painel
AEAARP ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO
Ano XII nº 180 março/2010 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
REÚSO Reaproveitamento de água tem forte apelo ambiental e é economicamente viável.
Mulheres Elas ocupam cada vez mais espaço no sistema CONFEA/CREA
Drenagem Especialista fala dos investimentos em obras na cidade
Legislação Regulamentação da Lei de Assistência Técnica Gratuita fica pronta esse mês
Editorial
Eng. civil Roberto Maestrello
As profissões do sistema CONFEA/CREA são fascinantes. A constatação que fazemos quando estamos na universidade cresce cotidianamente quando acompanhamos os progressos proporcionados às pessoas em razão de nossa atividade profissional. Nesse sentido, pudemos vivenciar, no dia 2 de março, quando, a convite da direção da UNIP, através da ação do diretor de pós-graduação de Engenharia de Segurança e nosso diretor universitário, o engenheiro Hirilandes Alves, proferimos a aula inaugural dos cursos de Engenharia da citada universidade, onde abordamos o temas: “A importância de se filiar a uma associação de classe”, “Comentários sobre o Código de Ética Profissional” e a “Evolução da Engenharia no Brasil e o papel do engenheiro – uma visão histórica”. Diante de uma plateia atenta e que permaneceu totalmente interessada, reunindo professores universitários, colegas profissionais, diretores da AEAARP e da UNIP e principalmente alunos, pudemos enaltecer a nossa profissão e o engrandecimento profissional através da atuação decisiva e ética das nossas profissões no desenvolvimento econômico e social do país. Esta edição da revista Painel expõe mais um desses avanços: a tecnologia de reúso de água cinza e esgoto bruto e reaproveitamento da água da chuva. Só uma pequena parte do planeta Terra tem água doce. Segundo os especialistas, apenas 3% de toda a água oferecida à humanidade é potável. Mesmo em Ribeirão Preto, que é uma cidade privilegiada por ser abastecida pelo Aquífero Guarani, a gestão dos recursos hídricos tem de ser pauta essencial, incluindo-se aí, a educação dos munícipes quanto ao desperdício (até com sansões pecuniárias), as providências do poder público quanto às enormes perdas nos sistemas de distribuição, a retenção das águas no próprio lote em proporções cabíveis (que realmente sejam compatíveis com o esforço de contenção de enchentes), como também nos condomínios fechados, nas grandes obras comerciais, nos equipamentos urbanos e em novos modelos de infiltração nas próprias quadras da cidade. Essas questões sobre a sustentabilidade dos sistemas de abastecimento, uso e deposição dos recursos hídricos não podem mais esperar pelo futuro. A Agência Nacional de Águas (ANA) preconiza que devemos captar água de um novo manancial a partir de 2015. Dessa forma, temos apenas cinco anos para estudar e decidir como será o sistema de abastecimento da cidade sem depender única e exclusivamente do Aquífero. A engenharia tem a ferramenta que pode ajudar nisso e também criando sistemas de tratamento de efluentes que podem ser reutilizados para fins não potáveis. A ideia de se pensar nas soluções no próprio lote (micro) poderá diminuir bastante o dispêndio com as caras soluções públicas (macro), tendo em mente que a tecnologia pode criar soluções para questões de drenagem urbana que não foram observadas na ocupação do espaço das cidades. E é olhando para o futuro que os profissionais de hoje devem planejar as suas obras.
Eng. civil Roberto Maestrello Presidente da AEAARP
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Expediente
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Roberto Maestrello Presidente
Geraldo Geraldi Junior Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONAL Diretor Administrativo: Hugo Sérgio Barros Riccioppo Diretor Financeiro: Ronaldo Martins Trigo Diretor Financeiro Adjunto: Luis Carlos Bettoni Nogueira Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Anibal Laguna DIRETORIA FUNCIONAL Diretor de Esportes e Lazer: Newton Pedreschi Chaves Diretora de Comunicação e Cultura: Maria Ines Cavalcanti Diretor Social: Paulo Brant da Silva Carvalho
Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
DIRETORIA TÉCNICA Engenharia Agrimensura e afins: José Mario Sarilho Agronomia, Alimentos e afins: Calil João Filho Arquitetura, Urbanismo e afins: Luis César Barillari Engenharia Civil, Saneamento e afins: Edison Pereira Rodrigues Engenharia Elétrica, Eletrônica e afins: Tapyr Sandroni Jorge Geologia, Engenharia de Minas e afins: Caetano Dallora Neto Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e afins: Giulio Roberto Azevedo Prado Engenharia Química e afins: Paulo Henrique Sinelli Engenharia de Segurança e afins: Luci Aparecida Silva Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins: Orlean de Lima Rodrigues Junior Engenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri
Índice Especial
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Artigo
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Reúso e reaproveitamento de água
Gestão das águas nas edificações: aproveitar a chuva também é uma das possibilidades
Mulheres
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Enchentes
“Não adianta imaginar que as obras irão resolver esses problemas”, alerta especialista
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Legislação
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Elas querem passar!
Regulamentação da assistência técnica deve ficar pronta em março
Energia eólica Ventos modernos
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DIRETORIA ESPECIAL Universitária: Hirilandes Alves Da Mulher: Nadia Cosac Fraguas De Ouvidoria: Arlindo Antonio Sicchieri Filho CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Luiz Gustavo Leonel de Castro Dilson Rodrigues Caceres Edgard Cury Eduardo Eugenio Andrade Figueiredo Elpidio Faria Junior Ericson Dias Melo Hideo Kumasaka Inamar Ferraciolli de Carvalho João Paulo S. C. Figueiredo José Fernando Ferreira Vieira
José Roberto Scarpellini Luis Antonio Bagatin Luiz Fernando Cozac Manoel Garcia Filho Nelson Martins da Costa Pedro Ailton Ghideli Ricardo Aparecido DeBiagi Sergio Luiz Coelho Wilson Luiz Laguna
CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP REPRESENTANTES DA AEAARP Câmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz Laguna Câmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo Prado REVISTA PAINEL Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Giulio Roberto Azevedo Prado e Hugo Sérgio Barros Riccioppo - conselhoeditorial@aeaarp.org.br
Indicador Verde
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Biblioteca
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educação
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Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Georgia Rodrigues
Meio ambiente
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Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - revistapainel@globo.com Adelino Pajolla Júnior / Jóice Alves
Livro ‘Arquiteturas da Engenharia ou Engenharias da Arquitetura’ tem nova tiragem
AEAARP é apresentada em aula inaugural na UNIP
Destinação de embalagens vazias de agrotóxicos cresce 28% em janeiro
Arquitetura
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CREA
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Construção
Evento apresenta edifícios inteligentes e mostra as novidades em automação predial e residencial
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Notas
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Arquitetos brasileiros visitam a África do Sul
CREA-SP rumo ao 7º Congresso Nacional de Profissionais
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39, cj. 24, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 Fones: 16 3916.2840 | 3021.0201 - contato@textocia.com
Tiragem: 2.500 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - mmnader@terra.com.br Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Fotos: Fernando Battistetti. Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.
