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Já pensou uma estrada com música durante todo o trajeto? Isso ainda não é possível. Mas a OHL Brasil luta para que a música conquiste cada vez mais espaço em todos os momentos de nossas vidas. Por isso, apoia e acredita no trabalho sério e competente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. www.ohlbrasil.com.br 2
Palavra da Diretoria
Novos desafios
DÉCIO A. GONZALEZ Presidente OSRP
2011 já é passado. Foi um ano difícil, quando alguns amigos e empresas solidárias garantiram a estabilidade e o desenvolvimento artístico da orquestra. OHL, Grupo São Francisco, Telefônica, Grupo Savegnago, Prefeitura Municipal, Usina Batatais, Riberbal, Moliplast, Maurílio Biagi e outros de participação financeira menor, porém, de valor inestimável, receberam a presença da Usina Moreno, do Ribeirão Shopping, do COC, da Caldema (Sertãozinho), da Usina Alta Mogiana S.A. - Açúcar e Álcool (São Joaquim da Barra), do retorno de antigos e a inscrição de novos sócios, todos unidos em torno da OSRP. Ano novo e novos desafios foram assumidos pela diretoria. Com a despedida do maestro Cláudio Cruz, em dezembro, o foco se tornou a aquisição de outro regente. Quem já teve Roberto Minczuk e Cláudio Cruz precisava manter a tradição de grandes nomes. E não foi diferente. Diz-se que “não se conquista uma estrela por uma escada”. Foram diversos contatos e, por final, a “fumacinha” surgiu, vinda de Roma. A orquestra tinha um novo maestro à altura de sua tradição, vindo da terra da música e do berço de grandes cantores e compositores. Gian Luigi Zampieri, italiano da capital, 46 anos, professor do Conservatório de Nápoli, assumiu a nossa jovem idosa orquestra de 73 anos. Veio acompanhado da esposa Estera Kawula Zampieri, polonesa, autêntica representante dos famosos músicos do continente europeu, exímia violinista e nova integrante da OSRP. Gian Luigi é uma pessoa extraordinária, músico de renome internacional, professor de famoso conservatório e um novo amigo fraterno de todos. A música é a sua paixão e sempre teve em mente encarar novos desafios. Por isso está em Ribeirão Preto, num país diferente, mas tão alegre quanto a Itália. Deixou ventos, campos, caminhos conhecidos e amigos que se tornaram distantes e serão os seus momentos de recordação. Agora, tudo é novo e desconhecido. Somente a esposa e a música são os elos da velha Europa. A nossa orquestra será o complemento para que esses laços unam o Velho e o Novo Continente. Sob a sua batuta, a OSRP ultrapassará as fronteiras nacionais, pois terá escrito o seu nome nos cadastros do conservatório napolitano e dos teatros de Roma e países por onde Gian Luigi se apresentou. Toda Ribeirão Preto está de braços abertos para o novo maestro e esposa. Diretores, conselheiros, funcionários, sócios, patronos, empresários e amigos da orquestra desejam boas vindas ao Gian Luigi e esposa. Com todos unidos pelo mesmo ideal de crescimento, os projetos antigos continuarão e novos surgirão para que mais pessoas possam usufruir do talento e do lirismo que, certamente, Gian Luigi imporá à orquestra. A nossa confiança abarca tudo e a todos.
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Indice
Diretoria
Especial A nova batuta 05 Comunicação OSRP no universo das redes sociais 09 Educação Conquistas educacionais da OSRP 14 Arquivo Histórico Resgate de uma história 15 Circuito Musical 17 Social JTC recebeu mais de 12mil pessoas em 2011 26 Notas Regente do coro da OSRP torna-se cidadã brasileira 27 Revista Movimento Vivace comemora quatro anos 28 Richard Gonçalves leva dois prêmios em BH 28 Notas de Concerto 29 Programa 31 Concertos Internacionais Juventude Tem Concerto
Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n°38 - Dezembro - 2011
2011
Edição anterior Ano IV - n°38 - Dezembro - 2011 As revistas Movimento Vivace também estão disponíveis no site da OSRP
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Assistente de comunicação / diagramação Bruna Zanuto - imprensa@osrp.org.br Fotos Ibraim leão, Gisele Haddad e Bruna Zanuto Pesquisa histórica Gisele Haddad Fotolito e impressão São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 1.500 exemplares Os artigos assinados não representam obrigatoriamente a opinião do veículo
DIRETORIA EXECUTIVA Décio Agostinho Gonzalez Presidente Dulce Neves 1º Vice-Presidente Silvio Trajano Contart 2º Vice-Presidente Fábio Mesquista Ribeiro Diretor Jurídico Taís Costa Roxo da Fonseca Diretora Jurídica Adjunto Dácio Campos Diretor de Patrimônio Lisete Diniz Ribas Casagrande Secretário Geral Leonardo Carolo Secretário Adjunto José Mario Tamanini Diretor Financeiro Enio de Oliveira e Souza Junior Diretor Financeiro Adjunto José Arnaldo Vianna Cione Diretor Institucional/Orador CONSELHO FISCAL Afonso Reis Duarte Antonio Gilberto Pinhata Delcio Bellini Junior Larissa Moraes Di Batista Luiz Camperoni Neto Paulo Cesar Di Madeo CONSELHO DELIBERATIVO João Agnaldo Donizete Gandini Presidente José Gustavo Julião de Camargo Secretários Abranche Fuad Abdo Adriana Silva Alberto Dabori Amando Siuiti Ito Carmen Rita Cagno Demetrio Luiz Pedro Bom Dinah Pousa Godinho Mihaleff Edilberto Janes Elvira Maria Cicci Emerson Francisco M. Rodrigues Idelson Costa Cordeiro Itamar Suave Jay Martins Mil-Homens Junior José Donizete Pires Cardoso Juracy Mil-Homens Lais Maria Faccio Lucas Antonio Ribas Casagrande Luis Orlando Rotelli Rezende Maria Carolina Jurca Freitas Maria Cecilia Manzolli Raul Marmiroli Sander Luiz Uzuelle Sebastião de Almeida Prado Neto Sebastião Edson Savegnago Tamara Cristina de Carvalho Valdo Barreto Valetim Herrera Willian Natale
A nova batuta
Especial
G
ian Luigi Zampieri será o regente-titular da OSRP. Italiano, de Roma, chegou há um mês e fez o primeiro ensaio do ano no dia 23 de fevereiro. Ele atuará como maestro convidado até abril, quando assume o posto de titular. Junto, trouxe a esposa, a violinista polonesa Estera Kawula Zampieri, que também se apresenta como convidada e integrará o quadro de músicos a partir do segundo trimestre. “A orquestra é a grande estrela dos concertos”, disse, já adiantando como pretende conduzir seu trabalho. Ao dirigir-se aos músicos como o regente que estará no pódio da OSRP, a partir de agora, começou pedindo: “Quero que falem comigo sempre em português. Falem lentamente, mas em português”. Avisou que será um maestro presente: “Estarei disponível 24 horas por dia”. Foi interpelado pela diretoria que alertou: “Maestro, eles podem acreditar!”, Gian Luigi, como prefere ser chamado, completou: “22, então, pois eu preciso de duas horas para descanso”. E isso parece ser um fato, pois Gian Luigi já sabe os nomes de todos os integrantes da orquestra, conversa e responde a todos os comentários do Facebook dos músicos, da diretoria e da assessoria de comunicação, fala com os jornalistas da cidade que já conhece e, em sua efetiva prontidão, chegou a conferir os originais desta edição com pequenas sugestões, mostrando que, se não é expert, ao menos sabe mexer em programas de edição. 5
A
paixonado pelo tango de Piazzolla, Gian Luigi, considerado pela crítica um dos grandes especialistas na obra do argentino, demonstra o mesmo apreço às composições do brasileiro Villa-Lobos (1887-1959) e exalta o legado de nomes como Ernesto Nazareth (18631934), Camargo Guarnieri (1907-1993), o argentino Alberto Ginastera (19161983) e outros. Para ele, existe ainda uma grande obra desconhecida – mesmo entre os nomes reverenciados nos programas de concertos – que é tão boa ou melhor do que o que se ouve nas salas eruditas do país. O maestro acredita que falta no repertório sinfônico muita música que não é famosa. “No meu país, o que falta é o Respighi desconhecido (Ottorino Respighi, compositor italiano, 1879-1936). Todo mundo executa os famosos três poemas de Respighi (As Fontes de Roma, Os Pinheiros de Roma, Festas Romanas). E Respighi é como VillaLobos, escreveu muitas partituras, mas as mais famosas são 30%. 70% são as melhores. O mesmo problema do Respighi é o de VillaLobos. Não sei o motivo”, analisa. Gian Luigi quer fazer um trabalho voltado à divulgação da obra nacional. “Cada país merece conhecer a música dos seus compositores. No caso do Brasil, temos Villa-Lobos, Camargo Guarnieri (1907-1993), Ernesto Nazareth (1863-1934) e outros. Isso é importante para o país. Isso é importante para mim. Há grandes compositores aqui”. 6
a EMI lançou o CD Villa-Lobos “Par lui-même”, com a Rádio Orquestral de Paris, contendo todas as Bachianas Brasileiras, choros, concertos para piano, duas sinfonias e poemas. “Uma revelação! A oportunidade de ouvi-lo falando sobre as obras, em francês nesta gravação de 1958, é especial”, diz o regente.
