de maneira sensível.

CENÁRIO IDEAL Suporte ao pequeno empreendedor, crédito, cursos de suporte administrativo aos criativos, grupos de investidores acessíveis, envolvimento de grandes setores têxteis na promoção dos pequenos talentos, descentralização das semanas de moda – que, curiosamente, é o que falta para a moda como um todo; não apenas a masculina. Se for possível, dar suporte à moda nacional, a masculina vai junto.

UM SONHO FASHION Ter nascido com talento para criar uma coleção minha. 36


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– – PROFILE – –

SEMSEXO A história do menino que conquistou o mundo da moda como uma bela mulher Por Rafael Vita

o ivulgaçã Fotos: D

Com um currículo invejável, que conta com aparições em revistas de peso, como Vogue Paris, Vogue Itália, Love, Numèro, entre tantas outras, e campanhas para estilistas do porte de Jean Paul Gaultier e Marc Jacobs, o jovem modelo de 21 anos Andrej Pejic é uma verdadeira estrela em ascensão graças à sua versatilidade e a uma característica única, que o difere da maioria dos modelos de seu tempo: ele pode ser o que ele quiser – homem ou mulher. Nascido na Bósnia Herzegovina, cresceu na Austrália como refugiado de guerra. Desde pequeno, já sabia que não era um menino comum, mas foi aos 13 anos que assumiu suas diferenças. O colégio moderninho que estudava em Melbourne e a sua aparência bastante feminina garantiu certa tranquilidade na adolescência, protegendo-o de preconceitos e violência.

Topo: Andrej Pejic para Jean Paul Gaultier: trajes femininos na alta-costura 2012 e look masculino na última apresentação do estilista em janeiro de 2013. Fotografado por Mert Alas & Marcus Piggott com trajes femininos para a Vogue Paris de setembro de 2010 sob comando de Carine Roitfeld e na polêmica capa da revista Dossier, censurada em algumas livrarias nos Estados Unidos por expor nudez.

O apoio familiar também foi muito importante e contribuiu para que o menino que gostava de se vestir de uma maneira única, que ele não classifica como “de mulher”, pudesse começar a trabalhar como modelo na Austrália, sem muito sucesso, e se mudar para Londres para tentar a sorte. O começo não foi fácil. Na capital inglesa, depois de quatro nãos e quase perdendo as esperanças, foi aceito pela agência Storm, de Sarah Doukas, a descobridora de Kate Moss. “Quando eu vi Andrej pela primeira vez, eu não pensei ‘nossa, que menino bonito ou que menina bonita’,” contou Doukas à revista New York, “Eu certamente não queria rotulá-lo”. 38

\Assim, ele passou a integrar tanto o quadro de modelos masculinos quanto o de femininos da agência. Apesar de trabalhar com certa frequência, não virou nenhuma sensação na Europa, um mercado que aceita facilmente belezas únicas, até que Carine Roitfeld, em um ensaio para a Vogue Paris, em 2010, decidiu vesti-lo como mulher. À New York, Andrej conta que sua agência já o havia questionado se sentia-se confortável em roupas femininas, mas como ele as usava desde criança, não via nenhum problema nisso. A icônica frase de Carine “Put him in Fendi” com certeza foi responsável por fazer nascer ali um modelo andrógino, que viria a conquistar estilistas do primeiro time e as revistas mais influentes do planeta. A grande coroação do modelo aconteceu pouco tempo depois, em janeiro de 2011, no desfile de alta-costura de Jean Paul Gaultier, quando fechou a apresentação como noiva, roubando todos os holofotes do desfile em Paris. De lá para cá, não parou. Com pouco mais de dois anos de carreira, Andrej Pejic se tornou um dos modelos mais badalados de seu tempo. Graças à sua androginia, pode ser visto tanto como homem ou mulher. Polêmicas à parte, se considera feliz como é, e brinca que só consideraria uma mudança de sexo se fosse contratado para estrelar uma campanha da Victoria’s Secret. Quem duvida que ele pode chegar lá?


Tilda Swinton veste terno de seda Haider Ackermann na abertura da exposição de David Bowie no V&A | Jogo de cama Santista Platinum com Lenzing Modal – Anabelle | Cabeça de Buda (V&A)

QUEM TEM VAI A LONDRES A capital inglesa borbulha com o verão. Da grande exposição sobre David Bowie no Victoria & Albert Museum (V&A) às novidades nas lojas de departamento, como a coleção especial desenvolvida pela Dior para a Harrods, tudo é alegria. Surrealismo total. E nessa festa, as cores não poderiam ficar de fora. Bocas coloridas mostram a cartela proposta pela LYCRA® para a moda praia verão 2014! Fortes, vivas e elétricas, darão o tom dos dias mais quentes do ano. Mergulhe nesse mar de referências!

