Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n°40 - Abril - 2012
Tocando a Vida
Projeto socioeducativo chega ao bairro Ipiranga de Ribeirão Preto
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Palavra da Diretoria
Ousadia Por que a OSRP é um bem cultural? Ela eleva Ribeirão Preto à categoria das poucas cidades que têm uma orquestra que se apresenta regularmente e faz jus à composição erudita e popular. É uma orquestra i nerante que sai do palco mais nobre da cidade, o Theatro Pedro II, para as praças, parques ou igrejas. Mas a OSRP vai além. É uma orquestra ousada e há muito tempo mostrou que, mais que fazer cultura, quer descobrir e profissionalizar jovens talentos. Levar a música erudita para populações de bairros carentes é um trabalho que nossos músicos e professores fazem como se fosse um sacerdócio. E é através do projeto Tocando a Vida que crianças e jovens aprendem a cantar e tocar um instrumento musical. Queremos vê-los um dia nos palcos das melhores salas
DULCE NEVES Vice-presidente OSRP
de concerto. Queremos que conquistem o mundo e transformem lágrimas em sorrisos, sendo autores de suas próprias histórias. Diferentemente dos países de origem de muitos dos nossos músicos – no Leste Europeu –, a música erudita não faz parte do ensino regular brasileiro e o acesso às vagas de cursos de canto ou instrumento oferecidas pelas universidades públicas ou par culares é um caminho que exige muito inves mento. E aos 14 anos, muitos adolescentes mal podem ir à escola porque têm de ajudar no orçamento domés co – quando não têm de sustentar a família. Se isso é triste, imagine esses jovens atraídos pelo tráfico de drogas? Trata-se de uma realidade que todo mundo conhece. Por isso, o projeto Tocando a Vida é um orgulho para a OSRP. E certamente para os parceiros que abraçaram esta causa – é o caso do RibeirãoShopping, parceiro do Núcleo João Rossi, no Conjunto Habitacional João Rossi, em Ribeirão Preto, e da RTERodonaves Transportes e da Cia de Bebidas Ipiranga, as novas parceiras para o Núcleo Ipiranga, que acaba de nascer no bairro de mesmo nome. Onde queremos chegar? Queremos que essas crianças e jovens atendidos nos nossos núcleos apresentem-se um dia no palco do Theatro Pedro II, integrem nossa orquestra e sentem-se em uma das carteiras das melhores universidades de música. É ousado, mas a experiência tem mostrado que essas crianças e jovens são mais ousados ainda. E isso tudo vale muito a pena!
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Diretoria
Indice Especial Acordes que transformam o ambiente
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Notas
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Arquivo Histórico As homenagens de “Seu” Aluísio a ex-músicos
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Circuito Musical
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Notas de Concerto
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Programas Concerto Internacional Juventude Tem Concerto Concerto Pascal
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Edição anterior Ano IV - n°39 - Fevereiro/Março - 2012 As revistas Movimento Vivace também estão disponíveis no site da OSRP
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Expediente Publicação mensal da Associação Musical de Ribeirão Preto Rua São Sebas ão 1002 - Centro Tel (16) 3610-8932 - www.osrp.org.br Presidente Décio Agos nho Gonzalez Jornalistas responsáveis Blanche Amancio - MTb 20907 blanche@textocomunicacao.com.br Daniela Antunes - MTb 25679 daniela@textocomunicacao.com.br Colaboração: Eduarda Ruzzene eduarda@textocomunicacao.com.br Texto & Cia Comunicação - Tel (16) 3916-2840
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DIRETORIA EXECUTIVA Décio Agos nho Gonzalez Presidente Dulce Neves 1º Vice-Presidente Silvio Trajano Contart 2º Vice-Presidente Fábio Mesquista Ribeiro Diretor Jurídico Taís Costa Roxo da Fonseca Diretora Jurídica Adjunto Dácio Campos Diretor de Patrimônio Lisete Diniz Ribas Casagrande Secretário Geral Leonardo Carolo Secretário Adjunto José Mario Tamanini Diretor Financeiro Enio de Oliveira e Souza Junior Diretor Financeiro Adjunto José Arnaldo Vianna Cione Diretor InsTtucional/Orador CONSELHO FISCAL Afonso Reis Duarte Antonio Gilberto Pinhata Delcio Bellini Junior Larissa Moraes Di Ba sta Luiz Camperoni Neto Paulo Cesar Di Madeo CONSELHO DELIBERATIVO João Agnaldo Donizete Gandini Presidente José Gustavo Julião de Camargo Secretários Abranche Fuad Abdo Adriana Silva Alberto Dabori Amando Siui Ito Carmen Rita Cagno Demetrio Luiz Pedro Bom Dinah Pousa Godinho Mihaleff Edilberto Janes Elvira Maria Cicci Emerson Francisco M. Rodrigues Idelson Costa Cordeiro Itamar Suave Jay Mar ns Mil-Homens Junior José Donizete Pires Cardoso Juracy Mil-Homens Lais Maria Faccio Lucas Antonio Ribas Casagrande Luis Orlando Rotelli Rezende Maria Carolina Jurca Freitas Maria Cecilia Manzolli Raul Marmiroli Sander Luiz Uzuelle Sebastião de Almeida Prado Neto Sebas ão Edson Savegnago Tamara Cris na de Carvalho Valdo Barreto Vale m Herrera Willian Natale
Especial
Alunos da EMEF Elisa Duboc ouvindo o quarteto da OSRP
Acordes que transformam o ambiente U
m canto já pode ser ouvido. São as crianças do Conjunto Habitacional João Rossi, em Ribeirão Preto – um dos bairros mais violentos da cidade –, entoando canções de Natal e músicas populares. As vozes começam a ser lapidadas e não demorarão a ganhar forma e cor, mas já têm brilho. Os olhos de Laura Pillar Peralta da Silva, 8 anos, exprimem uma espécie de felicidade, desconhecida para a menina até o dia em que foi levada pela mãe à quadra de esportes do bairro. Lá, Laura encontrou Snizhana Drahan, a ucraniana, agora naturalizada brasileira, regente dos coros da OSRP, para as primeiras aulas de canto do projeto Tocando a Vida, lançado em agosto de 2011 na comunidade. A professora, que já regeu o coro da histórica fábrica russa de aviões Antonov e deu aulas
de canto na Universidade Popular da Ucrânia, assumiu a responsabilidade de transformar as vozes infan s. Alexandra Mari Peralta, a mãe, tem 40 anos e para sustentar a casa cuida dos filhos de amigas que precisam trabalhar fora. No apartamento de 41m2, recebe diariamente sete crianças. Enquanto isso, a menina Laura cursa a 3ª série do ensino fundamental na única escola do bairro. As aulas de canto no projeto Tocando a Vida mudaram a ro na de muita gente no João Rossi. Laura ficou mais concentrada na escola, diz a mãe. “Ela nha dificuldade para memorizar e, como precisa decorar as músicas, passou a ficar mais atenta”, acredita Alexandra. Além de Laura, tem a vizinha Adriane de Oliveira Norberto, 12 anos, que até então não sabia o que era estudar canto. “Eu sempre gostei de cantar e agora quero
ficar mais afinada”, sonha a garota. A mãe Fernanda Rosa de Oliveira conta que ela está até falando melhor. “Falava muito rápido, sem pausa”. As vizinhas são apenas dois exemplos dos resultados com o primeiro semestre de aulas no Conjunto João Rossi. “Todas as mães gostaram da ideia, pois não há nada no bairro além da escola... aqueles que não vão para o canto ficam ao Deus dará”, resume Alexandra. Para a professora Sni, como é chamada, “fácil não é, nem para os profissionais, mas a vontade de aprender e a alegria que essas crianças trazem para a aula ajudam muito no resultado”. Ela abraçou a causa e, da mesma forma que prepara cantores profissionais para concertos, faz com que as crianças descubram a própria voz. “É preciso respirar na medida, na hora certa, usar a quan dade exata de ar para cada
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Dulce Neves “Música erudita para crianças e jovens, oferecendo a eles a oportunidade de ultrapassarem os limites de sua própria condição social”.
frase musical, descobrir os sons, os tons das notas, aprender a posicionar cabeça e o corpo e, ainda, produzir os sons das notas musicais a par r de locais determinados na boca”, explica.
