Tintas e Vernizes # 273

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EDITORIAL

Foto: E3 Fotografia

jogo disputado Foi em ritmo de Copa do Mundo que essa edição entrou em campo. O setor nacional de Distribuição de Produtos Químicos foi escalado e mostra em nossas páginas que se profissionalizou, com isso, multinacionais estão de olho para pro­ mover aquisições no Brasil. O segmento de Cargas Minerais também participou desta partida com a meta de desenvolver materiais que agreguem valor e apostam em novidades; e as Embalagens Plásticas, tempos atrás tímidas no mercado de tintas, lançam o desafio de surpreender o setor com suas conquistas. Ao vestir a camisa, a Revista Tintas & Vernizes foi até Novo Hamburgo (RS) levar pela quarta vez

ra da sustentabilidade também é erguida pela

a Conferência Técnica, que é realiza pela Morrell

AkzoNobel que, gentilmente, nos encaminhou um

Editora desde 2007 levando informações técnicas

artigo que atenta para a busca da eficiência sem

a todos os químicos e universitários do País. Com

desperdícios.

uma estratégia perfeita repetimos o sucesso dos

A inovação no segmento de latas de aço ganhou

anos anteriores com grande saldo de participan­

espaço no nosso jogo. Especialistas debatem o

tes. Em meio à competição, visitamos também a

assunto e as empresas que aderiram à tática

nova unidade fabril da Companhia Metalgráphica

de inovar divulgam suas ideias. A seção de Atua­

Paulista (CMP) localizada em Cajamar (SP), e con­

lidades completa nosso placar com as notícias

ferimos de perto os investimentos em maquinários

do momento.

modernos e a infraestrutura. A Evonik destaca o compromisso de apre­

Não deixe de ler!

sentar soluções de menor impacto ambiental ao ampliar sua gama de monômeros metacrílicos com produtos de fontes renováveis. Essa bandei­

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sumário

Sucesso absoluto na 21ª Conferência Técnica Revista Tintas & Vernizes em Novo Hamburgo (RS) Dia 21 de maio foi realizada a 21ª Conferência Técnica da Revista Tintas & Vernizes, na cidade de Novo Hamburgo (RS), e a primeira da programação de Conferências de 2014 organizadas pela Morrell Editora

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Distribuidores de Produtos Químicos intensificam cada vez mais atuação no mercado 14

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rt&v visita - cmp inovação evonik

55 57 68

Fundador

akzonobel ARTIGO

atualidades artigo técnico

Homero Bellintani 26-04-1919 02-02-1992

Diretor Presidente

F. L. Morrell 18-03-1927 23-10-2001

Diretor Comercial

Francis Louis Morrell Júnior

Diretora Executiva

Francely Morrell

Projeto Gráfico

Kinthos Criação e Design

Publicidade

Carlos A. Cunha Patrícia Cordeiro

Capa

kINTHOS cRIAÇÃO E dESIGN

Colaboradores

Gabriela Lozasso (Mtb. 26.667) SANDRA SCIGLIANO (MTB. 25798)

Edição Bimestral

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Ano 54 | nº 273| 06-07 / 2014

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Momentos Difíceis Primeiro semestre de 2014 fica abaixo do esperado pelo mercado. Porém, as expectativas para o restante do ano são boas, inclusive com lançamentos à vista

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Mercado a explorar Ano a ano os baldes plásticos vêm conquistando mercado dentro da indústria de tintas e isso é um sinalizador de que muitos avanços ainda acontecerão dentro deste segmento, pois ainda existe muita tecnologia a ser empregada no produto

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site:

infotintas.com.br facebook:

facebook.com/tintasevernizes Agora você terá um link direto para a Revista Tintas & Vernizes Online, para isso, baixe um leitor de QR Code em seu celular ou tablet, fotografe o código ao lado e boa leitura! /tintasevernizes

“TINTAS & VERNIZES” é marca registrada pela MORRELL EDITORA TÉCNICA desde 1959 e sua utilização, sem autorização, é vedada em qualquer forma. As opiniões dos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não represen­tan­do, necessariamente, os da revista. Dispensada

da emissão de documentação fiscal, conforme

edido de regime especial protocolo nº

2.346/91

de

04/07/91

Av. Giovanni Gronchi, 6195 - COnj. 1807 Morumbi - Cep: 05724-003 - São Paulo/SP Fone: (011) 3739.2500 - Fax: (011) 3854.0023 revista@tintasevernizes.com.br www.tintasevernizes.com.br facebook.com/tintasevernizes RTV | 06-07 | 2014

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Sucesso absoluto na 21ª Conferência Técnica Revista Tintas & Vernizes em Novo Hamburgo (RS)

Pelo quarto ano consecutivo, o evento é realizado na cidade, e como sempre foi marcado pelo alto volume de participantes das áreas técnicas das principais indústrias de revestimentos, adesivos, tintas gráficas, moveleiras, entre outras

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c o n f e r ê nc i a t i nta s & ve r n i z e s 2 0 1 4 Dia 21 de maio foi realizada a 21ª Conferência Técnica da Revista Tintas & Vernizes, na cidade de Novo Hamburgo (RS), e a primeira da programação de Conferências de 2014 organizadas pela Morrell Editora. Pelo quarto ano consecutivo, o evento é realizado na ci­ dade, e como sempre foi marcado pelo alto volume de participantes das áreas técnicas das principais indústrias de revestimentos, adesivos, tintas gráficas, moveleiras, entre outras, demonstrando a consolidação do evento, não só na região, como no Brasil todo. “Temos quí­micos que nos acompanham desde a primeira edição na cidade. Sempre conseguimos reunir muitos profissionais interessados no conteúdo técnico das palestras, e isso se deve à alta qualida­ de deste público e das apresentações. O resultado é uma integração perfeita entre palestrantes e público”, assinala a diretora executiva da Morrell Editora, Francely Morrell. Foram sete apresentações que se destacaram pelo conteúdo técnico de alta qualidade. “Foi a primeira Confe­ rência de 2014 e já iniciamos o ano com chave de ouro, afinal, as palestras foram proferidas por especialistas de altíssimo nível e o público presente reconheceu e gostou. Fico muito satis­ feita em atingir o objetivo de promover informação técnica acima de tudo”, declara Francely, que na abertura do evento destacou o aplicativo da Revis­ ta Tintas & Vernizes – que pode ser baixado nos sistemas iOS e Android possibilitando acessar o conteúdo das

matérias e dos artigos técnicos no tablet ou smartphones – a mudança de endereço da redação da Revista Tintas & Vernizes e do Jornal do Pintor; e aproveitou para mostrar um exemplar da Revista editada em 1967 que pôde ser manuseada pelos participantes. “Foi interessante levar este exemplar e ver a reação das pessoas que ali estavam e que nunca haviam visto uma revista do segmento de tintas tão antiga e em formato bem pequeno, mostrar o nos­ so pioneirismo no setor e, ao mesmo tempo, nosso compromisso em nos mantermos atualizados com as novas tecnologias digitais. Somos ‘antigos’ no mercado, afinal a revista completará 55 anos em outubro deste ano, mas como somos a segunda geração no comando dela, sempre buscamos acompanhar as tendências e, mais uma vez, saímos na frente com o novo App, que está dis­ ponível ao mercado há quase um ano”, assinala a diretora. A edição reuniu aproximadamente 120 profissionais, sendo 90 deles do setor químico, a maioria das áreas de P&D, Controle de Qualidade, técnicos e engenheiros químicos, gerentes de suprimentos e diretores de empresas. Somado a este número, o evento reuniu cerca de 9 executivos da área de forneci­ mento de insumos para tintas, adesivos e compósitos das empresas patrocina­ doras: Adexim-Comexim, Additiva (que abordou os pigmentos da BASF), Allnex, Iguatu, quantiQ, Cabot e Braschemical (em parceria com a Lubrizol). O evento contou ainda com o apoio da Quimisa.

“Esta edição reuniu aproximadamente 120 profissionais, sendo 90 deles do setor químico, a maioria das áreas de P&D, Controle de Qualidade, técnicos e engenheiros químicos, gerentes de suprimentos e diretores de empresas.” Francely Morrell, diretora executiva da Morrell Editora /tintasevernizes

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opinião de alguns participantes

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“É a nossa primeira vez no evento e achamos a organização muito legal e as palestras bem interessantes, principalmente as do período da tarde. Uma ótima chance de fazer networking”, Leonardo Linck, gerente de P&D, e Paola Magnus, química de desenvolvimento, ambos da JIMO Química.

“As palestras foram bem ministradas, esclarecedoras e o nível técnico foi elevado.Vimos soluções que podem ser aplicadas em nosso dia a dia. A revista está de parabéns!”, Gabriela Hörlle, auxiliar de laboratório, e Jessica Hoff, técnica em química, ambas da Colorgraf.

“A Conferência da Tintas & Vernizes é sempre muito boa e, em função do mercado estar no momento desaquecido, é a hora certa para vir atrás de novidades e informações técnicas. Acredito que por essa razão estamos vendo o auditório completo”, Cleonice Rosa, área comercial, e Eliane Daltoé, vendedora externa, ambas da Quimisa (empresa que apoiou esta edição).

“Somos da área moveleira, área importante na região, e foi bem proveitoso estar aqui e conhecer as tecnologias que foram apre­ sentadas pelos palestrantes desta edição”, Fernanda Bampi, da área de engenharia de desenvolvimento; Tyane Gazolla, do controle de qualidade de matérias-primas; e Jéssica V.de Almeida, auxiliar de desenvolvimento, da Tecbril Tintas.

“Foi enriquecedor estar aqui. Valeu a pena vir e assistir apre­ sentações com temas variados e atuais do setor”, Silvio Mattei, gerente de desenvolvimento, e Clóvis Mezzari, administrador, ambos da Oregon Química.

“Não é a primeira vez que venho e participo porque gosto muito da organização do evento e do conteúdo das palestras. É uma oportunidade para aprimorar conhecimentos”, Michele Daiane Daniel, laboratorista química da Tecbril Tintas

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“Assim como nas outras versões, a revista Tintas & Vernizes ofereceu a oportunidade para os profissionais da região estrei­ tarem seus contatos com os fornecedores, ampliando a rede de parceiros. Ao meu ver, o evento também contribui com a divulgação de novas tecnologias na busca pelo aprimoramento técnico aliado à sustentabilidade”, Silvana Genehr Dörr, analista de serviços técnicos e tecnológicos do SENAI – CETEPO.

palestras

A Adexim-Comexim Matérias-Primas Especiais e Equipamentos, abordou as “Matérias-Primas para Revestimentos Anticorrosivos” ao destacar os anticorrosivos de fabricação S.N.C.Z. – França, e a evolução desses itens no mercado bra­ sileiro. Carlos Celso Russo, diretor técnico da empresa, e Lilian Furlan, gerente técnica e comercial, apresentaram as novas tecnologias anticorrosivas com utilização de fosfato de zinco e suas variações, polifosfatos e outros inibidores de corrosão ecológicos e especialidades, como a substituição ecológica com base em sílica para uso em coil coating. /tintasevernizes

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À convite da Additiva, José Marcos Qualiotto, gerente técni­ co de pigmentos, resinas e dispersões para tintas para América do Sul da BASF, ministrou a palestras “Novos Pigmentos de Efeito”. Ele ressaltou a tendência das tintas isentas de chum­ bo e sua implementação desafiadora, e apontou as melhores alternativas de pigmentos para essa realidade.

A quantiQ falou sobre “Otimização de Formulações através do uso de Hidroxietilcelulose”. Nesta palestra, Sérgio Rubio, da área de Suporte Técnico, Marketing e Novos Negócios, destacou os benefícios do uso da hidroxietilcelulose em tintas arquitetônicas. Foram apresentadas as vantagens em relação à Corboximetilcelulose e também em relação aos modificadores reológicos associativos de base uretânica.

Na foto André Lopes, Peterson Rebechi e Paulo Roberto Vieira Jr.

A “Tecnologia em Cura UV” foi abordada por Paulo Roberto Vieira Jr., coordenador técnico para a América do Sul de toda a área de Coatings (Cura por Radiação, Resinas Líquidas e Aditivos), da Allnex, antiga Cytec. Ele expôs as tecnologias disponíveis atualmente e novos desenvolvimentos para siste­ mas de cura UV, principalmente focados em competitividade de processo e fabricação de tintas e acabamentos de forma a satisfazer as necessidades mais atuais de mercado, com melhorias no desempenho em adesão, moagem de pigmentos, qualidade de impressão e eficiência de processo com possíveis reduções de custos operacionais. 10

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À convite da Braschemical, Antonio Dominguez Lopez, gerente técnico de produtos – Coatings da Lubrizol, abordou o tema “Aditivos de Alta Performance para Formulação de Tintas Industriais” com o objetivo de ressaltar os conceitos relativos à melhor utilização dos aditivos (hiperdispersantes, promotores de aderência, inibidores de corrosão e agentes reológicos) para o cliente conseguir agregar rendimento na sua operação, aumento da qualidade em seus produtos gerando, desta maneira, valor e diferenciação aos seus produtos no mercado aonde atua.

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Na foto Celio Valenga, Cássia Regina Pereira e Alex Areas

Alex Areas, coordenador de vendas e assistência técni­ ca – AkzoNobel – Iguatu falou sobre “Resinas Alquídicas” e apresentou ao público o lançamento de uma Resina Alquídica Longa 80% de sólidos (30315), destinada a formulações de esmaltes sintéticos normatizados; o relançamento de uma Resina Alquídica Fenolada 60% de sólidos (30450), com apelo de menor custo e melhoria de propriedades; bem como a apresentação de uma nova tecnologia para classificação de dióxidos de titânio desenvolvida pela DuPont.

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A Cabot inovou e levou a palestra “O Futuro que Quere­ mos”. Carlos Barbeiro, gerente regional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente para América do Sul da Cabot, promoveu uma reflexão sobre o bem-estar da humanidade, mostrando que ele está ligado ao meio ambiente de subsistência que nos sustenta. “Espero que todos os participantes entendam a necessidade de se estabelecer uma nova agenda de negócio para que possamos reverter o atual impacto na continuidade da existência humana”, comentou.

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Éxito absoluto en la 21ª Conferencia Técnica Revista Tintas & Vernizes en Novo Hamburgo (RS)

Absolute success at the 21st Revista Tintas & Vernizes Technical Conference in Novo Hamburgo (RS)

El día 21 de mayo se llevó a cabo la 21ª Conferencia Técnica de la Revista Tintas & Vernizes, en la ciudad de Novo Hamburgo (RS), y la primera de la programación de Conferencias de 2014 organizadas por Morrell Editora. El evento se realizó en la ciudad por cuarto año consecutivo, y como siempre se ha distinguido por el alto número de participantes de las áreas técnicas de las principales industrias como la de revestimientos, adhesivos, tintas gráficas, y mueblera, entre otras, demostrando la con­ solidación del evento, no sólo en la región, sino en todo Brasil. Fueron siete presentaciones que se destacaron por el contenido técnico de alta calidad. “Fue la primera conferencia de 2014 y ya iniciamos el año con llave de oro, al final, las conferencias fueron presentadas por especialistas de altísimo nivel y el público presente lo reconoció y les gustó. Estoy muy satisfecha por alcanzar el objetivo de promover la información técnica sobre todo”, declara la directora ejecutiva de Morrell Editora, Francely Morrell. La edición reunió aproximadamente 120 profesionales, 90 de ellos del sector químico, la mayoría de las áreas de I&D, Control de Calidad, técnicos e ingenieros químicos, gerentes de abastecimiento y directores de empresas. Sumado a este número, el evento reunió cerca de 9 ejecutivos del área de abastecimiento de insumos para pinturas, adhesivos y com­ pósitos de las empresas patrocinadoras: Adexim-Comexim, Additiva (que abordó los pigmentos de BASF), Allnex, Iguatu, quantiQ, Cabot y Braschemical (en sociedad con Lubrizol). El evento contó además con el apoyo de Quimisa.

On May 21st was held the 21st Revista Tintas & Vernizes Technical Conference in Novo Hamburg (RS), and the first one of the program of 2014 conferences sponsored by Morrell Editora. For the fourth consecutive year, the event was held in the city and it has always excelled by the high number of participants from technical departments of major industries such as coatings, adhesives, graphic inks, and furniture, among others, proving the consolidation of the event, not only in the region but all around Brazil. There were seven lectures that stood out for the highquality technical content. “It was the first conference of 2014 and we already started the year on the right foot, at the end, lectures were presented by specialists of the highest quality and the audience recognized them and liked. I am very pleased by achieving the goal of promoting technical information above all”, declares Francely Morrell, Morrell Editora Executive Director. This edition brought together approximately 120 professionals, 90 of them from the chemical sector, most of them from R&D, Quality Control, Technical and Chemical engineers, Supply Managers and company directors. In addition to this number, the event brought about 9 executives of raw materials suppliers for coatings, adhesives and composites from sponsor companies: Adexim-Comexim, Additiva (which presented pigments from BASF), Allnex, Iguatu, quantiQ, Cabot, and Braschemical (in partnership with Lubrizol). The event was also supported by Quimisa.

