Catálogo da exposição "Devaneios: Imagens do fantástico no acervo da cAsA" - 2019

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DE VA NE IOS

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D E VA N E I O S IMAGENS DO FANTÁSTICO NO ACERVO DA cAsA

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D E VA N E I O S IMAGENS DO FANTÁSTICO NO ACERVO DA cAsA

C U R A D OR IA

Lucia Palhano Paulo Rocha Thyer Machado

Belo Horizonte Junho, MMXIX

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A P R E S E N TA Ç Ã O

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a exposição Devaneios - Imagens do Fantástico no Acervo da cAsA, abrimos nossas gavetas e exploramos nosso acervo em busca de obras que fazem ecoar a imaginação, o onírico e a fantasia, com seus símbolos, metáforas e absurdos. Ao longo de um extenso período da historiografia da Arte Ocidental podemos notar uma linha cuja progressão técnica apontava para o ideal mimético da realidade, um refinamento constante da representação em busca da fidelidade ao mundo tal como o enxergamos. Por outro lado, a longa tradição iniciada com o pintor holandês Hieronymous Bosch (1450-1516) disseminou novas possibilidades ao debruçar-se sobre o complexo imaginário de sua época. Esta outra linha enuncia e instaura a possibilidade de um novo tempo-espaço, que surge não como algo totalmente alienado do real, mas que o tensiona ao propor invenções, deformações, acentuações e desvios. O espaço da criação sempre apresentou lapsos a esta norma reprodutiva e naturalista, já que a imaginação levava o artista a não ser apenas um copiador das coisas mundanas e criar para além da simples duplicação técnica. O extraordinário desde o início atraiu o ser humano, fascinando-o pelo desconhecido, pelo sobrenatural e pelo absurdo. O fantástico então residiria no estranhamento de um elemento manifesto ao contexto no qual ele se insere, desnaturalizando o real, evidenciando seu aspecto insólito e integrando o que há de mais ordinário ao extraordinário. Foi justamente o desenvolvimento da faculdade de imaginar que permitiu aos homens sair de sua condição meramente fática, recolocando as possibilidades de outras formas de existência e de ver o mundo. Como disse Jean Paul-Sartre: “O fantástico, para o homem contemporâneo, é um modo entre cem de reaver a própria imagem”

cAsA - Obras Sobre Papel

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F IC HA T É C N IC A Realização: cAsA - Obras Sobre Papel

Execução de cenotécnico: Ricardo Luiz Santos da Silva

Curadoria e produção executiva: Lucia Palhano Paulo Rocha Thyer Machado

Molduras: Atelier Baumecker

Projeto Gráfico: Thyer Machado

Agradecimentos: Alê Fonseca Luiz Carlos Pinto Fonseca Ignácio de Loyola Brandão André Palhano (In memoriam)

Registro das obras: Studio Anta

Montagem: Nível Produtora Cultural

Assessoria de comunicação: DOIZUM Comunicações

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P E N E T R E M N E S T E U N I V E R S O FA N TÁ S T I C O P E R C O R R A M P O R I N S TA N T E S U N I V E R S O S PA R A L E L O S , R E A L I DA D E S I M P O S S Í V E I S por Ignácio de Loyola Brandão

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fantástico sempre esteve em nossas vidas, desde tempos imemoriais. Na infância eram as assombrações, os fantasmas, a mula-sem-cabeça, a caipora, a coruja que se aparecesse de dia previa a morte, os esqueletos, o diabo, os monstros, lobisomens, grifos, vampiros, as serpentes encantadas, dragões, unicórnios, zumbis, a loira do cemitério, uma infinidade de bichos estranhos, perigosos, mortais.

