Painel - edição 179 – fev.2010

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Ano XII nº 179 fevereiro/2010 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

ETANOL

A segunda geração do combustível desafia pesquisadores e cria um novo paradigma na produção que mais gera riqueza e tecnologia na região de Ribeirão Preto. Em um futuro próximo, até o bagaço da cana-deaçúcar vai ser convertido no combustível. Embrapa faz acordo de com dez universidades federais para pesquisas direcionadas ao setor sucroalcooleiro. Inpe mapeia a colheita da cana-de-açúcar e divulga o roteiro do fogo nos canaviais.

Foto Fernando Battistetti

painel

AEAARP ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO



Editorial

Eng. civil Roberto Maestrello

O ser humano tem a necessidade de viver em grupo desde os primórdios da humanidade. Já naqueles tempos observou que a união de pessoas com interesses convergentes era capaz de fortalecê-los. Foi esse objetivo que uniu pouco mais de uma dezena de profissionais que fundaram a AEAARP. Nós já fomos três dezenas de profissionais, chegamos a três centenas nos anos 70 e agora somamos pouco mais de 3.000 engenheiros, arquitetos e agrônomos. O trabalho que desempenhamos nos últimos anos para aumentar o número de associados nos proporcionou vitórias, como a conquista da vaga de conselheiro de engenharia elétrica no CREA-SP. Agora a AEAARP é representada por três conselheiros. Nossa capacidade de influenciar nos rumos da cidade, em propostas de lei encaminhadas à Câmara Municipal, em debates liderados pela Prefeitura Municipal ou grupos formados pelo Ministério Público depende de nossa capacidade de articulação com todos esses setores. Nossa força está em cada associado que compõe o nosso quadro e no empenho da diretoria em participar de todos os assuntos pertinentes e que são relevantes à classe e ao desenvolvimento da cidade. Mas, nós queremos mais. E é exatamente porque podemos avançar em todas as ações que lançaremos nos próximos meses uma campanha para a conquista de novos associados. Além do reconhecimento e da representatividade, a AEAARP tem um papel importante na vida de todos nós profissionais e de nossa cidade. É a instância onde vemos nossos anseios, necessidades e sonhos se multiplicarem. É o momento que encontramos eco no grupo. Nessa hora, as ideias se fortalecem. A AEAARP é um grande exemplo de que o associativismo é uma das formas mais saudáveis e democráticas de debater e gerar efeitos positivos para uma comunidade. O conhecimento somado de todo o grupo e a experiência profissional e pessoal de cada um são de um valor imensurável. Nossa história nos permite dizer hoje, com orgulho, que aquele sonho dos anos 40 levou a AEAARP a produzir estudos e documentos que se tornaram lei no Plano Diretor de Ribeirão Preto. A AEAARP é consultada para questões técnicas que envolvem o desenvolvimento da cidade, o meio ambiente, a qualidade de vida em comum e participa de vários conselhos municipais, colocando-se sempre à disposição da comunidade para o debate. Isso não seria feito por uma só cabeça. As ideias precisam ganhar força para tomarem corpo – depois de debatidas viram, então, ações. É esse o grande papel do associativismo. É a possibilidade de construir em conjunto. A AEAARP oferece essa oportunidade aos seus associados e queremos que 2010 seja marcado como o ano da participação de todos. É assim que exercemos a democracia, o direito à ação e à opinião.

Eng. civil Roberto Maestrello Presidente da AEAARP


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Expediente

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br

Roberto Maestrello Presidente

Geraldo Geraldi Junior Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONAL Diretor Administrativo: Hugo Sérgio Barros Riccioppo Diretor Financeiro: Ronaldo Martins Trigo Diretor Financeiro Adjunto: Luis Carlos Bettoni Nogueira Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Anibal Laguna DIRETORIA FUNCIONAL Diretor de Esportes e Lazer: Newton Pedreschi Chaves Diretora de Comunicação e Cultura: Maria Ines Cavalcanti Diretor Social: Paulo Brant da Silva Carvalho

Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

DIRETORIA TÉCNICA Engenharia Agrimensura e afins: José Mario Sarilho Agronomia, Alimentos e afins: Kallil João Filho Arquitetura, Urbanismo e afins: Luis César Barillari Engenharia Civil, Saneamento e afins: Edison Pereira Rodrigues Engenharia Elétrica, Eletrônica e afins: Tapyr Sandroni Jorge Geologia, Engenharia de Minas e afins: Caetano Dallora Neto Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e afins: Giulio Roberto Azevedo Prado Engenharia Química e afins: Paulo Henrique Sinelli Engenharia de Segurança e afins: Luci Aparecida Silva Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins: Orlean de Lima Rodrigues Junior Engenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri

Índice Especial

05

Pesquisa

10

Para além da fermentação

Cana sem fogo

Cana-de-açúcar

12

Etanol

14

AEAARP

15

Opinião

16

Biodiesel

18

Mercado

20

Indicador Verde

20

Prêmio

21

CREA

22

Cidades

23

Notas

24

Legislação

26

Embrapa assina acordo com 10 universidades para desenvolver setor sucroalcooleiro

Petrobras inaugura primeira térmica a operar em etanol

CREA empossa conselheiros da AEAARP

Fiasco ou esperança?

Embrapa e Petrobras querem desenvolver cultura do girassol com foco no biodiesel

Presidente da GE anuncia contratações de engenheiros brasileiros

Agência Nacional de Águas recebe inscrições para Prêmio ANA 2010

CREA e TCE assinam acordo de cooperação técnico-institucional

AEAARP terá representante na 4ª Conferência Estadual das Cidades

Acidentes de trabalho somaram 1.301 em 2009

DIRETORIA ESPECIAL Universitária: Hirilandes Alves Da Mulher: Nadia Cosac Fraguas De Ouvidoria: Arlindo Antonio Sicchieri Filho CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Luiz Gustavo Leonel de Castro Dilson Rodrigues Caceres Edgard Cury Eduardo Eugenio Andrade Figueiredo Elpidio Faria Junior Ericson Dias Melo Hideo Kumasaka Inamar Ferraciolli de Carvalho João Paulo S. C. Figueiredo José Fernando Ferreira Vieira José Roberto Scarpellini

Luis Antonio Bagatin Luiz Fernando Cozac Luiz Gustavo Leonel de Castro Manoel Garcia Filho Nelson Martins da Costa Pedro Ailton Ghideli Ricardo Aparecido DeBiagi Sergio Luiz Coelho Wilson Luiz Laguna

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP REPRESENTANTES DA AEAARP Câmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz Laguna Câmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo Prado REVISTA PAINEL Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Giulio Roberto Azevedo Prado e Hugo Sérgio Barros Riccioppo Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269, cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, contato@textocia.com Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Georgia Rodrigues Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - revistapainel@globo.com Adelino Pajolla Júnior / Jóice Alves Tiragem: 2.500 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - mmnader@terra.com.br Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Fotos: Fernando Battistetti. Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

Horário de funcionamento AEAARP CREA Das 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.


