painel Ano XVIII nº 249 dezembro/ 2015
Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
AEAARP
Os profissionais do ano AEAARP José Aníbal Laguna, Orlando Barbosa de Freitas e Guido De Sordi são os homenageados de 2015
OBRA Está pronta a ampliação da sede ETANOL Desempenho da indústria não afeta o produto MEMÓRIA A história da aviação está em São Carlos
Editorial
Eng. civil Carlos Alencastre
UM ANO DIFÍCIL Para o setor produ vo, 2015 foi o ano do pé no freio. Todos es vemos atentos ao no ciário, às informações que chegam de tempos em tempos colocando os holofotes sobre questões muito graves, que preocupam a todos, mas, sobretudo, nos oferecem nova chance de reflexão e de atuação no mundo dos negócios e no mercado de trabalho. A redução do ritmo da economia reposicionou inves mentos e levou profissionais a mudarem os rumos de suas carreiras. Antes, por exemplo, a no cia recorrente era a da falta de engenheiros no mercado. Agora, é o desemprego desta categoria. O ano de 2016 será o ano do desafio. O cenário desolador da economia, o no ciário polí co esbarrando no policial e as intempéries climá cas, que acabam agravando ainda mais a situação, precisam ser oportunos para cada cidadão promover uma mudança pessoal, que diz respeito às coisas triviais, como, por exemplo, o orçamento domés co, e até o trabalho ou o po de carreira na qual pretende inves r. Temos excelentes exemplos a serem seguidos. O Prêmio Profissionais do Ano AEAARP 2015 foi exemplar neste sen do. A en dade homenageou três homens empreendedores, cada um a seu modo, e que exerceram suas profissões exemplarmente. O arquiteto Orlando Barbosa de Freitas chegou à cerimônia determinado a usar o tempo des nado à sua fala para dar um recado às próximas gerações de arquitetos e também ao poder público. O engenheiro José Aníbal Laguna, orgulhoso e feliz com o reconhecimento da en dade, deu ênfase não às conquistas pessoais, mas àquelas pelas quais trabalhou cole vamente. O agrônomo Guido De Sordi ensinou a todos que é necessário ter bom humor e alegria em todos os momentos da vida, compar lhando o bem mais precioso que é o conhecimento. Certamente, quando olham para trás, Barbosa de Freitas, Aníbal Laguna e De Sordi veem histórias de êxito, comprovadas por seus currículos e por ólios. Todas as dificuldades pelas quais passaram se converteram nos aprendizados que os fizeram fortes e proporcionaram robustez às suas carreiras. É verdade que 2015 não acabará da forma como gostaríamos. Mas, é certo que 2016 nos oferece grandes possibilidades. Sigamos em frente. Eng. civil Carlos Alencastre Presidente
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / aeaarp@aeaarp.org.br
Expediente
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento Alencastre Presidente Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho 2º Vice-presidente DIRETORIA OPERACIONAL Diretor Administrativo: eng. agr. Callil João Filho Diretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria Filho Diretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes Alves Diretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite DIRETORIA FUNCIONAL Diretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes Araújo Diretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto Diretor Social: arq. e urb. Marta Benedini Vecchi Diretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino
ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO
DIRETORIA TÉCNICA Agronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira Rosa Arquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes Santos Engenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna Conselheiros Titulares Eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres Eng. civil Edgard Cury Eng. civil Elpidio Faria Junior Arq. e eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Franco do Amaral Eng. agr. Geraldo Geraldi Jr Eng. agr. Gilberto Marques Soares Eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado Eng. elet. Hideo Kumasaka Eng. civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo Arq. Luiz Eduardo Siena Medeiros Arq. e urb. Maria Teresa Pereira Lima Eng. civil Ricardo Aparecido Debiagi
Índice
Conselheiros Suplentes Eng. agr. Alexandre Garcia Tazinaffo Arq. e urb. Celso Oliveira dos Santos Eng. agr. Denizart Bolonhezi Eng. civil Fernando Brant da Silva Carvalho Arq. e urb. Fernando de Souza Freire Eng. agr. Ronaldo Posella Zaccaro
ESPECIAL
05
INSTITUCIONAL
14
CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARP Eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves
AGRONEGÓCIO
20
REVISTA PAINEL Conselho Editorial: - eng. civil Arlindo Sicchieri, arq. urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto conselhoeditorial@aeaarp.org.br
AVIAÇÃO
22
CREA-SP
25
A grande noite da AEAARP
Sede da AEAARP ganha 750 m2
A crise atinge a indústria, mas não o etanol
Em São Carlos, museu guarda joias da aviação civil e militar
Profissionais registrados no CREA não são afetados por decisões de outros conselhos
NOTAS E CURSOS
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39, cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.br Fones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - contato@textocomunicacao.com.br Editora: Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044 Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719 Angela Soares - angela@aeaarp.org.br
26
Tiragem: 3.000 exemplares Locação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718 Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.