O projeto
O projeto Tocando a Vida foi idealizado pela Associação Musical de Ribeirão Preto, mantenedora da OSRP, para formação de instrumen stas e cantores. Ele começou com a parceria junto à Ins tuição Aparecido Savegnago, de Sertãozinho-SP, em 2009. Lá, crianças e jovens aprendem instrumento e canto através de parceria com a OSRP. E há também cursos de informá ca, língua inglesa e artes para filhos de funcionários da rede de supermercados e para a comunidade. Com o sucesso da experiência, a diretoria da OSRP decidiu implantar núcleos em parceria com a inicia va privada. Em Ribeirão Preto, o primeiro núcleo – no Conjunto João Rossi – foi implantado em parceria com o RibeirãoShopping. Desde então, 40 crianças a par r de 6 anos de idade, aprendem canto coral. Com quatro meses de aulas, elas se apresentaram na programação de Natal no Shopping, cantando peças clássicas natalinas junto com cantores do Coro Lírico da OSRP. “O Tocando a Vida é um projeto ousado na medida em que interfere em um cenário extremamente carente, oferecendo oportunidade de inserção social e profissional. Além de formar profissionais capazes de atuar como instrumen stas ou cantores no mercado de trabalho, o projeto obje va preparar músicos para disputarem vagas nos cursos de graduação em música nas universidades públicas da região – Escola de Comunicação e Artes da USP-Ribeirão e UFSCar-Universidade Federal de São Carlos – além das ins tuições par culares, como a UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto”, explica Dulce Neves, vice-presidente da OSRP. A equipe de professores tem grande experiência profissional e vasta formação acadêmica. O coordenador pedagógico Lucas Galon é professor universitário e
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o Futuro, na Rua Taba nga 427. O novo núcleo nasceu das parcerias da OSRP com a Cia. de Bebidas Ipiranga e RTE-Rodonaves Transportes.
Roberto Galhardo
Lucas Galon “A cada dia nos surpreendemos com os resultados”.
Snizhana Drahan “A vontade de aprender e a alegria que essas crianças trazem para a aula ajudam muito no resultado”. Hélita Moraes
Laura Pillar Peralta da Silva “A aula de canto me ajuda muito”.
compositor. “Procuramos educar para vida, para arte. E não para o aprendizado tãosomente da técnica de um determinado instrumento”, diz o professor. Lucas tem uma ligação an ga com a OSRP – seu oavô Augusto Seabra foi violinista e violista na Sinfônica por alguns anos. “Eu mesmo fui violista da orquestra entre 2004-2005. Como compositor, ve o prazer de assis r estreias de duas de minhas principais obras sinfônicas junto à OSRP”, conta. Há um mês a OSRP adquiriu instrumentos musicais para as aulas no Núcleo João Rossi: são 17 violinos, 7 violas, 8 violoncelos, 1 teclado, 4 contrabaixos, 14 flautas sopranos, 15 flautas contraltos, 6 flautas tenores e 1 flauta baixo. No início de abril, o segundo núcleo em Ribeirão Preto foi inaugurado. O Núcleo Ipiranga já está com inscrições abertas. Vai funcionar na ONG Caminhando para
Conjunto Habitacional João Rossi
A vida no João Rossi O João Rossi é considerado o terceiro bairro com maior índice de violência em Ribeirão Preto – o município tem cerca de 200 bairros, organizados administrativamente e m 1 6 s u bs eto re s , s e g u n d o a Secretaria Municipal de Planejamento. O comércio de drogas é feito à luz do dia e o tráfico é o responsável pelos índices crescentes de pros tuição infan l, furtos, roubos, violência ~sica e assassinatos. O Jardim João Rossi fica no setor S-5 Sul, que abrange os bairros Residencial Flora, Flórida, Jardim Califórnia, Vila Ana Maria, Jardim Nova Aliança, Condomínio Estação Primavera, Condomínio Residencial Moema e parte do Alto da Boa Vista. Esta região da cidade conta com 15.724 habitantes em 7.760 domicílios e tem bairros altamente valorizados do ponto de vista imobiliário. Destes habitantes de toda esta região, 11.264 estão no Conjunto Habitacional Jardim João Rossi, vivendo em seus 88 prédios com 2.816 apartamentos.
A vida tem que ser um grande espetáculo. O compromisso que a Vila do Ipê tem com a cidade de Ribeirão Preto vai muito além de oferecer empreendimentos imobiliários de altíssima qualidade. A Vila do Ipê acredita que qualidade de vida é um conceito muito mais amplo em que a cultura tem um papel fundamental. Por isso, além do nosso apoio, a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto sempre terá o nosso aplauso. Valorizando a cultura. 7
Projeto pedagógico Trabalhamos com uma espécie de tripé e procuramos equacionar o perfil de determinados grupos de alunos. Com alguns, nosso trabalho é voltado à inserção cultural e intelectual no mundo das artes. Basicamente, tocarão um instrumento e futuramente formarão um grupo com acesso ao repertório da música de diversos estilos, mas como ouvintes e frequentadores de recitais e concertos, e não como profissionais da música. Neste caso, trata-se de uma formação disciplinar complementar às a vidades escolares. Temos um segundo grupo, para o qual buscamos o resgate social puro e simples. São crianças muitas vezes vitimizadas, algumas com sérios problemas psicológicos e cogni vos, em que a sociabilização e inclusão social são nossos alvos; independentemente do desempenho musical ou mesmo do
Material de divulgação do projeto
comportamento. A questão aqui é a inclusão dessas crianças. Vale dizer que não acredito na separação dos grupos na prá ca. Os aspectos levantados em nosso tripé, apenas os professores discutem e determinam uma conduta de acordo com os casos. É uma forma de educar segundo certas necessidades básicas. O terceiro grupo consiste naqueles alunos que apresentam desde o início, e durante seu desenvolvimento, uma óbvia propensão musical. Neste caso, os professores exigem o nível necessário para direcioná-los para uma formação profissional. Pela minha experiência, num projeto da nossa natureza, normalmente podemos esperar que entre 20% e 25% dos alunos se tornem bons profissionais da música. Além de podermos contar também com uma boa margem de futuros bons professores de música. Lucas Galon
Concerto de Natal no Theatro Pedro II em dezembro de 2011, com crianças do João Rossi e de Sertãozinho
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Notas
Ex-spalla da OSRP Augusto Seabra completa 90 anos O célebre músico aposentado Augusto Seabra acaba de completar 90 anos. Seabra foi músico da OSRP entre 1942 e 2002 tendo sido spalla durante três anos. A prova de sua versa lidade e espírito coopera vo está no fato de já ter atuado como violinista, violoncelista e violista, instrumento que se dedicou até o fim da carreira de músico profissional na OSRP.
Augusto Seabra
Falece a mezzosoprano Fernanda Coutinho Faleceu no dia 19 de março a mezzo-soprano Fernanda Cou nho, integrante do Coro Lírico da Escola e Canto Coral (ECC). Diretoria da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e da ECC solidarizam-se com a família.
Seabra e outros músicos davam verdadeiros saraus durante viagens de ônibus da OSRP pelas cidades do interior de São Paulo. Dentre outras figuras do passado recente da OSRP, o violinista Milton Bergo, spalla por muitos anos da OSRP, esteve presente, e homenageou o aniversariante com seu violino.
OSRP homenageia Júlio Voltarelli A OSRP presta homenagem ao pesquisador Julio Voltarelli pelo grande trabalho acadêmico e pela dedicação à orquestra. Voltarelli foi sócio da Sinfônica por muitos anos e faleceu dia 21 de março.
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Arquivo Histórico
As homenagens de “Seu” Aluísio a ex-músicos Ex-músico da OSRP se empenha para homenagear os colegas músicos abrindo processos para que seus nomes sejam colocados em logradouros da cidade
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esde 2006, quando soube do trabalho de pesquisas sobre a OSRP e a história da música de Ribeirão Preto, o clarine sta Aluísio da Cruz Prates, “Seu” Aluísio, sempre telefona para informar o paradeiro de an gos músicos e para falar de alguma foto ou partitura que encontrou. Filho do escritor e memorialista Prisco da Cruz Prates e com recém-completados 87 anos, adora falar da ro na musical da cidade “de an gamente”.
