Projeto de Livro - Disciplina PROJETO INTERDISCIPLINAR IMPRESSO

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ARTE NO MATERIAL Guia útil para estudantes e profissionais MANOEL COELHO





ARTE NO MATERIAL



ARTE NO MATERIAL Guia útil para estudantes e profissionais

Manoel Coelho 1ª Edição


Manoel Coelho

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A Arte no Material

COPYRIGHT © Copyright © 2018 Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial desta obra por quaisquer meio, sem a prévia autorização por escrito. Texto revisado segundo o novo Acordo ortográfico da Língua Portuguesa. Título: A Arte no material edição: 1 Local: RJ | Rio de Janeiro 2018 Impresso no Brasil Pinti

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Coordenação Editorial: Prof. Sergio Xavier Coordenação de Fotografia: Prof. Alle Vidal Capa; Projeto gráfico; Preparação e revisão: Dayana Santos Manoel Coelho Bianca Fracalanza Isabela Salgado Alef Kellock Projeto Acadêmico da Disciplina Projeto Interdisciplinar Impresso IBMR - Centro Universitário


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2 3 sum

tipos de papel tipos de lápis tipos de tinta intro intro intro 18 -19 dução 26 -31 dução 10 -13 dução lapis dicas 20 -21 32-33 14 -17 GRAMA de cor TURA curio 22 -23 sidade


4 5 6 ário tipos de caneta intro 34 -35 dução 36-37 evoluções da escrita 38-41 marcadores de texto

tipos de pincéis intro 42 - 43 dução formato 44 dos pincéis 45 - 47 curio sidades

outros materiais

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borra cha tesou ra regua


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tipos de papel 12


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H

á uma grande variedade de papéis e acabamentos, mas alguns são mais conhecidos e utilizados, seja por sua qualidade ou preço. Os papéis sobre os quais falaremos são todos de cor branca (apesar de não serem 100% brancos, são definidos assim), exceto o Reciclato. Os formatos na indústria gráfica variam, mas o mais usado é 66 x 96, chamado de folha inteira.

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Papel Offset

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roduzido para ser impresso em larga escala e com custo baixo, tem um acabamento liso e lembra o papel sulfite, mas com qualidade superior. É um tipo papel com bastante cola, superfície uniforme livre de felpas e penugem e preparado para resistir o melhor possível a ação da umidade, o que é de extrema importância em todos os papéis para a impressão pelo sistema offset e litográfico em geral. Sua aplicação é na impressão para miolo, livros infantis, infanto-juvenis, médicos, revistas em geral, folhetos e todo serviço de policromia.

Papel Reciclato

É

o papel offset reciclado, que também sofre alteração para o papel “sulfite reciclado”. Por sua cor parda, tem um aspecto diferente dos demais tipos de papéis e dá mais resistência a eles. Sua principal distinção para o offset tradicional é que é produzido de material 100% descartado e sustentável. É indicado também para papel timbrado e bloco de notas. Se você quer dar transmitir o conceito de sustentabilidade para seu

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Papel Couché Brilho

técnica usada nos papéis couché utiliza um revestimento que deixa o papel mais liso e uniforme para receber a tinta, apresentando um melhor comportamento de cores. O couché brilho tem um revestimento com alta lisura e brilho. Sua diferença do couché fosco é que reflete mais luz, o que pode atrapalhar a leitura, dependendo do material gráfico e da gramatura.

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Mas dá um ótimo destaque à imagens e cores. É indicado para interior (miolo) de catálogos (115, 150, 170 g/m²), capas de catálogos (230 g/ m²), flyer e cartão de visita (230, 250, 300 g/m²).

Papel Couché fosco

A

bsorve mais luz, o que deixa a cor mais pura, dando um ar de sofisticação. É usado em folder, cartaz, flyer (115 g/m²; 150 g/m²) e cartão (250 g/m²; 300 g/m²).