Horário de funcionamento AEAARP CREA Das 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
especial
Reúso e reaproveitamento de Há tecnologia, viabilidade e oportunidade para fazer a água cinza, de chuva ou do esgoto, ser útil em comércios, indústrias e condomínios residenciais
Falta vontade política, legislação e iniciativa. Sobram argumentos e tecnologias que permitem o reúso e o reaproveitamento da água em residências, comércios e indústrias. A medida tem apelo ambiental, mas seu uso no Brasil é insipiente. É quando “aperta no bolso” que questão sai do campo das ideias e é alcançada pela engenharia. É essa a visão do engenheiro químico José Orlando Paludetto, que desenvolve projetos nessa área. O artigo “Avaliação Econômica dos Sistemas de Reúso de Água em Empreendimentos Imobiliários”, apresentado em 2006 no XXX Congreso Interamericano de Inginiería y Ambiental, em Punta Del Este (Uruguai), assinado por Paduletto e mais quatro especialistas brasileiros –
água
José Carlos Mierzwa, Ivanildo Hespanhol, Beatriz Vilella Benitez Codas e Ricardo Lazzari Mendes – conclui que o retorno do investimento em empreendimentos residenciais é de menos de dois anos. Eles analisaram o consumo de água em hipotéticos condomínios horizontais e verticais. O primeiro tem 2.690 unidades e um total de 10.760 habitantes. Já no segundo são 146 unidades e 582 habitantes. O cálculo elaborado por eles leva em consideração o consumo de 325 litros/habitante ao dia em condomínios horizontais e de 294 litros/habitante ao dia nos verticais. Eles propuseram o tratamento do esgoto – proveniente da pia da cozinha e vaso sanitário – e da água cinza – de lavatórios, chuveiros e lavagem do chão
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especial
Edifício Zicca Junqueira Gallo
– para condomínios horizontais e apenas da água cinza nos verticais. (veja fluxograma pg. 8) O engenheiro civil Paulo Sinelli, diretor da AEAARP, diz que atualmente só o empreendimento Ecolife Jardim Botânico em Ribeirão Preto (SP), construído pela Jábali Aude Construções, está implantando um sistema de reúso e reaproveitamento de água. A água utilizada em lavatórios e chuveiros passará por estações de tratamento e será reutilizada em sanitários e a da chuva será usada na irrigação de jardins e lavagem das garagens. O edifício Zicca Junqueira Gallo, no bairro Higienópolis, em Ribeirão Preto, instalou um sistema de reaproveitamento da água da chuva e contabiliza 30% de redução na conta de água. São 16 apar-
Tipos de reúso
tamentos distribuídos em oito andares. Antes, a água de chuva era armazenada em um tanque com capacidade para 19 mil litros e depois dispensada. Com pouco investimento e algumas adaptações a mesma água agora é usada para lavar o pátio, a garagem e na irrigação do jardim. A experiência de um ano e meio com reúso e reaproveitamento da água no Posto Mosteiro, há 40 anos instalado na avenida Capitão Salomão, em Ribeirão Preto, já garantiu o retorno do investimento de R$ 30 mil no sistema. O primeiro resultado foi a redução de até 60% na conta de água. Toda a água que cai no chão do posto – proveniente de chuva, lavagem de veículos, para-brisas e até mesmo da lavagem do chão – é direcionada para canaletas
Urbano • Irrigação de áreas verdes e quadras esportivas • Torres de resfriamento • Parques e cemitérios • Descarga em toaletes • Lavagem de veículos • Reserva de incêndio • Recreação • Construção civil: compactação do solo, controle de poeira, lavagem de agregados, produção de concreto • Limpeza de tubulações • Sistemas decorativos: espelhos d’água, chafarizes, fontes luminosas etc.
Indústria • Água para caldeiras • Sistemas de resfriamento: como água de reposição, em lavadores de gases e como água de processos
que a levam até um reservatório. De lá uma bomba joga a água em uma caixa com capacidade para cinco mil litros que direciona à pequena estação de tratamento, operada com facilidade pelo lavador de carros, responsável por repor os produtos necessários para que a água volte a ficar suficientemente boa para lavar outro carro, os para-brisas e o chão
Agrícola • Culturas de alimentos não processados comercialmente: irrigação superficial de qualquer cultura alimentícia, incluindo aquelas consumidas cruas • Culturas de alimentos processados comercialmente: irrigação superficial de pomares e vinhas • Culturas não alimentícias: pastos, forragens, fibras e grãos • Dessedentar animais Meio Ambiente • Wetlands, habitats naturais, aumento do fluxo de água. • Estabelecimentos recreativos • Contato acidental (pesca e canoagem) e contato integral com a água permitido • Represas e lagos • Lagoas estéticas em que o contato com o público não é permitido
Fonte: Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (CIRRA)
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do posto. O dejeto é coletado por uma empresa especializada – a mesma que recolhe restos de óleo e filtros. O engenheiro civil Paulo Roberto Bernardes Millioti é um dos profissionais que militam em favor da utilização de água pluvial. Neste momento ele trabalha em uma obra, cujo projeto já foi aprovado pelos órgãos públicos, e que prevê a reservação de 120 litros de água por metro quadrado de telhado, o dobro do que ele mesmo considera como o mínimo necessário (60l/m2). Millioti explica que a captação será feita em tubulões de 1,5m x 3,5m e que uma queda d’água de 25 metros de altura – usando a água captada – garantirá a oxigenação no reservatório. Segundo ele, o investimento será recuperado em cinco anos. Uma lei municipal aprovada em 2005 obriga a implantação de sistemas de uso da água proveniente da chuva em novas edificações e estabelece critérios de captação.
Normatização
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem resoluções sobre o tema. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) têm cartilhas que tratam da questão. São essas as referências que empresas de engenharia e empreendedores utilizam,
segundo Paduletto, quando projetam os sistemas. Falta legislação que estabeleça regras àqueles que investem nesses sistemas. A opinião é compartilhada por Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (CIRRA), vinculado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Em sua visão é necessário, dentre outras coisas, definir critérios de subsídios àqueles que investem no uso racional da água.
Estação de tratamento no Posto Mosteiro
Falta incentivo A indústria tem investido em sistemas de reúso atraída pelo retorno financeiro. Hespanhol faz a conta: a tarifa da água para uso industrial na Grande São Paulo, por exemplo, é quase seis vezes maior do que aquela cobrada pela água proveniente de reúso. Ele critica e diz que as companhias de saneamento não se organizam para incentivar a adoção dos sistemas de tratamento e reúso de água cinza e de esgoto. A eminente queda na arrecadação é uma das possíveis razões, na avaliação de Hespanhol e também de Paduletto. De acordo com os dados do CIRRA, 20 milhões de pessoas que vivem na Grande São Paulo consomem 70 metros cúbicos de água a cada segundo. Do total, 30 metros cúbicos têm destino potável. Os outros 40 metros cúbicos poderiam ser
Na AEAARP O engenheiro civil Paulo Henrique Sinelli está preparando um projeto para reservação e reaproveitamento da água da chuva na sede da AEAARP. A área onde deverá ser instalado o reservatório fica no declive que dá acesso à quadra esportiva. A expectativa de Sinelli é a de que o projeto seja concluído ainda no primeiro semestre desse ano.
de fontes de reúso, o que compõe um grande universo a ser explorado comercialmente. Na agricultura o cenário é ainda mais promissor. Hespanhol diz que 70% dos recursos hídricos do país são destinados à agricultura, que ganha em produtividade utilizando esgoto tratado adequadamente, porém, há questões culturais e educacionais que emperram medidas dessa natureza, apesar da segurança dos métodos desenvolvidos pela engenharia.
O que é
Reúso: uso de efluente proveniente de esgoto bruto – sanitário e pia de cozinha, por exemplo – e de água cinza – lavatório, tanque, máquina de lavar roupa, chuveiro – após tratamento adequado. Reaproveitamento: uso da água da chuva. Ainda que a indústria seja o setor mais avançado no que diz respeito à adoção de sistemas de reúso, há gargalos que podem comprometer a produção industrial brasileira. Esse setor usa 20% da água produzida no país e metade já é proveniente de reúso, segundo dados do CIRRA.
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especial
De acordo com dados da Sabesp, a companhia de abastecimento do Estado de São Paulo, cada litro de água reutilizada corresponde a um litro de água disponível para o abastecimento público. A companhia informa que na Região Metropolitana de São Paulo, onde é a responsável pelo abastecimento, são reaproveitados 948 milhões de litros de água por ano. A estação de tratamento Jesus Neto, situada na região da Mooca na capital paulista, foi a primeira a oferecer água de reúso. A empresa fabricante das linhas Corrente usa essa água para lavagem e tingimento de seus produtos. Na região do ABCD as prefeituras de São Caetano do Sul, Barueri, Carapicuíba, Diadema, além da capital, compram a
água de reúso para limpeza das ruas, após as feiras livres, e rega de jardins. Segundo a Sabesp, 40 empresas usam o produto fornecido por ela.
Alternativa Ribeirão Preto precisará de um novo manancial para abastecer a população a partir de 2015. É o que expõe o Atlas do Abastecimento Urbano da Agência Nacional de Águas (ANA), disponível na internet no endereço www.ana.gov.br/ atlas. A adoção de sistemas de reúso e reaproveitamento de água é uma das soluções para dar destino nobre à água potável que, por enquanto, é oferecida em abundância na cidade. O geólogo Osmar Sinelli, coordenador
do curso de Engenharia Ambiental das Faculdades COC, diz que seria necessário uma fazenda de cinco mil alqueires – equivalente a pelo menos um quinto do território de Ribeirão Preto – para repor ao Aquífero Guarani todo o volume de água necessário para manter o abastecimento da cidade, que depende exclusivamente desse manancial. Apenas 4,5% do volume de água que precipita com as chuvas vão para a recarga, segundo Sinelli. Ele defende o método de reúso e reaproveitamento para corrigir a perda. Para isso, é necessário caracterizar o uso – potável ou não –, implantar sistemas de gestão dos recursos hídricos e definir regras de outorga.