Horário de funcionamento AEAARP CREA Das 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30 Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
ESPECIAL
5
Os homenageados – José Aníbal Laguna, Orlando Barbosa de Freitas e Guido De Sordi
A grande noite
da AEAARP
O prêmio Profissionais do Ano AEAARP 2015 homenageou grandes nomes da engenharia, arquitetura e agronomia de Ribeirão Preto
O engenheiro José Aníbal Laguna, o arquiteto Orlando Barbosa de Freitas e o agrônomo Guido De Sordi foram os homenageados da noite elegante no Espaço Golf, que reuniu empresários, profissionais e autoridades. Os secretários Arnaldo Jardim, da Agricultura e Abastecimento, e Antonio Duarte Nogueira Júnior, do Transporte e Logís ca, do governo do estado de São Paulo, par ciparam da cerimônia. O engenheiro Carlos Alencastre, presidente da AEAARP, falou sobre os desafios de engenheiros, arquitetos e agrônomos para o ano de 2016 e ressaltou caracterís cas inovadoras e empreendedoras dos profissionais.
Carlos Alencastre
Antonio Duarte Nogueira Junior
Arnaldo Jardim AEAARP
6
ESPECIAL
Marinho Sampaio, Orlando Barbosa de Freitas
Carlos Alencastre e Marinho Sampaio
Coral Som GeomĂŠtrico
Antonio Duarte Nogueira Junior, Carlos Alencastre, Arnaldo Jardim Revista Painel
Antonio Duarte Nogueira Junior, JosĂŠ Anibal Laguna, Orlando Barbosa de Freitas, Marinho Sampaio, Guido De Sordi, Arnaldo Jardim
7
Wilson Laguna, José Anibal Laguna, Orlando Barbosa de Freitas, Guido De Sordi, Carlos Alencastre João Paulo Figueiredo, José Anibal Laguna, Ercilia Pamplona, Orlando Barbosa de Freitas, Guido De Sordi, Paulo Peixoto
Wilson Laguna, Iskandar Aude, Carlos Alencastre, Hélcio Elias Filho
Tapyr Sandroni Jorge, Fernando Junqueira, Carlos Alencastre, José Guilherme Paschoal
José Carlos Carvalho, Carlos Alencastre, Antonio Carlos Maçonetto, Jorge Rosa
Arnaldo Jardim, Claudia Tonielo, Iskandar Aude, Samanta e Samanta Pineda, Antonio Duarte Nogueira Junior, João Paulo Figueiredo
Arnaldo Jardim e Carlos Alencastre
José Anibal Laguna e Antonio Duarte Nogueira Junior
Wilson Laguna AEAARP
8
ESPECIAL
Marinho Sampaio, Orlando Barbosa de Freitas, Ercilia Pamplona
Daniel e Kelen de Freitas, Mirela Machado, Orlando Barbosa de Freitas e Max Machado
Orlando Barbosa de Freitas
Carlos Alncastre, Juliana de Freitas, Maria Inez de Araújo, Dalva Barbosa Lopes, Orlando de Freitas, Quenderlei e Ermelinda Padilha, Renata Barbosa Lopes
Antonio Duarte Nogueira Junior, José Anibal Laguna, João Paulo Figueiredo
Orlando Barbosa de Freitas e Juliana Zorzetto
Gabriela Machado, José Anibal Laguna, Claudio Benedini Laguna
José Anibal Laguna
José Anibal e Doralice Laguna
Revista Painel
Tathy Santos, Juliana Rodrigues, Erika Laguna Nunes, José Anibal Laguna, Gabriela Machado, Vanessa Biagionni.