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Gramatura DO papel

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“gramatura” de um papel é um termo muito utilizado no dia a dia das gráficas. Em todo orçamento para a produção de um material você irá esbarrar na pergunta “e qual a gramatura do papel?”. Mas não se preocupe, o conceito é bem simples e vamos lhe explicar! A gramatura é definida pelo peso por m² do papel. Nada mais é do que uma unidade de peso de gramas por metro quadrado (G/M²). Quanto maior o número g/m², mais pesado é o papel. Em geral, quanto maior a gramatura, mais espesso o papel também, mas existem exceções. A escolha da gramatura pode influenciar na qualidade e no orçamento do material a ser produzido. Entretanto, é importante salientar que não obrigatoriamente um bom material precisa ter uma gramatura alta. Vale adaptar a gramatura para cada tipo de material e necessidade. Muitos materiais, como agendas, revistas e catálogos podem ter diferentes tipos de papel e de gramaturas para as partes que os compõem, como capas e miolos.

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35g a 55g Jornais e bobinas de máquina de cartão, cartão ponto.

90g a 115g Gramatura mais comum, essa é a que você utiliza nas impressoras domésticas. Essa gramatura é indicada para produção de flyers, envelopes e cartazes de baixo custo.

50g a 65g Blocos de nota fiscal e blocos de orçamento.

120 g Gramatura utilizada em materiais próprios para escrita, como bloco de anotações e miolo de agendas.

75g a 80g Papéis timbrados e receituários.

150g Gramatura ideal para flyers e folders. Também pode ser a opção para capas de catálogos e revistas.

180g 210g a 300g

Gramatura que coincide com cartões de visita, cartões postais, convites, calendários, capas de as cartolinas. Sacolas de papel e revistas especiais e capas de livros. Capas de materiais também são uma produção comum com esse tipo de gramatura.

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Fique por dentro

O

papel é largamente utilizado no mundo inteiro e corresponde a aproximadamente 20% dos resíduos produzidos pelo brasileiro. Mesmo na era da informática sua produção e consumo para impressão e escrita praticamente dobrou nos últimos dez anos.

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Para ficar branquinho o papel sofre um clareamento químico que é um dos processos mais poluentes dessas indústrias. Uma alternativa é o Papel Ecograph, que é clareado a oxigênio e as folhas ficam com coloração creme. O desperdício de papel pode ser constatado desde a indústria (no caso de excesso de embalagens e embalagens muito volumosas para pequenos produtos) até os escritórios e residências (ex: impressões em apenas um dos lados da folha e/ou desnecessárias). Apenas adotando o uso do papel dos dois lados podemos reduzir em até 50% o uso de papéis para impressão e escrita, e consequentemente reduziremos também todos os impactos causados desde a extração até o descarte desse material. Consome-se em média 100.000 litros de água por tonelada de papel fabricado, mas produzir

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1 tonelada de papel reciclado precisa-se de 2 mil litros de água. Para produzir 1 tonelada de papel é necessário 5 mil KW/h de energia, mas a mesma tonelada de papel reciclado consome-se de 1.000 a 2.500 KW/h de energia. A produção de papel reciclado evita a utilização de processos químicos poluentes, reduzindo em 74% os poluentes liberados no ar e 35% os despejados na água. A cada 28 toneladas de papel reciclado evita-se o corte de 1 hectare de floresta, ou seja, 1 tonelada evita o corte de aproximadamente 30 árvores. Alguns estudos indicam que a fibras podem ser recicladas de 7 a 10 vezes. Para produzir 1 tonelada de papel novo são necessários de 25 a 30 eucaliptos adultos.


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Tipos de lรกpis 20


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misturavam a tintas usadas por pintores. Lápis de grafite, só a partir da data acima começou a ser vendido. Havia o número 1 e o número 2. Com eles várias gerações aprenderam a escrever.