No artigo “Avaliação Econômica dos Sistemas de Reúso de Água em Empreendimentos Imobiliários” são modelos de empreendimentos horizontal e vertical que exemplificam o reúso de água cinza e esgoto bruto.
Fonte: “Avaliação Econômica dos Sistemas de Reúso de Água em Empreendimentos Imobiliários” XXX Congreso Interamericano de Inginiería y Ambiental, Punta Del Este (Uruguai), 2006
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Breve explicação sobre a outorga de recursos hídricos No estado de São Paulo, através da Lei 7.663/91, regulaPaulo Henrique Sinelli mentada pelo Decreto 41.258 de 31/10/96, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), ligado à Secretaria de Saneamento e Energia do Estado, é o órgão responsável pela fiscalização das interferências em recursos hídricos – captação, barramento, lançamentos – sejam superficiais ou subterrâneos. Assim, qualquer empreendimento, seja público ou privado, de pessoa física ou jurídica, necessita da autorização, ou outorga de uso ou interferência nesses recursos. Dessa forma, para a implantação de um empreendimento que necessitará interferir em recurso hídrico, se faz primeira a necessidade de uma Outorga de Implantação. Para as captações subterrâneas, juntamente com a solicitação dessa Outorga, deve ser solicitada a Licença de Perfuração de Poço Tubular Profundo. Nesse caso, estudos geológicos e hidrogeológicos, bem como o projeto executivo, deverão ser feitos por profissional devidamente habilitado pelo órgão fiscalizador do exercício profissional, sendo esse o CREA, que agrega, dentre outras, as profissões de geólogo e engenheiro de minas, que possuem habilitação para tal. O projeto de um poço deve seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), especificamente a 12.212 para projeto, e a 12.244 para a construção do poço. Quando a captação for destinada
ao consumo humano, é considerada como Solução Alternativa de Abastecimento, estando sujeita à Resolução SS 65, que trata das características da água para consumo humano. Assim, segundo a Resolução Conjunta SMA/SEHRS/SES-3 de 21/06/06, é necessário o cadastramento como solução alternativa junto à Vigilância Sanitária do município onde se encontra a captação. Também, em razão dessa deliberação, os órgãos estaduais se entrelaçaram, ficando licenças e autorizações condicionadas umas às outras; ou seja, órgãos de gestão ambiental como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), ou de fiscalização de condições sanitárias, como a Vigilância Sanitária, antes de expedirem seus alvarás solicitam a Outorga de Uso do DAEE para que ocorra validade. É importante salientar que para emissão de Outorga de Uso, além do já exposto, é necessário providenciar o mapeamento de risco da contaminação do aquífero subterrâneo em razão da perfuração do poço. Também, em razão da imensa e descontrolada exploração dos aquíferos subterrâneos no passado, hoje, através dos estudos desenvolvidos, existem zonas de restrição de perfuração de novos poços – caso da zona urbana de Ribeirão Preto.
Perfuração de brocas nas medidas de 25, 30 e 40 cm. de diâmetro.
Tradição e Confiança de quem tem mais de 20 anos de experiência!
Paulo Henrique Sinelli, engenheiro civil, diretor de Engenharia Química da AEAARP
16. 3622.2067 | 3622.5702 cel. 16.9961.2920
ofurao2010@hotmail.com
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artigo
Gestão das águas nas edificações: aproveitar a chuva também é uma das possibilidades André Teixeira Hernande
A ação antrópica no meio ambiente nunca foi tão sentida pelo planeta. O que poderia ser considerado uma conquista humana transformou-se num pesadelo de proporções catastróficas. Premido pela própria natureza, o homem buscou, até mesmo nela, fonte de inspiração para seu abrigo e proteção. Com o passar dos tempos, o atendimento dessa tão essencial condição para a sobrevivência humana tornou-se uma ameaça. A indústria da construção civil, principalmente o setor ligado à construção de edificações, impacta fortemente o meio ambiente por conta de toda a sua cadeia produtiva e, principalmente, seu produto final. Construções com mais de séculos estão ainda de pé como testemunhos de seu perene impacto. Diante dos desafios dos novos tempos, há que se considerar como essencial e fundamental a minimização destas agressões, quiçá, sua neutralização. O principal impacto causado com a implantação de uma edificação é a mudança das características da superfície do solo pela supressão, em geral, de grandes extensões de revestimento vegetal natural, comprometendo entre outros, e fundamentalmente, o ciclo hidrológico. Um projeto arquitetônico sustentável tem como premissa uma abordagem apropriada para esse elemento, contemplando em sua concepção a gestão (ou gerenciamento) das águas no lote urbano. Essencialmente, essa gestão procura identificar o ciclo hidrológico no lote urbano, compreendendo suas conexões e relações com o novo meio artificial a ser implantado. Evaporação, condensação, precipitação, escoamento, reservação, infiltração, evapotranspiração são etapas do ciclo hidrológico que devem estar presentes no novo ambiente construído. Dessa forma, velhos elementos constituintes de uma edificação ganham novos papéis e funções, como telhados, pisos, jardins e até mesmo,
paredes. O antigo conjunto de calhas e tubos de queda deixa de ser acessório de um telhado para que, juntos e somados a outras superfícies, sejam verdadeiras partes de um autêntico sistema hidráulico predial com “S” maiúsculo. Esse novo sistema sob uma nova ótica, melhor denominado de “sistema hidráulico predial de utilização de água pluvial”, integra também as diversas soluções técnicas existentes para o uso racional da água. Aproveitar a água coletada para suprir o consumo, substituindo água potável nobre (e no caso de Ribeirão Preto extraído do generoso, porém não eterno, Aquífero Guarani), é também uma das diversas possibilidades. Reservatório de água de dupla função (reservação definitiva e temporária) que permitem reconstituir o tempo de concentração original da microbacia é um valioso instrumento de controle das enchentes urbanas. Reservatórios permeáveis de infiltração forçada da água no solo, pisos externos permeáveis e áreas verdes são valiosos instrumentos de reposição de água no solo, mantendo o ciclo hidrológico em contínuo movimento. Mas será mesmo que dá resultados? Finalizada em 2003, uma residência construída com esses princípios e fundamentos vem contribuindo positivamente com o meio ambiente de nossa cidade. Ao longo de um ano (2004-2005), o desempenho foi aferido e contabilizados os resultados. E a força dos números não deixa dúvidas da efetividade decorrente da adoção desse conceito. Tendo captado 446 m3 de água pluvial, teria sido capaz de abastecer com sobras toda a água consumida ao longo do ano (um total de 262 m3, sendo 74 m3 de água pluvial e 188 m3 de água potável). Verificou-se, assim, uma importante contribuição para a redução do consumo de água potável, da ordem de 28% do total. Também foi responsável direto na redução do lançamento de água pluvial nos sistemas públicos de drenagem. Mais de 91% do fluxo gerado pela impermeabili-
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zação decorrente da implantação da edificação foram encaminhados ao reservatório de infiltração, contribuindo significativamente para a reposição de água do lençol subterrâneo. Outro dado importante levantado foi o número de dias de funcionamento normal do sistema. Após a ocorrência de uma estiagem de 56 dias, fenômeno anormal para os meses de agosto e setembro para a região, o sistema ficou inoperante durante 20 dias. Com isso, operou com sucesso por 95% do período de tempo analisado. Na falta de água pluvial para o consumo, o abastecimento dos vasos sanitários se efetivou então por meio do dispositivo emergencial automático, consumindose nesse período um total de 6,58 m3 de água potável. Esse dado é relevante na medida em que confirma o bom funcionamento de todo o sistema, atendendo-se a expectativa original de se manter o funcionamento em 90% do período.
