painel
AEAARP ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO
Ano XII nº 173 agosto/2009 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
Engenharia e a natureza
Obras antienchente retificam Retiro Saudoso e Ribeirão Preto. Tecnologia e projeto devem aliviar enchentes no centro. INSS AEAARP promove palestra para orientar associados
ETANOL Indiannapolis quer saber mais sobre o combustível verde-amarelo
SOFTWARE AEAARP oferece curso de informática gratuito
Editorial
Eng. civil Roberto Maestrello A direção da AEAARP visitou uma das principais obras públicas em andamento na cidade. A intervenção na região das avenidas Fábio Barreto e Jerônimo Gonçalves tem a pretensão de fazer história. E pode de fato fazer. Entretanto, o histórico de retificações, canalizações, aterramentos e alterações feitas no espaço urbano obedece mais às necessidades emergentes do que a um planejamento que projete a cidade para o futuro, embora apenas agora exista a preocupação de se estudar o problema das enchentes de forma territorial, com a recente contratação de empresa especializada para o estudo da macrodrenagem do município com as possíveis soluções técnicas. Assim, no sentido das citadas necessidades emergentes, há pouco mais de três décadas uma obra realizada na Avenida Francisco Junqueira, entre a Rua Sete de Setembro e a Avenida Plínio de Castro Prado, solucionou o problema do escoamento do Córrego Retiro Saudoso naquela região. Há menos de uma década uma nova intervenção, à montante da citada Plínio de Castro Prado, foi necessária para solucionar também problemas de enchentes ocasionadas por um curso d’água que deságua no mesmo córrego (e é quase imperceptível aos passantes). As obras em andamento na Avenida Presidente Castelo Branco também foram iniciadas quando o trânsito naquele local já estava incontrolável. Situação idêntica de descontrole existe na confluência da Nove de Julho com Portugal e Costábile Romano, ainda sem solução. No Aeroporto Leite Lopes a ampliação do terminal de passageiros também começou quando o movimento de usuários tornou-se inviável (e ainda está) para a estrutura existente. A legislação brasileira é boa, a cidade tem técnicos competentes, capazes de planejar o crescimento urbano e projetar obras que colaborem para a sustentabilidade do município. Sendo certa esta análise, resta-nos o questionamento inevitável: por que tudo isso não é levado à ação? A explicação está também na história da cidade. Nenhum governante, em mais de 150 anos de fundação de Ribeirão Preto, teve coragem de respeitar os códigos e as leis de uso e ocupação do solo, a exemplo do que acontece com o recente Plano Diretor, aprovado a duras penas e já emendado várias vezes antes mesmo do previsto pela própria lei. Essa realidade não é restrita a Ribeirão Preto. Todas as grandes cidades do país padecem da ocupação de áreas, nobres ou não, sem planejamento. A nós, técnicos, cabe sair da reflexão e, literalmente, colocar mãos à obra. Eng. civil Roberto Maestrello Presidente da AEAARP
Expediente
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Roberto Maestrello Presidente
Geraldo Geraldi Junior Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONAL Diretor Administrativo: Hugo Sérgio Barros Riccioppo Diretor Financeiro: Ronaldo Martins Trigo Diretor Financeiro Adjunto: Luis Carlos Bettoni Nogueira Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Anibal Laguna DIRETORIA FUNCIONAL Diretor de Esportes e Lazer: Newton Pedreschi Chaves Diretora de Comunicação e Cultura: Maria Ines Cavalcanti Diretor Social: Paulo Brant da Silva Carvalho
Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
Índice SAÚDE
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ENGENHARIA
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ComPUTAÇÃO
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Indicador Verde
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ETANOL
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PESQUISA
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Nova regra não afeta contrato da AEAARP
Engenharia retifica Retiro Saudoso e Ribeirão Preto
Curso de informática começa em agosto
Interesse no etanol brasileiro
Cigarrinha-das-raízes: importância econômica, biologia e controle
DIRETORIA TÉCNICA Engenharia Agrimensura e afins: José Mario Sarilho Agronomia, Alimentos e afins: Kallil João Filho Arquitetura, Urbanismo e afins: Luis César Barillari Engenharia Civil, Saneamento e afins: Edison Pereira Rodrigues Engenharia Elétrica, Eletrônica e afins: Tapyr Sandroni Jorge Geologia, Engenharia de Minas e afins: Caetano Dallora Neto Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e afins: Giulio Roberto Azevedo Prado Engenharia Química e afins: Paulo Henrique Sinelli Engenharia de Segurança e afins: Luci Aparecida Silva Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins: Orlean de Lima Rodrigues Junior Engenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri DIRETORIA ESPECIAL Universitária: Hirilandes Alves Da Mulher: Nadia Cosac Fraguas De Ouvidoria: Arlindo Antonio Sicchieri Filho CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Luiz Gustavo Leonel de Castro Dilson Rodrigues Caceres Luis Antonio Bagatin Edgard Cury Luiz Fernando Cozac Eduardo Eugenio Andrade Figueiredo Luiz Gustavo Leonel de Castro Elpidio Faria Junior Manoel Garcia Filho Ericson Dias Melo Nelson Martins da Costa Hideo Kumasaka Pedro Ailton Ghideli Inamar Ferraciolli de Carvalho Ricardo Aparecido DeBiagi José Fernando Ferreira Vieira Sergio Luiz Coelho José Roberto Scarpellini Wilson Luiz Laguna CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP REPRESENTANTES DA AEAARP Câmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz Laguna Câmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo Prado
CREA
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LEGISLAÇÃO
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REVISTA PAINEL Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Giulio Roberto Azevedo Prado, Gustavo Barros Sicchieri e Hugo Sérgio Barros Riccioppo
INSS
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Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269, cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, contato@textocia.com
ARTIGO
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Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Georgia Rodrigues
AMBIENTE
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OPINIÃO
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SOJA
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Notas & Cursos
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Horário de funcionamento
AEAARP
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AEAARP Das 8h às 12h e das 13h às 17h Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
Nonononononononon
Norma inédita vai melhorar qualidade das calçadas
Contribuições e benefícios
Compensação do impacto ambiental
Disque Ambiente tem aumento de 58% no número de ligações
O produtor espera bom senso
CESB lança Desafio Máxima Produtividade para safra 09/10
Harmonia de estilos no Espaço Gourmet
Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - revistapainel@globo.com Adelino Pajolla Júnior / Jóice Alves Tiragem: 2.500 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - mmnader@terra.com.br Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Fotos: Fernando Battistetti. Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.
CREA Das 8h30 às 16h30
saúde
Nova regra não afeta contrato da
AEAARP
A partir deste mês de agosto passa a vigorar no país uma nova regra para a contratação de planos de saúde coletivos, nos moldes dos convênios mantidos há três décadas pela AEAARP. “As novas regras não influenciam em nossos contratos que, aliás, sempre tiveram reajustes anuais”, explica Roberto Maestrello, presidente da entidade, citando um dos itens da nova legislação, editada pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Em dezembro de 2008 a Associação conquistou, em uma negociação inédita, a renovação do contrato com regras exclusivas que vigoram até 2020, mantendo e ampliando diversos benefícios para os associados. O contrato venceria em 2010. Dentre os benefícios está a manuten-
ção de dependentes como conveniados até atingirem os 41 anos de idade (anteriormente todos os dependentes de usuários do plano eram desligados aos 21 e 23 anos). A regra é válida também para os universitários. Maestrello observa que a equiparação dos valores cobrados dos associados, independentemente da idade do conveniado, é um benefício exclusivo da AEAARP e a negociação antecipada da renovação contratual garantiu que a Associação tivesse, hoje, o contrato mais vantajoso do país. “É significativo quando observamos mudanças no mercado e, por direito, nosso contrato não pode ser alterado. É uma grande segurança para os associados que usam ser viços de saúde”, avalia.
Sobre os planos de saúde Para saber mais sobre a legislação que regulamenta os planos de saúde no Brasil, acesse o endereço eletrônico www.ans.gov.br ou ligue gratuitamente para 0800 701 9656. No canal Ouvidoria, é possível fazer consultas e esclarecer dúvidas sobre a legislação, operadores e prestadores de serviços.
engenharia
Engenharia retifica Retiro
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Saudoso e Ribeirão Preto A região da Avenida Jerônimo Gonçalves já foi um pântano, cortado por um córrego e um ribeirão: o Córrego do Retiro Saudoso e o Ribeirão Preto. Ainda no século XIX foram realizadas obras de saneamento nos córregos, retificações e alargamento dos leitos. Documentos do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto registram que naquela época foi realizado o “aterramento das margens e saneamento dos extensos pântanos que circundam a cidade por meio de valetas e drenos que encaminham para os referidos córregos as águas estagnadas”. As primeiras intervenções naquela região, que compreende também as avenidas Francisco Junqueira e Fábio Barreto, aconteceram há 113 anos, em
1896. A obra que está em andamento atualmente, com um custo total de mais de R$ 50 milhões, pretende ser a definitiva. O curso das águas que passam por ali será alterado e haverá o alargamento do leito do córrego e do ribeirão. A primeira etapa está em andamento e compreende um investimento de R$ 15 milhões, com obras no trecho que inicia na Rua Visconde do Rio Branco até a Rotatória Amin Calil. O projeto original, licitado pela Prefeitura no ano passado sofreu alterações, necessárias para adequar o método construtivo adotado pela Leão Engenharia, responsável pela obra. O engenheiro civil José Aníbal Laguna, que era secretário de Obras Públicas quando a licitação
foi decidida, disse que as alterações aprimoraram o projeto original. “O mais importante é que não há ônus para o município”, elogiou. O engenheiro civil José Américo do Nascimento Junior, gerente da obra, salienta que duas questões relevantes que vão colaborar na redução das frequentes cheias daquela região estão sendo solucionadas pela obra em questão. A primeira diz respeito ao aumento da vazão do canal, decorrente do aumento da seção do mesmo bem como do aumento da velocidade da água, proporcionada pela diminuição da rugosidade do fundo do canal – atualmente composto de rochas irregulares – e que passará a ser de concreto armado. A segunda e mais im-
Desvio do Córrego do Retiro Saudoso.
