IMPRESSÕES Mulheres artistas no acervo da cAsA
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IMPRESSร ES Mulheres artistas no acervo da cAsA
Curadoria: Lucia Palhano Paulo Rocha Thyer Machado
Foto: Tales Bedeschi
Belo Horizonte, Minas Gerais Marรงo 2017
Ficha Técnica
Realização: cAsA - Obras Sobre Papel
Curadoria e produção executiva:
Execução de cenotécnico:
Lucia Palhano Paulo Rocha Thyer Machado
Ricardo Luiz Santos da Silva
Molduras: Fotografias:
Atelier Baumecker
Eduardo Eckenfels Montagem: Projeto Gráfico:
Nível Produtora Cultural
Thyer Machado Agradecimentos: Impressão: Rona Editora
Assessoria de comunicação: DOIZUM Comunicação
Alê Fonseca Alessandra Carneiro André Palhano (In Memorian) Lúcia Castello Branco Luís Carlos Pinto Fonseca Maria Angélica Melendi Nádia Aparecida Cordeiro Sebastião Miguel
Ă?ndice
Adriana Banfi 26
Lucia Bromberg 84
Ana Cristina Brandão 28
Lygia Pape 86
Ana Elisa Dias Baptista 30
Lyria Palombini 88
Ana Maria Maiolino 34
Maria Bonomi 90
Anna Letycia 38
Maria do Carmo Freitas Veneroso 94
Cezira Carpanezzi 42
Maria do Céu Diel 96
Claudia Renault 44
Maria Leontina 100
Daisy Turrer 46
Maria Perez Sola 102
Edíria Carneiro 48
Marília Rodrigues 104
Edith Behring 50
Mira Schendel 106
Fayga Ostrower 52
Nícia Mafra 108
Gerda Brentani 56
Regina Silveira 110
Hannah Brandt 58
Renina Katz 112
Hortência Abreu/Marina RB 62
Selma Weissmann 116
Iara Ribeiro 64
Sonia Ebling 118
Iole Di Natale 68
Tarsila do Amaral 120
Isabel Pons 70
Thaïs Helt 122
Käthe Kollwitz 72
Tomie Ohtake 124
Leonora Weissmann 74
Valeria Vecchia 126
Lise Forell
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Lotus Lobo 78 Luise Weiss 82
Yara Tupinambá 128 Yvete Ko 130
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Apresentação
Pode-se nomear de impressão uma marca ou sinal em relevo, uma comoção, um abalo, ou até mesmo algo despertado pelos sentidos. “Impressões - Mulheres artistas no acervo da cAsA” é a primeira exposição assinada coletivamente pelo espaço; processo iniciado pelo simples ato de abrir as gavetas das nossas mapotecas, movidos pela curiosidade de buscar conexões e rastros possíveis. Tal experiência, permeada por conversas extensas, caminhou por uma construção não sistemática da exposição, propondo um olhar afetivo para os trabalhos do acervo. Instigados pela possibilidade de revisitar obras tão variadas a partir dessa imersão, encontramos nas artistas um leitmotiv, um pretexto para o agrupamento, uma pergunta insistente que perpassa não apenas o fazer curatorial e questões da arte, mas também aspectos políticos, sociais e institucionais.
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O recorte de gênero, longe de pretender uma homogeneização das
obras,
abriu
espaço
para
radicais
singularidades,
evidenciando, para além das características comuns (“ser mulher”, “ser artista”, “ser uma obra de arte”), múltiplos jogos de forças onde a diferença salta os olhos e cada obra instaura um mundo em diálogo com outras obras e com o espectador. A escolha curatorial não é neutra, tampouco casual, já que é necessário lembrar que sempre houve na história da arte um apagamento das mulheres. É preciso buscar uma outra memória e estabelecer novas narrativas. Não se trata de um viés nostálgico, historiográfico, ou de um “resgate”, mas lançar um olhar que ilumine aquilo que possa estar de fora, buscando marcas, sinais e impressões do que já foi, mas ainda não desapareceu.
cAsA - Obras Sobre Papel
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Uma Mulher, Outra Mulher
Talvez a primeira indagação que o observador possa se fazer, diante das obras que se alinham nesta exposição, reduza-se à velha questão freudiana: “O que querem estas mulheres?” Assim reunidas, como se compusessem uma certa unidade, essas obras de mulheres distinguem-se, antes, como singularidades absolutas, mesmo que se possam enfeixar em pequenos agrupamentos: insetos, rostos femininos, formas geométricas, formas abstratas. Por isso o observador talvez seja obrigado a considerar que a força da forma e da cor que essas obras encerram reside justamente em sua maneira singular de afirmar a arte, através do gesto definitivo da gravura. Diferentemente da pintura, que admite o “arrependimento do pintor”, quando a tinta velha em uma tela se torna transparente, revelando imagens que se sobrepõem, a gravura é sem pentimento. E, no entanto, a cada impressão de uma gravura, uma nova nuance se dá a ver.
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Contemplar essas obras pode assim nos levar a concluir aquilo que já supúnhamos, antes mesmo de vê-las reunidas numa certa aspiração à totalidade: que as mulheres devem ser tomadas uma a uma, a cada vez. Tanto melhor: isso justamente nos permitirá admirar, a cada vez, cada uma dessas impressões que não se somam, como não se somam uma cadeira e duas maçãs. Tentemos vê-las, então, essas obras de mulheres, como “encadernação
vistosa
feita
para
iletrados”.