Quanto à qualidade da água disponibilizada para o uso tanto nas descargas sanitárias como para a manutenção da área externa, a mesma apresentou qualidade de água bastante satisfatória para o uso proposto, atendendo aos padrões legais que permitem o contato direto com o ser humano. Contudo, não é indicada para o consumo humano (ingestão). Ainda assim compensa? Mais uma vez os números falam por si. A análise econômica preliminar (2003) previa, quando confrontados os custos de investimentos e os custos de operação, um período de retorno de 6,7 anos utilizando-se as tarifas do DAERP e 5,7 anos quando da SABESP, vigentes à época. Reavaliado pouco mais de um ano depois, o período de retorno do investimento caiu para 5,7 e 4,3 anos respectivamente.
O que fazer, como fazer, onde fazer, por que fazer não é mais o problema. O problema é começar a fazer. Ultrapassar essa barreira é o paradigma a ser quebrado, pois consumir a natureza é inevitável. Evitável é consumi-la como se hoje fôssemos a última geração humana existente na face da Terra. Tal e qual o alerta sobre o consumo de bebida alcoólica, também vale o bordão: consuma a natureza com responsabilidade. Eng. mecânico/civil André Teixeira Hernandes mestre em Construção Civil pela Universidade Federal de São Carlos analista em Infraestrutura de Transportes da Administração da Hidrovia do Paraná (AHRANA) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
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mulheres
Elas
querem passar!
Há 100 anos Em 8 de março de 1910, a socialista alemã Clara Zetkin propôs, durante a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, na Dinamarca, a criação de um Dia Internacional da Mulher. A data seria lembrada pela posteridade e marcada por atos civis em defesa da autonomia e igualdade de direitos das mulheres.
A imagem das salas de aula dos cursos ligados às carreiras do sistema CONFEA/ CREA, especialmente de engenharia e agronomia, ainda é a mesma: predominância de estudantes do sexo masculino. Mas, diferente do início dos anos 1970, os homens já não são os únicos. “A verdade é que as mulheres têm sido bem sucedidas como engenheiras. Na elétrica e na mecânica da Unicamp, elas eram apenas 2% há alguns anos e hoje já chegam a 20%”, afirma Marcelo Alexandre Prado, coordenador da graduação da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp. Segundo Franco Dedini, que coordena a graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) na mesma universidade, o índice de mulheres no curso varia de 10% a 20%, dependendo do ano. “A profissão mudou de perfil e já não é apenas chão de fábrica, tem menos graxa e mais inteligência, voltando-se ao desenvolvimento de produtos, inclusive com aplicação de design”, explica. Nádia Cosac Fráguas, da Diretoria Especial da Mulher da AEAARP, observa que se por um lado já houve algum receio em colocar as mulheres nos canteiros de obras, por outro é delas a qualidade de ter jogo de cintura no contato direto com os clientes. A revista Painel entrevistou três jovens universitárias que sonham com carreiras vinculadas ao sistema CONFEA/CREA. Elas falaram dando o tom dos sonhos e perspectivas de carreiras que são cada vez mais requisitadas pelo mercado de trabalho e em um setor que valoriza, cada vez mais, as competências em detrimento da diferença de gênero.
Calouro Padrão 2010 é mulher - perfil vem desde 1993 As mulheres vieram para ficar no campus da USP em Ribeirão Preto. Mais uma vez a mulher é o calouro padrão e repete o desempenho na aprovação da FUVEST desde que o perfil do calouro começou a ser traçado, em 1993, no campus. Em apenas dois anos, 1993 e 2000, as mulheres empataram com o sexo masculino no percentual de ingressantes. Em 2010, elas representam 53% dos matriculados no campus - uma pequena queda em relação ao ano passado que foi de 54%.
Natália Andrade Blisa 13
Lívia Scarpellini
A engenheira civil
A imagem do primeiro dia de aula de Natália Andrade Blisa foi a seguinte: em uma sala de 40 alunos da Faculdade de Engenharia Civil no Centro Universitário Moura Lacerda de Ribeirão Preto, apenas 10% eram mulheres. E ela era uma delas. Filha de engenheiros, escolheu a carreira sem dificuldade e contando com a atração pela área de exatas já despertada no ensino fundamental. Desde o início, Natália imaginava o tamanho do desafio que enfrentaria, e ainda enfrentará. “Já sabia que na profissão predominavam profissionais do sexo masculino. Essa diferença me motivou ainda mais”, conta. Características femininas, como a vaidade, ela não abre mão. E aposta em outra, a organização, para crescer profissionalmente: pretende trabalhar com a família na área de orçamentos.
A arquiteta
A dúvida era entre o curso de artes plásticas ou arquitetura. Por fim, a estudante Lívia Scarpellini considerou a segunda alternativa mais abrangente e a que ofereceria mais opções de mercado ao longo de sua vida profissional. Ela é uma apaixonada pelo curso que faz no Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto. “Escolhi arquitetura porque, nessa área, posso atuar em vários campos artísticos. Mas quero mesmo trabalhar no campo da construção civil”, conta. Lívia ainda dá dicas para os colegas calouros que chegam neste ano à universidade: “O estágio é muito importante para adquirirmos experiência e termos contato direto com o mercado de trabalho. Além de frequentar as aulas, é indispensável conhecer na prática o campo no qual você vai trabalhar”, ensina.
Lelia de Souza Benfica
A agrônoma
É com bravura que Lelia de Souza Benfica encerra, em 2010, o curso de Engenharia Agronômica no Centro Universitário Moura Lacerda. Questões financeiras atrasaram em 11 anos seu ingresso na universidade, que aconteceu depois de conquistar vaga pelo Programa Universidade para Todos (PROUNI). Vencida essa etapa, não titubeou em trocar Patos de Minas (MG) por Ribeirão Preto. Considera a carreira que escolheu como “o que há de mais importante” para garantir a sobrevivência do homem no planeta. Tem interesse por pesquisas na área de nutrição vegetal e é trainee do departamento técnico da Binova Fertilizantes. “A mulher conta com a intuição em qualquer profissão que decida atuar. Na agronomia não é diferente. O bom senso e dedicação são diferenciais femininos que ajudam muito no dia-a-dia”, afirma.
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enchentes
“Não adianta imaginar que as obras irão resolver esses problemas”,
alerta especialista Marcelo Pereira de Souza
Mais de 400 homens trabalham para reconstruir Angra dos Reis e Paraty, cidades do estado do Rio de Janeiro devastadas por deslizamentos de terra na virada do ano, matando 53 pessoas. São Paulo já contabilizava 70 mortos, até o final do mês de fevereiro, em decorrência de desabamentos, desmoronamentos e afogamentos. As fortes chuvas que atingiram a capital paulista desde janeiro são recordes dos últimos 77 anos. A pequena São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, protagonizou cenas dramáticas no primeiro dia de 2010, com a inundação e destruição de dezenas de imóveis tombados dos séculos 18 e 19. Paraitinga se prepara para receber um centro de formação interdisciplinar para estudantes de engenharia, arquitetura, arqueologia entre outros, que vão participar de sua reconstrução de Paraitinga. Em Portugal, a defesa civil contabiliza 42 mortes provocadas pelo transbor-
damento de rios no mês de fevereiro, provocando deslizamentos de terras e ruptura de ponte. As cenas recorrentes de tantas tragédias deixam todos perplexos e inseguros. O que está sendo feito para evitar que catástrofes dessas proporções batam à porta de cada um? As obras em andamento em Ribeirão Preto são suficientes para conter os transtornos provocados pelas chuvas de verão? O professor Marcelo Pereira de Souza, docente titular do Departamento de Biologia e da pósgraduação em Ciências da Engenharia Ambiental da USP-RP concede entrevista para a revista Painel e faz importantes alertas para a realidade de Ribeirão. E decreta: do ponto de vista técnico é perfeitamente possível e viável reverter o caos provocado por enchentes. Basta querer. Confira a seguir. Painel - O modelo de construção das cidades brasileiras previu a
quantidade de precipitação de chuvas típicas em nosso país? Quem conseguiu adotar um modelo interessante e sustentável? Marcelo Pereira de Souza - Os modelos de cidades e urbanismo são muitos e experimentam alguns modismos, por assim dizer, em função de certas demandas e valores de cada época. O uso e ocupação do solo urbano são baseados no regramento do poder público municipal, em geral, e do valor eco-
Não vai parar de chover De acordo com relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) as chuvas nos meses de março e abril serão acima das médias históricas, assim como já aconteceu em fevereiro. O relatório revela que as “previsões climáticas sazonais para os meses de fevereiro, março e abril indicam que as regiões Sul e Sudeste terão maior probabilidade de ocorrência de chuvas acima do normal”. A íntegra do relatório está disponível no site www.ana.gov.br.