“O regente é uma pessoa comum que muda de função quando fica na frente da orquestra. Ao descer do pódio, é uma pessoa normal como todos os outros músicos.” A reverência a Villa-Lobos Para Villa-Lobos, Gian Luigi dispensa especial atenção. “Na minha opinião, fica em um nível superior do que Ginastera ou Piazzolla (1921-1992). Ele padronizou a tradição tribal, ancestral. O patrimônio de Villa-Lobos é ‘selvagem e erudito’ no mesmo momento. A orquestração de é refinada ao mesmo nível de Respighi ou Ravel (francês, 1875-1937). Gian Luigi discorre sobre a história da música lembrando que no século passado compositores famosos pela orquestração, “as cores da orquestra”, foram Respighi, Ravel, Puccini, Korsakov, Debussy. “E ninguém fala de Villa-Lobos, que tem o mesmo padrão de escritura orquestral, trabalha a simulação de sons da floresta, da gente, com a reprodução da atmosfera, as vozes de animais...”. E mais: “O gosto refinado de VillaLobos cria atmosferas geográficas, étnicas e o poema Amazonas é exemplo de uma obra-prima do repertório sinfônico pouco executada. Eu não sei o motivo”, questiona. Na Itália o descobrimento da música de Villa-Lobos se deu quando
A paixão por Piazzolla A experiência com a música de Piazzolla, para Gian Luigi, começou quando o argentino ainda era vivo. E foi em 1985 que o maestro de Roma regeu pela primeira vez um programa com a obra de Piazzolla, na Itália. “A má sorte do Piazzolla foi que a gente não foi capaz de entender o valor da mudança que ele fez na música. O tango contemporâneo foi considerado uma metástase do tango velho. Piazzolla, que foi estudante de tango no tempo de Carlos Gardel, mudou o valor genético do tango. O argentino Aníbal Troilo (1911-1975) foi uma ponte entre duas gerações do tango. Pertenceu à geração do Gardel. Piazzolla ficou no meio. Piazzolla jovem trabalhou como Gardel. O Piazzolla mais maduro trabalhou como Aníbal Troilo e foi o artífice responsável pelas transformações no tango. O paradoxo é que o tango foi música popular e, quando Piazzolla decide mudar a genética do tango, o ritmo torna-se música erudita e muda o nome para música popular de Buenos Aires porque é popular no nome e, no estilo, ritmicamente, melodicamente e estruturalmente é diferente”, explica o maestro
letras B-A-C-H (B é si; A é lá; C é dó; H é si bequadro).
em meio a pequenas pausas para compor o pensamento em português. Piazzolla para Gian Luigi também foi um etnomusicologista porque descobriu as tradições da milonga, dos ritmos do interior da Argentina, e criou o tango novo. “Mas a história da música é estranha porque Bartók (Béla Bartók, húngaro, 1881-1945) é muito mais considerado do que o Kodály (Zoltan Kodály, húngaro, 1882-1967), ambos no mesmo país, os dois etnomusicologistas”. O ritmo do tango de Piazzolla Chamam a atenção do maestro os detalhes das criações, além da técnica de composição. Gian Luigi explica: Piazzolla nasceu com um problema na perna. Tinha dificuldade em caminhar equilibrado. E a batida desigual das suas passadas foi a senha rítmica do tango erudito que ele desenvolveu. É o caso do compositor russo Rachmaninoff, que terminava as peças com a batida dó-dódódó – o mesmo ritmo da pronúncia da palavra rác-maninóf. O maestro lembra-se de Bach, outro que também tinha sua senha nas composições: Si bemol – lá – dó – si bequadro, que são as notas correspondentes às
A obra brasileira Falando sobre os compositores brasileiros e acrescentando, entre os já citados, o pianista, compositor, arranjador e maestro gaúcho Radamés Gnattali (1906-
coisas da música e da arte foram condicionadas pela presença da Igreja. A música popular é filha da música religiosa, da música modal. Aqui á musica popular é popular, nasceu como popular”. Uma operação interessante, na visão de Gian Luigi, é aquela dos compositores eruditos que buscam a tradição antiga, com cores diferentes e modernas para uma orquestra grande, e vão criar perpetuando a tradição. “O erro dos músicos seria renegar o coeficiente popular da música”. “Come si dice?” Como aprendeu em tão pouco tempo a conversar com razoável fluência o português?
1988), Gian Luigi diz que muitos deles foram uma ponte entre a música popular e a erudita. E valoriza especialmente o papel dos nomes que buscaram elementos na história, na cultura, na natureza ou nos cenários onde viveram para construir sua obra musical, trazendo a legitimidade do popular para as partituras eruditas. E explica que a música popular na Europa é filha do canto religioso gregoriano e da modalidade. A modalidade é mais antiga que a tonalidade, é mais velha, como o canto gregoriano. A música popular italiana, do centro da Europa, é filha da modalidade. “Um mistério!”. A música popular laica, profana, é filha da música sacra. “Nós temos a presença da Igreja e todas as
Em alguns momentos, olha e pergunta em bom italiano: “Come si dice?”. Mas não precisa tão bom ouvido para uma boa prosa em bom português com Gian Luigi. “Eu pedi à orquestra uma só ajuda: que todos falem em 7
português comigo”, deixa claro. Assim que comprou um computador, há alguns bons anos, por curiosidade, o maestro começou a procurar os Zampieri pela internet. Ficou curioso para descobrir a origem do nome e da família e se surpreendeu com os primeiros resultados de uma pesquisa no site de buscas Google. Ele já teve contatos com parentes com o mesmo nome Zampieri, que moram no Brasil. “Minha família é de Bologna, mas o sobrenome é de Vêneto, Ve n e z a , P á d o v a . E q u a n d o eu escrevi na internet vi que a maioria deles fica aqui, no Brasil. Descobri que no fim do século 19 muitos saíram da Itália e vieram
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para cá. Os Zampieri da Itália são grandes, claros. Agora eu estou em contato também com os Zampieri da Bolívia, que são totalmente diferentes. E todos eles me perguntam sobre a origem da nossa família porque pensam que eu sei por ser italiano”, conta em tom de prosa. O maestro acredita que a maioria dos Zampieri é brasileira, com pequeno percentual uruguaio e argentino. “Eu precisava ter contato com eles. Eu sabia escrever italiano em ou inglês. Eles escreviam em português. A gramática italiana e portuguesa são parecidas em alguns lugares”, diz Gigi (com pronúncia gígi), conforme chamado por amigos próximos e familiares na Itália.
O papel do regente Qual é o papel do maestro frente à orquestra? Gian Luigi filosofa para responder. “A regência é codificada no ritual antigo pagão e na tragédia grega. Esquilo e Sófocles foram os “inventores” do regente, que tem a função de um sacerdote, de um “hypocrites” (ou mistificador sacral). É um ritual escrito na partitura. O regente é um instrumento anímico. E vai tentar destacar a verdade da partitura. Não há regente se não há orquestra. No mais, ele é uma pessoa comum que muda de função quando fica na frente da orquestra. Após a última nota, o regente é uma pessoa normal como todos os músicos.
Comunicação
OSRP no universo das redes sociais Músicos também fazem as redes sociais da Sinfônica de Ribeirão Preto, onde se pode encontrar informações atuais e muita história
A
violinista Mariya Krastanova criou uma página para a OSRP no site de relacionamentos Facebook para divulgar a orquestra. O violinista Denis Usov publica vídeos dos concertos da Sinfônica de Ribeirao no You Tube. A pesquisadora Gisele Haddad alimenta o blog do Arquivo Histórico e a Assessoria de Comunicação da orquestra é responsável pelo conteúdo do site oficial, e dos blogs, incluindo o da Escola de Canto Coral e dos sócios, além do Twitter recém-lançado. “Percebemos que muito conteúdo de valor vinha sendo produzido pelos músicos espontaneamente. Achamos importante ‘oficializar’ o canal do You Tube, que traz boa parte da história recente dos concertos, e o Facebook, que faz o papel de relacionamento com o público conectado na internet”, explica Dulce Neves, vice-presidente da Sinfônica. Neste cenário, a Assessoria de Comunicação da OSRP criou três blogs com conteúdo dirigido – para sócios, para o Arquivo Histórico e outro para a Escola de Canto Coral. “Os blogs surgiram em 2010 pela
necessidade de otimizar o fluxo de informações e concentrá-las em canais específicos”, explica Blanche Amancio, da Assessoria de Comunicação. E mais recentemente foi aberta a conta da OSRP no Twitter. Gisele Haddad “ Recebo elogios de profissionais que vivem no Canadá cumprimentando o trabalho de divulgação da história da Orquestra.”
Snizhana Drahan “É muito importante que a Escola e os coros tenham uma página virtual para divulgar informações úteis e aproximar as pessoas do canto lírico.”
Denis Usov “Gravo os ensaios da OSRP para o caso de precisar ‘limpar’ algum som indesejado, afinal a gravação é ao vivo.”
Mariya Krastanova “Percebi que a OSRP não tinha sua própria página no site; então resolvi criar e convidei os meus colegas para acompanharem as notícias.”
ACOMPANHE A OSRP www.osrp.org.br http://www.facebook.com/OSRP.br https://twitter.com/#!/OSRP http://www.youtube.com/denisusov http://osrpcoral.blogspot.com http://socioosrp.blogspot.com http://arquivohistorico.blogspot.com 9
Mariya Krastanova faz atualizações no Facebook da OSRP
Facebook Violinista búlgara é responsável pelo Facebook Mariya Krastanova é búlgara e está na OSRP desde 2007. Conectada às redes sociais, além de seu próprio perfil, não poderia deixar de criar a página da orquestra. “Estava fazendo minha página no Facebook e, quando preenchi as informações de trabalho, percebi que a Orquestra não tinha sua própria página no site; então resolvi criar e convidei os meus colegas para acompanharem as notícias”. Aos poucos, admiradores começaram a seguir a rede. “Muitas pessoas não têm acesso às informações de cultura e as redes sociais fazem parte do cotidiano de muita gente. Assim, essas pessoas passam a conhecer nosso trabalho e vir até nós”, explica a violinista. Mariya atualiza diariamente o Facebook com fotos dos concertos, informações sobre apresentações da orquestra ou coro, recados e lembretes aos músicos, além de acontecimentos cotidianos da 10
sinfônica, como músicos premiados. Muitas pessoas solicitam informações pelo Facebook. “Um senhor disse que sonha ver seu pequeno filho na OSRP e perguntou o que o menino deve fazer. Eu disse que procurasse um professor, desse um firme apoio familiar e que esperasse alguns anos. Afinal, jovens dedicados e apaixonados pela música, sempre têm lugar”. Mariya responde a todos os elogios, dúvidas e informações que pode dar. “Embora dê um pouco de trabalho e precise de muita dedicação, estou achando bastante divertida essa interação entre o público, os músicos e a música erudita”.
You Tube A OSRP também possui 119 vídeos de concertos no You Tube, canal que contabiliza mais de 32.300 visitas. O violinista russo Denis Usov é quem filma, edita e posta na web. A partir de 2009, Usov começou a captar as imagens em alta resolução e desde então os vídeos estão disponíveis em Full HD.
