Chocolate Da natureza a arte
Willy Wonka
CHOCOLATE Da natureza a arte
CHOCOLATE Da natureza a arte Willy Wonka
Copyright © 2018 Todos os direitos reservados Não é pemitida a reprodução total ou parcial desta obra, por quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito do autor. Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Coordenação Editorial: Prof. Sergio Xavier Coordenação de Fotografia: Prof. Alle Vidal Capa, projeto gráfico, diagramação e revisão João Vitor Cardoso Martins Luana Souza Neves Lucas Soares da Costa Carneiro Yohan Clark Oliveira Dias Vitor Pereira Araújo Freitas Guilherme Araujo Gomes Projeto Acadêmico da Disciplina Projeto Interdisciplinar Impresso IBMR – Centro Universitário Título: (Chocolate: da natureza a arte) Edição: 1 Local: RJ / Rio de Janeiro 2018 Impresso no Brasil Letras e Versos Grafica e Editora Ltda
Sumário Capítulo 1 -
Origem do chocolate
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Capítulo 2 -
Chocolate no Brasil
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Capítulo 3 -
Tipos de Chocolate
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Capítulo 4 -
Benefícios do chocolate
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Capítulo 5 -
Arte com Chocolate
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CapĂtulo 1 Origem do Chocolate
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O cacaueiro, de nome científico Theobroma cacao, é uma planta nativa de uma região que vai do México, passando pela América Central, até à região tropical da América do Sul, que vem sendo cultivada desde há pelo menos três mil anos na região. Os primeiros registros de seu uso datam do período olmeca. No entanto, existem evidências que indicam cultivo anterior a esse período. Desde a sua domesticação, o cacau é usado como bebida e, depois, como ingrediente para alimentos. Durante a civilização maia, era cultivado e, a partir de suas sementes, era feita uma bebida amarga chamada xocoatl, geralmente temperada com baunilha e pimenta. O xocoatl, acreditava-se, combatia o cansaço, além de ser afrodisíaco.
Alguns dos vestígios mais antigos de uma plantação de cacau foram datados de 1100 a 1 400 a.C., tendo sido encontrados em Puerto Escondido, localidade do Departamento de Cortés, em Honduras. Pelo tipo de recipientes encontrados e pela análise de seu conteúdo, concluiu-se que eram usados para produzir uma bebida alcoólica pela fermentação dos açúcares contidos na polpa que envolve os grãos, bebida essa que continua a ser feita até hoje em partes da América Latina. Resíduos de chocolate encontrados numa peça de cerâmica maia de Río Azul, na Guatemala, sugerem que já era utilizado como bebida por volta do ano 400 d.C. Documentos maias e astecas relatam que o chocolate era usado tanto para fins cerimoniais como no cotidiano, sendo, no entanto, consumido apenas pela elite.
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Foi no golfo de Honduras que Cristóvão Colombo, em sua quarta viagem (1502), abordou algumas grandes canoas maias carregadas de panos de algodão, armas, utensílios de cobre e amêndoas de cacau que, segundo o navegador, “eles pareciam ter em grande apreço”. Contudo, somente com a conquista do império Asteca por Hernán Cortés em 1519 que os espanhóis descobriram sua utilização. Os indígenas o tomavam na forma de uma bebida fria, sem nenhum adoçante e, naturalmente, sem leite, o que a tornava desagradável ao paladar europeu, que a consideravam muito amarga. A adição de açúcar de cana, canela e anis a fizeram mais apetecível e ela passou a integrar a dieta criolla tornando-se cada vez mais apreciada.
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Quando Cortés retornou para a Espanha em 1526, deve ter levado diversas amêndoas que foram consumidas fora do continente americano pela primeira vez. O primeiro carregamento comercial ocorreu em 1585 a partir de Veracruz para Sevilha. Por quase 100 anos, o preparo da bebida permaneceu como um segredo espanhol, e apenas a aristocracia local tinha acesso ao caro produto, até que foi finalmente introduzido na Itália em 1606 e, a partir daí, na França. Logo a bebida se tornaria popular e as “casas de chocolate” se espalharam por toda a Europa. Nos séculos XVII e XVIII o chocolate foi considerado tanto um alimento como um auxiliar da digestão. Por longo período, os espanhóis cultivaram cacau na América Central usando escravos africanos.