Concepção e Realização Fernando Tucunduva | Edição Mário Araujo

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#ROXO

Bolsa Diorissimo Dior | Bule de chá de 180, provavelmente da fábrica de porcelanas de Paris Jacob Petit’s (V&A) | Jogo de cama Santista Platinum com Lenzing Modal – Afrika

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#LARANJA

Letras cortadas das músicas ‘Blackout’ e “Heroes”, 1977, David Bowie (V&A) | Portajoias Dior | Azulejo turco Iznik do século 16 (V&A) | Jogo de cama Bella Janela

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#VERMELHO

Vestido Dior Couture verão 2013 | Jogo de cama Santista Platinum com Lenzing Modal – Anabelle | Prato de porcelana holandês do século 18 (V&A) | Casaco Union Jack desenhado por Alexander McQueen em colaboração com David Bowie em 1997 (V&A) | Bolsa Lady Dior | Toalhas Artex

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#AZUL

David Bowie fotografado por Aladdin Sane para capa de disco em 1973 (V&A) | Vaso de cerâmica japonês da dinastia Meiji – século 19 (V&A) | Peça de uma das instalações da exposição de David Bowie no V&A | Capa de travesseiro e Colcha Empório da Altenburng | Vaso Jingdezhen – século 15 (V&A)

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#VERDE Edredom Blend Elegance da Altenburng | vestido de festa Watteau, da coleção de looks femininos do V&A | The Great Bed of Ware – século 16 (V&A) | Carteira Lady Dior | Escultura Tippoo’s Tiger, 1793 (V&A)

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#ROSA

Traje de guerreiro – 1859 (V&A) | Looks da exposição de David Bowie no V&A | Colar Dior

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Fotos: Divulgação

2 01. Lápis labial Chubby Stick Moisturizing Lip Colour Balm, Clinique 02. Batom Rouge Allure, Chanel 03. Batom Rouge Interdit Shine - Rouge á Lévres Ultra-Brillant, Givenchy 04. Batom Expressões de Outono/ Inverno, Natura Una 05. Lápis labial, Urban Decay* 06. Batom Color Lip Last, Sephora 07. Batom Rouge Shine Lipstick – Heartbreaker, Sephora 08. Batom Velvet Gloss Lip Pencil – Cythère, NARS 09. Brilho Labial Star Brilho, Make B. 10. Gloss Ultra Shines, Benefit* 11. Batom Perfeito Precious Blerry, Make B. 12. Batom Mineralize Rich, M.A.C 13. Batom Silky Finish, Benefit* 14. Batom Rouge Edition Rose Tweed, Bourjois 15. Gloss Lèvres Scintillantes, Chanel 16. Batom Femme Rouge Velvet, Hourglass*

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*Venda exclusiva Sephora.

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ELLE

r e m m u s preview

Fotos: Divulgação | Agência

Fotosite

– – EVENTOS – –

s

Adriana Degrea

Movimen

to

Blue Man

Pelo segundo ano consecutivo, a revista ELLE armou um mega evento em um dos cartões postais da cidade de São Paulo, a Ponte Estaiada, trazendo um preview da moda praia para o verão 2014. Exatamente uma semana antes da SPFW, oito marcas participaram dos desfiles, que além de mostrar de forma resumida suas coleções para a próxima estação, contaram com top 48

Cia Marítima

models importantes, que vieram ao Brasil especialmente para a ocasião, como Aline Weber, Shirley Mallmann e Eniko Mihali. Em clima de festa, foram apresentadas as coleções de Adriana Degreas, Água de Coco, Blue Man, Cia Marítma, Lenny, Movimento, Salinas e Trya. Na sequência, um grande show de Caetano Veloso, acompanhado pelo Trio Preto + 1, fechou a festa!


Segunda edição do evento destaca as principais tendências para a moda praia 2014 e dá o start nas semanas de moda nacionais.

Água de

Coco

Trya

Lenny

Salinas

ACHWEAR 2014 TENDÊNCIAS BE Cartela de cores Seguindo o mood do inverno 2013 internacional, o branco e o preto pautaram as coleções, que tiveram pitadas de verde, azul e rosa, bem pontuais, ou explosões de cores em estampas. Destaque para a Blue Man, que trouxe seu tradicional biquíni jeans e diversos desdobramentos da peça. Tudo em branco.

Silhueta Na moda praia atual vale tudo e tem que se fazer de tudo porque os ambientes são mil e o uso varia com eles. Das pequenas calcinhas para tomar sol às hot pants de cintura bem alta, teve de tudo um pouco para a parte de baixo dos biquínis. No top, a regra também foi a mesma, do cortininha

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ao tomara que caia, passando por camisetinhas, com bojos grandes, entre outros. Destaque para as roupas leves, que começam a ser usadas como peças de banho. A Salinas, por exemplo, sugeriu trocar o top por uma blusa de seda fininha para a praia combinada com micro calcinha.

Estamparia Geométricos, retro, op art, florais, tropicais, animal print... Cada marca explorou as estampas seguindo seu DNA. Um ótimo e feliz resultado. A liberdade da praia sempre contribui para um salto de originalidade quando se fala de estampas. Destaque para o mix da Salinas e o animal print coloridíssimo da Cia Marítma.