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nômico produzido por essa ocupação. Essa lógica de interesses está presente no mundo todo. Historicamente, no Brasil nós temos exemplos de conceitos e modelos de urbanização que atendem a preceitos de escoamento e saneamento. Um precursor é o engenheiro Saturnino de Brito, que fez muitos projetos no início do século passado e até hoje funcionam perfeitamente. Por outro lado, há muitos casos de insucessos na intervenção. O sistema da Represa Billings, da década de 1920, é contestado até hoje e apontado como modelo a não ser seguido. Infelizmente, ele tem sido o inspirador das intervenções urbanas no país, baseado no imediato e no retorno financeiro dos
interessados. A questão crucial é o horizonte temporal desses projetos e os interesses que predominam. Eles devem considerar um período bem maior e não apenas 20 ou 30 anos. Atualmente, existe uma inversão de valores e muitas vezes o interesse privado está se sobrepondo ao interesse público. As consequências são essas que vivemos. Painel - É possível reverter esse processo? O que precisa ser feito? MPS - Entendo que o processo seja reversível sim. Talvez não em sua totalidade, mas muita coisa precisa ser revista, e será muito melhor para a população que sofre com as consequências.
O Brasil se tornou um país de população urbana em muito pouco tempo. Certamente erros foram cometidos, mas precisamos rever o processo e estabelecer bases conceituais mais adequadas e compatíveis com os interesses públicos. Os que ocasionam a externalidade negativa – ou seja, os prejuízos – são os responsáveis. Esse é um principio
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enchentes
básico e deve estar presente no caso de drenagem urbana. Com esses recursos, no lugar de se fazer obras e mais obras, devemos pensar em planejar o espaço urbano e respeitar os limites ambientais. Conservar os espaços de beira de córregos e rios, topos de morros e outros pontos críticos de inundação é prevenir enchentes. Mais barato e mais lógico. A execução desse modelo requer disposição política e compromisso público e não privado. Com visão de Estado e não de governo. Do ponto de vista técnico é perfeitamente possível e viável. Basta querer. Painel - Entre os principais problemas ambientais enfrentados em Ribeirão Preto, alguns especialistas apontam as altas temperaturas, a falta de planejamento de arborização e poucas áreas verdes, as enchentes entre outras. Nessas áreas, o que o sr. poderia sugerir? MPS - O problema das enchentes em Ribeirão Preto é que não observamos as questões naturais afeitas ao caso. Por exemplo, não tratamos da bacia hidrográfica como um todo, mas apenas do leito do rio, não deixamos as áreas naturais de inundação, mas canalizamos e criamos dezenas de barragens de contenção. Não adianta imaginar que as obras irão resolver estes problemas. A lógica de uso e ocupação baseada no interesse privado é a vilã deste processo. Clima, regime de
Lançamento Livro: Avaliação Ambiental Estratégica Autores: Isabel Silva Dutra de Oliveira, Marcelo Montaño e Marcelo Pereira de Souza. Editora: Suprema Cultura O livro discute a necessidade de incorporação, pelo chuvas, processo decisório, dos preceitos e fundamentos topograem torno da sustentabilidade, bem como dos fia e outras instrumentos utilizados para sua implementação. questões Por suas características, ‘Avaliação Ambiental naturais são Estratégica’ é apontada como um importante presentes na recurso para o enquadramento das estratégias de realidade de Ribeirão Preto. desenvolvimento no rumo da sustentabilidade Ignorar essas condições é ato ambiental, sobretudo por sua interface de irresponsabilidade técnica. É com outros instrumentos de apresentar uma solução sem consiPolítica Ambiental.” derar as condições da realidade. Agora, a solução de um problema hispolítica do “já que está pronto vamos tórico não se dá de maneira imediata. regularizar”. Um prêmio ao infrator e de Requer planejamento estratégico e defirepercussões extremamente negativas nição de prioridades - atividades típicas em todos os campos. Principalmente no do poder público. moral e de conduta: vale a pena fazer errado. A história do “crime que comPainel - Qual a responsabilidade pensa”. Esse processo é devastador do do poder público e do poder privado ponto de vista de conduta social. sobre esses problemas? Como a Assim, entendo que a democracia iniciativa privada pode contribuir? participativa, que é o modelo brasileiro, deve apostar na participação da socieMPS - Bem, em regra, o poder público dade e no fortalecimento das instâncias é o representante legal do poder econôdemocráticas para quebrar este círculo mico. Portanto, existe uma sobreposição vicioso instalado. O problema não ser de interesses e, por esse motivo, um resolve com obras e dinheiro, mas com conflito com os demais segmentos da planejamento público e não privado, sociedade. Cumpre ao poder público o incorporando uma visão de longo prazo, estabelecimento de condutas que visam compatível com interesses públicos e ao atendimento do interesse público, mas não de períodos vinculados a mandatos a ocupação de locais inadequados atende públicos. aos interesses privados. Impasse criado. Reitero: precisamos de uma política de De maneira geral, cabe ao poder Estado e não de governo. público fazer e exigir o cumprimento Precisamos “estatizar o Estado brasileido regramento (leis e regulamentos). ro” e, com isso, estabelecer paradigmas À iniciativa privada, executar de acordo públicos para a solução desse e outros com o estabelecido. Ocorre que problemas sociais. A primazia do interesse é muito comum a inversão de público sobre o privado deve prevalecer tudo. Os interesses privados na conduta do Poder Público. Sempre. contaminam as decisões do poA questão das enchentes é decorrência der público e a sociedade arca e não causa de uma Política enviesada. com os “prejuízos” dessas ocuClaro que não adianta ficar atuando nas pações e o setor privado fica consequências sem atuar nas causas. com o lucro. Pior, existe uma
legislação
Regulamentação da
assistência técnica deve ficar pronta em março
Os trabalhos para a conclusão dos termos de regulamentação da Lei de Assistência Técnica Gratuita, aprovada em dezembro pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto, devem ficar prontos ainda no mês de março. Essa é a previsão de Eder Roberto da Silva, assessor da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública de Ribeirão Preto. Segundo ele, o grupo de trabalho formado por representantes do poder público e entidades ligadas ao tema está na fase final de discussões. O grupo está realizando um diagnóstico técnico das questões que envolvem a lei federal 11.888/2008. O texto assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social. “As reuniões do grupo de estudo estão definindo, em con-
senso, os honorários e os procedimentos para contratação dos profissionais, a classificação do público que será atendido e outros detalhes para a lei funcionar na prática”, explica Eder Silva. Após a redação final, a Prefeitura de Ribeirão Preto publicará em decreto o termo de regulamentação para então entrar em vigor. “Em todo o Brasil, os municípios estudam formas de regulamentação. E Ribeirão Preto pode se tornar referência no tema, colaborando para novos projetos em várias partes do país”, afirma o assessor da Secretaria de Planejamento. Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, integra o grupo de estudos. Ele elogia o trabalho que é desenvolvido há alguns meses e vê na iniciativa o reconhecimento e a valorização dos profissionais do sistema CONFEA/CREA.
Grupo de Trabalho Poder público Cohab: Marina Amorim Cavalcanti de Oliveira Assistência Social: Kátia Approbato Planejamento e Gestão Pública: Ivo Colichio Júnior | Eder Robero da Silva Negócios Jurídicos: equipe técnica Entidades AEAARP: Roberto Maestrello | Luiz Gustavo Leonel de Castro Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo: Maurílio Ribeiro Chiaretti Sindicato dos Engenheiros: Nelson Martins Costa Instituto Praxis: Mauro Freitas CREA: José Galdino B. Cunha Junior Comur: Fernanda Freitas
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energia eólica
ventos
modernos
Florianópolis (SC) ganha o primeiro empreendimento com produção de energia eólica no Brasil, num conceito inédito de sustentabilidade batizado de Next Generation. O projeto do condomínio residencial Neo prevê a instalação de duas turbinas de vento – uma em cada torre residencial – para o aquecimento da água consumida pelos seus 24 apartamentos. Esqueça as enormes hélices que movem as turbinas eólicas de grande porte espalhadas pelo mundo: o equipamento da Helix Wind escolhido para o empreendimento possui dimensões reduzidas e se destaca pelo design vertical de alta tecnologia e com forte apelo estético. Desenvolvida nos Estados Unidos e trazida para o Brasil pelo arquiteto e urbanista paulista Jaques Suchodolski, a turbina utiliza um moderno sistema de captação vertical, em turbinas que medem 1,20m de diâmetro e 6,00m de altura e são capazes de gerar cerca de 5 kilowatts cada de maneira silenciosa e segura – uma configuração ideal para a instalação em casas e edifícios. Ao olhar desavisado, o design sofisticado, que aproveita ao máximo a força do vento para gerar energia, a princípio pode parecer apenas uma moderna
escultura de uma coluna helicoidal, colocada na torre de máquinas de um prédio de alto padrão para conferir algum charme.