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d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s

Por Gabriela Lozasso

Distribuidores de Produtos Químicos intensificam cada vez mais atuação no mercado

O mercado hoje é muito competitivo e os novos desafios exigem dos produtores maior flexibilidade e, por consequên­ cia, os distribuidores buscam cada vez mais atualização e profissionalização. Com isso, conforme assinala Rubens Medrano, presidente da Associquim/Sincoquim, o segmento de distribuição brasileiro atingiu um grau de desenvolvimento e maturidade que não poderia ficar a margem dos processos de internacionalização que tem ocorrido nos mais importantes setores da economia brasileira. “A Associquim teve um papel preponderante nesse processo, através de sua participação 14

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atuante junto aos mais significativos eventos internacionais da distribuição mundial”, menciona o presidente ao ressaltar que, os congressos do EBDQUIM contribuem com a divulgação e promoção para a internacionalização da distribuição brasileira. E isso tem gerado benefícios para o mercado nacional não somente no aspecto institucional, mas no aprimoramento das atividades, através da experiência adquirida e na escala de excelência nos serviços prestados pelos distribuidores aos seus parceiros. Houve progressos nos processos de gestões, bem como na procura por ganhos de produtividade nos negó­ /tintasevernizes


Foto: Divulgação Associquim

cios inerentes a atividade. “O alto grau de regulação que regem os negócios da distribuição de produtos químicos, a complexidade do arcabouço jurídico, tributário e fiscal, além de uma nova demanda por agregação de valores e serviços por parte de nossos parceiros, provocaram uma mudança radical em nossos modelos de gestões empresariais. A procura por ganhos de escala exigem mudanças rápidas e contínuas em nosso comportamento empresarial”, comenta Medrano. Para ele, as novas regu­ lamentações com respeito ao meio ambiente, segurança nos transportes e proteção ao trabalhador também exi­ gem grande atenção do empresário de distribuição. E o PRODIR - Processo Distribuição Responsável, instituído pela Associquim para o setor de distribuição de produtos químicos e petroquímicos, tornou-se uma ferramenta im­portante e indispensável para as empresas do setor enfrentarem as importantes mudanças deste mercado. /tintasevernizes

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d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s Mudanças que impulsionam desafios O setor de distribuição no Brasil, apesar de maduro, tem passado por transformações. Conforme lembra Henrique Bavoso, diretor comercial da Univar, há 10 anos o distribuidor era visto como um simples canal de revenda, mas hoje caminha para ser um braço de vendas do fabricante e um prestador de serviço para o mercado em que atua. E no cenário atual, apesar da predominância de empresas familiares, um dos grandes destaques é a entrada de players internacionais. “Ao longo dos últimos cinco anos, o segmento de distribuição no país se tornou tão rele­ vante que tem sido muito atrativo para as empresas internacionais”, declara Reinaldo Medrano, diretor-presidente da IMCD Brasil, empresa (ex-Makeni Chemical) que hoje faz parte da com­ panhia holandesa IMCD Group B.V., e é um dos exemplos de tendência das fusões e aquisições no setor nacional. Segundo Reinaldo, o campo para o futuro mostra que haverá uma tendência de consolidações ainda maior e a presença das multinacionais indicará caminhos diferentes para as pequenas e médias distribuidoras. “As pequenas deverão procurar a especialização e as médias estão com o grande desafio estratégico de se tornarem especializadas ou de ser alvo de futuras aquisições”. E justamente essa movimentação faz com que as empresas locais busquem profissionalização e aprimoramento de estratégias para manterem suas po­ sições. “O mercado de distribuição no Brasil passa por um processo natural de maturação e de consolidação. A entrada recente de grandes players internacio­ nais ratifica essa tendência e salienta as oportunidades de crescimento do setor 16

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no país – o Brasil representa apenas 4-5% do mercado global de distribuição e o seu “share” ainda é relativamente baixo – cerca de 11% - comparando-se aos mercados de distribuição nos Es­ tados Unidos e Europa”, destacam Luiz Maranho Neto, responsável pelo setor de Tintas, Adesivos e Construção Civil, e Sergio Rubio, responsável pela área de Suporte Técnico, Marketing e Novos Negócios, ambos da quantiQ. E as mudanças geram novos e maio­ res desafios na gestão da distribuição. Na observação de Vanio Oleiro, diretor da Divisão Química Industrial da MCassab, as operações estão mais complexas, os mercados consumidores mais exigentes, e estas complexidades se processam em várias áreas passando por mudanças tributárias, fiscais, de qualidade, lo­ gística seguindo até a responsabilidade social, fatores que, aparentemente, mostram um aumento de custo nesta cadeia. Porém, o executivo lembra que os clientes exigem condições cada vez mais competitivas para terem seus produtos apresentados ao mercado. “É neste momento que entra a capacidade dos distribuidores em inovar, investir e suportar estas exigências”, enfatiza Olei­ ro ao acreditar que o setor irá crescer e tende a se consolidar com algumas empresas especializadas em nichos de mercado atuando regionalmente. Para Amadeu Paiva, da área de Inteligência de Mercado da Braschemical Representações, um dos maiores desafios é a tendência em redução de estoques e fornecimento just in time. “Quando se trata de commodities, ainda existe a possibilidade de buscar uma fonte alternativa em curto prazo, mas no caso de especialidades é preciso uma interação muito forte entre distribuidor e cliente para garantir o fornecimento nas quantidades exatas e no momento /tintasevernizes


d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s correto, sem deixar faltar na linha de produção. As previsões de consumo têm que ser confiáveis para se evitar estoques parados ou, no caso oposto, a falta de produto”, explica o executivo ao observar que, diante da internaciona­ lização do setor, com fusões e aquisições de grandes players internacionais, as distribuidoras nacionais para continua­ rem competitivas terão que se renovar para se manterem sempre à frente das necessidades dos clientes, assim como aprimorar a gestão e controlar melhor os custos e, principalmente, continuar prestando um atendimento especializado e diferenciado. Num cenário de baixo crescimento econômico e grande oferta de maté­ rias- primas, Neto e Rubio (quantiQ) acreditam que os distribuidores preci­ sarão estar cada vez mais próximos de seus mercados, serem flexíveis, ágeis e agregarem serviço às suas vendas. “Além disso, a crescente exigência nos padrões de SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) e a gestão do “cai­ xa” – numa atividade eminentemente demandadora de capital de giro – serão também importantes desafios para o setor”, mencionam. José Carlos Menezes, gerente de mercado - Tintas e Adesivos da Bandeirante Brazmo, também acredita que a distribuição enfrenta importantes desafios para manter sua trajetória de crescimento. Ele cita os aumentos de custos operacionais - tanto por entrada de novas legislações sempre mais de­ mandantes, quanto pela precariedade da infraestrutura logística existente hoje no país -; a demanda de investi­ mentos constantes para adequações das operações perante a necessidade de proteção ambiental e operacional; assim como manter crescimento me­ diante o baixo crescimento da indústria /tintasevernizes

de transformação, o principal cliente da distribuição de produtos químicos. “Apesar disso, no longo prazo tenho uma visão bastante positiva para a distribui­ ção de produtos químicos no Brasil. A distribuição exerce um papel cada vez mais atuante na prestação de serviços à indústria, tanto ao produtor (distribuí­ da), quanto ao cliente industrial. Isto se desdobra em constantes oportunidades de aumento de negócios, aliado ao fato de que a distribuição possui uma grande flexibilidade em portfólio de produtos e atuação”. Para Luis Machado, gerente de novos negócios da D’Altomare, o maior desafio é seguir com o desenvolvimento de novas tecnologias buscando elevar de forma significativa à qualidade das tintas no Brasil. “Como estamos constantemente em contato com fabricantes de diversas regiões do mundo, temos a responsa­ bilidade de trazer estas tecnologias ao nosso país”, declara. Carlos Russo, diretor- técnico da Adexim-Comexim, compartilha da opinião de Machado e ressalta a importância em se ter no país a disponibilidade de produtos de alto desempenho. “Na verdade há um erro grande em muitas empresas, principalmente as nacionais, que buscam redução de preços em de­ trimento da qualidade. Isso é péssimo e, sem dúvida, nos afeta, pois em mais de 50 anos de mercado primamos pelo “top de linha” para oferecer as indústrias o que há de melhor na química. Não é com produtos de combate que se desenvolve uma grande indústria e que se formam técnicos especializados”, manifesta. Anilton Flávio Ribeiro, diretor comercial da Verquímica, acha que o primeiro desafio do setor hoje é o de se concretizar o crescimento da economia, onde a distribuição tem papel relevante na cadeia produtiva. Outra questão que o RTV | 06-07 | 2014

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d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s executivo levanta é a taxa do câmbio, pois os produtos químicos e petroquímicos estão atrelados internacionalmente na moeda dólar e, portanto, a elevação destes valores impacta diretamente no custo de produção dos clientes. Ele aponta também os altos valores de frete, onde em muitos casos, representa um grande impacto no custo do produto. “A expectativa é que a distribuição conquis­ te, cada vez mais, uma posição relevante no setor, pois temos nos preparado com tecnologias e inovações”. O gerente de marketing da Agro Quimica Maringá, José Antonio da Costa, acha que atender as expecta­ tivas dos fornecedores em termos de volume, dos clientes em termos de preço e qualidade, e dos acionistas em termos de lucratividade são os desafios do momento. “Para isso, os processos precisam ser eficientes e de baixo custo, a estrutura deve ser adequadamente di­ mensionada e orientada para resultado; e a relação com os fornecedores deve ser intensa e com estratégia alinhada”, opina. Panorama 2014 Apesar da imprevisibilidade domi­ nante, no início deste ano a Associquim/ Sincoquim tinha uma previsão de um otimismo responsável e comedido para as atividades da distribuição no Brasil. Na análise da entidade, o primeiro se­ mestre aponta um panorama pouco aus­ picioso e deve encerrar o período com um crescimento igual ou ligeiramente menor que o mesmo de 2013, que já tinha tido uma performance abaixo das expectativas. Contudo, historicamente, as atividades industriais mostram índi­ ces melhores no segundo semestre e espera-se melhores resultados, para que 2014 se encerre com uma perfor­ 18

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mance ligeiramente melhor do que a do ano anterior. O presidente da Associquim/Sincoquim, Rubens Medrano, sente-se confiante em afirmar que o mercado brasileiro de distribuição tem enorme potencial de crescimento, uma vez que a atividade e participação na cadeia produtiva é desejada e reconhecida. “Se compararmos com os mercados europeu e americano, verificaremos que temos enorme potencial de cresci­ mento para atingir os mesmos índices alcançados pelas empresas de distri­ buição naqueles mercados. Tenho plena convicção que apesar das dificuldades, essa meta é possível de ser atingida”, assinala Medrano. O mesmo otimismo é destacado por Marcos Bresolin, diretor da Additiva: “apesar dos baixos índices de cresci­ mento da economia brasileira, ainda somos a sétima economia do mundo e com grande potencial de crescimento em diversos setores. É esta perspecti­ va futura que atrai os investidores estrangeiros na distribuição brasileira e que tem provocado a grande mudança nos últimos anos e também para os próximos. O efeito disso no mercado é uma maior profissionalização do setor, com práticas comerciais sendo nivela­ das por cima”. Confira nesta reportagem as ações mais recentes de alguns distribuidores de produtos químicos que atuam no mercado nacional. A Additiva incorporou todo o port­fó­ lio de produtos da Divisão Dispersões e Pigmentos da BASF. São dispersões, resinas, ligantes, adesivos, aditivos, pigmentos e especialidades utilizados nas indústrias de tintas arquitetônicas, automotivas, industriais, de impressão, adesivos, construção civil e impregna­

ção. Conforme ressalta o diretor da Additiva, Marcos Bresolin, com isso a empresa passa a distribuir marcas consolidadas no mercado como: Acronal, Efka, Hydropalat, Dispex, Foamstar, Rheovis, Joncryl, Tinuvin, Heliogen, Si­ comin, Paliogen, Chromophtal, Luconyl, X Fast, Sicotan, Versamid, Laromer e diversas outras. A Additiva iniciou o ano de 2014 com investimentos em novas instalações na matriz em Porto Alegre (RS), cujo obje­ tivo principal foi melhorar, modernizar e ampliar a estrutura para contemplar um maior número de colaboradores,

marcos bresolin, da Additiva

consequência da incorporação de novos negócios da principal distribuída BASF. “Também contratamos pessoal de ven­ das e assistência técnica, além de inse­ rirmos nova estrutura de venda regional em Blumenau (SC)”, acrescenta Bresolin ao mencionar que os investimentos em pessoal continuarão no segundo semes­ tre, e existe ainda plano de avaliação para a instalação de uma nova filial para melhorar o atendimento em regiões específicas. “Nosso objetivo maior para 2014 é consolidar as recentes aquisi­ ções para distribuição, como as novas linhas da BASF”, assinala o diretor. /tintasevernizes


d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s “Desde o princípio, a Additiva atua com a distribuição de produtos químicos de forma profissionalizada. Somos uma das poucas empresas do nosso porte com certificação Prodir. Nossa empre­ sa sempre cresceu de forma segura e planejada, seguindo um planejamento es­ tratégico bem definido e utilizando-se de uma estrutura de serviços especializada. Além disso, como a assistência técnica tem um forte peso no sucesso das nossas vendas, temos uma equipe de profissionais competentes para atender a demanda técnica dos diversos setores industriais que participamos”, conclui Bresolin. A Adexim-Comexim distribui pro­ dutos de alta performance técnica, principalmente para os segmentos de tintas automotivas, industriais e anticorrosivas. Entre as diversas representadas são citadas a linha de aditivos especiais da Estron (EUA); série de anticorrosivos da SNCZ (Fran­ ça); cargas minerais da Provençale

carlos russo, da Adexim-Comexim

(França); baritas da Girona (Espanha); flocos de vidro da Glass Flake (Ingla­ terra), antimicrobiano atóxico Ionpure, da Ishizuka Glass Co.(Japão) e, mais recente, lançou a Worlée Shield Tech­ /tintasevernizes

nology que compreende a função de revestimento de isolamento térmico composto por resinas acrílicas Worlée e espessantes Cab-O-Sil. Este é um novo produto desenvolvido em parceria com a representada Worlée Chemie GMBH, da Alemanha com a Cabot Corporation. Conforme explica o fundador da Ade­ xim-Comexim e diretor técnico, Carlos Russo, trata-se de um revestimento a base de resinas acrílicas especiais com o Aerogel, conhecida solução da Cabot; e um produto em dispersão aquosa, com aderência em todos os substratos com isolamento térmico até 130ºC, além de isolar do frio também até -5ºC. Segundo Russo, a aplicação pode ser feita com espátula, pincel ou spray e não requer qualquer preparação, além de limpeza, dispensando a confecção de moldes e transportes altamente complicados e caros. Além das opções em produtos, a Adexim-Comexim conta ainda com uma linha de equipamentos e tem feito o desenvolvimento de novas versões do C-UV, equipamento de teste de resis­ tência pela ação do tempo. “O nosso C-UV com capacidade para testar peças montadas (não metálicas) com volume de 4” x 10” é um lançamento extraor­ dinário que atende inúmeras funções. Recentemente, o governo achou por bem solicitar à todas as indústrias cosméti­ cas os testes de seus produtos em suas embalagens comerciais o que é possível somente em nosso C-UV 360º ou em nosso C-UV – híbrido”, conta Russo ao destacar que, em mais de 50 anos de mercado, a Adexim-Comexim sempre prima pelo “top de linha” para oferecer as indústrias o que há de melhor na quí­ mica para tintas, plásticos, cosméticos, entre outros. Para o 2º semestre de 2014, a Agro RTV | 06-07 | 2014

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d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s Química Maringá iniciará a distribuição do dióxido de titânio fabricado pela Kronos. Outro item recém-introduzido na linha é o THF (Tetrahidrofurano) pro­ duzido pela Lyondell Basell, o qual tem aplicação em tinta de impressão. Conforme assinala o gerente de marketing, José Antonio da Costa, as instalações da companhia são atualiza­ das constantemente. Ele conta que no início deste ano foram instalados novos tanques de mistura, visando oferecer ao cliente a solução pronta de blends dos produtos. Neste 2º semestre está prevista a modernização do parque de tancagem, com substituição de alguns tanques de aço carbono por tanques de aço inox, fator que, segundo Costa, irá conferir maior flexibilidade no armaze­ namento dos produtos.

josé antonio da costa, da Agro Química Maringá

Além disso, a empresa acaba de investir em ferramenta de vídeo confe­ rência, visando manter o time de todo o Brasil integrado e treinado. “O processo de venda interna será completamente reformulado para ganharmos maior agilidade no processo de atendimento ao cliente”, avisa. A Bandeirante Brazmo tem constan­ temente trazido ao mercado de tintas e vernizes, novos produtos e ideias 20

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e em laboratórios”, menciona o gerente ao destacar que, em 2014, a empresa planeja realizar eventos junto a seus clientes para transmitir aos mesmos o conhecimento sobre todos os novos pro­ dutos que estão em desenvolvimento. “A Bandeirante Brazmo mantém sua traje­ tória de crescimento nos últimos anos, e projeta crescimentos importantes para os próximos anos”, conclui.

josé carlos menezes, da Bandeirante Brazmo

técnicas. Essa afirmação feita por José Carlos Menezes, gerente de mercado - Tintas e Adesivos, vem alinhada a apresentação e desenvolvimento nos clientes de várias linhas de produtos de suas distribuídas, como os novos aditivos BYK (dispersantes e anties­ pumantes, entre outros) agregando produtividade às formulações de tintas; a linha de coalescentes Ucar IBT e série de solventes especiais da Dow; além de resinas fluorpoliméricas da distribuída AGC, que são resinas para aplicação em tintas técnicas que prometem conferir altíssima durabilidade e resistência quí­ mica; as novas resinas metacrílicas da representada Lucite e as resinas hidro­ carbônicas para aplicações em tintas, expandindo as opções dos clientes, e os agentes de cura (endurecedores) para resina epóxi da distribuída Dow. Um dos negócios estratégicos e de tecnologia da Bandeirante Brazmo é a formulação de solventes. Com o crescimento desta linha de produtos, Menezes revela que a empresa investiu no desgargalamento da capacidade produtiva no site de Mauá (SP). “Adi­ cionalmente, temos constantes inves­ timentos na melhoria de nossas bases operacionais, tanto na visão ambiental, quanto na visão segurança operacional

A Braschemical Representações está distribuindo uma nova linha de pigmentos perolados bastante ampla, que vai desde efeitos padrão do mercado até efeitos únicos, como multicoloridas, metálicas, negras, “sparkle” e camaleão. São aplica­ das em tintas automotivas, industriais, decorativas, plásticos, cosméticos entre outros. “Temos desenvolvido também materiais que conferem experiências tácteis especiais como diversas textu­ ras, revestimentos soft touch e aceti­ nados nos mais diversos tipos de subs­ trato, como tintas e vernizes, tintas em pó, vidro, couro, couro sintético, etc”, diz Amadeu Paiva, da área de Inteligência de Mercado da Braschemical.

amadeu paiva, da Braschemical Representações

A empresa investiu recentemente em um novo armazém em São Pau­ lo (SP), estrategicamente localizado próximo ao rodoanel e às principais /tintasevernizes


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d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s rodovias do Estado. Também inaugurou um laboratório de aplicação e qualidade no mesmo prédio do armazém. Este ano, a Braschemical celebra 25 anos e fará algumas ações comemora­ tivas, além de investimento em pessoal, qualidade, tecnologia e laboratório. “Tudo isto com objetivo de melhor atender nossos clientes e fornecedores”, acres­ centa Paiva. A renomeação da Makeni Chemicals para IMCD Brasil anunciada em abril deste ano pela holandesa IMCD Group B.V. é um dos mais recentes destaques da empresa. “Não se trata apenas de uma mudança de nome. É uma nova com­ panhia, com atuação global e liderança mundial na distribuição de especialidades químicas e ingredientes alimentícios. Nosso foco está na especialização, aten­ dimento ao cliente, comercialização dos produtos e suas aplicações técnicas”, diz Reinaldo Medrano, diretor-presidente da IMCD Brasil. Ele ressalta que, em conjunto à essa renomeação, houve a transferência dos valores de 33 anos da Makeni para a IMCD Brasil que, por sua vez, preserva a reputação da empresa durante todos esses anos de trabalho no mercado na­ cional, mas também vem complementar essa plataforma de valores com a forte integração de suas ações sociais, cultu­ rais e de sustentabilidade. A aquisição da IMCD marca a primei­ ra entrada do Grupo na América Latina, sendo um passo importante na concre­ tização da sua estratégia de expansão na região. Com isso, a empresa segue com investimentos importantes como a busca por novos talentos, o que significa pessoas com perfil técnico para compor a equipe e maximizar o atendimento comercial agregando diferenciais em produtos, conhecimento e aplicações 22

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técnicas. “Não é só vender produto e dis­ tribuir, existe toda a qualificação técnica e o apoio aos clientes e fornecedores, e isso é feito através de uma atuação diferenciada que se inicia com a IMCD”, comenta Medrano. Além das parcerias com fornecedo­ res internacionalmente reconhecidos, abrangendo diversos segmentos de mer­ cado - Coatings, Detergentes, Farma, Cosméticos, Nutrição, Lubrificantes, Synthesis, Plásticos e Indústria Geral -, a IMCD Brasil passa a contar com novas representadas resultantes da sinergia com o Grupo. Uma das mais recentes é a Grant que é especializada em matérias-primas para cosméticos, e a Ineos Oligômeros. Para o segmento de tintas, em breve a empresa apresentará novidades.