e 1962. Aluísio atuou na OSRP entre 1961 e 1982. Antes disso, tocou sob a batuta de Ignázio Stábile, tular de 1938 a 1955, quando ainda era saxofonista na banda da PM e esta era convidada a tocar com a orquestra a Abertura 1812 de Tchaikovsky, por causa dos ros de canhão que estão na par tura da obra. Estudou com o maestro Spártaco Rossi (1910-1993) entre 1962 e 1970, então tular na OSRP. Com ele teve aulas par culares de teoria musical e depois fez mais dois anos de teoria e prá cas instrumentais no Colégio Metodista. “Ele chegou aqui muito legal comigo, pedia cópias de músicas pelo mimeógrafo, me ensinou transposição Fonte: Arquivo Pessoal Aluísio da Cruz Prates
Aluísio da Cruz Prates
Aprendeu música em Batatais, no quartel da Polícia Militar, com o maestro Alfredo Pires aos 20 anos. Decidiu estudar sax soprano porque era o instrumento disponível e a também a necessidade da banda naquele momento. Passou para clarineta em 1954, por ocasião da aposentadoria do sargento José Joaquim de Oliveira (Juca), pois “o naipe precisou”, dizendo ainda “passei apertado porque a clarineta é muito mais di}cil; o sax tem chaves e a clarineta tem os ori}cios para tampar com os dedos”. Entrou na OSRP a convite do maestro da banda da PM de Ribeirão Preto, Celestino Libanoli, que atuava na orquestra. Sentiu dificuldades com a mudança de conjunto musical. ”Foi di}cil porque a dinâmica da banda é diferente da sinfônica, ve que estudar para tocar um som mais aveludado”. Enrico Ziffer era o maestro tular da orquestra entre 1957
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Spártaco Rossi regendo a OSRP na década de 1960
Maestro Spártaco Rossi
máximo um jantar no Pinguim ou na sede da Sinfônica... agradeça que a sinfônica existe, aos abnegados do passado”, diz referindo-se aos colegas músicos fundadores da OSRP. Em 1993 ficou sabendo da morte de Spártaco Rossi e desde então começou as providências com a ajuda da filha, Gláucia Aparecida Prates, para que o nome do maestro fosse designado a um logradouro público. Agora, depois de quase dez anos conseguiu, assim como também conseguiu anteriormente pelo nome do ex-músico, primeiro flau sta e fundador da orquestra Caetano Lania (1908-1992) e do maestro Alfredo Pires (1900-1982), aquele que lhe ensinou música no quartel. “Virar nome de rua é importante porque muita gente vira nome de rua sem ter feito nada, e estes muito fizeram e trabalharam pela Orquestra Sinfônica e pela música de Ribeirão Preto”, finaliza.
Fonte: Arquivo Pessoal Aluísio da Cruz Prates
musical porque minha clarineta era em Si bemol e às vezes apareciam par turas em Dó ou Lá e eu nha que dar conta”. Só saiu da orquestra em 1982 após uma cirurgia de vesícula, quando não mais conseguiu con nuar. Tocava então em cerimônias de casamentos com os colegas violinistas Gilberto e Luiz Baldo. Até a década de 1990, os músicos da OSRP não recebiam salário, tocavam por amor à música e ganhavam “no
Apresentação da Banda do 3º Batalhão da PM de Ribeirão Preto no aniversário do Pe. Donizeti, em Tambaú-SP. Foto de 1957.
Atendimento integrado, qualificação humana e investimento tecnológico. Em outras palavras: o hospital mais completo de Ribeirão Preto. Considerado um dos hospitais mais bem equipados do país, o Hospital São Francisco é um complexo hospitalar modelo, onde a tecnologia está aliada ao humanismo e à inovação. O nível internacional de sua estrutura possibilita a realização anual de mais de 1.000 procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e faz dele o maior hospital privado de Ribeirão Preto e região. Com alto padrão de hotelaria, o Hospital São Francisco também se destaca pela atualização constante de sua equipe e pela qualificação de seu corpo clínico, com médicos que atuam nas mais diversas especialidades. São mais de 66 anos cuidando de pessoas, antecipando tecnologias e buscando novas formas de oferecer a mesma excelência de sempre.
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Circuito Musical
Dia 7/3
Quarteto da OSRP se apresenta na palestra do escritor Augusto Cury
Augusto Cury
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Os violinistas Ilia Iliev e Eduardo Oliveira, ao lado da violista Michele Picaço e do violoncelista Jonathas da Silva marcam presença na palestra do escritor Augusto Cury, durante o lançamento da Academia da Inteligência em Ribeirão Preto. O quarteto da OSRP apresenta um programa com obras de es los e compositores variados como Wolfgang A . Mozart, o tangueiro Astor Piazzolla, John Lennon e Paul McCartney, Guerra
Peixe, Zequinha de Abreu e J. Sebas an Bach. A Academia da Inteligência é dirigida pela psicóloga Camila Cury, escritora e filha do psiquiatra Augusto Cury.
Eduardo Oliveira, Ilia Iliev, Michele Picaço e Jonathas da Silva
Dia 10/3
Série Concerto Concertos Internacionais traz a so sopr prano Daniella Carvalho
Maestro Gian Luigi
Richard faz homenagem a Zezé Najem
Sob a regência de Gian Luigi Zampieri, a OSRP apresenta o concerto n° 1.203, com a presença da cantora lírica Daniella Carvalho, aclamada pela crí ca por sua “voz de vinho escuro e expressivo”. A a p re s e nta çã o co nta co m a par cipação do Coro da OSRP, Coral Art Musik e Coral Municipal Fabiano Lozano ensaiados por Claudinei de Oliveira. A maestrina do Coro da OSRP Snizhana Drahan, também integrou o grande coro. O concerto conta com as peças Abertura (Don Giovanni) e Singt dem großen Bassa Lieder (Coro final da ópera O Rapto de Serralho), de Mozart; Vissi d’Arte (Tosca), Tu che di gel sei cinta (Turandot), Donde lieta (La Bohème), Che tua madre (Madame Bu erfly), de Puccini; Gloria all’Egi o (Coro da ópera Aida - 2° ato), de Verdi e Sinfonia n° 4 em Mi menor Op. 98, de Brahms. Antes do concerto, o presidente da OSRP Décio A. Gonzalez pede um minuto de silêncio em homenagem a Zezé Najem, gerente ar s ca do Theatro Pedro II, que faleceu em março. Durante a homenagem, o violoncelista Richard Gonçalves apresenta um solo da peça Élégie, de Fauré.
Solista soprano Daniella Carvalho
Solo dos trompetistas Alessandro e Naber
Violista Guilherme Carvalho e Gian Luigi
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Dia 11/3
Série Juventude Tem Concerto fica mais interativa O primeiro Juventude Tem Concerto do ano é regido pelo maestro convidado Gian Luigi Zampieri e apresenta trechos das óperas de Don Giovanni e Le Nozze di Figaro, de Mozart, e a Sinfonia n° 4, IV movimento, de Brahms. O concerto conta com a par cipação dos solistas Wladimyr Carvalho (barítono)
Percussionista Walison Souza
Violinista Marcelo Soares
Violinista Denis Usov Naber de Mesquita
Famílias marcam presença no Juventude
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e Cris na Modé (mezzo-soprano). Durante a apresentação o maestroassistente da OSRP Reginaldo Nascimento fa z i n t e r v e n ç õ e s e x p l i c a n d o a s características e detalhes de alguns instrumentos e conversa com os músicos sobre caracterís cas de cada um deles, aumentando a intera vidade da série.
Oboísta Rodrigo Alves
Reginaldo Nascimento
Convidados por Reginaldo Nascimento, os meninos do Projeto Guri presentes na apresentação sobem ao palco e acompanham o concerto sentados juntos com os músicos. No final da apresentação, o maestro Gian Luigi conversa com o
Teatro lotado
Solistas Cristina Modé e Wladimyr Carvalho
Flautista Riane Benedini
público e fala sobre sua vinda para o Brasil. O J u ve nt u d e Te m C o n c e r to é patrocinado pela Telefonica há 15 anos, com o obje vo de formação de plateia e despertar nas crianças e adolescentes o gosto pela música erudita.
Dia 25/3
7 mil pessoas comparecem em concerto da OSRP em Araras A OSRP se apresenta em Araras, no Largo da Basílica, na Praça Barão, em comemoração aos 150 anos da cidade. O concerto é regido pelo maestro italiano Gian Luigi Zampieri e tem em seu repertório o Hino de Araras de I. G. Oliveira, o Hino Nacional Brasileiro de F.
M. Silva, Prelúdio de Bachianas Brasileiras n° 4 de H. Villa-Lobos, Suíte n° 3 “Ária” de J. S. Bach, Música para os Reais Fogos de Ar ficio de G. F. Haendel, O Trenzinho do Caipira das Bachianas Brasileiras n° 2 de H. Villa-Lobos e o Barbeiro de Sevilha de G. Rossini. Divulgação Intervias
Secretário Marcelo Daniel, prefeito Nelson Brambilla, maestro Gian Luigi e superintendente da Intervias Dalton Lage
A apresentação faz parte da Semana do Município promovida pela Prefeitura Municipal de Araras e pela Intervias – concessionária de rodovias do Grupo OHL que atua na região - e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Ação Cultural e Cidadania e da EPTV Central.