9
Arnaldo Jardim, Guido De Sordi, Paulo Peixoto
Gal, Brian, Carolina, Davi, Guido, Valentina e Georgia De Sordi
Guido De Sordi
Guido De Sordi e Loredana Marchiori
Gian, Gal, Guido, Guy e Georgia De Sordi
AEAARP
10
ESPECIAL
Daniel Antunes, Katia Conti, Solange Fecuri, Angela Dorta, Carlos Alencastre, Denize Câmara, Raissa Montanari, Alexandre Fusco, Carla Matos e Paulo Ribeiro
Maraisa Lima e Gilberto Marques
Maria Elisa e Monica Rezende
Tania Veiga, Luciano Banci, João Francisco, Margarida e Brenda Tremeschin
Matheus, Maria Lucia e Denizart Bolonhezi
Monica e Sérgio Araújo, José e Mariangela Barbaro, Carlos Alencastre e Denize Ribeiro, Juliana e Rodrigo Araújo, Gislaine Araújo, Rose e Kleber Bidesi, Vanda e Dante Canela Revista Painel
João Ricardo Tremeschin, José Carlos e Ana Maria Nardy e Giulia Attisano
Nilza e Helcio Elias
Arlindo e Darrel Sicchieri, Lúcia Fáccio e Carmen Silvia Marques
11
Vilma Ferreira e Edinéia Araújo
Marta e Roberto Vecchi
José Eduardo Ribeiro, Carlos Alencastre, Marta Vecchi, João Paulo Figueiredo, Jorge Pereira Rosa, Luis Antonio Bagatin, José Aníbal Laguna, Denizart Bolognesi e Giulio Roberto Azevedo Prado
Marcelo Polo, Harlen Nunes, José Roberto Romero, José Mário Barone, Bruno Cezario e Hideo Kumasaka
Luiz Henrique e Alessandra Nomellini, Hideo Kumasaka, Denize Ribeiro e Carlos Alencastre
Leticia Donati, João Ricardo Tremeschin, Rosa e Paulo Donati
Equipe Stefani Nogueira Incorporação e Construção
Joâo Paulo e Vera Figueiredo
Arlindo Sicchieri Filho, Ruth Montanheiro Paolino, Carlos Alencastre
Juliana e Rodrigo Araújo
Hideo, Sueli e Fabricio Kumasaka, Tamy Urabe, Alyne e Vinicius Kumasaka
Áurea e Marco Antonio Laguna, Esmeralda Machado e Deka Teubl AEAARP
12
ESPECIAL
Denize Ribeiro e Carlos Alencastre
Cantores do Coral Som Geométrico
Marisa e Luis Antonio Bagatin
Ricardo Debiagi, Carlos Alencastre e Gilson Moneta Alberto
José Coutinho, Alexandre e Claudete Paulili, Talita e Bruno Rangel, Marcelo e Liandra Polo, Israel Sampaio, Lohaine Pereira
João Zaccariotto, Augusto, Maria e Elpidio Faria, Ercilia Pamplona, Carlos Alencastre , Sergio e Lucia Ozake
Marcia Duarte, Carlos Alencastre, Narciso Alvares da Silva, Ricardo Barros, Carolina Duarte
Orlando Barbosa de Freitas, Ercilia Pamplona, Juliana de Freitas, Maria Araújo, Dalva e Renata Lopes, Ermelinda e Quenderlei Padilha
Luis Tripoloni, Carlos Alberto e Mercedes de Freitas, Carlos Alencastre, Mariete Tripoloni, Maria e Carlos Segato
Giulio Prado, Ana Claudia Marincek, Marcia e Edison Souza
Fernanda Zanato, Carolina Cesario, Leila e José Roberto Romero Revista Painel
Banda Kuba Libre
Destine 16% do valor da ART para a AEAARP Izilda e Wiliam Matos
(Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto)
Agora você escreve o nome da entidade e destina parte do valor arrecadado pelo CREA-SP
patrocínio
Cantores do Coral Som Geométrico
diretamente para a sua entidade
Contamos com sua colaboração!