E
assim
teremos iniciado uma forma singular de leitura do que resta ilegível – a nuance -- e que, sem arrependimento nem pentimento, em cada gesto feminino, um dia se escreveu.
Lúcia Castello Branco
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Entre a “cozinha” da gravura e o ateliê de impressão: cartas para o futuro
por Maria Angélica Melendi
Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Adélia Prado
Um gravador brasileiro disse alguma vez que [a]cozinha da gravura em metal é muito complicada e é muito mais fascinante1. Não importa o artista, nem a gravura em metal, o que importa é a cozinha. Esta expressão corre ainda pelas oficinas como um termo que oscila entre o pejorativo e o excludente. Complicada, fascinante, suja, precisa, a “cozinha” da gravura é sempre distanciada, como que deslocada da imagem que vai ser produzida. Como na culinária, a técnica é necessária para produzir um produto que leva tempo em ser apreciado. Não admite os arroubos ficcionais da pintura (a pincelada decisiva), nem da escultura (o golpe de cinzel do gênio), a cozinha da gravura necessita de cautela, mesura, boa conduta. Mas, reparemos, não é alquimia, não é nem magia, nem química: é cozinha, algo que qualquer mulher pode fazer, e no entanto... As perguntas sobre a existência de uma “estética feminina” começaram a surgir na história da arte no século XX. Hoje, além de uma arte feminina,postula-se uma arte definitivamente feminista. Porém, muitas das artistas incluídas nesta exposição não considerariam seu trabalho em termos de gênero, se 1 https://www.escritoriodearte.com/artista/marcelo-grassmann/
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levarmos em conta que as demandas do modernismo, em cujos parâmetros as obras se inserem, eram outras. No momento atual, em que sentimos que os direitos das mulheres estão sob funesta ameaça, destacamos o oportuno desta exposição. O recorte fundamentado no gênero permite apreciar como as gravuras das artistas do começo do século XX germinaram no trabalho das sucessivas gerações, sempre desafiando fronteiras que já deviam ter sido eliminadas. Podemos considerar que, apesar da existência no Brasil de una produção artística feminina que data das últimas décadas do século XIX, e do protagonismo de algumas mulheres na fundação de um modernismo tardio, é somente nos anos 1960 quando a produção feminina começa a tomar consciência de sua identidade. Se o processo de modernização iniciado na década anterior havia preparado o campo de ação das mulheres com a expansão do sistema educacional e, em consequência, do mercado de trabalho; a inquietude cultural dos ‘60sas afetou profundamente, tanto no espaço público quanto no privado, ao obriga-las a questionar as interdições relacionadas à sexualidade, à família e, sobretudo, à participação política.
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Muitas mulheres se enveredaram por um trabalho de resistência política, social, intelectual ou artística. A radicalidade das propostas das artistas brasileiras do período implica numa questão fundamentalmente conflitiva por contestar as relações de poder tanto no mundo naturalizado das relações entre os gêneros, quanto no campo mais amplo de una sociedade repressora, articulando essas relações às de etnia e classe. É importante exibir hoje os trabalhos dessas mulheres, trabalhos que estiveram, por tanto tempo, reclusos em reservas técnicas ou mapotecas. Poucas vezes as gravuras passaram a integrar o cânone, quase sempre foram confundidas com as dos artistas homens, quase sempre ocuparam o lugar de uma nota de pé de página. Devemos entender que a potência feminina dessa produção estava –e de alguma maneira ainda está –, menos em estratégias de excepcionalidade do que em táticas de naturalização. Entendemos que as artistas produziam seus obras, não por serem mulheres mas sim apesar de sê-lo. O nome desta mostra, Impressões, joga com os sentidos da palavra, porque se, em português, “impressão” deriva do ato de
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imprimir e então significa coisa impressa, marca ou sinal que fica e por extensão: rastro, resto, índice; também em português (e em outros idiomas românicos)a mesma palavra é utilizada para designar sensação, comoção, opinião, sentimento, juízo que algo ou alguém suscitam, sem que possa ser justificado. Paradoxalmente, a palavra designa a precisão – as impressões de uma mesma matriz deveriam ser todas idênticas –, e a imprecisão de sensações e percepções cuja causa não podemos identificar. Mas será isso o que vemos nessas gravuras: sensações vagas, juízos indefinidos? Ou, dadas as condições de produção técnica e vital, não deveríamos olhá-las como declarações, afirmações ou gestos de resistência? E, no entanto, a gravura é uma técnica que prima por sua precisão: destreza no corte da madeira ou do metal, quantidades exatas de ácidos, cuidado na marcação do registro, na pressão sobre a matriz, sem falar da inversão da imagem que exige um raciocínio compositivo complexo. *******
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Apesar de que alguns historiadores remontam a gravura aos tempos pré-históricos, parece que sua origem, no mundo ocidental, coincide com a fabricação do papel e, sobretudo, com a necessidade de multiplicar imagens sobre ele. Plínio, na Historia Natural,afirma que Marcos Varrão [...] encontrou meios de inserir, na grande produção dos seus livros, os retratos de até setecentas personalidades2.Para muitos historiadores,essa passagem sugere a invenção do processo da xilogravura. Entretanto, Jean-Michel Papillon em seu Tratado de gravura em madeira, publicado em 1776, declara que os primeiros ensaios se realizaram em Ravena antes de finalizar o século XIII3. No século XV, em Florença, os ourives ornamentavam suas peças com desenhos gravados com buril, e recheavam as linhas do trabalho com um esmalte feito de prata, chumbo e enxofre, para definir o desenho. Esse desenho, chamado niello, fazia-se visível pelo contraste entre o metal polido e as linhas negras. 2 PLÍNIO, o Velho. Seleção e traduçãode Naturalis Historia.Seleção e traduçao de Antonio Silveira Mendonça. Campinas: UNICAMP, Revista de Arte e Arqueologia. http://www.unicamp.br/chaa/rhaa/downloads/Revista%202%20-%20artigo%2023.pdf 3 PAPILLON, Jean-Michel. Traité historique et pratique de lagravureen bois. Paris: P. G. Simon, 1766. p. 78.