reinaldo medrano, da IMCD Brasil

Sediada em Diadema (SP), e com uma filial em Simões Filho – BA, a IMCD Brasil disponibiliza um laboratório de controle de qualidade, dois laboratórios de aplicação (um para coatings e um para nutrição) e armazém localizado em Diadema com capacidade para armaze­ nar líquidos e sólidos. Contudo, a partir do segundo semestre, a IMCD Brasil inaugurará sua filial em Recife (PE) e a ideia inicial é atuar com o segmento

industrial trabalhando com estoque local. “Nosso objetivo é ser o melhor distribuidor de especialidades químicas do Brasil. Para isso apostamos nessa expansão logística, num portfólio com­ pleto de produtos de alta performance e, principalmente, na qualificação técnica já citada anteriormente. Queremos ter as melhores soluções e participar dos projetos dos nossos clientes, do início até o final de seus desenvolvimentos com as nossas matérias-primas”, conclui o diretor. Para manter o ritmo acelerado de crescimento e crescer 30% este ano, a MCassab investe forte em várias frentes. Uma delas é a construção do Centro de Distribuição em Cajamar (SP) que inte­ grará todas as operações do Grupo em um modal logisticamente bem localizado. O projeto tem o investimento inicial de R$ 50 milhões, de um total de R$ 120 milhões em 24 meses, dos quais 18 me­ ses de obras em uma área total de 145 mil m2 e 70 mil m2 de área construída. Além disso, a companhia investiu numa nova planta em Contagem (MG) de uma unidade de produção de Peróxido de Hidrogênio em diferentes concentrações, negócio feito em parceria com a Evonik. Conforme destaca Vanio Oleiro, diretor da Divisão Química, este ano a empresa também fez um movimento bem interessante no sentido de aproveitar ain­ da mais o potencial de produtos de suas representadas atuais, para aumentar as possibilidades de negócios e atendimento aos clientes. Como exemplo de incre­ mento de portfólio são citados produtos como o Pentaeritritol, da Perstorp; e o Ultrasolve P240, da Oxiteno. Outro projeto de grande destaque foi a mudança da imagem da marca da com­ panhia que ocorreu no mês de fevereiro, trazendo uma nova era de crescimento /tintasevernizes


d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s e inovação ao Grupo MCassab que visa chegar aos 100 anos demonstrando sua solidez nos conceitos: crescimento, evolução, atualização e modernidade. A empresa completa 86 anos em 2014. Os três anéis interligados da nova marca reafirmam o DNA e a atitude da organização, comunicando visualmente a diversidade que está em sua origem e fortalecendo as suas três grandes áreas:

altas expressivas. A área de distribuição de produtos químicos representou 71% do faturamento no ano passado e regis­ trou crescimento de 22%. A Petrowan, filial da Wana Química no Nordeste, acaba de ser contemplada com uma área industrial no município de Guaiúba (CE), onde iniciará em 2015 a construção de uma unidade fabril para atender os crescentes mercados do Norte e Nordeste. Recentemente, a distribuidora ad­ quiriu novos tanques de estocagem, além de reformar o laboratório, onde pode atender as solicitações técnicas dos clientes. “Desta forma, otimiza­ mos o atendimento aos mesmos, com avaliações e sugestões de aplicação de nossos produtos”, declara o sócio-diretor da Wana Química – filial Nordeste Pe­ trowan, Adriano Petrone.

vanio oleiro, da MCassab

distribuição de produtos químicos, con­ sumo e incorporações e participações, que englobam 14 unidades de negócio. O novo posicionamento também reflete o compromisso da companhia com os colaboradores, clientes e fornecedores. Desta forma, procura mostrar a missão de construir negócios para hoje e sem­ pre, com pessoas felizes e profissionais competentes. Para a família Cutait, que controla o Grupo, o momento para a mudança ocorre em uma excelente fase de crescimento e de investimentos em profissionalização e governança. Nos últimos cinco anos, a MCassab dobrou de tamanho. Em 2013, a alta foi de 25%, com faturamento bruto superior a R$ 1,2 bilhão. Para este ano, a proje­ ção é avançar os 30% de crescimento e alcançar receita de R$ 1,56 bilhão. Os três grandes pilares da MCassab tiveram /tintasevernizes

adriano petrone, da Petrowan/Wana

Segundo ele, a empresa prevê am­ pliações para outros mercados como cosméticos e têxtil. “Para o segmento de tintas e vernizes, quem passa a fa­zer o atendimento é Carlos Bolaños, nosso novo representante para atender as regiões Norte e Nordeste e que tem sua base em João Pessoa (PB)”, avisa. RTV | 06-07 | 2014

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d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s Desde a sua fundação, há 26 anos, a Provedell atua na área de representação e distribuição de matérias-primas, prin­ cipalmente para a indústria de tintas. Contudo, a Provedell atende os merca­ dos de tintas industriais em geral, emba­ lagens, madeira, arquitetônicas, tintas gráficas, além de outros mercados como adesivos, cosméticos, construção civil, couro, têxtil, entre outros.

ricardo provedel, da Provedell

Atualmente, o principal foco da empresa são os produtos da Miwon; da KeimAdditec; assim como de duas novas distribuídas - a Vesta (da Holanda) fabricante de catalisadores; e a KS CNT (da Coréia) que produz aditivos especia­ lizados para tintas em pó. Conforme explica Ricardo Provedel, diretor da Provedell, a Miwon está há mais de 30 anos no mercado mundial e é uma das líderes globais na área de produtos para UV, com mais de 200 produtos em linha como Monômeros Acrilados e Metacrilados, Oligômeros Uretano, Epóxi, Poliéster, entre outras especialidades. “O que nos aproximou da Miwon foi o fato de termos a mesma filosofia de negócio, que é ‘a tecnologia e o serviço’. Sempre digo aos clientes que a Provedell não se coloca como vendedora/distribuidora de produtos, mas de tecnologia e serviço. E nisso temos tido uma grande afinidade com essa nossa representada, e a aceitação 24

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dos nossos clientes”, explica Ricardo. Segundo o executivo, o diferencial da Miwon é a capacidade de síntese, que possibilita desenvolver produtos exclusivos aos clientes, além de pre­ parar blends que facilitam o processo industrial dos clientes. Ricardo conta que ficou bem impressionado com o time de P&D da Miwon, composto por 36 químicos. “Eles me apresentaram as linhas de produtos quando fiz uma visita às instalações fabris da empresa”, lembra o diretor ao ressaltar que aposta muito na tecnologia que a Miwon coloca à disposição dos clientes: “com isso, nos­ so suporte no desenvolvimento de novos produtos se torna um fator diferencial para os técnicos de desenvolvimento”, assinala. Já através do Grupo KeimAdditec, representada da Alemanha, a Provedell distribui a linha Ultralube composta por emulsões, dispersões e microdisper­ sões de ceras; da Silcona, oferece a linha Silco de aditivos de alta performance tais com dispersantes, agentes nivelantes, sliping e anitespumantes. Além disso, trabalha com as representadas Ceronas e Euroceras, que produzem ceras. A Euroceras, através da linha Ceralene, produz basicamente Ceras de Polieti­le­no e Modificadas. E a Ceronas fabrica Ceras Micronizadas de vários tipos. De acordo com o diretor, a Provedell, em conjunto com todas as suas repre­ sentadas, investirá em várias frentes, pois acredita no mercado nacional de tintas e tintas de impressão. “A con­ corrência é muito grande e acirrada, tanto em preços como em qualidade, mas temos certeza que nosso atendi­ mento pessoal e com o suporte técnico das nossas representadas ocuparemos lugar de destaque nos mercados em que atuamos”, declara. Ele também revela que, ainda neste

ano, a empresa estará com um novo de­pósito, estruturado através da com­ panhia Provedell Specialty Chemicals, que atenderá pequenos volumes, uma necessidade tão característica do mer­ cado nacional de aditivos. Para o ano de 2014, a quantiQ está trazendo novidades para o seu portfólio. As novas especialidades vêm tanto das representadas com as quais já traba­ lha, quanto de novos fornecedores com os quais inicia parceria. Para a linha de pigmentos, a empresa destaca os novos produtos a base de Vanadato de Bismuto, da DCC. De acordo com Luiz Maranho Neto, responsável pelo setor de Tintas, Adesivos e Construção Civil, e Sergio Rubio, responsável pela área de Suporte Técnico, Marketing e Novos Negócios, são pigmentos amarelos com subtons mais avermelhados, sendo óti­ mas alternativas para substituição de cromatos e que apresentam ótima du­ rabilidade, opacidade, brilho e reologia.

luiz maranhão neto, da quantiQ

Uma grande novidade que será apresentada pela DCC brevemente é um pigmento laranja a base de Vanadato de Bismuto. “Até hoje, estes pigmentos só foram produzidos na cor amarela e a apresentação de um produto laranja /tintasevernizes


d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s mostra a disposição da DCC em inovar dentro deste segmento de mercado”, esclarecem os dois executivos ao revelarem que também virá uma nova representada para oferecer ao mercado uma alternativa de azul ultramar com excelente relação custo x benefício. Além disso, a quantiQ trará a linha de HEC (Hidroxietilcelulose) da ShinEtsu para utilização em tintas imobiliárias, principalmente para aplicação em tintas

sergio rubio, da quantiQ

semibrilho e premium. Segundo Neto e Rubio é uma ótima alternativa para substituição de modificadores reológicos uretânicos. Cabe ainda ressaltar que a empresa também está desenvolvendo uma parceria para distribuição de elementos de moagem, principalmente esferas a base de zircônio. Quanto aos investimentos fabris, a quantiQ finalizou o seu planejamento quinquenal em 2014, definindo os seg­

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mentos estratégicos, estrutura e in­ vestimentos necessários para suportar o seu crescimento nos próximos anos. Os seus Centros de Distribuição, por exemplo, não estão compatíveis com os objetivos de longo prazo, demandando investimentos em capacidade de arma­ zenagem e produção. Recentemente, a Quimisa fez uma parceria com a Lema Representações, um representante focado no segmento de tintas e vernizes com boa experiência de mercado. Com isso e com seu port­ fólio, a empresa disponibiliza produtos como butil glicol, arcosolv PMA, arcosolv DPM e arcosolv PM, ácido acrílico, dióxi­ do de titânio rutilo, entre outras commo­ dities. Damos destaque para o dióxido de titânio rutilo que é o nosso carro-chefe no segmento, por ser um produto com excelente custo x benefício relacionando qualidade e bom preço. “Damos desta­ que para o dióxido de titânio rutilo que é o nosso carro-chefe no segmento, por ser um produto com excelente custo x benefício relacionando qualidade e bom preço”, constata a laboratorista, Raissa de Souza. Ela conta que os investimentos na Quimisa são contínuos e, num primeiro momento, a distribuidora está treinando pessoas das áreas técnica e comercial para darem suporte aos clientes. Em

seguida, investirá em mais equipa­ mentos para realizar todos os testes necessários em laboratório como crip­ tômetro de pfund, viscosímetro stormer e glossmeter. “A empresa está estruturando o segmento, através da qualificação de técnicos e vendedores, e da realização de parcerias com representantes foca­ dos em tintas e vernizes”, diz Raissa ao ressaltar que a equipe conta com enge­ nheiros químicos, técnicos e administra­ dores para atender melhor os clientes e dar o suporte técnico necessário, além disso possui um estoque regulador de 45 dias para suprir as necessidades dos clientes, assegurando que não haverá ruptura no fornecimento. Para driblar os desafios da distri­

raissa de souza, da Quimisa

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d i s t r i b u i ç ã o de p r o d u t o s q u í m i c o s buição e logística no país, que é afetada pela falta de infraestrutura nas estradas, a Quimisa conta com o suporte de qua­ tro centros de distribuição localizados nas regiões sul e sudeste, e de sua própria transportadora, a Quimilog, que dispõe de uma frota de 58 caminhões. “A Quimisa tem como diferencial ter parceiros globais, repassando para o mercado local e estando presente em todo território nacional”, finaliza Raissa. Neste ano de 2014, a Univar lançou novas linhas e parcerias. Com a Dow passa a ter a linha completa de solventes oxigenados, como Acetato de Butila, linha dos éteres de glicol Dowanol PM, DPM e PMA, Coalescente Ucar Filmer, Butilglicol, linha dos di glicóis como Butil di Glicol e Metil di Glicol, IPA, Propanol, N Butanol, Acetato de Propila, além da

henrique bavoso, da Univar

linha de Propileno Glicol. Da Cargill co­ meçou a distribuir óleos vegetais, como Óleo de Soja Refinado, Óleo de Canola, entre outros e ácidos graxos. Além dis­so, da Specialty Minerals passa a ter o carbonato de cálcio precipitado; da PatCham os aditivos de reologia; da Lambiotte o produto Metilal, um solvente ecológico; e da Orion a linha completa de negro de fumo para o mercado de tintas

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e polímeros, com distribuição exclusiva para mercado brasileiro. A Univar está consolidando sua atuação no Brasil após a aquisição da Arinos no final de 2012. Com isso, conforme conta o diretor comercial, Henrique Bavoso, a empresa reforçou atuação através das filiais de Itajaí e Recife e a matriz em Osasco (SP). O executivo revela que, neste ano, a Univar também iniciou um projeto de construção da área para diluição de Peróxido de Hidrogênio que é distribuído por meio da representada Evonik. Esse investimento será na própria matriz em Osasco. “Há outros investimentos em outras áreas como sistemas de poliuretano e alimentos”, avisa Bavoso ao destacar que, como parte das ações de crescimento, há diversos projetos de melhoria de processos internos, como implementação de ferramentas comer­ ciais, além do lançamento de três novas áreas de atuação: Óleo & Gás, Agrícola e Mineração. A Verquímica passa a distribuir no mercado brasileiro de tintas e vernizes, a linha de resina epóxi da empresa Chang Chun Plastics - CCP e o pigmento dióxido de titânio da empresa Lomon. Com es­ tes dois novos itens, a empresa amplia seu portfólio de atendimento junto aos clientes, oferecendo um pacote completo de solventes alifáticos, aromáticos, oxigenados, glicóis e cetônicos. Conforme revela o diretor comercial, Anilton Flávio Ribeiro, em 2014 a Ver­ química tem dois grandes investimentos em andamento: irá implementar a troca do sistema operacional da empresa por uma plataforma global; e ampliará a área de tancagem focando também inovações na área operacional. A conclusão destes investimentos está prevista para setem­ bro e, conforme frisa Ribeiro, permitirá

oferecer aos clientes maior agilidade e capacidade no atendimento. Contudo, a Verquímica, além dos in­ vestimentos operacionais e tecnológicos, contratou uma empresa de consultoria em Recursos Humanos, onde todos os funcionários estão participando de trei­ namento na formação de novos líderes e reciclagem dos atuais gestores. É um

anilton flávio ribeiro, da Verquímica

programa de 12 meses que foi iniciado em janeiro e a conclusão é prevista para dezembro deste ano. “Nosso objetivo é a capacitação dos colaboradores, pro­ porcionado um crescimento profissional e pessoal aos mesmos, observando os valores e missão da empresa”, comenta o diretor que destaca também a con­ sultoria na área de qualidade, onde o projeto prevê a formação de auditores internos e integração de todo sistema de gestão integrada das normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001. O prazo do treinamento é de seis meses e a conclusão está prevista para esse mês de julho. “A Verquímica está preparada para o novo momento da distribuição no Bra­ sil, pois além dos investimentos acima destacados, nossa equipe é experiente e está qualificada em oferecer um aten­ dimento adequado às necessidades dos nossos clientes”, finaliza Ribeiro.

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d i s t r i b u c i ó n de p r o d u ct o s q u í m i c o s

Distribuidores de Productos Químicos intensifican cada vez más su presencia en el mercado Actualmente, el mercado es muy competitivo y los nuevos desafíos le exi­ gen a los productores mayor flexibilidad, y por consecuencia, los distribuidores buscan cada vez más actualizarse y profesionalizarse. Y así, como lo señala Rubens Medrano, presidente de la Asso­ ciquim/Sincoquim (Asociación Brasileña de los Distribuidores de Productos Químicos y Petroquímicos/Sindicato del Comercio Minorista, Importador y Exportador de Productos Químicos del Estado de São Paulo), el segmento de distribución brasileño alcanzó un grado de desarrollo y madurez que no podría quedarse al margen de los procesos de internacionalización que han ocurrido en los más importantes sectores de la eco­ nomía brasileña. “La Associquim tuvo un papel preponderante en este proceso, a través de su participación determinante ante los más significativos eventos in­ 28

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ternacionales de la distribución mundial”, afirma el presidente y destacando que los congresos del EBDQUIM (Encuen­ tro Brasileño de los Distribuidores de Productos Químicos y Petroquímicos) contribuyen con la divulgación y promo­ ción para la internacionalización de la distribución brasileña. Y esto ha traído beneficios para el mercado nacional, no solamente en el aspecto institucional, sino también en el perfeccionamiento de las actividades, a través de la experiencia adquirida y en la escala de excelencia en los servicios prestados por los distribuidores a sus socios. Hubo progresos en los procesos de gestiones, así como en la búsqueda de ganancias de productividad en los negocios inherentes a la actividad. “El alto grado de regulación que rige los negocios de la distribución de productos químicos, la complejidad de la estructu­

ra jurídica, tributaria y fiscal, además de una nueva demanda por agregar va­ lores y servicios por parte de nuestros socios, provocaron un cambio radical en nuestros modelos de gestiones em­ presariales. La búsqueda por ganancias de escala exigen cambios rápidos y continuos en nuestro comportamiento empresarial”, comenta Medrano. Para él, las nuevas reglas con respecto al medio ambiente, seguridad en los transportes y protección al trabajador exigen mucha atención del empresario de distribución. Y el PRODIR - Proceso de Distribución Responsable -, insti­ tuido por la Associquim para el sector de distribución de productos químicos y petroquímicos, se convirtió en una herramienta importante e indispensa­ ble para que las empresas del sector enfrenten los importantes cambios de este mercado. /tintasevernizes


d i s t r i b u t i o n o f che m i cal p r o d u ct s

Chemical Product Distributors strengthen more and more their market share Currently, the market is very competitive new challenges require producers greater flexibility and consequently, distributors seek increasingly more update and professionalization. And so, according to Rubens Medrano, President of Associquim/Sincoquim (Brazilian Petrochemicals and Chemicals Association ‘Distributors and Union of retailers, Importers and Exporters of Chemical Products of São Paulo State), the distribution segment has achieved a development and maturity level so that it could not be kept aside from the internationalization process the most important sectors of the Brazilian economy has undergone. “The Associquim played a pivotal role in this process, through their decisive participation before the /tintasevernizes

most significant international events of worldwide distribution,” says Medrano and stresses that the EBDQUIM (Brazilian Congress of Chemicals and Petrochemicals Distributors) contributes with the dissemination and promotion for the internationalization of Brazilian distribution. This has brought benefits to the domestic market, not only in the institutional aspect, but also in the improvement of activities through experience and on the scale of excellence in services provided by dealers to their partners. Management processes have improved, as well as the search for productivity gains in businesses inherent to the industry. “The high regulation degree that rules the business of distribution of chemical

products, the complexity of the legal, fiscal, and tax structure as well as a new demand of adding values and services by our partners, brought about a radical change in our business management models. The search for scale profits requires rapid and continuous changes in our corporate behavior,” says the President. For him, the new rules regarding the environment and safety in transport and protection of workers require close attention to the employer’s distribution. And the PRODIR - Responsible Distribution Process-, instituted by Associquim for the distribution of the chemical and petrochemical industry, has become an important and indispensable tool so that the companies in this sector face the major changes in this market. RTV | 06-07 | 2014

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r t & v v i s i ta

Revista Tintas & Vernizes visita parque fabril

da Companhia Metalgráphica Paulista – CMP em Cajamar (SP) A empresa modernizou totalmente sua estrutura ao investir em equipamentos de ponta e numa planejada área industrial Após anos em operação numa fábrica no bairro da Mooca, em São Paulo (SP), a Companhia Metalgráphica Paulista - CMP foi totalmente transferida para seu novo parque fabril inaugurado no município de Cajamar (SP) no início do ano passado.