Revista Painel
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portante refere-se à eliminação do ponto de conflito das águas na junção dos dois rios. “Os rios que hoje se encontram de forma quase perpendicular passarão a encontrar-se paralelamente, eliminando o ponto de conflito e diminuindo o represamento”, explica. O leito passará de 12m para 20m de largura e de 3,5m para 5m de profundidade. Nascimento Junior explica que as paredes laterais seriam sustentadas por fundações executadas após a escavação do terreno. Entretanto, o método construtivo foi alterado e os engenheiros optaram pela fundação tipo estaca raiz. Este tipo de fundação permite a execução antes da escavação. “Essa alteração foi muito importante para evitar a interrupção do tráfego na Avenida Fábio Barreto, além de permitir que a obra tivesse continuidade mesmo no período das chuvas”. As estacas sustentam a parede de
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concreto que, na parte inferior, tem 2,2m de altura e até 35 cm de espessura, pelo menos 10 cm a mais do que a parede superior. Nascimento Junior explica que a diferença, que produz um “dente” entre uma e outra, é necessária para que as paredes inferiores suportem o esforço causado pelo peso do terreno e pelo tráfego na rua. As fundações são executadas pela Base Fundações. Intrusos Boa parte da obra antienchente é submersa. E a água é a maior inimiga do bom andamento dos trabalhos. O leito do Retiro Saudoso é desviado à direita ou esquerda conforme o andamento dos trabalhos. Uma parede de ensecadeira foi erguida no meio do córrego. A barreira é composta por terra e pedra, que são retiradas do leito, e é amparada por placas de concreto fixadas no solo por
vergalhões de aço. A ocorrência de chuvas, entretanto, acarreta um inevitável alagamento e o canteiro de obras fica submerso. Os operários demoram pelo menos três dias para esgotar a água com bombas hidráulicas e reiniciar os trabalhos. A previsão do tempo é acompanhada detalhadamente pelo menos três vezes por dia e o andamento da obra foi acelerado para driblar o período das chuvas, que ocorre entre os meses de novembro a abril. Contratualmente o trabalho deveria ser encerrado em dezembro de 2009 e o engenheiro Nascimento Junior informou que o cronograma atual prevê o encerramento em outubro deste ano, justamente para driblar e anteceder as chuvas. No início da obra todo o maquinário era colocado sobre módulos que ficavam há alguns metros do chão. A operação, feita
todos os dias, tinha por objetivo evitar a perda dos equipamentos em decorrência das frequentes cheias naquela região. Hoje essa medida não é mais necessária em razão do período de estiagem e do alargamento do canal que permite maior vazão da água na ocorrência de chuvas. Esgoto O estágio atual da obra atingiu uma das partes mais importantes do projeto, que é a intersecção dos dois leitos d’água. O curso das águas foi alterado pelas interferências realizadas naquela região no decorrer dos anos. Atualmente o córrego e o ribeirão se encontram em um ângulo de aproximadamente 90 graus na confluência das avenidas Jerônimo Gonçalves e Francisco Junqueira, o que causa o represamento, uma vez que a vazão do Ribeirão Preto, em decorrência da declividade do terreno, é maior do que a do Córrego do Retiro Saudoso. Ao final dos trabalhos, as águas passarão paralelamente em dois módulos de 7m de largura sob o terreno da Divisão Regional Agrícola (DIRA) e do asfalto da Avenida Fábio Barreto, até se encontrarem mais à frente, já a céu aberto. O engenheiro civil Alexandre Duarte conta que foram encontrados emissários de esgoto no local exato onde serão construídos os módulos. Ele diz que ali também o método construtivo foi revisto. Uma máquina está escavando o terreno no limite do local onde estão os emissários. Dois ramais novos de esgoto serão construídos para permitir a execução da galeria, sendo que um deles passará sob a mesma, através de um sifão. O trecho do emissário que está no meio da obra será refeito pela Leão Engenharia.
Meio ambiente As figueiras centenárias que ladeavam o trecho do córrego na Avenida Fábio Barreto foram ao chão logo no início da obra. O engenheiro Nascimento Junior conta que a reação da sociedade, de sentir falta das gigantescas sombras, não teve eco no comércio da redondeza, que ganhou em visibilidade. Todo o material retirado daquela área – árvores, pedras, lodo – é depositado em um terreno na região do bairro Heitor Rigon onde, segundo o engenheiro, parte do material é utilizada para aterramento. Todo o projeto da obra, que avança até a Rua Primo Tronco, prevê a retirada de 311 árvores. A contrapartida, prevista em um termo de recuperação ambiental, determina o plantio de 8.825 árvores em local de preservação permanente.
Estaca raiz
A ponte da Rotatória Amin Calil será refeita com vigas de concreto protendido. Maestrello e diretores no canteiro de obras.
A escavação chegou até as rochas.
A estaca raiz é usada também na fundação da ponte.
Engenheiros Américo e Duarte com Edgard Cury, conselheiro da AEAARP e inspetor do CREA.
Projeto socioambiental Estão sendo desenvolvidos paralelamente à execução da obra trabalhos de educação sanitária e ambiental junto à comunidade. Este projeto socioambiental é uma das exigências da Caixa Econômica Federal, órgão financiador da obra, e contempla desde palestras, apresentações teatrais sobre temas relevantes no combate às enchentes em locais públicos tais como rodoviária, praças, escolas, e até mesmo a criação de um site com informações sobre as obras e as atividades desenvolvidas pelo projeto (www.obrasantienchenterp.com.br).
Diretores da AEAARP visitam a obra.
Operários estão envolvidos diretamente na obra:
85 Volume de concreto: aproximadamente
8.000 m3 Aço: aproximadamente
628.000 kg Escavação em rocha: aproximadamente
7.000 m3 Traçado da Junqueira mostra evolução do urbanismo O canteiro central das avenidas Fábio Barreto, Francisco Junqueira, Maurílio Biagi e Celso Charuri deixam a céu aberto a evolução do método construtivo e da visão urbanística sobre a cidade. Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, lembra que há três décadas uma obra realizada na confluência das avenidas Francisco Junqueira e Plínio de Castro Prado solucionou problemas de enchentes, daquele período. O revestimento lateral foi erguido em forma de trapézio, uma solução apontada pelo então Departamento de Urbanização e Saneamento de Ribeirão Preto (Dursarp) para baratear a obra e dar velocidade à água. Antes desse trecho, as laterais são verticais e mais à frente, já nas modernas avenidas Maurílio Biagi e Celso Charuri, optou-se pelo talude natural gramado. Os canteiros mais largos e com vegetação formam um parque linear. Essas avenidas foram concebidas já sob a legislação imposta pelo Estatuto das Cidades, que estabelece normas para o uso e ocupação do solo. Maestrello observa que a impermeabilização da cidade, especialmente com a expansão para a zona sul, colabora no acúmulo de água na região da Jerônimo Gonçalves. “Não podemos esquecer que há 50 anos, o que é muito pouco tempo, a Avenida Independência era de terra, assim como a Avenida 9 de Julho. O crescimento desordenado influenciou nos problemas que agora enfrentamos e temos de ser vigilantes para não cometermos os mesmos equívocos do passado”, diz.
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Retificação dos leitos começou há mais de 100 anos Corrego do Retiro Saudoso: traçado retificado
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geavam o Córrego do Retiro Saudoso, calçamento e arborização. Mas a preocupação voltava-se ao embelezamento da cidade. “Em Ribeirão Preto, optou-se primeiramente pela transformação da imagem da cidade, pela consolidação do ambiente urbano burguês europeizado. Por outro lado, a emergência dos problemas sanitários levantados pelos moradores, na carta, acaba concorrendo com a intenção do poder público em priorizar as questões de embelezamento, tanto quanto as sanitárias e de infraestrutura urbana”, diz o pesquisador. A carta mencionada por Faria refere-se a um abaixo-assinado entregue à Intendência Municipal em 1894 por moradores da área central da cidade, solicitando ações de higiene e civilidade no município. Faria diz ainda que a falta de infraestrutura colocava a cidade “diante da possibilidade do aparecimento de problemas sanitários”. Segundo ele, “a proximidade dos córregos da área urbana da cidade naquele momento de passagem do século XX, alinhada à inexistência daqueles serviços urbanos ao grande contingente populacional e, consequentemente, um aumento da quantidade de lixo, entre outros vários dejetos das atividades humanas, tornava a cidade ambiente favorável para o surgimento de moléstias”. O que de fato aconteceu. Em 1893, ata da Câmara Municipal pede auxílio financeiro ao Dr. Presidente do Estado para canalização de água, pois a cidade estava sofrendo com uma epidemia de febre amarela. As obras iniciam e até 1896 continuam os trabalhos de retificação dos córregos. Segundo relatório da Câmara Municipal citado no trabalho de Faria, as obras rasgaram, retificaram e alargaram os leitos, alterando margens e saneando extensos pântanos, utilizando valetas e drenos para levarem águas estagnadas para os córregos. Em 1907, no jornal Diário da Manhã, o prefeito da época, Manoel Aureliano de Gusmão, fala de um convênio entre Câmara Municipal e Companhia Mojiana, feito em 1901. Em troca do aterro na Praça Francisco Schmidt, a Mojiana faria obras de aterro na praça, o cais à margem do Córrego Ribeirão Preto e também o aterro da margem esquerda do córrego. À Câmara Municipal coube o aterro da margem direita.