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Com o passar do tempo a demanda cresceu e já não era mais suficiente a produção do México. Ainda no século XVII, os exportadores espanhóis passaram a introduzir sementes na região de Guayaquil, no Equador, e principalmente na Venezuela. Aí, com a farta mão-de-obra escrava, foi desenvolvido cacau de Caracas, reconhecido por sua qualidade, que era exportado oficialmente pela Compañía Guipuzcoana. Paralelamente a este comércio oficial, o contrabando holandês era fonte de divisas para o porto de Amsterdã. A receita também se reproduzia nas ilhas do Caribe, em Trinidad e São Domingos. Além desses estava começando a ser produzido também pelos portugueses no Pará, com exportações para Hamburgo.
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Durante o século XVII o chocolate, consumido inicialmente apenas como bebida, passou a ser usado também em forma de doces. Tornou-se uma iguaria apreciada pela nobreza europeia. Na Inglaterra, a primeira chocolataria foi inaugurada em Londres, em 1657. As “casas de chocolate” britânicas eram idênticas às já florescentes “casas de café”. Essas eram, muitas vezes, cena de jogos, intrigas políticas e distração, tanto que uma casa de chocolate (a White’s) foi um dos cenário da série de pinturas “Rake’s Progress” de Hogarth.
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Com o aumento do consumo e pelo grande valor do produto, logo a França, Inglaterra e Holanda estavam cultivando cacau nas suas colônias caribenhas e depois em outros lugares do mundo. Com o aumento da produção os preços caíram e a bebida tornou-se ainda mais popular. A produção inglesa se iniciou após a tomada da Jamaica em 1655, tendo o cacau passado a chegar regularmente e a um custo menor aos cafés londrinos.
Quatro anos depois um jornal da cidade publicava a propaganda de um comerciante: “O chocolate, uma excelente bebida das Índias Ocidentais vendida em Queen’s - Headelley... é muito apreciado por suas excelentes qualidades. Ele cura e protege o corpo contra muitas doenças, como se lê no livro que também está à venda”.
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Apesar de ter sua origem no continente americano, a produção e o consumo de chocolate no Brasil foi introduzido pela colonização dos europeus que já haviam aprimorado suas formas de produção e consumo. A cultura cacaueira foi introduzida no Brasil no século XVII pelos portugueses, sendo um importante produto da Amazônia Portuguesa. A partir do Brasil levaram-na também a Guiné, de onde ele iria-se difundir para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde para o Sudeste asiático e para a Oceania.O cultivo brasileiro em larga escala teve início no século XIX, na região de Ilhéus, no sul da Bahia. As condições climáticas adequadas fizeram com que o país liderasse a produção mundial de cacau no período entre 1905 e 1910.
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CapĂtulo 2 Chocolate no Brasil
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Apesar de ter sua origem no continente americano, a produção e o consumo de chocolate no Brasil foi introduzido pela colonização dos europeus que já haviam aprimorado suas formas de produção e consumo. A cultura cacaueira foi introduzida no Brasil no século XVII pelos portugueses, sendo um importante produto da Amazônia Portuguesa. A partir do Brasil levaram-na também a Guiné, de onde ele iria-se difundir para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde para o Sudeste asiático e para a Oceania.O cultivo brasileiro em larga escala teve início no século XIX, na região de Ilhéus, no sul da Bahia.
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As condições climáticas adequadas fizeram com que o país liderasse a produção mundial de cacau no período entre 1905 e 1910. Em 1993 a produção mundial de cacau in natura era de 2,5 milhões de toneladas (duas mil vezes maior que o tesouro de Montezuma), procedentes em 75% de cinco países: Costa do Marfim (840 000 toneladas), Brasil (300 000), Indonésia (280 000), Gana (240 000) e Malásia (195 000). Na safra internacional de 2000/2001 em função da existência de pragas nas cultura, especialmente a vassoura-de-bruxa o Brasil passou a ocupar o 5º lugar, com uma
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produção de 150 000 toneladas. Somente a partir da segunda metade do século XIX algumas fábricas foram instaladas no Brasil. Em Porto Alegre os irmãos imigrantes alemães Franz e Max Neugebauer, juntamente com o sócio Fritz Gerhardt, fundaram a empresa Neugebauer Irmãos & Gerhardt em 1891, a qual é atualmente a mais antiga fábrica brasileira de chocolate. Em 2008, a Nestlé, a Kraft e a Garoto detinham 90% do mercado brasileiro, enquanto a Mars conta com 3% e o restante do mercado é tomado por centenas de companhias regionais.