– – EVENTOS – –

SPFW 2014 Verão

Sem surpresas, fashion week paulistana apresenta uma moda fácil e palatável

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Repetindo a tendência das últimas semanas de moda internacionais de apresentar na passarela uma moda pronta para ser consumida, a 35a edição da São Paulo Fashion Week, que volta ao prédio da Bienal, no Parque Ibirapuera, ainda sente com a mudança do calendário fashion nacional, tendo importantes grifes fora do seu line up, como André Lima, Glória Coelho e Reinaldo Lourenço, e um número menor de marcas participantes. Ao todo, foram 25 desfiles, sendo apenas a apresentação de FH por Fause Haten realizada fora do prédio da Bienal. Nas passarelas, uma moda correta, sem grandes novidades, mas sem derrapagens aparentes.

Apesar de modelos internacionais como Karlie Kloss, 2ªa top mais importante do mundo segundo o site referência Models.com, e Lidsey Wixson, 15ª, que desfilaram para a Animale e Ellus, respectivamente, nenhuma modelo fez muito barulho. Nesse quesito, Gisele Bundchen faz muita falta. Principalmente para trazer mais emoção para a semana de moda e deixar os seguranças de cabelos em pé com tamanho o assédio. Como já é tradição da SPFW recrutar nomes importantes da cena design/arquitetura/artes nacional para assinar a cenografia do evento, os convidados da vez foram os Irmãos Campana, que revestiram as colunas da Bienal de piaçava, além de pendurar mega lustres dourados no prédio. Resultado: visual ecologicamente chique! 50

Divulgação | Agência Fotosite

As marcas, atentas ao que rolou lá fora, foram espertas em reinterpretar tendências, sem copiar descaradamente. O combo P&B, super forte nas coleções de inverno 2013, apareceu em vários desfiles por aqui.

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Fotos: Divulgação | Agência Fotosite 08. 12. 04.

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TENDÊNCIAS 2014 Cartela de cores O P&B marca presença forte. Separados ou misturados foram quase onipresentes nas coleções. O prata assumiu o lugar do dourado e fez bonito, iluminando o verão, assim como o azul, verde, amarelo e rosa e laranja que, apesar de não serem protagonistas, iluminaram algumas coleções. 09.

Silhueta Nenhuma novidade por aqui, mas vale destacar o uso das calças retas sob vestidos túnicas e os nada recatados decotes nas costas. Barriga de fora (cropped), babados, vestidos em A, curtos e limpos, e peças quadradas (blusas e coletes) estarão em quase todas as coleções nessa temporada.

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Brilhos e transparências Os brilhos ficam um pouco de fora nesse verão, dando lugar a tecidos leves e formas mais simples. Já a transparência aparece como recurso para atingir a feminilidade em várias coleções.

Têca por Helô Rocha Colcci Acquastudio Triton Neon Água de Coco Alexandre Herchcovitch Adriana Degras João Pimenta Osklen Fórum Samuel Cirnansck Ellus

Estamparia Com presença menor do que nas edições anteriores, as estampas continuam sendo a marca da moda brasileira. Destaque para o bonito trabalho desenvolvido pela Têca por Helô Rocha e para os muitos geométricos. Listras com certeza desfilarão pelo próximo verão. 07.

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– – EVENTOS – –

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Fotos: Divulgação | Agência Fotosite

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MINAS TREND VERÃO 2014

Força na estamparia Victor Dzenk fez um belo desfile nos jardins do Parque das Mangabeiras. Com um vasto repertório de estamparia digital, trouxe novas técnicas, como um tratamento esmaecido, que dá um ar lavado aos florais. Também usou e abusou de recortes de estampas e aplicações em tecidos transparentes. Um trabalho bastante bonito! No masculino, trouxe um degrade de cores interessantes nas peças brancas, já na moda praia, muita estamparia nas sungas e camisetas.

Evento cada vez mais se consolida como polo de negócios

Todos os acessórios usados no desfile de Victor são do designer Rogério Lima.

Com menos desfiles do que de costume, a 12aª edição do Minas Trend, que acontece em Belo Horizonte, se firma como uma grande feira de negócios, tendo no gigante salão de exposição do Expo Minas mais de 200 marcas comercializando suas coleções. Como de costume, o evento foi aberto com uma grande festa organizada pela Federação das Indústrias do Estado Minas Gerais (FIEMG), que contou com desfile multimarca e coquetel. Muitas autoridades de Minas Gerais estavam presentes, mostrando o comprometimento do Estado com a indústria têxtil e de acessórios. Ao todo, 17 artistas trabalharam para conceber a inusitada instalação que recebeu os convidados desta edição. Nessa grande obra, moda dialogou com arquitetura, que também falou com arte e com design. Na confecção, materiais variados foram usados, de cristais a zíperes e adesivos. Entre os nomes que participaram do projeto, os arquitetos Gustavo Penna e Ângela Roldão, os designers Mary Arantes e Lucas Magalhães e as estilistas Sonia Pinto e Liliane Rebehy. Com um saldo de 205 coleções lançadas, o evento ainda contou com quatro desfiles: Victor Dezenk, GIG, Vivaz e Patrícia Motta.