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Foto Fernando Battistetti

especial

Para além da

fermentação


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especial

Foto Fernando Battistetti

O etanol colocou a região de Ribeirão Preto no mapa da economia mundial na última década. A segunda geração desse combustível deverá otimizar o aproveitamento da cana-de-açúcar como matéria-prima e demandar O mundo tremeu diante um novo biótipo dessa da crise econômica de 1929, que planta gerando mais riquezas para o Brasil derrubou o mercado de café e afetou nos próximos anos. profundamente a atividade econômica O engenheiro da região de Ribeirão Preto, à época a agrônomo Marcos maior produtora do grão. Na recuperação, Landell, diretor do já a partir do ano seguinte, a cana-de-açúcar Centro de Cana surge como uma das culturas alternativas para IAC, em Ribeirão reerguer economicamente a cidade, segundo o Preto, afirma que economista Julio Manoel Pires, da Faculdade de o desafio é antever Economia, Administração e Contabilidade o cenário em uma de Ribeirão Preto-USP, no artigo “O década. Da semente desenvolvimento econômico de à criação de uma nova Ribeirão Preto”, publicado variedade, os pesquisadores trabalham para responder em 2000. a um questionamento estratégico:

como será a indústria sucroalcooleira daqui a dez anos? O empresário Maurílio Biagi Filho, presidente da Maubisa, acredita que o futuro dessa produção está assegurado. “Será maior ou menor dependendo da capacidade das pessoas de enxergar as coisas que acontecem.” Ele vê o etanol de segunda geração como uma das oportunidades de negócios na qual a indústria deve investir e desenvolver tecnologia. E ele sabe do que está falando. Foi uma das indústrias de sua família, a então Usina Santa Elisa, que testou as máquinas desenvolvidas por outra empresa, também do grupo Biagi, a Zanini, que é uma das mais importantes fabricantes de usinas sucroalcooleiras do mundo. Isso depois de os executivos viajarem o mundo todo em busca de novas tecnologias. Essa iniciativa deu fôlego à indústria de Sertãozinho. O etanol de segunda geração exigirá


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novos parques industriais e um novo perfil varietal da cana-de-açúcar, que é pesquisada, entre outros lugares, nos laboratórios do Centro de Cana terá de produzir o máximo de energia. No processo atual de fabricação do etanol a indústria utiliza a fermentação da sacarose do caldo da cana-de-açúcar. O desenvolvimento tecnológico nessa área vai além disso, aproveitando os açúcares C6 e C5, que são frações do bagaço e da palha de cana-de-açúcar, partes da planta que têm hoje outros destinos (adubo, alimento animal, material para queima em caldeiras, dentre outros) serão incorporadas à produção de etanol. “Temos que verticalizar a produtividade. E isso se dará com a incorporação dessas novas tecnologias de processamento da cana e com ganhos no potencial biológico via melhoramento genético. Esse é um caminho para ampliar a sustentabilidade da canavicultura nacional”, afirma Landell. Um dos entraves para o ganho da produtividade é a hidrólise dessa biomassa, que deve quebrar as moléculas da sacarose presentes nas fibras da planta. A expectativa de Landell é a de que usando todo o potencial energético da planta será possível obter até 100% de ganho na produtividade. Atualmente os canaviais cobrem 7 milhões de hectares em todo o país. A produção atual de etanol é de aproximadamente 7 mil litros/ha quando usada quase que exclusivamente para esse fim. Em 15 anos – e com as novas variedades e as tecnologias para extração do combustível – a produção deve saltar para 14 mil litros/ha. A realização desse cenário depende de muita pesquisa e de investimento. No

final de janeiro deste ano o governo fedeabsolutamente profissional. Eles tinham ral inaugurou o Laboratório Nacional de uma liderança reconhecida e exercida, Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), um grupo profissionalizado. A história que consumiu R$ 69 milhões para a sua é feita de fatos e ações. Falta profissioimplantação. Na mesma oportunidade, o governo paulista anunciou a criação do Centro Paulista de BioeMarcos Landell nergia, com investimentos trabalha com cana-de-açúcar de R$150 milhões. A há 28 anos. Ele conta que de 1982 Fundação de Amparo até o início dos anos 2000 houve um à Pesquisa do Estaarrefecimento nos investimentos de pesquisa do de São Paulo para essa área. Questões ambientais, entretanto, (Fapesp) está investindo aprochamaram a atenção do mundo para a produção de ximadamente energia renovável. Quando isso aconteceu, o modelo R$ 60 milhões brasileiro estava pronto, segundo Landell, graças à nas pesquisas persistência dos pesquisadores. E então as pesquisas em andamende cana-de-açúcar ganharam novo fôlego. to nas universiA tecnologia desenvolvida aqui atraiu o capital dades e centros estrangeiro e o advento dos carros com motor de pesquisas, flex esquentou o mercado interno, dando como o Centro de vida ao Proálcool, um programa Cana IAC. E a Embraque estava condenado a pa acaba de assinar acordesaparecer. do de parceria em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com a Rede Interuniversitária para o Denalização na indústria brasileira”, diz o senvolvimento do Setor Sucroalcooleiro empresário, ao analisar a aquisição da (Ridesa), formada por dez universidades indústria que já pertenceu à sua família, federais (leia reportagem na pg 12). a Santelisa Vale, pelo grupo francês Louis Dreyfus, em uma negociação anunciada em 2009 ao valor de R$ 200 milhões. Avançar para um sistema de produSua posição é a da profissionalização na ção sustentável, entretanto, exige mais gestão, do investimento em marketing, do que os esforços dos pesquisadores. na ordem de R$ 1 bilhão, e em favor do Maurílio Biagi avalia o modelo de gestão capital estrangeiro, desde que o controle das indústrias como “muito caseiro”, o do processo seja nacional. que permite que sejam tragadas pelo O empresário e o pesquisador são unâcapital estrangeiro. E ele fala isso com nimes em afirmar que falta planejamento conhecimento de causa. “O melhor ao Brasil para aproveitar todo o potencial exemplo é a Santelisa. Uma empresa que a cana-de-açúcar pode proporcionar.

Gestão


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especial

A ferrugem alaranjada é a nova doença que ataca os canaviais brasileiros. Marcos Landell afirma que a formação de canaviais com diferentes variedades da planta reduz riscos de uma epidemia como aquela que ocorreu na Austrália em 2000 com a mesma doença. A prática de segmentar o plantio com diferentes variedades ocorre no Brasil em decorrência da grande eficiência dos programas de melhoramento genético brasileiros para criação de novas variedades. Nos últimos dez anos aproximadamente 80 novos cultivares foram lançados para desfrute do setor de produção.

Uma das questões mais cobradas por analistas do setor e citada pelos dois é a da ausência de estoque regulador, capaz de assegurar acomodação dos preços para toda a cadeia produtiva. No final de janeiro o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, anunciou que o Governo Federal deverá disponibilizar cerca de R$ 2,5 bilhões, por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para financiar a formação de um estoque para evitar a volatilidade dos preços do combustível. De acordo com a Agência Brasil, os recursos foram oferecidos em 2009, mas não houve sobra de etanol.


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Na época, o volume do recurso disponível era suficiente para armazenar aproximadamente 5 bilhões de litros do combustível. O ministro Stephanes disse à Agência que “o setor deve se planejar”. “Tem que haver compromisso. O mercado interno é quem sustenta a indústria do etanol, e há um consumidor a quem se deve lealdade. Quando o preço sobe acima do adequado, significa que não se está sendo muito correto com o cliente. Claro que nesse caso houve um fenômeno anormal que foi o excesso de chuvas no período, mas de qualquer forma, deve-se planejar para evitar isso no futuro.”