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No final do século XIX, Ribeirão Preto já desfrutava as benesses do progresso. Mas com os bônus da efervescência da economia impulsionada pela cultura cafeeira vieram também os ônus, decorrentes da falta de planejamento urbano. A preocupação das autoridades municipais voltava-se especialmente para o embelezamento da cidade. E também para a região central, onde fervilhava a vida econômica, política, cultural e social da elite ribeirão-pretana. Para fora dessa área, estavam os trabalhadores, a maioria formada por italianos que vieram substituir a mão-de-obra escrava. Eles iniciaram suas vidas no Núcleo Colonial Antonio Prado, região do antigo Barracão, onde, mais tarde, nascem bairros como o Ipiranga e Campos Elíseos. A iluminação elétrica chegou em 1883, mas não para as vias públicas. As primeiras lâmpadas elétricas foram instaladas na casa do coronel Schmidt e só em 1899 a população da cidade teria o mesmo benefício, conforme o livro AEAARP 60 anos: Histórias e Conquistas, dos autores Adriana Capretz, Blanche Amâncio, Carlo Monti e Daniela Antunes. A obra conta também como personalidades da época investiram em melhoramentos para embelezar a cidade: o advogado Dr. Loiola, custeou o ajardinametno perto da velha Matriz; o Tte. Cel. João Evangelista Guimarães doou um chafariz para o mesmo jardim; o Cel. Schmidt doou o coreto, o Cel. Diederichsen, os bancos da praça. Esses melhoramentos financiados pela iniciativa privada e outros feitos pela municipalidade também significavam imprimir à cidade “novos modos de vida civilizada que a urbanização e a europeização da sociedade representaram”, diz Rodrigo Santos de Faria em sua dissertação de mestrado Ribeirão Preto, uma cidade em construção (1895-1930): o moderno discurso da higiene, beleza e disciplina. Segundo o trabalho, em 1874, a administração municipal alardeia grandes obras na área urbana. Dentre elas, “uma que envolvia não somente enormes quantidades de recursos, mas também de operários e profunda alteração na estrutura física da cidade era a Avenida do Café” (que corresponde à atual Francisco Junqueira). Rodrigo Faria relata que o projeto previa aterro dos brejos que mar-
Corrego do Retiro Saudoso: traçado original serpenteado Mapa da cidade de Ribeirão Preto 1932. Acervo: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
O curso das águas tinha originalmente um traçado serpenteado, como mostra o mapa. Referindo-se à antiga Praça da Estação, que se avizinhava ao Ribeirão Preto, Rodrigo Faria descreve o desenho do antigo leito, antes das obras de urbanização: “Enfim, sobre sua área, desenhada pela irregularidade da natureza através do Córrego, e alinhada pela ordem cartesiana da técnica – da Engenharia e do Urbanismo –, com os trilhos da ferrovia e canalização do córrego, a Praça da Estação era o limite territorial, simbólico e ideológico da cidade burguesa”. Ainda assim, a cidade continuou sofrendo com as enchentes. Apesar das obras, relatos antigos mostram que o problema persiste na história. A primeira grande enchente relatada seria a da madrugada de 7 de março de 1927, que gerou prejuízo aos comerciantes, destruiu obras da Prefeitura à época e castigou bairros populares, conforme relatório do então prefeito Martimiano da Silva. Em 1929, o prefeito Camilo de Matos apresenta balanço dos trabalhos realizados. Segundo Faria, o então prefeito comemora o fato de que a Avenida do Café está prestes a se tornar uma das mais belas de todo o estado, pois os aterros das ruas e as pontes sobre o Córrego do Retiro, os canais dos dois córregos (no caso, o Ribeirão Preto e o Córrego do Retiro Saudoso) e as balaustradas estão quase prontos e o local não demorará a receber novas construções. Décadas mais tarde, o problema se mostra ainda persistente, a despeito de todas as obras já realizadas. Em 2002 a cidade entrou em estado de calamidade pública por conta da enchente considerada a maior dos últimos 40 anos, que gerou um prejuízo de R$ 2,5 milhões, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Revista Painel
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computação
Curso de informática começa em agosto
A AEAARP oferece, a partir de agosto, dois cursos de informática, do pacote Office e da plataforma AutoCAD. Os associados terão a conteúdos básicos e também temas específicos. Os cursos vão fornecer conhecimentos em linguagem fácil e objetiva. O conteúdo será ministrado por professores do Senac. O objetivo é possibilitar a realização de tarefas profissionais corriqueiras, como elaboração de memorial descritivo com formato personalizado e exclusivo, desenvolvimento de planilhas quantitativas e planilhas orçamentárias com totalização de resultados, criação de trabalhos de apresentação multimídia, estruturação de banco de dados, utilização dos recursos da internet como ferramenta profissional e desenho de projetos de Engenharia ou Arquitetura. “Esse conhecimento é essencial para a atualização dos profissionais que estão no mercado, além de proporcionar o acesso também aos associados que são estudantes”, diz Orlean de Lima Rodrigues Junior, diretor de Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins da AEAARP, que está organizando os cursos. 12 AEAARP
O primeiro deles será o pacote Office, do sistema operacional Windows, o mais utilizado nas plataformas de microcomputadores pessoais. Ele agrega os softwares Word, Excel, Access e Power Point. Já o AutoCAD é unanimidade na área tecnológica e indispensável para o trabalho de engenheiros e arquitetos. “Toda referência gráfica, obrigatoriamente, tem utilização desse software. Ele tornouse padrão na elaboração de desenhos técnicos”, explica Orlean. A idéia é fazer os cursos, tanto do Office quanto do AutoCAD, em dois formatos: extensivo, de 6 a 10 meses para quem quer aprender passo-apasso, e intensivo, com duração de 4 a 8 horas, para quem já conhece o software (Office ou AutoCAD), mas deseja aprender alguns recursos que ainda não domina. “Os cursos serão formatados com dois conceitos distintos: o desenvolvimento do ensino em sua forma mais didática para iniciantes e o desenvolvimento do ensino de forma específica, voltado para a atividade técnica do profissional”, diz o diretor.
Orlean Rodrigues e Hirilandes Alves
A Diretoria Universitária, sob coordenação do engenheiro Hirilandes Alves, apoia o projeto e vai intensificar campanha entre estudantes para divulgação dos cursos. Para participar o associado deve se inscrever pelo telefone (16) 2102.1700, com Solange Fecuri. O interessado deve informar o horário e dias mais disponíveis da semana.
Indicador verde O site O Eco preparou um mapa virtual das queimadas em todo o mundo. Pode ser conferido em www.oeco.com.br.
São Carlos vai coletar lixo por meio de Parceria PúblicaPrivada (PPP). A abertura de propostas para coleta e destinação do lixo está prevista para o dia 10 de setembro. O projeto da Prefeitura da cidade, considerado modelo, prevê investimentos pela empresa vencedora de R$ 179,2 milhões nos próximos 20 anos, incluindo o custo com desapropriação de área e implantação de um novo aterro, calculado em R$ 19 milhões.
O desenvolvimento sustentável é um dos pré-requisitos que garantem a competitividade das indústrias, além da sobrevivência das gerações futuras. Identificar e reconhecer as melhores práticas na indústria é o objetivo do Prêmio CNI 2009, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) anualmente com indústrias de todo o país. Mais informações e o formulário de inscrição estão disponíveis no endereço eletrônico www.cni.org.br/ premiocni.