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A gravura em metal surge, segundo Vasari, quando, o artífice florentino Maso Tommasoii Finiguerra (1426–1464), pensou em colocar um papel sobre a superfície entalhada de uma gravação em prata e pressionar com um rolo macio. Atualmente,essa afirmação é contestada, pois confirmou-se que a origem da arte de imprimir a partir de matrizes de cobre gravadas era conhecida na Alemanha e Itália antes da Renascença. De forma bastante similar,a água-forte parece ter se originado nas oficinas onde se ornamentavam as armas e as armaduras. Com o passar do tempo, ourives, entalhadores, armeiros,atentos a uma demanda de estampas pelas crescentes populações urbanas começaram a reproduzir as imagens que tinham criado. As outras técnicas – litografia, serigrafia– nasceriam mais tarde obedecendo às necessidades da indústria. De acordo com Benjamin: a reprodução técnica da obra de arte representa um processo novo que se vem desenvolvendo na história intermitentemente4, e que responde a uma necessidade de imagens que já não procedia das classes altas nem do clero católico, mas do popolo minuto que vivia e trabalhava dentro e fora dos muros. 4 BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987. p.166
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Acredito que toda exposição de gravuras trata de descobrir e abordar as situações em que a obra se multiplica e as imagens assumem um compromisso com a democratização do acesso à arte. Nesta mostra, cada imagem, cada técnica utilizada ao longo de um século –– a data das gravuras estende-se desde a peça de Kollwitz, de 1905, até primeira década do século XXI – é plena de significados que apontam para os diferentes contextos em que foi criada e para as técnicas utilizadas. Ao dar um passo atrás para revisar as técnicas antigas, muitas artistas descobriram novos usos e surpreendentes interpretações. Käthe Kollwitz (1867-1945)que, nos atrevemos a dizer, encabeça esta mostra com a indiscutível autoridade das que vieram antes, mesmo sendo uma pintora e escultora importante, optou pela gravura quando percebeu a potência que a técnica demostrava para o comentário social: gravuras podem ser reproduzidas com custos reduzidos, em edições múltiplas o que lhe permitiria alcançar um público de apreciadores mais amplo. Apesar de sua formação erudita, Kollwitz foi menos inspirada pelos velhos mestres do que por suas experiências de vida entre as pessoas que frequentavam a clínica do seu marido, num distrito operário
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de Berlim. Essa temática social, que impregna o começo do século XX, continua nas gravuras de algumas artistas desta exposição, como a alemã Hannah Brand, a argentina Maria Pérez Solá enas gravuras de Fayga Ostrower, Renina Katz e Regina Silveira,assinadas entre o final dos anos 40 e o começo dos 60. Ostrower e Katz foram mais conhecidas por suas delicadas abstrações líricas, enquanto Silveira desenvolveu ao longo do tempo um trabalho conceitual de destaque. A abstração, porém é a expressão dominante neste conjunto. Da abstração expressiva ou lírica à geométrica, o campo da gravura feminina se expande até finais do século XX, com ilustres representantes brasileiras como Sonia Ebling , Marília Rodrigues, Lygia Pape, Edith Behring, Maria Leontina, Lotus Lobo, Thaís Helt, de origem estrangeira mas radicadas no país, como Tomie Ohtake, Mira Schendel e Maria Bonomi, entre outras. A lista de artistas é longa e é impossível, num texto como este, analisar todas as artistas e nomear todos os temas abordados: paisagens, cenas do cotidiano, naturezas mortas, insetos, simulacros de caligrafias... Então, nossos olhos fixam-se numa
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surpreendente gravura de Tarsila do Amaral: Crianças cor-derosa, um metal de 1970, onde a artista, próxima do fim, evoca seu paraíso pastoral onde meninas e meninos angelicais brincam em volta de uma árvore cheia de frutos. A imagem, impressa em relevo, num estranhíssimo tom de rosa bebê, nos remete a sua fase Pau Brasil, (1924-1928), quando suas telas disseminavam uma brasilidade amável de frutos doces, flores delicadas e casinhas singelas. No conturbado Brasil do ano de1970, Tarsila deixa-nos uma imagem anacrônica de si mesma e do país que poderia ter sido e já não será. Seria bom ficarmos com essa arcádia cor-de-rosa de Tarsila nos olhos, reter essa visão nostálgica e expandi-la para os outros trabalhos, porque em todos eles, dos mais antigos aos mais recentes, as autoras enviam cartas enigmáticas para um futuro que ainda demora a chegar.
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Adriana Banfi Verbania (Itália), 1947 Bicicleta I, (sem data) Serigrafia 48 x 48 cm
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Desenhista, gravadora e pintora. Naturalizada brasileira em 1973. Formada em Letras pela Universidade de São Paulo. Participou de exposições no Brasil e no exterior. Sua obra integra o acervo da Pinacoteca de São Paulo.