Biagi alerta sobre o pondera que a defesa do empresário futuro do etanol: deve-se mais à necessidade de uma “Será maior ou menor dependendo remuneração correta dos produtores do que à realidade do mercado. da capacidade Para ele o etanol é competitivo e das pessoas de precisa gerar mais renda no campo. enxergar as Ele argumenta que no sistema atual, coisas que acontecem”. o valor pago ao produtor não cobre

Preços Biagi diz que, na bomba, o etanol deveria custar mais caro do que a gasolina. Os benefícios ambientais do combustível justificariam o preço mais elevado. Landell

os custos. Landell diz que a visão extrativista da atividade agrícola, que remonta ao surgimento desse meio de sobrevivência, ofusca o potencial econômico do campo e penaliza o produtor que, por sua vez, tem de investir em tecnologia para manter-se competitivo.


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pesquisa

Cana sem fogo

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, identificaram e mapearam o modo de colheita da cana-de-açúcar nos municípios produtores paulistas. Um dos objetivos do estudo, publicado na revista Engenharia Agrícola, foi mapear as áreas de cana colhida com e sem o uso do fogo no ano-safra 2006/2007 a partir de imagens de sensoriamento remoto, a fim de estimar o percentual de área colhida sem queima. A queima da cana-de-açúcar no estado de São Paulo deverá ser gradativamente eliminada até 2017, de acordo com o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, assinado em 2007 entre o governo do estado de São Paulo e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O acordo reforça uma legislação ambiental já rigorosa com relação às queimadas, mas que ainda não conta

com apoio de um método eficiente que permita o monitoramento do tipo de colheita, ou seja, se ela é feita com ou sem o uso de fogo. De acordo com a Agência Fapesp, essa realidade é uma das motivadoras do estudo do Inpe que, pela primeira vez, usa imagens de sensoriamento remoto para monitorar a colheita da cana. Segundo os resultados do estudo, cujas imagens foram adquiridas de abril a dezembro de 2006, 33,5% da área total foram colhidos sem o uso do fogo contra 66% em que se utilizou o recurso. Em relação à área mecanizável, o estudo identificou que 34,7% foram colhidos com uso do fogo e o restante sem. De acordo com Daniel Alves de Aguiar, um dos autores do trabalho, a identificação da área mecanizável não permite concluir se o produtor usa máquinas ou não: ela se refere apenas à declividade, isto é, diz respeito à área onde existe a possibilidade de colheita com maquiná-

São Paulo produz quase dois terços do açúcar e álcool do país, segundo dados da Unica. O cultivo da cana ocupa mais da metade das lavouras do estado, excluídas as pastagens. O estudo indicou que entre os dez municípios com maior área de cultivo de cana, Piracicaba, Paraguaçu Paulista, Jaboticabal, Guaíra e Araraquara se destacaram por produzirem menos de 40% do total com uso de fogo em 2006. Já Barretos e Jaú (quinto e sexto maiores produtores) queimaram cerca de 80% e 92% de suas áreas colhidas, respectivamente. Batatais, Lençóis Paulista e Morro Agudo queimaram entre 60% e 80%. Entre os municípios que colheram toda sua área de cana sem o uso do fogo destacamse Agudos e Paulistânia, com cerca de 1 mil e de 480 hectares, respectivamente. rio necessário. “Ela se refere à área que tem uma declividade do terreno menor ou igual a 12%. Se for maior do que isso, a máquina não consegue colher e os produtores


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terão um prazo mais extenso para se adaptar ao protocolo e à legislação”, diz Aguiar. De acordo com o protocolo, o prazo para o fim das queimadas nas áreas que permitem o uso de máquinas agrícolas é 2014 e para as não mecanizáveis é 2017. “Mas mesmo nas áreas não mecanizáveis os produtores terão de se adaptar. Ou eles passam a colher manualmente sem queima ou terão que esperar uma nova tecnologia que permita a colheita em áreas com declividade maior. Senão terão que deixar de cultivar cana nessas áreas”, explicam os pesquisadores.

Segundo a pesquisa, a área de cana colhida sem queima foi avaliada em 1,1 milhão de hectares no período estudado. E, apesar de ainda parecer pouco – perto dos 3,24 milhões de hectares do total –, a área atendeu à legislação ambiental que, para o ano de 2006, previa que 30% da área de cana fossem colhidos sem queima. Desde o período em que foi feito o estudo, o cenário parece ter melhorado consideravelmente no estado de São Paulo. Segundo a Unica, neste ano, pelo menos 50% dos canaviais paulistas serão colhidos sem uso do fogo. O balanço do

segundo ano de vigência do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, divulgado em novembro, apontou um índice de mecanização no cultivo da cana no estado de 54%, contra 34% de antes do compromisso. Na biblioteca on-line SciELO (Bireme/ FAPESP) é possível ler a íntegra do artigo “Imagens de sensoriamento remoto no monitoramento da colheita da cana-deaçúcar”. Informações de www.agencia.fapesp.br

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cana-de-açúcar

Embrapa assina acordo com 10 universidades para desenvolver

setor sucroalcooleiro Federal de São Carlos é uma das universidades contempladas

A Embrapa acaba de assinar acordo de parceria em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), formada por dez universidades federais. O acordo impulsiona a estratégia de governo, que busca fortalecer o desenvolvimento tecnológico do setor sucroalcooleiro, em particular, as atividades de ciência e tecnologia agrícola e industrial voltadas para a produção de açúcar, etanol e derivados da cana-de-açúcar. A Embrapa, desde 2004, desenvolve esforços para estabelecer uma extensa agenda de pesquisa em cana-de-açúcar. A iniciativa abrange as seguintes áreas: fixação biológica de nitrogênio, biotecnologia aplicada à transformação genética,

zoneamento agroecológico da cultura e manejo da cana-de-açúcar sob condições irrigadas, entre outras. “Ao mesmo tempo”, destaca o diretorexecutivo Geraldo Eugênio de França, “a empresa tem investido na contratação de técnicos e pesquisadores dedicados exclusivamente à cultura da cana-de-açúcar, de modo que possa atender às demandas”.

Liderança Conforme o diretor, esse investimento é fundamental, pois o Brasil, hoje, o principal produtor de açúcar e etanol a partir da cana-de-açúcar, pretende manter essa liderança, em especial no uso do etanol como combustível renovável. O país continuará, portanto, investindo nas instituições públicas e empresas privadas.

Diante desse quadro, a cooperação entre Embrapa e Ridesa fortalecerá a ação de pesquisa em várias áreas agrícolas que limitam a produção. Entre outras, a identificação de genes que controlam a tolerância a estresses hídricos, temperaturas elevadas, pragas (como a broca girante) e enfermidades, como a ferrugem laranja da cana-de-açúcar, que recentemente chegou ao Brasil. O trabalho em conjunto, a ser desenvolvido pela Embrapa e a Ridesa – duas redes de pesquisa do governo federal – estabelece um marco de cooperação, que envolve não apenas diversos centros de pesquisa e universidades, mas o esforço conjunto dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Educação (MEC) e Ciência e


Foto Cláudio Bezerra 13

Geraldo Eugênio da Embrapa, e o presidente da Ridesa, Valmar Corrêa de Andrade. Foto Cláudio Bezerra

Tecnologia (MCT). Cada uma das universidades federais que compõem a Ridesa assinam o acordo com a Embrapa. Ao todo são: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal de Viçosa

(UFV), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Piauí (UFPI).