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Notas de Concerto Le siège de Corinthe (O assédio de Corinto) Abertura | Gioachino Rossini (1792 - 1868) - Foi a primeira ópera em língua francesa do italiano, composta por volta de 1826. Dividida em três atos e com libreOo de Luigi Balocchi e Alexandre Soumet, essa obra é uma readaptação de outra ópera de Rossini chamada MaomeOo II, cujo libreOo é de César Della Vale e retrata a guerra entre turcos e venezianos. O tulo se refere ao sultão turco-otomano Mehmed II, conhecido como O Grande Conquistador de Istambul. A ópera MaomeOo II, concluída por volta de 1820, não foi muito bem aceita na cidade italiana de Nápoles e, na tenta va de garan r o sucesso da apresentação em lugares como Paris e Veneza, Rossini modificou significa vamente alguns elementos da obra que, segundo ele, foram os responsáveis pela di~cil aceitação por parte da plateia. Em 1826, a ópera passou por uma reformulação mais radical, quando o compositor acrescentou um ato, totalizando três. A língua que então passou a ser francesa, assim como o tulo – Le siège de Corinthe – e também o enredo que foi ampliado. Resumidamente, a história do Assédio de Corinto fala sobre o cerco e a destruição e o declínio da cidade grega de Missolonghi em 1826 pelos turcos, durante a Guerra da Independência Grega. A referência ao Corinto é alegórica, mas Mehmed II de fato si ou a cidade em meados de 1450. Não é raro nos depararmos com aberturas operís cas executadas como peças independentes no repertório de concerto. Como o próprio termo já denota – Abertura –, trata-se de uma composição cujo propósito principal é o de introduzir ou preparar os ouvintes para uma obra maior, no caso, uma ópera. No século XIX a abertura se desvinculou de seu uso restrito de caráter introdutório e se tornou um gênero independente, tal como aconteceu com os prelúdios instrumentais, que também serviam como introdução para peças posteriores e que, no decorrer dos anos, tornaram-se peças autônomas. Geralmente, as aberturas operísticas funcionam como uma espécie de sinopse musical da trama, em que os principais elementos melódicos e mo vicos são apresentados, ajudando na ambientação do público para o que se segue. Na abertura de O assédio do Corinto encontramos o melhor do vocabulário rossiniano, com a força instrumental que lhe é peculiar,
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com tuN orquestrais de passagens vigorosas e melodias esfuziantes na parte das cordas que engendram um jogo bem ar culado de instrumentações e mbres. Stabat Mater | Gioachino Rossini (1792 1868) - Vários compositores se aventuraram em compor obras baseadas no texto Stabat Mater, desde renascen stas como o italiano Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525 - 1594), barrocos como Domenico Scarlatti (1685 - 1757), até clássicos como Joseph Haydn (1732 - 1809), chegando aos dias atuais através de compositores como Arvo Pärt (1935) e Penderecki (1933). O Stabat Mater é um poema religioso cuja origem está arraigada no contexto do século XIII. Era um texto usado na liturgia romana, servindo como sequência da missa ou assumindo a função de um hino. O texto começa com a frase “Stabat mater dolorosa”, que significa “Estava a mãe a sofrer”, cujo propósito reside na descrição da dor de Maria ao ver o filho Jesus crucificado. Até meados do século XIX, o Stabat Mater era reservado quase exclusivamente para o o~cio religioso. Com o passar dos anos, o gênero foi ganhando terreno no repertório de concerto das grandes orquestras e através de novas perspec vas por parte dos compositores, que agora ampliavam o potencial narra vo da obra com mais liberdade. É o caso de Rossini que durante quase toda a vida dedicou-se ao gênero operís co e, então, decidiu se aventurar em obras de natureza religiosa, sendo o seu Stabat Mater a mais conhecida e consagrada dessas obras. Por volta de 1831, em viagem à Espanha, Rossini recebeu encomenda de um conselheiro do Estado, o arquidiácono Fernández Varela, porém, por culpa de uma complicação de seu estado de saúde, teve de interromper o trabalho, deixando a conclusão à responsabilidade de seu amigo e também compositor italiano Giovanni Tadolini (1789 - 1872). A versão finalizada por Tadolini estreou em 1833 e só em 1841, após a morte de Varela, aquele que encomendou a obra, Rossini iria de fato terminar a composição, subs tuindo as seções compostas por Tadolini pelas suas próprias. A versão defini va de Rossini foi estreada em Paris, em 1842. A obra é composta para quatro solistas: soprano, mezzo-soprano, tenor e baixo, guarnecidos por um coro misto, além da
orquestra. Contém dez seções, que se alternam em relação ao po de formação do grupo, ou seja, em algumas seções há o uso de duos, solista acompanhado pelo coro, ou então os quatro solistas simultaneamente, e assim por diante, dependendo da necessidade expressiva de cada passagem ou cena. É interessante notar que Rossini deixa transparecer sua vertente operís ca, através da drama cidade da orquestração, dos gestos melódicos e de demais elementos como, por exemplo, a segunda seção nomeada Cujus animam, para tenor, que nos lembra uma ária de bravura de algumas de suas óperas. O Stabat Mater de Rossini se reveste de uma beleza ímpar, capaz de preencher o ambiente com uma solenidade envolvente, impregnada de intensa drama cidade. As Hébridas (AGruta de Fingal), Op. 26 Abertura | Felix Mendelssohn Bartholdy (1809 - 1847) - Mendelssohn é natural da cidade alemã de Hamburgo. Pianista, organista, compositor e regente, é frequentemente citado como um dos mais prolíficos nomes do período de transição entre o classicismo e o início do roman smo, além de ser o principal responsável por reviver as obras do grande mestre do barroco, Johann S. Bach, até então eram desconhecidas e ausentes no repertório de concerto. O es lo de Mendelssohn ainda está muito atrelado aos preceitos clássicos da clareza e do controle absoluto da forma musical, porém, já avança rumo ao roman smo através da u lização de um vocabulário harmônico mais denso e rebuscado, e do lirismo presente nos contornos de suas melodias. Por volta de 20 anos, em 1829, visitou a costa oeste da Escócia, onde se encontra o arquipélago das ilhas Hébridas. Ficou inspirado pela paisagem, principalmente pela gruta de Fingal, uma caverna localizada na ilha de Staffa. Com essa inspiração, um ano depois, em 1830, nasce sua obra então chamada de A Ilha Solitária. Numa revisão feita em meados de 1832, o próprio compositor mudou o tulo para As Hébridas, também frequentemente chamada de A Gruta de Fingal em referência aos arquipélagos visitados por ele. A Gruta de Fingal é uma Abertura e, como é bem caracterís co da era român ca, não tem o propósito de preceder uma peça concertante ou ópera; aqui, já temos um desprendimento do gênero em relação à
sua função: é uma obra que se autosustenta, com autonomia e independência. O que antes era usado como peça de introdução ou preparação para uma obra maior, no roman smo, passa a ser um gênero independente. O mesmo ocorreu com os prelúdios, que nham função de introduzir ou ambientar os ouvintes para o que viria a seguir, ou também com os intermezzos, peças musicais tocadas entre uma cena ou ato de uma ópera, e muitos outros gêneros que no roman smo se emanciparam da função principal e se tornaram obras independentes, com caracterís cas próprias. Outro aspecto que enquadra essa obra genial em solo român co é o programá co. Embora não possua enredo ou história como base para seu desenrolar – o que definiria o termo programá co – ela pode ser assim considerada por ter uma imagem, ambiente ou perfil que serviu como inspiração, ou seja, a Gruta de Fingal. Eis um aspecto absolutamente român co: a representação musical metafórica de lugares, paisagens, lembranças e tudo mais que servisse de inspiração. A obra se desenvolve sobre a tensão causada entre dois temas: o primeiro de perfil mais calmo, que cria um clima desolado e solitário, aspecto que fica claro no primeiro tulo dado pelo compositor – A Ilha Solitária –, e o segundo, cuja força expressiva lembra o movimento das ondas, da agitação do mar, o que nos proporciona um constante jogo de sensações entre esses dois pólos, ora nos levando para o interior da caverna e nos envolvendo com sua solidão obscura; ora nos arremessando à turbulência das ondas do mar, compondo uma paisagem musical intensa e arrebatadora. Concerto para Violino em Mi menor, Op. 64 | Felix Mendelssohn Bartholdy (1809 - 1847) - Mendelssohn começou a escrever esse concerto por volta de 1838 e só o finalizou em 1845, dois anos antes de morrrer. O concerto se consolidou como uma das peças mais importantes para o repertório de violino, tanto pela beleza e sofis cação, quanto pelo desafio técnico e sonoro que oferece aos intérpretes. Está divido em três movimentos, seguindo a configuração tradicional clássica de andamentos (rápido – lento – rápido): o primeiro é um Allegro molto appassionato, o segundo um Andante e o terceiro e úl mo um AlegreOo non troppo