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Ana Cristina Brandão Belo Horizonte (MG), 1955 Da Série “Do Livro das Ausências” Quarto 22
Serigrafia com técnica mista 45 x 33 cm
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Gravadora e professora. Graduada pela Fundação Escola Guignard, Licenciada em Educação Artística e Pós-Graduada em Cultura e Arte Mineira, e Ensino e Pesquisa no Campo das Artes Plásticas, também pela Guignard/UEMG. Premiada na 4th NBC Meshtec International Silk Screen Print Biennial Exhibition, em Tóquio em 2013. Realizou em 2015 importante Mostra Individual Internacional na Galeria Quarto 22 do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra em Portugal. Participou de coletivas no Brasil e no exterior. Exerceu múltiplas atividades administrativas e docentes na Escola Guignard UEMG, atuando como professora, diretora, entre outros.
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Ana Elisa Dias Baptista São Paulo (SP), 1964 Gambá e mariposa, 2006 Gravura em metal 40 x 30 cm
Gafanhoto, (sem data) Gravura em metal 40 x 30 cm
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Gravadora, cenógrafa e figurinista. Graduada em artes pela FAAP, São Paulo. Foi aluna de Luiz Portinari e Edith Derdyk. Frequentou o ateliê de escultura e desenho do Museu Lasar Segall. Estudou gravura em metal com Evandro Carlos Jardim no MAC/USP. A partir da década de 90 começou a trabalhar com cenografia, criando cenários e figurinos de diversas peças, como “A Magia dos Reflexos”, 1994, dirigida por Alexandre Pestana, e “A Comédia dos Erros”, 1995, por Cacá Rosset. Participou de exposições coletivas e bienais no Brasil e no exterior.
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Ana Maria Maiolino Scalea (Itália), 1942 Sem título, (sem data) Guache sobre cartão 20 x 29 cm
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Gravadora, pintora, videoartista e desenhista. Iniciou sua formação na Venezuela e depois transferiu-se para o Brasil em 1960. Cursou gravura em madeira na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e frequentou o ateliê de Ivan Serpa no MAM/RJ. Integrou importantes movimentos na arte brasileira, como a Nova Figuração, e participou da mostra Nova Objetividade Brasileira. Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior com destaque para uma grande retrospectiva em Nova York em 2002.
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Anna Letycia São Paulo (SP), 1957 Caixa, 1968 Gravura em metal com relevo 39 x 32 cm
Sem título, 1959 Gravura em metal 32 x 42 cm
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Gravadora. Estudou gravura com Darel Valença na Escola Nacional de Belas Artes e no Instituto Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro sob tutela de Iberê Camargo. Também foi aluna do curso de xilogravura com Oswaldo Goeldi e pintura com Ivan Serpa. Frequentou o ateliê do MAM/RJ coordenado por Edith Behring, onde foi posteriormente convidada a lecionar. Foi professora no Chile onde recebeu título Honoris Causa, além de ter sido coordenadora do Museu do Ingá em Niterói (RJ). Atuou ainda como cenógrafa e figurinista. Participou de mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior.
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Cezira Carpanezzi Piracicaba (SP), 1940-2001 Phisis, 1999 Xilogravura 80 x 80 cm
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Pintora e gravadora. Realizou várias exposições individuais e coletivas no Brasil, além de ter participado de salões e inúmeras bienais no exterior. Em 1991 recebeu o prêmio ExAequor da Bienal Banská-Bystrica, na então Tchecoslováquia.
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Claudia Renault Belo Horizonte (MG), 1952 Sem título, 1983 Gravura em metal 16 x 23 cm
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Artista, professora e galerista. Graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard, Mestre em Artes Visuais pela UFMG e Doutora em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimba (Portugal). Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Atua como docente da Escola Guignard.
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Daisy Turrer Belo Horizonte (MG), 1950 Sem título, (sem data) Xilogravura 50 x 70,5 cm
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Gravadora e professora. Graduou-se com Licenciatura Plena em Desenho e Artes Plásticas pela Fundação Mineira de Arte Aleijadinho. É Mestre em Literatura pela UFMG e Doutora em Literatura Comparada pela mesma instituição. Atua como professora da Escola de Belas Artes da UFMG e tem no currículo participação em várias exposições e bienais de gravura no Brasil e no mundo.
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Edíria Carneiro Salvador (BA), 1920-2011 Sem título, 1981 Serigrafia 70 x 50 cm
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Gravadora e pintora. Graduou-se na Escola de Belas Artes de Salvador. Frequentou o curso de Artes Gráficas da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. Participou de várias exposições no Brasil e no exterior com destaque para duas edições da Bienal Internacional de São Paulo (1969 e 1971) e salões de arte em Paris e Madri. Foi militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), atuando como ilustradora em várias publicações vinculadas à legenda.
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Edith Behring Rio de Janeiro (RJ), 1916-1996 Sem título, 1968 Gravura em metal 56,5 x 75,5 cm
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Gravadora, pintora, desenhista e professora. Estudou pintura e desenho com Cândido Portinari. Licenciou-se em Educação Artística pela antiga Universidade do Distrito Federal. Estudou com Axl Leskoschek e Carlos Oswald na Fundação Getúlio Vargas. Atuou como professora de desenho na Escola Guignard em Belo Horizonte e no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro, atual Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 1953 recebeu uma bolsa de estudos do governo francês e dois anos depois realizou exposição individual em Paris.