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etanol

Petrobras

inaugura primeira térmica a operar em etanol

Inédita no mundo, a Petrobras lançou em janeiro a primeira usina termelétrica flex fuel (bicombustível). A conversão da usina que operava com gás natural aconteceu em Juiz de Fora (MG) e agora passa a operar com etanol. A usina faz parte do parque gerador da Petrobras. “Essa conversão é a primeira no mundo, é a primeira vez que se gera energia elétrica a partir do etanol“, explicou o gerente executivo de operações e participações em energia da Petrobras, Alcides Santoro. “Tal qual o carro flex fuel, a usina é totalmente flex. Posso passar do gás para o álcool e do álcool para o gás instantaneamente”, explicou. A escolha da unidade mineira para a conversão foi motivada principalmente

pela disponibilidade de área e pelas turbinas derivadas do uso aeronáutico, que facilita a conversão. Países importadores de combustíveis líquidos e gasosos, como o Japão, são mercados potenciais para esse uso.

É a primeira vez que se gera energia elétrica a partir do etanol.

Instalada no Distrito Industrial de Benfica, a usina tem duas turbinas aeroderivadas e capacidade total instalada de 87 MW. Está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e tem contratos de fornecimento de energia até 2020. Uma dessas turbinas, com capaci-

dade instalada de 43,5 MW (o suficiente para abastecer uma cidade de 150 mil habitantes), foi adaptada para utilizar também o etanol. Cerca de 90% dos materiais e equipamentos para a infraestrutura de recebimento, armazenagem e transferência do etanol para a turbina são nacionais. Em relação aos equipamentos adquiridos para conversão da turbina, o percentual é de 5%. Nos primeiros dias de testes, o resultado de 150 horas de geração de energia elétrica com etanol apresentou a redução de 30% na emissão de NOx (óxidos de nitrogênios), comparando com as emissões do gás natural. *Com informações da Agência Petrobras de Notícias


aeaarp

CREA empossa conselheiros da

AEAARP Paulo Eduardo de Grava, Giulio Azevedo Prado, Wilson Laguna, José Tadeu da Silva, presidente do CREA-SP, Tapyr Sandroni e Orlean Rodrigues Junior.

Os engenheiros Tapyr Sandroni Jorge e Orlean de Lima Rodrigues Junior tomaram posse como titular e suplente, respectivamente, no CREA-SP, como representantes da AEAARP na área de engenharia elétrica. Eles ocupam a terceira vaga conquistada pela Associação, que já tem os engenheiros Wilson Luiz Laguna e Giulio Roberto Azevedo Prado como conselheiros para as áreas de engenharia civil e mecânica. Os novos conselheiros foram empossados no dia 21 de janeiro, em São Paulo. O

mandato tem duração de três anos. Tapyr Sandroni e Orlean Junior afirmam que o principal desafio é a descentralização e regionalização dos trabalhos, objetivando mais agilidade nos processos. As reuniões do Conselho acontecem todo mês, na capital paulista. Há um ano, a AEAARP possuía apenas um conselheiro no CREA-SP. A Associação lutava para reconquistar as três vagas e recompor o quadro de representantes. O número de conselheiros é definido de acordo com o número de associados.

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opinião

Fiasco ou

esperança?

Aconteceu em Copenhagen no ultimo mês de dezembro a 15a Conferência Global sobre Mudanças Climáticas. Conhecida como COP 15, a reunião promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu 193 delegações de países de todos os continentes. Mais de 15 mil participantes tiveram acesso diariamente ao Centro de Convenções Bella Center. Com uma temperatura média de quase 0oC, os grupos ativistas realizavam passeatas e manifestações públicas do lado de fora. A COP 15 tinha como objetivo estabelecer os compromissos de redução da emissão de carbono, além da discussão de melhores práticas ambientais e de fontes de energias renováveis, em substituição do Protocolo firmado em Kyoto, há mais de uma década. Acompanhada pela imprensa de todo o mundo, a expectativa de um acordo legalmente vinculante que garantiria a implementação das metas não aconteceu. O texto produzido pelos delegados dos

diversos países não atendeu aos interesses dos países desenvolvidos e dos países pobres. Para garantir a redução das emissões de carbono na atmosfera e evitar o aumento da temperatura global, com a consequente elevação do nível dos oceanos e impactos catastróficos nas próximas décadas, os países deveriam assumir compromissos de redução que trariam grande impacto em suas economias. Países considerados desenvolvidos como Estados Unidos, Finlândia, Inglaterra, França e Alemanha, dentre outros que compõem o Umbrella group, não conseguiram atender aos anseios dos demais países para aumentar os seus compromissos de redução de emissões. A proposta dos mais ricos era de assumir um compromisso político com a questão ambiental, sem estabelecer metas precisas. O Brasil teve um papel importante na COP 15, visto que a sua delegação era a mais numerosa e o presidente

Lula era considerado uma das maiores personalidades presentes no evento. O discurso do presidente brasileiro, que propôs metas claras de redução de emissões e a possibilidade de aumentar o fundo mundial voltado para as questões ambientais, foi aplaudido por diversas vezes pelos chefes de Estado presentes na reunião da cúpula de líderes. Estavam presentes na Conferência, representando seus países, diversos cientistas, técnicos, ambientalistas, políticos e profissionais envolvidos com as ações de mitigação dos impactos ambientais. Como todo Fórum da ONU, as decisões são tomadas por consenso, o que dificulta chegar rapidamente a um documento que seja consenso, visto que a realidade apresentada pelos países é muito diversa. Os países africanos têm um perfil pouco poluidor, em função de seu baixo nível de industrialização, enquanto os norteamericanos e europeus estão em primeiro lugar na emissão de carbono, visto que possuem economias industrializadas. O Grupo dos 77, como é conhecido, que reúne o Brasil, Índia e os países africanos, vem discutindo há algum tempo a


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criação de um fundo global para financiar a manutenção das florestas e a transferência de tecnologia (sem custos) para a produção de energia limpa. O Brasil chegou a propor a transferência de tecnologia na área de bicombustíveis sem custos para os países mais pobres. Durante a Conferência, os países puderam apresentar as suas experiências no campo ambiental. As montadoras de automóveis japonesas, francesas e alemãs apresentaram diversos modelos de veículos elétricos (algumas grandes cidades estão equipando suas frotas de veículos públicos com esses modelos). Experiências de cidades de baixo carbono e transporte público foram apresentadas pelos norte-americanos, como forma de incentivar a implementação de modelos de uso do solo mais compacto, reduzindo as necessidades de grandes deslocamentos, aumentando a densidade populacional e integrando ao sistema de transporte urbano. As ações implementadas pelos dinamarqueses e suecos na área de transporte cicloviário também foram destaque no evento. A delegação brasileira buscou interagir com os demais delegados e organizações visando à troca de experiência e a abertura de novos canais de comunicação. A apresentação do Amazon Fund foi uma das mais concorridas no auditório do Brasil, com a presença de diversos delegados de outros países. Os delegados do CONFEA presentes na COP 15 estiveram em audiência com o embaixador do Brasil na Dinamarca, Georges Lamazière, quando puderam conversar sobre as ações da área da engenharia, arquitetura e agronomia e as relações bilaterais com a Dinamarca.