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ntre todos os instrumentos de escrita, o lápis é sem dúvida o mais universal, versátil e econômico, produzido aos milhões todos os anos, mesmo na era da Internet. É com o lápis que as crianças de todo o mundo aprendem a escrever. É indispensável para todos os tipos de anotações, traçados e rascunhos – sobretudo para tudo o que possa ser escrito ou desenhado à mão. O lápis é um produto delonga durabilidade, que exige poucos cuidados, não

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é afetado por variações climáticas e escreve até debaixo d’água ou no espaço. Que outro instrumento de escrita pode se gabar de ser tão versátil? A história do lápis começa em 1761, na Alemanha, com uma família chamada Faber. Mas será que antes disso não havia lápis? É uma pergunta que o leitor poderá se fazer. Lápis como temos hoje não havia. Havia pena e tinta para escre-ver. Também pós coloridos que se

Com 251 anos de existência, a trajetória da fábrica Faber-Castell se confunde com a própria história e evolução do lápis. Mas esse instrumento de escrita foi inventado anos antes desta data. Os primeiros lápis eram talhados a mão, artesanalmente. Cortava-se a madeira e esculpia-se o talho para servir de apoio para o grafite puro. Nestes tempos remotos, os usuários de lápis eram, especialmente, carpinteiros e artistas. No século XVII, um destes marceneiros, chamado Kaspar Faber (1730-1783), inventou o lápis como o conhecemos hoje.


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lápis de cor

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uem como criança não utilizou este material de desenho? No entanto, o lápis de cor é muito utilizado também por artistas profissionais, especialmente na área das artes gráficas. Existem muitas técnicas de lápis de cor que todo artista pode usar para incentivar sua criatividade. É necessário porém ser bastante hábil para usar algumas delas confortavelmente. Mas isso não quer dizer que um iniciante não possa criar algumas obras de arte incríveis. Se fizemos lindos desenhos quando crianças, porque agora não?

O lápis de cor é basicamente um lápis colorido muito utilizado para desenho e pinturas, isoladamente ou em conjunto com outros médios. O lápis de cor como o nome refere, é um lápis feito a base de pigmentos geralmente artificiais, com um forte aglutinante a base de cera. Normalmente é comercializado em embalagens contendo 12, 24,36 ou até mais unidades de cores e tons diferentes ou individualizados. As marcas mais conhecidas são a Faber-Castell, Labra e Prismacolor.

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MAIOR LÁPIS DO MUNDO

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oram necessárias 7029 horas de trabalho para produzir o maior lápis do mundo, uma versão gigantesca do famoso Castell 9000 verde hexagonal. Metade do corpo de madeira foi fabricada, camada por camada, com madeira nativa da Malásia. Então, a mina, de 150 mm de diâmetro e pesando 600 quilos, foi colocada em uma canaleta e, depois disso, a outra metade do corpo, idêntica, foi colocada por cima da primeira. A mina de polímero havia sido fabricada anteriormente na Alemanha e enviada para a Malásia. Protegido das intempéries climáticas em uma redoma de vidro, o lápis agora se ergue próximo ao saguão do prédio da Faber-Castell em Subang Jaya, Malásia.

Curios Comprimento

Padrão

175

mm

Diâmetro dianteiro

2.8mm 2mm (4b a 8b)

(6h a 313 )

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idades Diâmetro

6.9mm 7.6mm 7.3mm

por face (hexagonal)

(redondo)

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MENOR LÁPIS DO MUNDO

menor lápis do mundo tem 17,5 mm de comprimento e cerca de 3 mm de espessura. O Conde von Faber-Castell solicitou que esse lápis miniatura (com um décimo do comprimento normal) fosse especialmente fabricado com abeto norte-americano para que fosse distribuído como brinde na inauguração do maior lápis do mundo. O lápis então viajou com o Conde metade do globo até a Malásia. O anãozinho foi tão admirado que a empresa decidiu produzir uma edição limitada de 50 unidades para o Natal. Eles têm mina de grafite verdadeira de 0,5 mm de diâmetro, mas se seus donos quiserem escrever com eles, provavelmente terão que usar uma pinça.