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A empresa, especializada em emba­ lagens metálicas para tintas e alimentos, investiu R$ 90 milhões neste novo par­ que industrial que conta com 60 mil m² de área total, sendo 17 mil m² de área construída, onde são produzidos para o mercado de tintas e vernizes quatro

linhas de produtos (lata 18L, galão 3,6L, ¼ galão e 5L) com capacidade de trans­ formar 3 mil toneladas de aço por mês. A fábrica tem toda a linha de produção, litografia e estocagem. Um dos grandes destaques é a impressora quadricolor que, segundo o gerente co­

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r t & v v i s i ta mercial, Adriano Marson, é considerada a mais moderna da América Latina e, entre seus atributos, está a alta preci­ são na impressão. Outro investimento de forte relevância é a envernizadeira KBA (máquina alemã) com capacidade para processar 9 mil folhas por hora. Ela faz aplicação de vernizes internos ou esmaltes nas folhas, e Marson declara que este equipamento é o que há de mais

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r t & v v i s i ta

gabriela lozasso, jornalista da Revista Tintas & Vernizes; adriano marson, gerente comercial da CMP; e francely morrell, diretora executiva da Morrell Editora

Nova envernizadeira para fazer aplicação de vernizes internos ou esmaltes nas folhas Moderna impressora quadricolor que garante alta precisão na impressão

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moderno no mundo. A CMP também instalou um sistema de pré-im­ pressão que substitui o prelo em folha de flandres por uma prova digital em papel, processo inovador que gera muita agilidade no desenvolvimento de novas artes. “Além de todos estes equipamentos novos, temos hoje condição melhor de ter latas montadas e estamos num local estratégico, próximo do Rodoanel, fora da rota do rodízio, por exemplo, o que facilita e agiliza as entregas”, menciona o gerente. Já nas linhas de montagens, a empresa também apostou numa moderna série para montagem de latas 18L que trabalha com 50 latas por minuto, o que gera maior rapidez no atendimento aos clientes e redução dos níveis de estoque. A unidade conta também com nova linha de baldes e testadores automáticos e, em breve, será instalada uma impressora bicolor. Além de Cajamar, a CMP possui unidade em Aná­ polis (GO) que conta com o suporte de uma extensão produtiva situada em Morro Agudo (SP) que faz a parte litográfica da produção proveniente de Goiás. /tintasevernizes


r t & v v i s i ta Revista Tintas & Vernizes visita parque fabril de la Companhia Metalgráphica Paulista – CMP – en Cajamar (SP)

Después de años de operaciones en una fábrica en el barrio de Mooca, en São Paulo (SP), la Companhia Metalgráphica Paulista – CMP – fue transferida totalmente para su nuevo parque fabril inaugurado en el municipio de Cajamar (SP), a inicios del año pasado. La empresa, que se especializa en envases metálicos para pinturas y alimentos, invirtió R$ 90 millones en este nuevo parque industrial, que cuenta con 60 mil m² de área total, siendo 17 mil m² de área construida, donde se producen para el mercado de pinturas y barnices cuatro líneas de productos, con capacidad de transformar 3 mil toneladas de acero por mes. La fábrica tiene toda la línea de producción, litografía y almacenamiento. Uno de los equipos que se destacan es la impresora cuadricolor que, según el gerente comercial, Adriano Marson, es considerada la más moderna de América Latina, y entre sus atributos, está la alta precisión en la impresión. Otra inversión de gran relevancia es la barnizadora KBA (máquina alemana) que aplica barnices internos o esmaltes en las hojas. La empresa también instaló un sistema de pré-impresión que substituye la prensa en hojalata por una prueba digital en papel, proceso innovador que genera mucha agilidad en el desarrollo de nuevas artes. Ya en las líneas de montajes, la empresa también apostó en una moderna serie para montaje de latas de 18L, nueva línea de baldes y probadores automáticos, y en breve se instalará una impresora bicolor. Además de Cajamar, CMP tiene una unidad en Anápolis (GO), que cuenta con el soporte de una extensión productiva situada en Morro Agudo (SP).

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rt&v visit Revista Tintas & Vernizes visits industrial park of Companhia Metalgráphica Paulista – CMP – in Cajamar (SP)

After years of operations in a factory in the district of Mooca, in São Paulo (SP), Companhia Metalgraphica Paulista – CMP – move completely to its new industrial park opened in Cajamar (SP), at the beginning of last year. The company, which specializes in metallic packaging for paints and foods, invested $R 90 million in this new industrial facilities, which has 60,000 m² of total area, from which 17 thousand square meters are built area, with production of four lines of products for the paint and varnish market, with capacity to transform 3 thousand tons of steel per month. The factory has its whole production line, lithography sector, and storage. One of the outstanding equipment is the four-color printer that, according to the business manager, Adriano Marson, it’s considered the most modern in Latin America, and among its attributes, is the high-precision printing. Another important investment is the KBA coater (German machine) which applies internal varnish or enamel on sheets. The company also installed a pre-printer that replaces the press system in tin by a digital proof on paper, innovative process that generates great agility in the development of new arts. Now in the assembly lines, the company also bet in a modern series of mounting 18L cans, a new line of buckets and automatic testers, and soon will be installed a two-color printer. In addition to Cajamar, CMP has a unit in Annapolis (GO), which has the support of a productive extension located in Morro Agudo (SP). RTV | 06-07 | 2014

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Inovação estampada nas embalagens metálicas Por Gabriela Lozasso

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Fotos: D ivulga

ção

Considerar o segmento de latas de aço conservador é ultrapassado, pois as ideias inovadoras estão presentes nesse mercado, pautadas pela sustentabilidade e competitividade

O setor de embalagens no geral se modernizou muito nos últimos cinco anos no mercado brasileiro. O mercado saiu em busca de novas formas de apresentação de produto e lingua­ gem visual, procurando ser menos tradicional e mais dinâmico para buscar uma conexão maior com o consumidor. Hoje é possível notar movimentos na comunicação de cores, letras e nos próprios formatos das embalagens. E essa evolu­ ção é constante e acompanha o desenvolvimento da sociedade e do país. “Desde o Plano Real quando tivemos estabilização econômica e abertura do mercado brasileiro, demos um salto muito grande ao acesso a outras referências que ajudaram na evolução do setor de embalagens que se tornou muito /tintasevernizes

inovador”, assinala Luciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem). Para ela, a inovação busca fazer com que a embalagem “converse” com o consumidor ao criar uma identificação e um laço. “É algo que faça com que a pessoa sinta que aquele produto é feito para ela e que a marca entende suas necessi­ dades. Essa relação de valor hoje está muito ligada aos novos desenvolvimentos das embalagens”, explica. Mas qual é realmente o conceito da inovação? De acordo com o Fórum de Inovação da Fundação Getúlio Vargas – FGV/ Escola de Administração de São Paulo - EAESP, o entendimento correto pode ser obtido pela equação: Inovação = Ideia + Ação RTV | 06-07 | 2014

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i n o va ç ã o + Resultado. Assim, inovar pressupõe a existência de resultados. “Inovação é sucesso e claro que todos buscam isso, assim ela é estimulada, mas não acon­ tece do dia para noite”, declara Antonio Carlos Teixeira, professor da disciplina Inovação nas Organizações da FGV/EA­ ESP e presidente do SINIEM (Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais). Entender de fato por onde trabalhar os diferenciais é um ponto importante. Conforme frisa a diretora executiva da ABRE, às vezes a inovação pode estar em uma grande reestruturação da em­balagem, na sua funcionalidade, no bico, na forma de pegar, na abertura e fechamento ou na reutilização; mas pode ser algo muito simples como estar presente na porção do produto (menor

ou maior), numa tampa ou forma dife­ renciada de preparo. A segunda etapa, segundo Luciana, é trabalhar com novas tecnologias ou aproveitar a estrutura fabril já existente na empresa. “É ne­ cessário prever também a adequação econômica daquele novo produto junto ao mercado”, atenta. Nesse sentido, não estão descartados riscos elevados. Es­ tudos revelam que de cada dez produtos lançados, sete fracassam, dois pagam o custo de desenvolvimento, porém, um deles destaca-se com sucesso e paga com sobra todos os custos de Pesquisa & Desenvolvimento. Na busca da inovação, ainda conta a favor ou contra a cultura interna da empresa. Teixeira explica que o ato de inovar muda procedimentos e isso é contrário ao instinto de preservação.

“Quem nunca ouviu a frase ‘em time que está ganhando não se mexe?’. Pois é, a cultura de inovação contraria isso”, comenta o professor ao afirmar que uma empresa para ser inovadora deve ter canais de comunicação abertos, hu­ mildade para reconhecer que a inovação pode vir de qualquer lugar e tolerância a erros bem intencionados. Neste processo, Thaís Fagury, ge­ rente executiva da ABEAÇO (Associação Brasileira de Embalagem de Aço) res­ salta o papel do líder na mobilização de recursos, direcionamento e motivação da equipe. “Sem o estímulo e o exemplo do líder, dificilmente se cria um ambiente propício para a inovação. É preciso esti­ mular a busca e transformação de boas ideias em oportunidades de negócios viáveis”.

Embalagem de aço: competitiva e sustentável No segmento de embalagens de aço a inovação não é só pautada pela competitividade, mas também está atrelada a sustentabilidade. Segundo a ABEAÇO, o aço leva vantagem em seu reaproveitamento se comparado com materiais de outras embalagens, pois é 100% reciclável, tem a capacidade de ser reciclado infinitas vezes sem perder suas propriedades, sendo facilmente separado de outros materiais por meio de eletroímã e, se jogado na natureza, leva de três a dez anos para se decompor. “A lata de aço vira novo aço para aplicação em qualquer segmento. Quando reciclamos 60% das latas de aço minimizamos em mais de 70% as emissões de gases de efeito estufa no processo, e economizamos a cada tonelada de aço reciclado a extração de 1,5 toneladas de minério de ferro”, esclarece a gerente executiva da entidade. Thaís também afirma que a lata de aço é a melhor opção para o envase de muitos produtos em vários segmentos in­ dustriais como o de tintas, por exemplo. Isso porque possui características de impermeabilidade, hermeticidade, seguran­ ça, facilidade de moldagem, praticidade no armazenamento e transporte, além de resistências mecânica e térmica. Por ser inviolável, é o tipo de embalagem que evita falsificações e ainda bloqueia a incidência de luz e oxigênio, mantendo a integridade do conteúdo e suas propriedades por muito mais tempo.

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Ao considerar todas estas ca­ racterísticas, o setor de embalagens metálicas, apesar de sua longevidade (no caso das latas de aço, possui mais de 200 anos), tem sido cada vez mais inovador com o desenvolvimento de latas com formatos diferenciados; redução da espessura da folha de aço em mais de 20% reduzindo assim o consumo de material e peso no transporte; aplicação de vernizes elásticos que não comprometem o produto envasado no caso de latas amassadas; assim como a criação de necking para empilhamento das embalagens; novos sistemas de abertura, dentre outros. “O design e a litografia são formas óbvias de busca de inovação neste setor. Porém, as facilidades de manuseio na abertura e no fechamento da lata, assim como na utilização do produto são também atributos onde costumam ocorrer inovações”, constata Teixeira.

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desenvolvimentos mais recentes são

Mais leve e sem os convencionais anéis - Embalagens exclusivas de 0,9 litro para massas acrílicas, corrida e para madeira, foram lançadas recentemente pela fabricante de tintas decorativas Suvinil, do Grupo BASF. Com foco na prati­ cidade e facilidade de uso, os novos recipientes são mais leves, resistentes e fáceis de abrir e fechar. O novo formato destas embalagens busca evitar o desperdício de produto, uma vez que não possui os convencionais anéis dos recipientes comuns, permitindo a abertura total do envase. Dessa forma, a massa pode ser inteiramente retirada e aproveitada. Além disso, a embalagem pesa 27% menos que as antigas e é mais resistente a quedas. “Pioneira ao utilizar esse tipo de tecnologia para tintas no Brasil, a Suvinil tem a inovação como um de seus pilares. Os consumidores e profissionais de pintura têm procurado cada vez mais opções de produtos que tragam praticidade e ajudem a evitar o desperdício”, afirma Karina Monaco, gerente de produto da marca. A empresa responsável pelo desenvolvimento destas novas embalagens foi a Brasilata. A empresa instalou em seu parque fabril em São Paulo (SP) uma linha capaz de expandir a lata. “A expansão é produzida no conjunto de máquinas “stretch machine” com tecnologia nacional das Máquinas Moreno”, informa Tiago Heleno Forte, gerente de marketing da Brasila­ ta. Ele revela que o investimento total superou 2 milhões de dólares e, entre o processo de concepção, patenteamento da solução e o lançamento da embalagem decorreram quatro anos. “É desafiador lançar uma embalagem inovadora como essa, pois é preciso levar em conta seus impactos em todos os elos da cadeia, ou seja, desde a fabricação da embalagem na metalgráfica, até o usuário final, passando por transporte e envase no cliente”, diz. 38

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Verniz com acabamento fosco - Já a Companhia Metal­ graphica Paulista (CMP), em parceria com a Premiata Tintas e Vernizes, foi a primeira empresa a desenvolver e aplicar em escala industrial o Verniz Ultravioleta Fosco, película especial desenvolvida a partir da tecnologia inovadora dos laboratórios da CMP, na unidade em Cajamar (SP). Para criar o verniz de acabamento UV fosco a companhia admite que foi utilizado o que há de mais recente em inovação tecnológica. “Antes de lançarmos esta embalagem somente vernizes com secagem térmica poderiam ser foscos”, explica Adriano Marson, diretor comercial da CMP. Com essa inovação a fabricante de embalagens conquistou recentemente o prêmio LatinCan 2014 - Conferência Tecnoló­ gica para Fabricantes de Embalagens Metálicas e Envasadores - na categoria General Line, após apresentar a lata de aço de 18 litros da Suvinil, que possui o Verniz Ultravioleta Fosco como acabamento final da embalagem.

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exemplos da busca pela diferenciação: Efeito de textura e 3D na lata - Outro projeto inovador no segmento de tintas é a lata de 18 litros do Suvinil Texturatto Premium Rústico que cria o efeito holográfico e tátil de uma textura na própria embalagem. A lata com textura de madeira, por exemplo, transmite realmente a ideia de um acabamento de madeira, quando na verdade é o aço texturizado. Desenvolvida pela Litografia Valença, essa lata recebeu vários prêmios na­ cionais e internacionais. A empresa também desenvolveu uma tecnologia exclusiva de impressão que reproduz algumas ima­ gens em 3D. O ilusionismo criado por este efeito é destacado por meio de várias formas e brilhos nas embalagens de galão e litro, gerando um toque decorativo bem diferente. As latas em 3D e a texturizada são tecnologias que marcam uma nova era nas impressões e estão disponíveis em diferentes cores e acabamentos. “São dois produtos inéditos, que encantam pela qualidade e beleza”, avalia o presidente da Litografia Valença, Maurício Brasil. “Continuaremos com a missão de focar nos­ so trabalho em inovações para deixar as latas sempre mais atraentes ao consumidor”, completa Paulo Arantes, gerente comercial da empresa.

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Lata de aço que virou barril de vinho - O segmento de bebidas é um dos que mais trabalham a diversificação de embalagens sempre buscando inovação de apresentação e funcionalidade. Dentre tantos desenvolvimentos, um deles utilizou a embalagem metálica para se destacar no mercado. Trata-se da embalagem “Bag in Can”. O projeto é uma lata de aço no formato de barril de carvalho para acondicionar 3 ou 5 litros de vinho. Desenvolvida pela Metalgráfica Renner, a embalagem conta com recursos de litografia que buscam dar o conceito de produto premium, além das características técnicas de aço como resistência mecânica, barreira contra luz e inviolabilidade. Na parte interna é usado um bag com válvula para servir a bebida, que não permite a entrada de oxigênio, conservando as propriedades do vinho por mais tempo, mes­ mo depois de aberto. Devido ao formato projetado, o fundo da embalagem possui neck que permite o empilhamento de um barril sobre o outro. Na lateral do corpo foi projetado um apoio para que ele possa ficar na posição horizontal. Segun­ do Gilmar da Luz Rocha, gerente comercial da Metalgráfica Renner, não existe nada parecido para vinho, apesar deste formato já ser usado há alguns anos para chopp e cerveja. “Estamos sempre procurando inovar e atentos a necessidade de nossos clientes e até de mercados em que a lata não é usada. Temos recebido prêmios nacionais e internacionais nos últimos anos, principalmente na categoria de inovação. Com esse foco é que a empresa cresce, desenvolve as pessoas e aprimora as suas tecnologias”. RTV | 06-07 | 2014

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i nn o vac i ó n Innovación estampada en los envases metálicos El sector de embalajes en general se ha modernizado mucho en los últimos cinco años en el mercado brasileño, que salió en busca de nuevas formas de presentación de productos y lenguaje visual, procurando ser menos tradicional y más dinámico para buscar una conexión mayor con el consumidor. Hoy es posible notar movimientos en la comunicación de colores, letras y en los propios formatos de los envases. Y esta evolución es constante y acompaña el desarrollo de la sociedad y del país. “Desde el Plan Real cuando alcanzamos la estabilidad económica y abertura del mercado brasileño, dimos un salto muy grande al acceso a otras referencias que ayudaron en la evolución del sector de embalajes que se volvió muy innovador”, apunta Luciana Pellegrino, directora ejecutiva de la ABRE (Asociación Brasileña de Embalajes). Según ella, la innovación busca hacer que el embalaje “se comunique” con el consumidor al crear una identificación y un vínculo. “Es algo que hace que la persona sienta que dicho producto está hecho para ella y que la marca entiende sus necesidades. Esta relación de valor hoy está muy ligada a los nuevos desarrollos de embalajes”, explica. Pero, ¿cuál es realmente el concepto de la innovación? De acuerdo con el Fó­ rum de Innovación de la Fundación Getúlio Vargas – FGV/ Escuela de Administración de São Paulo - EAESP, el entendimiento correcto se puede obtener por la ecuación: Innovación = Idea + Acción + Resultado. Así, innovar presupone la existencia de resultados. “Innovación significa éxito, y claro que todos buscan esto, manteniéndola estimulada, pero esto no ocurre de la noche a la mañana”, declara Antonio Carlos Teixeira, profesor de la disciplina Innovación en las Organizaciones de la FGV/ EAESP y presidente del SINIEM (Sindicato Nacional de la Industria de Estampado de Metales).