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Fayga Ostrower Lodz (Polônia), 1920-2001 Lavadeiras, 1976 Gravura em metal 35 x 25 cm
Sem título, 1966 Gravura em metal 48,5 x 70 cm
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Gravadora, pintora, desenhista, teórica e professora. Formada em Artes Gráficas pela Fundação Getúlio Vargas, onde estudou xilogravura com Axl Leskoschek e gravura em metal com Carlos Oswald. Foi professora no MAM/RJ e bolsista Fullbright em Nova York. Trabalhou no Brooklyn Museum Art School e cursou gravura com o artista Stanley Hayter. Em 1958 foi agraciada com o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza. Foi condecorada com o Prêmio do Mérito Cultural pelo Presidente da República do Brasil em 1998 e, no ano seguinte recebeu o Grande Prêmio de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. É autora de vários livros importantes sobre teoria da arte e processos criativos. Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e pelo mundo, com destaque para uma retrospectiva dedicada à comemoração dos 40 anos de sua obra gráfica no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
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Gerda Brentani Trieste (Itália), 1908-1999 Gafanhoto, (sem data) Gravura em metal 18,5 x 23,5 cm
Sapo, (sem data) Gravura em metal 20 x 22 cm
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Pintora, caricaturista, desenhista, gravadora e ilustradora. Mudou-se para São Paulo, em 1939. Participou da fundação do Clube dos Artistas e Amigos da Arte de São Paulo. Integrou a Comissão de Reestruturação do MAM/SP. Estudou gravura em metal sob orientação de Marcelo Grassmann. Participou de importantes mostras individuais e coletivas, destacando-se a 8ª Bienal Internacional de São Paulo, uma retrospectiva no MAM/SP e uma grande exposição individual na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
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Hannah Brandt Essen (Alemanha), 1923 Feira de Santana, 1968 Xilogravura 95,5 x 65
Sermão da montanha, 1969 Xilogravura 62,5 x 41,5
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Gravadora, pintora e desenhista. Veio para o Brasil em 1935 e naturalizou-se brasileira. Estudou gravura com Lívio Abramo e Maria Bonomi. Foi uma das fundadoras do Núcleo de Gravadores de São Paulo, NUGRASP. Participou de várias mostras no Brasil e no exterior. Ganhadora do Prêmio Itamaraty na 12ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1973.
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Hortência Abreu & Marina RB Belo Horizonte (MG), 1989 (ambas) Sem título, 2012 Gravura em metal 36 x 36 cm
Hortência: Gravadora, artista e pesquisadora. Graduou-se em Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFMG. Titulou-se Mestre em Artes Visuais pela mesma instituição. Realizou sua primeira exposição individual em 2014, no Centro Cultural da UFMG. Marina: Gravadora, fotógrafa, performer, pesquisadora. Graduou-se em Gravura pela Escola de Belas Artes da UFMG. Titulou-se Mestre em Artes Visuais pela mesma instituição. É doutoranda pela Université Sorbonne-Nouvelle (Paris 3). Realizou exposições individuais no Centro Cultural da UFMG (2014) e no Memorial Minas Gerais Vale (2015). (Hortência e Marina realizaram juntas três séries de gravura em metal de 2010 a 2013).
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Iara Ribeiro Curitiba (PR), 1980 Sem título, 2004 Xilogravura 38 x 30 cm
Sem título, 2005 Gravura em metal 33 x 26 cm
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Pintora e gravadora. Graduou-se em Pintura e Gravura pela Escola de Belas Artes da UFMG. Concluiu o Mestrado em Artes e atualmente é Doutoranda na mesma instituição.
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Iole di Natale Varese (Itália), 1941 No parque, 1981 Gravura em metal 43 x 35,5 cm
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Gravadora, desenhista, pintora, aquarelista, escultora e professora. Mudou-se com a família para São Paulo em 1949. Licenciou-se em Desenho e Artes Plásticas na Faculdade Santa Marcelina. Frequentou o curso de xilogravura da Escola de Belas Artes de São Paulo e estudou calcografia no ateliê de Evandro Carlos Jardim. Estudou na Calcografia Nazionale a convite do governo italiano. Participou de várias exposições dentro e fora do Brasil.
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Isabel Pons Barcelona (Espanha), 1912-2002 Sem título, (sem data) Litografia 50 x 35 cm
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Gravadora, desenhista, ilustradora, pintora, professora e figurinista. Cursou Pintura e Desenho na Escola Nacional de Belas Artes, em Barcelona. Estudou na Escola Industrial de Sabadell, com Juan Vila-Cinca e A. Vila Arrufat. Freqüentou o ateliê do pintor Carlos Vazquez e o Real Círculo Artístico de Barcelona. Fez ilustrações para livros do poeta espanhol Federico García Lorca. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1945 e se tornou professora de gravura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Amplamente premiada em mostras individuais e coletivas no Brasil e no mundo, integrou algumas vezes as bienais de São Paulo e Veneza. Tem obras em acervos de importantes instituições como o MoMA (Nova York), o Royal College of Art (Londres) e o Palácio do Itamaraty (Brasília).
