Te vejo. Me vejo. Em sua juventude, as minhas primeiras descobertas. As primeiras paixões. As primeiras repressões. Um mundo solitário, onde os por quês ficavam sem respostas. Incrível! O tempo passou e estou aqui com questões que anos e muitos anos ainda não foram suficientes para obter as respostas. Me vejo perguntando, como sempre, o que ando procurando, onde estou indo, o que estou fazendo para encontrar as respostas desta busca. Minha mente é tomada de um turbilhão de imagens. Ora concretas, ora abstratas. Momentos de ausências: imagens e pensamentos. Fico sem direção. Faço tudo, mas a sensação é de que nada fiz, sempre um vazio. Volto a você. Sem nome, sem referência, sem passado. Mas é no passado que me reportas, pelas buscas, pelos desejos, por todos os caminhos. Te vejo nos sonhos que construí e não realizei mas ainda estão vivos e possíveis de realizações. Me vejo. Te vejo. atiliociraudo@gmail.com vivendo e em eterna busca de respostas. Pra tudo, em tudo e em todos. Escritores Brasileiros Contemporâneos
nº.27
Agosto/2021
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