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TIPOS DE TINTA

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ada pessoa encara o seu próprio processo criativo de maneiras diferentes e tem alguns materiais favoritos na hora de expressar a sua arte. São várias as alternativas do mercado e cada uma delas pode apresentar resultados interessantes. Por isso mesmo, existem alguns tipos de tintas para artesanato que você precisa conhecer. Com características e expressividades únicas, elas podem ser exatamente o que você deseja para ter um desempenho ainda melhor enquanto artista.

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CURIOSIDADE Os indígenas brasileiros obtinham tintas da flora nativa para ornamentar o corpo para festas, guerras e funerais ou para proteção contra insetos: o branco da tabatinga, o encarnado do araribá, do pau-brasil e do urucum, o preto do jenipapo e o amarelo da tatajuba.


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Tinta guache

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guache é um dos tipos de tintas para artesanato mais comuns em todo o mundo e quase todas as pessoas o conhecem. Isso se deve, sobretudo, à sua grande versatilidade. Muitos artistas preferem as marcas internacionais, embora existam produtos nacionais bastante razoáveis nos dias de hoje. Solúvel em água, ela seca muito rápido e pode voltar ao seu estado anterior se o líquido for adicionado novamente. Um detalhe importante é que, no caso de pinturas, é necessário fazer uma impermeabilização com o verniz spray para não correr o risco de perder o seu trabalho caso ele se molhe ou fique úmido, por exemplo.

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Tinta a óleo

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ambém não dá para falar dos tipos de tintas para artesanato sem citar a tinta a óleo. Sua utilização remete a artistas clássicos como Monet e Van Gogh, mas esse é um item ainda muito apreciado e utilizado em nossos tempos. Vai bem não apenas em telas, como também em artigos de decoração e arquitetura.

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Vale lembrar que é preciso tomar cuidado com a presença de poeira ou com a incidência de luz solar direta sobre o produto. Após a sua aplicação, o ideal é deixar a obra secar em um local bem protegido e só aplicar o verniz depois de, no mínimo, um mês para que as tintas não fiquem amareladas ou percam sua transparência.


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Tinta NANQUIM

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utilização do nanquim nas obras artísticas é muito admirada e já existe um ou mais estilos próprios de uso que são únicos pelas características peculiares que essa opção concede ao trabalho. Mesmo pessoas leigas no assunto conseguem bater o olho em uma obra e perceber que essa foi a escolha do artista.

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O povo chinês já conhecia e usava o nanquim em seus manuscritos há milênios e foram eles mesmos que inventaram a sua técnica de produção. Apesar disso, o material conquistou ainda mais fama no Japão. A tinta nanquim tem como suas principais qualidades a sua fluidez opacidade e a secagem rápida.

Tinta acrílica brilhante

or fim, a tinta acrílica brilhante é outro dos tipos de tintas para artesanato que você precisa conhecer. Com imensa versatilidade de uso, adere muito bem a diversos materiais e é perfeita para ser aplicada sobre madeiras, cerâmicas, gesso, isopor, cortiças, artigos de couro, plástico, alumínio, latão e até vidros.

O acabamento vivo, em linhas gerais, dispensa o uso de verniz. Excelente para iniciantes, especialmente por ser versátil, ela seca bem rápido e dilui facilmente em água. É possível obter um efeito tipo aquarela, caso seja muito dissolvida ou um resultado mais próximo da tinta óleo, caso esteja mais concentrada.

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Dicas de pintura

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ssim como nas fotografias, a luz é importantíssima na pintura. Por meio da claridade é possível ter a percepção exata das cores para aplicá-las corretamente na tela e conseguir o efeito desejado. Volume e perspectiva, por exemplo, são alguns dos resultados aos quais se chega após usar tintas contrastantes. Mas, além de saber combinar a claridade e a sombra na hora de reproduzir objetos, frutas, o corpo humano etc., é necessário entender que a pincelada tem de acompanhar a forma do desenho em sua definição, conferindo mais realismo à tela.

De trás para frente Para não errar na hora de usar a técnicas dos contrastes, ao iniciar a pintura, é essencial definir de onde virá a claridade, pois poderá determinar em que local as sombras se projetarão: sempre do lado oposto ao da fonte de luminosidade. No começo, para conseguir enxergar essas sombras, o artista deve trabalhar com a claridade de

toda apenas de um lado, da direita para a esquerda ou vice-versa, lembrando que a fonte de luz da tela não é, necessariamente, a mesma do ateliê.