etanol
Interesse no
etanol brasileiro
Em visita à sede da FAPESP, dia 27/7, o prefeito da cidade norte-americana de Indianápolis, Gregory Ballard, afirmou que vê o etanol brasileiro como um promissor aliado nos esforços dos Estados Unidos para a redução das emissões de dióxido de carbono. Liderando uma comitiva que incluiu membros do governo e do setor privado local, Ballard se reuniu com o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, com o objetivo de conhecer iniciativas no campo da pesquisa científica e tecnológica que levaram o Brasil a se tornar o primeiro país industrializado a ter um recurso renovável – a cana-de-açúcar – como segunda principal fonte de energia. Segundo Ballard, o pioneirismo brasileiro no uso de biocombustíveis em larga escala é um exemplo que deve ser seguido. A cana-de-açúcar é responsável
por cerca de 16% de toda a energia usada no país, que é o segundo maior produtor de etanol do mundo – sendo que mais da metade dessa produção cabe ao estado de São Paulo. “Indianapolis tem um centro emergente para energias renováveis e nos interessa muito saber como o Brasil tem feito para se destacar nesse setor. E São Paulo é um ator muito importante no sucesso brasileiro no uso de bioenergia a partir do etanol”, disse Ballard à Agência FAPESP. Ballard se declarou receptivo sobre a possibilidade de inserir o uso do etanol brasileiro na capital do estado de Indiana. “Queremos combinar os esforços acadêmicos e industriais como foi feito no Brasil e tentar adaptar esse processo em Indianapolis, a fim de, como vocês, aprender a usar os recursos naturais para desenvolver o país com
menos impacto para o meio ambiente. Ao mesmo tempo, estudamos como ampliar o uso do etanol brasileiro”, destacou. De acordo com Ballard, parte dos 420 mil litros de combustível usados anualmente na competição automobilística da Fórmula Indy, em Indianapolis, consiste em etanol fornecido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), sediada em Ribeirão Preto. Segundo Brito Cruz, o etanol de canade-açúcar feito no Brasil não concorreria com uma eventual produção de etanol celulósico. “Só optamos pelo etanol da cana-de-açúcar porque ele atualmente é mais fácil de produzir. A produção de cana-de-açúcar do estado de São Paulo disponibiliza imensas quantidades de celulose, que está na palha da cana. São alternativas complementares”, disse. Fonte: Agência FAPESP | Por Fábio de Castro
anúncio Joice vai mandar 18 AEAARP
pesquisa
Cigarrinha-das-raízes:
importância econômica,
Bruno Henrique Sardinha de Souza O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar (Saccharum sp.), cuja produção é estimada em 630 milhões de toneladas para a safra de 2009, em uma área plantada de aproximadamente 7,8 milhões de hectares (CONAB, 2009). Destes valores, cerca de 365 milhões de toneladas são referentes à produção do estado de São Paulo, que tem a região de Ribeirão Preto como um dos maiores polos sucroalcooleiros do país. Com o aumento da mecanização da colheita da cana-de-açúcar, método adotado por várias usinas em cerca de 50% da colheita devido aos protocolos que exigem o fim das queimadas até 2014, um novo problema vem se agravando nos talhões: os prejuízos inerentes ao ataque da cigarrinha-das-raízes. Esse inseto, de nome científico Mahanarva fimbriolata (Stal.), pertence taxonomicamente à ordem Hemiptera e família Cercopidae. Há pouco tempo, essa praga tinha importância econômica apenas na Região Nordeste, principalmente em Sergipe e na Bahia (MENDONÇA et al., 1996), e hoje pode causar perdas superiores a 25% da produtividade no estado de São Paulo (BOTELHO et al., 2004). A cigarrinha-das-raízes é eficientemente controlada por meio da queima da palha da cana-de-açúcar anteriormente ao corte manual, onde o fogo é responsável por destruir as formas biológicas do inseto. Porém, a colheita da cana crua propicia condições favoráveis ao desenvolvimento da cigarrinha devido à alta umidade proporcionada pela deposição de cobertura vegetal no solo aliada às 14
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altas temperaturas. No estado de São Paulo, o ciclo da cigarrinha começa em setembro com o início do período chuvoso. Os ovos de M. fimbriolata são colocados nas bainhas das plantas, restos da cultura e na superfície do solo, durante abril e maio, onde permanecem em diapausa (fenômeno no qual os insetos ficam em dormência, voltando às atividades após o período desfavorável à sua sobrevivência) até setembro em decorrência de déficit hídrico, baixas temperaturas e menor fotoperíodo. As ninfas de M. frimbriolata eclodem em média 20 dias após a postura, diferindo dos adultos apenas pelo menor tamanho, ausência de asas e aparelho reprodutor pouco desenvolvido. Elas se fixam na região do coleto ou nas raízes da planta onde se alimentam por sucção da seiva, provocando a “desordem fisiológica” que se caracteriza pela deterioração dos vasos lenhosos, impedindo a condução de água e nutrientes em seu interior (GARCIA et al., 2004). Ao mesmo tempo, produzem a espuma que as protege de altas temperaturas, sintoma característico da presença da praga. O estágio ninfal dura de 35 a 40 dias, período em que sofre quatro mudas (ecdises), passadas as quais o inseto atinge a fase adulta, sem passar pelo estágio de pupa (desenvolvimento hemimetabólico). Os machos adultos são de coloração vermelha com as asas orladas de preto enquanto as fêmeas são mais escuras e com asas marrom-avermelhadas. Possuem hábitos crepusculares e noturnos, ficando escondidos durante o dia no interior dos cartuchos ou na face inferior das folhas. A fase adulta dos machos e fêmeas dura em média 17 e 21 dias, respectivamente (GARCIA et al., 2006). A cigarrinha adulta, ao se alimentar, causa a “queima da cana-de-açúcar”. Além disso, pode injetar toxinas durante a sucção da seiva, provocando redução no tamanho e espessura dos entrenós do colmo da planta. As folhas atacadas apresentam pequenas manchas
Referências bibliográficas
biologia e controle amarelas que gradualmente se tornam avermelhadas e, por fim, opacas, o que reduz a área fotossintética e consequentemente o teor de sacarose no colmo (GARCIA, 2002). O monitoramento da cigarrinha-dasraízes é imprescindível para se estabelecer quais medidas devem ser adotadas a fim de se obter um controle eficiente da praga. Normalmente utiliza-se um nível de controle de 2 a 3 ninfas e um nível de dano econômico de 5 a 8 ninfas por metro linear obtidos através de amostragens no campo. Atualmente existem no mercado várias formulações à base do fungo Metarhizium anisopliae para o controle biológico da cigarrinha. O fungo-verde,
como é conhecido, tem a capacidade de infectar tanto ninfas quanto adultos, e deve ser aplicado na dose mínima de 500 g/esporos por hectare. Para o controle químico das ninfas do inseto, recomenda-se a aplicação de inseticidas granulados, quais sejam, thiamethoxam, terbufós ou carbofuran em um dos lados da touceira. Já para os adultos, deve-se utilizar carbaril, triclorfon, malation, clorpirifós ou deltametrina em pulverização, todos compatíveis com o fungo M. anisopliae. Bruno Henrique Sardinha de Souza é biólogo, aluno de pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) – FCAV/UNESP souzabhs@gmail.com
BOTELHO, P. S. M.; GARCIA, J. F.; CUNHA, U. S.; HADDAD, M. L. Flutuação populacional e avaliação de danos de Mahanarva fimbriolata (Stal, 1854) (Hemíptera: Cercopidae), em cana-de-açúcar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20., 2004, Gramado. Resumos...Gramado: Embrapa, 2004. p. 387. CONAB. Acompanhamento da safra brasileira. Disponível em: <www.conab.gov.br/conabweb/download/ safra/1cana_de_acucar.pdf>. Acesso em: 25 jul 2009. GARCIA, J. F.; APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B.; GRISOTO, E.; PARRA, J. R. P.; BOTELHO, P. S. M. Sítio de alimentação da cigarrinha-da-raiz, Mahanarva fimbriolata (Stal, 1854) (Hemiptera: Cercopidae), em cana-de-açúcar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20., 2004, Gramado. Resumos... Gramado: Embrapa, 2004. p. 216. GARCIA, J. F.; BOTELHO, P. S. M.; PARRA, J. R. P. Biology and fertility life table of Mahanarva fimbriolata (Stal) (Hemiptera: Cercopidae) in sugarcane. Scientia agricola, Piracicaba, v. 63, n. 4, p. 317-320, jul./ago. 2006. GARCIA, J. F. Técnica de criação e tabela de vida de Mahanarva fimbriolata (Stal., 1854) (Hemiptera: Cercopidae). 2002. 59 p. Dissertação (Mestrado em Entomologia) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. MENDONÇA, A. F.; BARBOSA, G. V. S.; MARQUES, E. J., 1996. As cigarrinhas da cana-de-açúcar no Brasil, p. 171-192. In: MENDONÇA, A. F. (Ed.). Pragas da cana-de-açúcar. Maceió, Edição do autor, 239 p.