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Käthe Kollwitz Königsberg (Alemanha), 1867-1945 Gesenkter Frauenkopf, 1905 (mulher de cabeça baixa) Gravura em metal 44 x 37 cm
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Desenhista, pintora, gravadora e escultora. Uma das grandes figuras do Expressionismo. Estudou na Escola Feminina de Artes em Berlim sob tutela de Karl Stauffer-Bern. Estudou escultura na Academia Julian em Paris, além de frequentar o ateliê de Auguste Rodin. Foi a primeira mulher a se tornar membro da Academia de Belas Artes da Prússia. Suas obras são carregadas de temas sociais e trágicos, reflexo de sua vida conturbada e da perseguição sofrida pelo regime nazista. É celebrada como uma das maiores artistas alemãs da história.
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Leonora Weissmann Belo Horizonte (MG), 1982 Sem título, (sem data) Monotipia 20 x 16 cm
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Pintora, desenhista e cantora. Graduou-se em Pintura e Gravura pela Escola de Belas Artes da UFMG, onde também obteve o título de Mestre. Participou de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Produziu cenários para peças teatrais, shows e ilustrações e projetos para albums musicais. Atuou como professora na Escola Guignard e na Escola de Belas Artes da UFMG. Participou de residência artística em Mali, na África.
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Lise Forell Brno (República Tcheca), 1924 Favela, (sem data) Litografia 39 x 27 cm
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Pintora e gravadora. Começou seus estudos em pintura sob tutela do pintor Gustavo Bohn. Estudou na Academia de Belas Artes da Antuérpia. Veio com a família para o Brasil em 1941 fugindo da guerra. É tida como uma das representantes da pintura naïf. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior.
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Lotus Lobo Belo Horizonte (MG), 1943 Sem título, 2000 Litografia 57 x 76 cm
Sem título, 2002 (duas peças) Litografia 20,2 x 66 / 20,4 x 66
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Gravadora, desenhista e pintora. Graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard. Estudou litografia com João Quaglia e técnica mural com Inimá de Paula. Participou do ateliê experimental Grupo Oficina. Recebeu o Prêmio Itamaraty na 10ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1969. Na década de 1970, recebeu bolsa para estudar na França e residiu por alguns anos em Paris, onde frequentou a Escola Superior de Artes e Indústrias Gráficas. Lecionou gravura na Escola Guignard. Em Tiradentes, foi responsável pela montagem e direção da oficina litográfica Casa de Gravura Largo do Ó e pela coordenação do projeto Memória da Litografia. A partir da década de 1990 passou a dedicar-se ao seu ateliê e a projetos sobre a história da litografia industrial em Minas Gerais. Participou em inúmeras mostras e bienais no Brasil e no exterior.
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Luise Weiss São Paulo (SP), 1953 Sem título, 2001 Litografia 50 x 35 cm
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Gravadora, pintora, fotógrafa e professora. Graduou-se em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP onde foi aluna de Evandro Carlos Jardim, Regina Silveira e Carmela Gross. Lecionou na Faculdade de Artes Alcântara Machado - FAAM e na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Mestre pela ECA/ USP e Doutora pela mesma universidade. Atuou como livre-docente na Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior.
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Lucia Bromberg Oakland (Estados Unidos), 1952 Dois Irmãos, (sem data) Serigrafia 48 x 30,5 cm
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Pintora e gravadora. Estudou no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro e teve formação complementar pelo San Antonio Art Institute, no Texas (Estados Unidos). Realizou duas temporadas de estudos em Florença (Itália) em 1993 e 1999. Participou de exposições no Brasil e no exterior.
85
Lygia Pape Nova Friburgo (RJ), 1927-2004 Sem título, 1959 Monotipia 50 x 38 cm
86
Escultora, gravadora e cineasta. Estudou com Fayga Ostrower no MAM/RJ. Foi integrante do Grupo Frente e uma das signatárias do Manifesto Neoconcretista de 1959. Trabalhou com montagem cinematográfica e programação visual em filmes do cinema novo. Em 1980 recebeu bolsa de estudos da Fundação Guggenheim e foi para Nova York. Participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior, nas quais se destacam a 1ª Exposição Internacional de Arte Neoconcreta em Zurique (Suíça), e Nova Objetividade Brasileira, além de uma homenagem póstuma na 53ª Bienal de Veneza. É reconhecida como um dos principais nomes da vanguarda brasileira.
87
Lyria Palombini Itanhandu (MG), 1939 Composição III, 1986 Serigrafia 98,5 x 66 cm
88
Desenhista, gravadora e entalhadora. Iniciou seus estudos no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro. Trabalhou com Ivan Serpa e Pedro Corrêa de Araújo no MAM/RJ. Foi estagiária na Oficina de Metal do INGÁ sob tutela de Anna Letycia. Participou de várias mostras e salões no Brasil e no exterior.
89
Maria Bonomi Meina (Itália), 1935 Sem título, 1984 Litografia 18,5 x 16 cm
Noturno, 1984 Litografia 50 x 70 cm
90
Gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa e professora. Estudou pintura e desenho com Yolanda Mohalyi e Lívio Abramo. Recebeu bolsa de estudos da Ingram-Merrill Foundation e estudou no Pratt Institute Graphics Center, em Nova York, com o pintor Seong Moy. Estudou gravura com Hans Müller e teoria da arte com Meyer Schapiro na Universidade de Columbia. Fundadora do Estúdio Gravura, com Lívio Abramo, de quem foi assistente até 1964. Nos anos 1970 começou a dedicar-se também à escultura, obras públicas e painéis de grandes proporções. Participou de importantes exposições no Brasil e no mundo, como a 36ª Bienal de Veneza e a 2ª Bienal de Havana.