– Allegro molto vivace. Embora a divisão dos movimentos remonte a uma prá ca clássica, assim como o uso da forma sonata no primeiro movimento, Mendelssohn inova em muitos aspectos como na entrada do solista logo no início do primeiro movimento – Allegro molto apassionaOo –, não comum nos concertos clássicos que geralmente começavam com uma introdução da orquestra usando mo vos que seriam posteriormente apresentados pelo solista, ou então, o tema principal era primeiramente apresentado pela orquestra para que em seguida fosse entregue ao solista (dupla exposição). Neste concerto, solista e orquestra exploram juntos as principais ideias temá cas, em um diálogo constante. Outro aspecto inovador reside na cadência do primeiro movimento – parte solo, geralmente usada para que o intérprete exiba sua destreza técnica ao instrumento e também como elemento expressivo e estrutural da obra – que em um concerto clássico tradicional ocorreria no final do movimento, porém, Mendelssohn a coloca antes da re-exposição, ou seja, antes do reaparecimento do tema principal com o qual o movimento começa. O segundo andamento – Andante – é reves do por um intenso lirismo que muito nos lembra suas Canções sem Palavras, peças para piano cuja força poé ca reside na expressividade melódica. Outro fator que reforça essa comparação é a forma ternária sob a qual o segundo movimento está estruturado, o que é bem comum no gênero canção. Outra reminiscência do período clássico se encontra no terceiro e úl mo movimento – AllegreOo non troppo - Allegro molto vivace – o qual se encontra na forma de uma Sonata-Rondó , gênero bastante u lizado durante o período clássico, que encerra a obra com um brilhan smo sonoro proveniente da solista e do TuN orquestral. É uma obra de requinte e que serviu de molde para muitos compositores, tanto pelo equilíbrio no controle da forma, quanto pelas inúmeras inovações presentes nas estruturas internas dos movimentos, e também na consolidação da linguagem român ca. Paixão Segundo São João, BWV 245 | Johann Sebastian Bach (1685 - 1750 Obra-prima do barroco composta em meados de 1724 e estreada em Leipzig em uma Sexta-Feira Santa. Trata-se de um oratório sacro, cujo tulo já demonstra a intenção da obra:
a representação dramá ca dos principais eventos da semana santa cristã, através dos relatos do Evangelho de São João. Bach também compôs uma Paixão Segundo São Matheus, porém, a de São João é mais expressiva e dramá ca. Há ainda outra obra de natureza semelhante, a Paixão Segundo São Lucas, que não possui auten cidade comprovada. Uma questão intrigante em relação à Paixão Segundo São João é que não há uma versão que se possa chamar de defini va, já que várias foram encontradas. No entanto, a versão de 1740, possivelmente uma revisão feita pelo próprio Bach, é frequentemente usada como referência para muitas execuções atuais. Bach fez uso dos capítulos 18 e 19 do Evangelho de João, da bíblia luterana, e também de outros textos não litúrgicos para a construção e junção da obra. Os personagens principais – Jesus, Pôncio Pilatos e Pedro – são representados por solistas. Há também a figura de um narrador, chamado Evangelista, e de personagens coadjuvantes – um servo e uma criada – que par cipam de cenas, realçando o drama e os acontecimentos. Os recita vos e árias são apresentados pelos solistas, e demais partes musicalmente recitadas são de responsabilidade de Evangelista. As árias são primordiais para o desenvolvimento do enredo, pois contam de maneira destacada os momentos mais intensos da história, como a via-sacra, a crucificação e assim por diante. O coro possui várias funções, como a de fazer comentários sobre as cenas, exaltar a glória de Deus, ou lamentando determinadas passagens, mas a principal e mais contundente é a de representar o povo, como no julgamento de Cristo, momento no qual o coro se levanta para representar a mul dão. A obra está dividida em duas grandes partes: na primeira, uma cena acontece no Vale do Cédron, local próximo a Jerusalém, e a outra acontece nas dependências do sumo sacerdote Caifás, em seu palácio. Na segunda parte, são mostradas três cenas: uma situação com Pôncio Pilatos, outra no Calvário e a úl ma no local do sepulcro. A obra toda é emoldurada pelo uso de grandes corais que abrem e encerram a peça. Assim acontece a representação, através da constante alternância entre personagens, coros e as árias em uma das mais belas e dramá cas representações religiosas do período barroco. Por Dario Rodrigues Silva
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Concerto Internacional nº 1.207
Programa
Regente convidado: Gian Luigi Zampieri Solistas: Adélia Issa (soprano), Gisele Ganade (mezzo-soprano), Ozório Christóvam (tenor) e Carlos Eduardo Marcos (baixo) Regente do Coro: Gisele Ganade Parccipação: Coro Minaz G. Rossini - O Cerco de Corinto - Abertura G. Rossini - Stabat Mater
7 de abril de 2012 | 21h Theatro Pedro II 18
Gian Luigi Zampieri Regente convidado
É considerado um dos úl mos alunos do grande maestro Franco Ferrara. Organista e maestro, nasceu em Roma em 1965, estudou com Francesco De Masi, Carlo Maria Giulini, Gennadi Rozhdestvensky e Leonard Bernstein, frequentando o curso de aperfeiçoamento dell´Accademia Nazionale di S. Cecilia em Roma e dell´Accademia Musicale Chigiana di Siena, onde, em 1988, recebeu o diploma como regente de orquestra. Em 1980, com 15 anos, foi nomeado organista tular da Basilica di S. Maria em Trastevere, onde permaneceu a vo por vinte anos. Venceu a 5ª edição (1997) do Concurso Internacional “A. Pedro|” como regente de orquestra e também foi premiado no Concurso Internacional “C. Zecchi” (1989). Já se apresentou com as mais importantes e pres giadas orquestras, dentre elas: Orchestra Sinfonica da Radio de Moscou (Russia); Orchestra Filarmonica di Bucarest (Romênia); Haifa Symphony Orchestra (Israel); Orquesta de Euskadi (País Baixo Espanha); Orchestra da Camera Radio Bucarest (Romênia); e na Itália, Teatro S. Carlo de Napoles; Orchestra di Padova; Orchestra Sinfonica Siciliana ; Orchestra Internazionale d´Italia; Orchestra di Roma e de Lazio; Orchestra Sinfonica Abruzzese; Orchestra Sinfonica di Sanremo; I Filarmonici di Verona; Roma Sinfonie~a; Opera di Tirana (Albania); Orchestra “Haydn” di Bolzano; Arena di Verona; Teatro dell´Opera di Roma; Orchestra J-Futura di Trento. Regeu vários solistas de renome como: Stefano Zanche~a, Glauco Bertagnin, Francesco Manara, Francesco Pepicelli, Enrico Dindo, Ricardo Gallèn, Duo Melis, Massimo Quarta, Florin Ionescu-Gala , Stan Zanfirescu, Vincenzo Bolognese, Nello Salza, Peter Sadlo, Ricardo Gallèn, il Duo Chitarris co Melis, Alessandro Safina oltre a Shirley Verre~, Pietro Ballo, Peter-Lukas Graf, Mariana Sirbu, Rocco Filippini, Daniela Mazzucato, Mario Ancillo|, Carla Fracci, Antonio Salvatore, Massimo Mercelli etc. Foi assistente de Gennadi Rozhdestvensky na London Symphony, na BBC Symphony, e é professor da´Accademia Chigiana. Foi assistente do grande maestro Lorin Maazel. Desde a metade dos anos 1980 se dedica à divulgação das obras de Astor Piazzolla pelo qual é considerado, pela crí ca, um dos maiores experts no campo internacional. Organista da Corte di Borbone Reali das Duas Sicilias, desde 1996 é Cavaleiro de Merito dell´Ordine Costan niano di S. Giorgio. Realiza conferências e seminários sobre técnica instrumental e forma musical sobre o tema “La Sinfonia Juppiter: Mozart construção entre o justo e o perfeito”. Na Itália é professor de estudos orquestrais no Conservatório do Estado desde 1986.
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Gisele Ganade
Regente do Coro Minaz e solista mezzo-soprano
Nascida em Campinas-SP, cursou regência na Unicamp de 1985 a 1990, estudou canto com Niza de Castro Tank e Leilah Farah e viola com José Eduardo Gramani. Integrou orquestras jovens da Sociedade Lítero Musical de Ribeirão Preto e de Campinas como violista. Foi orientadora de técnica vocal do Coralusp (Ribeirão Preto), Madrigal in casa, Coral IBM e Coral Petrobrás (Campinas). Ministrou oficinas de canto na PUC de Campinas, Conservatório Carlos Gomes de Campinas, Casa da Cultura de Araraquara, Escola Municipal de Música de Jabo cabal, Oficina Cultural Cândido Por nari de Ribeirão Preto, 22° Fes val de Música de Londrina. Integrou os corais do Theatro Municipal de São Paulo. É criadora da Cia. Minaz, onde atua como diretora musical, regente preparadora vocal e solista tendo realizado montagens de óperas, musicais e concertos como: La Serva Padrona (Pergolesi), A Flauta Mágica e Bodas de Fígaro, Barbeiro de Sevilha, Cavalleria Rus cana, Pagliacci, La Traviata, a cantata Carmina Burana, os musicais Ópera do Malandro, Sal mbancos, Hair, Queen, Beatles, inúmeros concertos com corais orquestras e solistas como Missa da Coroação, Missa Brevis in D e Réquiem (Mozart), Stabat Mater (Pergolesi), Missa di Gloria (Puccini), Chorus 10 (Villa-Lobos). Ocupa a Cadeira número 49 da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto. Recebeu da Câmara de Vereadores o tulo de “Cidadã Ribeirão-pretana” em 1999.