14
INSTITUCIONAL
Sede da AEAARP
ganha 750 m
2
Obra encerra-se em dezembro e é resultado de talento, rigor técnico e de gestão
As sedes
Em entrevista para o livro AEAARP 60 anos: Histórias e Conquistas, o engenheiro Décio Se}, falecido recentemente, contou que as primeiras reuniões da AEAARP aconteciam nos subsolos de edi~cios em construção e também no Palacete Innechi, demolido nos anos de 1990. Depois de dividir espaços com outras en dades, como o Aeroclube de Ribeirão Preto, e alugar com dificuldades salas comerciais na cidade, em 1969 a Associação adquiriu o conjunto de número 602 do Edi~cio Padre Euclides, na Rua Visconde de Inhaúma, que acabara de ser construído. No início dos anos de 1980 o então prefeito Antônio Duarte Nogueira doou o terreno ocupado hoje pela en dade, que inaugurou a primeira fase da construção em outubro de 1985. Em 1998 foram acrescidos 641 m2. Em 2008 foi construído o deck e o salão de festas foi modernizado. Em 2011 foi inaugurado o
Revista Painel
segundo andar sobre a sala do CREA-SP e, depois de várias melhorias realizadas nos úl mos anos - como a adequação dos corrimões, pintura interna e externa da sede - a obra atual é inaugurada.
Direção e associados da AEAARP posam ao lado da maquete da sede própria
15
No dia 9 de julho de 1954, em alguma das inúmeras sedes provisórias que a AEAARP teve até 1969, quando foi inaugurada a sala no Edi~cio Padre Euclides, o então presidente Antônio Nogueira de Oliveira apresentou aos diretores da en dade a proposta de aquisição de uma ilha no Rio Pardo. A sugestão, segundo registros em ata, foi considerada “assaz interessante”, mas não prosperou. A primeira sede própria foi conquistada 15 anos mais tarde e, mais de 30 anos depois, começou a construção do atual prédio, ao qual são acrescidos cerca de 750 metros quadrados, resultado de ousadia e trabalho em conjunto. O arquiteto Carlos Alberto Gabarra, autor do projeto, explica que a área inclui infraestrutura completa para a realização de eventos. O desenho observou as caracterís cas das áreas já existentes, também projetadas por Gabarra, para conferir harmonia arquitetônica, tanto na fachada quanto no piso. O engenheiro José Aníbal Laguna é o responsável técnico pela obra, que contempla captação de água de chuva e geração de energia por meio de sistema
fotovoltaico. Laguna es ma que a infraestrutura energé ca seja capaz de tornar o local autossuficiente. Desta forma, diz ele, a gestão dos recursos da en dade é o mizada.
O engenheiro João Paulo Figueiredo, ex-presidente da AEAARP, lembra que o processo da construção, desde a definição do projeto, seguiu normas técnicas e legais. Ele ressalta que a obra começou
AEAARP
16
quando o projeto estava aprovado nos órgãos competentes e os recursos estavam aprovisionados. O agrônomo Callil João Filho, diretor administra vo da AEAARP, geriu a obra e considera que este será mais um importante marco na história da en dade. João Filho lembra que a ampliação valoriza o patrimônio da en dade e proporciona nova fonte de receitas.
Revista Painel
17
Ampliações
À construção do salão de festas foram acrescidos 60 metros quadrados de ampliação do deck e foram reformados cerca de 200 metros quadrados do pá o, que inclui o calçamento do estacionamento para associados e a implantação de um estacionamento para visitantes. Além disso, os inves mentos contemplam a reforma dos jardins, das calçadas e a instalação de duas novas escadas de acesso. O local é equipado com cozinha industrial, ves ário para funcionários de
AEAARP
18
empresas de festas e até mesmo um espaço com isolamento acús co. No piso inferior há uma praça, local de preservação da memória da AEAARP. Lá ficarão as obras de arte que estavam no quiosque, demolido para a ampliação. O quiosque foi o primeiro local criado para encontros sociais da AEAARP, para fazer contatos profissionais e celebrar a amizade.
Revista Painel
19
AEAARP
20
AGRONEGÓCIO
A crise atinge a indústria, mas
não o etanol
Números do mercado demonstram que a caracterísYca estratégica do combusXvel não foi afetada pelo mau desempenho de algumas indústrias
No decorrer de 2015, cerca de 60 indústrias de açúcar e álcool entraram em recuperação judicial em todo o país. Boa parte delas paralisou totalmente a produção enquanto os passivos são negociados. De acordo com o agrônomo Marcos Fava Neves, especialista em análises do setor, há queda na safra em todas as regiões do país. Para o agrônomo Jairo Balbo, diretor industrial das usinas Santo Antônio e São Francisco, da Organização Balbo, os maus resultados devem-se em parte à ingerência do governo. “Quando [o governo] represou o preço da gasolina, criou um mercado falso para todos os combus veis e estrangulou os produtos da livre inicia va, no caso o etanol e o outro subproduto da cana, o açúcar”, explica. Ele conta que, para honrar compromissos externos e não deixar de abastecer o mercado interno, as empresas foram forçadas a se endividar. “Todos perderam: a política econômica, os produtores, os trabalhadores e os consumidores”, diz. De acordo com Fava Neves, o endividamento de algumas empresas do setor em 2015 é parte de uma estratégia acertada, na opinião dele. Uma das Revista Painel
usinas da região de Ribeirão Preto, por exemplo, reteve sua produção aguardando melhores preços. No balanço financeiro, entretanto, aparece o endividamento. Conforme levantamento realizado por Fava Neves, a safra de 2016 pode começar mais cedo em razão da possível sobra de 30 milhões de toneladas de cana-de-açúcar da safra deste ano.
