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trelas
pOeMaS feRnanda lUIza
O QuE SãO ESTRELAS Poema de Auta de Souza
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À noite, olhando as estrelas, Como quem sonda um abismo: Meu Deus! O que serão elas? Almas gentis de crianças, Voando as plagas serenas, Como um bando de esperanças. Cheias de amor e de encantos, Hóstias formosas, nevadas, Eucaristia dos santos, Desilusões de poetas, Raios de luz desprendidos, Das asas das borboletas. Para uma encantada horta, Sorrisos tristes, magoados, De uns lábios de noiva morta, Formados da luz serena, Que aureolava os cabelos, Tão loiros de Magdalena. Uma alma branca de rosa, Que os anjos levam da terra Para a Santa mais formosa, O manto azul de Maria, E cada estrela um diamante Que neste manto irradia. De um’asa nívea de arcanjo... Pupilas em luz imersas Dos olhos castos de um anjo... No Azul imenso e sem véu... Ninhos de ouro pequeninos Dos beija-flores do Céu... Os astros, brancos arminhos: Nós somos berços que escondem, As almas dos passarinhos.
CONVERSA COM AuTA DE SOuzA - ESTRELAS
Poema de Fernanda Luiza
Pequena Auta, menina O brilho das estrelas te encanta? Deixa cisma e indagações? Cisma é amor flamejante De alguém que busca respostas Estrelas são reações nucleares De átomos em movimento Não são almas de pequenas crianças Nem sonhos, desilusões ou desalento No choque de átomos vibrantes Que brincam no espaço adentro Ora onda, ora partícula Mas sempre em movimento Ondas eletromagnéticas Com diferentes espectros Atravessa galáxia inóspita Para brincar com você Sim querida Auta de Souza esse espectro invisível, chamamos luz por acaso carrega fótons, travessos Que no nosso olhar matreiro Transforma-se em cores vibrantes Essas estrelas celestes, Que muito lhe chama atenção no cintilar do seu brilho Te levou e guardou no coração É no coração estelar Produzido todos os elementos Que transmutados em pessoas Chamamos Auta, Marias, rebentos.