Crescemos convivendo com enigmas, mistérios, superstições, segredos, logogrifos, sombras, com o imponderável. Nos anos 1970 fui editor de uma revista insólita, a Planeta, versão brasileira da Planéte francesa, criada por Louis Pauwels, e Jacques Bergier. A revista trazia a formula usada por Pauwels e Bergier em um best-seller de 1960, intitulado no Brasil O Despertar dos Mágicos. Nele estava tudo o que há de estranho e inexplicável no mundo real, surreal, irreal, fantástico, mágico. Nela havia seres de todos os tipos e tamanhos e dotados de poderes supra humanos. Houve época, no Brasil e no mundo, que o realismo mágico foi moda, explicava tudo que não conseguíamos entender. Quando fui percorrendo os quadros desta exposição, minha memoria foi me trazendo tardes passadas na redação da Avenida Paulista em 2006, quando de repente chegava Marcelo Grassman, para trazer uma gravura, pronta ou que ele tinha criado à partir de textos de uma pauta. Ou então Octávio Araujo, colaborador constante, que se divertia com textos “malucos” como a existência das fadas (a revista provava e trazia fotos), ou o poder da mente de tribos primitivas. Viviamos plena ditadura, a censura desconcertada olhava a Planeta com incertezas e dúvidas. Imaginem falar de seres extra-terrestres, discos voadores, o poder da pirâmides, a consulta por meio da iris dos olhos, a transmissão do pensamento, as viagens a outros planetas, LSD, ácidos, peyote, portas da percepção, deixavam os militares de orelha em pé.

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A Planeta foi a que derrubou os muros que nos separavam do universos paralelos. Se olharem com tripla atenção, verão que todos estes artistas penetraram no mundo paralelo com o poder da mente, iam e voltavam, viram e registraram seres imaginários. Usaram sua paranormalidade, foram todos iniciados, videntes, visionários somente um iniciado vê esse mundo que vocês estão atravessando nesta galeria, sem se espantar. O fantástico levado para dentro das casas, a inclusão do estranho e da magia e da superstição num trabalho desmistificador, contra os preconceitos. A existencia de vidas anteriores, os duplos, o que virá depois da morte. Acima de tudo, estes quadros me fizeram penetrar na leitura de um livro de Jorge Luis Borges, A Terra dos Seres Imaginários, porque me fica a sensação de que estas seriam as ilustrações para este livro de 1974 que nos conta sobre a fênix, as harpias, o asno de três patas, o cão cérbero, o basilisco, o catoblepas, os elfos, o manticora. Esta mostra nos abre o mundo do sobrenatural e do fantástico, do alucinatório. Neste mundo de hoje, tecnológico, pracional em que a ciência abriu largos caminhos, nada mais espanta, assombra, mete medo, diante do mundo real e da insegurança. O medo hoje é provocado pelo real, mas confesso que adoro este medo que emana daquilo que nos é estranho, incompreensível, inexplicável, belo. Poe ou Lovrecraft estariam muito à vontade nesta galeria, se reconhecendo ou assumindo como familiares estas gravuras, janelas para seus mundos. Dos personagens fantástiscos que me provocam pesadelos até hoje estremeço com o Basilisco, serpente que tem na cabeça, segundo Borges, uma mancha em forma de coroa. Ele tem escamas, não penas. A seus pés caem mortos os pássaros e apodrecem as frutas, a água dos rios fica envenenada. Mas, o canto do galo o matava e os viajantes da antiguidade partiam levando um galo ao lado. Havia também o espelho. O Basilisco é fulminado pela sua própria imagem. Infinito e eterno é o fantástico.

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Ignácio de Loyola Brandão, 82 anos, escritor e jornalista. Tem 45 livros publicados, e acaba de ser eleito para a Cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras. Seu romance mais recente é “Desta terra Nada Vai Sobrar A Não Ser o Vento Que Sopra Sobre ela”.

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David Avery Nascido em São Francisco (EUA) em 1952. Desenhista, músico e gravador, David Avery teve sua formação inicial em música clássica. Descobriu a gravura num curso livre na faculdade, onde aprendeu suas técnicas básicas. Depois, seguiu a carreira de artista e desenvolveu uma linguagem própria de maneira autodidata, produzindo uma extensa obra gráfica reconhecida por todo o seu país. Suas gravuras integram acervos de instituições importantes como a Biblioteca Pública de Nova York, Universidade Harvard, Stanford, Turner Print Museum entre outras.

A post-traumatic History lesson (2009) Gravura em metal 18 x 13 cm

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Nori Fig u eired o Nascido em São Paulo (SP), em 1949, Nori Figueiredo é pintor, desenhista e gravador. Teve seus primeiros contatos com as artes plásticas ainda na adolescência. Em 1970 realizou algumas xilogravuras sob a orientação de Mário Zanini. Frequentou a Faculdade de Filosofia da USP de 1970 até 1973. A partir de 1974, realizou murais em igrejas pelo interior de São Paulo, enquanto participava de salões e coletivas no Brasil e exterior. Em 1986 organizou a oficina de gravura em metal de Ymagos onde exerceu a função de master printer até 1989. A partir de 1990, dedicou-se à edição de álbuns de gravura e ao trabalho didático com arte. Em 2004, concluiu o Mestrado no Instituto de Artes da Unicamp (SP).