Cores aplicadas Para os tons das partes mais escuras do cenário, é importante ressaltar que o preto não deve dominar. Afinal, a sombra indica a ausência de claridade em determinada parte, que não perde suas

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A Arte no Material saber como usar os tons corretos, o degrade entre eles e o sentido da pincelada, que confere movimento e naturalidade ao que se retrata. Os contrastes entre cores doação destes tons ajudam a dar profundidade à pintura e destacam os diferentes planos do cenário. O movimento das pinceladas também colabora para encorpar o motivo pintado e deve seguir o formato do desenho para ajudar a matizar os tons e determinar a estrutura correta do elemento.

Contrastes O jogo de luzes trás proximidade e destaque. As cores também são essenciais, visto que as frias distanciam, enquanto as quentes aproximam a pintura do observado. Caso o artista prefira pintar ao ar livre, é importante que evite a luz do meio-dia já que, nesta posição, as sombras praticamente desaparecem. matrizes originais. As cores, na verdade, tornam-se mais escurecidas. Nas áreas iluminadas, por outro lado, dificilmente o artista não aplicará o Banco de Titânio puro ou mesclado aos outros tons da tela, uma vez que a luz reflete o que está ao seu redor.

Encorpado Para garantir o volume de uma mata, por exemplo, além de trabalhar os claros e escuros, é preciso

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Usabilidade e Acabamento A aplicação deve ser feita com pincel (que não seja muito fino), em traços firmes e breves, e pode ser usada em qualquer tela ou em outro suporte. Como o objetivo é conseguir a transparência alternado a cor anterior, se o artista pintar uma superfície com Amarelo Claro e fizer a veladura com Azul Ultramar, o verde que surgirá será transparente luminoso. Mas, se a mistura for feita direta, o resultado será opaco, sem a claridade da temática.


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escrita é sem dúvida uma das maiores descobertas do homem civilizado. Porém houve um determinado momento em que o homem teve de pensar em algo para realizar a escrita, isto é, um instrumento. Os sumérios usavam ossos e pedaços de madeira para poder escrever em argila de forma cuneiforme aproximadamente em 3500 a.C.

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Tipos de caneta

Na Idade Média usavam-se penas de aves, especialmente de ganso, para escrever. Porém as penas não duravam muito, precisando ser trocadas a todo instante, a partir daí que as pessoas começaram a tentar descobrir novas alternativas que fossem mais duráveis. Em meados do século XV, o homem tentou criar “penas” de metal, porém o seu uso não ficou popular devido ao seu peso e a dificuldade de fabricação em grandes quantidades.

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As canetas esferográficas, que utilizamos até hoje, teve origem em 1937 graças ao jornalista húngaro Ladislao Biro, que se baseou em uma caneta que não borrava e que não deixava a tinta secar no seu interior. Sendo então, totalmente contrárias as canetas-tinteiro que davam mais trabalho na hora de escrever, e o melhor, as canetas esferográficas criadas por Biro funcionavam em grandes altitudes, fazendo com que o governo britânico adquirisse os direitos da patente para que ela pudesse ser empregada pela tripulação da Força Aérea Real. Esta caneta ganhou grande respeito e popularidade pelos militares britânicos durante a Segunda Guerra Mundial.

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Mas, a popularização das canetas esferográficas apenas começou em 1945, graças ao francês Marcel Bich, que desenvolveu um novo processo de fabricação das canetas, sendo capaz de produzir em larga escala e por um preço que agradava todos os consumidores. Marcel Bich deu o nome de “BIC” para sua invenção, sendo este uma abreviação de seu sobrenome. Devido ao sucesso da caneta e pela grande publicidade veiculada em todas as mídias, as canetas BIC constituiu um sucesso mundial, sendo utilizada até hoje por milhares de pessoas. Hoje a empresa fabrica milhares de canetas esferográficas todos os dias, fornecendo-as para todo o mundo.