crea
Fiscalização:
CREA
instrumento de valorização profissional e responsabilidade social
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Na atual realidade econômica, quando se fala em fiscalização do exercício profissional das atividades desenvolvidas no sistema Confea-Crea, logo se pensa em aumento dos custos financeiros, burocracia nos processos de produção e interferência direta na vida dos profissionais e empresas. Mas observando os resultados das ações da fiscalização do Crea-SP, verificamos um aumento considerável nas atividades dos profissionais, ou seja, através das ações de fiscalização, coibindo o leigo de exercer essas atividades, as contratações de profissionais, sejam pessoa física ou pessoa jurídica, têm aumentado. É bom para todos. Para o Crea, porque consegue desenvolver o seu papel instituído pela Lei Federal 5194/66, de defesa da sociedade, e valorização do profissional que paga o sistema. Para o profissional, que consegue trabalho por consequência dessas ações e assim pode se sustentar dignamente e promover o desenvolvimento do país. E para sociedade como um todo, que fica legalmente amparada para administrar suas atividades em que o profissional do sistema Confea-Crea esteja presente, dando as garantias de conforto, segurança e solidez dos serviços ali prestados. Agora, esta prática não vai acontecer apenas pela ação de fiscalização do Crea. Há que ter conduta ética por parte dos profissionais e também de quem contrata, para que o resultado no final seja satisfatório. Ultimamente temos abordado muito este assunto, porque também a sociedade, por uma questão unicamente econômica, não tem dado a devida importância para as responsabilidades assumidas na contratação desses serviços que, na maioria das situações, são atividades simples e de pequena monta,
mas são os causadores do maior volume de acidentes, reclamações de danos e insatisfação. Por essas questões, essas atividades acabam sendo mais onerosas para o país, pois, por não haver técnica e nem responsabilidade civil, acabam provocando, entre outros, as seguintes situações: - prejuízos que encerram atividades econômicas, gerando desemprego, pois não há direito de uma ação de regresso; - acidentes com mortes e invalidez que causam sequelas irreversíveis em famílias inteiras; - atividades onde o custo gerado é maior que a realidade de mercado, provocando descontentamento e desperdício de recursos, geralmente por parte da população economicamente mais carente. Portanto, nesse ato de fiscalização, execução dos serviços gerados e contratação dos profissionais e empresas temos, além da responsabilidade profissional, civil, criminal, trabalhista e ética, também a responsabilidade social de pregarmos um desenvolvimento sustentável e justo com o meio ambiente e as pessoas que vivem e viverão dentro dele. Engº civil José Galdino Barbosa da Cunha Júnior Chefe da UGI - Ribeirão Preto - CREA - SP e mail jose.junior4021@creasp.org.br Rua João Penteado 2237 Jd. São Luis - Ribeirão Preto - SP Fone 16 3623.7627
legislação
Norma inédita vai melhorar qualidade das calçadas
A principal fonte de problemas de calçadas e ruas pavimentadas com pisos intertravados de concreto está com os dias contados para desaparecer. É que começaram as reuniões de trabalho da Comissão Técnica do Comitê Brasileiro 18 (CB 18), responsável pela normalização na área de concreto da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e encarregada de discutir e tratar da redação da norma brasileira de assentamento de pisos intertravados de concreto. Essa será a primeira norma mundial nesse segmento. Boa parte das deficiências encontradas em calçadas e ruas pavimentadas com pisos intertravados em concreto deve-
se à execução de má qualidade, feita por empresas e profissionais que não cumprem os procedimentos corretos para esse tipo de serviço, de acordo com o arquiteto Carlos Alberto Tauil, diretor executivo da Bloco Brasil (Associação Nacional dos Fabricantes de Blocos de Concreto). A norma de assentamento está sendo desenvolvida com a participação da cadeia produtiva setorial (fabricantes de pisos de concreto, fornecedores de cimento, agregados e demais insumos, e projetistas, entre outros) e de consumidores. Esse procedimento, segundo a engenheira Inês Battagin, superintendente do CB 18, é necessário para que a norma
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seja feita de forma mais eficiente e com a participação mais ampla possível. Além dela, será feita também a revisão das duas normas existentes na área, de peças de concreto para pavimentação: uma de especificação dos produtos (NBR 9781/87) e outra de métodos de ensaio (NBR 9780/87), visando à sua atualização e aperfeiçoamento. Após a publicação da norma pela ABNT - em prazo que pode variar de seis meses a um ano -, ela terá de ser incluída obrigatoriamente nos editais de órgãos públicos, como prefeituras, por exemplo, ao contratarem os serviços de execução de calçadas e de pavimentação de ruas com pisos intertravados de concreto.
INSS
Contribuições ao da competência da remuneração. O contribuinte individual que quiser contribuir com valor superior aos 11% descontados pela empresa somente poderá fazê-lo se exercer outra atividade que o enquadre como segurado obrigatório; todavia, sobre a parcela complementar deverá ser aplicada a alíquota de 20%, observado o limite máximo do salário-de-contribuição. Algumas questões previdenciárias têm tirado o sono de quem está próximo da aposentadoria e causado pesadelo nas pessoas que não sabem como contribuir. Profissionais liberais, dentre eles engenheiros, arquitetos e agrônomos, ainda quando empregados, têm sido mal orientados sobre como, com quanto e de que forma contribuir. Essa insegurança, muitas vezes decorrente do desconhecimento da legislação, é plenamente justificável, mas causam enormes danos que culminam em benefícios previdenciários com valores insignificantes. A contribuição previdenciária decorre do exercício da atividade profissional, devendo o segurado contribuir para cada uma das atividades quando exercer mais de uma, respeitando-se o limite mínimo e máximo do valor fixado anualmente para as contribuições. O segurado é obrigado a contribuir para a Previdência Social, pouco importando a natureza da sua filiação ao INSS (profissional liberal ou empregado). As contribuições do segurado empregado são calculadas mediante a aplicação progressiva de alíquotas que variam de 8 a 11%, dependendo do salário-de-contribuição mensal, devendo a empresa recolher a quota de contribuição patronal de acordo com o regime fiscal adotado. O contribuinte individual sem retenção de contribuição pela empresa, assim considerado o profissional liberal, autônomo, sócio, empresário e equiparado, deverá recolher 20% da remuneração auferida em uma ou mais empresas, não podendo a contribuição mensal ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao valor máximo das contribuições. O contribuinte individual, com rentenção de contribuição de 11% da remuneração, que prestar serviço a uma ou mais empresas, terá descontado de sua remuneração o valor referente a 11%, ficando a empresa responsável pelo recolhimento juntamente com as contribuições a seu cargo (20%), até o dia dois do mês seguinte 18 AEAARP
Benefícios A legislação previdenciária possui um grande leque de benefícios destinados aos seus segurados e dependentes. Esses benefícios são classificados como “programáveis” ou “de risco”, como a pensão por morte, auxílio-reclusão e os de incapacidade (auxílio-doença, invalidez e auxílio-acidente) decorrentes ou não de acidente do trabalho. Os benefícios programáveis são, por essa razão, os mais solicitados. São eles: a aposentadoria por tempo de contribuição, a aposentadoria especial e a aposentadoria por idade. A aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado, do sexo masculino, quando completar 35 anos de contribuição e à mulher com 30 anos. É bom frisar que, neste caso, não é preciso ter idade mínima para aposentar. A idade mínima somente será exigida para o segurado (homem) que tiver entre 30 e 35 anos incompletos de contribuição, e para a segurada (mulher) que possuir entre 25 e 30 anos incompletos de contribuição. Neste caso a idade mínima será, respectivamente, 53 e 48 anos. A aposentadoria por idade é devida ao segurado que possui 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher. Para os trabalhadores rurais o requisito etário é de 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher. Destaca-se que não basta possuir a idade mínima para almejar o benefício. O interessado, além da idade, deverá comprovar que contribuiu para o INSS por pelo menos durante 15 anos. Há uma regra de transição que permite a aposentadoria por idade aos 14 anos de contribuição no ano de 2009; com 14 anos e 6 meses no ano de 2010; e, a partir de 2011, somente com 15 anos de contribuição. A aposentadoria especial é o benefício mais perseguido em razão de seu valor. Ele representa a integralidade da média salarial, chegando seu valor bem pró-
ximo da remuneração do segurado em atividade. Este benefício é devido ao segurado que trabalhadou em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física por mais de 15, 20 ou 25 anos, dependendo da profissão. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, a efetiva exposição aos agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais por período exigido para sua concessão. O trabalhador pode ter direito à aposentadoria especial sem nem mesmo receber o adicional de insalubridade ou periculosidade. Podemos concluir que são os estudos técnicos da Medicina e da Engenharia de Segurança e Higiene do Trabalho que dirão qual atividade é especial. O agrônomo, por exemplo, exposto a agentes químicos poderá ter direito a esse benefício caso comprove esse fato. O engenheiro, da mesma forma, demonstrado o exercício de atividade com exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos, também poderá ter acesso a essa modalidade de benefício. Assim, qualquer atividade pode ser especial e fazer jus ao benefício com tempo de serviço reduzido, desde que comprovadamente coloque em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador. Como comprovar a atividade é especial? Quando o segurado é empregado, a empresa tem a obrigação legal de lhe fornecer um documento cujo modelo foi aprovado pelo INSS o qual especifica quais são as suas atividades, como elas são exercidas e quais os riscos que oferecem. Esse documento é suficiente para provar a atividade especial, desde que corretamente preenchido e aprovado pelo INSS por intermédio de seus técnicos especialmente contratados para este fim. Quando o segurado for trabalhador avulso, vinculado a um Sindicato ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), estes lhe fornecerão o documento. Quando o segurado não é empregado ou trabalhador avulso, por exemplo um contribuinte individual (médico, dentista, engenheiro, arquiteto, agrônomo etc.), deverá produzir laudo pericial, a cargo de um engenheiro ou médico necessariamente inscritos no Ministério do Trabalho, que evidencie a natureza especial de suas atividades.