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A Kraft Foods é a segunda maior fabricante de chocolates do Brasil, com 35,8% das vendas em 2009, segundo a Nielsen, atrás apenas da Nestlé e de sua controlada, a Garoto, que têm 22,5% e 22% do mercado, respectivamente. Além dessas existem outras marcas, são 21 redes que trabalham com chocolate e buscam expansão através de franchising. Atualmente o Brasil é o quarto produtor mundial de chocolate. Um teste realizado pela PRO Teste, em novembro de 2010, com algumas marcas brasileiras de chocolate ao leite revela que o chocolate produzido no Brasil possui boa higiene e qualidade nutricional, além de bom sabor. No entanto, a organização reivindica das autoridades que regras mais claras sejam definidas para garantir a qualidade e a identidade dos chocolates, tendo em conta a quantidade elevada de sacarose detetada
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No ano de 1746 é que se tem registro da primeira plantação de cacau no estado da Bahia. As sementes foram trazidas do Pará pelo colonizador Antonio Dias Ribeiro. Em 1752, o cacau chegou a cidade de Ilhéus, tornando-se o principal polo de cacau da Bahia e com o maior porto exportador do país. Quase toda a safra era exportada, porque não se tinha o costume de consumir o fruto e seus derivados no Brasil. As primeiras fabricações nacionais só surgiram na virada do século XX, sendo este período o auge da produção de cacau no Brasil. Até meados de 1920 o Brasil ocupou o título de maior produtor mundial de cacau. Neste mesmo período, a região sul da Bahia assistiu a uma guerra entre os fazendeiros.
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Onde se via poderosos coronéis descendentes dos primeiros desbravadores da agricultura do cacau, que não mediam esforços, tão pouco violência para avançar seus negócios pela apropriação de plantações pertencentes a agricultores mais humildes. Atualmente o sul da Bahia produz 95% do cacau brasileiro, deixando o Espírito Santo e a Amazônia com o restante de toda a produção nacional. Hoje o Brasil é o 5° maior produtor de cacau no mundo. A grande parte da produção vem do oeste da África, onde se produzem 65% do cacau no mundo. A produção do cacau aumentou nos últimos 50 anos, de 800 mil toneladas por ano para três milhões de toneladas.
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CapĂtulo 3 Tipos de chocolate
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Chocolate amargo Chocolate amargo (também chamado de chocolate preto ou puro) é um tipo de chocolate feito com os grãos de cacau torrados sem adição de leite, e algumas versões permitem a sua utilização como base para sobremesas, bolos e bolachas. Deve-se usar um mínimo de 35% de cacau, segundo as normas europeias. Tem como característica possuir pouco açúcar. É rico em triptofano. Conta com pelo menos 70% de pó de cacau em sua composição. Este alimento não possui leite, e tem menos açúcar. e gorduras. Quando consumido em quantidades moderadas, até 30 gramas por dia, pode proporcionar diversos benefícios para a saúde.
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Chocolate ao leite O chocolate ao leite, portanto, é uma preparação que leva massa de cacau – em proporções menores a 50% da composição da receita – manteiga, leite (em pó ou natural) e açúcar. Essa mistura garante a esse tipo de chocolate uma coloração marrom mais clara, textura cremosa e um sabor mais adocicado, que agrada boa parte dos paladares. No aspecto nutricional, o chocolate ao leite é uma receita com maior teor de gordura e açúcar, ingredientes necessários para produzir seu sabor e características visuais. O menor teor de cacau pode influenciar na também menor concentração de nutrientes e fitoquímicos – compostos antioxidantes que combatem os radicais livres – que são benéficos para a nossa saúde. O chocolate ao leite, portanto, é uma preparação que leva massa de cacau – em proporções menores a 50% da composição da receita – manteiga, leite (em pó ou natural) e açúcar.