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i nn o vat i o n Innovation stamped on metallic containers The packaging industry as a whole has been modernized in the past five years in the Brazilian market, which came out in search of new ways to present products as well as a new visual language, trying to be more dynamic and less traditional aiming at a better connection with the consumer. Today it is possible to notice trends in the communication of colors, letters and in the own packaging shapes. And this evolution is constant and follows the growth of the society and the country. “Since the Real Plan (economic program that established the current currency) when we achieved economic stability and opening of the Brazilian market, we gave a very big jump to access other references that contributed to the evolution of the packaging industry, making it very innovative”, says Luciana Pellegrino, Executive Director of the ABRE (Brazilian Packaging Association). According to her, innovation seeks to make packaging “communicate” with the consumer by creating an identification and a link. “It is something that makes the person feel that this product was made for them and that the brand understands their needs. This relationship of value today is closely linked to the new packaging developments “, she explains. But, what is in fact the concept of innovation? According to the Innovation Forum of Fundação Getulio Vargas - FGV (Getúlio Vargas Foundation) School of administration of São Paulo - EAESP, an accurate understanding can be obtained through the equation: Innovation = Idea + Action + Result. Thus, innovation presupposes the existence of results. “Innovation means success, and of course that everybody seeks this, keeping innovation stimulated, but this does not happen from one day to the next”, says Antonio Carlos Teixeira, Professor of the discipline Innovation in Organizations of the FGV/EAESP and President of the SINIEM (Brazilian Union of the Printing on Metals Industry). /tintasevernizes


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Por Sandra Scigliano

Momentos Difíceis Primeiro semestre de 2014 fica abaixo do esperado pelo mercado. Porém, as expectativas para o restante do ano são boas, inclusive com lançamentos à vista O segmento de cargas minerais está sentindo as dificul­ dades enfrentadas no nosso país. Atividade econômica em baixa, inflação crescente, redução de margens, juros altos... as dificuldades têm sido grandes. “Estamos passando por momentos difíceis, onde a inovação e o baixo custo são ferra­ mentas básicas à sobrevivência”, desabafa José Carlos Bartholi, diretor comercial da Minérios Ouro Branco. Em ano de eleições presidenciais e com uma copa recém-­ terminada, as expectativas continuam sendo altas. Marcelo Monaco da Cunha, diretor comercial da Brasilminas, comple­ menta dizendo que o mercado realmente está reprimido e cauteloso, “mas nada diferente do que já estávamos prevendo. O importante é seguir em frente e buscar alternativas para os clientes”, diz. E o que o mercado de tintas vem buscando, segundo Emer-

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son Delegá, sales manager da Sibelco, são aditivos minerais com um nível de performance superior para seus produtos, permitindo manter a competitividade de seus custos e maior versatilidade na elaboração das formulações, com garantia de qualidade, pronto atendimento e uma preocupação cada vez mais crescente com sustentabilidade. Para a Wana Química, a meta é atuar com materiais que agreguem valor. A empresa está entrando, aos poucos, neste mercado e as expectativas são boas, apesar de o ano ter co­ meçado bastante apreensivo, de acordo com Adriano Petrone, diretor executivo da filial nordeste. “Mas esperamos que o segundo semestre recupere a queda e supere as expectativas da sazonalidade”, enfatiza. O período, portanto, tem sido aguardando com grande expectativa e, porque não, com novidades para os clientes. A

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Omya do Brasil, por exemplo, está de olho nos otimizadores de dióxido de titânio. “Estamos procurando aumentar geogra­ ficamente a oferta desta linha de produtos. Além disso, um de nossos focos é ampliar o portfólio de cargas funcionais para além da capacidade de melhorar o consumo de dióxido de titânio. Um exemplo é uma classe especial de MCC, que confere propriedades matizantes, semelhantes às dos agentes mais utilizados para conferir aspecto fosco em revestimentos decorativos”, revela Dennis Werner, gerente de marketing da Omya. Segundo ele, a empresa espera que o mercado de tintas se consolide ainda mais e continue a aperfeiçoar sua estrutura de custos e processos de produção. “Será interessante ver se os últimos desenvolvimentos europeus em conceitos de produção (modular paint production) irão se espalhar pela América Latina”, complementa.

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Em ritmo de lançamentos entrará também a Sibelco neste segundo semestre. Delegá ressalta que, em breve, a empresa disponibilizará ao mercado um produto para melhorar a performance de dióxido de titânio, incrementando consideravelmente a resistência à abrasão, e possível de ser aplicado em diversos tipos de tinta. Já a Minérios Ouro Branco está de olho em inovações téc­ nicas relacionadas as nanopartículas, enquanto que a Imerys tem investimentos sendo realizados no Brasil e na América do Sul. “Apostamos fortemente neste segmento e isso tem sido demonstrado ano a ano com as aquisições realizadas e o lançamento de produtos. Acreditamos em uma indústria de tintas mais forte, com produtos de maior sustentabilidade e temos a clareza do nosso papel na construção deste futuro juntos”, conclui Leandro Rocha, innovation and R&D Manager South America.

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ca r g a s m i ne r a i s “Estamos nos aperfeiçoando a cada dia na produção de materiais com par­ tículas cada vez mais finas (minerais não metálicos ultrafinos), que no curto prazo serão o diferencial no processo das indústrias de tintas”, explica o dire­ tor comercial da Brasilminas, Marcelo Monaco da Cunha. Segundo ele, dentro deste contexto, as cargas minerais deixam de ser apenas cargas e passam a ser aditivos funcionais, desenvolvidos para cada tipo específico de produto, melhorando principalmente o desem­ penho e proporcionando aumento de brilho em esmaltes. A cada dia que pas­sa ele tem percebido que o mercado brasileiro precisa de mais tempo para entender o custo alto x os benefícios de se utilizar cargas ultrafinas. “Por isso, continuamos as nossas pesquisas e desenvolvimentos”, ressalta.

Marcelo monaco da Cunha, da Brasilminas

Já com o extensor de titânio, o dire­ tor enaltece as vantagens do produto, entre elas a redução na utilização de dióxido de titânio. Os últimos lançamentos da Imerys para o segmento de tintas foram dois produtos inovadores, com apelos de grande impacto para o segmento, de

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leandro rocha, da Imerys

acordo com Leandro Rocha, innovation e R&D manager para a América do Sul. O primeiro é o EcoFlat®, uma sílica sinté­ tica natural amorfa, ambientalmente amigável, que oferece aos formulado­ res propriedades adicionais como um agente de fosqueamento para sistemas decorativos, industriais e especialmente para tintas de baixo VOC. “As princi­ pais características deste produto é a baixíssima absorção de óleo [~70%], conferindo às formulações melhores desempenhos de resistência mecânica. Outro ponto forte do produto é não ter a presença de sílica livre, aumentando a sustentabilidade ecológica e ocupacio­ nal”, explica Rocha. O segundo produto lançado é o Imercarb® TE, uma solução mineral, ela­ borada para extender titânio em tintas decorativas, independente do PVC (%). Segundo o executivo, testes internos indicam eficiência na extensão do titânio em até 20% de substituição por volume, mantendo as principais características, tais como opacidade úmida, seca e poder de tingimento. “Este produto foi cuidadosamente desenvolvido, conside­ rando a sua distribuição granulométrica e tamanho de partícula mais adequados

para agir no espaçamento das partículas do titânio de forma eficaz. Adicional­ mente foram realizadas modificações estruturais para garantir melhores de­ sempenhos de estabilidade e resistência mecânica, aliada a reduções expressivas de custo”, diz. A empresa já está apresentado ao mercado novas formulações mine­ rais, com outros dois produtos que chegam para complementar a linha de dispersões minerais (Brasmite® MM e Brasmite® TM). Ambos são formulados com alta tecnologia e prometem ofere­ cer aos formuladores mais vantagens, performance e sustentabilidade. O mais recente lançamento para o mercado de tintas da Minérios Ouro Branco é um extensor de dióxido de titânio (caulim calcinado) de alta per­ formance, o OB-2950. De acordo com o diretor comercial José Carlos Bartholi, o produto é fabricado na China pelo maior produtor local existente no país. “Trata-­ se de um extensor que propicia uma redução de até 20% de dióxido de titânio na tinta, sem comprometer o desempe­ nho e qualidade final da mesma”, afirma.

josé carlos bartholi, da Minérios Ouro Branco

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ca r g a s m i ne r a i s A Omya do Brasil apresenta um carbonato de cálcio modificado (MCC), que representa a mais nova classe de produtos à base de carbonatos e mais uma tecnologia para completar o por­ tfólio de carbonatos de cálcio naturais (GCC) e carbonatos de cálcio precipita­ dos (PCC) da empresa. A produção do MCC é patenteada pela Omya e pode ser feita em diferentes morfologias: rosas, bolas de golf e caviar. “Chamado Omyabrite® 1300 X – OM, proporciona excelente cobertura seca e opacidade em variados níveis de PVC”, explica Gerardo Matysiak, gerente de vendas -

gerardo matysiak, da Omya do Brasil

Specialty Chemicals. Devido a presença de poros em sua estrutura, este produto é utilizado especialmente para dar efeito mate em tintas à base de água. O Omya­ brite® 1300 X - OM também confere uma redução significativa do teor de TiO2 em uma gama ampla de PVC, em tintas à base de água, sem comprometer a cobertura seca e a opacidade, de acordo com o gerente. Além disso, o produto ajuda a simplificar formulações de tintas através da otimização do uso de outras cargas funcionais, tais como esferas ocas poliméricas ou PCC. Além da tecnologia do MCC, a Omya também introduziu no mercado /tintasevernizes

brasileiro um produto da linha de car­ bonatos de cálcio ultrafinos, o Calci­ gloss® – GU. Como o nome já diz, são produtos ultrafinos e com menos de uma micra, baseados em carbonatos de cálcio naturais, que são capazes de prevenir a reaglomeração do dióxido de titânio por espaçar suas partículas. “O espaçamento de TiO2 é mais eficiente em sistemas de tintas que estão abaixo do CPVC e que contém altos níveis de concentração de dióxido de titânio”, diz Matysiak. O Calcigloss® – GU fornece uma boa dispersabilidade em sistemas base água e solvente. Esta performance

dennis werner, da Omya do Brasil

é excepcional para um carbonato de cálcio seco e com este tamanho de partí­ cula, podendo ser utilizado em uma vasta gama de produtos de alto brilho, até em tintas industriais. É possível adicionar mais de 10% de Calcigloss® – GU em uma formulação sem ocasionar perda no brilho. O executivo deu o exemplo de um brilho de mais de 85 em um ângulo de 20°, que poderá ser atingido. Os dois produtos são importados da Europa. A planta da Omya em Ponta Grossa (PR) produz outros itens base­ ados em GCC, entre eles um slurry de GCC ultrafino chamado de Omyaflow 7 (utilizado para otimizar o uso de TiO2). RTV | 06-07 | 2014

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Além disso, a empresa comercializa produtos dolomíticos padrões, com tamanho de partícula controlado como o Microdol, que confere baixa absorção de óleo e possui uma alta qualidade, de acordo com a empresa. Além de pro­ dutora de cargas minerais, a Omya é também distribuidora de especialidades químicas e outros minerais, tais como caulins calcinados e flash calcinados, talcos e barita, entre outros. O mercado de tintas é um dos prin­ cipais segmentos para a Sibelco e, por isso, a empresa lança constantemente

emerson delegá, da Sibelco 46

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produtos, principalmente na linha de slurry. O Royale 350 é um dos exemplos de inovação, segundo o sales manager Emerson Delegá. O produto possibilita o formulador a buscar inúmeras alterna­ tivas com relação à redução de custos e incremento de performance em sua tinta. “Ele é extremamente versátil e pode ser aplicado em diversos tipos de formulação (standard, econômica e premium), proporcionando uma redução de custo/litro, além de otimizar o ba­ lanço dos aditivos minerais e emulsões de forma a incrementar a cobertura e lavabilidade”, explica. A Sibelco também atua no mercado com produtos em pó e, para este seg­ mento, o executivo ressalta o lançamen­ to da linha Portafill. Trata-se de aditivos à base de carbonato, de complexo de carbonato de cálcio e magnésio que, devido ao seu alto poder de cobertura e alvura, pode ser utilizado como efetivo extensor de dióxido de titânio. O produto mais recente lançado pela Wana Química é o Wfiller 7000, um produto destinado a esmaltes à base de água onde, segundo Adriano Petrone, diretor executivo da filial Nordeste, se pode obter boa cobertura sem alteração significativa no brilho, além da redução parcial de dióxido de titânio e consequen­

adriano petrone, da Wana Química

temente da densidade da tinta, sem per­ da de alvura. “A Wana lançará ainda um material diferenciado no mercado, que apesar de ser considerado um aditivo, é uma carga mineral para massa corrida, acrílica e texturas, chamado W Supra RA-05”, promete Petrone. Sua princi­ pal função, a de bloqueador de água, reduz a absorção de água do produto, melhorando a performance das massas e texturas, de acordo com testes rea­ lizados, que ainda apontaram melhoria no espessamento (consistência), com ganho em aplicação (espatulamento) em massa corrida e acrílica. /tintasevernizes


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Momentos Difíciles

Difficult Times

El primer semestre de 2014 termina abajo de lo esperado por el mercado. Sin embargo, las expectativas para el resto del año son buenas, inclusive con lanzamientos a la vista

The first half of 2014 ends below expected by the market. However, expectations for the rest of the year are good, even with new launches in sight

El segmento de cargas minerales está sintiendo las dificul­ tades enfrentadas en Brasil, pasando por momentos difíciles, donde la innovación y el bajo costo son herramientas básicas para la sobrevivencia”, declara José Carlos Bartholi, director comercial de Minérios Ouro Branco. En año de elecciones presidenciales y con un Mundial de Fútbol recién terminado, las expectativas continúan siendo altas. Marcelo Monaco da Cunha, director comercial de Brasilminas, afirma que el mercado está reprimido y cauteloso, “lo importante es seguir adelante y buscar alternativas para los clientes”, dice. Y lo que el mercado de pinturas viene buscando, según Emerson Delegá, sales manager de Sibelco, son aditivos mine­ rales con un nivel de desempeño superior para sus productos, permitiendo mantener la competitividad de sus costos y mayor versatilidad en la elaboración de las fórmulas. Para Wana Química, la meta es trabajar con materiales que agreguen valor. La empresa está entrando poco a poco en este mercado y las expectativas son buenas, a pesar de que el año comenzó bastante aprehensivo, de acuerdo con Adriano Petrone, director ejecutivo de la filial noreste. “Pero esperamos que el segundo semestre recupere la caída y supere las expectativas de la temporalidad”, enfatiza. El período, por lo tanto, está siendo aguardado con gran expectativa, y por qué no, con novedades para los clientes. Omya do Brasil, por ejemplo, está atenta a los optimizadores de dióxido de titanio. “Estamos procurando aumentar geográ­ ficamente la oferta de esta línea de productos”, revela Dennis Werner, gerente de marketing de Omya. En este segundo se­ mestre, Sibelco entrará también en el ritmo de lanzamientos. Delegá destaca que, en breve, la empresa ofrecerá al mercado un producto para mejorar el desempeño del dióxido de titanio, incrementando considerablemente la resistencia a la abrasión, y que puede aplicarse en diversos tipos de pinturas. Por su parte, Minérios Ouro Branco está atenta a las innovaciones técnicas relacionadas a las nanopartículas, mientras que a Imerys realiza inversiones en Brasil y en América del Sur.

The segment of mineral fillers is feeling the difficulties faced in Brazil, going through difficult times, where innovation and low cost are basic survival tools”, says José Carlos Bartholi, Sales Manager of Minérios Ouro Branco. In the year of presidential elections and with a World Cup recently finished, expectations remain high. Marcelo Monaco da Cunha, Sales Manager of Brasilminas, tells that the market is cautious and repressed, “the important thing is going ahead and look for alternatives to customers”, says. And what the paint market is looking for, according to Emerson Delegá, Sales Manager of Sibelco, are mineral additives with a higher performance level for their products, allowing to keep their costs competitive and with greater versatility in the preparation of the formulas. For Wana Química, the goal is to work with materials that add value. The company is slowly entering into this market and the expectations are good, while the year began very apprehensive, according to Adriano Petrone, Executive Director of the Northeast subsidiary. “But we hope the second half to regain the fall and exceed the expectations of temporality,” he emphasizes. The period, therefore, is being awaited with great expectation, and why not, with new products for customers. OMYA do Brazil, for example, is keeping an eye to titanium dioxide optimizers. “We are trying to increase geographically the distribution of this product line,” reveals Dennis Werner, Marketing Manager of Omya. In this second half, Sibelco also plans new releases. Delegá highlights that, soon, the company will offer the market a product to improve titanium dioxide performance, considerably increasing the abrasion resistance, and that can be used in different types of paints. In the other hand, Minérios Ouro Branco is attentive to the technical innovations related to nanoparticles, while Imerys invests in Brazil and South America.

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produto

Evonik amplia a linha de metacrilatos Os novos itens se destacam pela base biorrenovável e são usados na fabricação de resinas, tintas, adesivos, entre outros produtos A Evonik acaba de ampliar sua gama de monômeros me­ tacrílicos, com a família Visiomer® Terra. De acordo com a empresa, o produto tem um índice significativo de componentes renováveis, oferecendo excelentes propriedades. Inicialmente, três itens compõem a nova família, que será ampliada em breve: Visiomer® Terra Iboma – leva resina de pinho em sua composição e possui 71% de carbono biorrenovável, permitindo aos fabricantes formularem tintas com alto teor de sólidos, com baixo índice de emissão de compostos orgânicos voláteis (COV) e menor viscosidade; Visiomer® Terra C17,4-MA – conta com 81% de carbono biorrenovável; Visiomer® Terra C13-­ MA – com 76% de carbono biorrenovável. Os dois últimos possuem base de óleo vegetal e apresentam hidrorrepelência e resistência a solventes.

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Os produtos da linha Visiomer® Terra se enquadram nos conceitos de sustentabilidade e vêm ao encontro dos objetivos da Evonik em desenvolver processos cada vez mais eficientes e reduzir a pegada de carbono em toda a cadeia de abastecimen­ to. A Evonik reconhece as necessidades do mercado em todo o mundo por produtos que apresentem menor impacto ambiental, seja em sua fabricação, em sua composição ou aplicação. Por isso, foca importantes investimentos em pesquisa e desenvol­ vimento de processos e produtos que aliem sustentabilidade e alto rendimento. “A nova família de metacrilatos é um exemplo deste trabalho e um ponto importante para a oferta de novos itens que atendam a estes quesitos”, destaca Flávio Martins, gerente de negócios da área de performance polymers para a América do Sul e Central.

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produto

Foto: Divulgação

Evonik investe em cursos no SENAI de Americana

A Evonik firmou uma importante parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), na cidade de Americana (SP), para a realiza­ ção de cursos destinados à capacitação profissional em diversas áreas, sem incidência de custos para os alunos. O investimento total da empresa no projeto é de, aproximadamente, R$ 350 mil e beneficiará cerca de 480 alunos e futuros profissionais. Com o patrocínio será possível a abertura de cerca de 30 turmas, distribuídas nas áreas de eletroeletrônica, metalmecânica, manutenção mecâ­ nica, logística, vestuário e tecnologia da informação. Os primeiros cursos já estão sendo ministrados desde maio. Os demais devem ser realizados du­ rante todo o ano de 2014, até o primeiro semestre de 2015. Os cursos são gratuitos e direcionados a alunos provenientes da comunidade local, que deverão

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providenciar somente os materiais de uso pessoal. Parte dos cursos priorizará a inscrição de pessoas com baixa renda familiar, que sejam estudantes ou não tenham concluído a educação básica. Todas as ações sociais realizadas pela Evonik visam mais do que a simples doação de recursos. “O objetivo é capacitar os moradores da região para novas perspectivas de trabalho. Muitas vezes, as pessoas têm a vontade e não possuem condi­ ções financeiras. Esperamos deixar um legado, algo que gere conhecimento e uma oportunidade de transformação ou aperfeiçoamento”, destaca Regina Bárbara, chefe de comunicação corporativa da Evonik. Para se inscrever em qualquer um dos cursos, o interessado deverá entrar em contato com a Escola SENAI de Americana pelo telefone (19) 3471-2600 ou pelo site americana.sp.senai.br (sem o www).