91
Maria do Carmo Freitas Veneroso Belo Horizonte (MG), 1954 Caligrafia VII, 1993 Litografia 64,5 x 48,5 cm
94
Gravadora e professora. Graduada em Artes Visuais pela UFMG, Mestre em Artes pelo Pratt Institute de Nova York, Doutora em Literatura Comparada pela UFMG e Pós-Doutora pela Indiana University, em Bloomington (Estados Unidos), onde também deu aulas. Já participou de exposições no Brasil e no exterior, além de ter publicado livros teóricos sobre suas pesquisas em arte. É membro do Comitê Brasileiro de História da Arte e da Associação Brasileira de Críticos de Arte.
95
Maria do Céu Diel Porto Alegre (RS), 1962 Landscape, 2010 Gravura em metal 39 x 68 cm
96
Desenhista, gravadora e professora. Teve sua formação acadêmica inteiramente dedicada à Educação, tendo obtido Graduação, Mestrado e Doutorado pela UNICAMP (SP). Concluiu Pós-Doutorado na Universtá degli Studi di L´Aquila (Itália). Recebeu bolsa da Fundação Carolina e foi Professora Residente do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares da UFMG. Participou de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Atua como professora de desenho na Escola de Belas Artes da UFMG.
97
Maria Leontina São Paulo (MG), 1917-1984 Sem título, (sem data) Gravura em metal 26,5 x 30 cm
100
Pintora, gravadora e desenhista. Estudou desenho com Antônio Covello e pintura com Waldemar da Costa. Cursou Museologia no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Frequentou o ateliê de Johnny Friedlaender em Paris. Foi premiada pela Fundação Guggenheim em 1960 e recebeu um prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte em 1975. Participou de várias exposições no Brasil, como a “19 pintores”, na Galeria Prestes Maia em São Paulo (1944), onde recebeu o prêmio Mário de Andrade.
101
Maria Perez Sola Santa Rosa (Argentina), 1942 A vendedora de cebolas, 1984 Gravura em metal 39,5 x 27,5 cm
102
Gravadora e professora. Estudou no Instituto Provincial de Bellas Artes, com formação complementar pela Escola Superior de Bellas Artes Ernesto de La Cárcova, em Buenos Aires. Logo que chegou a São Paulo, fundou um ateliê de gravura e criou junto a colegas gravadores o primeiro Clube dos Colecionadores. Em seu ateliê de impressão editou trabalhos de Aldemir Martins e Tarsila do Amaral. Foi diretora do MAM/SP, onde fundou o Clube da Gravura do MAM. Participou de diversas exposições no Brasil e pelo mundo.
103
Marília Rodrigues Belo Horizonte (MG), 1937-2009 Composição verde, 1974 Gravura em metal 54,5 x 44,5 cm
104
Gravadora, desenhista e professora. Estudou desenho com Haroldo Mattos na Escola de Belas Artes da UFMG. Recebeu bolsa do MAM/RJ para estudar gravura com Edith Behring, Anna Letycia e Rossini Perez. Foi aluna de Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes. Lecionou na Universidade de Brasília e na Escola Guignard. Participou de exposições no Brasil e no exterior, incluindo a 8ª Bienal Internacional de São Paulo.
105
Mira Schendel Zurique (Suíça), 1919-1988 Sem título, 1965 Técnica mista sobre cartão 21 x 29 cm
106
Desenhista, pintora e escultora. Estudou Artes e Filosofia em Milão, até abandonar os estudos durante a Segunda Guerra Mundial. Mudou-se para o Brasil em 1949. Em 1951 participou da 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Sua obra integra importantes acervos como MoMA (Nova York), Tate Modern (Londres) e MAC-USP (São Paulo). Participou de inúmeras exposições no Brasil e na Europa, além de ter sido motivo de duas grandiosas retrospectivas no MoMA (junto com Leon Ferrari) e na Tate Modern. É considerada atualmente um dos principais expoentes da arte contemporânea brasileira.
107
Nícia Mafra Belo Horizonte (MG), 1958 Eclipse, 1987 Xilogravura 39,5 x 31 cm
108
Desenhista, gravadora e designer. Iniciou-se na pintura com Frederico Bracher Jr. Estudou na Escola de Belas Artes da UFMG onde formouse em Gravura e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, sob tutela de Rubens Gerchman, Luiz Áquila e outros gravadores. Na década de 1980 iniciou pesquisas sobre a feitura do papel artesanal e passou a produzir os próprios suportes para suas gravuras. Trabalhou produzindo papéis artesanais para outros artistas e participou de várias exposições no Brasil e na América Latina. Hoje é Diretora de Meio Ambiente do Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel e Papelão no Estado de Minas Gerais.
109
Regina Silveira Porto Alegre (RS), 1939 As loucas, 1964 Xilogravura 25 x 38 cm
110
Artista multimídia, pintora, gravadora e professora. Graduou-se em Pintura pela UFRGS. Estudou no Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre com Iberê Camargo e Marcelo Grassmann. Foi bolsista do Instituto de Cultura Hispânica em Madri. Lecionou na Universidade de Porto Rico. Coordenou o setor de gravura da FAAP /SP, onde obteve as titulações de Mestre e Doutora. Recebeu bolsas de importantes instituições norte-americanas como a Fundação Guggenheim, PollockKrasner e Fullbright, além da residência artística na Fundação Civitella Ranieri. Participou de mostras e bienais importantes no Brasil e no exterior.