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Chocolate Branco A afirmação “chocolate branco não é chocolate” está correta ou não? Sim, como esperado, o chocolate branco não é chocolate, ele apenas leva esse nome de forma comercial. O que você considera chocolate? A maioria das pessoas, incluindo especialistas no assunto, consideram o chocolate aquilo que contém cacau em sua receita. Nesse processo, o cacau é prensado e divido em apenas duas partes: A massa do cacau e a gordura (manteiga de cacau). Com a parte sólida, é feito o nosso amado chocolate original, popularmente conhecido como “chocolate preto”. Já o chocolate branco não possui o cacau sólido, somente a gordura da fruta, o chocolate branco tecnicamente não é um chocolate porque a gordura do cacau é na verdade outro doce.
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Formatos de chocolate Quanto ao formato, o chocolate pode ser comercializado em barras, gotas, bombons e em outras versões mais peculiares, como na forma de ovos e línguas de gatos. Além disso pode apresentar os mais diversos ingredientes para recheios como amendoim, amêndoa, avelã, castanha-do-pará, nozes, castanha de caju, frutas secas, caramelo, biscoito, frutas cristalizadas, manteiga, nata, etc. Os bombons apresentam uma grande variedade de tipos de recheios. Os principais são: “Boiling” (ou fervidos, que incluem o caramelo, ou butterscotch, e o fudge), “Fondants”, “Croquant” (ou crocantes”), “Gianduia”, “Marzipã”, “Pralinê”, “Nougat”, “Trufas”, “Palets” e “Ganache”.
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CapĂtulo 4 BenefĂcios do chocolate
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O assunto “Chocolate” sempre está na nossa boca, afinal é uma delícia! Agora na época de Páscoa, então, é o assunto do momento. Todo mundo, influenciado muitas vezes pela mídia, sempre está comentando sobre os efeitos obtidos pelo chocolate. Mesmo sem saber se é mito ou não, falam que comer chocolate engorda, causa espinhas, entre outras desvantagens, mas nunca falam dos seus inúmeros benefícios. Este post é dedicado às mil e uma vantagens oferecidas pelo saboroso chocolate, além de desvendar algumas verdades e mentiras sobre ele
Auxiliar da musculação: VERDADE
Muitos atletas de academias substituem seus shakes e suplementos por uma barra de chocolate amargo. Nele, contém uma substância chamada epicatequina, cuja oferece mais desempenho para a prática de exercícios físicos, com mais resistência a fatiga e maiores benefícios cardiovasculares.
Antioxidantes: VERDADE
Nas embalagens dos chocolates, a quantidade de antioxidantes contidos é revelada. O ideal para a saúde é que este contenha 80% de cacau na sua composição. Tais alimentos antioxidantes são capazes de neutralizar os chamados radicais livres do corpo, gerados naturalmente e aumentados com estresse, sol, entre outros. Podem dar origem a doenças, problemas cardiovasculares e também neurológicos. Não é gostoso saber que quanto mais estressado você estiver, mais chocolate você pode comer?
Ajuda os fumantes: VERDADE
Como o chocolate ajuda na produção de antioxidantes, os fumantes se beneficiam mais dessas ajudas, pois os mesmos têm mais radicais livres em seus corpos, logo a catequina e a epicatequina absorvem mais dessas partículas danosas e ajudam a diminuir os efeitos maléficos do cigarro. Entre um cigarro e outro, o cientista Pasquale Pignatelli, da Universidade de Sapienza, recomenda que os fumantes consumam de 20 a 40 gramas de chocolate amargo (mais de 70% de concentração de cacau) ao dia.
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Causa espinhas: MITO
Não coloque de forma alguma a culpa das espinhas no chocolate, afinal isso nunca foi comprovado e ainda é uma incógnita para a medicina. De uma coisa temos certeza: o excesso de chocolate assim como o excesso de qualquer outro alimento prejudica o corpo de alguma forma, logo, o chocolate pode dar espinhas também, mas isso não é cientificamente comprovado.