Coro SOPRANOS Alana Galhardo Zuchini, Alessandra Lodoli, Alessandra Valim, Ana Carolina Furlan, Ana Cris na Mengelle, Ana Mira, Bruna Denadai, Carolina Franco, Carolina Simões, Conceição de Paula, Cris na Curtarelli, Daniela Bombonato, Elisabete Malta, Eunice Cruz, Gabriela Francheck, Gabriela Momesso, Isabella Mengelle, Júlia Balieiro, Laís Schiarreta Frasse o, Lara Stocco, Lílian Giovanini, Lourdes Moreira, Lúcia Sant’Ana, Márcia Cantano, Márcia Carvalho, Maria Ignacio, Mariana Cunha, Natália Mar ns, Raquel Alves de Queiroz, Roberta Dantonio, Roseana Gomes Solon, Samantha Gordo, Sandra Bento, Silvia Penha, Stella Vilar, Taís Pacini, Vitória Coimbra. CONTRALTOS Andrea Luzzi, Bruna Aono, Bruna Conechoni, Calima Carneiro, Cândida Alem, Claudete Musa, Daniela Alves, Daniela Tosta Bruderhausm, Débora Camacho, Fernanda Fagundes Muraca, Fernanda Marx, Gabrielle Nellis Bragaglia, Laís Cantano, Lilian Luchesi, Luara Pepita, Maria Célia Tambasco, Mariana Carlucci, Marina Barbosa Garcia Lippi, Marina Belelli, Marina Pereira, Mônica Fejes, Mônica San ago, Regina Sisdelli, Silvia Sella, Simone Amoreira. TENORES Alexandre Galante, Andrei Frateschi, Cláudio Frateschi, Fábio Salles de Andrade, Luiz Henrique Franco, Márcio de Pádua, Matheus Ferreira, Mí a D’Acol, Ozório Christovam, Paulo Telles Filho, Pedro Coelho, Rafael Ramos, Rafael Stein, Sasha Ganade, Stefano Giroto. BAIXOS Anderson Dias, André Rosse}, Caio Conechoni, Camilo Calandreli, Cláudio Cellani, Eduardo Name Risk, Fábio de Moraes, Flávio Quin no, Gabriel Locher, Gianni Sabino, Lucas Curtarelli, Luiz Carlos Braga, Marcelo Barbosa Junior, Marcos Pinafo, Matheus de Souza, Matheus Ramo Borges, Paulo Barato, Paulo Sérgio de Lima, Plínio Salmazo Vieira, Ricardo Vieira Elias, Roberto Augusto, Sérgio Henrique Pinafo, Ulrich Ganade D’Acol, Victor Mundin. Regente: Gisele Ganade Pianistas preparadores: Fernando Henrique Oliveira (coral) e Flávia Botelho (solistas)
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Adélia Issa Soprano
Uma das mais importantes cantoras líricas brasileiras, Adélia Issa iniciou seus estudos de canto com Herminia Russo em São Paulo e frequentou a Manha~an School of Music, em Nova York, onde também par cipou de workshops de cena lírica ministrados por Lou Galterio, da New York City Opera. Fez cursos de aperfeiçoamento operís co com Graziella Sciu| e, mais recentemente, com Nico Castel, na Metropolitan Opera de Nova York. Em música de câmara, trabalhou sob a orientação do renomado pianista Dalton Baldwin. Tem se apresentado por todo o Brasil, Estados Unidos e Europa, em recitais, concertos sinfônicos e em óperas, sob a regência de Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Eugene Kohn, John Neschling, Alceo Bocchino, Roberto Minczuk, Roberto Ricardo Duarte, Aylton Escobar, Osvaldo Colarusso, e vários outros maestros de igual renome. Tem atuado como solista junto às principais orquestras brasileiras, em obras como Stabat Mater de Rossini, Paixão Segundo São Mateus de Bach, Les Noces de Stravinsky, Sinfonia n° 4 de Mahler, Missa em Dó menor de Mozart, Réquiem de Verdi, Nona Sinfonia de Beethoven e A Criação de Haydn, entre inúmeras outras. Dentre suas atuações mais importantes em ópera destacam-se Un Ballo in Maschera de Verdi, ao lado do tenor Carlo Bergonzi, Carmen de Bizet, com Plácido Domingo e Fidelio de Beethoven, com regência de Stefan Lano. Foi solista nas primeiras audições mundiais de obras de Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Gilberto Mendes, Kilza Se|, Paulo Costa Lima, e no Réquiem de Cláudio Santoro, com regência do compositor. Par cipou também das primeiras audições brasileiras de Strophen, do polonês K. Penderecki, com regência de Fábio Meche|, e do Réquiem do húngaro F. Hidas, com regência de László Marosi.
Ozório Christóvam
Tenor
Formado em Comunicação Social pela Unesp-Bauru, cursa o úl mo ano de Música na USP/ Ribeirão Preto. Desde muito jovem estuda canto lírico com a professora e maestrina Gisele Ganade, integrando como coralista e solista os espetáculos produzidos pela Cia. Minaz. Par cipa regularmente de workshops com grandes cantores do cenário lírico brasileiro. Nestes anos, par cipou como solista em montagens como a cantata profana Carmina Burana (Carl Orff), o espetáculo de ópera estúdio de A Flauta Mágica (Mozart), I Pagliacci (Leoncavallo), a Missa Brevis, a Missa da Coroação e o Réquiem (Mozart), este úl mo juntamente com a OSRP, a Ópera do Malandro (Chico Buarque) e o musical Hair (Rado e Ragni); tendo sido regido por maestros como, Cláudio Cruz, Roberto Minczuk, Achille Picchi e Tulio Colacioppo entre outros. Desenvolve atualmente entre apresentações de concertos e óperas, trabalhos em pesquisas musicológicas, publicando ar gos e par cipando de congressos nacionais e internacionais, como o 13th Interna onal RIdIM Conference em Salvador e VI Congresso da Sociedade Chilena de Musicologia em San ago/Chile. É professor de História da Música na Cia. Minaz.
Carlos Eduardo Marcos Baixo
Pianista e cantor, Carlos Eduardo graduou-se em Música, estudou canto lírico com Mitzi Frölich, Caio Ferraz e Benito Maresca. Dentre os principais papéis estão as óperas Die Zauberflöte e Le Nozze di Figaro (Mozart), Aida, Otello, Nabucco e La Forza Del Des no (Verdi), Salome, Der Rosenkavalier e Ariadne Auf Naxos (R. Strauss). Par cipou das estreias mundiais das óperas brasileiras O Anjo Negro (Ripper), A Tempestade (Miranda), Eros-ion! (Chagas), Olga (Antunes), e O Rei que Ninguém Viu (Travassos). Na área de música sacra e sinfônica já cantou Saul e The Messiah (Haendel), Johannes Passion, Ma~häuspassion, Magnificat, Messe H-moll, Christ Lag in Todesbanden, Wachet auf, ruw uns die S mme e Ich Habe Genug (Bach), entre outros. Já cantou sob a regência de Abel Rocha, Alex Klein, Aylton Escobar, Carlos Moreno, Cláudio Cruz, Celso Antunes, Francesco La Vecchia, Gianluca Mar nenghi, Ira Levin, Isaac Karabtchevsky, Jamil Maluf, José Luis Domínguez, José Maria Florêncio, John Neschling, Karl Mar n, Kris an Commichau, László Marosi, Luís Fernando Malheiro, Lutero Rodrigues, Mara Campos, Mário Zaccaro, Naomi Munakata, Nicolau de Figueiredo, Oswaldo Ferreira, Parcival Módolo, Rani Calderon, Richard Armstrong, Roberto Minczuk, Roberto Tibiriçá, Rodrigo de Carvalho, Samuel Kerr, Silvio Viegas, Tiago Pinheiro, Túlio Colaccioppo, Víctor Hugo Toro, Walter Lourenção, entre outros.