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p r o d u ct o

p r o d u ct

Evonik amplía la línea de metacrilatos

Evonik enhances methacrylate line

Los nuevos productos destacan por la base bio-renovable y son usados en la fabricación de resinas, pinturas y adhesivos, entre otros productos

New products stand out for the bio-renewable bases and are used in the manufacturing of resins, paints and adhesives, among other products

Evonik acaba de ampliar su gama de monómeros metacrílicos, con la familia Visiomer® Terra. De acuerdo con la empresa, el producto tiene un índice significativo de componentes renovables, ofreciendo excelentes propiedades. Inicialmente, tres productos componen la nueva familia: Visiomer® Terra Iboma – incluye resinas de pino en su composición y tiene 71% de carbono bio-renovable, permitiendo que los fabricantes formulen pinturas con alto contenido de sólidos, con bajo índice de emisión de compuestos orgánicos volátiles (COV) y menor viscosidad; Visiomer® Terra C17 4-MA – cuenta con 81% de carbono bio-renovable; Visiomer® Terra C13-MA – con 76% de carbón bio-renovable. Los dos últimos tienen base de aceite vegetal y presentan hidro-repelencia y resistencia a solventes. Los productos de esta línea se encuadran en los conceptos de sustentabilidad y sustentan los objetivos de Evonik de desarrollar procesos cada vez más eficientes para reducir la emisión de carbono en toda la cadena de abastecimiento.

Evonik has expanded its range of methacrylate monomers with the Visiomer® Terra family of products. According to the company, the product has a significant index of renewable components, providing excellent properties. Initially, three products make up the new family: Visiomer® Terra Iboma - includes pine resins in its composition and has 71% of bio-renewable carbon, allowing manufacturers to formulate paints with high-solid contents, low volatile organic compounds (VOCs) emission and lower viscosity; Visiomer® Terra C17 4-MA - featuring 81% of biorenewable carbon; Visiomer® Terra C13-MA - with 76% of bio-renewable carbon. The base of the last two is vegetable oil and feature hydro-repellence and solvent resistance. Products of this line are included in the concepts of sustainability and strengthen the objectives of Evonik to develop more efficient processes to reduce carbon emissions throughout the supply chain. Evonik invests in courses at SENAI in Americana

Evonik invierte en cursos en el SENAI de Americana Evonik firmó una importante sociedad con el Servicio Nacional de Aprendizaje Industrial (SENAI), en la ciudad de Americana (SP), para realizar cursos destinados a la capacitación profesional en diversas áreas, sin costo para los alumnos. La inversión total de la empresa en el proyecto es de aproximadamente R$ 350 mil, y beneficiará a cerca de 480 alumnos y futuros profesionales. Con este patrocinio será posible abrir cerca de 30 grupos. Los cursos se destinan a alumnos provenientes de la comunidad local, que deberán proporcionar solamente los materiales de uso personal.

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Evonik signed an important partnership with the National Service of Industrial Learning (SENAI), in the city of Americana (SP), to conduct courses for professional training in different fields, free cost to the students. The total investment of the company in the project is approximately R$ 350,000, and will benefit about 480 students and future professionals. With this sponsorship, it will be possible to open about 30 groups. The courses are aimed at students from the local community, which must provide the materials for personal use only.

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e m b ala g en s pl á s t i ca s

Por Sandra Scigliano

Mercado a explorar

Embalagens plásticas têm em vista grande horizonte de crescimento

Ano a ano os baldes plásticos vêm conquistando mercado dentro da indústria de tintas e isso é um sinali­ zador de que muitos avanços ainda acontecerão dentro deste segmento, pois ainda existe muita tecnologia a ser empregada no produto. De acordo com Paulo Bernardes, gerente regional de vendas da Fibrasa, existe a expectativa de crescimento maior do que qualquer outro tipo de embalagem. “A lata já não tem mais por onde crescer no segmento de tintas, ao contrário do balde plástico que tem um grande potencial, seguindo as tendências da Europa, Estados Uni­ dos e outros países da América Latina, onde o plástico já tem participação maior que a lata no segmento de tintas à base d’água”, comenta. Segundo ele, hoje no segmento de impermeabilizantes no Brasil, por exem­ plo, já é possível encontrar praticamente 100% em baldes plásticos, provando que esta é uma embalagem mais que viável para tintas também. “O imperme­ abilizante exige embalagens com maior estanqueidade de fechamento do que 52

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a tinta, já que ele tem uma densidade muito menor”, justifica Bernardes. Alexandre Rosário, gerente comercial da Bomix ainda enumera outras van­ tagens para os baldes plásticos: eles não enferrujam, não amassam facilmente, oferecem mais segurança no manuseio, preservam a qualidade da tinta envasa­ da, aumentam a vida útil dos produtos, são práticos para abrir e fechar, estão disponíveis em variados tamanhos e mo­ delos e ainda reutilizáveis. “Além disso, seu apelo visual é irresistível, a qualidade fotográfica na impressão dos rótulos garante destaque no ponto de venda e todas as qualificações conquistadas até agora visam a segurança e a satisfação do consumidor. O mercado de tintas já percebeu isso”, destaca Rosário. Os desafios continuam e o desejo é que o mercado melhore ainda mais. “Entendemos que o país depende de um melhor cenário macroeconômico e internacional, assim como uma mudança de política econômica do atual governo”, conclui Luiz Francisco da Cunha, CEO da Schütz Vasitex.

“A Bomix revolucionou o mercado de tintas no Brasil quando apresentou os baldes plásticos retangulares. Da mesma forma, trazemos frequentemen­ te novidades através de investimentos em modernas tecnologias, moldes e maquinários”, diz Alexandre Rosário, gerente comercial. É o caso do balde de 18 litros retangular Geração 3, que oferece um novo design, facilitando o empilhamento e a operacionalidade na tampa, que garante segurança e mais eficiência, de acordo com a empresa. Rosário exibe ainda outra novidade: o balde retangular de 12 litros, indicado para um consumo em menor volume. A Bomix fabrica baldes retangulares de 3,6, 12, 16 e 18 litros; e nos formatos redondos de 3,2 a 22 litros. O gerente conta ainda que a em­ presa está ampliando as possibilida­ des dos baldes plásticos em tintas, impermeabilizantes e principalmente

alexandre rosário, da Bomix /tintasevernizes


e m b ala g en s pl á s t i ca s em complementos (massa corrida, acrílica, grafiatos e textura), através dos baldes BX 14B (com ou sem alça), BX 15B (com alça) e BX 18B (com ou sem alça). Eles são produzidos em polipropileno, são 100% recicláveis, prometem resistência a umidade, não enferrujam, não amassam e possuem grande durabilidade. “A nova linha B possibilita rapidez no envase, pois dis­ pensa o uso de saco plástico interno, elevando em muito a produtividade”, explica Rosário. Para atender diferentes exigências, a Bomix inaugurou uma unidade espe­ cializada em impressão e rotulagem, onde se concentram tecnologias de personalização de baldes como heat transfer e off set . Além disso, a empresa também personaliza baldes em altíssima definição fotográfica, a impressão in mold label – IML. Os baldes com decoração em IML (in mold label) foram o último lançamen­ to relevante da Fibrasa, no segmento de baldes para tintas. De acordo com Paulo Bernardes, gerente regional de vendas, a empresa foi pioneira nesta inovação. “Este processo de decora­ ção permite a reprodução de imagens

paulo bernardes, da Fibrasa /tintasevernizes

com qualidade fotográfica, valorizando o produto. Inclusive este foi o grande diferencial que tornou o balde plástico um páreo para a lata no quesito de impressão”, conclui.

luiz francisco da cunha, da Schütz Vasitex

Primeira empresa a obter a certifi­ cação FSSC 22000, segundo informa­ ções do CEO Luiz Francisco da Cunha, a Schütz Vasitex fabrica embala­ gens exclusivas, tais como tambores plásticos com camada interna isenta de masterbach e os contentores de 1000 litros, conhecidos como IBC’s, que possuem propriedade antiestática para produtos de baixo ponto de fulgor, inflamáveis e combustíveis e a tecno­ logia EVOH que funciona como uma barreira contra permeação. “A Schütz Vasitex provê o sistema completo para fechamento do ciclo de vida das em­ balagens. Tudo o que fornecemos aos nossos clientes pode ser gerenciado e coletado, depois de usado em todo país, para a reciclagem, assim como as novas tecnologias multicamadas, que permitem que produtos anteriormente envasados em embalagens metálicas sejam agora envasados e distribuídos nos IBC’s da empresa. Um importante segmento que já adotou a esta nova tecnologia é o de tintas industriais automobilísticas”, explica. RTV | 06-07 | 2014

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enva s e s pl á s t i c o s

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pla s t i c c o nta i ne r s

Mercado por explorar

A market to explore

Los envases plásticos tienen a la vista un gran horizonte de crecimiento

Plastic containers have a big growth horizon in sight

Año tras año los baldes plásticos vienen conquistando mercado dentro de la industria de pinturas y eso es un indica­ dor de que muchos avances ocurrirán todavía dentro de este segmento, pues aún existe mucha tecnología que se puede utilizar en el producto. De acuerdo con Paulo Bernardes, gerente regional de ventas de Fibrasa, existe una expectativa de crecimiento mayor que cualquier otro tipo de envase. “La lata ya no tiene más para dónde crecer en el segmento de pinturas, al contrario del balde de plástico, que tiene un gran potencial, siguiendo las tendencias de Europa, Estados Unidos y otros países de América Latina, donde el plástico ya tiene una participación mayor que la lata en el segmento de pinturas a base de agua”, comenta. Según Bernardes, actualmente en el segmento de imper­ meabilizantes en Brasil, por ejemplo, ya es posible encontrar prácticamente el 100% en baldes plásticos, probando que este es un envase mucho más viable para pinturas también. “El impermeabilizante exige envases con mayor estanqueidad de cierre que la pintura, ya que su densidad es mucho menor”, explica Bernardes. Alexandre Rosário, gerente comercial de Bomix enumera también otras ventajas para los recipientes plásticos: no se oxidan ni se abollan fácilmente, ofrecen más seguridad en el manejo, preservan la calidad de la pintura envasada, aumentan la vida útil de los productos, son prácticos para abrir y cerrar, están disponibles en varios tamaños y modelos y además son reutilizables. “Asimismo, su atractivo visual es irresistible, la calidad fotográfica en la impresión de las etiquetas asegura que se destaquen en el punto de venta y todas las cualificaciones conquistadas hasta ahora buscan la seguridad y satisfacción del consumidor. El mercado de pinturas ya percibió esto”, destaca Rosário. Los retos continúan y el deseo es que el mercado mejore todavía más. “Entendemos que el país depende de un mejor escenario macroeconómico e internacional, así como un cam­ bio de política económica del actual gobierno”, concluye Luiz Francisco da Cunha, CEO de Schütz Vasitex.

Year after year plastic buckets has been gaining market in the paint industry and this is an indicator that many achievements are yet to happen in this segment, there are still many technologies that can be used in the product. According to Paulo Bernardes, Regional Sales Manager of Fibrasa, the growth expectation is greater than in any other type of containers. “There is no more room for steel containers to grow in the paint segment, in contrast to the plastic buckets, which have a great growth potential, following the trends in Europe, United States and other Latin American countries, where the plastic containers have a bigger share than the steel ones in the segment of waterbased paints”, he tells. According to Bernardes, currently, in the waterproofing segment in Brazil, for example, it is already possible to find almost 100% of the products in plastic buckets, proving that this is also a much more feasible container for paints. “Waterproofing requires greater sealing at closing the paint containers, since its density is much lower,” explains Bernardes. Alexandre Rosário, Bomix Sales Manager also lists other advantages of plastic containers: they do not rust nor dent easily, provide higher manipulation safety, preserve the quality of the paint contained, increase the service life of products, opening and closing is practical, are available in various sizes and models and are reusable. “Its visual appeal is also irresistible, the photographic quality in printing labels ensures that they excel in the point of sale and all qualifications achieved so far seeking the safety and satisfaction of the consumer. The paint market has already noticed this”, highlights Rosário. Challenges remain and the desire is that the market will improve even more. “We understand that the country depends on a better macroeconomic and international stage as well as a change in economic policy of the current government,” concludes Luiz Francisco da Cunha, CEO at Schütz Vasitex.

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a r t i g o a k z o n o b el

A eficiência radical de recursos exige uma nova mentalidade - desperdício não deve existir Por André Veneman, diretor corporativo de sustentabilidade da AkzoNobel Em um mundo de recursos limitados, empresas de todas as partes do planeta estão trabalhando duro para se tornarem muito mais eficientes e minimizarem o desperdício. Embora algumas delas estejam apresentando progresso, a realidade é que o mundo ainda é extremamente ineficiente. Nós nos tornamos muito bons trabalhando eficientemente em processos muito especializados, mas não conseguimos detectar oportunidades em sistemas diversos. Simplesmente não nos fazemos as perguntas certas: Será que alguém tem interesse nesse meu resíduo? Podemos utilizá-lo como fonte de energia? Podemos usá-lo em alguma outra etapa do ciclo? Infelizmente, por conta de nossa economia ter sido cons­

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truída sobre a falsa ideia de que haverá uma oferta infinita de materiais baratos, estas perguntas muitas vezes não são feitas. Segundo estudo da Fundação Ellen MacArthur, a adoção de modelos de negócios circulares por indústrias na União Europeia poderia resultar em uma economia líquida de materiais de até U$ 630 bilhões por ano até 2025 - estimu­ lando a atividade econômica em áreas de desenvolvimento, reutilização e recondicionamento de produtos. Nosso atual modelo de nos tornarmos mais eficientes de maneira incre­ mental não será suficiente para gerar tal economia. Além disso, prevê-se que materiais raros como o índio - essencial em telas de toque de smartphones; o európio, usado em

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a r t i g o a k z o N o b el

lâmpadas; e o érbio, necessário para produção de fibra ótica, se esgotem nos próximos 5-10 anos. Precisamos, portanto, de uma mudança radical de mentalidade. A AkzoNobel, por fornecer revesti­ mentos como serviço, elabora produtos que sejam mais longevos. Nossas tintas para interiores e exteriores são projetadas para durar, reduzindo assim os custos de manutenção e o impacto ambiental. Além do mais, nossos re­ vestimentos garantem a integridade original do substrato, para que sejam reutilizados de forma eficaz. O que todas as empresas que apóiam a economia circular estão certas é de que o sistema atual, em algum momento, terá que mudar dras­ ticamente - e as que saírem na frente e encontrarem as soluções, serão beneficiadas. Na AkzoNobel, sabemos muito bem que o nosso futuro depende de nossa capacidade em fazer muito mais com menos. Mas a nossa história é otimista - estamos determinados a transformar o que é um claro desafio em oportuni­ dade e assim agregar mais valor aos nossos clientes e à sociedade em geral. Chamamos essa abordagem de Planeta Possível - ela é o nosso compromisso em encontrar oportunidades onde apa­ rentemente não há.

“Nossas tintas para interiores e exteriores são projetadas para durar, reduzindo assim os custos de manutenção e o impacto ambiental” André Veneman, da AkzoNobel

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Dow na TeCobI Expo – A empresa participou da segunda edi­ ção da TeCobI Expo, feira exclusiva­ mente voltada ao setor de telhados, coberturas e impermeabilização na América Latina, que aconteceu de 20 a 22 de maio, no Transamérica

Ana Claudia Barboza, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Serviços Técnicos da Dow Construction Chemicals para a América Latina, durante apresentação na TeCobI

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de matérias-primas até consumidores. Além disso, estão disponibilizadas notícias e informações técnicas que Expo Center, em São Paulo. A multi­ nacional apresentou no congresso do evento lançamentos e conceitos para impermeabilizantes que promovem aumento do desempenho, durabi­ lidade e, consequentemente mais sustentabilidade ao produto final. A empresa, que investe a cada ano US$ 1,7 bilhão em pesquisa e desen­ volvimento, divulgou as soluções que suas áreas de Construção e Controle Microbiano oferecem para o setor. Entre os destaques, lançamentos para três segmentos: membranas impermeabilizantes base acrílica para telhados e lajes; membranas cimentícias para impermeabilização

detalham a participação da companhia nos segmentos de tintas arquitetônicas e industriais. O novo portal ainda traz ícones interativos que facilitam a busca de dados das soluções sustentáveis e inovadoras separadas em cada área. Em cada um deles é possível conhecer os produtos e aplicações e escolher o que melhor atendem as necessidades dos clientes. “Estamos constante­ mente investindo em inovação para agregar sempre mais valor às tintas e revestimentos e levar mais benefícios ao consumidor final”, afirma Franco Faldini, diretor de marketing da divisão de negócios Dow Coating Materials. Fotos: Divulgação

A Dow lançou um novo site para a área de Coating Materials (http:// coatings.dow.com) com todo seu por­ tfólio de produtos e soluções para o segmento de tintas, como emulsões, solventes, epóxis e tecnologias de polímeros, além de uma ampla cole­ ção de modificadores de reologia, que inclui espessantes acrílicos, uretâni­ cos e celulósicos. A novidade são os ícones interativos para apresentação dos produtos. Na página é possível encontrar os mercados em que a Dow Coating Materials atua e descritivos das tecnologias que atendem a toda cadeia de tintas, desde fornecedores

at u alidade s

Dow apresenta novo site com tecnologias para tintas e revestimento

David Suarez, gerente de marketing da Dow Microbial Control para a América Latina, faz palestra sobre tecnologias para controle microbiano

de lajes, banheiros e reservatórios de água; e soluções base acrílica para proteção de telhas de concreto e cerâmica. Para todas essas aplica­ ções, a empresa apontou também as tecnologias para controle microbiano que são oferecidas ao mercado.

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at u alidade s

Bayer MaterialScience leva tecnologia para o Mundial de Futebol

Poucas pessoas imaginam que por trás de uma Copa do Mundo está a química! Ela é essencial para que tudo funcione: desde a tecnologia de fabricação da bola até a cobertura de estádios. E é desta forma que a Bayer Mate­ rialScience, divisão de Materiais Inovadores do Grupo Bayer, está presente no maior campeonato de futebol do mundo. O poliuretano fabricado pela companhia, por exemplo, foi utilizado na bola oficial, a Brazuca. Este material pro­ move a absorção de água, a preservação de tamanho e de formato, melhorando sua aderência, além de tornar a trajetória da bola mais precisa. A cobertura da bola é feita de cinco camadas de poliuretano e esta é a razão pela qual consegue retomar sua forma original após um chute, além de tornar sua superfície durável e elástica. Muitos jogadores usam um tipo especial de roupa de baixo com função de compressão que atua como se fosse uma segunda pele. As camisas e shorts agarram-se a ela, porém essa sensação não é perceptível. O truque são as fitas elásticas incorporadas nas vestimentas que têm um revestimento especial à base de matérias-primas da Bayer. Quando as fitas são esticadas, o material temporariamente armazena a energia, devolvendo-a ao atleta quando conti­ nuar a se mover. As chuteiras também precisam ser leves e confortáveis. Atletas profissionais e amadores em todo o mundo prefe­ rem conforto e flexibilidade nos pés. Essas propriedades dependem basicamente do solado. A Bayer oferece solados fabricados com poliuretano termoplásticos extremamente duráveis. Este material traz boa tração, distribuindo de forma ideal a pressão e o amortecimento nas articulações, ligamentos e músculos. 58

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Falando sobre estrutura, nos estádios foi instalado um sistema no piso das áreas públicas, que auxilia as pessoas a caminharem sobre as guias, mantendo a sua localização. A Bayer MaterialScience desenvolveu uma solução de material para o piso à base do poliuretano termoplástico. Outra tecnologia utilizada nestes eventos é o policarbonato. No Estádio Nacional de Brasília, o Makrolon UV 2099 foi usado nos tetos solares, tornando-os leves, transparentes e versáteis. É importante destacar que ambos os lados dessas placas oferecem proteção contra os raios UV. Os 12 mm de espessura permitem também alta incidência de luz no campo, em torno de 82%. Além disso, pelo alto grau de resistência, o produto protege os espectadores e jogadores das adversidades climáticas. A Bayer e o futebol A relação da companhia com o futebol já é antiga. No Brasil, desde 1993 existe em Belford Roxo (RJ) a Escola de Futebol da Bayer, que atende anualmente 250 crianças e jovens carentes de 11 a 19 anos. O principal objetivo do projeto é a educação. Para treinar, o atleta precisa comprovar frequência na escola e apresentar seu boletim periodicamente, mostrando que mantém suas notas acima da média. A Escola oferece um campo oficial e um campo de areia para os treinos, além de todo o material esportivo, oficina de redação e português como um reforço escolar para os atletas e aulas de informática. Este ano a novidade é um time formado por mulheres com idade entre 16 e 20 anos. Desde a sua criação, a Escola já recebeu 18 mil inscrições para o projeto e formou mais de dois mil atletas e cidadãos. /tintasevernizes


A Abeaço (Associação Brasileira de Embalagem de Aço) participou, no início de junho, da 30ª Fispal Tecnologia - Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas - com um espaço que defendeu a lata de aço como uma das embalagens mais sus­ tentáveis e que oferecem alimentos saudáveis com segurança. Na parte da sustentabilidade o destaque foi para o primeiro

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Centro Prolata de Reciclagem, inaugurado no fim do ano passado, na Vila Mangalot, Zona Norte de São Paulo (SP). O Centro é autossustentável e tem capacidade para receber e reciclar até duas mil toneladas de embalagens de aço pós-consumo por mês. Os consumidores ou cooperativas de catadores, hotéis, restaurantes, lojas, condomínios e clubes que levarem latas de aço pós-consumo até o Prolata serão remunerados pelo material vendido. Outros centros de reciclagem serão criados nas cidades sede da Copa do Mundo e as fontes de recursos para a manutenção serão obtidas com a venda dos materiais reciclados e atividades desenvolvidas junto à população. Todos os centros serão vinculados às siderúrgicas que garantirão a compra do material. Já nos quesitos saúde e segurança, a Abeaço apon­ tou os benefícios da lata de aço para os alimentos. A embalagem preserva as propriedades nutricionais e o sabor do alimento por mais tempo, sem necessidades de conservantes ou aditivos químicos. A embalagem bloqueia a entrada de luz, oxigênio e elementos exter­ nos e possui uma película interna flexível que evita o contato do produto com o metal, até mesmo em caso de amassamento.