Açúcar
A Organização Internacional do Açúcar (OIA) aponta déficit de 3,5 milhões de toneladas de açúcar no mercado mundial em 2015/16. De acordo com Fava Neves, outras previsões projetam quedas ainda maiores, como a da consultoria FCStone, que prevê o tombo em 5,6 milhões de toneladas. Em 2015, as indústrias usaram a cana prioritariamente para a produção de etanol. Com isso, es ma-se que o Brasil seja responsável por parte desse déficit mundial. “As chuvas no Centro-Sul, o maior consumo de etanol e o provável déficit de açúcar estão jogando os preços do açúcar para cima”, diz Fava Neves. O preço alto es mula as negociações. Segundo o especialista, es ma-se que
as usinas brasileiras tenham vendido até novembro deste ano cerca de 30% do açúcar que será exportado em 2016/17. A média histórica para este momento do ano seria de 10%.
Etanol
João Carlos de Souza Meirelles, secretário de Energia do governo de São Paulo, disse recentemente na AEAARP que o consumo de etanol havia se igualado ao da gasolina. Segundo Fava Neves, em setembro deste ano foram consumidos 1,6 bilhão de litros (48,3% acima de 2014) e no mesmo mês a venda da gasolina caiu 12% e do diesel, 8%. Apesar das dificuldades do ano, as vendas de etanol das usinas para as distribuidoras, de acordo com ele, chegou a 1,7 bilhão de litros, 37% acima de 2014 A fragilidade da Petrobras no úl mo ano pode indicar um caminho promissor para o etanol. “Pensando no futuro da gasolina, que é a principal concorrente do etanol, temos fatos interessantes. A Petrobras vem seguidamente anunciando redução de inves mentos futuros; a capacidade de refino no Brasil é limitada; a venda de novos carros, mesmo com a situação de crise, con nua, abrindo mais
21
A cana e seus parceiros: os alimentos Jairo Menesis Balbo Diretor industrial das usinas Santo Antônio e São Francisco, da Organização Balbo, em Sertãozinho
Recentemente, nos EUA, líderes nacionais e empresários reunidos propuseram um jogo no qual possam prever como estaria a segurança alimentar do mundo em 2020. A lavoura canavieira traz em sua história exemplos indiscutíveis de melhor ‘companheira’ da agricultura de alimentos onde se estabelece. Sem ela, comumente se estabelece a fome, depois que ‘autoridades’ desavisadas a combatem até expulsá-la. Convívio invejável esse dos canaviais com o milho, a soja, o feijão, o amendoim e o sorgo. Principalmente no Brasil. Além de dividir o mesmo espaço com essas culturas de alimentos, a presença da cana e sua tecnologia ajudam a reduzir os custos de produção de suas “parceiras”, barateando o preço da comida. Há uns seis ou sete anos, uma plateia de brasileiros ficou atônita ao assis r à reação silenciosa, sem resposta, do ditador cubano Fidel Castro, em Havana, que
mercado; o elevado endividamento da empresa impede com que esta pra que preços não remuneradores na gasolina e temos uma situação cambial que dificulta a importação de gasolina”, analisa. Fava Neves acrescenta ainda os fatores
acabara de desafiar o Brasil por causa da expansão dos canaviais. Ele disse que passaríamos fome à beira de um mar de cana. Um empresário brasileiro, do setor sucroalcooleiro, ousou devolver o desafio ao ‘comandante’, dentro de seu palácio, mostrando a dura realidade em que vivem os cubanos: “Cuba já foi a maior produtora de cana do mundo e nha alimentos em abundância; depois que o senhor decidiu eliminá-la da ilha, seu país está sem cana e é obrigado a importar 85% dos alimentos que seu povo consome. A que preço?” Meses depois, esse ‘comandante’ solicitou ao mesmo empresário que recebesse técnicos cubanos interessados em informações de como recuperar a produção sucroalcooleira naquele país. O mesmo silêncio constrangedor foi imposto por um cientista brasileiro, ecólogo de referência mundial, ao ex-presidente francês Nicolas Sarkosy, em plena conferência de chefes de Estado em Bruxelas, capital da Bélgica. Era a repe ção do discurso dos que devem conhecer cana apenas pelo rótulo