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Tradição de Minas Duas marcas que se apoiam bastante nas tradições de Minas – roupa de festa, bordados e tricôs – fizeram uma ótima apresentação na semana de moda, fazendo o olhinho dos fashionistas brilharem. A GIG mostrou uma coleção de belos tricôs desenvolvidos sob o tema do carnaval. Bordados mil deram graça às peças que são a cara de Minas e juntam duas grandes fortalezas do estado: o tricô e os bordados. Já a Vivaz, inspirada pela tecnologia, fez uma apresentação bastante compacta na qual mostrou seus sofisticados vestidos de festa, sempre na mesma combinação de cores: tons de pele + bordados prata.

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Patrícia Motta Victor Dzenk Victor Dzenk Victor Dzenk Victor Dzenk GIG GIG Vivaz Vivaz


– – EVENTOS – –

FASHION

RIO o ã r e V

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Com moda mais comercial, evento se firma como lançador de tendências fast fashion Sem se preocupar em fazer uma revolução na moda, a 23aª edição do Fashion Rio, que volta nessa temporada para a Marina da Glória, apresentou 25 coleções em seu line up, além das cinco marcas vencedoras do Prêmio Rio Moda Hype. Com a despretensão que só o Rio de Janeiro possui, a fashion week carioca se confirma como grande lançadora de modinhas, daquelas do tipo, viu na passarela, correu na loja para comprar. Ponto positivo, uma identidade surgindo aí. Entre as coleções apresentadas, destaque para a moda jovem e colorida. Uma moda leve, bem verão. Destaque também para a moda praia, com todas as suas variáveis e DNAs, já que nesse caldeirão sambam marcas como Lenny, super classuda e conceitual, Blue Man, com suas minas gostosas de Ipanema, Salinas, e suas meninas retrôs e românticas, entre outras. Bem gostoso de ver e acompanhar!

2014 TENDÊNCIAS

esar cores cariocas, ap Cartela de to em terras em lu o so id ab rg a su in egres terem O branco re mbém res vivas e al ta co o et as rs pr e ve de di branco em sfiles. O duo s fraco que diversos de as bem mai m , ui aq r po eu ec ar ap São Paulo. mais fora, peças Silhueta , barriga de sentações. os re rt cu ap as os Vestid marcaram s õe ac um ac do m tu praia, de soltinhas e nts nto é moda pa su t as ho o o as D nd . Qua s os gostos do s tops to do ra s, pa ha e pouco micro calcin às a m urados, si ut tís tr camente es de cintura al ni to ite qu largas. ar aos inuam bem cortininhas sungas cont s A . do tu viu-se de

as ansparênci o jogo Brilhos e Tr pontuais. N te an st ba e o 2nd Floor. a uc ra po pa em B de, destaque on sc -e la ve do re tal fez mparia digi Estamparia rioca, a esta ca print a al od im m an DNA da m seu macro das ondas, co a ss le A bonito. De m a sutiliza Clothing co passarela à Coca-Cola e riscaram a qu s ca ar m as para s r fo da quase to tampas. Se ouxeram es e qu r ze di e no evento tr -s mood, pode destacar um !!! é étnica ncia gação | Agê Fotos: Divul

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Fotosite


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Coca-Cola Clothing Blue Man Herchcovitch Lenny R. Groove Blue Man I贸dice Ausl芒nder Andrea Marques Patr铆cia Vieira Maria Fil贸


– – EVENTOS – – 01.

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Fotos: Divulgação / Agência Fotosite

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Casa de

CRIADOR E S Verão 2014

Salada de referências e liberdade experimental fazem da semana de moda um evento singular. Pela segunda temporada consecutiva, a Casa de Criadores aporta no Gran Metrople, no centro de são Paulo, para apresentar as suas coleções para o verão 2014. Em sua 33aª edição, o evento mantém o ar de experimentalismo, que é a sua característica principal, dando liberdade para novos estilistas ousarem e mostrarem suas loucurinhas na passarela. Detectar tendências ou cartela de cores aqui é tarefa quase impossível, já que muitas marcas passam longe do quesito comercial. As que seguem por esse caminho, mostram um trabalho bastante singular, que dificilmente terá paralelo com o que acontece nas outras semanas de moda do país. Destaque para a moda masculina, que continua forte e crescente, seja ela com pegada mais de mercado, como nas coleções de Danilo Costa, Der Metropol e juss, ou mais experimentais. Aqui, alguns looks selecionados pela TEXTIL MODA, que representam o melhor do evento. rio Silvé ni alter na 01. W ber Dog o r 02. R rin Felle l a o 03. K er Metrop újo a b 04. D alério Ar to La 05. W iz Leite ee – Proje u L 06. L on Hee o 07. y 401 P ntura 08. A rnaldo Ve a t 09. A anilo Cos ieri 10. D dson Ran 11. Ja Brito lê 12. A