Figura (1987) Litografia 38 x 44 cm

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E rik D esma z ière s Nascido em Rabat (Marrocos), em 1948. Gravador e ilustrador. Estudou gravura no Cours du Soir de la Ville de Paris. É presidente da Sociedade de Pintores e Gravadores na mesma cidade. Sua obra gráfica tem fortes influências clássicas, como Jacques Callot e Giovanni Piranesi. Participou de inúmeras exposições pelo mundo e teve suas gravuras adquiridas por instituições como British Museum (Londres), Metropolitan (NY) e Rijksmuseum (Amsterdã).

Un songe de Gaspard (1996) Gravura em metal 29 x 21 cm

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R e zs ö G örö g Nascido na Hungria em 1930. Gravador, desenhista e pintor. Acredita-se que tenha estudado na Universidade Húngara de Belas Artes, em Budapeste. Começou a trabalhar com gravura nos anos 1950, frequentemente produzindo impressões em grandes formatos. Viveu grande parte de sua vida na Itália, onde acabou ficando conhecido por “Rudi Görög”, pela maneira como os italianos pronunciavam seu nome. Há poucas informações acessíveis sobre o artista, apesar da qualidade técnica e coesão manifestadas em suas gravuras. Sem reconhecimento e praticamente anônimo, faleceu em 2014.

Inferno (sem data) Gravura em metal 66 x 45 cm

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O ctávio Ar aú jo Nascido em Terra Roxa (SP), atuou como gravador, pintor, desenhista, e ilustrador. Iniciou sua formação em pintura na Escola Profissional Masculina do Brás. Em 1949 recebeu bolsa de estudos e foi morar em Paris, onde estudou na École National Supérieure des Beaux-Arts. Em 1957 ganhou o prêmio de gravura do Salão Para Todos (RJ), com curadoria de Iberê Camargo. Em 1972 foi realizada a mostra “Octávio Araújo: 20 Anos Depois” no MASP e, em 1979, publicada a monografia “Octávio Ferreira de Araújo: 10 Anos de Pintura”, de José Roberto Teixeira Leite. Faleceu em 2015. Em 2016, a cAsA - Obras Sobre Papel realizou a exposição individual “Octávio Araújo: Alquimia e gravura”, com litografias do artista.

Variação sobre um tema de Bosch (sem data) Litografia 45 x 38 cm

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Sem tĂ­tulo (sem data) Xilogravura 29 x 21 cm

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Sem tĂ­tulo (sem data) Xilogravura 28 x 19 cm

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Th y er M ac ha d o Nascido em Divinópolis (MG), em 1988, Thyer Machado é desenhista, artista gráfico e pintor. Formou-se em Desenho na Escola de Belas Artes da UFMG, onde atuou por mais de um ano como monitor na disciplina de Desenho de Figura Humana. Trabalhou como estagiário na Coleção Peggy Guggenheim em Veneza (Itália), cidade onde viria a realizar uma exposição individual em 2018, no Palazzo Zeno. Já participou de mostras coletivas no Brasil e nos Estados Unidos. Atualmente trabalha na galeria cAsA - Obras Sobre Papel atuando como produtor, mediador, designer e curador.

Sem título (2012) Desenho 20 x 20 cm

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Sem tĂ­tulo (2013) Desenho 29 x 41 cm

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Salva d or Da l í Nascido em Figueras (Espanha) em 1904, começou a pintar por volta dos 13 anos. Em 1922 mudou-se para Madri, ingressando na Academia de San Francisco. Na instituição, travou contato com o dadaísmo e o cubismo, passando em 1929 a integrar o movimento surrealista - do qual seria expulso dez anos depois. Durante a Segunda Guerra, refugiou-se nos Estados Unidos. Nesse período atuou desenhando roupas, joias, mobiliários, cenografias e até vitrines. Nos anos 1960, já de volta à Europa, iniciou-se a fundação de um museu e teatro dedicado à sua obra na sua cidade natal, o Teatro Museu Gala Salvador Dali. É um dos artistas mais conhecidos em todo o mundo e suas imagens ocupam um lugar emblemático na cultura popular.