Está prevista na “convenção quadro” da ONU que os países desenvolvidos deverão investir (transferir recursos financeiros) nos países pobres e em desenvolvimento. Entre 120 e 164 bilhões de dólares serão necessários aos projetos de mudança climática. O grupo dos 77 propôs entre 0,5% e 1% do PIB dos países desenvolvidos para financiar essas ações. Ações nacionais de mitigação apropriadas deverão ser implantadas pelos países em desenvolvimento de forma complementar. O Brasil propôs reduzir entre 36,1 e 38,9 em 2020 a curva do nosso crescimento, o que representa aproximadamente 1 bilhão de toneladas de CO2. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou em sua fala as ações diretas relativas ao desmatamento na Amazônia, que foi o foco principal de sua apresentação à delegação brasileira e convidados. Destacou o acordo de cooperação firmado pelo Brasil com uma empresa dinamarquesa para a produção de energia a partir do resíduo da canade-açúcar. E os resultados práticos no Brasil? Uma nova legislação ambiental encontra-se em processo de discussão na esfera federal, de forma a vincular compromissos de preservação e demais ações de mitigação, visando reduzir as emissões de carbono. A discussão continua no plano internacional, visto que as negociações

Modelo de veículo elétrico apresentado no evento

evoluíram, deram um passo adiante, mas ainda estão longe de um acordo que atenda a todos os anseios. Esperamos que as ações locais possam contribuir para o cumprimento das metas nacionais e que os demais países continuem avançando nessa perspectiva. Os profissionais das áreas de engenharia, arquitetura e agronomia têm um papel primordial na busca desses resultados, pois estão ligados diretamente a todas as ações que produzem impactos ambientais e também em suas formas de mitigação. Novas práticas na construção civil que visem à redução do consumo energético, novos sistemas de transporte urbano usando energias alternativas, produção de produtos orgânicos, implementação de vias adaptadas para o transporte cicloviário, são exemplos de ações importantes que envolvem a atuação de profissionais e que contribuirão para a construção de cidades melhores e sustentáveis. Prof. Dr. José Roberto Geraldine Junior Membro da Delegação do CONFEA na Conferência Climática da ONU Coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá


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biodiesel

Embrapa e Petrobras querem desenvolver cultura do girassol com foco no biodiesel

O girassol apresenta boa tolerância à seca e ao calor, podendo tornar-se uma importante alternativa para o semiárido brasileiro (nordeste e norte de Minas Gerais). Apostando nessas características, a Embrapa e a Petrobras acabam de aprovar um projeto para o desenvolvimento e transferência de tecnologias sobre a cultura do girassol nessa região, com foco na produção de biodiesel. O projeto no valor de R$ 1 milhão será executado entre 2010 e 2012, sob coordenação da Embrapa Soja com a participação da Embrapa Tabuleiros

Costeiros, Embrapa Meio Norte, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Instituto Pernambuco de Agropecuária (IPA), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Secretaria de Agricultura de Alagoas, Instituto Centec, entre outras instituições regionais. Desde 2009 é meta do governo brasileiro que todo óleo diesel comercializado no Brasil contenha 4% de biodiesel. A soja é a principal matéria-prima para produção de biodiesel no Brasil, mas pretende-se expandir a produção de óleo de girassol,

dendê, canola e mamona. “A área cultivada de girassol, no Brasil – cerca de 150 mil hectares – é ainda inexpressiva. No entanto, muitos conhecimentos de pesquisa têm sido gerados no intuito de mudar essa realidade”, comenta o pesquisador Sérgio Luiz Gonçalves, da Embrapa Soja. Na sua avaliação do pesquisador Cláudio Portela, da Embrapa Soja, o projeto recém-aprovado objetiva difundir os conhecimentos acumulados sobre a cultura do girassol, variedades e híbridos, e tecnologias associadas, tais


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como o uso do plantio direto, integração lavoura-pecuária e rotação de culturas, fertilidade de solos, o controle de ervas daninhas, pragas e doenças, épocas de cultivo e conhecimento sobre as melhores adaptações de materiais para cada região. A Petrobrás já está estimulando o cultivo de girassol numa área de 35 mil hectares da Bahia, Sergipe e Minas Gerais, onde se encontram usinas de produção de biodiesel da empresa. “Em 2009, a Petrobrás iniciou atividades para disseminação dos conhecimentos existentes sobre o girassol para Sergipe e Bahia, mas o projeto de pesquisa, além de criar uma rede para transferência de tecnologias para toda a região,

pretende refinar as informações existentes e também estabelecer critérios regionalizados”, explica Gonçalves. “Questões de manejo da cultura como melhor época de cultivo, espaçamento e densidade de população de plantas, adubação e manejo de pragas, doenças e plantas daninhas serão bastante estudadas nos próximos três anos”. O projeto visa ainda selecionar cultivares de girassol que melhor se adaptem ao sistema de consórcio com o milho, o feijão e a mandioca, culturas já implantadas na região. “O plantio do girassol em consórcio com as culturas tradicionais possibilitaria ao produtor obter matéria-prima para produção de biodiesel, sem competir com a produção

de alimentos”, diz Portela. O p e s q u i s a d o r e s c l a re c e q u e atualmente a maioria das cultivares de girassol com sementes disponíveis no Brasil é proveniente de empresas privadas, que as desenvolvem em outros países, como a Argentina, que possui características de solo e clima diferentes. A Embrapa conta com uma rede de ensaios para o desenvolvimento de cultivares de girassol desde 1989. No entanto, há poucos locais de teste nos estados da Bahia, Sergipe, Ceará, Piaui e Rio Grande do norte. “O projeto aprovado visa aumentar o número de teste nesses estados e expandir para outros estados como Alagoas, Pernambuco e norte de Minas Gerais”, diz Portela.


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mercado

Presidente da GE

anuncia contratações de engenheiros brasileiros

O B ra s i l vai ganhar em 2010 um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) instalado pela segunda maior companhia do mundo, a General Electric. O presidente global da GE, Jeff Immelt, informou que só serão contratados engenheiros brasileiros para o quadro de funcionários e confirmou um investimento de pelo menos US$ 120 milhões para a unidade, que será a primeira na América Latina e a quinta no mundo. A GE é uma das empresas que mais investem em P&D no mundo, cerca de US$ 6 bilhões anuais. “Investimentos como esses contribuem diretamente para o desenvolvimento da tecnologia nacional em diversos setores e ajudam a lapidar os nossos profissionais, tanto no nível de conhecimento e experiência, quanto na oportunidade de empregos, o que gera maior valorização e melhor remuneração”, defende o engenheiro Luiz Gustavo Leonel de Castro. A empresa se comprometeu a “investir em talentos locais” e as pesquisas desenvolvidas pelo centro serão concentradas nas áreas de petróleo e gás, energia e aviação. A GE é uma empresa de serviços e tecnologia que opera em mais de 100 países e emprega cerca de 315.000 pessoas em todo o mundo, atuando desde a manutenção para motores de aviões até geração de energia, passando por serviços financeiros, eletrodomésticos,

Jeff Immelt veio ao país anunciar o 1º centro de pesquisa e desenvolvimento latino

equipamentos de diagnóstico por imagem e plásticos de engenharia. “O câmbio com o Real valorizado como está, apesar de prejudicar a maioria das empresas exportadoras, incentiva os investimentos em tecnologia e matériasprimas importadas”, avalia Leonel. A multinacional brasileira Vale anunciou em dezembro a criação de um instituto tecnológico e três novos centros de pesquisas no Brasil, além de contratar cientistas e desembolsar R$ 120 milhões. Já o maior laboratório farmacêutico do país, a EMS, acaba de assinar um acordo técnico-científico com um laboratório chinês para o desenvolvimento e produção de biofármacos em sua unidade em Hortolândia (SP), onde foi construído um moderno centro de pesquisas. O centro recebe 6% do faturamento de R$ 2 bilhões e já emprega 200 cientistas. Embora a GE não revele quanto será investido no centro de pesquisa e desenvolvimento brasileiro, os executivos da multinacional desembarcam no país nos próximos meses. Governos e universidades já demonstraram interesse em sediar o centro. A expectativa é que o projeto se torne realidade em até 15 meses, após a definição do local. “O consumo interno no Brasil, apesar de ter sofrido uma desaceleração com a crise, já está voltando aos patamares do ano de 2008, que foi muito bom. Também teremos as oportunidades para as empresas investirem nas obras do PAC, da exploração do pré-sal e outras de infraestrutura que serão partilhadas com a iniciativa privada, o que incentiva investimentos em pesquisa de tecnologia”, afirma Leonel.