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EVOLUçõES DA ESCRITA

1 3 2 4 Plumas

esferográfica

Feitas de penas de aves, principalmente gansos, elas apareceram no início da era Cristã. Foram muito usadas até o século XIX, gerando um rico comércio de penas em todo o mundo. Entre 1800 e 1830, a cidade de São Petersburgo, na Rússia, chegou a enviar mais de 27 milhões de penas por ano para a Inglaterra.

A idéia de usar na ponta da caneta uma pequena esfera de metal, molhada pela tinta que vem de um tubinho, surgiu no final do século XIX. Em meados da década de 40, Biro passou a patente para o francês Marcel Bich, criador da Bic, que, hoje, vende 10 milhões de canetas por dia em todo o planeta.

Caneta tinteiro

ponta porosa

O primeiro modelo comercial foi criado pelo americano Lewis Edson Waterman em 1884. No modelo de Waterman, a tinta era injetada no reservatório com um tipo de seringa. Os cartuchos descartáveis só começaram a ser vendidos em 1927.

O sistema atual, com ponta porosa feita de fibra sintética, foi apresentado pelo japonês Yukio Horie, em 1962. O produto foi aperfeiçoado e surgiu a Roller Ball, que unia o sistema da caneta de Horie com a esferográfica. Na Roller Ball, a tinta é absorvida por uma ponta porosa, que molha a parte traseira de uma pequena bolinha de metal.

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Marcador de Texto

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uja carga de tinta translúcida em cores vivas permite ler o trecho de texto que por ela tenha sido coberto, destacando-o visualmente dos demais.

Como usar? 1

Explique: Por que este texto é importante?

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Como posso aplicar este conhecimento em minha rotina?

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Se eu tiver que explicar para outra pessoa, como seria?

CURIOSIDADE A primeira caneta com ponta de feltro foi criada no Japão em 1962 por Yukio Horie. Mas foi somente na década de 1970 que vários fabricantes americanos tiveram a ideia de pegar essa mesma caneta e colocar nela tintas fluorescentes. Mais adiante, surgiu a ponta projetada para marcar linhas grossas, criando as marca-texto que conhecemos hoje.

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E qual é a melhor estratégia para memorizar este texto?

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Marcador de Segurança

outros tipos de marcadores

Que possui tinta invisível reagente à luz negra, usada para identificação de objetos sujeitos a roubo.

Marcador para Quadro Cuja tinta não é absorvida pela superfície na qual é aplicada e que, portanto, pode ser “apagada” posteriormente.

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Marcador Permanente Que utiliza tinta similar à do spray, resistente à água e aderente a quase todas as superfícies (desde papel e plástico a pedra e metal).

Marcador de Eleição Utilizado para marcar o dedo, assim evitando fraude eleitoral como voto duplo. A tinta é fotosensível e leva de uma a duas semanas para ser retirada completamente.

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Tipos de Pincel P

incéis artísticos são itens essenciais para artistas visuais, designers, estilistas e artesãos. Sua grande variedade de formatos, tamanhos, tipos de pelos não é à toa: cada um é específico para um efeito diferente. A seguir, tire suas dúvidas sobre esses aspectos e descubra quais pincéis você deve ter por perto para alcançar os resultados que você deseja.

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formatos dos pincéis artísticos

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formato é importante para o efeito que se pretende alcançar. O mais clássico é o pincel redondo, usado para trabalhar com precisão e deixando rastros de tinta da mesma espessura.

Já com o pincel chato é possível espalhar bem a tinta, cobrindo uma área maior. Outro formato interessante é o língua de gato, capaz de fazer pinceladas combinando o efeito do chato e do redondo em um único pincel. Há também o pincel leque, que arrasta a tinta de uma forma muito sutil, sendo bastante utilizado para criar folhagens. O trincha já um pincel bem largo, utilizado comumente em obras grandes. Por fim, os caligráficos são perfeitos para caligrafias e detalhes.