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Juss


– – EVENTOS – –

MAKE NADA Temporadas nacionais seguem o trend das internacionais trazendo também para a beleza o que se vê na moda: menos, definitivamente, é mais! O make nada foi confirmado nas passarelas nacionais como a beleza oficial do verão 2014. Do rosto limpo total a pequenos pontos iluminados, com uma sombra sutil ou uma boca mais rosada, a beleza da próxima estação será natural, deixando para as roupas e biquínis a função de serem protagonistas absolutos da temporada. A maioria das marcas optou por iluminar a pele, dando um ar saudável e angelical. Boca e olhos aparecem quase sem retoques. O rímel também foi usado de forma bastante moderada pelos make-up artists. Em alguns desfiles, nem foi usado.

ues a Marq Andre

Quem resolveu optar por maquiagem fez isso com muita cautela. Os olhos prateados, por exemplo, foi um recurso usado por algumas grifes, como Ausländer, 2nd Floor, Adriana Degreas, entre outras. Assim como a boca colorida (azul, laranja e pink), que apareceu nos desfiles de Têca, Neon, Acquastudio, entre outras. Fotos: Agência Fotosite / Divulgação

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oy! Oh, B

Têca

n Trito

Trançado Quando o assunto é cabelo, as traças foram a grande estrela da vez. Elas apareceram das formas mais variadas e são a garantia de um visual moderno e atualizado. Para quem gosta do visual, uma das grandes novidades foi o uso do recurso como adereço em pequenas porções do cabelo, apenas enfeitando o penteado.

lf Do it yourse

Iódice

Fabiana Gomes, maquiadora sênio da M.A.C no Brasil, dá a listinha dos produtos usados para fazer o make da Iódice. Parece simples e natural, mas foi necessário nada menos que sete produtos para conseguir o resultado fresh e atual da composição. São eles: • Chromacake Verde e Pistache (M.A.C PRO) • Chromacake Vermelho (Boca) (M.A.C PRO) • Penstick Verde e Pistache (M.A.C PRO) • Sombra Bitter • Paint Pot Penterly • Lápis Greenglo e Landscape Green (M.A.C PRO) • Lip Conditioner

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– – CURTAS – –

OS C S I B A R INVISÍVEL

editora Cobogó o livro O estilista Ronaldo Fraga lança pela memórias e croquis”, que “Ronaldo Fraga: caderno de roupas, coleções entre 1996 e 2012. retrata os temas e inspirações de suas é esmiuçada por RonalCada capítulo retrata uma coleção, que as imagens. A obra ainda do antes de ser colorida por suas lind to, Cristiane Mesquita conta com textos de Costanza Pascola e Regina Guerreiro.

A M.A.C lança uma linha de produtos especialmente pensada para o make nada, tão forte nas semanas de moda nacionais e internacionais. Chamada de Prep + Prime Beauty Balm, a linha traz uma série de produtos, que uniformizam o tom da pele, cobrem imperfeições e borrões, além de dar uma luminosidade natural à pele.

BRILHOS RAROS Há mais de um século trabalhando diretamente com os criadores da alta-costura, a Swarovski apresenta na cidade luz a exposição “Paris Haute Couture”, que resgata a história dessa indústria exclusivíssima por meio de peças do acervo do Musée Galliera. Mais de 100 outfits foram selecionadas para narrar essa história de sonhos, como são descritos comumente as criações feitas sob medida. Dando suporte aos looks, desenhos e fotografias dos bastidores consolidam a retrospectiva. A exposição fica em cartaz até o dia 6 de junho na Salle Saint-Jean do Hôtel de Ville. 60


– – CURTAS – –

INVASÃO CHINESA C

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Fei Fei sun, uma das principais modelos da atualidade (classificada como a 14a mais importante do mundo pelo site especializado Model.com), foi a primeira top asiática a ganhar a capa da Bílbia da moda Vogue Itália (fevereiro de 2013) em uma edição inteira sobre a região. Além disso, a top riscou a passarela de mais de 50 grandes grifes na última temporada internacional e seu rosto ganhou as campanhas de cosmético de marcas como Calvin Klein e Giorgio Armani. É a força do oriente se revelando na moda ocidental! Olho vivo!!!

AGENDE-SE

salão Moda Brasil 2013 – 16 a 18 de junho BIjOIAs Verão 2014 – 31 de julho a 2 de agosto sPFW Inverno 2014 – 28 de outubro a 1º de novembro Fashion Rio Inverno 2014 – 7 a 11 de novembro

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Lojas Brás : 11 2790-2525 Bom Retiro: 11 3224-2525 25 Fashion : 113313-2525



– – CULTURA – –

Punk: Chaos to Couture

De 9 de maio a 14 de agosto

Por Rafael Vita | Fotos: Metropolitan Museum

Mapeando o universo punk e sua relação com a alta-costura, o Costume Institute do Metropolitan Museum de Nova York abriu no dia 9 de maio a exposição Punk: Chaos to Couture, que tem curadoria de Andrew Bolton. Dividida em sete galerias e com criações de mais de 100 designers, a mostra aborda os diferentes diálogos dentro da estética, do clube CBGB em Nova York, casa do movimento na cidade, a Vivienne Westwood, com suas criações nos anos 1970 em parceria com Malcolm McLaren, sempre tendo como base o conceito do único. Como não poderia ficar de fora, o DIY (faça você mesmo), uma das grandes características do punk, ganha quatro salas da exposição – hardwear, bricolagem, grafite e agitprop e destruição. Uma abordagem interessante para um movimento em que as pessoas não buscavam suas peças em lojas e designers, mas as fabricavam.