Economia Com a energia do vento e a captação complementar da energia do sol através de painéis solares, as coberturas das duas torres baixas que integram o projeto residencial passam a se constituir em eficientes fontes de energia limpa, sustentável e com emissão zero de carbono. A adoção de um sistema de tratamento de efluentes promove a reutilização da água consumida, para uso nos jardins e áreas comuns e o uso inteligente dos sanitários – iniciativas funcionais que possibilitam a redução de 50% no consumo de água de todo o condomínio. A energia produzida em forma de água quente será armazenada em reservatórios nas torres das caixas d’água. O lançamento oficial da obra será em março de 2010 e conclusão está prevista para o verão de 2012. O Neo promete ser tornar o propulsor de uma série de empreendimentos imobiliários a se utilizarem de energia eólica no Brasil, dentro do conceito Next Generation.
Diante desta perspectiva, Jaques aponta para a função primordial – e por vezes perdida – da arquitetura como ferramenta para uma melhor qualidade de vida: “Acredito que a transformação positiva do espaço pelo homem só é possível através da arte embasada em tecnologia e da ciência”, afirma. O arquiteto Jaques Suchodolski tem uma extensa trajetória profissional, com passagens por grandes escritórios, coordenação de desenho urbano para o PICCED-Pratt Institute de Nova York, autoria de projetos que montam mais de 2.000 unidades residenciais e coautoria em projetos de reurbanização das marginais dos rios da capital paulista. Dedicado a integrar soluções tecnológicas na indústria da construção civil, Jaques – radicado em Florianópolis há cerca de dois anos – procurou desenvolver um projeto que pudesse refletir esses valores de forma decisiva na cultura construtiva da cidade: “O condomínio não irá utilizar nenhum combustível fóssil e o custo de aquecimento d’água será próximo de zero”, ressalta ele.
biblioteca
Indicador verde O Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council) divulgou os números do avanço de projetos de energia eólica no mundo em 2009. A capacidade instalada cresceu 31% em 2009, passando de 120, 8 GW para 157,9 GW (ou 157.900 MW). Esses números têm superado as projeções mais otimistas do Greenpeace e surpreendido inclusive até mesmo a indústria eólica.
O crescimento representa cerca de três usinas de Itaipu e aconteceu em grande parte na China, que acrescentou 13 GW e dobrou sua capacidade instalada pelo terceiro ano seguido. Os Estados Unidos vieram com a segunda maior contribuição, de 9,9 GW, e seguem como o país com maior capacidade de energia eólica no mundo, com 35 GW. A Europa instalou 10,5 GW no ano passado, liderados por Espanha (2,5 GW) e Alemanha (1,9 GW).
“A continuidade do rápido crescimento da energia eólica, apesar da crise financeira e da recessão econômica é uma prova da capacidade de atratividade desta tecnologia limpa, confiável e rápida de instalar. A energia eólica se tornou a fonte que mais cresce em cada vez mais países do mundo”, disse Steve Sawyer, Secretário Geral do GWEC. Fonte: Greenpeace
Livro Arquiteturas da Engenharia ou Engenharias da Arquitetura tem nova tiragem Sucesso nos cursos universitários, obra revela os caminhos de forças que mantêm uma obra de pé
Desde 2006, quando foi lançado, o livro “Arquiteturas da Engenharia ou Engenharias da Arquitetura”, de autoria dos professores João Marcos Lopes, Marta Bogéa e Yopanan Rebello, passou a ser adotado em vários cursos universitários, até tornar-se uma referência bibliográfica. Agora, a obra é relançada, com uma nova e atraente capa. Resultado do trabalho de pesquisa e ensino de três profissionais de engenharia e arquitetura que há anos dedicam-se à cadeira de Projeto Estrutural em cursos de Arquitetura, o livro procura passar aos alunos a essência do funcionamento das estruturas nas obras de edificações, torres, pontes e outras construções. A ideia é permitir uma compreensão íntima do mecanismo das estruturas, para que o aluno quase “intua” o caminho das forças que mantêm uma obra de pé. O livro é organizado em capítulos que explicam, comparam e dissecam obras, desde construções medievais, como as catedrais góticas, até construções contemporâneas, como a ponte Erasmus,
em Roterdã, ou as torres de I. M. Pei, em Hong Kong. Grandes fotos, ilustrações e gráficos ajudam o leitor a perceber as forças atuantes numa estrutura, os materiais usados na obra e o trabalho do engenheiro que calculou as dimensões de cada viga, pilar, arco. E daí, a arquitetura resultante. São 176 páginas, quase 300 ilustrações, com fotos das mais importantes obras construídas pela humanidade nos últimos 2 mil anos, entre palácios, igrejas, torres, pontes, museus, casas e edifícios altos.
Ficha técnica Livro: Arquiteturas da Engenharia ou Engenharias da Arquitetura Autores: João Marcos Lopes, Marta Bogéa e Yopanan Rebello Editora Mandarim ISBN 978-85-99245-02-6 Preço: R$ 59,00
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educação
AEAARP é apresentada em aula inaugural na UNIP
Mais de 500 estudantes da Universidade Paulista (UNIP), em Ribeirão Preto, acompanharam a palestra proferida pelo engenheiro civil Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, que participou da aula inaugural dos cursos de engenharia da universidade. O convite foi formulado por Hirilandes Alves, diretor da AEAARP e coordenador da pós-graduação em Engenharia de Produção da UNIP. O Coral Som Geométrico se apresentou. Maestrello apresentou a Associação aos estudantes e evidenciou seu papel em defesa da valorização profissional e no combate ao exercício ilegal da profissão. O presidente ressaltou a diferença entre a entidade e o CREA, explicando a parceria entre os dois e as ações que desenvolvem juntos – como seminários, palestras e workshops. Ele defendeu a participação dos pro-
fissionais em associações de classe e na elaboração de políticas para o município. Ressaltou o papel da entidade na elaboração do Plano Diretor, nas políticas de drenagem urbana, na comissão que elabora a regulamentação da lei de assistência técnica gratuita, dentre outras. Na palestra, o presidente da AEAARP contou a história da engenharia no Brasil, desde a chegada da família real ao Rio de Janeiro, e ressaltou sua importância para o desenvolvimento econômico e social do país. “Essas oportunidades devem ser abraçadas por todos da AEAARP. É gratificante o contato com aqueles que estão começando a trilhar o caminho para construir uma carreira de sucesso. E a AEAARP tem muito a ganhar ao se aproximar desses jovens”, diz Maestrello. Além de Hirilandes Alves, participaram
da aula José Galdino Barbosa da Cunha Junior, gerente regional do CREA-SP, e os diretores da UNIP: Fernando Brandt, coordenador do curso de Engenharia Civil, Marcello Cláudio Gouveia Duarte, coordenador do curso de Engenharia Elétrica e Mecatrônica, Cláudia Andreatini, coordenadora geral dos cursos de Engenharia de Produção, e Pedro Américo Frugoli, diretor do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia da universidade.