Indicador verde Coca-Cola verde A The Coca-Cola Company inaugurou a primeira fábrica “verde” do Sistema Coca-Cola na América Latina. Instalada na Fazenda Rio Grande, em Curitiba, a estimativa de economia de energia na nova fábrica é de até 23%, graças a utilização de telhas translúcidas, do telhado verde e da ventilação natural. A água da chuva também será reaproveitada na limpeza e pode gerar uma economia de consumo de 36%.

Politicamente correto Quatro em cada cinco brasileiros acham que é preciso proteger o meio ambiente ainda que isso custe diminuir o crescimento econômico e perda de empregos. A pesquisa ouviu 26 mil pessoas de 25 países, sendo 800 só no Brasil. O objetivo era medir a atitude do cidadão em diversas partes do mundo em relação ao combate ao aquecimento global. O país lidera a lista no ranking dos mais preocupados com a questão, seguido pela Argentina, França e Coreia do Sul. Os menos interessados que ocupam o fim da lista são os chineses e americanos, os dois países que lideram o ranking de emissões de gases que causam o efeito estufa. Já 90% dos brasileiros declararam considerar o aquecimento como “um problema muito sério”.

Pegada ecológica Que marcas você quer deixar no planeta? Com esse questionamento, o site www.pegadaecologica.org.br disponibiliza um questionário para identificar hábitos dos cidadãos e como isso pesa no planeta. São 15 perguntas que permitem ao internauta saber o tamanho de sua ´pegada ecológica´. A partir das respostas, é possível estimar a quantidade de recursos naturais necessária para sustentar as atividades diárias de cada um no planeta.


prêmio

Agência Nacional de Águas recebe inscrições para o

Prêmio ANA 2010

“Água: o Desafio do Desenvolvimento Sustentável” é o tema da terceira edição da premiação, que tem sete categorias em disputa Em virtude de seus nove anos de funcionamento, a Agência Nacional de Águas (ANA) lançou o Prêmio ANA 2010. Em sua terceira edição, a premiação bienal tem o objetivo de reconhecer iniciativas de sete categorias – governo, empresas, organizações não governamentais, pesquisa e inovação tecnológica, organismos de bacia, ensino e imprensa – que se destaquem pela excelência de sua contribuição para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do país. Além disso, as ações devem estimular o combate à poluição e ao desperdício e apontar caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 31 de maio.

Assim como ocorreu na edição de 2008, o Prêmio ANA 2010 terá uma Comissão Julgadora composta de membros externos à ANA e com notório saber na área de recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da Agência presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade; potencial de difusão/ replicação; aderência social; originalidade; e impactos social, cultural e ambiental. Sendo assim, a Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das sete categorias, que serão conhecidas em solenidade de premiação marcada para 1º de dezembro de 2010 em local a ser definido. Os sete vencedores receberão o Troféu Prêmio ANA, concebido pelo mestre vidreiro italiano Mário Seguso.

Inscrições

Cronograma

Histórico

Até 31 de maio, os interessados em participar da premiação poderão enviar seus trabalhos por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2010 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 222, Brasília-DF, CEP: 70610200. A data de postagem será considerada como a de entrega. Os concorrentes poderão inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.

• Inscrições: até 31 de maio de 2010 • Prazo de julgamento: de 2 de agosto a 10 de setembro e de 4 a 8 de outubro de 2010 • Comunicação aos finalistas: de 25 a 29 de outubro de 2010 • Cerimônia de premiação: 1º de dezembro de 2010

Em sua primeira edição, em 2006, o Prêmio ANA teve três temas em disputa: “Gestão de Recursos Hídricos”, “Uso Racional de Recursos Hídricos” e “Água para a Vida”. À época, 284 trabalhos se inscreveram. No segundo Prêmio ANA, em 2008, o tema foi único: “Conservação e Uso Racional da Água”. Na ocasião, participaram 272 iniciativas de seis categorias: governo, empresas, organizações não governamentais, organismos de bacia, imprensa e academia.

Informações Para mais informações acesse o hotsite www.ana.gov.br/premio, envie e-mail para premioana@ana.gov.br ou ligue para (61) 2109-5412.

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crea

CREA e TCE

assinam acordo de cooperação técnico-institucional

crea

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Eng. civil José Galdino Barbosa da Cunha Júnior Chefe da UGI - Ribeirão Preto - CREA - SP jose.junior4021@creasp.org.br Rua João Penteado 2237 Jd. São Luis - Ribeirão Preto -­ SP 16 3623.7627

CREA-SP e TCE assinaram um acordo que tem como foco as obras públicas em todo o estado de São Paulo. O Acordo de Cooperação Técnico-Institucional compreende o estabelecimento de mecanismos com vistas à fiscalização dos aspectos concernentes à regularidade na execução de projetos, orçamentos, obras ou prestações de serviços que envolvam as áreas de engenharia, arquitetura e agronomia e atividades correlatas em que sejam partes as unidades da administração direta ou indireta dos municípios ou do estado de São Paulo, em especial aquelas relacionadas às Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) perante do CREA-SP. O acordo também prevê a promoção de cursos e atividades de aperfeiçoamento ou capacitação, a divulgação de atividades e artigos técnicos e a realização de eventuais inspeções e/ou vistorias em obras públicas. O documento também fala num acordo específico para elaboração e fornecimento de cadastro de profissionais legalmente habilitados e devidamente registrados no CREA-SP. Nas entrevistas publicadas, o presidente do TCE, Edgard Camargo Rodrigues, disse: “O acordo de cooperação com o CREA-SP será uma ferramenta importante para as duas instituições e irá contribuir para que o TCE cumpra da melhor maneira com a sua missão”. O presidente do CREA-SP, José Tadeu da Silva, disse que a parceria com o TCE é especial. Ele comentou: “Há um grande número de obras públicas sendo realizadas pelo governo do estado. Essas obras envolvem um grande número de profissionais da engenharia, arquitetura e agronomia. Com a assinatura desse

convênio, CREA-SP e TCE cumprem com as suas finalidades de garantir qualidade no serviço público e segurança para a sociedade”. Segundo o documento o TCE, no exercício de sua competência constitucional de controle externo, verificará para confirmação da regularidade dos contratos de execução das obras e serviços técnicos contratados por órgãos e entidades da administração direta ou indireta do estado de São Paulo e de seus municípios, executados por profissionais e empresas públicas e privadas abrangidos pela fiscalização do CREA-SP, o registro das respectivas ARTs. O CREA-SP e TCE também poderão celebrar acordo específico para organizar cadastros de profissionais legalmente habilitados e devidamente registrados no CREA-SP, para atuação em vistorias, perícias, pareceres, consultas, avaliações, reavaliações e fiscalizações de obras. A fiscalização do CREA, através desse convênio deverá ajudar os órgãos públicos estaduais e municipais, afetos ao TCE, a evitarem situações incorretas que possam provocar reprovação das contas desses órgãos. A principal situação que o CREA quer evitar é que as licitações de serviços afetos às atividades do engenheiro, do arquiteto e do agrônomo sejam realizadas em desconformidade com a legislação, desde o início do processo – como projetos básicos, executivos, planejamento e orçamento – até a contratação de empresa legalmente habilitada perante o Sistema que vai executar esses serviços. É portanto a fiscalização do CREA trazendo uma valorização para o profissional e defendendo a sociedade com o respeito que ela merece.


