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te vejo, me vejo
Te vejo. Me vejo.
Em sua juventude, as minhas primeiras descobertas. As primeiras paixões. As primeiras repressões. Um mundo solitário, onde os por quês ficavam sem respostas.
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Incrível! O tempo passou e estou aqui com questões que anos e muitos anos ainda não foram suficientes para obter as respostas.
Me vejo perguntando, como sempre, o que ando procurando, onde estou indo, o que estou fazendo para encontrar as respostas desta busca.
Minha mente é tomada de um turbilhão de imagens. Ora concretas, ora abstratas. Momentos de ausências: imagens e pensamentos.
Fico sem direção. Faço tudo, mas a sensação é de que nada fiz, sempre um vazio.
Volto a você. Sem nome, sem referência, sem passado. Mas é no passado que me reportas, pelas buscas, pelos desejos, por todos os caminhos.
Te vejo nos sonhos que construí e não realizei mas ainda estão vivos e possíveis de realizações.
Me vejo. Te vejo.