ambientais à relação de bene~cios que podem ser observados no mercado do etanol. É este também um dos fatores de o mismo para Jairo Balbo. “O setor tem que con nuar aumentando a produtividade agrícola e a eficiência
de garrafa de pinga: “A expansão dos canaviais no Brasil está prejudicando a produção de alimentos e prenunciando a fome!”, bradou Sarkosy. O cien sta brasileiro, que também é engenheiro-agrônomo, interrompeu o então chefe de Estado e de governo da França para ensiná-lo e calá-lo diante de seus pares europeus: “Apenas 2% do território brasileiro são ocupados por canaviais, enquanto 8% do território francês são tomados pelo cul vo de uvas. O senhor pretende eliminar essas vinhas e, por extensão, a produção dos famosos vinhos franceses?” A propósito, esse cien sta, a serviço da FAO, é um dos especialistas frequentemente chamados pelo governo francês, para avaliar as possiblidades ecológicas do aumento ou de novas áreas para o cul vo de uvas na... França. Aliás, ele é formado na França. Portanto, no ‘jogo’ proposto sobre a situação da segurança alimentar no mundo em 2020, a cana-de-açúcar tem condições de ser tular absoluta em qualquer equipe.
industrial através do desenvolvimento de novas tecnologias, sendo de suma importância uma polí ca energé ca que leve em reconhecimento os bene~cios do etanol: produto limpo, renovável e brasileiro”, diz. AEAARP
22
AVIAÇÃO
Republic P-47D Thunderbolt Crédito: Marcio Jumpei
Em São Carlos, museu guarda
joias da aviação civil e militar ComiYva da AEAARP visitou o Museu da TAM, que deverá migrar para São Paulo (SP) nos próximos anos em razão da fusão da empresa com a LAN
Um voo que durou sete segundos, percorreu 60 metros, há três metros do chão, mudou a história do transporte civil e das guerras no mundo. O brasileiro Santos Dumont, a bordo de sua segunda invenção sob o número 14 (consagrada como o 14 Bis), é o autor deste grande feito, em 1906, em Paris (França). Os irmãos norte-americanos Wilbur e Orville Wright, entretanto, teriam conseguido fazer o homem voar alguns anos antes, em 1900, mas sem os testemunhos ou Revista Painel
documentações necessários para desvendar o que poderia ser o grande mistério da aviação mundial: quem inventou o avião. Poderia, mas não é. No Museu da TAM, em São Carlos (SP), o visitante descobre que esta é uma falsa polêmica, já que os três atores, cada uma à sua maneira, têm importância na história da aviação mundial. Para o brasileiro, entretanto, coube a tarefa de converter-se em herói nacional em uma república nascida poucos anos antes, em
1889, e que carecia de ícones. Na entrada do Museu, um túnel do tempo mostra os principais avanços tecnológicos conquistados pelo homem que, para encurtar distâncias, sonhou em ocupar também os céus, apesar de não ter nascido com asas. Mostra, por exemplo, que foi Leonardo da Vinci, 400 anos antes dos Wright e de Dumont, que colocou no papel os primeiros desenhos de um helicóptero, que seria manejado por quatro homens, e de um avião, cha-
23
mado de ornitópteros. No túnel do tempo, o visitante começa a viagem pela influência de Da Vinci e vai até o homem chegar à Lua, passando pelos dirigíveis, as guerras e as aeronaves mais complexas e geniais, como o Concorde e o H-4 Hércules, a maior aeronave feita pelo homem – totalmente construída em madeira e que levantou voo apenas uma vez.
O aviador
O longa-metragem dirigido por Mar n Scorsese conta a história de Howard Hughes, que recebeu uma herança aos 18 anos e passou a viver como um milionário em Los Angeles (EUA), relacionando-se com grandes estrelas do cinema enquanto dedicava-se à sua grande paixão: a aviação. O filme conta a saga de Hughes até conseguir fazer o gigantesco Hughes H4 Hercules levantar voo uma única vez, em 1947.
