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Advogado brasileiro é suspenso por um ano por ordem de Suprema Corte da Flórida A Suprema Corte da Flórida decidiu suspender por um ano o advogado brasileiro de Deerfield Beach, Max Ricardo Whitney, por causa de uma reclamação contra ele no Florida Bar Association, referente a um caso de imigração que teve início em 2004. A decisão foi publicada no dia 5 de dezembro. Whitney é membro do Bar Association há 17 anos. De acordo com a reclamação, Whitney cobrou $20 mil dólares em janeiro de 2004 de um cliente, que só conseguiu contatá-lo em setembro de 2004, quando descobriu que ele não havia feito nada em relação ao caso. Seus clientes, Michael G. Hill e a brasileira Leila Mesquita de Oliveira, entraram na Justiça contra ele, vencendo o processo em 2007, que foi seguido por recursos por parte da defesa. Whitney enviou um email para o jornal Gazeta News dizendo que foi orientado a “não fornecer nenhuma informação a respeito deste caso, uma vez que ainda cabe recurso referente à decisão da Su-
prema Corte da Flórida”, escreveu, pedindo que a redação entrasse em contato com seu advogado. O advogado de defesa de Whitney, Kevin Tynan, do escritório em Tamarac, R i c h a r d s o n & Ty n a n , P.L.C., disse que ele e seu cliente estão ainda decidindo se entrarão com um recurso. Eles têm 10 dias a partir da decisão da Suprema Corte para recorrer. S e g u n d o Ty n a n , quando um advogado é suspenso, ele tem que renunciar a todos os casos pendentes e deve notificar seus clientes. Whitney está no processo de contatar seus clientes, disse Tynan. O caso Quando contatou Whitney, Hill queria se casar com Oliveira, mas ela foi impedida de entrar nos Estados Unidos por 20 anos por causa de duas entradas ilegais no país. Whitney foi contratado para tentar resolver sua situação de imigração e recebeu $19.365 dólares. Ele fez duas viagens ao Brasil, supostamente para trabalhar no seu caso, mas
por mais de um ano nenhum progresso foi feito e Whitney não respondia quando Hill o procurava. Finalmente, Whitney disse a Hill que não tinha iniciado qualquer coisa para obter a residência legal para Oliveira e aconselhou-o a se casar com Oliveira no Brasil. Oliveira tinha que sair dos EUA para obter o perdão por suas entradas ilegais no país. Em setembro de 2004, Whitney disse que iria precisar de uma taxa adicional para avançar no caso. Hill então dispensou os serviços de Whitney e exigiu um reembolso total e o retorno dos documentos de identidade pessoais de Oliveira. Whitney não devolveu. Em 2005, Hill processou Whitney por má fé no condado de Orange, no caso Hill vs. Whitney. Conforme o caso avançava, Whitney não cooperou com a Justiça. Enquanto isso, Oliveira acabou voltando para o Brasil em 2005. Em 2006, o tribunal do circuito entrou em um
julgamento, concluindo q u e W h i t n e y voluntariamente deixou de cumprir ordens judiciais e se recusou a cooperar com a Justiça. O julgamento final exige que o acusado devolva o valor total de $24,246 dólares, que inclui honorários advocatícios e
taxas da Corte. O árbitro sugeriu inicialmente uma suspensão de 90 dias, mas o S u p r e m o Tr i b u n a l d a Flórida discordou e foi com a recomendação do Bar Association, de um ano de suspensão por violação de várias regras da Ordem dos Advogados da Flórida
(Florida Bar). De acordo com a Suprema Corte, a suspensão tem efeito 30 dias depois da decisão, ou seja, no dia 5 de janeiro de 2014. Assim, o advogado tem tempo para fechar todos os casos pendentes, estando proibido de novas contratações neste período.
Câmara para aprovação, onde recebeu forte resistência do Partido Republicano. Com pouco tempo restante no calendário do Congresso em dezembro e uma agenda
cheia que inclui a aprovação de uma proposta agrária e discussão do orçamento, a votação de uma reforma migratória tenda a ser posta de lado até 2014.
Grupos na Pensilvânia se mobilizam em prol de Reforma Imigratória Os congressistas do Condado de Lancaster, Joe Pitts e Pat Meehan, acreditam que ainda paira no ar a esperança de que ela ocorra no futuro Este deveria ser o ano no qual os legisladores em Washington-DC votariam em uma reforma migratória e, apesar da possibilidade de que algo seja resolvido ainda em 2013 comece a dissipar, os congressistas do Condado de Lancaster, Pensilvânia, Joe Pitts e Pat Meehan, acreditam que ainda paira no ar a esperança de que ela ocorra no futuro. A posição de ambos legisladores
agradou ativistas e fazendeiros locais que compartilham as mesmas ideias sobre o assunto, mas que se preocupam com quanto tempo isso irá demorar. “Isso não é importante somente para a comunidade latina, pois é um assunto que impacta a todos nós que vivemos nos Estados Unidos”, disse o vereador de Lancaster, José Urdaneta. Os fazendeiros juntaram-se à briga principalmente porque dependem dos imigrantes para fazer o trabalho que poucos residentes locais estão dispostos a fazer. Estima-se que 70% dos boias frias no país
são indocumentados. “Os imigrantes realizam um importante papel na agricultura. Sem a ajuda deles, eu não sei quantos de nós poderiam ainda estar em atividade”, comentou Tony Brubaker, proprietário da fazenda Brubaker em Mount Joy. Líderes dos agricultores em todo o país vem pressionando há décadas para a aprovação de um programa de trabalhadores visitantes e a legalização de inúmeros que já estão no país. No verão de 2013, as esperanças retornaram quando o Senado aprovou
um projeto de lei bipartidário, o qual estagnou na Câmara dos Deputados e sequer foi apresentado à votação. A proposta permitiria a legalização de milhões de i m i g r a n t e s indocumentados que já vivem nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que aumentava a segurança na fronteira com o México. Os dois congressistas da Pensilvânia divergiram sobre o projeto de lei. O democrata Bob Casey apoiava a proposta, enquanto o republicano Pat Toomey votou contra. O projeto seguiu para a
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