e benefícios O que é PPP? O PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário – nada mais é do que o documento que a empresa tem a obrigação de fornecer ao empregado para que este comprove suas atividades especiais e que é preenchido com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, devidamente inscritos no Ministério do Trabalho. Quando converter tempo de serviço? Quando o segurado tiver exercido alternadamente atividades especiais e comuns sem preencher em relação aquelas especiais o tempo de serviço mínimo para concessão da aposentadoria especial, poderá somar esses períodos com acréscimo para concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. O acréscimo varia de acordo com a modalidade da aposentadoria desejada e do sexo do segurado, conforme a tabela abaixo: Tempo a converter
De 15 anos De 20 anos De 25 anos
Multiplicadores Para 30 anos (mulher) 2,00 1,50 1,20
Para 35 anos (homem) 2,33 1,75 1,40
Cálculo do valor dos benefícios Todos os benefícios pagos pelo INSS, exceto o salário-família e o salário-maternidade, são calculados com base no salário-de-benefício, que é a média dos salários-de-contribuição. Salário-de-contribuição é o valor da remuneração sobre a qual incide a contribuição previdenciária, ou seja, o salário do empregado, os honorários do profissional liberal, o pró-labore dos sócios etc. Nem todas as pessoas têm conhecimento que a partir de novembro de 1999 a fórmula do cálculo da aposentadoria foi alterada. A partir de então existem três regras para calcular o valor das aposentadorias: • Para quem poderia se aposentar até 28/11/1999, o cálculo do valor dos benefícios será feito com base nas últimas 36 contribuições anteriores à data em que o benefício for requerido. • Para quem começou a contribuir após 28/11/1999, o cálculo será feito com base em todas as contribuições efetuadas pelo segurado: desde o mês da primeira contribuição até o mês anterior à data
em que o benefício for requerido. • Para quem já contribuía antes 28/11/1999, mas não possuía os requisitos para aposentadoria, o cálculo será feito com base nas contribuições pagas desde julho de 1994 até o mês anterior à data em que o benefício for requerido. Fator previdenciário Fator previdenciário é o índice resultante de uma operação matemática que leva em conta a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de vida. A expectativa de vida será anualmente fixada pelo IBGE no mês de dezembro. O fator previdenciário opera no valor do benefício da seguinte forma: • Quanto maior a idade do segurado, menor será sua expectativa de vida. • Quanto menor for a expectativa de vida, maior será o valor do benefício. • Quanto maior for a expectativa de vida, menor será o valor do benefício. • Assim, quanto mais cedo se aposentar, menor será o valor da aposentadoria. O fator previdenciário deve ser obrigatoriamente aplicado apenas no cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição e, facultativamente, apenas se beneficiar o segurado na aposentadoria por idade. Programe sua aposentadoria O valor do benefício é fruto do valor das contribuições, logo, o segurado que quiser pagar mais contribuições para obter maiores benefícios terá que tomar alguns cuidados. É certo que qualquer pessoa pode ter mais de uma atividade e, quando isso acontece, tem que contribuir para a Previdência Social em cada uma delas. Essas contribuições nem sempre se somam e dependendo do benefício que está sendo programado a somatória deve ser planejada. O pretendente a um benefício previdenciário saudável deve se fazer algumas perguntas: Qual é a sua situação previdenciária? Tem certeza que todas suas contribuições estão contabilizadas junto ao Instituto de Previdência? Que espécie de aposentadoria será mais vantajosa, considerando seu tempo de serviço, o valor das suas contribuições, sua idade e a expectativa de vida? Preciso aumentar ou diminuir as con-
tribuições? Que dia, mês e ano é o mais adequado para aposentar? Caso não saiba responder ao menos uma destas perguntas, você necessita urgentemente de um diagnóstico previdenciário. Não jogue dinheiro no lixo O diagnóstico previdenciário serve para saber se você não está jogando dinheiro no lixo, aliás, contribuições com valores altíssimos nem sempre são sinônimos de benefício alto. Você poderia destinar a diferença dos valores que não servirão para aumentar o valor do benefício pretendido para uma previdência privada, por exemplo. Em segundo lugar, serve para saber se a redução do valor da contribuição manterá o mesmo valor da aposentadoria, então poderia economizar dinheiro ou investir o excedente em outro plano de previdência. Finalmente, serve de base para planejar o valor das futuras contribuições, definir a melhor espécie de aposentadoria, decidir quando se aposentar e analisar a necessidade da contratação de uma previdência complementar para manter o mesmo padrão de vida após a aposentadoria. Diagnóstico previdenciário Você já viu uma obra de construção civil ser executada sem um projeto? Sem uma avaliação de um engenheiro ou definições arquitetônicas? Sem investigar as condições do terreno e planejamento prévio? Então, como programar sua aposentadoria sem um diagnóstico previdenciário? Sem uma avaliação das contribuições? Sem investigar o tempo de serviço, idade e expectativa de vida? O simples fato de fazer o diagnóstico previdenciário já é uma vantagem. Ele tem a missão de potencializar, desde já, o futuro valor da aposentadoria bem como traçar um planejamento estratégico para alcançar o melhor benefício e em menos tempo. Pense finalmente que a aposentadoria lhe acompanhará até o fim de sua vida. Hilário Bocchi Junior é advogado especializado em Previdência Social e mestre em Direito Público. Palestrante, colunista, professor universitário e de cursos de pós-graduação em Direito Previdenciário.. Autor de vários artigos jurídicos e dos livros A prova do tempo de serviço para fins previdenciários e a Igualdade dos trabalhadores urbanos e rurais ao acesso aos benefícios previdenciários.
Revista Painel
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artigo
Compensação do Em maio deste ano foi publicado o Decreto nº. 6.848, que estabeleceu um limite para o cálculo da compensação decorrente de impacto ambiental significativo, ocasionado pela instalação e construção de empreendimentos. A grande mudança instituída pela nova regulamentação é que o cálculo da compensação ambiental passou a ter um percentual limitado a 0,5%. O impacto ambiental é o resultado ocasionado por qualquer alteração no meio ambiente, benéfica ou adversa, decorrente de atividades humanas ou naturais. A definição de impacto ambiental é necessariamente abrangente, uma vez que deve abarcar as alterações, principalmente as significativas, incidentes sobre o meio ambiente natural, artificial, cultural e, também, do trabalho. O meio ambiente está amplamente consagrado na Constituição Federal (artigo 225), uma vez que o legislador resguarda o tema de forma que tanto sua preservação quanto sua recuperação são vistas como prioridades dos cidadãos e do Estado. O meio ambiente, mesmo antes da Constituição de 1988, passou a ter como medida de proteção, em 31/08/81, a Lei nº. 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, cujos objetivos gerais são: a) preservação do meio ambiente; b) melhoria da qualidade ambiental; c) recuperação do meio ambiente; d) assegurar ao país condições de desenvolvimento socioeconômico e e) proteção da dignidade da pessoa humana. Já o Direito Ambiental visa regulamentar e respeitar os procedimentos necessários para a aplicação efetiva da Política Nacional do Meio Ambiente. O Direito Ambiental tem como um de seus escopos regular as ações de empreendedores, quando iniciam atividades que interfiram direta e indiretamente sobre o meio ambiente. Para que o empreendedor possa viabilizar o início de sua atividade, independentemente de sua natureza, necessita obter a licença ambiental. É o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades que empregam recursos ambientais considerados 20 AEAARP
impacto ambiental
efetiva e potencialmente poluidores, ou que, de algum modo, possam ocasionar degradação ambiental. Para que o empreendimento obtenha o licenciamento ambiental, faz-se necessária a apresentação, ao órgão competente, do EIA - Estudo de Impacto Ambiental, de acordo com a Resolução Conama 1/86. Além do EIA, deve o empreendedor apresentar o RIMA - Relatório de Impacto ao Meio Ambiente. Este estudo envolve técnicos e especialistas das mais variadas áreas, como químicos, biólogos e geólogos, para fornecer uma análise cabal do impacto a ser ocasionado pelo empreendimento em caso de deferimento do pedido de licença ambiental. Torna possível, assim, uma mensuração aproximada sobre o nível do impacto, bem como dos possíveis danos a serem suportados pelo meio ambiente. Mesmo que o relatório seja desfavorável ao empreendimento, não significa que as atividades, tanto para instalação quanto para operação, não poderão ser viabilizadas. Ao contrário, constatada a ocorrência de impactos ambientais negativos, o empreendimento poderá ser iniciado mediante apoio, por parte de seus idealizadores, à implementação e manutenção de unidade de conservação voltada à proteção ambiental. O empreendedor não tem que criar, necessariamente, algo voltado à proteção e recuperação do meio ambiente. Mas, sim, despender valores com a finalidade de compensar os danos que seu empreendimento ocasionará ao equilíbrio ambiental. Tem-se, assim, a compensação pecuniária decorrente da constatação de impacto ambiental. Tais efeitos e resultados negativos devem ser apurados e analisados pelo órgão ambiental na apresentação do EIA e do RIMA pelo empreendedor, em virtude do pedido de licenciamento ambiental realizado. Assim, verificada a ocorrência de impactos ambientais significativos, o empreendimento, para ter prosseguimento em suas atividades, é obrigado a pagar valor a título de compensação pelos danos e degradações ao meio ambiente, baseado em percentual incidente sobre o montante total a ser gasto. Até o período anterior à vigência do Decreto nº. 6.848, não havia uma previsão