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Jordan, 1977

Sid Vicious, 1977

Richard Hell por Kate Simon, anos 1970

Chanel por David Sims para Vogue América, Março de 2011.


Comme Des Garรงons por Peter Lindbergh, 1982

Hussein Chalayan por Eric Nehr (sem data)

John Lydonby por Richard Young, 1975

Rodarte fotografado por David Sims, 2008


– – MODA DE RUA – –

om .Ot ntais SL, item e m Y a ao fund apéu aris @ P res são o ao ch orada, e rnizou o p e d As c nte, alia da tem o, mod d a vibr rigatório revisita ssica. clá ob checol o ã ç ca odu a pr

Por Ana Clara Garmendia Edição de Mário Araujo

.UNISSEX Nas principais cidades do mund o foi decretado o fim do gênero das peças de vestuário. Não existe mais “roupa de homem” ou “roupa de mulher”. No “mood ” atual, reina uma boa moda e ela pode ser compartilhada por ambos os sexos. Será que essa tendência pega por aqui?

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@Paris, Le Marais Já que tem que ir de soc ial, porque não fazer um look complet o? O cardigã fazendo as vez es de colete deu bossa ao look certinh o.

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@ Paris oupa i do guarda-r O costume sa aliado as ru as a nh ga da, masculino e na em ag ui e maq à maxi joias um m co o e lugar hit da estaçã s. sa ce an fr das

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ndador o co-fu de Kate ackt ic H n n Ă´ o ic , Jefers stilo, o a filha @ Paris o assunto ĂŠ e fused e pai d trada, que n lis o o d C ro n u a & lo o u Q Dazed ta de c or uma mode e ta u is q v ja re A p a r. a da ra u d c b a n s e oco te u r, qu Moss ĂŠ a ser facilmen da ao aviado ans. je e a a ri li is pode ento, a uo cam do mom licidade do d simp

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@ Paris Carrie Bra dshaw fic aria atôn essa ima ita com gem. Os meninos empresta pegarem do os salt os e gan ruas. De haram as quebra ta mbém op peles. Ca taram po da vez m r a is é possíve l ver hom nas ruas do mun do ens com mesmo, lo peças ou oks com , até pletos fe mininos.

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@ Paris Nessa brinca dei óculos redon ra de empresta-emp resta, cartol dos à la Dor ae ian Gray, sa dele diretam em do gua ente para a rda-roupa composição make corret dela, que, co o, foge do universo m m asculino e vi ra fetiche.

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@ Paris Vira e mexe, a calça Tendência que ficou. namorado, aparece boyfriend, aquela do Uma peça aí. r po s çõe nas produ nter no closet. ma interessante para se

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e Giabiconi @Paris, Baptist rl Lagerfeld eferido de Ka pr o el od O top m Dean com es o estilo Jam sempre cultiva a. siv bver uma pitada su nza o moletom ci Destaque para a b so o ad animal print us uro e para o jaqueta de co ngente. pi brinco com

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Brant @ Paris, Harry socialite novaousar, o jovem de sse o ed m Sem e pedrarias ne os ad dos bord ria de po e qu , iorquino abusa ain eiro meio Balm look, meio tour do guardao emprestado sid te en m ter facil 達e. roupa da sua m

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– – MÚSICA – –

sa e usa le g in a ic da mús s o t n , como le s a e t r d a n p o L rim ” erry ga reet, em t b r S u t B n e a de in UK g d a e o R M t “ a je s n o a r d P ore vas ban o megast n a v e o d n o t a sua aç ão ita nçamen la fael V r y / Divulg e a d R a r m Po er platafor : B u rb

IN A G A t i y a l p

Fotos

Quem acompanha os desfiles da marca inglesa Burberry já está acostumado com as trilhas sonoras acústicas, nas quais, normalmente, clássicos do rock e do jazz são reinterpretados por bandas quase desconhecidas. O que poucos sabem é que a grife possui um projeto chamado “Burberry Acoustic”, que busca talentos em todo o Reino Unido e dá a possibilidade de mostrarem seu trabalho. Lançado em junho de 2010, a iniciativa é capitaneada por Christopher Bailey, diretor criativo da marca, e visa, de certa forma, organizar o trabalho que a grife já vem fazendo com os artistas locais, que, além de lançar singles (que são transformados em vídeo clip e vão para as plataformas de mídias sociais da Burberry, como YouTube e Facebook), os coloca em campanhas pontuais de produtos, além de usar a loja da Regent Street, uma verdadeira ode à tecnologia, em palco para shows.