Causa enxaqueca: MITO Algumas pessoas acusam uma dor de cabeça a um chocolate que elas tenham comido, porém estudos recentes não relacionam isso ao consumo dessa guloseima. Apesar de nada ter sido provado, alguns componentes do alimento como a cafeína, gorduras e feniletilamina podem causar aumento da enxaqueca em pessoas mais sensíveis. Colaboram para o aumento, não para a origem.
TPM: VERDADE
Na TPM, as mulheres mudam de humor pelo desconforto de dores e má sensações. Ao comer chocolate, há a liberação de serotonina, hormônio responsável pela sensação de bem estar. Santo e delicioso remédio!
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Causa dependência: MITO
É possível? Sim. É normal, hoje em dia, as pessoas se viciarem literalmente no chocolate, pois nele contém substâncias estimulantes e antidepressivas como afenietilamina, serotonina e cafeína. Para esses casos, o chocolate amargo é o mais recomendado, pois não traz riscos caso for consumido exageradamente. Essa dependência não é prejudicial à saúde caso ocorra seu corte, somente para o lado emocional mesmo, mas mesmo assim é apelidada de “vício” pelas pessoas. Contudo, não é cientificamente comprovado que o consumo de chocolate vicia.
É saudável: VERDADE
Chocolate é muito saudável e pode ser consumido sem dó. O amargo é a opção mais recomendada pois é rico em antioxidantes, flavonoides, reduz a oxidação de LDL e evita o depósito de colesterol ruim nas artérias.
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Afrodisíaco: MITO
Perante a ciência, é um mito, mas todos nós sabemos que ao consumirmos chocolate, temos sensações de bem-estar, logo não está muito distante de ser afrodisíaco, não? A produção de hormônios se altera, podendo causar estímulos diferentes do comum no organismo.
Prazer: VERDADE
O chocolate causa a “produção” de Felicidade! Coma chocolate sem medo.
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Bem dosado e do tipo certo, o chocolate pode até ajudar a emagrecer. “O melhor é o amargo, que tem maiores quantidades de cacau e, por isso, mais benefícios”, explica a nutróloga Sylvana Braga, especialista em prática ortomolecular, em São Paulo. A quantidade não deve ultrapassar 30 gramas por dia - o equivalente a uma barra pequena ou dois bombons. Ao utilizá-lo no preparo de ovos, trufas, bolos e outros doces, é preciso uma atenção maior: além de aumentar o número de gorduras e calorias da sobremesa, o chocolate pode perder os nutrientes quando muito aquecido. Confira a seguir sete motivos para manter essa delícia no cardápio.
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Protege de derrames
Segundo a nutróloga Sylvana, o cacau é rico em antioxidantes que reduzem a inflamação nas artérias e a aderência do colesterol à parede dos vasos, prevenindo a formação de trombos na corrente sanguínea e, consequentemente, o AVC (acidente vascular encefálico). Um estudo realizado pelo Karolinska Institutet, na Suécia, confirma esse benefício. Eles descobriram que as mulheres que comiam aproximadamente duas barras de chocolate por semana - aproximadamente 60 gramas - estavam até 20% mais protegidas contra derrames em comparação com aquelas que nunca comiam o doce.
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Ajuda a emagrecer
O chocolate pode ajudar a emagrecer - desde que inserido dentro de uma alimentação balanceada. Segundo Sylvana Braga, o doce é rico em cafeína, que acelera o metabolismo e ajuda a queimar calorias, mas é preciso ingerir a versão amarga, com muito cacau. A diminuição do estresse e da ansiedade e o aumento da saciedade também são benefícios que podem contribuir para
eliminar mais rápido os quilos extras. Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia (EUA) encontrou resultados parecidos: pessoas saudáveis que praticavam exercícios físicos e comiam chocolate regularmente (duas vezes por semana) tendiam a ter menor índice de massa corpórea (IMC) do que aquelas que se exercitavam e comiam chocolate com menos frequência.