O museu tem mais de 20.000 metros quadrados de área e é o maior museu de aviação do mundo man do por uma companhia aérea privada. Foi criado a par r da restauração de um an go monomotor Cessna dos irmãos Amaro (Rolim Adolfo e João Francisco) que inspirou a preservação da memória da aviação. O acervo é composto por mais de 90 aeronaves entre pioneiros, clássicos, jatos e caças, a maioria em condições de voo. O museu tem também simuladores, túnel mul mídia, espaço para crianças, exposição de moda dos tripulantes de voos, trajetória da TAM, dentre outras coisas.
Comi va da AEAARP fez visita técnica ao Museu TAM. Nela, os profissionais foram apresentados à história da aviação no mundo, às evoluções tecnológicas e às aeronaves que já compuseram frotas das empresas comerciais, como o Constela on e o Foker 100.
Grumman P-16 Tracker
Aeronave fabricada pela Grumman entre 1954 e 1977 com o obje vo de equipar a U.S. Navy com um an ssubmarino embarcado em porta-aviões. Por duas décadas, foi a arma norte-americana contra os silenciosos submarinos sovié cos durante a Guerra Fria. Serviu no 1º Grupo de Aviação Embarcada (GAE) da FAB de 1961 a 1996, no porta-aviões Minas Gerais. Ano de Fabricação: 1954. Fabricante: Grumman Aircrax Engineering Corp. Local de Fabricação: EUA
Lockheed L-049 Constella on Avião criado em 1940 pela Lockheed Aircrax Corp, servia para rotas comerciais e intercon nentais sem escalas, dentro dos Estados Unidos. Com a Segunda Guerra Mundial, estreou na United States Air Force (USAF) em 28 de julho de 1943. No Brasil, foi introduzido pela Panair, que o u lizou entre 1946 e 1965. O exemplar exibido esteve abandonado no Paraguai por 34 anos e foi restaurado apenas para fins de exibição está ca. Não voltará a voar. Ano de Fabricação: 1946. Fabricante: Lockheed Corpora on. Local de Fabricação: EUA
Messerschmi BF 109 G-4 Trop Caça projetado pelos alemães em 1934, entrou em serviço em 28 de dezembro de 1936. Era o avião principal da Luxwaffe (Força Aérea Alemã) e uma máquina poderosa dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. O exemplar exibido voou no Esquadrão 27 (JG27), no norte da África, o mesmo no qual combateu o virtuose Hans-Joachim Marseille. Ano de Fabricação: 1943. Fabricante: Messerschmi AG. Local de Fabricação: Alemanha AEAARP
24
Mikoyan-Gurevich MiG 21 (Fishbed) Caça a jato de fabricação sovié ca, começou a ser produzido em série em 1959. Era um supersônico total, pois nha a capacidade de alcançar velocidades acima da do som, em amplo espectro de al tudes. Ao todo, mais de 10 mil exemplares foram feitos. Serviu em mais países e guerras do que qualquer outro caça a jato. O exemplar exibido foi fabricado em Moscou (Rússia), em 1973, e pertenceu à Força Aérea polonesa. Ano de Fabricação: 1973. Fabricante: Russian Aircrax Corpora on “MiG”. Local de Fabricação: ex-URSS
Quero-quero 11(A)
Segunda versão do planador Quero-Quero (KW-1) produzida pela Indústria Paranaense de Estruturas (IPE) entre 1969 e 1985. Dele, foram feitos 156 exemplares. Ano de Fabricação: 1975. Fabricante: Indústria Paranaense de Estruturas. Local de Fabricação: Curi ba, PR
Mikoyan-Gurevich MiG-15 UTI Avião a jato fabricado na an ga União Sovié ca, voou pela primeira vez em 1947, sendo produzido em série a par r de 1949. Teve papel fundamental na Guerra da Coreia, uma vez que era superior à frota de aeronaves da United States Air Force (USAF). Saiu de a vidade na década de 1990. O modelo exibido foi construído sob licença em 1956, na an ga Checoslováquia.
Cessna 140-A e Ada Rogato
Ano de Fabricação: 1956. Fabricante: Russian Aircrax Corpora on “MiG”. Local de Fabricação: ex-URSS
Cessna 140 Primeiro monomotor de luxo da Cessna Aircrax Co, construído após a Segunda Guerra Mundial. Este exemplar foi u lizado por Milton Terra Verdi, piloto que pousou por falta de combus vel em uma clareira no cerrado boliviano, em fins de 1960. Ele sobreviveu 70 dias no local, mas morreu antes que o socorro chegasse. A aeronave foi recuperada em 2000 por João Amaro, atual presidente do Museu TAM, com autorização da família do piloto.