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Chatos Chato longo (Stroke) Chato curto (Short Bright) Quadrado (Bright) Plano (Flat) Língua de gato (Filbert) Chanfrado (Angular) Leque (Fan) Trincha (Paint brush) Trincha longa (Spalter) Pelenesa (Gilder’s Tip)

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Alguns Tipos de pincéis Redondos Redondo (Round) Redondo curto (Spotter) Redondo longo (Liner) Ponta chata (Showcard) Chanfrado (Striper) Pituá (Mop) Broxa ou Batedor (Stencil) Gafo (Pipe)


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Viajando no Mundo dos Pincéis

termo pincel refere-se a uma variedade de instrumentos manuais dotados de pelos, cerdas, fios ou outros filamentos de qualquer material, naturais ou sintéticos, fixados na extremidade de um cabo próprio, usados manualmente para limpeza, pintura, maquilhagem, além dos mais diversos usos. Preste a Atenção na hora de escolher um pincel procure sempre o melhor para cada tipo de tinta e superfície. Além de facilitar o trabalho, o resultado será compatível ao que o formato e fabricação do pincel oferecem.

Um pincel é composto dos seguintes componentes: o pelo/cerdas, a virola e o cabo com impressão.

O pelo é a parte mais importante do pincel. Dependendo do fim a que se destina, a qualidade e o preço, diversos tipos de pelos são empregados. Geralmente trata-se de pelo de origem animal, apesar que durante o último decênio o uso de fibras sintéticas aumentou muito. Não menosprezando os pelos sintéticos que mantém uma qualidade incrível igual aos de pelos naturais.

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dica Antes de utilizar um pincel pela primeira vez, mergulhe-o, durante cerca de oito horas, em óleo de linhaça ou em alternativa, em agua, para consolidar a fixação dos pelos. De seguida, lave-o com água e sabão.

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Outros Materiais 48


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borracha

E

xistem vários tipos de borracha, sendo umas melhores e outras não, claro que quem estácomeçando não pode investir tanto assim na compra de uma borracha profissional que custe R$12,00 cada. Mas é recomendado que se tenha mais de uma borracha, e de diferentes tipos para cada ocasião, por exemplo: Uma borracha macia que apaga com facilidade para as cenas em que você errar. Uma borracha ou fina ou uma lapiseira borracha para apagar áreas detalhadas. Uma borracha mais resistente e durável para apagar toda a página após a arte finalização, utilizando a primeira para apagar os restos de grafite que podem ter sobrado na folha após esse processo.

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Por que a borracha apaga o lápis? A borracha é produzida a partir da mistura de material plástico que possui característica borrachosa e carga mineral abrasiva. A ação de friccionar a borracha sobre o papel com o objetivo de apagar as marcas do grafite, temos a ação combinada do material abrasivo que irá remover a superfície do papel juntamente com o grafite em pequenas partículas, entretanto este resíduo poderá se espalhar sobre o papel sujando-o mais ainda. Assim o material plástico envolverá todo o resíduo formado deixando tudo limpo e pronto para se reescrever a história!


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U

ma tesoura é um objecto utilizado para cortar materiais de pouca espessura e que não requeram grande força de corte, como por exemplo papel, cartão, tecidos, arames, cabelo ou unhas, entre outros. A tesoura é constituida por duas lâminas, articuladas numa charneira. As lâminas, que podem ou não ser muito afiadas, cortam

tesoura o material em questão através

da acção de forças mecânicas cisalhantes, aplicadas segundo um princípio de alavanca. Assim, serão tanto mais eficazes quanto mais próximo o objecto a cortar estiver da sua articulação. Hoje em dia, existem muitos tipos de tesoura, especializados em várias aplicações, adaptados para o uso de canhotos ou ambidestras.

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A

régua

origem da palavra régua é francesa (règle) e significa “lei ou regra”. Trata-se de um instrumento cuja primeira idéia que nos impõe é a do traçado reto e de medida. A régua é um instrumento utilizado em geometria para traçar segmentos de reta e medir pequenas distâncias. A ferramenta também é utilizada em técnicas de impressão e desenho. Seu uso em Engenharia é freqüente e essencial.