máxima do percentual incidente sobre o valor total vinculado à execução do empreendimento. Apenas não poderia ser inferior, conforme previsto no § 1º, do artigo 36, da Lei nº. 9.985/2000, a 0,5%. Ou seja, para o empreendedor nunca era certo o valor total que seria investido em suas atividades, uma vez que a quantia atribuída à compensação ambiental poderia influenciar consideravelmente em suas despesas. A partir da instituição do decreto, o cálculo da compensação ambiental passou a ter um percentual limitado de 0,5%, gerando um grande alívio aos empreendedores brasileiros. A nova regra determina que o “Valor da Compensação Ambiental - CA será calculado pelo produto do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência - VR”. O Valor de Referência é “a somatória dos investimentos necessários para implantação do empreendimento, não incluídos os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e reais”. Já o Grau de Impacto é o nível de impacto sobre os ecossistemas, calculado de acordo com índices determinados conforme a especificidade do caso. O percentual é delimitado pelo Grau de Impacto, que, após ser delineado mediante análise do empreendimento, deve atingir percentuais entre 0 e 0,5%. Apesar de esta delimitação do cálculo da compensação estar regulamentada, encontra-se pendente no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que tem como propósito discutir o método de cálculo da compensação ambiental. Ou seja, o decreto atual ainda pode sofrer alterações em seu texto, trazendo novas delimitações e as formas para o cálculo da compensação ambiental. Victor Penitente Trevizan é advogado de Direito Ambiental do Peixoto e Cury Advogados vpt@peixotoecury.com.br
ambiente
Disque Ambiente
tem aumento de 58% no número de ligações
Durante as comemorações da Semana do Meio Ambiente (de 02 a 05 de junho) a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) lançou uma campanha de divulgação do Disque Ambiente - 0800 11 35 60 -, o canal de denúncias e informações para o cidadão que presenciar crimes ambientais, como desmatamentos, queimadas, tráfico de animais silvestres, poluição do ar e emergências químicas. Os resultados foram animadores: aumento de 58% no número de ligações na comparação entre os meses de maio e junho. A média de atendimentos do Disque Ambiente sempre girou em torno de 3 mil ligações por mês. Durante o mês de junho foram 4.686 ligações, a maior parte delas (51%) foram solicitações de informações. Apesar de existir há mais de 10 anos, a população ainda
não tinha o conhecimento desse canal. Desde setembro do ano passado o Disque Ambiente passou a funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana, com atendimento feito por especialistas da área ambiental e com um menu simplificado. Atualmente, 25 funcionários se dedicam no atendimento das ligações. O denunciante que quiser se identificar pode acompanhar o caso, recebendo em casa uma correspondência com os resultados da denúncia, que são encaminhadas aos órgãos vinculados à SMA, como a Polícia Militar Ambiental, a CETESB e o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN). A SMA quer intensificar a divulgação do canal de denúncias, ampliando a participação da sociedade, grande aliada no combate aos crimes ambientais. O Disque Ambiente tem capacidade ope-
racional para atender até 12 mil ligações todos os dias. - 51,1% das ligações são solicitações de informações sobre meio ambiente. - Em segundo lugar vêm as denúncias por emissão de fumaça preta, que representam 17,4% das ligações. - 4% são denúncias de poluição ambiental atendidas pela CETESB. - A Polícia Militar Ambiental é responsável pelo atendimento de 6,3% das denúncias, como supressão de vegetação, tráfico ilegal de animais silvestres e ocupações irregulares em áreas de proteção.
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bom senso
Em um ponto, nós, que somos produtores rurais e parte do agronegócio brasileiro, temos de dar o braço a torcer: somos péssimos em fazer propaganda da nossa atividade e importância. E como ficamos calados, permitimos que a sociedade construísse uma imagem do setor produtivo com base no que os outros falam a nosso respeito. Assim, nossa omissão fez com que fôssemos transformados no bode expiatório de grande parte das mazelas do país. O setor produtivo desmata, polui o ambiente e não cumpre a lei. Essa é a ideia que grande parte da sociedade faz de nós, talvez por não ter conhecimento das nossas qualidades e contribuições: somos responsáveis por 25% do PIB, 36,2% das exportações e 37% dos empregos gerados. As cidades poluem mais do que a atividade agropecuária e nem por isso a legislação é mais branda sobre o setor produtivo. Muito pelo contrário. Atualmente estão em vigor mais de 16 mil normas ambientais e 130 projetos em tramitação no Congresso Nacional para a criação de mais leis. Além do número exagerado de artigos, parágrafos e capítulos que o produtor rural deve cumprir à risca, a legislação ambiental acabou se tornando numa colcha de retalhos, descolada da realidade atual. A primeira versão do Código Florestal Brasileiro é de 1934 e a segunda, de 1965. De lá para cá, sofreu mais de 60 alterações. Nesse intervalo, a atividade agropecuária sofreu uma revolução e o Brasil se transformou em um dos principais fornecedores de alimentos do mundo. E o produtor rural cumpriu os limites estabelecidos no Código. Agora, depois de 40 anos e com a área de produção já consolidada, a legislação foi alterada, sem qualquer referencial científico, e o produtor, que lá atrás cumpriu a lei, hoje é obrigado a reflorestar parte de sua propriedade, perder produção e renda. E nesse debate sobre a questão ambiental, o produtor é sempre colocado como aquele que não quer cumprir a lei, quando, na verdade, cobra apenas bom senso na definição das normas. No final de maio, a Frente Parlamentar da Agropecuária, que reúne deputados
federais e senadores, apresentou o projeto de lei 5367/09, que, se aprovado, irá substituir o atual Código Florestal e revogará outras leis da área ambiental. O projeto foi elaborado com a participação de entidades que representam o setor e em linhas gerais transfere para os estados o planejamento técnico e científico de toda ocupação territorial, cria um fundo de compensações, extingue penas de prisão para crimes ambientais e garante áreas de produção rural já consolidadas no país. Prevê também que a unidade de conservação da biodiversidade passaria a ser a bacia hidrográfica e não mais a propriedade, como está atualmente. Assim, as exigências recairiam sobre cada estado e não sobre cada fazenda. As áreas de preservação permanente e de reserva legal seriam transformadas em áreas de reserva ambiental, cuja proteção seria determinada segundo a topografia e a presença de rios. Há ainda um longo caminho a ser percorrido e um intenso debate a ser travado sobre o projeto, mas já é um ponto de partida. Sem uma definição, o produtor fica perdido, inseguro quanto à legislação que terá de seguir e, ainda por cima, com uma imagem negativa, que foi sendo construída ao longo dos anos e do nosso silêncio. A discussão desse projeto, que promete ser um novo Código Ambiental, precisa da nossa participação e da contribuição das entidades que representam o setor produtivo. Não podemos repetir o erro da omissão. Manoel Carlos de Azevedo Ortolan é presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo)
soja
CESB lança
Desafio Máxima Produtividade
para safra 09/10
Ganhadores do Desafio vão aos Estados Unidos participar de programa de troca de experiências na produção de soja O Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), entidade sem fins lucrativos criada em 2007 por profissionais ligados à cultura da soja no Brasil, lança em agosto o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja da safra 2009/2010. Voltado aos sojicultores e técnicos recomendantes de todo país, o Desafio tem como objetivo criar um ambiente nacional e regional que estimule estes produtores e técnicos a desafiar seus conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de práticas inovadoras de cultivo, que possibilitem uma maior produtividade na mesma área plantada com sustentabilidade. São duas as categorias do Desafio: Área Irrigada (I) e Área não Irrigada (II). Os participantes poderão competir nas duas categorias, desde que as inscrições sejam independentes. Cada participante pode inscrever de uma a três de suas áre-
as ou propriedades onde atuam, ou então talhões distintos na mesma propriedade, desde que também cada área tenha uma ficha e uma taxa de inscrição. Para que os sojicultores estejam aptos a participar do Desafio, devem atender alguns pré-requisitos exigidos no regulamento do programa como, por exemplo, obedecer a legislação trabalhista e/ou os contratos coletivos de trabalho firmados pelos sindicatos da região em que atuam. Além disso, os participantes poderão cultivar soja em áreas próprias ou arrendadas, desde que as mesmas estejam em dia com as obrigações fiscais e não estejam em Áreas de Preservação Permanente (APPs). As regras e demais informações para inscrição são encontradas no site oficial do CESB: www.cesbrasil.org. O Desafio é uma iniciativa pioneira do CESB, criado para promover estratégias
Ao preparar sua ART, não se esqueça de preencher o campo 31 com o código 046. Assim, você destina 10% do valor recolhido para a AEAARP. Com mais recursos poderemos fortalecer, ainda mais, as categorias representadas por nossa Associação. Contamos com sua colaboração!
que contribuam para elevar a produtividade e valorizar a sojicultura brasileira, além de incentivar a sustentabilidade de uma das culturas mais importantes do país. Para participar do programa, os sojicultores e técnicos devem se inscrever até 15 de dezembro de 2009. Após pagamento da taxa de inscrição (R$ 100,00), o produtor receberá a confirmação através de seu e-mail. Ao término do Desafio será proclamado o produtor com a maior produtividade nacional de soja. Os vencedores serão reconhecidos em uma cerimônia ainda a ser definida e também ganharão uma viagem técnica aos Estados Unidos em 2010, com duração de sete dias, período em que terão oportunidade de trocar experiências com os maiores sojicultores e técnicos do país e apresentar as técnicas empregadas no Brasil.