Cavalo (sem data) Litografia 50 x 56 cm

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Purgatรณrio - Canto I / O reino dos penitentes (1960-64) Xilogravura 33 x 26 cm

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Purgatรณrio - Canto XXV / Os luxuriosos (1960-64) Xilogravura 33 x 26 cm

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Inferno - Canto XXVII / O diabo lรณgico (1960-64) Xilogravura 33 x 26 cm

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Composição surrealista (sem data) Litografia 56 x 36 cm

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Rub em Gril o Nascido em Pouso Alegre (MG) em 1946, Rubem Grilo foi um gravador, ilustrador, professor e curador. Em 1963 mudou-se para Itaguaí (RJ) e mais tarde concluiu a graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRRJ). Estudou gravura com José Altino na Escolinha de Arte do Brasil (RJ). Na mesma época, iniciou um curso de xilogravura na Escola de Belas Artes da UFRJ, onde foi orientado por Adir Botelho. Foi aluno de gravura em metal de Iberê Camargo e estudou litografia com Antonio Grosso na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Integrou a Bienal de São Paulo em 1998 e em 1999 foi curador da Mostra Rio Gravura. Em 2015, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Recife) realizou um retrospectiva de sua obra.

O abraço (1996) Xilogravura 15 x 11 cm

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M ário Grü b er Nascido em Santos (SP) em 1927, atuou como pintor, gravador, escultor e muralista. Ingressou na Escola de Belas Artes de São Paulo em 1946. Em 1947 foi agraciado com o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia (SP). Estudou gravura com Poty Lazzarotto e trabalhou com Portinari e Di Cavalcanti. Em 1949, recebeu bolsa de estudos e mudou-se para Paris, ingressando na Escola Nacional Superior de Belas Artes. Em 1951, voltou para o Brasil e fundou em Santos o Clube de Gravura. Lecionou no MAM-SP e na FAAP. Suas obras compõem o acervo de museus como o Wisconsin State Museum College Union (EUA), o Museu Pushkin (Rússia), MASP, Museu de Arte Brasileira (São Paulo) e o Museu da Bahia (Salvador).

Lilith (1971) Litografia 46 x 46 cm

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M aciej Ba b inski Nascido na Varsóvia (Polônia) em 1931, Babinski foi um gravador, ilustrador, desenhista e professor. Mudou-se com a família para a Inglaterra por causa da Segunda Guerra Mundial, e lá começou a estudar pintura. Em 1949, estabeleceu-se em Montreal (Canadá), onde continuou seus estudos plásticos na McGill University. Fez aulas de gravura e frequentou cursos de desenho e pintura na Art Association of Montreal. Mudou-se para o Brasil em meados da década de 1950, residindo inicialmente no Rio de Janeiro. Nesse período teve contato com Oswaldo Goeldi e Darel Valença Lins. Em 1965, foi convidado a lecionar no Instituto Central de Artes da UnB. Entre 1979 e 1987, lecionou na Universidade Federal de Uberlândia. Em 2004, foi realizada a retrospectiva Babinski: 50 Anos de Brasil, no Conjunto Cultural da Caixa, em Brasília.

Sem título (sem data) Gravura em metal 16 x 20 cm

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Pau l o Say eg Nascido em São Paulo (SP) em 1960, Paulo Sayeg é desenhista, pintor e programador visual. Ainda adolescente, aprendeu litografia com seu tio, o pintor e ilustrador Alberto Garutti. Aos 21 anos participou de sua primeira exposição coletiva e aos 22 realizou sua primeira individual, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. Em 1987, recebeu o prêmio de melhor desenhista do ano, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 1995, foi diretor de arte da Revista E, publicada mensalmente pelo SESCSP. Possui obras em acervos importantes como Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museu de Arte Moderna de Chicago (EUA) e Museu de Arte Moderna de Brasília.

Sem título (sem data) Litografia 54 x 42 cm

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Al ê Fonsec a Nascido em Belo Horizonte (MG), em 1989, é fotógrafo, gravador e músico. Formou-se em Gravura em Metal pela Escola de Belas Artes da UFMG, onde desenvolveu pesquisas de fotografia artesanal, fotogravação em metal e foi monitor do atelier de gravura em metal do Professor George Gutlich. Se interessa pela analogia como processo de apreensão da realidade tanto na dimensão interior do ser humano quanto no campo das técnicas artísticas de reprodução do real. Assim se coloca entre as técnicas da fotografia, do desenho e da gravura. Participou de diversas exposições de fotografia e gravura, com destaque para a mostra “Sombras que ficam”, em parceria com Marcelo Kraiser, na galeria cAsA - Obras Sobre Papel.