Apaixonado por filmagens, o responsável pelo canal do You Tube passa muitas horas na frente do monitor de seu computador para editar os concertos. O cuidado com a finalização do trabalho chega ao extremo. “Muitas vezes gravo os ensaios da Orquestra para o caso de precisar ‘limpar’ algum som indesejado da gravação do concerto que é apresentado ao público. É o caso de conversas perto da câmera,
barulho de sapatos, tosses, afinal a gravação é ao vivo”, explica. Além das filmagens que são publicadas no You Tube, ele também grava DVDs dos concertos contendo ficha técnica completa com fotos e currículos de maestros e solistas e outras informações sobre cada concerto. O violinista convive com as câmeras desde que nasceu vendo o pai com uma antiga filmadora nas mãos registrava, ainda em preto e branco, tudo o que lhe parecia interessante durante a infância do menino na Moldávia, país hoje independente e que fazia parte da antiga União Soviética.
Twitter Há um mês, a OSRP entrou no universo do microblog e atualiza diariamente sua página no Twitter. No endereço, são postadas notícias curtas sobre concertos, solistas, vagas para coro, audição para músicos e curiosidades como
VÍDEOS MAIS ACESSADOS ♫♫ 4.343 exibições Concerto para Violino e Orquestra, I Movimento, de Tchaikovsky, solista Nicolas Koeckert. http://www.youtube.com/watch?v=4y4v69aPJ9c ♫♫ 1.598 exibições Concerto para Violino, Piano e Orquestra, de Mendelssohn http://www.youtube.com/watch?v=GeKxZ_ZIe8M ♫♫ 1.432 exibições Introdução e Rondo, de Saint Saëns http://www.youtube.com/watch?v=l736_27hSC8
a comemoração da ucraniana Snizhana Drahan, regente do coro, que acaba de tornar-se mais uma cidadã brasileira. “Informar, por exemplo, que neste momento a OSRP faz seu primeiro ensaio do ano, é uma forma de levar a orquestra para bem perto do público”, diz a assessora de comunicação Blanche Amancio, que conta com o trabalho da assistente
Denis Usov edita os vídeos dos concertos da Orquestra
de comunicação Bruna Zanuto para a definição da estratégia das redes sociais para a orquestra, linguagem, interatividade entre as redes, coerência na linguagem, adequação dos assuntos para cada uma delas e análise de resultados. “Achamos importante divulgar a Orquestra em todos os meios virtuais disponíveis para que as informações cheguem a toda a comunidade que pode se aproximar deste universo que é a Sinfônica de Ribeirão”, diz Bruna. 11
Arquivo Histórico A musicista Gisele Haddad já postou no blog do Arquivo Histórico vários artigos sobre a vida da OSRP. Para os curiosos ou estudiosos, o endereço tem a linha do tempo, desde 1938 até hoje, com os principais acontecimentos e fatos curiosos da orquestra, além de uma área de fotos históricas, outra de programas de concertos, que já apresenta as imagens dos 100 primeiros programas executados pela Sinfônica, e, ainda, um espaço para mostrar notícias publicadas ao longo desta história pela imprensa. “A cada novidade, ou fato revelado através de documentos e outras fontes, o blog vai completando as peças de um grande quebracabeça e permitindo reconstruir uma história recente que tem importância significativa vida da cidade”, diz Gisele Haddad. Ela é autora do livro “Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto – Representações e Significado Social” (coleção Nossa História da Secretaria Municipal da Cultura) e sonha em fazer com que o blog seja cada vez mais acessado por pesquisadores. “Ele também deve fazer o papel de conquistar simpatia da população para que doe documentos como recortes de jornais, manuscritos, fotos ou qualquer objeto que revele algo sobre a vida da OSRP”, ressalta Dulce Neves. Com seis meses de vida e ainda sem divulgação, o blog já recebeu mais de 3.400 visitas. “Também recebo elogios de profissionais que 12
Gisele Haddad atualiza o blog Arquivo Histórico
vivem no Canadá cumprimentando o trabalho de divulgação da história da Orquestra”, comemora Gisele.
Canto Coral A Escola de Canto Coral (ECC) tem cerca de 120 alunos, entre crianças, jovens e adultos, e mantém três coros: Coro Lírico, Coro de Câmara e Coro Juvenil. Com o aumento do número de coralistas houve a necessidade de criar um blog para postar as
Snizhana Drahan, regentetitular do Coro OSRP
notícias, fotos das apresentações e informações úteis para o coro e para quem se interessa pelo canto coral. O blog da ECC também traz exercícios para quem quer aquecer e aprimorar a voz, além de divulgar notas dos concertos apresentados
pela OSRP. Recentemente, o blog ganhou um novo espaço que vai publicar curiosidades sobre canto, voz e coros. “É muito importante que a Escola e os coros tenham uma página virtual para divulgar informações úteis e aproximar as pessoas do canto lírico”, explica a regente do coro Snizhana Drahan. No blog tem informações sobre os três coros da OSRP, a lista com o nome de todos os coralistas e o currículo da regente Snizhana, que é formada em Regência Coral pela Academia Nacional de Música da Ucrânia, mestre em Musicologia e doutoranda pela ECA-USP. Na Ucrânia, foi regente do Coral Infantil da Igreja
Ortodoxa e do Grande Coro Infantil da Fábrica de Aviões Antonov. Foi professora de Regência Coral da Faculdade de Música da Universidade de Pedagogia (Ucrânia), onde trabalhou até vir para o Brasil.
Sócios na rede “A orquestra é importantíssima para a cidade. É uma referência cultural que devemos incentivar e com a qual devemos colaborar. É um grande bem de produção e consumo cultural. Uma cidade como Ribeirão Preto precisa muito descobrir novos valores e a Orquestra é um dos caminhos para isso”, escreveu
Carmen Cagno para o blog dos sócios da orquestra. No endereço há informações para os interessados em patrocinar a Sinfônica de Ribeirão e também uma detalhada entrevista com o tributarista Aguinaldo Biffi sobre as leis de incentivo à cultura, especialmente Lei Rouanet. O blog lista o nome de todos os sócios e disponibiliza fichas de inscrição para novos sócios.
RENOVAR É DE NOSSA NATUREZA
AMBIENT - QUALIDADE DE VIDA AO ALCANCE DA POPULAÇÃO A Ambient é a concessionária responsável pelos serviços públicos de tratamento e destino final dos esgotos sanitários da cidade de Ribeirão Preto. Além da construção e operação de duas Estações de Tratamento de Esgotos, seus investimentos, que chegam a R$ 140 milhões, possibilitaram a construção de duas estações elevatórias e 72 km de interceptores. Em 2009, o município atingiu a marca de 98% do seu esgoto coletado e tratado, fazendo de Ribeirão Preto a primeira cidade do país com mais de 600 mil habitantes a conseguir este índice de tratamento. O projeto ainda conta com um sistema de geração de energia elétrica através do biogás com capacidade de gerar aproximadamente 14.000 kwh/dia. Ou seja, a Ambient oferece toda tecnologia e infraestrutura necessárias para gerar mais qualidade de vida para a população. Tudo isso, com muito respeito ao meio ambiente. 13
Educação
Conquistas Educacionais na OSRP
O
s projetos sociais na área da música vêm crescendo de maneira significativa em todo o país, organizados pelo próprio Estado, empresas, igrejas e até mesmo por educadores autônomos. A música tem alcançado crianças e adolescentes de diversas classes sociais. Na cidade de Sertãozinho, região de Ribeirão Preto, a Instituição Aparecido Savegnago vem sendo responsável por um trabalho de educação musical e social desde 2008. Em parceria com a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, as famílias, as escolas da rede pública da cidade e empresas colaboradoras, a Instituição Aparecido Savegnago cada vez mais fortalece o trabalho proporcionando às crianças um modo humano de aprender e fazer arte. Os cursos oferecidos são gratuitos, incluindo todo o material didático. Artes visuais, inglês, informática, oficinas de literatura e música são algumas das opções oferecidas com disciplinas m i n i st ra d a s p o r p ro f i s s i o n a i s altamente qualificados. Desde 2008, no que diz respeito à música, a Instituição tem desenvolvido um trabalho significativo na área de instrumentos de cordas e canto coral. Em 2011, o curso de música teve início com novas vagas para instrumentos de sopros e madeiras, sendo que alguns dos alunos recentemente inscritos já fazem parte da orquestra jovem. Os alunos de música dedicamse de três a quatro dias da semana em diferentes disciplinas que são oferecidas, além das horas diárias de estudo em casa. A interação entre os professores, quanto à unidade do trabalho, tem sido um dos segredos para a obtenção de resultados substanciais. O concerto de encerramento das atividades do primeiro semestre de 2011 foi realizado no Auditório da 14
Instituição Aparecido Savegnago no dia 29 de junho para as famílias e associados. A apresentação contou com a participação da solista Larissa Januário dos Santos, de 9 anos, aluna de violino há três. A proposta pedagógica apresentada naquele concerto consistia na construção de um novo conceito de interpretação musical a partir das artes visuais. A s p a i s a g e n s d e Pa u l S i g n a c (1863-1935), bem como o gênero sacro das pinturas de Rembrandt (1606-1669), foram apresentados pelos professores de orquestra, proporcionando aos alunos uma nova leitura para o repertório musical. As pinceladas imprecisas do impressionismo suscitaram nas crianças a possibilidade de usar golpes de arco que pudessem ilustrar o cenário apreciado. O elemento contrastante da obra de Rembrandt despertou entre os alunos-músicos um rico diálogo a respeito das dinâmicas e dos contrastes timbrísticos possíveis de se realizar em música. N o ú l t i m o J u v e n t u d e Te m Concerto de 2011, as crianças da Instituição dividiram o palco com a solista Carolina Braga, aluna da USP, e a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto num belíssimo concerto. Além do resultado deste trabalho entre música e artes visuais, as obras que foram apresentadas nesse domingo são frutos de um trabalho colaborativo entre todos os professores de música da Instituição.
A proposta pedagógica mediadora do semestre consistiu no estudo biográfico do compositor Ludwig van Beethoven (1770-1827). Todas as disciplinas tiveram como ponto central desvelar as singularidades desse grande ícone da história da música, bem como os gêneros e estilos que constituíram sua época. O compositor e coordenador pedagógico Lucas Galon compôs uma peça didática em forma sonata (estrutura composicional típica do período clássico-romântico) para o exercício da orquestra, de modo que a execução pudesse enriquecer o processo pedagógico. A fim de que os alunos pudessem participar como coautores da obra, o compositor Galon deixou o título e o desenvolvimento – parte central deste gênero composicional – da forma sonata a cargo dos alunos. O resultado desta parceria co m p o s i c i o n a l fo i m u i to b e m recebido pela plateia presente no Theatro Pedro II. Além de apresentarem o tema da Nona Sinfonia (arranjo do professor Guilherme Carvalho) e Ecossaisse, de Beethoven, a orquestra também executou Happy Blues de Robert Frost com a participação especial dos professores Naber de Mesquita, Vanderlei Henrique, Hugo Novaes e dos convidados Ricardo Bechara, Marília Belelli e Saimonton Reis. O trabalho desses jovens artistas mais uma vez se concretiza com muito entusiasmo e dedicação. Parabéns alunos!