Exemplar apelidado de ‘Brasil’, trata-se de um monomotor biplace produzido pela Cessna Aircrax Co. Em 1950, o então ministro da Aeronáu ca presenteou a piloto Ada Rogato com uma unidade do modelo, com a qual ela recebeu o tulo de Pioneira das Américas por seu primeiro voo solo. Ano de Fabricação: 1949. Fabricante: Cessna Aircrax Company. Local de Fabricação: EUA
Jahú
Ano de Fabricação: 1946. Fabricante: Cessna Aircrax Company. Local de Fabricação: EUA
Dassault-Breguet Mirage 3EBR Primeiro avião de combate europeu a ultrapassar a velocidade Mach-2 (duas vezes a velocidade do som). Foi u lizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pertence à linha IIIE, que começou a ser fabricada em 1961 como caça-bombardeiro de alto desempenho e facilidade de manutenção. Curiosidade: neste avião, voou o campeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna. Ano de Fabricação: 1928. Fabricante: Dassault Avia on. Local de Fabricação: França Revista Painel
Hidroavião monoplano comercializado a par r de 1926 e fabricado na Itália pela Savoia-Marche}. Seu uso era militar e civil. O modelo foi o escolhido pelo comandante João Ribeiro de Barros, o primeiro a atravessar o Atlân co Sul, em 28 de abril de 1927. Em 2002, este exemplar foi tombado como patrimônio histórico de São Paulo. Ano de Fabricação: 1949. Fabricante: Cessna Aircrax Company.. Local de Fabricação: EUA
CREA-SP
Profissionais registrados no CREA não são afetados por decisões de outros conselhos
O CREA-SP divulgou comunicado informando que as atribuições e as competências dos profissionais registrados no Conselho não sofreram alterações, de acordo com a seção IV da Lei nº 5.194/66, de 24 de dezembro de 1966. Veja a íntegra:
Seção IV
Atribuições profissionais e coordenação de suas a vidades Art. 7º - As a vidades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em: a) desempenho de cargos, funções e comissões em en dades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada; b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes,
explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária; c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica; d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios; e) fiscalização de obras e serviços técnicos; f) direção de obras e serviços técnicos; g) execução de obras e serviços técnicos; h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária. Parágrafo único - Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer outra a vidade que, por sua natureza, se inclua no
âmbito de suas profissões. Desta forma, aos profissionais registrados no CREA-SP compete a elaboração de projetos e respectivas execuções referentes à eletricidade, edificações, hidráulica, poços tubulares profundos, sistema viário, transporte, abastecimento e tratamento de água e o desempenho de qualquer outra a vidade que se inclua no âmbito de suas profissões. Também permanecem com as mesmas atribuições os tecnólogos (Resolução n° 313, de 26 de setembro de 1986, do CONFEA) e os técnicos (Decreto nº 90.922, de 06 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei 5.524, de 05 de novembro de 1968, e Resolução nº 278, de 27 de maio de 1983, do CONFEA); assim como todas as demais modalidades registradas no CREA-SP. AEAARP
25
NOTAS E CURSOS
INSTAPAINEL
Foto: Alexandre Fusco
Um contêiner expõe tecnologias de automação residencial na AEAARP. A visita foi feita em conjunto por diretores e conselheiros da AEAARP.
Envie para aeaarp@aeaarp. org.br uma foto feita por você e ela poderá ser publicada nesta coluna
Feira na França O engenheiro Arlindo Sicchieri, vice-presidente da AEAARP, integrou comi va de engenheiros e empresários que visitaram o Salão Internacional da Construção – Ba mat, considerado o principal evento do ramo da construção e da arquitetura no mundo, que aconteceu na França. Mais de 2.600 expositores de diversos países par ciparam do evento, que mostrou soluções para eficiência energé ca e conforto.
novos associados Alexandre Aurélio Castro Ne o Engenheiro civil
Revista Painel
João Carlos Falaschi Engenheiro mecânico
Sergio Luiz dos Reis Ferro Engenheiro civil
revistapainel
26
ANUNCIE NA PAINEL
16 | 2102.1719
angela@aeaarp.org.br