111
Renina Katz Rio de Janeiro (RJ), 1925 Retirantes, (sem data) Xilogravura 19 x 16 cm
Subsolo 2, 1976 Gravura em metal 39 x 53 cm
112
Gravadora, desenhista, ilustradora e professora. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro e licenciou-se em Desenho pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil. Estudou xilogravura com Axl Leskoschek e gravura em metal com Carlos Oswald. Lecionou gravura no MASP e na FAAP (SP), além de ter atuado como professora na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Participou de várias exposições no Brasil e no exterior. Atualmente é diretora da Sociedade Cultural Flávio Império, em São Paulo.
113
Selma Weissmann Belo Horizonte (MG), 1947 Sem título, (sem data) Serigrafia 24,5 x 24,5 cm
116
Pintora, desenhista e professora. Estudou na Escola Guignard e lecionou pintura na mesma instituição. Participou de exposições no Brasil e no Paraguai. Atualmente dá aulas de pintura em seu atelier.
117
Sônia Ebling Taquara (RS), 1918-2006 Sem título, (sem data) Xilogravura 60 x 60 cm
118
Escultora, pintora e professora. Estudou Pintura e Escultura na Escola de Belas Artes do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Recebeu em 1955 um prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Estuda com Ossip Zadkine em Paris. Recebeu prêmio da Fundação Calouste Gulbenkian de Portugal. Foi professora de escultura na UFRGS. Participou de várias mostras e salões importantes no Brasil e no exterior, incluindo as três primeiras Bienais Internacionais de São Paulo.
119
Tarsila do Amaral Capivari (SP), 1886-1973 Crianças (cartão rosa), 1971 Gravura em metal 27 x 19,5 cm
120
Pintora e desenhista. Estudou escultura com William Zadig. Fez aulas de pintura com o pintor Georg Elpons junto com Anita Malfatti. Em Paris, estudou na Academia Julian e na academia de Émile Renard. Retornou ao Brasil em 1922 e passou a integrar o Grupo dos Cinco. De volta a Paris, estudou com Fernand Léger e Albert Gleizes. Em 1928 pintou a icônica tela “Abaporu”, que inspirou o movimento antropofágico. Participou das duas primeiras Bienais Internacionais de São Paulo e da 32ª Bienal de Veneza. É um dos nomes mais representativos do modernismo brasileiro.
121
Thaïs Helt Juiz de Fora (MG), 1949 Sem título, 1993 Litografia 45 x 70 cm
122
Gravadora, pintora e desenhista. Cursou Litogravia com Lotus Lobo na Escola Guignard, onde graduou-se em Belas Artes e se especializou em Escultura com Amílcar de Castro. Frequentou curso de especialização em litografia com Antônio Grosso com patrocínio da Coordenadoria de Cultura de Minas Gerais. Foi bolsista do Tamarind Institute em Albuquerque (Estados Unidos). Participou de importantes grupos e oficinas dedicadas à gravura em Minas Gerais, como Casa Litográfica, Oficina Cinco e Grupo do Largo do Ó. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior, como a 14ª Bienal Internacional de São Paulo e a 5ª Bienal de Gravura de Porto Rico.
123
Tomie Ohtake Kyoto (Japão), 1913-2015 Sem título, 1984 Gravura em metal 49,5 x 56 cm
124
Pintora, gravadora e escultora. Estudou pintura com o artista Keisuke Sugano. Integrou o Grupo Seibi - coletivo de artistas imigrantes japoneses residentes em São Paulo. Participou da Bienal de Veneza em 1972. Recebeu o Prêmio Panorama da Pintura Brasileira do MAM/SP. Destacou-se também com seus trabalhos em escultura, realizando diversas obras de grandes dimensões e monumentos públicos. Em 1995 foi ganhadora do Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura – MinC e em 2001 inaugurou em São Paulo o instituto que leva seu nome.
125
Valeria Vecchia Nápoles (Itália), 1913-1986 Vaso de flores, 1967 Gravura em metal 56 x 48 cm
126
Pintora, gravadora e professora. Estudou com Gustavo Rodella na Academia de Artes de Roma. Dedicou-se também à pintura mural e mosaicos religiosos. Participou de diversas exposições na Itália e no mundo, incluindo várias participações na Bienal de Veneza.
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Yara Tupinambá Montes Claros (MG), 1932 Mata do Tripuí, (sem data) Litografia 70 x 60 cm
128
Pintora, gravadora, desenhista, muralista e professora. Iniciou seus estudos com Alberto da Veiga Guignard em Belo Horizonte e posteriormente com Oswaldo Goeldi no Rio de Janeiro. Graduou-se em Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFMG, onde também lecionou e atuou como diretora. Realizou diversos murais em instituições públicas. Liderou o Atelier Vivo na Bienal de São Paulo em 1974. Recebeu bolsa do Pratt Insitute para estudar em Nova York. Foi agraciada com o título de cidadã honorária de Belo Horizonte. Participou de diversas exposições e salões de arte no Brasil e no exterior.
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Yvete Ko São Paulo (SP), 1945 Menina, 1975 Litografia 78 x 53 cm
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Pintora e desenhista. Integrou a 9ª e a 10ª Bienal Internacional de São Paulo. Participou de diversas exposições, com destaque para uma individual no MASP em 1987.
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Foto: Elmo Alves
Este catålogo foi composto em tipologia Didot sobre papel CouchÊ 150g numa tiragem de 500 exemplares, impressos pela Rona Editora em março de 2017 em Belo Horizonte. *******