Por Sara Cesca: graduada em Música pela ECAUSP de Ribeirão Preto e professora da Itnstituição Aparecido Savegnago. Especialista em Arteeducação pela Universidade de Brasília. Tem publicado artigos em revistas científicas da área de educação musical. sara.cesca@gmail.com
Arquivo Histórico
Resgate de uma história N
a madrugada do dia 2 de dezembro de 2011, faleceu, aos 60 anos, Henrique Bartsch, neto de Marx Bartsch (este, fundador e primeiro presidente da OSRP) e autor da biografia “Rita Lee mora ao lado”. Em maio de 2008, Henrique publicou um artigo na revista Movimento Vivace por ocasião das festividades dos 70 anos da OSRP, onde retratou a vinda da família Bartsch para o Brasil e a trajetória profissional de seu avô. Henrique também foi colaborador do Arquivo Histórico doando em maio de 2011 as fotos abaixo, com a seguinte descrição: “Eu e o Marx, no quintal de casa, e o casamento do Adolpho, o filho mais novo, em Campinas, com todos os filhos e seus cônjuges...”. Em um dos e-mails que trocamos, escrevemos sobre quantos documentos e fotos são guardados pelas famílias de Ribeirão Preto, à disposição dos herdeiros, que talvez desconheçam o valor do material e o acabam descartando. Neles, Henrique disse: “...concordo plenamente que a história está nos álbuns de família, sempre com o risco de `bem, agora que seu avô se foi, vamos nos livrar daquela papelada velha que ele juntava´... e o destino está nas mãos de sua abnegação em preservar a história”. O Arquivo Histórico da OSRP classificou e digitalizou muitas reportagens sobre a história da
orquestra e solicita à população que contribua com doação de material ou empréstimo para que possamos digitalizar e completar as lacunas, fazendo, assim, nosso papel de manter viva a nossa história.
As fotos abaixo foram doadas ao Arquivo Histórico da OSRP pelo sócio Maurício Rodrigues em 22 de novembro de 2011. São fotos do maestro Isaac Karabtchevsky regendo a OSRP em 1981. Na época, o maestro-titular da orquestra era Lutero Rodrigues, que também aparece nas fotos. O concerto foi realizado em palco montado na esplanada do Theatro Pedro II, em protesto ao descaso com o mesmo, após incêndio ocorrido em 15 de julho de 1980. Essa foi a primeira manifestação artística contra a situação de abandono em que o Theatro se encontrava, que seguida de outras, resultou em 1996 na reinauguração da casa de espetáculos. Na quarta foto, discursa o gerente da Antárctica, então dona do prédio, e à sua direita está Antônio Duarte Nogueira, o prefeito da época.
Para doações ou empréstimo de materiais históricos para cópias, entre em contato pelo e-mail: arquivohistorico@osrp.org.br Conheça nosso blog: www.arquivohistorico.blogspot.com
Por Gisele Laura Haddad: mestre em Música pelo Instituto de Artes da Unesp/SP. Formada em Piano Popular pelo Centro de Estudos Musicais Tom Jobim/SP. É professora no curso de Licenciatura Plena em Música da Universidade de Ribeirão Preto/Unaerp e responsável pela pesquisa, recuperação, limpeza e organização do acervo do Arquivo Histórico da OSRP. arquivohistorico@osrp.org.br 15
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Circuito Musical
Dia 3/12
OSRP faz concerto ao ar livre em Cosmópolis Sob a regência do maestro Cláudio Cruz, a OSRP se apresenta ao ar livre em Cosmópolis-SP, na Praça do Rodrigo. Peças de Rossini, Brahms, Mascagni, Dvořák e Carlos Gomes são apresentadas. Plateia da OSRP, em Cosmópolis
Dia 4/12
Paulínia tem concerto da OSRP Concerto ao ar livre encanta plateia em Paulínia-SP, no Parque Zeca Malavazzi. Palco montado em meio às arvores proporciona um belo espetáculo de música erudita.
Concerto na manhã de domingo
Dia 5/12
Violoncelista Mônica Picaço (no destaque)
Dia 10/12
São Carlos aplaude OSRP
Shopping de Jaú recebe camerata da OSRP Camerata da OSRP se apresenta no Jáu Shopping Center, com patrocínio da OHL. Visitantes assistem à apresentação de músicas clássicas e natalinas, apresentadas pela OSRP.
Com o patrocínio da OHL, a OSRP se apresenta na Praça do Comércio em São Carlos-SP, sob a regência do maestro-assistente Reginaldo Nascimento.t
Dia 12/12
Orquestra se apresenta em Araraquara A apresentação conta com peças de Mozart, Beethoven, Bach e outros
A OSRP se apresenta no Teatro Municipal de Araraquara-SP, com o patrocínio da OHL.
OSRP se apresenta com solo de Carolina
Visitantes observam a camerata
Pianista Carolina Braga
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Jingle Bells, na voz da solista Milena Souza, arranca longo aplauso da plateia
Regente do Coro Snizhana Drahan
Dia 17/12
Concerto de Natal lota galerias do Theatro Pedro II Galerias do Theatro Pedro II ficam lotadas
A apresentação traz 14 canções de Natal, sendo que 11 destas estão no CD “Clássicos Natalinos”, gravado pela OSRP e Coro, lançado durante o tradicional Concerto de Natal, encanta a plateia e lota o Pedro II. O concerto de número 1.199 tem a participação do Coro Lírico da OSRP, com as solistas Carla Barreto (soprano), Cristina Modé (mezzo-soprano), Renata Ferrari (soprano), Milena Souza (mezzo-soprano), Snizhana Drahan (soprano e regente do coro) e Andrea Reis (mezzo-soprano), Coro Infanto-Juvenil. O espetáculo traz também as solistas juvenis Tâmisa Lanzarin, Julia Fazolino e Sofia Dragan e a participação especial de Julia Maria Santos, 5 anos, interpretando Papai Noel. Este concerto é o último da temporada Cláudio Cruz como regente-titular da OSRP. Todas as fotos do espetáculo estão disponíveis no Facebook da OSRP: www.facebook. com/OSRP.br.
Cláudio Cruz recebe homenagem da diretoria da OSRP
Solistas juvenis
Concerto de Natal tem “chuva de neve”
Dulce Neves, Cláudio Cruz e Tâmisa Lanzarin
Solistas adultas
Cláudio Cruz e Décio A. Gonzalez
Maestro recebe solistas no camarim
Jornalista Carmen Maria Luiza e José Arnaldo Cagno Cione
Parceiros do Concerto de Natal
Salão de Beleza Tony e Jânio 18
O violinista Marcelo Soares, os trompetistas Naber de Mesquita e Alessandro da Costa, o timpanista Luiz Fernando Teixeira Junior e o oboísta Rodrigo Alves da Silva apresentam solos no Concerto de Natal. A apresentação também conta com a presença da prefeita Dárcy Vera que entrega flores ao maestro Cláudio Cruz e as solistas do espetáculo. Solo de Naber de Mesquisa na música Jingle Bells
Prefeita Dárcy Vera entrega flores para maestro e solistas
Participação do Coro Lírico da OSRP
Solistas Cristina Modé, Snizhana Drahan e Milena Souza
Última concerto de Cláudio Cruz, como regente-titular da OSRP
Coro Juvenil entra no palco
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Dia 18/12
OSRP apresenta Juventude Tem Concerto especial A edição especial do Juventude Tem Concerto de dezembro comemora o concerto oficial de número 1.200 da OSRP. A apresentação traz o Concerto n°2 para Piano e Orquestra, de Dmitri Shostakovitch, sob a regência de Reginaldo Nascimento e com solo da pianista Carolina Braga. Na segunda parte, o violista da OSRP Guilherme de Carvalho rege a orquestra e o coro dos alunos da Instituição Aparecido Savegnago de Sertãozinho-SP que apresenta
Vanderlei Henrique e alunos ensaiando
Chalin e Shirley Savegnago são homenageados
Chalim Savegnago recebe os cumprimentos de Guilherme
Snizhana rege coros da OSRP e Instituição
Cristiane Bezerra e Dulce Neves parabenizam o maestro pelo seu aniversário
Sob a regência de Reginaldo Nascimento, OSRP comemora 1.200 concertos
Guilherme rege orquestra infantil
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clássicos da música erudita e natalina. E a regente Snizhana Drahan rege o Coro Juvenil da OSRP e da Instituição Aparecido Savegnago. A série Juventude Tem Concerto, patrocinada há 15 anos pela Telefonica, também conta com a participação do Coro InfantoJuvenil da Escola de Canto Coral da OSRP e Coro Projeto Tocando a Vida, lançado ano passado no conjunto habitacional João Rossi, com patrocínio do RibeirãoShopping.
Coro da Instituição Aparecido Savegnago
Estreia de Henrique, filho do violista Guilherme de Carvalho
Coro Juvenil da Escola de Canto Coral da OSRP
Pianista Carolina Braga
Coral Raizes de Guaíra-SP marcou presença no JTC
Solistas Mariana e Dalton do Coro da Instituição Aparecido Savegnago
Lucas Galon apresenta proposta pedagógica do concerto
Guilherme de Carvalho rege concerto da Instituição Aparecido Savegnago - seu filho, Henrique, estreia no Pedro II.
Chalim e Shirley Savegnago com Lucas Galon
Alunos de Vanderlei Henrique
Sara Cesca e alunos da Instituição Aparecido Savegnago Violinista Anderson Oliveira e alunos
Violoncelista Richard Gonçalves ao lado de seus alunos
Alunos do violinista Hugo Novaes
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Atendimento integrado, qualificação humana e investimento tecnológico. Em outras palavras: o hospital mais completo de Ribeirão Preto. Considerado um dos hospitais mais bem equipados do país, o Hospital São Francisco é um complexo hospitalar modelo, onde a tecnologia está aliada ao humanismo e à inovação. O nível internacional de sua estrutura possibilita a realização anual de mais de 1.000 procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e faz dele o maior hospital privado de Ribeirão Preto e região. Com alto padrão de hotelaria, o Hospital São Francisco também se destaca pela atualização constante de sua equipe e pela qualificação de seu corpo clínico, com médicos que atuam nas mais diversas especialidades. São mais de 66 anos cuidando de pessoas, antecipando tecnologias e buscando novas formas de oferecer a mesma excelência de sempre.