Sem título (sem data) Fotomontagem 20 x 15 cm

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R amon Rodrig ue s Nascido em Florianópolis (SC) no ano de 1982. Ramon Rodrigues é gravador, desenhista e artista gráfico. Formou-se em Design Industrial e é Mestre em Design, ambos na UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina. Paralelo à sua formação acadêmica estudou desenho, ilustração, anatomia e gravura no Brasil e na Argentina. Frequentou durante alguns anos as oficinas de gravura da Fundação Catarinense de Cultura, no Centro Integrado de Cultura em Florianópolis, onde estudou litografia e xilogravura, sempre orientado pelo Mestre Bebeto. Em 2010 morou em Buenos Aires onde estudou desenho, pintura e fez residência artística no atelier de xilogravura do mestre argentino, Leonardo Gotleyb.

A cabeça (2018) Xilogravura 57 x 37 cm

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Ventania (2017) Xilogravura 54 x 25 cm

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M arc el o Gr assm a n n Nascido em São Simão (SP), Grassmann foi um gravador, desenhista, ilustrador e professor. Estudou fundição, mecânica e entalhe em madeira na Escola Profissional Masculina do Brás. Atuou como ilustrador em importantes periódicos de São Paulo e do Rio de Janeiro. Frequentou o Liceu de Artes e Ofícios estudando gravura em metal e litografia. Recebeu em 1953 o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna, indo estudar na Academia de Artes Aplicadas de Viena. Em 1969, sua obra completa foi adquirida pelo governo de São Paulo, passando a integrar o acervo da Pinacoteca. Em 1978, a casa em que nasceu foi transformada em museu. Participou de exposições e bienais no Brasil e no exterior e é um dos desenhistas brasileiros mais premiados da História. Em 2018 a galeria cAsA - Obras Sobre Papel realizou uma exposição de seus desenhos e gravuras.

Dom Quixote (sem data) Gravura em metal 40 x 54 cm

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CĂŁo (sem data) Gravura em metal 50 x 79 cm

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Gilva n Sa mic o Nascido em Recife (PE) em 1928, Samico foi um desenhista, pintor, gravador e professor, sendo considerado um dos maiores expoentes da xilogravura no Brasil. Iniciou-se na pintura como autodidata, estudou gravura com Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi. Lecionou na Universidade Federal da Paraíba. Em 1968, recebeu o prêmio de viagem ao exterior no 17º Salão de Arte Moderna do MAM-RJ, ficando dois anos na Europa. Em 1997, comemorouse seus 40 anos de carreira com uma exposição no CCBB-RJ. Suas obras estão em acervos de importantes instituições, como o MoMA (NY). Samico participou duas vezes da Bienal de Veneza, tendo sido premiado em uma delas. Falecido em 2013, sua obra teve ainda participações póstumas nas bienais do Mercosul, Curitiba e São Paulo.

Criação - Pássaros e peixes (1992) Xilogravura 99 x 62 cm

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O enigma (1989) Xilogravura 99 x 62 cm

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M anas ses Mu ni z Manassés Muniz, desenhista e gravador. Nascido em São Miguel dos Campos (Alagoas) em 1991. Reside atualmente em Belo Horizonte (MG) Em 2015 iniciou o curso de Artes Visuais na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, com foco na habilitação de Gravura. Realizou exposições coletivas em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, onde ganhou menção honrosa no 7o Prêmio Ibema de Gravura. Atualmente desenvolve seu trabalho no atelier de gravura da UFMG sob a orientação do artista e professor George Gütlich.

Sem título (2017) Xilogravura 24 x 34 cm

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Al ex Hornest Nascido em São Paulo (SP) em 1972, Alex Hornest, também conhecido como “Onesto”, é um pintor, grafiteiro, escultor e artista multimídia. Ainda criança, começou a desenhar e na adolescência já criava seus próprios personagens. Formou-se em Administração de Empresas na ETEC Prof. Arlindo Pinto da Silva e Desenho de Comunicação na ETEC Carlos de Campos, ambas em São Paulo. Em 1994 foi convidado a integrar uma mostra coletiva no Museu da Imagem e do Som (SP). Realizou exposições individuais no Brasil e nos Estados Unidos e tem obras presentes em acervos como Victoria & Albert Museum (Londres), Museu Afro Brasil (SP) e MAC SP.