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Abeaço ressalta segurança e sustentabilidade da lata de aço durante a Fispal Tecnologia

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Sun Chemical Performance Pigments apresenta nova linha de pigmentos perolados A Sun Chemical Performance Pigments apresenta a sua nova linha de produtos SunMica® Exterior XC, uma série de 13 pigmentos perolados de efeitos especiais direcionados especificamente para aplicações de revestimento exteriores. Disponível em diversas cores, incluindo seis níveis de tamanho de partículas para os pigmentos perolados de cor branca, a linha SunMica Exterior XC consiste em finos flocos naturais do mineral mica, que são revestidos por camadas de dióxido de titânio e/ou dióxido de ferro, especialmente tratados para obter durabilidade em diversos tipos de re­ vestimentos exteriores. De acordo com a empresa, os pigmentos SunMica Exte­ rior XC prometem adicionar profundidade, brilho e cintilação reluzente dando inúmeras possibilidades de estilo. A linha Exterior XC oferece estabilidade às intempéries, resistência superior à luz, resistência à umidade, consistência de cor de lote a lote e adesão superior no sistema de aplicação intercamadas. Destinado aos mercados de acabamentos/acessórios automotivos, arquitetônicos e da indústria em geral, os

pigmentos SunMica Exterior XC são compatíveis com todos os sistemas de formulação. A nova linha entra para a grande família de pigmentos de efeito da Sun Chemical, incluindo a família de pigmentos metálicos Benda-Lutz.

Eastman inaugura nova sede no Brasil A Eastman Chemical Company – empresa de especiali­ dades químicas – reuniu clientes, parceiros, colaboradores e seu board executivo, com a presença do CEO Mark Costa e do presidente da América Latina, Juan Carlos Parodi, para a inauguração da sua nova sede na cidade de São Paulo. Na ocasião, o diretor geral da empresa no Brasil Pedro Fortes, afirmou que as novas instalações consolidam as operações da Eastman com a Solutia, adquirida no início de 2012. Presente no País desde a década de 70, a filial brasileira está entre os dez maiores faturamentos no mundo e, no ano passado, registrou pelo quarto ano consecutivo um dos melhores índices de desempenho financeiro. “Este resultado é reflexo do desenvolvimento de produtos inovadores para atender a demanda do mercado”, diz Pedro Fortes, diretor­ -geral da Eastman no Brasil. Em 2013, a Eastman faturou US$ 9,4 bilhões em vendas, sendo que a América Latina representa 5% do faturamento global da companhia. “Dois terços do nosso faturamento vem das linhas de produtos líderes de mercado”, diz o

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Board executivo da Eastman: Pedro Fortes, Mark Costa e Juan Carlos Parodi

diretor geral. Com cerca de 14 mil colaboradores ao redor do mundo, a empresa possui clientes em mais de 100 países.

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A Rhodia, empresa do grupo Solvay, já deu início no Brasil, entre seus fornecedores, à fase de piloto de implan­ tação do projeto Juntos pela Sustentabilidade (Together for Sustainability – TfS), cujo objetivo final é o de alavancar a sustentabilidade na cadeia de fornecimento do setor quími­ co. A iniciativa mundial, lançada no mês de maio, reúne as indústrias químicas AkzoNobel, BASF, Bayer, Clariant, Evonik Industries, Henkel, Lanxess e Solvay. O programa Juntos pela Sustentabilidade pretende de­ senvolver e implementar um programa global de engajamento de fornecedores, que avalia e fomenta as práticas de sus­ tentabilidade na cadeias de fornecimento, incluindo aspectos ambientais e sociais. Está baseado em melhores práticas e princípios reconhecidos – como Pacto Global das Nações Unidas e o Programa Global Atuação Responsável®, assim como princípios desenvolvidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional para a Padro­ nização (ISO) e Responsabilidade Social Internacional (SAI). Brasil - Até ao momento, os membros da TfS iniciaram com sucesso cerca de 2.000 avaliações e auditorias. No decorrer de 2014, a iniciativa pretende expandir as suas atividades aos mercados emergentes de crescimento ele­ vado, incluindo o Brasil, China e Índia. A Rhodia iniciou o trabalho junto a um universo de 100 dos seus principais fornecedores. “O objetivo final da TfS no horizonte, a partir de 2016, é estabelecermos alguns padrões na cadeia de fornecimento, abrangendo todos os pilares da sustentabilidade, o que permitirá ganhos de longo prazo tanto para as empresas quanto para os seus fornecedores”, diz Nelson Costa Junior, diretor de compras e supply chain do grupo Solvay na América do Sul. A empresa garante que os benefícios para os fornece­ dores que participam da iniciativa são diversos. A troca de

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Rhodia se engaja em projeto mundial para ampliar sustentabilidade na logística da indústria química

Nelson Costa Junior, diretor de compras e supply chain do grupo Solvay na América Latina informação com múltiplos clientes reduz o número de avalia­ ções e auditorias necessárias, reduzindo, por sua vez, tempo, recursos e custos globais. Isto permitirá que as empresas e os fornecedores envolvidos nesse projeto disponibilizem os recursos de forma mais eficiente e melhorem mutuamente os padrões de sustentabilidade na cadeia global de forneci­ mento da indústria química.

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Fotos: Fred Jordão

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Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, em Recife, utiliza Bayferrox® e transforma o concreto em pedras do sertão

Parte integrante do Projeto Porto Novo da Secretaria de Desenvolvi­ mento Econômico de Pernambuco, o Complexo Cultural e Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga utiliza em toda a sua estrutura de concreto colorido os pigmentos inorgânicos Bayferrox® da Lanxess. O Porto do Recife está se transformando em um grande polo de turismo, serviço e lazer e promete mudar a paisagem da cidade. O escritório Brasil Arquitetura é responsável pelo projeto do Museu, que conta a vida e a cultura do sertão nordestino, o cotidiano dos moradores desta região, os sertanejos, e do grande Luiz Gonzaga – Rei do Baião. E o sertão vem à beira mar, no cais do porto no Recife. Segundo Marcelo Ferraz, arquiteto responsável pelo projeto ao lado de Francisco Fanucci, sócios fundadores do Brasil Arquitetura, a escolha pelos pigmentos se deu pela semelhança que o concreto em ocre garante em relação às pedras do sertão. “Optamos por um material que repre­ sentasse o arenito do Piauí e contrastasse com o cobogó, rendado branco que recobrirá todo o edifício e será o ponto de destaque da edificação”, destaca Ferraz. Além da semelhança com as pedras do sertão, a fabri­ cante Lanxess admite que os pigmentos inorgânicos Bayferrox® garantem durabilidade ao concreto colorido, pois oferecem excelente resistência à luz e a intempéries, além de serem produzidos através de processos de fabricação amigáveis ao meio ambiente.

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Dow introduces new website with technologies for paints and coatings Dow launched a new website for the Coating Materials segment (http://coatings.dow.com) which

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a c t u alidade s

Dow lanzó un nuevo sitio de internet para el área de Coating Materials (http://coatings.dow.com) con todo su portafolio de productos y soluciones para el segmento de pinturas, como emulsiones, solventes, epoxis y tecnologías de polímeros, además de una amplia colección de modifi­ cadores de reología, que incluye espesantes acrílicos, de uretanos y de celulosas. La novedad son los íconos interac­ tivos para la presentación de los productos. En la página es posible encontrar los mercados en que Dow Coating Materials actúa y descripciones de las tecnologías que atienden a toda la cadena de pinturas, desde proveedores de materias primas hasta consumidores. Además de dis­ poner de noticias e informaciones técnicas que detallan la participación de la compañía en los segmentos de pinturas arquitectónicas e industriales. El nuevo portal tiene además íconos interactivos que facilitan la búsqueda de datos de las soluciones susten­ tables e innovadoras separadas por área. En cada una de ellas es posible conocer los productos y aplicaciones y es­ coger el que mejor atienda las necesidades de los clientes. “Estamos constantemente invirtiendo en innovación para agregar siempre más valor a las pinturas y revestimientos y llevar más beneficios al consumidor final”, afirma Franco Faldini, director de marketing de la división de negocios Dow Coating Materials. Dow en la TeCobI Expo – La empresa participó de la segunda edición de la TeCobI Expo, feria dedicada exclusivamente al sector de tejados, coberturas e imper­ meabilización en América Latina, que se celebró del 20 al 22 de mayo, en el Transamérica Expo Center, en São Paulo. La multinacional presentó en el congreso del evento lanzamientos y conceptos para impermeabilizantes que au­ mentan el desempeño, durabilidad y, consecuentemente, la sustentabilidad del producto final. La empresa, que invierte cada año US$ 1,700 millones en Investigación y Desarrollo, divulgó las soluciones que sus áreas de Construcción y Control Microbiano ofrecen para el sector.

shows the whole product and solutions portfolio for the paint sector of the company, such as emulsions, solvents, epoxies and polymer technologies, as well as an extensive collection of rheology modifiers, which includes acrylic, urethane and cellulose thickeners. The novelty are the interactive icons that present the products. On the website it is possible to find markets in which Dow Coating Materials performs and descriptions of the technologies that serve the whole production chain of paints, from raw material suppliers to consumers. In addition to news and technical information detailing the participation of the company in architectural paints and for the industrial segment. The new portal has also interactive icons that make easy the search of sustainable and innovative solutions data separated by areas. In each of them, it is possible to know the products and applications and choose what best meet customers’ needs. “We are constantly investing in innovation to always add more value to paints and coatings and bring more benefits to final consumer”, says Franco Faldini, Dow Coating Materials Business Division marketing director. Dow at the TeCobI Expo - The company participated in the second edition of the TeCobI Expo, a fair exclusively dedicated to the sector of roofs, roofing and waterproofing in Latin America, which was held from May 20 to 22 at Transamérica Expo Center, in São Paulo. The multinational presented at the Congress of the event new products and waterproofing concepts that increase performance, durability, and sustainability of the final product, as a result. The company, which invests every year US$ 1,700 million in research and development, reported the areas of Construction and Microbial Control solutions for the sector.

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Dow presenta nuevo sitio de internet con tecnologías para pinturas y revestimiento

Bayer MaterialScience lleva tecnología al Mundial de Fútbol Pocas personas imaginan que por atrás de una Copa del Mundo está la química! Y Bayer MaterialScience, división de Materiales Innovadores del Grupo Bayer, está presente en el más grande campeonato de fútbol del mundo. El poliuretano fabricado por la compañía fue utilizado en la pelota oficial, la Brazuca. Este material facilita la absorción del agua así como la preservación del tamaño y del formato, mejorando la adherencia, además de hacer

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que la trayectoria del balón sea más precisa. La ropa interior usada por algunos jugadores tiene funci­ ón compresora, actuando como si fuese una segunda piel. El truco son las cintas elásticas incorporadas en la ropa y que tienen un revestimiento especial a base de materias primas Bayer. Cuando las cintas se estiran, el material almacena temporalmente la energía, devolviéndosela al atleta cuando continúa moviéndose. Y para las zapatillas de fútbol, Bayer ofrece suelas fabricadas con poliuretanos termoplásticos extremamente durables. Este material proporciona buena tracción, distribuyendo de forma ideal la presión y el amor­ tiguamiento en las articulaciones, ligamentos y músculos. Por otro lado, en los estadios se instaló un sistema guía en el piso de las áreas públicas para orientar a las personas, ayudándolas a mantener su localización. Bayer desarrolló además una solución de material para el piso a base de poliuretano termoplástico. En el Estadio Nacional de Brasilia, se usó el policarbonato Makrolon UV 2099 en los techos solares, haciéndolos más ligeros, transparentes y versátiles, protegiendo contra los rayos UV. Sus 12 mm de espesor permiten también una alta incidencia de luz en el campo, alrededor del 82%. Además, por el alto grado de resistencia, el producto protege a los espectadores y ju­gadores de las adversidades climáticas. Bayer MaterialScience brings technology to the World Cup Few people imagine that a World Cup has the chemistry behind! And Bayer MaterialScience, a division of Bayer Group’s Innovative Materials, is present in the greatest world soccer championship. The Brazuca, the official ball has polyurethane manufactured by the company in its composition. This material facilitates absorption of water as well as preserve the size and format of the ball, improving adhesion and making the trajectory more accurate when kicked. The underwear used by some of the soccer players has a compressive function, acting as a second skin. The trick lies in the elastic straps embedded in the fabric and which have a special coating based on Bayer raw materials. When straps are stretched, the material temporarily stores energy, returning it to the athlete when it continues to move. And for soccer shoes, Bayer offers soles made of extremely durable thermoplastic

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polyurethanes. This material provides good traction, distributing ideally pressure and damping in the joints, ligaments and muscles. On the other hand, on the floor of public areas of stadiums, a guide system was installed to assist people to lead them to the right ways. In addition, Bayer developed a material solution for the floor based on thermoplastic polyurethane. At the Estádio Nacional in Brasilia, the Makrolon UV 2099 polycarbonate was used on the sunroofs, making them more lightweight, versatile, and transparent, protecting against UV rays. Its 12 mm thickness also allow a high incidence of light in the field of around 82%. Moreover, because of it high resistance, the product protects public and players against climatic adversity. Abeaço resalta seguridad y sustentabilidad de la lata de acero durante la Fispal Tecnología La Abeaço (Asociación Brasileña de Envases de Acero) participó, a inicios de junio, en la 30ª Fispal Tecnología Feria Internacional de Embalajes, Procesos y Logística para las Industrias de Alimentos y Bebidas - con un espacio que defendió la lata de acero como uno de los envases más sus­ tentables y que ofrecen alimentos saludables con seguridad. Con relación a la sustentabilidad, lo destacado fue el primer Centro Prolata de Reciclaje, inaugurado a fines del año pasado, en el barrio de Vila Mangalot, zona norte de São Paulo (SP). El centro es auto-sustentable y tiene capacidad para recibir y reciclar hasta dos mil toneladas de envases de acero usadas por mes. Los consumidores o cooperativas de pepenadores, hoteles, restaurantes, comercios, condominios y clubes que lleven latas de acero usadas hasta el Centro Prolata serán remunerados por el material vendido. Serán creados otros centros de reciclaje en las ciudades sede de la Copa del Mundo y las fuentes de recursos para el mantenimiento serán la venta de los materiales reciclados y actividades desarrolladas con la población. Todos los centros estarán vinculados a las siderúrgicas que garantizarán la compra del material. Por otro lado, con relación a la salud y seguridad, la Abeaço señaló los beneficios de la lata de acero para los alimentos. El envase preserva las propiedades nutricionales y el sabor del alimento por más tiempo, sin necesidad de conservantes o aditivos químicos. El envase bloquea la

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The Abeaço (Brazilian Association of Steel Packaging) participated, at the beginning of June, in the 30th Fispal technology - International Packaging, Processes and Logistics Trade Show for the Food and Beverage Industries - with a stand that expose steel can as one of the most sustainable packaging and that offers healthy foods safely. With regard to sustainability, the highlight was the first Prolata Recycling Center, inaugurated at the end of last year in Vila Mangalot, a district at the North region of São Paulo (SP). The center is self-sustaining and can receive and recycle up to two thousand tons of steel containers used per month. Consumers or scavenger cooperatives, hotels, restaurants, shops, condominiums and clubs who deliver used steel cans to Prolata Center will be paid for the sold material. Other recycling centers will be created in cities hosting games from the World Cup and the resources for maintenance will come from the sale of recycled materials and activities developed with the population. All centers will be linked to iron and steel industries in order to assure the market of materials. On the other hand, regarding health and safety, Abeaço emphasized the benefits of steel cans for foods. Steel containers preserve longer the nutritional properties and the taste of the food, without preservatives or chemical additives. Steel containers avoid the entrance of light, oxygen and external elements to the food and is coated by a flexible inner film that prevents contact of the product with metal, even in the case of dents. Sun Chemical Performance Pigments presenta nueva línea de pigmentos perlados Sun Chemical Performance Pigments presenta su nueva línea de productos SunMica® Exterior XC, una serie de 13 pigmentos perlados de efectos especiales destinados especí­ ficamente a aplicaciones de revestimientos para exteriores.

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Abeaço highlights safety and sustainability of steel cans during the Fispal Tecnologia

Disponible en diversos colores, incluyendo seis niveles de tamaño de partículas para los pigmentos perlados de color blanco, la línea SunMica Exterior XC consiste de finas hojuelas naturales del mineral mica, que son revestidas de camadas de dióxido de titanio y/o dióxido de fierro, espe­ cialmente tratadas para obtener durabilidad en diversos tipos de revestimientos para exteriores. De acuerdo con la empresa, los pigmentos SunMica Exterior XC prometen adicionar profundidad, brillo y destello reluciente, dando innumerables posibilidades de estilo. La línea Exterior XC ofrece estabilidad a la intemperie, resistencia superior a la luz, resistencia a la humedad, consistencia de color de lote a lote y adhesión superior en el sistema de aplicación entre camadas. Destinado a los mercados de acabados/accesorios au­ tomovilísticos, arquitectónicos y de la industria en general, los pigmentos SunMica Exterior XC son compatibles con todos los sistemas de formulación. La nueva línea entra a la gran familia de pigmentos de efecto de Sun Chemical, incluyendo la familia de pigmentos metálicos Benda-Lutz.

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entrada de luz, oxígeno y elementos externos y tiene una película interna flexible que evita el contacto del producto con el metal, inclusive en caso de abolladuras.