167 Leitos 18 Salas Cirúrgicas 30 Leitos de Terapia Intensiva 5 Leitos de Cuidados Especiais Hemodinâmica Prontuário Informatizado Hospital-Dia
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Centro Avançado de Diagnóstico por Imagem Unidade de Oncologia Clínica Unidade de Emergência com Plantão em Neurologia Centro de Hemodiálise Centro de Radioterapia
Centro de Negócios: 16 2138.3234 / 2138.3285 www.saofrancisco.com.br
Dia 18/12
Concerto Hospital São Francisco é regido por Gian Luigi Zampieri Em uma apresentação fechada aos convidados do Hospital São Francisco Clínicas no Theatro Pedro II, o maestro italiano Gian Luigi Zampieri rege a OSRP. Com solos da esposa do maestro e Gian Luigi e no destaque Estera violinista Estera Kawula e das coralistas Carla Barreto, Cristina Modé, Renata Ferrari, Milena Souza, Snizhana Drahan e Andrea Reis, a orquestra apresenta clássicos de músicas natalinas de vários países. A apresentação também conta com a participação do Coro Lírico da OSRP.
Solistas juvenis
Solo de Estera Kawula
Renata Ferrari, Carla Barreto e Snizhana Drahan
Mezzo-soprano Milena Souza
Mezzo-soprano Andrea Reis
Dia 18/12
Coro OSRP e Orquestra Sinfônica de Franca se apresentam na Catedral Metropolitana O Coro Lírico da OSRP e a Orquestra Sinfônica de Franca (OSF) apresentam na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto vários clássicos de músicas eruditas e natalinas. Sob a regência do maestro da OSF, Nazir Bittar, e da regente do Coro da ECC, Snizhana Drahan, os coralistas Wladimyr Carvalho, Carla Barreto, Cristina Modé, Priscila Cubero, João Carlos e Thiago Garofalo apresentam solos de obras de Schubert, Bach, Mozart, Mascagni, Gruber, entre outros nomes. Snizhana Drahan rege o Coro da OSRP
Maestro Nazir Bittar fala com a plateia
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Marcelo Soares e Gian Luigi
Dia 20/12
OSRP realiza concerto aberto no Theatro Pedro II Na tarde de terça-feira, há cinco dias do Natal, a OSRP faz um concerto gratuito, às 17h, aberto ao público. A orquestra foi regida pelo maestro italiano Gian Luigi Zampieri que interage com o público e fala sobre as peças apresentadas. O maestro elogia a plateia vespertina em seu idioma de origem: “Poco, ma buono”.
Violinista Illia Iliev
Violinista Estera Kawula
Dia 22/12
Violinista Giliard Reis
Violinista Carlos Santos
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Violoncelista Silvana Rangel
Violoncelista Mônica Picaço
Coro da OSRP na Catedral de Franca
O concerto de natal na Catedral Nossa Senhora da Conceição de Franca conta com a participação do Coro da OSRP e da Orquestra Sinfônica de Franca (OSF). S e i s s o l i sta s a p re s e n ta m n o ve p e ç a s d e compositores renomados, como Schubert, Mozart, Mascagni, e vários outros nomes.
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Social
Mais de 12 mil pessoas aplaudem Juventude Tem Concerto em 2011
M
úsica para crianças e jovens com objetivo de formar plateia, despertar para o mundo erudito, levar a orquestra a públicos de várias origens, formações e idades. Este é o papel que vem cumprindo o projeto Juventude Tem Concerto, que em 2011 completou 15 anos de uma parceria especial entre OSRP e Telefonica e recebeu mais de 12 mil pessoas em 10 concertos realizados de fevereiro a dezembro. As manhãs de domingo com o Theatro Pedro II de portas abertas, têm atraído para os concertos mensais e gratuitos do “Juventude”, como também é conhecido, creches, escolas de música, hospitais psiquiátricos, projetos de inclusão de crianças e jovens, famílias inteiras. Durante a temporada 2011, o teatro lotou com espetáculos. No Juventude Tem Concerto, o público não só aplaude e pede o bis, mas também, pede a palavra e cria junto com a Orquestra um grande espetáculo de cultura, educação e arte.
de Ribeirão Preto, como Richard Gonçalves e Mariya Krastanova, e músicos renomados no cenário internacional como o violinista alemão Nicolas Koeckert, o premiado violinista Djavan Caetano, os pianistas franceses Alexandra Lescure e Nicolas Bourdoncle e outros. A série também traz surpresas ao público como o concerto especial do Dia das Mães, concerto de aniversário Dulce Neves de Ribeirão Preto e concerto de Natal. E ainda foi no Juventude Tem Concerto a primeira apresentação da ópera La Bohème, que estreou em de saúde interessados em promover março de 2011. qualidade de vida aos pacientes, famílias “Para a temporada 2012, também que buscam programas de lazer, jovens que querem conhecer a orquestra, teremos concertos especiais e prévias de grandes espetáculos”, estudantes de música e outros – o adianta Dulce Neves. que mostra que o efetivo papel do Instituições de ensino, de saúde, projeto junto à comunidade vai além de sua proposta e extrapola muros, pois coros, escolas e estudantes, grupos de jovens ou adultos em geral podem caravanas de toda a região se inscrevem agendar antecipadamente a presença para acompanhar os concertos”. nos concertos pelo telefone (16) 3610Os concertos da temporada de 8932, na secretaria da OSRP. 2011 levaram ao palco jovens solistas Segundo a vice-presidente da OSRP, Dulce Neves, “os concertos interativos conquistaram educadores, pais que veem nas apresentações oportunidade de mostrar o erudito desde cedo aos filhos de forma lúdica, profissionais
“O efetivo papel do projeto junto à comunidade vai além de sua proposta e extrapola muros.”
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Notas
Regente do coro da OSRP torna-se cidadã brasileira
A
ucraniana Snizhana Drahan, clarinetista da OSRP, desembarcou regente do Coro da Orquestra em solo brasileiro. Com 24 anos quando pisou no Sinfônica de Ribeirão Preto (OSRP) e responsável pela Escola de Canto Coral país pela primeira vez, Sni tinha (ECC), acaba de receber a cidadania sua primeira filha com um ano, Sofia Dragan. Três brasileira. A n o v i d a d e fo i anos mais tarde c h e g o u C a te r i n a , publicada no Diário Oficial da esta brasileira. Hoje as meninas já União no dia 15 de dezembro s ã o a d o l e s c e nte s com 14 e 10 anos, de 2011, mas Snizhana Drahan no dia 06 de respectivamente, e
“Agora, vocês não podem mais me chamar de ucraniana, o país ganhou mais uma brasileira.”
fevereiro, teve acesso à informação. Snizhana, chamada carinhosamente pelos amigos de Sni, está no Brasil desde junho de 1999. Ela veio para o país seis meses depois que seu marido Bogdan Dragan,
já seguem os passos da mãe: as duas participam do Coro Juvenil da OSRP. A regente diz eufórica: “Agora, vocês não podem mais me chamar de ucraniana, o país ganhou mais uma brasileira”.
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Richard Gonçalves leva dois prêmios em BH
R
ichard Gonçalves, violoncelista da OSRP, é um dos selecionados do Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) 2012, modalidade instrumentista. O chefe de naipe da Orquestra, foi classificado em duas categorias: Melhor Músico de Cordas e Melhor Músico do Concurso. O concurso foi realizado em Belo Horizonte (MG) nos dias 11 e 12 de fevereiro e participaram jovens instrumentistas de todo o Brasil. Participaram deste concurso cerca de 70 músicos. Richard concorreu ao prêmio com o “Concerto de Kabalevsky para Cello e Orquestra” e o “Prelúdio da Segunda Suíte”, de Bach. O violoncelista ficou sabendo do resultado no dia 12 pelo maestro Roberto Tibiriça, que também compôs a banca dos jurados. Tibiriça é o regente-titular da OSMG, esteve em Lisboa, Portugal,
Veículo de divulgação
oficial da OSRP
- Distribuição
gratuita - Ano
IV - n°38 - Dezembro
- 2011
2011 1
A
revista Movimento Vivace da OSRP completa neste mês quatro anos de circulação. Criada em março de 2008, a Vivace já está na sua 39° edição e traz mensalmente notícias sobre a Sinfônica e a história da música em Ribeirão Preto. As mais recentes edições passaram a publicar programas de concertos, informações técnicas e históricas sobre os programas das séries Concertos Internacionais e Juventude Tem Concerto, que são apresentados mensalmente no Theatro Pedro II. Há um ano, a revista vem passando por reforma no projeto gráfico - conferindo um visual mais leve - e também no projeto editorial - a publicação tem novas colunas que objetivam falar mais sobre os bastidores 28
como regente-assistente do Teatro Nacional de S. Carlos, recebeu o prêmio de Melhor Regente Orquestral e o Prêmio Lei Sarney. Em 1995 foi eleito pela crítica especializada do Rio de Janeiro como o Músico de Ano e recebeu do Governo do Estado do Rio de Janeiro o Prêmio Estácio de Sá, pelo seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira. A entrega do prêmio será no dia 26 de março. Richard Gonçalves Foi integrante da Orquestra Experimental de Repertório de São Paulo e músico convidado das orquestras Filarmônica de São Bernardo do Campo e Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP). Em 2008 participou da Ensemble Orquestra de São Paulo e esteve em turnê com a Orquestra das Américas. Esteve nos festivais de Campos do Jordão-SP e de
Santa Catarina-SC, e nos festivais de música de câmara em Prados-MG e em Águas de Lindóia-SP. Em 2009, participou da Oferenda Musical em São Paulo como jovem artista residente. Em 2009, solou o “Concerto de Lalo”, de Edouard Lalo com a OSRP. No mesmo ano, executou, com Daniel Guedes e Antônio Del Claro, o “Quinteto”, de Robert Schumann, no Festival de Jaraguá do Sul-SC. Em 2010, solou o “Concerto de Haydn em Dó Maior” com a OSRP e com a Orquestra do Festival de Prados.