Existem vários tipos de régua e as mais comuns são: régua de madeira, de plástico ou de metal. Seu modelo de escala geralmente é feito em centímetro e milímetro. Na geometria, uma régua sem marcas sobre ela só pode ser utilizada para desenhar linhas retas entre os pontos. Não pode ser utilizado para medição. A régua também é usada pra ajudar a desenhar gráficos precsos em álgebra e em soluções matemáticas.

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dicas

conservar

Quando utilizar uma régua, certifique-se de colocá-la e segurá-la firmemente no papel ou outro suporte, como numa parede. Mantenha-a sempre em linha reta, seja na horizontal ou na vertical. Para validar suas medições, você pode sempre medir em centímetros e polegadas e dividir a medição métrica por 2,54. Se a medição que você fez for precisa, o quociente dessa divisão será igual ao número de polegadas que você mediu.

Evite que a régua caia ou a escala fique em contato com ferramentas comuns de trabalho que possam danificá-la. Evite riscos ou entalhes que possam prejudicar a leitura da graduação. Não flexione a régua. Isso poderá empená-la ou quebrá-la. Não utilize a régua para bater em outros objetos. Limpe sua régua após o uso, removendo a sujeira.


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es ca las medição Cada régua tem dois lados, cada um representando uma escala de medição. De um lado, você encontrará o sistema métrico para a marcação de comprimento e do outro a escala inglesa. A escala métrica mede comprimento ou distância em milímetros e centímetros enquanto a escala inglesa usa polegadas e pés.

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inglesa O outro lado da régua mede o comprimento em pés e polegadas e esta é a escala de medida utilizada nos E.U.A. Um pé equivale a 12 polegadas e entre cada polegada na régua há marcações menores em conjuntos de oito. Essas são referidas como oitavos de uma polegada. Seguindo as mesmas instruções do passo dois, você pode descobrir a distância em polegadas e oitavos de polegadas. Usando os mesmos dois pontos do exemplo acima, o comprimento será de 1 e 2 / 8 ou um e dois oitavos de uma polegada.

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métrica Uma régua padrão tem normalmente cerca de um pé de comprimento, ou em termos métricos, cerca de 30 centímetros. Você perceberá que a régua é marcada com linhas que são designados com números de 1 a 30 e entre cada conjunto de números, existem pequenas linhas que indicam o número de milímetros. Dez milímetros ou mm são iguais a 1 centímetro ou cm, um metro equivale a cem centímetros e assim por diante. Para medir o comprimento entre dois pontos em um papel ou outro suporte, coloque a régua com a primeira linha de centímetro (que pode ser mar-

cado como zero) no primeiro ponto. Marque o número em que o segundo ponto no papel corresponde aos centímetros lidos na régua. Por exemplo, com um ponto colocado sobre o zero e o segundo ponto mercando 3. Neste caso, a distância em centímetros entre os dois pontos é de 3 centímetros. Se o ponto está além do 3 mas antes do 4, conte as pequenas linhas que mostram os milímetros e conte o número de linhas onde o ponto está, digamos na 5ª linha pequena, neste caso a distância entre os dois pontos é de 3,5 centímetros ou 35mm.


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https://renatoalves.com.br/ blog/como-usar-uma-caneta-marca-texto/

bibliografia

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A Arte no Material

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Manoel Coelho

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A Arte no Material

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Manoel Coelho

O guia perfeito e prático para a melhor compreensão e utilização do material do nosso cotidiano. Normalmente, não percebemos o quanto importante esses utensílios são em nossas vidas, até que algum deles falte ou não seja funcional para determinadas atividades, na Arte no Material, você, caro leitor irá identificar o momento certo de usar esses belíssimos instrumentos, irá conhecer suas finalidades, além de muitas curiosidades. Usar uma caneta ou um lápis, por exemplo, deixarão de ser apenas objetos rotineiros para serem equipamentos para novos projetos e ideias.

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