No Youtube O vídeo institucional da AEAARP, que é usado para apresentar a entidade em oportunidades como essa na UNIP, está disponível no Youtube (www.youtube.com).
meio ambiente
Destinação de embalagens vazias de agrotóxicos
cresce 28% em janeiro
Cerca de 90% das 1.809 toneladas de embalagens retiradas do campo seguiram para reciclagem Em janeiro de 2010, foram retiradas 1.809 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos do meio ambiente e cerca de 90% desse total seguiu para reciclagem. Segundo análise do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), o volume expressa crescimento de 28% em relação ao retirado em janeiro de 2009 (1.412 toneladas). Levantamento do instituto revela também que os estados que mais retiraram embalagens do campo neste primeiro mês foram: Mato Grosso (com 382 toneladas), Paraná (com 288 toneladas), São Paulo (com 254 toneladas), Goiás (com 229 toneladas) e Bahia (com 170 toneladas). Esses cinco estados representam mais de 70% do volume total destinado em todo o Brasil. Destaque também para os maiores percentuais de crescimento no mês, registrados nos estados da Bahia (375% - passou de 36 para 170 toneladas), Maranhão (123,%, passando de 10 para 24 toneladas) e Santa Catarina (122%, passando de 20 para 45 toneladas).
Sobre o inpEV
Comparativo de embalagens destinadas Janeiro 2009 x 2010 Volume 2009 (t) Volume 2010 (t) Crescimento (%) Bahia 35,8 170,4 374,9 Goiás 217 228,8 5,4 Maranhão 10,6 23,7 123,3 Mato Grosso do Sul 73,4 128,5 75,1 Paraná 193,2 288,5 49,3 Pernambuco 11,7 12,8 9,6 Piauí 104,2 148,5 42,5 Rondônia 10,1 12,8 27,5 Santa Catarina 20,4 45,5 122,6 São Paulo 163,5 254,2 86,3 Brasil 1.411,9 1.808,7 28,1
O inpEV é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A lei atribui a cada elo da cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, canais de distribuição e poder público) responsabilidades que possibilitam o funcionamento do Sistema de Destinação de Embalagens Vazias. O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui 82 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas. Mais informações sobre o inpEV e o Sistema de Destinação Final de Embalagens Vazias estão disponíveis no site www.inpev.org.br.
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arquitetura
Arquitetos brasileiros
visitam a África do Sul
Em visita à África do Sul para acompanhar as obras do Mundial 2010, os arquitetos dos estádios da Copa 2014 disseram que o evento será “um grande desafio” para o Brasil, já que o país terá de melhorar muito sua infraestrutura e a oferta de serviços. Formada por 20 arquitetos, a delegação visitou o estádio Soccer City, no famoso bairro de Soweto, em Johanesburgo, que receberá a abertura e a final da Copa. Lá, trocaram experiências com os profissionais envolvidos com os projetos dos estádios sul-africanos. Os brasileiros ficaram “impressionados” com a estética do Soccer City, que será palco de Brasil e Costa do Marfim em 20 de junho. Além disso, criticaram o nível das exigências que a Fifa vem impondo ao Comitê Organizador Brasileiro (COL), que superam, segundo eles, as demandas solicitadas aos sul-africanos. De Johanesburgo o grupo seguiu a Pretória, onde visitou o estádio Loftus Versfeld, e para Durban, para conhecer o Moses Mabhida. Lá, assistiram ao amistoso entre África do Sul e Namíbia,
que marcou a inauguração oficial do estádio. Os arquitetos brasileiros também viajaram às cidades-sede de Port Elizabeth e Cidade do Cabo, onde conheceram os estádios Nelson Mandela Bay e Green Point. O coautor do projeto do Estádio Nacional de Brasília, Vicente de Castro Mello, disse à Efe que o Soccer City “representa o grande desafio que os arquitetos terão com todos os novos projetos no Brasil”. “Estamos a 100 dias do Mundial da África do Sul e ainda há muito o que fazer, mas vemos isso como um exemplo para tentar terminar os estádios do Brasil pelo menos seis meses antes da Copa de 2014 e poder testar todas as instalações, o que não está acontecendo aqui na África”, afirmou. Já a arquiteta Adriana Oliveira, coautora do estádio Governador José Fragelli, em Cuiabá, afirmou que “a arquitetura das infraestruturas do Mundial é muito bonita, e as ideias que estão por trás são muito originais”. “Esta visita à África do Sul será muito útil. Vimos os estádios do Mundial de 2010 para tentar fazer algo
parecido no Brasil”, disse Adriana. Para ela, o território brasileiro tem infraestrutura melhor que a da África do Sul, mas precisa adequar seus aeroportos e incentivar a construção de atrativos turísticos em algumas das cidades-sede. “O Mundial de 2014 é um grande desafio para o Brasil: é preciso melhorar os aeroportos e há cidades no país que não são tão turísticas, que têm de se preocupar com o transporte dentro das cidades”, completou. Sobre a preparação da África do Sul, a arquiteta afirmou: “Esperava que os estádios e as infraestruturas da África do Sul estivessem mais completos a essa altura. Apesar de tudo, acho que terão tempo para acabar tudo, mas deverão ter pressa”. No mês passado, o francês Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, expressou a preocupação da organização pelo ritmo de trabalho nos preparativos para o Mundial de 2014: “Está claro que o trabalho nos estádios não começou. O Brasil não pode perder tempo”, afirmou. Com informações de: www.copa2014.org.br
CREA
CREA-SP rumo ao
crea
7º Congresso Nacional de Profissionais O CREA-SP inicia a realização dos encontros municipais preparatórios para o 7º CNP-Congresso Nacional de Profissionais, que também será precedido de Congressos Regionais e do Congresso Estadual. Podem participar dos encontros todos os profissionais do Sistema CONFEA/ CREA, registrados no CREA-SP. Nos eventos locais, os participantes poderão inscrever propostas, moções, sugestões e/ou trabalhos sobre os temas do congresso. As propostas e/ou trabalhos apresentados e aprovados nos encontros serão encaminhados para os encontros regionais; as propostas aprovadas nos encontros regionais serão, por sua vez, encaminhadas para o Congresso Estadual. Durante o CEP e o CNP serão discutidas propostas orientadas em cinco Eixos RefeRegião renciais do processo Franca de Formulação Es tratégica do Sistema Profissional realiza do em 2008, assim
definidos: Formação Profissional, Exercício Barretos Profissional, Organi zação Profissional, Integração ProfissioRibeirão Preto nal e Inserção Inter nacional. O 7º CNP será realizado em duas etapas: a primeira durante a 67ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (SOEAA), que acontece no mês de agosto, em Cuiabá/MT; e a segunda no mês de novembro, em Brasília/DF.
O tema central do 7º CNP é “Construindo uma agenda estratégica para o Sistema Profissional: desafios, oportunidades e visão de futuro”. “A realização desses encontros, em todos os seus níveis, é de grande importância, pois é a oportunidade para que os profissionais participem com suas sugestões. Somente dessa forma poderemos estabelecer nossa estratégia de atuação para os próximos anos, promovendo o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da nossa população, com ética e competência técnica”, diz o presidente do CREA-SP, José Tadeu da Silva. Para obter mais informações, acesse: http://www.creasp.org.br/7cnp/
Serviço Inspetorias
Março
Franca
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São Joaquim da Barra
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Orlândia
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Ituverava
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Batatais
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Barretos
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Bebedouro
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Olímpia
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Ribeirão Preto
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Sertãozinho
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Eng. civil José Galdino Barbosa da Cunha Júnior Chefe da UGI - Ribeirão Preto - CREA - SP jose.junior4021@creasp.org.br Rua João Penteado 2237 Jd. São Luis - Ribeirão Preto - SP 16 3623.7627
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construção
edifícios inteligentes e mostra as novidades em automação predial e residencial
Evento apresenta
Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas aquecem mercado de projetos inteligentes em setor com potencial de mercado de R$ 1 bilhão no país
O segmento de automação para construção Edilberto Cardoso de Almeida deve atingir R$ 1 bilhão em vendas nos próximos anos, com crescimento de quase o dobro do tamanho atual no país. De olho nesse potencial, está sendo lançado no Brasil um grande evento com as últimas novidades do mercado de automação predial e residencial. É a 1ª Expo Predialtec que apresentará simultaneamente o 9º Habitar 2010-Congresso de Automação Residencial e Tecnologias para a Habitação promovido pela Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside). A exposição, que pretende exibir a mais moderna tecnologia em edifícios inteligentes do mercado, acontece nos dias 18 e 19 de agosto deste ano, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A 1ª Expo Predialtec quer atrair a indústria e os fornecedores de itens de segurança, áudio e vídeo, climatização, telecomunicação, controle de iluminação, eficiência energética, sistemas de automação e de softwares. No 9º Habitar haverá seminários, palestras e exposição com sofisticados equipamentos e programas voltados à segurança doméstica e à proteção do lar, mostrando como é possível aumentar a segurança através dos prédios inteligentes. O evento é dirigido aos empresários, empreendedores e profissionais do setor (instaladoras e
fabricantes), engenheiros, arquitetos, estudiosos, estudantes de engenharia mecânica e eletrônica, entre outros. “Unimos excelentes oportunidades de negócios. Os expositores terão a chance de divulgar produtos, serviços e marcas a um mercado altamente qualificado e segmentado”. afirma Edilberto Cardoso de Almeida, diretor da editora WP, promotora da tradicional Expo Elevador, maior feira da indústria de elevadores da América Latina. “Vamos divulgar informação, conhecimento e novas práticas. Com isso, criamos um novo ponto de encontro para empreendedores e especialistas”, esclarece Almeida. Segundo ele, o mercado de automação para a construção e de renovação predial vive um momento de crescimento no país graças à estabilidade econômica e os eventos globais marcados para os próximos anos. “Apostamos na expansão desse segmento. A automação tem tudo para crescer no Brasil e acompanhar a evolução mundial”, destaca.