Revista Movimento Vivace comemora quatro anos de uma orquestra, como o Arquivo Histórico, que guarda documentos raros, o Arquivo Musical, que tem papel essencial na rotina de uma orquestra, a Escola de Canto Coral, que tem intensificado seus projetos de formação de cantores e apresentações, e mesmo as particularidades dos músicos, como prêmios conquistados, turnês etc. Durante 2011, foram capas assuntos como a contratação do maestroassistente, a Escola de Canto Coral (ECC) que forma novos talentos, o aniversário de 73 anos da OSRP, o projeto da Instituição Aparecido Savegnago, história de sócios, admiradores e músicos da Sinfônica, o aniversário de 81 anos do Theatro Pedro II, a despedida do maestro-titular e o balanço de 2011.
A Movimento Vivace tem como editoras as jornalistas Blanche Amancio e Daniela Antunes, responsáveis pela concepção do atual projeto, e conta com o trabalho da assistente de comunicação Bruna Zanuto em todo o processo de produção de cada edição. O trabalho de pesquisa histórica é feito pela responsável pelo Arquivo Histórico da OSRP, Gisele Haddad, e as notas de concerto são produzidas por Dario Gonçalves da Silva, graduando do curso de bacharel em Piano da USRPRibeirão Preto e pesquisador (bolsista PIBIC/CNPq) na área de performance e práticas interpretativas, com foco nas obras pós-modernas para piano do compositor brasileiro Almeida Prado. Desde novembro de 2011, as edições estão disponíveis no site da OSRP.
Notas de Concerto
Concertos Internacionais Tu che di gel sei cinta (Turandot), Donde lieta (La Bohème), Che tua Madre (Madama Butterfly) e Vissi d’Arte (Tosca) Giacomo Puccini (1858 1924) Puccini foi um dos compositores mais expressivos da ópera italiana do século XIX e também forte representante do movimento verista. O verismo foi uma corrente literária italiana baseada nos princípios dos movimentos realista e positivista, que se iniciou por volta de 1870 e foi até meados de 1890. Os ideais dessa corrente influenciaram muitas outras áreas artísticas além da literatura, como a dramaturgia, artes plásticas e também a música. Assim, uma ópera verista é aquela cuja temática está voltada para os fatos reais do cotidiano, com especial atenção aos assuntos das classes baixas da sociedade. Com isso, a ópera ajudou na exposição desses temas ao leválos para o palco, direcionando a visão da plateia para o drama humano e suas adversidades, ao contrário da ópera romântica que muitas vezes trazia temas ligados aos assuntos míticos, lendários e fantasiosos. Uma das óperas mais executadas e conhecidas de Puccini é La Bohème – A Boêmia – estreada em 1896. A ária Donde lieta uscì – De onde saiu feliz – é apresentada no terceiro ato pela personagem Mimi, uma singela florista, e retrata a agonia do momento da separação de seu amado Rodolfo, por causa da tuberculose que aos poucos a consumia. É uma ária muito emotiva, cujo caráter é
expresso logo na primeira frase: “De onde saiu feliz, para seu grito de amor, retorna sozinha Mimi ao solitário ninho”. A primeira ópera de Puccini a se relacionar diretamente com o ambiente verista – embora Lá Bohème já demonstrasse características dessa corrente – foi Tosca, estreada em 1900. Sua primeira apresentação pública causou grande impacto nos espectadores por representar de maneira tão intensa os fatos da vida real, incluindo a violência. A ária “Vissi d’arte” – Vivi para a arte – é cantada pela Tosca, figura central da ópera, durante o segundo ato, e tratase de um desabafo da personagem, em que ela expõe sua frustração em relação às preces não correspondidas, ao suplicar: “... Por que, Senhor? Ah, por que me recompensas assim?”. Outra ópera bastante conhecida e aclamada no repertório operístico de Puccini é Madame Butterfly, estreada em 1904. Conta a história de amor entre a gueixa Cio-Cio-San – a própria Madame Butterfly – e o tenente da marinha americana, Pinkerton. Na ária Che tua madre, Cio-Cio-San desabafa dizendo que prefere morrer ao invés de voltar à sua antiga vida de gueixa. Outra ópera em que a temática se passa em ambiente oriental é Turandot, a última de Puccini. Foi estreada em 1924, ano da morte do compositor, que inclusive a deixou inacabada, cabendo ao também compositor e pianista italiano Franco Alfano (1875 - 1954) completá-la. A ária Tu che di gel sei cinta – Tu que estás coberta de gelo – é sem dúvida umas das mais intensas e dramáticas do repertório operístico, a qual antecede o suicídio da personagem Liù, que na trama da ópera é uma escrava. Na cena dessa
ária, Liù estava sendo torturada para que falasse o nome do príncipe por quem se apaixonou, o que era um segredo, e para não falar, ela se suicida com a adaga de um dos guardas que a torturava. Um aspecto muito marcante na música de Puccini é sua capacidade de criar uma atmosfera sonora bastante envolvente. Tanto em Madame Butterfly quanto em Turandot, o compositor usa elementos e sonoridades típicas da música japonesa para criar o ambiente das cenas, como, por exemplo, o uso das escalas pentatônicas ou ainda simulando o timbre de instrumentos tipicamente orientais através da orquestração.
Singt dem großen Bassa Lieder – Coro final do primeiro ato da ópera “O Rapto do Serralho” Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791) Um coro pode assumir muitas funções em uma ópera, como por exemplo, fazer comentários narrativos da cena que está acontecendo, acompanhar solistas, realizar transições entre as trocas de personagens, ou ainda ser o próprio protagonista da cena. É bem comum o compositor usar o coro em momentos que ele necessita uma expressividade mais volumosa, porém, muitas vezes o coro também é utilizado para criar um ambiente mais contemplativo, quando as vozes assumem uma sonoridade mais calma e angelical, enfim, são muitas as possibilidades expressivas que um coro fornece a um compositor. 29
Na ópera O Rapto do Serralho, composta em 1792 por Mozart, um coro bastante peculiar aparece no final do primeiro ato, justamente na cena em que o Paxá Selim aparece com Konstanze, uma nobre dama espanhola que foi raptada por piratas turcos juntamente com seus criados – Blonde e Pedrillo, ambos noivos – e comprados por Selim para se juntarem a seu harém. Além de seu título original – Singt dem großen Bassa Lieder – que em uma tradução livre corresponderia à Cantemos para o poderoso Paxá Selim, ele também é conhecido como Coro dos Jeníssaros, que são os soldados de elite do exército otomano. Esse coro marca a entrada triunfal do líder, ou seja, do próprio Paxá, onde os soldados exaltam a presença do grande chefe, cantando “Vida longa ao Paxá Selim”.
Gloria all’Egitto – Coro final do segundo ato da ópera “Aida” Giuseppe Verdi (1813 - 1901) Em Aida, uma das óperas mais monumentais do compositor italiano Giuseppe Verdi, o coro aparece em tom marcial, exuberante, exaltando o triunfo das tropas de Radamés, comandante da guarda que vive um
dilema entre a paixão pela princesa Aida e sua a lealdade com o Faraó. No segundo ato, há dois momentos onde o coro exalta Glória ao Egito, que é justamente quando as tropas de Radamés voltam marchando para a cidade depois de saírem vitoriosas dos combates e, no final, de maneira ainda mais triunfal, após Radamés ser nomeado sucessor do Faraó.
Sinfonia nº 4 em Mi menor Johannes Brahms (1833 - 1897) A última e mais romântica sinfonia composta por Brahms, um dos mais intensos compositores do romantismo tardio. Possui quatro movimentos: I) Allegro non troppo, II) Andante moderato, III) Allegro giocoso e IV) Allegro energico e passionato. O primeiro movimento possui uma dramaticidade implícita em gestos grandiosos da orquestra, em que o tom apaixonado corre por harmonias rebuscadas e incisivas, bem típicas do vocabulário de Brahms, começando a obra de maneira arrebatadora. Este primeiro movimento está na forma sonata, típica das sinfonias, o que quer dizer que sua estrutura é baseada na ideia de temas que são apresentados, posteriormente são desenvolvidos,
para serem recapitulados e, só então, o movimento é concluído. Soa muito redutivo expressar assim uma forma tão complexa quanto a sonata, ainda mais se tratando de uma sonata de Brahms, um gênio absoluto em formas como essa, porém, o mais importante é que o ouvinte perceba essa relação do diálogo musical, do desenvolvimento dos gestos musicais, para que aproveite ao máximo a riqueza de uma obra desse porte. O segundo movimento traz um contraste de caráter muito forte, pois possui um ar mais sereno e introspectivo em relação à paixão do primeiro. Depois de nos extasiarmos com a reflexão que o segundo movimento nos causa, temos outro contraste muito grande com a entrada do terceiro movimento, que se desenvolve em passagens leves e entusiasmadas dos sopros, em contraponto com respostas vigorosas da orquestra, através de melodias irônicas e burlescas. No quarto movimento o compositor demonstra extremo domínio estrutural, pois se trata de uma Passacaglia, gênero muito praticado no barroco, em que um tema é constantemente repetido, não necessariamente em uma mesma voz, podendo, portanto, caminhar entre as demais sem que isso interfira em seu perfil.