cidades

AEAARP

terá representante na 4ª Conferência Estadual das Cidades A arquiteta Adriana Quites Arantes será uma das delegadas na 4ª Conferência Estadual de Cidades, que acontecerá nos dias 27 e 28 de março em São Paulo. Ela e os engenheiros José Aníbal Laguna e Maria Inês Cavalcanti representaram a AEAARP na 4ª Conferência Municipal da Cidade, que aconteceu em Ribeirão Preto no mês de janeiro com o lema “Cidades para todos e todas em gestão democrática, participativa e controle social”. O tema “Avanços, dificuldades e desafios na implementação da política de desenvolvimento urbano” foi debatido em quatro grupos temáticos que trataram das seguintes questões: Criação e implementação de conselhos das cidades, planos, fundos e seus conselhos gestores nos níveis federal, estadual, municipal e

no distrito federal; Aplicação do estatuto da cidade e dos planos diretores e a efetivação da função social da propriedade do solo urbano; A integração da política urbana no território: política fundiária, mobilidade e acessibilidade urbana, habitação e saneamento; Relação entre os programas governamentais – como PAC e Minha Casa, Minha Vida – e a política de desenvolvimento urbano. A prefeita Dárcy Vera participou da reunião. Ela disse que o município possui vários setores econômicos consolidados que promovem o desenvolvimento da cidade e a projeta como uma das principais cidades deste país. O arquiteto e urbanista Eder Silva representou Ivo Colichio Júnior, secretário municipal de Planejamento e Gestão Pública, durante a Conferência, e

AÇO ARMADO - TRELIÇA TELA - PREGO - ARAME Avenida Meira Junior, 314 | Ribeirão - SP Tel: (16) 3441-0100 | Nextel: 7* 44632

disse que a finalidade do encontro é propor a interlocução entre autoridades e gestores públicos dos três setores federados com os diversos segmentos da sociedade para assuntos relacionados à política nacional de desenvolvimento urbano. “Esta é uma oportunidade de avançar na construção da política nacional de desenvolvimento urbano, indicar prioridades de atuação ao Ministério das Cidades, ao governo estadual e à Prefeitura de Ribeirão Preto, realizar balanço dos resultados das deliberações da 1ª, 2ª e 3ª Conferências Nacionais e da atuação do Conselho das Cidades”, destaca Silva. Os documentos e textos referentes à Conferência estão disponíveis na página da Secretaria do Planejamento no portal da Prefeitura (www.ribeiraopreto.sp.gov.br).

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notas

Produção industrial de plantas in vitro no Brasil é tema de evento no interior de São Paulo A produção industrial de plantas in vitro, ou Biofábrica, é um método biotecnológico capaz de produzir mudas de plantas mais sadias e uniformes, com uma velocidade maior do que os métodos convencionais. Pensando no avanço da área, o Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promove, entre os dias 1º e 3 de março, a segunda edição do Seminário de Biofábrica - Produção Industrial de Plantas in vitro. A Biofábrica pode ser usada para produção de todas as plantas que normalmente propagam-se vegetativamente. Hoje a biofabricação de plantas não se limita a flores e ornamentais, pois também são produzidas outras plantas de valor econômico, como batata, banana, eucalipto e cana-de-açúcar. Em 1992, as empresas envolvidas na produção de plantas in vitro no Brasil eram, praticamente todas, de pequeno porte. Hoje, grandes empresas, inclusive multinacionais

como a Monsanto, SBW e Syngenta, estão entrando no mercado brasileiro. Diante desse novo cenário, a UFSCar realiza a segunda edição do Seminário com diversas palestras e debates para tratar de temas como o uso de biorreatores na biofabricação de plantas e a eficiência e o gerenciamento de biofábrica de plantas. As palestras serão ministradas por representantes da Embrapa, SBW, ProClone, Bioflora, Jiffy do Brasil, entre outros, além de pesquisadores na UFSCar e da USP. O evento acontece no anfiteatro do CCA, localizado no campus Araras da UFSCar. Os interessados podem se inscrever até dia 20 de fevereiro, pelo endereço www.cca.ufscar.br/seminariobiofabrica, onde também está disponível a programação completa do evento. As vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail seminariobiofabrica@cca.ufscar.br ou pelo telefone (19) 3543.2636.

Carreira A engenheira agrônoma Maria Lucia Pereira Lima, associada da AEAARP, assumiu em dezembro a Diretoria Geral do Instituto de Zootecnia em Nova Odessa. É o mais alto grau da zootecnia no estado de São Paulo em termos de pesquisa cientifica com gado de leite e corte e animais de monta. A pesquisadora é formada pela ESALQ, USP em 1982, fez mestrado em Nutrição Animal pela Universidade de São Paulo (1988), quando estudou cana-de-açúcar e seus subprodutos na alimentação de bovinos. O curso de doutorado em Zootecnia foi realizado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente tem realizado pesquisas na área de manejo de pastagens tropicais, produção leiteira por vacas mestiças da raça Gir, em pastagens durante o verão ou consumindo cana-de-açúcar forrageira na época da seca.

NOVOS ASSOCIADOS

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Arquitetura e Urbanismo Lucilia Fabrino de Oliveira Melissa Alessandra Sanchez Prudencio Tyeme Calheiros Bando Engenharia Civil Carla Toyama Renata Maria Barquete Botelho Engenharia Agronômica Giuliano Fer Scandiuzzi Engenharia Mecânica Erico Marcelo Marques Walter Luiz Constante Gabrierl Estudante - Engenharia Eletrônica Cleiton Busse Rafael Almeida do Carmo

Patrimônio O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) está com inscrições abertas, até o dia 4 de março, para o processo seletivo do Programa de Especialização em Patrimônio (PEP) para bolsistas. O programa oferece bolsas de estudos de R$ 1.200 para recém-formados em diferentes áreas de formação. São sete vagas para arquitetos disponíveis em Macapá, Belém, Recife, Teresina, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Aracaju, sendo uma vaga em cada cidade. As bolsas de estudos são válidas por 12 meses, podendo ser renovadas por igual período. A ficha de inscrição, com documentos e exposição de motivos, deve ser enviada por correio ou entregues exclusivamente para a Coordenação do PEP situada na Coordenação-Geral de Pesquisa e Documentação do IPHAN (Palácio Gustavo Capanema, na Rua da Imprensa 16/808 - Rio de Janeiro). A análise de documentos será realizada até o dia 16 de abril. Os candidatos aprovados passarão por entrevista entre os dias 3 e 28 de maio. A divulgação dos selecionados à bolsa será feita no dia 14 de junho, e as atividades no PEP começam dia 2 de agosto deste ano. Mais informações disponíveis por meio do endereço copedoc@iphan. gov.br ou pelos telefones (21) 2215-5263 e (21) 2215-5155. (Fonte: PINIweb)

Estudante - Arquitetura e Urbanismo Joyce Mara Barbosa dos Santos Leandro José Fardin Marcela Severino Kamiya Marina Pousa Barbara Estudante - Engenharia Civil e Afins Anibal Marques de Oliveira Neto Felipe Gironi Flavia Sichciopi Pereira Herbert de Lima Pessoa Mario Augusto Ferreira de Andrade Tharanty Eiras Técnico em Edificações Leonardo de Carvalho Técnico em Química Elaine Cristina Bermudez Felippin

Ao preparar sua ART, não se esqueça de preencher o campo 31 com o código 046. Assim, você destina 10% do valor recolhido para a AEAARP. Com mais recursos poderemos fortalecer, ainda mais, as categorias representadas por nossa Associação.