notas e cursos
Congressos discutem energia alternativa Geração de energia alternativa irá triplicar até 2017
NOVOS ASSOCIADOS
Até 2017 o Brasil produzirá 6,2 mil megawatts a partir de energia proveniente da biomassa, do vento e de pequenas hidrelétricas, de acordo com plano do governo federal. Este potencial poderá inclusive ser ampliado se levado em consideração o potencial ainda não explorado para fontes alternativas no Brasil. O aumento no uso de energias renováveis também beneficia outro importante negócio: a venda de créditos de carbono. A energia eólica e as pequenas centrais hidrelétricas podem proporcionar esse tipo de receita. Até o final do último ano somente o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) já havia aprovado 144 projetos capazes de gerar energia suficiente para evitar a emissão atmosférica de 2,8 milhões de toneladas de carbono anuais, podendo valer R$ 100 milhões por ano com a venda de créditos de carbono. Por outro lado, no agronegócio o Brasil pode ganhar por ano em torno de U$$ 160 milhões com a venda de créditos de carbono obtidos mediante a utilização da biomassa para gerar energia. O maior potencial está nos cultivos de cana-deaçúcar, que hoje cobrem 7 milhões de hectares no país, com previsão de aumentar 50% até 2015, em decorrência da expansão do uso de biocombustíveis. Cada megawatt por hora de energia produzida pelo bagaço da cana evita que mais de meia tonelada de CO2 seja
Arquitetura Heliane Batista Arquitetura e Urbanismo Flavia Greggi de Araujo Fabio Leandro da Silva Engenharia Agronômica Priscilla Aparecida Mendes Pinto Engenharia Civil Gilberto Antonio Rissatto Jose Augusto Passos de Menezes Marco Antonio Pedreschi Monteiro Junior
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lançada na atmosfera – caso essa energia fosse obtida por óleo combustível ou carvão mineral. Temas importantes como estes serão amplamente debatidos durante a realização do IV Congresso Internacional de Bioenergia e 1º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Energias Renováveis, que acontecem de 18 a 21 de agosto de 2009, em Curitiba. Neste período, 46 palestrantes e painelistas do Brasil e de diversos países do mundo estarão transmitindo informações importantes sobre o atual estágio e perspectivas das energias renováveis em nosso planeta.
Livros
Para valorizar o tema biocombustíveis serão lançados, durante o Congresso, dois importantes livros sobre energias alternativas. Um deles é Álcool Combustível, uma publicação da Confederação Nacional da Indústria, Instituto Euvaldo Lodi e Itaipu, contendo uma coletânea de artigos de renomados pesquisadores e técnicos nacionais, coordenados pelo engenheiro Luiz Antonio Rossafa, diretor de Gestão Corporativa da Copel. A obra tem como objetivo apresentar uma análise a partir de diferentes perspectivas e vertentes de pensamentos que contribuem para o avanço da política energética. O outro é Agroenergia da biomassa residual - Perspectivas energéticas, socioeconômicas e ambientais. Patrocinado pela Itaipu, em parceria com
Engenharia Elétrica Luiz Guilherme Carmanhan Rogerio Cesar Tirado Engenharia Industrial Mecânica Jose Laporte Estudante – Agronomia e afins Bruna Fernanda Bueno da Silva Bruno Bonfiglioli Machel Souza da Costa Estudante – Tecnologia Ambiental Tauan Henrique da Silva Gomes
a FAO Brasil, o livro descreve as possibilidades dos setores do agronegócio e do saneamento básico, geradores de resíduos sólidos e efluentes orgânicos, ou biomassa residual, de gerarem energia elétrica ou energia térmica e veicular. Juntamente com o Congresso acontece a 2ª BioTech Fair – Feria Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível, onde mais de 50 empresas expositoras apresentam inovações e tendências na área. O programa completo do evento e detalhes da feira estão disponíveis no endereço www.eventobioenergia.com.br .
Eventos: IV Congresso Internacional de Bioenergia I Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Energias Alternativas II BioTech Fair – Fera Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível Data: 18 a 21 de agosto de 2009 Local: ExpoUnimed Curitiba e Teatro Positivo Contato: contato@porthuseventos.com.br Fone : (41) 3072-3131
Estudante – Engenharia Civil e afins Douglas Faria Marcomin Tiago Tostes Teixeira Técnico Agrícola Fernando Cesar Tasinaffo Técnico em Eletrotécnica Sergio Collela Técnico em Topografia Antonio Carlos Cury
8ª BIA já tem data confirmada
Petrobras e Unicamp inauguram laboratório para caracterização de petróleo
Prêmios, workshops e exposição marcam a 8ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura (BIA), realizada neste ano entre os dias 31 de outubro e 6 de dezembro. Com o tema “Ecos Urbanos”, a curadoria do evento confirmou a realização da Expo Brasil e Expo Internacional com trabalhos e projetos de vários países que concorrerão a prêmios. O espaço da Oca do Parque do Ibirapuera será utilizado para sediar a exposição “Materiais e Tecnologias para a Construção Sustentável”. Pelo menos doze workshops com foco em qualificação urbana serão realizados. O lançamento da Bienal em julho contou com a presença do comitê da União Internacional de Arquitetos (UIA) que esteve no Brasil.
A Petrobras e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) inauguraram, em julho, as novas instalações do Laboratório de Petroleômica. A reforma deste laboratório e a aquisição de novos equipamentos, que contaram com recursos de cerca de R$ 6 milhões da Petrobras, é parte de uma estratégia de investimentos da Petrobras em universidades e institutos de pesquisa brasileiros que tem possibilitado uma revolução na academia nacional. Desde 2006, a Petrobras tem investido cerca de R$ 400 milhões por ano em mais de 100 instituições de todo o Brasil, que, organizadas em redes temáticas coordenadas pelo
Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), desenvolvem soluções tecnológicas para os principais desafios da indústria de energia. O Laboratório de Petroleômica tem como objetivo principal a investigação detalhada de novos indicadores moleculares do petróleo e seus derivados. A identificação com rapidez e precisão de dezenas de milhares de compostos químicos que formam os diversos tipos de petróleo é fundamental para aumentar a especificidade do diagnóstico da origem do óleo e da idade das rochas geradoras, entre outras características. Tais dados são fundamentais para minimizar o risco exploratório na perfuração de poços.
Palestra Advogado orienta sobre aposentadoria O período da aposentadoria é, muitas vezes, sinônimo de correria, especialmente para os profissionais que trilharam carreira autônoma. O advogado Hilário Bocchi Junior vai ministrar palestra na AEAARP, no dia 24 de agosto, para orientar os associados sobre como se organizar para enfrentar este período sem problemas. Roberto Maestrello, presidente da
entidade, diz que o advogado Samuel Domingos Pessoti, que compõe a equipe do escritório de Bocchi, estará disponível uma vez por mês na Associação para esclarecer dúvidas pessoalmente. “Vamos começar este trabalho a partir da palestra”, esclarece o presidente. A palestra acontecerá às 19h30 no salão nobre Antônio Duarte Nogueira, da AEAARP, e a entrada é gratuita.
ECOARQ O II Seminário Brasileiro sobre Arquitetura Sustentável (ECOARQ) elegeu a cidade de Curitiba como sede desta edição. Entre os temas abordados durante os três dias de evento está a discussão sobre como a arquitetura, o urbanismo, engenharia civil, paisagismo e o design de materiais e interiores podem colaborar com a minimização do impacto do homem sobre o meio ambiente. O Seminário será realizado entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro, no Centro Universitário Curitiba, sendo uma noite com palestra de abertura, um dia reservado para palestras e outro dedicado aos minicursos. Mais informações: www.unicuritiba.edu.br
Na matéria ‘Alecrim: aroma forte e marcante do orvalho do mar’, publicada na edição 172 da revista Painel, o crédito da foto da página 16 é do site www.greenchem.biz.
USP e Fapesp integram projeto mundial de biocombustíveis Os pesquisadores mostrarão experiência do país no assunto
Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) se juntará a uma equipe internacional de cientistas que estudarão a aplicação de biocombustíveis em larga escala no mundo. A iniciativa faz parte do projeto Global Sustainable Bioenergy: Feasibility and Implementation Paths. A contribuição dos profissionais brasileiros será na abordagem da experiência nacional na produção de etanol a partir da cana-deaçúcar. “Esse debate mundial será muito importante para o Brasil porque a substituição bem-sucedida de petróleo por biocombustíveis gera dúvidas sobre em que escala a experiência brasileira poderia ser replicada em outros países”, avalia Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor científico da Fapesp. Fonte: Webtranspo
Revista Painel
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Harmonia de estilos no
O Espaço Gourmet da AEAARP agora está completamente mobiliado. Os móveis foram desenhados especialmente para o local, que passou por reformas e ampliação e é usado para eventos da entidade e locação para festas de aniversário, jantares, eventos de empresas etc. O novo mobiliário valoriza o local e tem sido um dos motivos do aumento na locação para terceiros. O espaço ganhou uma mesa de jantar para 10 pessoas, um balcão de madeira e 6 banquetas, banquetas também na chopeira, uma mesa bistrô com cadeiras fabricadas em ferro e madeira e um espaço do tipo sala de visitas com sofá, mesa de centro, mesas laterais e cadeiras complementares. Todas a madeira utilizada na fabricação dos móveis é de demolição. O design dos móveis prioriza a madeira e couro em cores como o preto e tonalidades variadas de marrom que dão uma atmosfera de aconchego e, ao mesmo tempo, descontração ao ambiente. A composição harmônica de estilos permite atender a vários públicos e diferentes tipos de eventos. O Espaço Gourmet conta com 102,79 m2.
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Espaço Gourmet
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