Por Dario Rodrigues Silva: graduando do curso de Música-Bacharelado em Piano, da USP-Ribeirão. Além das atividades de intérprete-pianista, atua como pesquisador (bolsista PIBIC/CNPq) na área de performance e práticas interpretativas, com foco nas obras pós-modernas para piano do compositor brasileiro Almeida Prado. Possui artigos publicados no Seminário Nacional de Pesquisa em Música, (SEMPEM 2009 e 2010, Goiânia/GO), na Iª e IIª semanas “Jovens Pesquisadores” do Departamento de Música da USP-Ribeirão e, recentemente, na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM 2011, Uberlândia/MG). É curador do projeto “Terças Musicais”, o qual fornece semanalmente música gratuita à população de Ribeirão Preto, mostrando a produção acadêmica dos alunos. dariorsilva@hotmail.com
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Concerto Internacional nº 1.203
Programa
Regente convidado: Gian Luigi Zampieri Solista: Daniella Carvalho (soprano) Regente convidado dos coros: Claudinei Alves de Oliveira Regente-titular do Coro OSRP: Snizhana Drahan Participação: Coro da OSRP, Coral Art Musik e Coral Municipal Fabiano Lozano W. A. Mozart - Abertura (Don Giovanni) G. Puccini - Vissi d’Arte (Tosca) G. Puccini - Tu che di gel sei cinta (Turandot) W. A. Mozart - Singt dem großen Bassa Lieder (Coro final da ópera O Rapto do Serralho) G. Puccini - Donde lieta (La Bohème) G. Puccini - Che tua madre (Madame Butterfly) G. Verdi - Gloria all’Egitto (Coro da ópera Aida - 2° ato) J. Brahms - Sinfonia n° 4 em mi menor Op. 98
10 de março de 2012 | 21h Theatro Pedro II 31
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APRESENTA
nº 1.204 Programa Regente convidado: Gian Luigi Zampieri Solistas: Wladimyr Carvalho (barítono) e Cristina Modé (mezzo-soprano) W. A. Mozart - Abertura (Don Giovanni) W. A. Mozart - “Madamina, il catalogo é questo” (Don Giovanni) W. A. Mozart - “Voi che sapete” (Le Nozze di Figaro) W. A. Mozart - “La ci darem la mano” (Don Giovanni) J. Brahms - Sinfonia n° 4 , IV movimento
11 de março de 2012 | 10h30 Theatro Pedro II Ministério da Cultura
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Gian Luigi Zampieri
© 2011 IlinaSchileru
Maestro convidado
É considerado um dos últimos alunos do grande maestro FRANCO FERRARA, responsável pela formação moral e artística de Zampieri. Sob sua orientação, Zampieri iniciou o estudo da música em Roma, em 1978, aos 13 anos de idade. Organista e maestro, nasceu em Roma em 1965, estudou com Francesco De Masi, Carlo Maria Giulini, Gennadi Rozhdestvensky e Leonard Bernstein, frequentando o curso de aperfeiçoamento da Accademia Nazionale de S. Cecilia em Roma e a Accademia Musicale Chigiana de Siena, onde, em 1988, recebeu diploma de honra como regente de orquestra. Em 1980, com 15 anos, foi nomeado organista titular da Basilica de S. Maria em Trastevere, onde permaneceu ativo por vinte anos. Como regente de orquestra, venceu a 5ª edição (1997) do concurso internacional “A. Pedrotti” e também foi premiado no concurso internacional “C. Zecchi” (1989). Já se apresentou com prestigiadas orquestras, dentre elas: Orquestra Sinfônica da Radio de Moscou (Russia), Orquestra Filarmônica de Bucareste (Romênia), Haifa Symphony Orchestra (Israel), Orquesta de Euskadi (País Baixo Espanha), Orquestra de Câmara Rádio Bucareste (Romênia), Teatro S. Carlo de Napoles, Orchestra di Padova, Orchestra Sinfonica Siciliana, Orchestra Internazionale d´Italia, Orchestra di Roma e del Lazio, Orchestra Sinfonica Abruzzese, Orchestra Sinfonica di Sanremo, I Filarmonici di Verona, Roma Sinfonietta, Opera di Tirana (Albania), Orchestra Haydn di Bolzano, Arena di Verona, Teatro dell´Opera di Roma, Orchestra J-Futura di Trento. Em suas apresentações, regeu vários solistas de renome como: Stefano Zanchetta, Glauco Bertagnin, Francesco Manara, Francesco Pepicelli, Enrico Dindo, Ricardo Gallèn, Duo Melis, Massimo Quarta, Florin Ionescu-Galati, Stan Zanfirescu, Vincenzo Bolognese, etc. Foi assistente de Gennadi Rozhdestvensky na London Symphony, na BBC Symphony, e na Accademia Chigiana. Foi assistente do grande maestro Lorin Maazel. Desde a metade dos anos 1980 se dedica à divulgação das obras de Astor Piazzolla pela qual é considerado, pela crítica, um dos maiores experts no campo internacional. Cultiva releitura do repertório italiano do século XX. (Respighi, Pizzetti, Malipiero, Rota, Ghedini, Ferrara) e é ativo também como compositor. Realizou na Rádio Romênia um programa especial, com apresentação de uma composição própria - “Non nobis Domine” – Retrato de Jacques de Molay - por ocasião do 700° aniversário do processo da Ordem dos Cavaleiros Templários. Foi responsável pelo programa e conduziu uma transmissão pela Radio Vaticana. Como maestro, regeu concertos que foram gravados pela RAI, Rádio Vaticana, TV Espanhola, Rádio Russa, Rádio Romênia, União das Rádios Europeias. Na Itália foi professor de estudos orquestrais nos conservatórios do Estado desde 1986 até 2011. Organista da Corte di Borbone Reali das Duas Sicilias, desde 1996, é Cavaleiro de Mérito da Ordem Costantiniana de S. Giorgio. Realizou várias conferências sobre a técnica instrumental, as formas musicais e sobre o tema : “A Sinfonia Juppiter ... Mozart construtor entre o Justo e o Perfeito”. Foi o curador de artigos sobre o cristianismo gnóstico, templarística e geometria sacra. É estudioso e profundo conhecedor do simbolismo e tradição hermética, onde observa os princípios simbológicos e suas aplicações na música e outras formas de arte. 34
Claudinei Alves de Oliveira Regente convidado dos coros
Maestro e barítono, natural de Viradouro-SP, estudou canto na Universidade Federal de Uberlândia-MG com Edmar Ferretti. Na mesma instituição participou de montagens das óperas Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni, Ahmal e os Visitantes da Noite, de Gian-Carlo Menotti, e Gianni Schicchi, de G. Puccini. Estudou canto com a professora Neyde Thomas e o professor Rio Novello. Foi aluno de Camargo Guarnieri com quem estudou parte de suas composições para canto. Estudou regência coral com os maestros Marcos Julio Sergl, Mara Campos e Eduardo Lakschevitz e regência de orquestra com o maestro Roberto Duarte em cursos ministrados nas Oficinas de Música de Curitiba-PR. Atuou como regente-assistente do maestro Túlio Colaccioppo na montagem da ópera La Traviata, de G. Verdi, em Ribeirão Preto-SP, em 2001. Dirigiu quatro montagens da ópera Ahmal e os Visitantes da Noite de Menotti nas cidades de Catanduva-SP e Bebedouro-SP. Regeu o Coral Municipal Pedro Pellegrino e o Coral Coopercitrus entre outros. Foi diretor do Departamento de Cultura de Bebedouro. Foi premiado no Concurso Nacional de Violão Souza Lima em São Paulo, na modalidade Canto e Violão, acompanhado pelo violonista Gustavo do Carmo. Foi solista do concerto de abertura do projeto Juventude Tem Concerto, da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, sob a regência de Roberto Minczuk. É regente do Coral Art Musik. É autor do Hino do Cooperativismo. Dirige o Coral Art Musik, de Bebedouro. Participou do 8° Internationales Pfingstseminar Koblenz na cidade de Koblenz (Alemanha) onde foi aluno da professora alemã Ingeborg Reichelt e estudou interpretação de obras de Schubert com o maestro e pianista Gabor Antalffy. Apresentou-se no Seminário de Koblenz como destaque do curso de canto interpretando obras de compositores brasileiros e Franz Schubert. Tem se destacado como recitalista apresentando-se em diversas cidades brasileiras. Regeu o Coro Masculino da cidade de Lachen na Suíça, realizando um trabalho de interpretação de canções brasileiras. Apresentou-se em janeiro de 2001 na cidade de São Paulo por ocasião do Seminário Internacional de Violão ao lado do violonista Gustavo do Carmo interpretando canções de Manuel de Falla e canções brasileiras eruditas, algumas das quais transcritas para violão por Claudinei Alves de Oliveira e supervisionadas pelo violonista Henrique Pinto. Idealizou e dirige o Festival Nacional de Canto de Bebedouro. Regeu o Coro Sinfônico para a montagem da Nona Sinfonia de Ludwig van Beethoven por ocasião dos 150 anos da cidade de Ribeirão Preto. Em 2007 atuou na Ópera Rigoletto, de Giuseppe Verdi, no Theatro Pedro II, sob a regência de Cláudio Cruz e direção cênica de Fernando Portari. Atuou como solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto sob a regência do maestro Cláudio Cruz. Recebeu da Câmara Municipal de Bebedouro no ano de 2005, o Título de Cidadão Bebedourense e em 2008 a mesma Casa de Leis outorgou-lhe o Título de Maestro Emérito. Foi regente preparador do coro da Ópera La Bohème de G. Puccini sob a direção musical de Cláudio Cruz no primeiro semestre de 2011. 35
Daniella Carvalho Soprano
Daniella Carvalho tem sido aclamada pela crítica por sua “voz de vinho escuro e expressivo” bem como por “uma presença de palco inesquecível.” Nesta temporada fez “Jewels of the Heart”- concerto beneficente à International Children›s Heart Foundation no Weill, Hall, Carnegie Hall patrocinado por Susan Hanover Designs; foi finalista do Concurso Vox Artis na Romênia, e retorna à Orquestra Sinfônica de Sergipe para o seu debut como Tosca e à Miami Lyric Opera para mais uma Butterfly. Em 2011 apresentou-se como Liu em Turandot com o Coro Lírico de Nova Jersey, concerto de favoritos da óperanabibliotecadoLincolnCenteremNovaYork,ecomosolistaemMisaAztecadeGonzalezcomMidAmerica ProductionsnoCarnegieHall.InterpretouSuzelemL›AmicoFritzemMiamieMimiemLaBohèmeemSergipe. Também cantou Suor Angelica e Butterfly com a Miami Lyric Opera, assim como Mimi em La Bohème com Opera in the Heights. Suas performances anteriores incluem Gretel em Hansel und Gretel, Nedda em I Pagliacci, Mimi em La Bohème, Condessa em Le Nozze di Figaro, Donna Elvira em Don Giovanni, Segunda Dama em A Flauta Mágica, Manuela na Zarzuela de Luis Alonso, Cora Lee em Bake Shop Ghost, Pure Maud em Maud Powell, Giggly Girl em Fábulas de Aesop, Belinda em Dido e Eneas, Micaela em Carmen, e Geraldine em A Hand of Bridge. Estreou em New York como vencedora do Artist International Competition at Weill Hall, Carnegie Hall. E passou a se apresentar em concertos com as principais obras do repertório e também obras raras como na première brasileira de Luonnotar de Sibelius, em Brasília, Songs of a Wayfarer de Mahler, com a New York Repertory Orchestra e Knoxville, Verão de 1915, de Samuel Barber, com a Orquestra Sinfônica de Illinois. Apresentou-se como solista em Stabat Mater de Pergolesi, Gloria de Vivaldi, Cantata de Strawinsky, Rejoice in the Lamb de B. Britten, Magnificat de Vivaldi e Salve Regina de Scarlatti. E também em palcos na Itália, Áustria, EUA e Brasil, e em rádios de New York como WNYC e Radio da Universidade de Columbia. É natural de Rio de Janeiro e concluiu seu mestrado e bacharelado em canto na Manhattan School of Music.
