ENTREVISTA OPINIÃO
MIGUEL REBELO DE SOUSA DIRETOR EXECUTIVO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS EMPRESAS FERROVIÁRIAS
Transporte ferroviário de mercadorias tem (quase) todas as condições para crescer Em entrevista à Revista APAT, Miguel Rebelo de Sousa, diretor executivo da Associação Portuguesa das Empresas Ferroviárias (APEF), fala do momento do setor do transporte ferroviário de mercadorias, do impulso que poderá representar a entrada de novos players e das perspetivas otimistas para o desenvolvimento da atividade. Pelo meio deixa alguns recados, desde logo, sobre a necessidade de garantir a sã concorrência entre modos. APAT – A APEF escreveu, em março, aos ministros das Infraestruturas e Habitação, da Economia e do Ambiente e da Transição Energética a manifestar a sua preocupação pelo impacto da subida dos custos energéticos no transporte ferroviário de mercadorias. Chegaram a receber respostas?
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Miguel Rebelo de Sousa - Aguardamos a transição entre governos, para restabelecer o contacto com os diferentes membros do Governo. A subida de custos que tem ocorrido nos últimos meses é uma grande preocupação de todos. É preciso compreender que a subida de custos faz-se sentir de
uma forma muito imediata e os operadores têm menos flexibilidade para alterar preços junto dos seus clientes, dado que não é possível acomodarem uma subida tão grande de custos. Para além disso, a subida do custo do transporte será mais um contributo para uma aceleração da subida generalizada dos preços, o que