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Melhora o raciocinio
Sylvana Braga explica que a cafeína presente no chocolate pode estimular a memória, a atenção, a concentração e o desempenho mental em geral. Após acompanhar dois grupos na solução de equações, especialistas da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, notaram maior agilidade e número de acertos entre as pessoas que consumiram 500mg de flavonoides, substâncias encontradas no chocolate amargo e meio amargo (a versão ao leite também oferece flavonoides, mas em quantidade bem menor).
Controla o colesterol
A nutricionista Raquel explica que o consumo de chocolate amargo - rico em cacau e flavonoides - pode auxiliar na diminuição do colesterol total e do colesterol LDL (o colesterol ruim). Os antioxidantes diminuem a inflamação e o acúmulo de gordura nos vasos.
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Antienvelhecimento
Raquel Maranhão conta que, por ser rico em antioxidantes, vitaminas A e do complexo B, o chocolate ajuda a neutralizar os radicais livres do organismo que, quando elevados, podem provocar danos celulares relacionados ao processo de envelhecimento. É por isso que o doce também é usado em cosméticos com efeito regenerador, antirrugas e antienvelhecimento.
Promove bem-estar
Sylvana Braga explica que o chocolate libera endorfinas que melhoram o humor e a ansiedade e ainda combatem a depressão e o desânimo. Além disso, ele fornece energia, melhorando a disposição para as atividades diárias, e concentra outras substâncias, como triptofano, teobromina, feniletilamina, fenilalanina e tirosina, que reforçam a sensação de bem-estar. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisas Nestlé, em Lausanne, na Suíça, investigou a relação entre o consumo diário de chocolate e o nível do hormônio cortisol, responsável pelo estresse. Os cientistas observaram que o nível de cortisol baixou consideravelmente em todos os participantes que consumiam o doce, chegando a 40% de redução naqueles que sofriam com a ansiedade. 49
CapĂtulo 5 Arte com chocolate
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O chocolate com certeza é um doce maravilhoso que fica, dia e noite, na imaginação de muita gente,que tem o poder de deixar todo mundo apaixonado por ele, que dá um prazer indescritível mesmo com um mínimo pedaço na boca. É difícil achar quem não goste dele e, desde que surgiu pela primeira vez, é um dos alimentos mais “viciantes” do mundo. O chocolate sólido surgiu na Europa, em 1800. Porém, antes mesmo dos confeiteiros euroupeus sequer pensarem em dar essa forma ao doce, as civilizações da Mesoamérica já vinham cultivando o grão e consumindo dele uma bebida condimentada e amarga por milhares de anos. Esta bebida tornou-se popular na Europa também antes do chocolate m barra que conhecemos hoje ter sido concebido. Os confeiteiros queriam transformar aquela bebida quente em algo sólido. Desde então, artistas criam verdadeiras obras de arte com esse alimento que, além do estômago, consome também a visão de quem o observa.
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Festividades No mundo todo, o chocolate aparece como tradição em festividades populares: Páscoa, dia das Mães, dia dos Namorados, Chanucá, Natal, dia das bruxas, dia dos Mortos, entre outros. Na Páscoa, é presenteado em formato de ovos de Páscoa recheados com pequenos brinquedos ou com doces variados, sendo um dos símbolos da data.O uso desse símbolo na festa cristã aconteceu após o Primeiro Concílio de Niceia, em 325. Neste período, foi feita a adaptação de algumas antigas tradições e símbolos religiosos a outros eventos. Com isso, surgiram ovos com a pintura imagens de Jesus Cristo e Maria. Já no período medieval, nobres e reis costumavam comemorar a Páscoa presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas, tradição que foi modificada até o ovo de chocolate.
Por sua vez, a tradição de presentear namorados com chocolate deve ter surgido com a princesa Maria Teresa da Espanha, pois quando a mesma tornou-se a noiva do rei Luís XIV de França, enviou-lhe chocolate de presente em uma cesta em forma de coração. Assim surgiu o costume dos namorados se presentearem com chocolate.