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APRESENTA
nÂş 1.208
Programa Regente: Reginaldo Nascimento Solista: Carlos Eduardo Santos (violino) F. Mendelssohn - As Grutas de Fingal - Abertura F. Mendelssohn - Concerto para Violino em Mi menor
08 de abril de 2012 | 10h30 Theatro Pedro II MinistĂŠrio da Cultura
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Reginaldo Nascimento Regente
Iniciou seus estudos na Congregação Cristã do Brasil na cidade de São Paulo. Posteriormente estudou na Universidade Livre de Música – Oficina Três Rios, sob a orientação dos professores Nadilson Gama (violino) e Teresinha Schnorenberg (música de câmara). Foi integrante da Orquestra Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo, Orquestra de Câmara do SESC Vila Nova, Orquestra Sinfônica Municipal de Barretos e Orquestra Sinfônica do Estado do Mato Grosso. Par cipou como bolsista e músico convidado dos fes vais de Curi ba, Prados e I Fes val Internacional de Campos do Jordão em 2004, dentre outros. Foi regente- tular da Orquestra Filarmônica Jovem de Ribeirão Preto entre 2000 e 2002. Fundador da Orquestra de Câmara do ex nto Conservatório Carlos Gomes de Ribeirão Preto. Em 1999, fazendo parte do corpo docente do Conservatório Estadual Renato Frateschi, em Uberaba-MG, foi regente e solista, além de coordenar a gravação do CD “Ecos de uma vida” com composições de Alberto e Renato Frateschi. Como solista, apresentou-se frente a todas as orquestras já citadas, incluindo a OSRP, de onde é membro desde 1993. Como violinista recebeu aulas de Elina Suris (Rússia), Silvje Balaz (Croácia), Zdnek Bros (República Tcheca). E como regente teve aulas com os maestros Jorge Salim e Zen Obara (Japão). Atualmente recebe orientações de violino e regência do maestro e violinista Cláudio Cruz e, desde a temporada de 2010, é regente-assistente da OSRP. É graduando do curso de Música da ECA-USP Ribeirão Preto e regente-fundador da Orquestra de Câmara de Ribeirão Preto desde 2009. Em 2011 foi selecionado entre jovens maestros do mundo para par cipar do 4th Conductor’s Academy Masterclass em Radom na Polônia e regeu a Radomska Orkiestra Kameralna. Também em 2011 foi maestro-assistente do 42º Fes val Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Em 2012 par cipará do masterclass de regência com a maestrina Ilona Mésko e a MÁV Symphony Orchestra na Hungria no mês de agosto.
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Carlos Eduardo Santos Violinista
Diplomado em violino com o tulo de bacharel em Música-Habilitação em Violino, pela EMAC-UFG, na classe do professor Alessandro Borgomanero (GO). Par cipou de vários cursos com renomados ar stas do cenário nacional e internacional, tais como: Evgenia Popova (Bulgária), Paulo Bosísio (RJ), Albrech Breuninger (Alemanha), Daniel Guedes (RJ), Omar Guey (SP), Rodolfo Bonucci (Itália), Carmelo de Los Santos (EUA) e Elisa Fukuda (SP). Foi violinista da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Camerata Goiazes, Orquestra Sinfônica do Estado de Mato Grosso e com esta tem gravado diversos CD´s. Por uma temporada foi violinista da Orquestra Sinfônica Brasileira onde esteve sob a batuta de Lorin Maazel. Em 2011, esteve na Espanha onde par cipou de uma turnê para aperfeiçoamento técnico em Barcelona. Atualmente, recebe orientações técnicas e musicais do violinista e spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo Cláudio Cruz e atua como músico contratado da OSRP e Orquestra Filarmônica de São Carlos.
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Concerto Pascal nº 1.212
Programa
Regente: Reginaldo Nascimento Solistas: Gustavo Costa (tenor), Wladimyr Carvalho (barítono), Cris na Modé (mezzo-soprano), Renata Ferrari (soprano) e Carlos Gonzaga (barítono) Regente do Coro - Snizhana Drahan Parccipação - Coro de Câmara da OSRP J. S. Bach - Paixão Segundo São João
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6 de maio de 2012 | 18h Centro Cultural Palace
Snizhana Drahan
Regente do Coro da OSRP
Snizhana Drahan é formada em Regência Coral pela Academia Nacional de Música da Ucrânia (1998). Em 1998 e 1999 foi regente e professora de Regência na Faculdade de Música da Universidade de Pedagogia (Ucrânia). Trabalhou como regente do Coral Infan l da Igreja Ortodoxa, com o qual fez turnê pela França, e como regente no Grande Coral Infan l da Fábrica de Aviões Antonov, com o qual fez turnê pela Bulgária. Desde 1999 desenvolve intenso trabalho pedagógico na área de canto e canto coral no Brasil ministrando oficinas de regência e canto na região junto com a Secretaria de Estado da Cultura e Oficina Cândido Por nari. Fundou vários grupos corais que funcionam até os dias de hoje, organizou e par cipou como cantora de inúmeros recitais e shows. Desde agosto de 2008, coordena a Escola de Canto Coral (ECC) da OSRP, cujos coros adulto e infan l vêm se apresentando no decorrer desses anos no Theatro Pedro II. Em 2007, concluiu o mestrado na área de Musicologia (ECA-USP) e, atualmente, está desenvolvendo a pesquisa na área de voz em nível de doutorado na USP-Ribeirão Preto.
Cristina Modé Mezzo-soprano
Formada no curso de Licenciatura em Educação Ar s ca com habilitação em Música pela Universidade de Ribeirão Preto. Graduada em Instrumento - Piano e em Fonoaudiologia. Especialista em Voz, pelo CEV-SP. Atuou como docente no curso de Musicoterapia, nas matérias de Prá ca Vocal e Distúrbios da Voz e da Fala e no curso de Direito na matéria de Oratória, da Universidade de Ribeirão Preto. Em 2006, 2007 e 2008 deu aulas no curso de Fonoaudiologia da USP, como professora convidada, na matéria de Voz Profissional. Par cipou da montagem das óperas-estúdio: “A Flauta Mágica” (1992); “Bodas de Fígaro” (1993); “Don Giovanni” (1996), em Ribeirão. Atualmente, atua como professora de canto e fonoaudióloga em sua clínica par cular, e regente do Coral da Unaerp e do Chorus Vox. Apresenta-se regularmente como cantora lírica (mezzo-soprano) em recitais, audições e saraus na cidade de Ribeirão Preto e região. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.
Wladimyr Carvalho
Barítono
Em 1987 iniciou estudos de canto lírico. Atualmente tem como orientadora e professora a cantora lírica Céline Imbert. Integrou o elenco de diversas montagens de ópera-estúdio: “As Bodas de Fígaro” (Fígaro), “A Flauta Mágica” (Papageno), de Mozart, “La Serva Padrona” (Uberto), de Pergolesi e “O Barbeiro de Sevilha” (Dom Basilio), de Rossini. Realiza vasto repertório sacro como solista: “Oratório de Natal”, “Magnificat”, “Cantata 142”, “Cantata 56”, “Cantata 82”, “Cantada 147”, “Paixão Segundo São João” e “Paixão Segundo São Mateus”, de Bach, “Missa Brevis em Ré Maior K 194”, “Missa da Coroação” e “Missa de Requiem”, de Mozart, “Missa em Sol Maior”, de Schubert, “Missa de Gloria”, de Puccini, sendo esta com primeira execução no Brasil, em concertos em Ribeirão Preto e Campinas (SP) em 2003, sob a regência do maestro italiano Antonio Pantaneschi. Par cipou de vários concertos como solista, sob a batuta de maestros como Sérgio Alberto de Oliveira, Marcos Pupo Nogueira, entre outros nomes importantes. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.
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Renata Ferrari Soprano
Bacharel em Canto e Arte Lírica, pela ECA-USP, sob orientação da professora Yuka de Almeida Prado. Em 2005 foi bolsista do 36º Fes val Internacional de Inverno de Campos do Jordão sob a orientação dos professores Fernando Portari e Rosana Lamosa. Em 2006 foi bolsista do 28º Curso Internacional de Verão de Brasília, onde fez aulas com Marta Herr e André Vidal. Par cipou de diversos master classes, entre eles, com a mezzo-soprano russa Elena Obraztsova e Ricardo Ballestero. Em 2007 ficou em 2º lugar no concurso Jovem Solista do Departamento de Música da USP de Ribeirão Preto e estreou na ópera Rigole o, de Verdi, como condessa de Ceprano no Teatro Pedro II, de Ribeirão Preto. Realiza recitais e apresentações como solista em vários lugares. Já atuou com o Quarteto Por nari, na Sala São Paulo, par cipou do projeto Cultura em Canto, no Theatro Pedro II de Ribeirão Preto, e já solou junto à OSRP, na Igreja Santo Antonio de Pádua, e no Concerto de Natal, sob regência do maestro Cláudio Cruz. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.