Copa e Olimpíadas O amplo mercado interno, a necessidade de projetos sustentáveis, além da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, são bons exemplos para o crescimento dos negócios. “O Brasil terá de comprovar ao mundo que tem capacidade de receber delegações internacionais com segurança e qualidade predial”, acredita
Almeida. Ele lembra ainda que o mercado está cada vez mais exigente em termos de qualidade. “A tecnologia será inevitável em todas as edificações, seja por redução de custos ou de riscos”, avalia.
Automação vai crescer mais Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), nos próximos três anos, o segmento deve crescer aproximadamente 70%, chegando, em 2012, a cerca de US$ 500 milhões em vendas. É que no ano passado, o setor de automação alcançou faturamento de cerca de US$ 300 milhões, inferior às expectativas, em função da crise mundial. Agora as tendências são mais favoráveis. As informações sobre a 1º. Expo Predialtec podem ser obtidas no endereço: www.predialtec.com.
1º. EXPO PREDIALTEC, 9º. HABITAR 2010 Data: dias 18 e 19 de agosto de 2010 Local: Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Promoção: editora WP e Aureside
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notas
CONFEA
Pré-fabricados são tema de palestras na AEAARP A AEAARP promove, entre 12 e 15 de abril, a Semana de Tecnologia da Construção com o tema “Sistemas Construtivos Pré-fabricados”. A Associação Brasileira da Gustavo Leonel Construção Industrializada de Concreto (ABCIC) participa do evento, assim como empresas do setor. O engenheiro Luiz Gustavo Leonel de Castro está coordenando a Semana que objetiva apresentar as novas tecnologias disponíveis no mercado. “O atual crescimento econômico experimentado pelo país exige
obras rápidas e as empresas e os profissionais de construção têm de dar essas respostas”, diz Leonel. O uso de pré-fabricados de concreto e de aço pode reduzir em até 50% o tempo de uma obra, sem contar a redução no desperdício de materiais. A Semana de Tecnologia da Construção é organizada em parceria com o Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro, órgão consultivo da AEAARP, e acontecerá nos períodos da manhã e da noite no auditório Antônio Duarte Nogueira, na sede da entidade. A programação do evento estará disponível em breve no endereço www.aeaarp.org.br.
AEAARP na Comissão Especial O engenheiro civil Wilson Luiz Laguna foi escolhido pela Câmara Especializada de Engenharia Civil do CREA-SP para compor a Comissão Especial que implantará o Livro de Ordem do CREA-SP. Trata-se de um livro que registrará todas as atividades dos profissionais legalmente habilitados e que facilitará a emissão de Acervos Técnicos no futuro. Segundo Laguna, será estudada a possibilidade de o livro funcionar eletronicamente.
A Comissão de Educação e Atribuição Profissional (CEAP) do CONFEA fez a primeira reunião ordinária deste ano na AEAARP. O coordenador Francisco Xavier Ribeiro do Vale esteve na sede da Associação com os conselheiros Roberto da Costa e Silva (BA) e Lino Gilberto da Silva (SC), e com Roldão Lima Junior (DF), assistente técnico do CONFEA. As reuniões são agendadas em diferentes cidades durante todo o ano para estreitar a relação entre os conselheiros e as instituições de ensino e entidades de classe.
Wilson Laguna
Encontro de lideranças A AEAARP esteve presente no 5º Encontro de Lideranças do Sistema CONFEA/CREA e Mútua, de 22 a 24 de fevereiro, em Brasília. O evento contou com a participação de vários ministros de Estado. Organizadores consideraram positiva a Ação Parlamentar, em que lideres de 28 conselhos se reuniram com parlamentares e iniciaram um movimento pela aprovação de projetos de interesse da categoria. Também foi inaugurada a nova sede do CONFEA, houve eleição dos coor-
denadores das câmaras, reunião dos CREAs Jovens e Juniores e até a primeira reunião ordinária do Colégio de Presidentes. As câmaras reuniram perto de 400 profissionais que cumpriram a programação do 5º Encontro de Lideranças e que incluiu ainda a reunião do Colégio de Entidades Nacionais, da Comissão Organizadora do 7º Congresso Nacional de Profissionais e ainda da CEEP, comissão permanente do CONFEA que trata do exercício e da ética profissional.
Diretor financeiro da Mútua-SP, Marcelo Daniel Hobeika; vice-presidente do CONFEA, José Roberto Geraldine Júnior; presidente do CREA-SP, José Tadeu da Silva; conselheiro do CONFEA, José Antonio Lanchoti, e conselheiro do CREA-SP, Giulio Roberto Azevedo Prado.
AEAARP no CREA O conselheiro Wilson Luiz Laguna esteve em São Paulo, dia 20 de fevereiro, atendendo convocação feita pelo presidente do CREA-SP, José Tadeu da Silva. Na oportunidade, os conselheiros discutiram assuntos como sinistros em obras, deslizamentos de terra, ocupações de áreas de risco e outros. Laguna se pronunciou, alertando para os
riscos que existem nas áreas de encosta. Falou sobre os cuidados que devem ser tomados, as limitações que devem ser impostas quando da elaboração dos Planos Diretores das diversas cidades e sobre as experiências adquiridas com sucesso ao longo de quase 40 anos de exercício profissional na cidade de Ribeirão Preto.
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NOVOS ASSOCIADOS
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Arquitetura e Urbanismo Adriana Bighetti Cristofani Ana Carolina Petenusci Venturini Gisela Gomes Benintendi Mazer Giselle Rocha Zardini Patricia Caliento Paiva Luis Gustavo Murilo Paulo Roberto Desiderio Engenharia Agronômica João Carlos de Freitas Silva José Roberto de Souza Martins Paulo dos Santos Peixoto Engenharia Civil Erika Vallini Vilela Ferreira Alex Henrique Camilo Florival Sergio Simoes José Andre de Souza Bartocci Rogerio Naur Aziani
AÇO ARMADO - TRELIÇA TELA - PREGO - ARAME Avenida Meira Junior, 314 | Ribeirão - SP Tel: (16) 3441-0100 | Nextel: 7* 44632
Engenharia Mecânica Leandro Bastos Pacheco
Técnico em Telecomunicações Armando Luiz Salome Silva
Estudante – Agronomia e Afins Ana Paula Xavier da Silva Carneiro Diogo Cesar Cavatao Elio Duarte Diana Junior Igor de Castro Cestari Mauricio Bianchi Masson Paulo Roberto Guimaraes Vianna Junior Thiago Elias Silveira Bizinoto Vinicius Diana Betiol
Estudante – Arquitetura e Urbanismo Ana Carolina Valente Ribeiro Andrea Bento Nogueira Angélica Thais Turcatto Daniela Teixeira e Silva Fernando da Costa Botelho Joao Pedro Gazini Cardoso Luis Gustavo Silvestre Message Marco Aurelio Sanches Renan de Melo Santos Rodrigo da Costa Ancheschi Ronald Alexandre Ludovice Matias Sulene Regiane do Nascimento Suzan Nocera Polegato
Estudante – Engenharia Civil e afins Cleyton Pigari Agostinho Danny Carmo da Rovare Flavio Menossi Furlan Matheus Goes De Assis Matos Paola da Cunha Cury
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