Regent Street Mega Store

Burberr y no coraA gigantesca loja da a verdadeira joia ção de Londres é um a para dialogar com moderna, desenhad as mídias sociais, a tecnologia e com vas experiências além de promover no como, por exempara o consumidor, ojetos “Art of the plo, por meio dos pr Acoustics”. Trench” e “Burberry édio, em poucos A parte central do pr nsformada em minutos, pode ser tra receber apresentacasa de show para mais de mil conções com plateia de ia é tamanha que vidados. A tecnolog nsmitido ao vivo o evento pode ser tra erentes canais dispela internet nos dif . poníveis pela marca

A “Burberry Acoustic” é o exemplo do uso inteligente de um produto relacionado à cultura da marca, mas não um produto comercializado por ela, aqui, no caso a música, para engajar consumidores nas mídias sociais e fortalecer ainda mais a sua imagem, tanto como lançadora de tendências, como algo cool, desejável. Os vídeos clips de nomes como Khushi, Brice and Farmer, 2:54, Roo Panes, Paul Thomas Saunders, entre tantos outros, podem ser vistos na página oficial do projeto, no site da Burberry. Nos vídeos, uma atmosfera despretensiosa, com jovens descolados usando peças da marca de uma forma nova e original, sem o glamour fake dos desfiles e editoriais de moda. Com isso, a Burberry atinge um novo tipo de consumidor, aquele que busca mais que um item fashion para seu guarda-roupa, mas uma peça de estilo, de uma marca que tem história e que se preocupa com projetos que vão além do frisson fashion causado pelas grandes casas de moda. Well done!

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– – GASTRONOMIA – –

Beber um cafezinho deixou de ser hábito cotidiano simples e despretensioso para virar uma verdadeira experiência gustativa Por Lívia Andrade | Ilustração de Mariana Eller

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Café. Ele dá nome à primeira refeição do dia e, junto com o futebol, é paixão nacional. Mas a bebida consumida hoje por milhares de brasileiros já não é a mesma servida há décadas atrás. A qualidade do café nacional deu um salto. Entre tantos fatores, a melhoria do grão está relacionada à chegada da illycaffè, empresa italiana que é sinônimo de qualidade, uma espécie de Ferrari dos Cafés. Os diretores da companhia sediada em Trieste, na Itália, não entendiam como 70% dos lotes de café arábica provenientes do Brasil poderiam ser reprovados por excesso de defeitos.

Flan de Frappu ccino d Caramelo a Starbu cks.

O país já era o maior produtor da commodity no mundo, mas era apenas conhecido pela quantidade recorde de suas safras e não pela qualidade do produto. Mas, em 1991, o presidente da torrefadora italiana à época, Ernesto Illy (1925 – 2008), desembarcou em terras tupiniquins. Ao visitar as fazendas, ele constatou que o problema estava no processo de produção. Em muitas propriedades, a qualidade do café na lavoura era excelente, mas faltavam cuidados na colheita, secagem e armazenagem. “O produtor entendia dos tratos culturais da planta, do espaçamento entre pés, mas não sabia como preservar a qualidade do grão até a xícara”, diz Aldir Teixeira, consultor científico da illycaffè.

Fotos: Divulgação

Sem informações, muitos cafeicultores colhiam o café e o deixavam amontoado de um dia para o outro, o que levava à fermentação do grão. A constatação levou Ernesto a criar no Brasil o Prêmio Ernesto Illy pela Qualidade do Café para Espresso, que incentivou os produtores a cuidarem mais de todos as fases do processo. A premiação é anual e quem oferta os melhores cafés recebe uma recompensa em dinheiro. Paralelamente, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) criou o Programa Permanen-

E O café está na Moda! Um dos vícios mais sadio do brasileiro, o café ganhou as passarelas. Sim, a bebida foi a fonte de inspiração para a coleção do verão 2010 de Reinaldo Lourenço. O estilista usou e abusou dos nuances do café: a cor natural do grão quando torrado, bem como estampas de um cafeeiro na época da colheita viraram vestidos nas mãos do artista. Nem as sacarias usadas para armazenar o produto ficaram de fora. Elas foram transformadas em saia e acessórios.

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te de Controle da Pureza do Café, uma resposta às pesquisas que apontaram que 67% dos brasileiros acreditavam que o “café puro era o exportado – o de consumo interno, era sempre fraudado”. Eles não estavam errado. Na época, 30% das marcas de café tinham mais impurezas do que é permitido pela legislação brasileira. Hoje a porcentagem não ultrapassa 5% e quem não se enquadra não recebe o selo de pureza Abic. Mais tarde, em 2004, a entidade criou o Programa de Qualidade de Café (PQC) para diferenciar o produto por qualidade e preço. A maior oferta de bons cafés levou o brasileiro a aprimorar cada vez mais o paladar para a bebida, o que despertou o interesse das grandes redes no Brasil. A Nespresso, marca premium de café da Nestlé, e a gigante americana Starbucks desembarcaram em solo nacional em 2006, agitando um universo até então dominado por Fran’s Café, Cafés Suplicy, Santo Grão e Armazém do Café. A chegada das duas novatas provocou um resultado surpreendente: as cafeterias passaram a atrair também o público jovem, até então não muito adepto do ambiente. O café ganhou um status de requinte, principalmente com a abertura da primeira Boutique Bar da Nespresso, considerada por muitos a Louis Vuitton dos cafés. As lojas da marca atraem por sua sofisticação, uma vez que seus blends são vendidos em pequenas cápsulas de consumo individual, dispostas em vitrines da mesma forma que os diamantes sãos apresentadas nas joalherias. O glamour logo conquistou adeptos e as máquinas de café da Nespresso se tornaram uma espécie de frisson entre os amantes da bebida. E ainda há mais por vir. A illy está em busca de parceiros para abrir sua rede de cafeterias no Brasil.