Gustavo Costa Tenor
Iniciou as a vidades com música aos 12 anos de idade, no Coral Meninos Cantores de Campinas-SP, e também formou seu primeiro projeto na música popular. Tem se destacado como tenor camerista solista. Em 2007, lançou seu primeiro disco profissional junto ao grupo QUIZ Grooves & Cia (Independente). É bacharel em Música pela Universidade Estadual de Campinas. Teve aulas com Adriana Giarolla Kayama, Edmundo Hora, Regina Machado, Rafael dos Santos, Mário Campos, Hilton Valente, Marcelo Onofri, Marília Vargas, Jean Paul Fouchécourt (França), Gerd Türk (Alemanha), Christoph Genz (Alemanha) e Jan Van Elsacker (Bélgica). Par cipou de projetos como Ary Barroso - uma homenagem, em 2003 em Campinas, sob direção do contrabaixista Jorge Oscar e da atriz Sara Lopes; ópera A Flauta Mágica (W. A. Mozart), em Campinas, sob direção de Kathryn Hartgrove (Georgia State University) em 2008; no mesmo ano, foi solista em Messiah (G. F. Haendel), com a Orquestra Sinfônica da UNICAMP; em 2009, atuou como tenor solista nas montagens de Catulli Carmina (Carl Orff), sob direção de Carlos Fiorini, e Bas en Und Bas enne (W. A. Mozart); em 2010, par cipou como solista na cantata “Carmina Burana”, em Campinas, sob direção e regência do alemão Hans-Peter Schurz, além de atuar como solista na montagem comemora va dos 400 anos de Vespro Della Beata Vergine (Claudio Monteverdi), sob direção de Roberto Rodrigues. Integrou o naipe de tenores do Coro OSESP em 2010 e 2011. Em 2011, foi selecionado para o coro oficial do Schleswig-Holstein Musik Fes val 2011, na Alemanha, e par cipou como solista da cantata Carmina Burana, em Jundiaí-SP e Sorocaba-SP. É intérprete, diretor e produtor ar s co do espetáculo “Delírico – o Mundoceano” - primeiro projeto solo, que estreou em 2009 em Campinas.
Carlos Gonzaga Barítono
Bacharelando em Canto e graduado em Licenciatura em Música pela USP . Tem formação em Qigong e Yoga Taoista, que são temas de suas pesquisas com interdisciplinaridade em música sob orientação das professoras-doutoras Milena Flória-Santos e Yuka de Almeida Prado, realizando pesquisas na área de saúde e de canto, com trabalho apresentado e publicado no Interna onal Symposium on Performance Science 2011 em Toronto, Canadá. Professor do Ins tuto de Música de Ribeirão Preto é aluno das professoras Yuka de Almeida Prado e Céline Imbert, tendo par cipando de master classes com os cantores Edmar Ferre , Fernando Portari, Rosana Lamosa e Margrete Enevold (Copanhagen – Dinamarca) entre outros.
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Coro de Câmara da OSRP SOPRANOS Carla Barreto Isabela Mestriner Snizhana Drahan Fernanda Onofre
TENORES David Araujo João Carlos Simão Ricardo Fenerich Cyrilo Gomes
MEZZO]SOPRANOS Andrea Candido dos Reis Cris na Modé Priscila Cubero Tamara Pereira
BARÍTONOS Alexandre Mazzer Eliton de Almeida Guilherme Vasconcelos Thiago Garofalo
Regente do Coro: Snizhana Drahan
Pianista: Saimonton Reis
Institucional O Coro de Câmara da OSRP foi formado em 2011 por músicos/cantores profissionais que há vários anos aresentam-se como solistas em Ribeirão Preto e cidades da região, em vários eventos, com sua valoroza arte. Este é o primeiro coro profissional da região. Dentre estes profissionais, existem muitos que já possuem carreira internacional, comprovando a qualidade e a profissionalização dos integrantes deste coro. A primeira apresentação oficial do grupo foi em novembro de 2011 em um concerto na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto. O repertório do Coro de Câmara da OSRP inclui obras de Bach, Mozart, Haendel, Vivaldi, Puccini, Verdi e vários outros compositores importantes da música erudita. Além de promover cultura e alegria, o Coro de Câmara tem como proposta garan r o acesso à música erudita por todos e realizar apresentações com temá cas diferentes. O Coro de Câmara da OSRP possui uma página na internet: osrpcoral.blogspot.com.br. Neste endereço encontram-se todas as informações dos corais da OSRP. Para contratar o Coro de Câmara da OSRP, entre em contato pelo e-mail: coral@osrp.org.br ou telefone (16) 3610-8932.
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Ficha Técnica Presidente Décio Agos nho Gonzalez Vice-presidente Dulce Neves Gestora Mariangela Quar m Regente convidado Gian Luigi Zampieri Regente-assistente Reginaldo Nascimento
TROMPAS Edgar Fernandes Ribeiro Filipe Rocha Carlos Oliveira Portela* Moises Henrique da Silva Alves*
VIOLINOS I Denis Usov ° Marcelo Soares Anderson Oliveira Estera Elzbieta Kawula**** Petar Vassilev Krastanov Eduardo Felipe C. de Oliveira Mariya Mihaylova Krastanova Giliard Tavares Reis
TROMPETES Naber de Mesquita Alessandro da Costa
VIOLINOS II Anderson Farinelli da Cunha °° Ilia Iliev Carlos Eduardo Santos Marcio do Santos Gomes Júnior Hugo Novaes Querino Camila Gallo Schneck* Jonas Mafra José Roberto Ramella VIOLAS Willian Rodrigues °° Guilherme Pereira Daniel Isaias Fernandes Daniel Fernandes Mendes Adriel Vieira Damasceno* Michele da Silva Picasso* Fábio Schio ** Gabriel San ango Mateos** Victor Botene de Oliveira**
TROMBONES Ricardo Pacheco José Maria Lopes TROMBONE BAIXO Paulo Roberto Pereira Junior TÍMPANOS Luiz Fernando Teixeira Junior PERCUSSÃO Jéssica Adriana dos Santos Ornaghi*** Kleber Felipe Tertuliano* Walison Lenon de Oliveira Souza*** ARQUIVO MUSICAL Leandro Pardinho ARQUIVO HISTÓRICO Gisele Haddad PRODUÇÃO Lara Costa José Antonio Francisco
VIOLONCELOS Richard Gonçalves °° Jonathas da Silva Silvana Rangel Svetla Nikolova Ilieva Ladson Bruno Mendes Mônica Picaço* Robson Fonseca Ferreira**
DEPTO. DE SÓCIOS E PATRONOS Gerusa Olivia Basso
CONTRABAIXOS Márcio Pinheiro Maia °° Walter de Fá ma Ferreira Vinícius Por~rio Ferreira Lincoln Reuel Mendes
EQUIPE TÉCNICA Elvis Nogueira Mota da Silva Ricardo Rosa Ba sta
FLAUTAS Sara Lima Sérgio Francisco Cerri Riane Benedini
ASSESSORIA DE IMPRENSA Blanche Amancio Daniela Antunes Bruna Zanuto
CLARINETAS Krista Helfenberger Muñoz Bogdan Dragan
° Spalla °° Chefe de naipe * Estagiários ** Músicos licenciados *** Trainee **** Convidado
FAGOTES Lamar ne Tavares Denise Guedes de Oliveira Carneiro
INSPETOR José Maria Lopes
Patronos e Patrocinadores Ambient Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto Astec - Contabilidade Augusto Mar nez Perez Banco Ribeirão Preto S/A Brasil Salomão & Ma hes S/C Advocacia Caldema Cia. Bebidas Ipiranga Colégio Brasil Construtora Carvalho Construtora Said Editora Atlas S/A Estacionamento StopPark Espaço Uomo Fundação Waldemar Barnsley Pessoa Grupo WTB Hospital São Francisco Sociedade Ltda. Hotel Nacional Inn Interunion Itograss Agrícola Alta Mogiana Ltda. Jornal A Cidade Leão Engenharia Matrix Print Maurílio Biagi Filho e Vera Lucia de Amorim Biagi Maubisa Mesquita Ribeiro Advogados Molyplast Com. Imp. e Exp. Ltda. OHL Brasil Price Auditoria Proservices Informá ca RibeirãoShopping Riberball San Bruno’S Ro cerie Doceria Santa Helena Industria de Alimentos S/A São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Savegnago Supermercado Ltda. UNISEB COC Stream Palace Hotel Telefonica Usina Alta Mogiana S.A. - Açúcar e Álcool Usina Batatais S/A Açúcar e Álcool Usina Moreno Usina Santo Antonio Usina São Francisco Vila do Ipê Empreendimentos Ltda. 31