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Outros usos em festividades ao redor do mundo podem ser citados: os mexicanos usam chocolate uso hoje como oferenda, no Dia dos Mortos, na forma da Mole, que entre outros ingredientes, pode ser feito com pimenta e chocolate. Por sua vez, na comemoração do Chanucá, os judeus presenteiam as crianças com chocolate em forma de moedas embrulhados em papel. Nos Estados Unidos, o dia das bruxas ou Halloween (em inglês) é o segundo maior evento em faturamento do mercado de chocolates, perdendo somente para o Natal. Mundialmente, o dia do chocolate é celebrado no dia 7 de julho.
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Filmes e Livros O chocolate é tema central de diversos livros famosos e suas versões cinematográficas. Em 1964, Roald Dahl publicou um livro infantil intitulado “Charlie and the Chocolate Factory” (“A Fantástica Fábrica de Chocolate”; pt: “Charlie e a fábrica de chocolate”). A história gira em torno de um menino pobre chamado Charlie que é convidado a visitar a maior fábrica de chocolates do mundo, propriedade de Willy Wonka. Duas adaptações do livro foram feitas para as telas de cinema: Willy Wonka and the Chocolate Factory (A fantástica fábrica de chocolate) , filme norte-americano de 1971 dirigido por Mel Stuart e tendo Gene Wilder como Willy Wonka; e Charlie and the Chocolate Factory (A Fantástica Fábrica de Chocolate), também norte-americano do ano de 2005 dirigido por Tim Burton e tendo Johnny Depp como protagonista.
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Outros filmes também têm o doce como tema central ou como auxiliar da trama. Chocolat (pt-br/pt: Chocolate), um filme norte-americano de 2000, dirigido por Lasse Hallström tendo como protagonistas Juliette Binoche, Judi Dench e Alfred Molina. O filme relata a história de uma mãe solteira e sua filha de seis anos que mudam-se para uma cidade rural francesa onde abrem uma loja de chocolates em frente à igreja, o que atrai a certeza da população de que o negócio não terá sucesso. Porém, aos poucos consegue persuadir os moradores da cidade a desfrutar seus deliciosos produtos.O filme é uma adaptação de Chocolat um livro de 1999 escrito por Joanne Harris. Além desses existe um grande número de livros, sejam ficção, enciclopédias, técnicos, receitas, entre outros. Em telenovelas há Chocolate com Pimenta, escrita por Walcyr Carrasco, com colaboração de Thelma Guedes e dirigida por Jorge Fernando, produção brasileira exibida nacionalmente no horário das 18 horas pela Rede Globo entre 8 de setembro de 2003 e 8 de maio de 2004, em 209 capítulos. 56
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Além disso, alguns artistas especializados em arte com alimentos produzem diversas esculturas nos mais distintos formatos feitas com chocolate. Caveiras, flores, joysticks, peças de dominó, lego, ferramentas e até bustos de atores famosos são alguns exemplos dessas deliciosas obras que quase dão pena de comer. Em 2006 um confeiteiro chamado Alain Robe entrou para o Guiness book por ter feito um edifício inteiramente de chocolate. A escultura tem aproximadamente sete metros de altura. Também foi feito uma escultura em tamanho real de Jesus Cristo pelo escultor Cosimo Cavallero parar um projeto de exposição chamado “my sweet lord”, que foi cancelada posteriormente devido a protestos de religiosos católicos.
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Bibliografia https://pt.wikipedia.org/wiki/Chocolate https://www.megacurioso.com.br/culinaria/46825-13-obras-de-arte-feitas-com-chocolate-para-encantar-os-olhos-e-o-estomago.htm http://jjdourado.blogspot.com/2009/11/coisa-feitas-de-chocolate.html https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/culinaria/historia-do-chocolate-no-brasil-e-no-mundo/48619 https://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/14969-conheca-sete-beneficios-do-chocolate-para-a-saude http://www.hospitalviladaserra.com.br/os-incriveis-beneficios-do-chocolate-2/
Chocolate - Da natureza a arte , narra as os origens e a história da
iguaria mais versátil e apreciada no mundo, traz detalhes sobre o cultivo do cacau e a produção do chocolate e revela quais são as diferenças entre os diversos tipos existentes, como amargo, ao leite, branco. Falando também de curiosidades , benefícios e criações artisticas feitas com a iguaria.