It-cup A v Art Collection é uma série de xícaras exclusivas, assinadas e limitadas. Nomes de peso como o pintor italiano Michelangelo Pistoletto, a artista sérvia Marina Abramovic e o pintor americano James Rosenquist já deixaram suas marcas nas tradicionais porcelanas brancas. O projeto já possui 21 anos de estrada e mais de 70 artistas envolvidos.

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e Bar a Boutiqu . Fachada d Nespresso


QUADRO DE INSPIRAÇÃO

#semfronteiras

#andrógino

#mod aderu a

ardson #terryrich 80


#juergentellen #make

#masculinofe minino

#londres

#des ign 81


EXPEDIENTE | Edição 725 – Jun-Ago de 2013 A TEXTIL MODA é uma publicação da R. da Silva Haydu & Cia. Ltda. Inscr. Est. 104.888.210.114. CNPJ/MF 60.941.143/0001-20. Projeto Editorial: Mário Araujo Projeto Gráfico: Mariana Eller Presidente executivo: Ricardo da Silva Haydu Diretora de redação: Clementina A. B. Haydu (MTB 0065072/SP) Editor chefe: Mário Araujo Editora de Arte: Mariana Eller Editor de Arte: Fernando Tucunduva Revisão: Maisa Rodrigues

GUIA DA TEXTIL MODA Absurda (11) 3340-9170 Billabong (11) 3618-8600 Calvin Klein Swimwear (11) 3817-5704 CNS 0800-7732344 Coca-Cola Clothing (47) 3247-3024 Converse (54) 3285-2800 D&J para Canatiba (11) 3327-8060 Das Haus (11) 98181-4938 DC Shoes (11) 3366-9280 Dipollini (11) 3031-1484 Element (11) 5189-4688 GANT (11) 3552-1500 Herchcovitch; Alexandre (11) 4306-6475

KNT Homme (44) 3033-8800 Levi’s (11) 3066-3700 Lupo (11) 3262-1337 Marcelu Ferraz (11) 2894-6206 Mr. Kitsch (11) 5181-9304 Onitsuka Tiger (11) 2380-3970 Osklen (11) 3083-7977 Puket (11) 3038-0800 Quiksilver (11) 3366-9280 Ricardo Almeida (11) 3812-6947 Scarf Me (11) 9718-4668 Swatch (11) 3746-2800 Tavex (11) 3748-0000

Representantes Comerciais Europa – International Communications Inc. Andre Jamar 21 rue Renkin – 4.800 – Verviers – Belgium +32 87 22 53 85 andrejamar@aol.com Ásia – Buildwell Int. Co. Ltd. 120, Huludun, 2nd St., Fongyuan, Taichung Hsien – Taiwan 42086 – R.O.C. +886 4 2512 2372

BELEZA Benefit (Sephora) (21) 3543-5949 Bourjois 0800 6464 064 Chanel 08007043440

Coreia – Jes Media International 6th Fl., Donhye-Bldg. – 47-16, Myungil-Dong Kandong – Gu – Seoul 134-070 +882 481 3411/3 Argentina – Ecodesul Av. Corrientes, 3849, Piso 14º OF.A. Buenos Aires, Argentina + 54 1 49 2154 Orgão Oficial das entidades

Clinique 08008921694 Givenchy 0800170506 Hourglass (Sephora) (21) 3543-5949 M.A.C 0800 8921695 Make B. (O Boticário) 0800413011 Natura 0800115566 NARS 0800148023 Sephora (21) 3543-5949 Urban Decay (Sephora) (21) 3543-5949

Redação e Administração Rua Albuquerque Lins, 635, 4º andar, Santa Cecília São Paulo – SP – Brasil – 01230-001 +55 11 3661 5500 textil.moda@revistatextil.com.br www.revistatextil.com.br Publicação trimestral com circulação dirigida às confecções, tecelagens, malharias, beneficiadoras, varejo em geral, universidades e escolas de moda, além dos interessados em informação de qualidade. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a filosofia da revista. A reprodução total ou parcial das matérias desta revista depende de prévia autorização da Editora. Redação Releases, comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas. textil.moda@revistatextil.com.br Publicidade Anuncie na TEXTIL MODA e fale diretamente com o leitor mais qualificado do setor têxtil e varejista. revistatextil@revistatextil.com.br Assinaturas Para assinar a TEXTIL Moda ou outras publicações da editora. assinatura@revistatextil.com.br

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Jeremy Argyle jeremynewyork.com.br

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