Contamos com sua colaboração!


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Projeto de Lei Os erros em projetos de construção civil poderão se tornar crimes. A Câmara Federal está analisando o Projeto de Lei 5716/09, do deputado Maurício Rands (PT-PE), que tipifica como crime erros em projetos ou na execução de obras civis, colocando em risco a vida ou o patrimônio de pessoas. A proposta define o novo crime como “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, em razão de erro no projeto ou na execução da construção”. A pena prevista é de reclusão de um a quatro anos, além de multa. Se a Justiça considerar que o crime foi somente culposo, a pena cai para detenção de seis meses a um ano. Atualmente, os responsáveis – engenheiros ou donos de construtoras – só respondem criminalmente se acontecer um desabamento. Em casos menos graves, mesmo quando há a interdição da edificação, os responsáveis só podem ser processados na área civil. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Palestra marca aula inaugural na Unip O presidente da AEAARP, Roberto Maestrello, ministra palestra no dia 2 de março, às 20h, no Anfiteatro da Unip – Bloco C, em Ribeirão Preto. A palestra marca a aula inaugural do ano letivo da instituição e é direcionada para os estudantes matriculados nos cursos de graduação Engenharia e de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho e Engenharia de Manutenção. O Coral Som Geométrico da AEAARP também se apresenta.

Hirilandes Alves, docente da Unip, e Maestrello, da AEAARP.

Incentivo Gigante árabe Com 828 metros, o prédio mais alto do mundo foi inaugurado em janeiro. Burj Dubai, que foi rebatizado de Burj Khalifa, fica em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A torre de 160 andares inclui residências, escritórios de luxo, o primeiro Armani Hotel do mundo (assinado por Giorgio Armani) e o mais alto deck de observação do mundo, localizado no 124oandar da torre. Cerca de 90% dos escritórios e apartamentos da torre já foram vendidos. A inauguração ocorre pouco mais de um mês depois de o emirado ter pedido moratória do pagamento da dívida da estatal Dubai World e é vista como uma tentativa de reativar o otimismo local. A construção do prédio começou durante o boom econômico da última década e envolveu cerca de 12 mil trabalhadores. A data da inauguração já havia sido adiada duas vezes desde o início da construção, em 2004.

A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) vai promover uma campanha durante o ano letivo de 2010 para despertar o interesse de estudantes do ensino médio pela carreira. A entidade produziu um vídeo de divulgação que vai explicar quais são as áreas de atuação do profissional e as oportunidades no mercado de trabalho. Segundo um estudo apresentado pela FNE, são necessários cerca de 170 mil profissionais nos próximos anos apenas para dar conta do setor petrolífero. Aproximadamente 40 mil profissionais se formam por ano nos 2.032 cursos oferecidos no país. O número precisaria dobrar para 80 mil em um prazo de seis a dez anos. Atualmente apenas 30% dos 140 mil estudantes que ingressam nas faculdades de engenharia se formam. O material de 18 minutos a respeito das vantagens da profissão pretende estimular os estudantes a optarem pelo curso, que tem grande variedade de opções e especializações.


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legislação

Decreto pode aumentar tributos Histórico de acidentes trabalhistas pode penalizar empresa, mas boas práticas pode diminuir tributos por algumas empresas que também não Em 2009 o Instituto Nacional de Sedo FAP”, explica o investem em treinamento de segurança guridade Social (INSS) de Ribeirão Preto advogado Adilson adequado para os profissionais que concedeu 1.301 auxílios-doença motivaAraújo. chegam ao mercado de trabalho sem dos por acidentes no trabalho. Segundo O mecanismo experiência”, pondera Germano Serafim os dados divulgados pela Previdência adotado vai aude Oliveira, chefe de fiscalização da GeSocial, maio foi o mês com o maior númentar ou reduAdilson Araújo rência Regional do Trabalho e Emprego mero de benefícios: 145. Seis pedidos de zir as alíquotas de em Ribeirão Preto. aposentadoria foram concedidos pelo contribuição das empresas – que são “No caso de um empregado que venha mesmo motivo. De acordo o Ministério definidas por ramo de atividade – com a perder a vida em decorrência de acido Trabalho e Emprego (MTE), a construbase nos índices de acidente de trabadente de trabalho, será ção civil, metalurgia e, no lho de cada uma. O fator pode reduzir a considerada a expectativa campo, o setor sucroalalíquota para até metade, mas também de vida conforme a tábua cooleiro, são os setores pode fazê-la dobrar. Na prática, o FAP Adilson Araújo : de mortalidade do IBGE onde mais acontecem altera os limites da alíquota de 1% a 3% “Boas práticas (levantamento que mede essas ocorrências em para 0,5% a 6%. Antes da nova regra, o trabalhistas a expectativa de vida dos Ribeirão. Para reverter empregador desembolsava apenas os brasileiros) e esse tempo as estatísticas em todo afastamentos de até 15 dias. Após esse podem implicar será multiplicado pelo o país, o governo federal período ficava a cargo da Previdência diminuição de salário do beneficiário resolveu mexer no bolso o pagamento durante todo o tempo carga tributária”. de agora em diante. O das empresas e já está que o empregado ficasse incapaz para montante será incluído em vigor o Decreto nº o trabalho ou mesmo falecesse. Com a na apuração do índice de custo, que 6.957 que modifica os critérios da connova regra, a despesa é dividida entre o resultará fatalmente num índice maior tribuição previdenciária das empresas. empregador e o órgão público. Com a criação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), um novo cálculo é feito a partir de levantamentos que vão apurar O FAP (Fator Acidentário de Prevenção) tem um cálculo é complexo, a frequência dos acidentes, a gravidade pois conjuga vários fatores que apurarão a frequência, a gravidade e os e os custos das ocorrências. custos das ocorrências acidentárias. Para o cálculo somente entrarão Para o advogado Adilson Santos Araúas ocorrências de natureza acidentária relacionadas ao trabalho que jo, do escritório Aguinaldo Biffi Sociedageraram afastamento do empregado e o pagamento de benefícios pela de de Advogados, de Ribeirão Preto, a Previdência Social. Um bom exemplo para elucidar o assunto é o caso de grande novidade é que as empresas com um empregado que venha a perder a vida em decorrência de acidente histórico de boas práticas trabalhistas pode trabalho. Para ele, será considerada a expectativa de vida conforme dem se beneficiar, uma vez que o Decreto a tábua de mortalidade do IBGE e este tempo será multiplicado pelo nº 6.957 penaliza as organizações pelo salário do beneficiário de agora em diante, o montante será incluído número de acidentes trabalhistas, mas na apuração do índice de custo, que resultará fatalmente num índice diminui a carga tributária das que apremaior do FAP. O FAP será divulgado sempre no dia 30 de setembro de sentam baixos índices de acidentes. cada ano e terá como base o período anterior de dois anos. Por exem“Existe também uma postura de não plo, no índice FAP divulgado em 30.09.2009, os dados utilizados para prevenção. As leis trabalhistas e de proo processamento foram do período de 01.04.2007 a 31.12.2008. teção do trabalhador não são respeitadas


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anúncio 2/3 pg Grafica São Francisco Anúncios e encartes na revista Painel Mailing (etiquetas) de associados da AEAARP ligue

16.3931.1555



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