Cristina Modé Mezzo-soprano
Formada no curso de Licenciatura em Educação Artística com habilitação em Música pela Universidade de Ribeirão Preto. Graduada em Instrumento - Piano e em Fonoaudiologia. Especialista em Voz, pelo CEV-SP. Atuou como docente no curso de Musicoterapia, nas matérias de Prática Vocal e Distúrbios da Voz e da Fala e no curso de Direito na matéria de Oratória, da Universidade de Ribeirão Preto. Em 2006, 2007 e 2008 deu aulas no curso de Fonoaudiologia da USP, como professora convidada, na matéria de Voz Profissional. Participou da montagem das óperas-estúdio: “A Flauta Mágica” (1992); “Bodas de Fígaro” (1993); “Don Giovanni” (1996), em Ribeirão. Atualmente, atua como professora de canto e fonoaudióloga em sua clínica particular, e regente do Coral da Unaerp e do Chorus Vox. Apresenta-se regularmente como cantora lírica (mezzo-soprano) em recitais, audições e saraus na cidade de Ribeirão Preto e região.
Wladimyr Carvalho Barítono
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Em 1987 iniciou estudos de canto lírico. Atualmente tem como orientadora e professora a cantora lírica Céline Imbert. Integrou o elenco de diversas montagens de ópera-estúdio: “As Bodas de Fígaro” (Fígaro), “A Flauta Mágica” (Papageno), de Mozart, “La Serva Padrona” (Uberto), de Pergolesi e “O Barbeiro de Sevilha” (Dom Basilio), de Rossini. Realiza vasto repertório sacro como solista: “Oratório de Natal”, “Magnificat”, “Cantata 142”, “Cantata 56”, “Cantata 82”, “Cantada 147”, “Paixão Segundo São João” e “Paixão Segundo São Mateus”, de Bach, “Missa Brevis em Ré Maior K 194”, “Missa da Coroação” e “Missa de Requiem”, de Mozart, “Missa em Sol Maior”, de Schubert, “Missa de Gloria”, de Puccini, sendo esta com primeira execução no Brasil, em concertos em Ribeirão Preto e Campinas (SP) em 2003, sob a regência do maestro italiano Antonio Pantaneschi. Participou de vários concertos como solista, sob a batuta de maestros como Sérgio Alberto de Oliveira, Marcos Pupo Nogueira, entre outros nomes importantes.
Coros CORO OSRP Soprano Adelaide de Almeida Alana Galhardo Zuchini Ana Carolina B. de Paula Andréia A. Gomes Beatriz Tostes de Figueiredo Blanche Amancio Camila Carla S. de Christo Carla Fonseca B. B. de Sena Carmem Elisa M. de Barros Érika Danyla Inácio Fabiana Stela de Souza Assis Fernanda Onofre Giordanna Jaculi Rodrigues Isabela Mestriner Julia Baliero Leny Freitas de Oliveira Lidia Maria L. Rodrigues Luciana Laudares F. Alvarenga Marcia dos Santos Souza Maria Yvette Fontes da Silva Renata Trivelato Felício Rosana Merino Simone Pereira Barnabé Sylvia Margareth S. Dias Contralto Arlene Mariano Bellon Moreli Carmen Silvia de Souza Débora Floriano Fábia Junqueira Tolvo Geovana Marçal Ivone Cecilia P. Giordano Milena Floria Santos Tamara de Moraes Pereira Waleska Patrícia Ferreira Contralto/Mezzo Aline Moreira Ribeiro Ana Rosa Macedo Lorenzato Juliana Benedini Tarlá Lígia Maria Massini Pinto
Manoela Martio Bido Marta Gomes de Paula Regina H. de Marchi Foresti Suzete Alves de Assis Taís Roxo da Fonseca Mezzo Andrea Candido dos Reis Claudia de Paula Campos Heloisa H. Sampaio Tenor Carlos Fernando Candido Carlos Roberto Arena David Faria Araujo Denis Ribeiro de Carvalho Elias Antonio de Britto Eliton de Almeida Evandro Luis Prado Igor Rossi João Carlos Lopes Simão Laudevino Bento S. N. Silveira Leandro Garcia da Costa Luis Antonio Del Lama Osmar Capacle Barítono Alexandre M. Perticarrari Gildo Legure Neto Guilherme T. de Vasconcelos Jefferson Rizoli da Silva Luis Ricardo Brassarola Tostes Mario Angelo Cenedesi Jr. Rodrigo Augusto Q. da Silva Ricardo Augusto L. Fenerich Barítono/Baixo Cleiton Frazon Mateus Araujo Baixo Luis Cesar Colombari Marcos Sacilotto Tiago Lincoln Soares da Cruz
CORAL ART MUSIK E CORAL MUNICIPAL FABIANO LOZANO Sopranos Amanda Neves Maria Inês de Souza Lima Elis Helena de Souza Lima Eunice Pulzi Soares Maria José Souza da Silva Glauce Morais S. do Carmo Contraltos Devanir Nogueira Simões Lidiane Cortez Luzia Renilda Aguiar Custódio Neila Fátima Telles Silva Pamela Iara de Paula Souza Priscila Sampaio Senhuk Maria Eduarda Oliveira Adriana de Souza Adriana Aparecida P. Ceribelli Maria Elisabete S. B. Bordignon Taís de Moraes Ponte Patrícia Maria Pereira Alexandre de Almeida Falcão Andréia A. Garcia Barbosa Maria da Luz Menezes Loideane Silva Tenores Aparecida de Lourdes Pericin Estevam Luís da Silva Campos João Paulo Marciano André de Araújo Falcão Baixos Roger dos Santos Rodrigo Salvadori B. do Carmo Victor Delalibera Chagas Alison Sarneiro Roger dos Santos Victor Salvador Alves de Oliveira 37
A vida tem que ser um grande espetáculo. O compromisso que a Vila do Ipê tem com a cidade de Ribeirão Preto vai muito além de oferecer empreendimentos imobiliários de altíssima qualidade. A Vila do Ipê acredita que qualidade de vida é um conceito muito mais amplo em que a cultura tem um papel fundamental. Por isso, além do nosso apoio, a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto sempre terá o nosso aplauso.
Valorizando a cultura. 38
Ficha Técnica Presidente Décio Agostinho Gonzalez Vice-presidente Dulce Neves Gestora Mariangela Quartim Regente convidado Gian Luigi Zampieri Regente-assistente Reginaldo Nascimento Spalla Marcelo Soares Spalla Denis Usov VIOLINOS Anderson Oliveira Anderson Farinelli da Cunha Carlos Eduardo Santos Camila Gallo Schneck* Eduardo Felipe C. de Oliveira Estera Elzbieta Kawula**** Giliard Tavares Reis Hugo Novaes Querino Ilia Iliev Jonas Mafra José Roberto Ramella Marcio do Santos Gomes Júnior Mariya Mihaylova Krastanova Petar Vassilev Krastanov VIOLAS Willian Rodrigues Guilherme Pereira Daniel Isaias Fernandes Daniel Fernandes Mendes Adriel Vieira Damasceno* Michele da Silva Picasso* Fábio Schio ** Gabriel Santiango Mateos** Victor Botene de Oliveira** VIOLONCELOS Richard Gonçalves Jonathas da Silva Silvana Rangel Svetla Nikolova Ilieva Ladson Bruno Mendes Mônica Picaço* Robson Fonseca Ferreira** CONTRABAIXOS Márcio Pinheiro Maia Walter de Fátima Ferreira Vinícius Porfírio Ferreira Lincoln Reuel Mendes FLAUTAS Sara Lima Sérgio Francisco Cerri Riane Benedini OBOÉS Rodrigo Alves da Silva
CLARINETAS Krista Helfenberger Muñoz Bogdan Dragan FAGOTES Lamartine Tavares Denise Guedes de Oliveira Carneiro TROMPAS Edgar Fernandes Ribeiro Carlos Oliveira Portela* Moises Henrique da Silva Alves* TROMPETES Naber de Mesquita Alessandro da Costa TROMBONES Ricardo Pacheco José Maria Lopes TROMBONE BAIXO Paulo Roberto Pereira Junior TÍMPANOS Luiz Fernando Teixeira Junior PERCUSSÃO Jéssica Adriana dos Santos Ornaghi*** Kleber Felipe Tertuliano* Walison Lenon de Oliveira Souza*** ARQUIVO MUSICAL Leandro Pardinho ARQUIVO HISTÓRICO Gisele Haddad PRODUÇÃO Lara Costa José Antonio Francisco DEPTO. DE SÓCIOS E PATRONOS Gerusa Olivia Basso INSPETOR José Maria Lopes EQUIPE TÉCNICA Elvis Nogueira Mota da Silva Ricardo Rosa Batista ASSESSORIA DE IMPRENSA Blanche Amancio Daniela Antunes Bruna Zanuto * Estagiários ** Músicos licenciados *** Trainee **** Convidado
Patronos e Patrocinadores Ambient Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto Astec - Contabilidade Augusto Martinez Perez Banco Ribeirão Preto S/A Brasil Salomão & Matthes S/C Advocacia Caldema Cia. Bebidas Ipiranga Colégio Brasil Construtora Carvalho Construtora Said Editora Atlas S/A Estacionamento StopPark Espaço Uomo Fundação Waldemar Barnsley Pessoa Grupo WTB Hospital São Francisco Sociedade Ltda. Hotel Nacional Inn Interunion Itograss Agrícola Alta Mogiana Ltda. Jornal A Cidade Leão Engenharia Matrix Print Maurílio Biagi Filho e Vera Lucia de Amorim Biagi Maubisa Mesquita Ribeiro Advogados Molyplast Com. Imp. e Exp. Ltda. OHL Brasil Price Auditoria Proservices Informática RibeirãoShopping Riberball San Bruno’S Roticerie Doceria Santa Helena Industria de Alimentos S/A São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Savegnago Supermercado Ltda. UNISEB COC Stream Palace Hotel Telefonica Usina Alta Mogiana Usina Batatais S/A Açúcar e Álcool Usina Moreno Usina Santo Antonio Usina São Francisco Vila do Ipê Empreendimentos Ltda 39
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