Apenas se for agora (2006) Serigrafia 48 x 66 cm

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Daniel P iz a ni Nascido em Caratinga (MG) em 1994, Daniel Pizani é bacharelando pelo curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Aplica-se ao estudo, prática e apreciação do desenho, da gravura e da escrita, tendo participado de mostras de desenho e gravura nas cidades de Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba, com destaque para as duas edições da mostra “O Estado da Arte no Ofício”, realizadas respectivamente nas galerias “Graphias – Casa da Gravura”, em São Paulo, e “cAsA – Obras sobre papel”, em Belo Horizonte. Em 2016, publicou o seu primeiro livro: uma breve compilação de pequenos poemas e contos curtos intitulada “Olhos Sujos”, pela Chiado Editora, de Lisboa (Portugal).

Sem título (2018) Desenho 65 x 47 cm

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Sem tĂ­tulo (2018) Desenho 65 x 47 cm

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André Thomk in s Nascido em Lucerna (Suíça) em 1930, Thomkins foi um pintor, ilustrador, cenógrafo e poeta. Egresso da Escola de Artes Aplicadas de Lucerna, começou a criar suas primeiras litografias no início da década de 1950, já demonstrando influência dos movimentos Dada e Surrealista. Durante os anos 1960, sua produção abrangia também cenários para teatro, pequenas esculturas e palíndromos. Lecionou na Academia de Artes de Düsseldorf (Alemanha) entre 1971 e 1973. Em meados de 1984 assumiu os departamentos de Pintura e Artes Gráficas da Academia de Munique. Faleceu pouco tempo depois, em 1985.

Ochsenzöllner (sem data) Litografia 63 x 48 cm

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P ure Evil Nascido na região da Gales do Sul (País de Gales) em 1968. “Pure Evil” é o nome artístico de Charles Uzzell-Edwards, que atua como pintor, artista gráfico e grafiteiro. Estudou Artes Gráficas e Moda em Londres e, atraído pela paisagem cultural americana dos anos 1990, mudou-se para a costa oeste dos Estados Unidos, se estabelecendo em São Francisco. Lá, atuou como designer de uma grife de moda urbana e participou de projetos musicais, além de desenvolver seu trabalho como artista de rua. De volta ao Reino Unido uma década depois, estabeleceu-se em Londres onde abriu sua própria galeria. A popularidade de sua arte urbana e sua amizade com o artista britânico Banksy fizeram de seu nome uma marca conhecida ao redor do mundo, e sua obra já circulou por todos os cinco continentes.

Temptation (sem data) Litografia 66 x 48 cm

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André Fr a nç oi s Nascido na região de Temesvár (atual Romênia) em 1915. André François foi um pintor, artista gráfico e cartunista. Formou-se na Academia de Belas Artes de Budapeste. Mudou-se para Paris em 1934 e frequentou o ateliê do artista gráfico Adolphe Cassandre. Seu trabalho ganhou notoriedade através dos cartuns de humor sutil, frequentemente comparados à Saul Steinberg. Trabalhou para o jornal francês Le Nouvel Observateur e ilustrou livros de autores como Jacques Prévert. Publicou seus cartuns nas revistas Punch (Inglaterra) e na The New Yorker (EUA), entre outras. Participou de diversas exposições na Europa e nos Estados Unidos. Em 2002 teve seu ateliê destruído por um incêndio, perdendo vários de seus originais. Mesmo assim, empenhou-se em criar novas obras, realizando em 2004 uma individual no Centre Pompidou (Paris). Faleceu um ano depois, em 2005.

Sem título IV (sem data) Gravura em metal 66 x 51 cm

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cAsA - Obras Sobre Papel Avenida Brasil, 75, lj. 11 - Santa EfigĂŞnia Belo Horizonte - Minas Gerais 30140-000 +55 (31) 2534-0899 contato@obrasobrepapel.com.br https://www.facebook.com/ObrasSobrePapel

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Este catĂĄlogo foi composto em tipologia Minion Pro sobre papel CouchĂŠ 150g numa tiragem de 500 exemplares, impressos pela Rona Editora em junho de 2019 em Belo Horizonte. *******

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