Sun Chemical Performance Pigments introduces new line of pearly pigments Sun Chemical Performance Pigments introduces its new line of products SunMica® Exterior XC, a series of 13 special-effect pearly pigments specifically designed for exterior applications coatings. Available in different colors, including six levels of particle size for white pearly pigments, the SunMica Exterior XC line consists of fine natural flakes of mica, which are covered with layers of titanium dioxide and/ or iron dioxide specially treated for different types of coatings for outdoor durability. According to the company, SunMica Exterior XC pigments promise to add strength, gloss and shine flash, giving countless style possibilities. Exterior XC line offers stability for exteriors, higher light and moisture resistance, color strength from batch to batch and superior adhesion on the application system between coats. For architectural finishes/accessories, automotive and industry markets in general, SunMica Exterior XC pigments are compatible with all formulation systems. The new line comes to the Sun Chemical family of effect pigments, including the family of metallic pigments Benda-Lutz.

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Eastman inaugura nueva sede en Brasil Eastman Chemical Company – empresa de especiali­ dades químicas – reunió a clientes, socios, colaboradores y su board ejecutivo, con la presencia del CEO Mark Costa y del presidente de América Latina, Juan Carlos Parodi, para la inauguración de su nueva sede en la ciudad de São Paulo. En la ceremonia, el director general de la empresa en Brasil, Pedro Fortes, afirmó que las nuevas instalaciones consolidan las operaciones de Eastman con Solutia, ad­ quirida a inicios de 2012. Presente en el país desde la década de los 70, la filial brasileña está entre las diez mayores facturaciones del mundo, y el año pasado registró por cuarto año consecu­ tivo uno de los mejores índices de desempeño financiero. “Este resultado es el reflejo del desarrollo de productos innovadores para atender la demanda del mercado”, dice el director. En 2013, al facturación por ventas de Eastman fue de US$ 9,400 millones, con América Latina representando el 5% de dicha facturación global de la compañía. “Dos tercios de nuestra facturación viene de las líneas de productos líderes de mercado”, dice Pedro Fortes. Con cerca de 14 mil colaboradores al rededor del mundo, la empresa tiene clientes en más de 100 países. Eastman opens new headquarters in Brazil Eastman Chemical Company – a specialty chemicals company – brought together clients, partners, collaborators and its executive board, with the participation of CEO Mark Costa and Juan Carlos Parodi, Eastman’s President for Latin America, for the inauguration of the new offices in São Paulo City. At the ceremony, Pedro Fortes, general director of the company in Brazil, said the new facilities to strengthen the operations of Eastman with Solutia, acquired at the beginning of 2012. Present in the country since the 70s, the Brazilian subsidiary is among the ten largest billings in the world, and last year recorded for the fourth consecutive year one of the best financial indexes of performance. “This result reflects the development of innovative products to meet market’s demand,” says the director. In 2013, sale’s turnover of Eastman was US 9,400 million, with Latin America, representing 5% of the

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company’s global turnover. “Two-thirds of our turnover comes from the market leading product lines”, says Pedro Fortes. With about 14 thousand collaborators around the world, the company has customers in more than 100 countries. Rhodia se compromete en proyecto mundial para ampliar sustentabilidad en la logística de la industria química Rhodia, empresa del grupo Solvay, ya inició entre sus proveedores en Brasil, la fase piloto de implantación del proyecto Juntos por la Sustentabilidad ( Together for

Sustainability – TfS), cuyo objetivo final es el de impul­ sar la sustentabilidad en la cadena de abastecimiento del sector químico. La iniciativa mundial, lanzada en el mes de mayo, reúne las industrias químicas AkzoNobel, BASF, Bayer, Clariant, Evonik Industries, Henkel, Lanxess y Solvay. El programa Juntos por la Sustentabilidad pretende desarrollar e implementar un programa global de compro­ metimiento de proveedores, que evalúa y fomenta las prác­ ticas de sustentabilidad en la cadena de abastecimiento, incluyendo aspectos ambientales y sociales. Se basa en las mejores prácticas y principios reconocidos, como el Pacto Global de las Naciones Unidas y el Programa Global Actua­ ción Responsable®, así como principios desarrollados por la Organización Internacional del Trabajo (OIT), Organización Internacional para la Normalización (ISO) y Responsabilidad Social Internacional (SAI). La empresa garantiza que los beneficios para los proveedores que participen en la iniciativa son muchos. El intercambio de informaciones con diversos clientes reduce el número de evaluaciones y auditorías necesarias, reduciendo, a su vez, tiempo, recursos y costos globa­ les. Esto permitirá que las empresas y los proveedores involucrados en este proyecto ofrezcan los recursos de forma más eficiente y mejoren mutuamente las normas de sustentabilidad en la cadena global de abastecimiento de la industria química. Rhodia is committed to global project to increase sustainability in the logistics of chemical industry Rhodia, a Solvay group company, has begun among its suppliers in Brazil, the pilot phase of the project

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Museo Cais do Sertão Luiz Gonzaga, en Recife, utiliza Bayferrox® y transforma el concreto en piedras del sertón Parte integrante del Proyeto Porto Novo de la Secretaría de Desarrollo Económico de Pernambuco, el Complejo Cul­ tural y Museo Cais do Sertão Luiz Gonzaga (Museo Dique del Sertón) utiliza en toda su estructura de concreto de color los pigmentos inorgánicos Bayferrox® de Lanxess. El puerto de Recife se está transformando en un gran polo de turismo, servicio y recreación y promete cambiar el paisaje de la ciudad. La empresa Brasil Arquitetura es la responsable del proyecto del museo, que cuenta la vida y la cultura del sertón del noreste, el cotidiano de los habitantes de esta región, los “sertanejos”, y del gran cantante y compositor Luiz Gonzaga. Y el sertón viene a la orilla del mar, en el dique del puerto de Recife. Según Marcelo Ferraz, arquitecto responsable del proyecto, junto con Francisco Fanucci, socios fundadores de

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Cais do Sertão Luiz Gonzaga Museum, in Recife, uses Bayferrox® and transforms concrete into sertão stones An integral part of the Porto Novo project of the Ministry of Economic Development of Pernambuco State, the Cultural complex and Museum Cais do Sertão Luiz Gonzaga (Serton Museum Pier) used in all its coloredconcrete structure Bayferrox® inorganic pigments by Lanxess. The port of Recife is becoming a great tourist, service and recreation pole and promises to change the landscape of the city. Brasil Arquitetura is the architects’ office responsible for the project of the museum, which features the life and culture of the Brazil’s Northeastern serton, the daily life of the people in this region, the called “sertanejos” and great singer/songwriter Luiz Gonzaga, and the serton comes to the edge of the sea, at the dock of the port of Recife. According to founding partner of Brasil Arquitetura’s architect responsible for the project, Marcelo Ferraz together with Francisco Fanucci, pigments were chosen due to the similarity of ocher concrete with the serton stones. “We chose a material which represented the sandstone of Piaui State and contrasted with the “cobogó”, the white lattice that will cover the entire building and will be the highlight of the building,” tells Ferraz. In addition to the similarity with the stones of the serton, Lanxess manufacturer supports inorganic pigments Bayferrox® to ensure the durability of the colored concrete, because they provide excellent light and weather resistance, as well as being produced with environmentally-friendly manufacturing processes.

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Brasil Arquitetura, los pigmentos fueron escogidos debido a la semejanza del concreto ocre con relación a las piedras del sertón. “Optamos por un material que representara la arenisca del estado de Piauí y que contrastase con el “co­ bogó”, celosía blanca que recubrirá todo el edificio y será el punto destacado del edificio”, destaca Ferraz. Además de la semejanza con las piedras del sertón, la fabricante Lanxess admite que los pigmentos inorgánicos Bayferrox® aseguran la durabilidad del concreto de color, pues ofrecen excelente resistencia a la luz y a la intempe­ rie, además de ser producidos a través de procesos de fabricación amigables con el medio ambiente.

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Together for Sustainability – TfS, whose ultimate goal is to boost sustainability in the supplying chain of the chemical industry. The global initiative was launched in May and brings together chemical industries AkzoNobel, BASF, Bayer, Clariant, Evonik Industries, Henkel, Lanxess and Solvay. Together for Sustainability program seeks to develop and implement a comprehensive commitment program of suppliers that evaluates and promotes sustainability practices in the supplying chain, including environmental and social aspects. Based on best practices and recognized principles such as the United Nations Global Agreement and the Responsible Care® Global Program, as well as principles developed by the International Work Organization (IWO), International Standardization Organization (ISO) and International Social Responsibility (ISR). The company assures that there are many benefits to providers participating in the initiative. Exchanging information with different customers reduces the number of evaluations and audits required, reducing in turn, resources, time and overall costs. This will allow companies and suppliers involved in this project provide resources more efficiently and mutually improve the sustainability standards in the global supply chain of chemical industry.

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a r t i g o t é cn i c o

Resina alquídica catiônica modificada em emulsão aquosa com exclusiva tecnologia bloqueadora de mancha da tinta, passando por várias camadas, sendo difíceis de cobrir com tintas comuns. Para encontrar uma solução contra este efeito, é importante avaliar essas substâncias migrantes. A definição mais simples para as mesmas é que são compostas de corantes solúveis em água. Todas estas substâncias têm funcionalidades iônicas e a maioria delas são aniônicas. Uma emulsão acrílica não contém qualquer funcionalidade iônica na superfície da partícula de resina. Não há nenhuma interação entre a resina e o corante. Além disso, a maioria das tintas acrílicas têm valores de pH ligeiramente alcalinos e os corantes construirão es­ truturas salinas, com uma solubilidade ainda maior. Por esta razão, as tintas de parede baseadas em emulsões acrílicas não possuem uma função bloqueadora de manchas e os corantes solúveis e m água serão transportados até a superfície da tinta. A Figura 1 ilustra este fenômeno de afloramento de tintas imobiliárias baseadas resinas acrílicas em emulsão. Devido às modernas diretrizes ecológicas e de proteção ambiental,

Figura 1: ilustração simplificada do fenômeno de afloramento

a produção de tintas à base de solventes orgânicos estão cada vez

em tintas imobiliárias com base em a) emulsão acrílica b) emulsão

mais sendo pressionadas e já possui legislações mais restritivas em

catiônica e c) emulsão catiônica alquídica modificada.

alguns países. Na Europa, por exemplo, o teor de Compostos Orgâ­ nicos Voláteis (COV) permitido é limitado para vários tipos de tintas, no qual este termo (COV) inclui todos os solventes com um ponto de ebulição inferior a 250 °C à pressão normal. Tintas imobiliárias para interiores, por exemplo, têm um limite superior de 30 g / L a 100 g / L, dependendo do grau de brilho. De acordo com esses requisitos, os valores-limite legais só podem ser atendidos com os sistemas à

Ligantes catiônicos são capazes de fixar substâncias aniônicas na

base de água. Mas, mesmo sem legislação relativa aos sistemas à

estrutura da resina. A funcionalidade catiônica é baseada nos grupos

base de água, este tem grandes vantagens em comparação aos tipos

amino alcalinos na estrutura da resina que são protonados por ácido

à base de solventes orgânicos por proporcionarem menor liberação

fórmico ou acético, por exemplo. Este é o estado da arte que atinge

de odor e por serem não inflamáveis.

propriedades de bloqueio bastante interessantes. A Figura 1b mostra a eficácia de um agente de um ligante cati­

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PROPRIEDADES BLOQUEADORAS DE MANCHAS

ônico. Entretanto, vale destacar que o valor de pH ácido do ligante

A aparência, o fácil manuseio e a minimização de emissores

catiônico tende à provocar incompatibilidades com ligantes aniônicos

são os critérios decisivos para a produção de tintas de parede de

e substâncias alcalinas. Este fato limita a escolha dos pigmentos

interiores. Emulsões acrílicas parecem ser perfeitas para esta apli­

e cargas, por exemplo, carbonatos de cálcio, em formulações de

cação, por apresentarem baixo preço no mercado e por possuírem

revestimento.

boa resistência à lavagem e boa estabilidade ao amarelecimento.

Durante a produção todos os materiais que contêm ligantes

Um dos grandes desafios na aplicação de tintas imobiliárias se dá

catiônicos devem ser mantidos fora do equipamento de produção

devido ao afloramento de substâncias do substrato. Estes agentes

convencional para evitar a contaminação cruzada. Muitos pintores

corantes solúveis em água podem ser transportados para a superfície

reclamam das dificuldades de limpeza das ferramentas e de pioras nas

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a r t i g o t é cn i c o propriedades umectantes. Além disso, apenas as manchas aniônicas

4300. Com exceção do ligante, a formulação das tintas foi idêntica.

são bloqueadas pelas partes catiônicas das partículas da resina, mas

A tinta à base de NECOWEL 4300 proporcionou um resultado muito

manchas catiônicas não são influenciadas. Assim, estas ainda podem

superior depois de uma única camada de tinta, em relação a três

ser transportadas até a superfície da tinta.

demãos de tinta à base de resina acrílica em emulsão.

Um sistema de resina eficaz deve conter funcionalidades tanto catiônicas quanto aniônicas de forma a conseguir as melhores pro­ priedades de bloqueio a manchas. Através de integração de grupos catiônicos em um sistema de resina alquídica parcialmente aniônica foi possível atingir este objetivo. Este é um verdadeiro avanço, pois geralmente as emulsões aniônicas e catiônicas são absolutamente incompatíveis e apresentam forte coagulação. O desenvolvimento de um sistema de resina estável, com excelentes propriedades de bloqueio de mancha contra contaminações aniônicas, tais como corantes e substâncias em madeira como taninos e outras contaminações básicas, tais como a nicotina, podem então ser fixadas pelos grupos aniônicos do sistema de resina. Ambos os tipos de manchas, oriundos de compostos aniônicos e catiônicos, são fixados pela chamada reticulação iônica. Esta teoria simplificada é mostrada na figura 1c.

Tabela 3: Formulação de um bloqueador de mancha para tinta imobiliária baseado na NECOWEL 4300 Um segundo teste apesentado na figura 3, mostra a ação da

DESEMPENHO DE RESINAS ALQUIDICAS

NECOWEL 4300 vs acrílicas estirenadas e resinas catiônicas con­

CATIÔNICA MODIFICADA EM EMULSÃO

vencionais no afloramento que ocorre na madeira do tipo Merbau. A

O potencial de mercado parecia estar concentrado, principal­

madeira tratada com uma tinta à base de acrílica estirenada mostra

mente, em bares e restaurantes com a poluição da nicotina. Hoje o

baixo efeito bloqueador de manchas. A mesma formulação de tinta

fenômeno de afloramento na aplicação de pinturas imobiliárias passa­

contendo um ligante catiônico cobre de forma superior, mas a mo­

ram a ter uma atenção muito maior. Além da nicotina, há um grande

lhagem dos poros é insatisfatória. A mesma formulação de tinta com

número de substratos com problemas de afloramento, como papéis de parede, painéis de fibras de madeira com compostos fenólicos, assim como diferentes tipos de gesso. Tabela 2: Especificação da NECOWELTM 430

As vantagens de um produto com propriedades de aplicação de uma emulsão aniônica com as propriedades de bloqueio de mancha de emulsões catiônicas, chamado de NECOWEL 4300, que foi testado e aprovado em diversos substratos, utilizando o ligante e a formulação de partida descritos nas Tabela 2 e 3. A fim de demonstrar o efeito dos agentes ligantes sobre o afloramento, conforme mostrado na figura 2, uma placa de gesso contaminado com nicotina (extrato de tabaco castanho) e Eosina Escarlate (corante aniônico vermelho) foi pintada com uma tinta à base de resina acrílica em emulsão e uma tinta à base de NECOWEL

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Figura 2: Efeito antimanchas num painel de gesso (resina base acrílica estirenada no lado esquerdo e a emulsão alquídica catiônica modificada no lado direito; os números indicam a quantidade de demãos aplicadas no substrato contaminado).

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a r t i g o t é cn i c o base em NECOWEL 4300 fornece excelente molhagem e excelente poder de cobertura na segunda camada. Figura 3: Efeito do bloqueador de mancha na madeira do tipo Merbau (tinta à base de acrílica estirenada no topo, tinta à base de ligante catiônico no meio e emulsão alquídica catiônica modificada na parte inferior; os números indicam a quantidade de demãos aplicadas).

Figura 4: Efeito de bloqueio com uso de gesso (tinta com base em acrílica estirenada no topo e tinta com base em alquídica catiônica modificada na parte inferior). superiores, em combinação com a sustentabilidade ambiental e pre­ param o caminho para a conversão de sistemas a base de solvente orgânicos para tintas à base de água, mantendo simultaneamente o desempenho em um nível elevado. A ASK: Com sua unidade de negócios de resinas especiais, a ASK Chemicals oferece uma série de especialidades inovadoras para Um terceiro teste demonstra um comparativo da Necowel 4300

diferentes aplicações, particularmente na área de resinas alquídicas

em relação a acrílica estirenada sob forma de um agente bloqueador

e copolímeros e suas emulsões, resinas fenólicas para diversas

de manchas sobre uma placa de gesso. A mancha penetra mesmo

aplicações, incluindo as marcas AROBRAS e ASKOFEN. Além de

com camadas de 3 mm de gesso. A tinta a base de acrílica estirenada

produtos padronizados, produtos sob medida também são fabricados

não demostra praticamente nenhum efeito de bloqueio. A formulação

e soluções específicas podem ser desenvolvidas para cada cliente.

com a Necowel 4300 apresenta um resultado excelente contra as manchas.

A empresa é uma força motriz por trás da criação de inovações específicas para a indústria e coloca-se o desafio de produtos cons­

As emulsões alquídicas com base em ácidos graxos, em teoria,

tantemente em desenvolvimento para o benefício de seus clientes.

tem o potencial para o amarelecimento e formação de odor. Assim, foi

Flexibilidade, velocidade, qualidade e sustentabilidade são cruciais

desenvolvida e patenteada uma resina alquídica catiônica modificada

para atingir este objetivo, assim como garantir que os produtos e

com propriedades bloqueadoras manchas com uso de ácidos graxos

aplicações são de baixo custo.

não-secativos. Revestimentos com base na NECOWEL 4300 mos­

Graças à sua vasta gama de serviços, a ASK Chemicals é um

tram propriedades excelentes, resultando em melhor desempenho,

parceiro forte. Há equipes de especialistas desde a equipe de vendas,

não amarelecimento e menor formação de odor para a aplicações

aplicações e desenvolvimento para trabalhar em conjunto com os

mais sensíveis.

clientes e desenvolver soluções individuais para os seus requisitos e parâmetros de processo. Os resultados dessa prática podem ser

CONCLUSÃO: As resinas alquídicas catiônicas modificadas em

vistos em novos produtos com ótimas aplicações comerciais.

emulsão oferecem condições ideais para uso em tintas imobiliárias,

Globalmente, a ASK Chemicals tem 30 unidades em 25 países,

especialmente para sistemas bloqueadores de manchas A resina

nos quais 20 com sua própria unidade de produção, e tem uma força

pode também ser utilizada na formulação do primers antimanchas,

de trabalho global de cerca de 1.800 pessoas.

sendo posteriormente cobertos por tintas convencionais. A resina tem manuseio simples e seguro, apresenta boas características

Texto cedido pela: ASK Chemicals

de molhabilidade e compatibilidade universal, também com pastas

Elaborado por: Carolin Wallenhorst - ASK Chemicals, Alemanha

de tingimento. Além disso, a resina é livre de monômeros residuais livres voláteis e de COV. Em geral, os produtos da linha NECOWEL consistem em emul­

Traduzido por: Fabiana Vieira – ASK Chemicals, Brasil Revisado por: Antonio Carrascosa Filho – ASK Chemicals, Brasil

sões alquídicas modificadas, que exibem propriedades de aplicação 70

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