Tribuna Cidade Nova Ed68

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Ano VI - Edição N. 68 - Belo Horizonte, 29 agosto a 21 de setembro, de 2013

Opinião Editorial: Novos Tempos.....................................................................................................................................Página 2

Invasão interminável na JCS Arquivo/Trib

I

nvasão e ocupação irregular de imóvel na Avenida José Cân‐ dido da Silveira, ao lado do Parque da Matinha, que se arrasta há mais de sete anos, podem estar chegando ao fim. Pelo lajão da JCS já passaram dezenas de pessoas e, recentemente, qua‐ tro famílias, com crianças pequenas, que foram retiradas atra‐ vés de ação social da Prefeitura, depois de seis anos de insistentes apelos da comunidade dos bairros Cidade Nova e União, que realizaram inúmeras gestões junto ao Poder Público e audiências públicas na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Agora a Administração Regional Nordeste de Belo Horizonte promete, para breve, uma definição para o problema: retirada de novos invasores e a derrubada definitiva do lajão, acabando com este embrião de favela na região, em ambiente que não oferece o mínimo necessário para a convivência humana, principalmente de crianças. Saiba também como e porque a Regional estabeleceu um Termo de Ajustamento e Conduta – TAC – com o proprietário do Posto da Mata. Detalhes na página 3

Comunidade denuncia vazamento de combustível dos tanques do Posto da Mata, que assinou Termo de Ajustamento e Conduta (TAC), com a PBH, para cessão de espaço para prosseguimento de rua

Comemorações dos 34 da anistia política As manifestações que Foto: Imprensa/GMG

poucos entenderam Página 2 Foto: Fernando Frazão-ABr220613

Betinho Duarte, juntamente com Liza Prado e representantes de diversos segmentos, estiveram (foto) em audiência com o gover‐ nador de Minas, Antônio Anasta‐ sia, para parabenizá‐lo pela sanção da lei que criou a Comissão da Verdade em Minas Gerais, e suge‐ rir nomes para sua composição. O governador, muito atencioso, pro‐ meteu ouvir a sociedade civil. Na oportunidade Betinho presenteou Anastasia com dois presentes: uma caixinha de música clássica,

de Viena, e o livro Rádio Liberta‐ dora, a Voz de Carlos Marighela. Betinho Duarte é um dos nomes que poderão compor a Co‐ missão da Verdade em Minas Ge‐ rais, tanto é que várias entidades e expressivas lideranças estão suge‐ rindo sua indicação, a exemplo do vereador Leonardo Mattos, que fez uma representação da Câmara Municipal de BH, o jornal Tribuna e muitos outros que acompanham a trajetória de lutas do ex‐vereador Manifestações não acabaram em pizza, mas quase acabaram em pajelança Betinho Duarte. Foto: Imprensa CMBH

Foto: MorgueFile

Vale a Pena Conferir Página 8

Aposentadoria Especial Página 4

Wanderley, Gente Nossa Cães e crianças, tudo a ver Página 7

Página 4


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Belo Horizonte, 29 de agosto a 21 de Setembro, 2013 - Edição N. 68

Novos Tempos

O

Grupo TribunaBH, que desde julho de 2007 publica o jornal Tribuna da Cidade Nova, vai dar novo passo em sua trajetória jornalística. Está finali‐ zando projeto editorial ousado e mo‐ derno, para brindar a região que mais cresce em Belo Horizonte e Minas Gerais, o Vetor Norte. Pa‐ rodiando o comandante Armstrong, primeiro as‐ tronauta que pisou na lua, diríamos que este seria um pequeno passo para a grande mídia na‐ cional, mas um grande passo para o setor edito‐ rial independente mineiro, que irá abranger, inicialmente, a capital e cinco cidades. Proposta do Grupo TribunaBH é ser uma das principais empresas de comunicação social no segmento regional mineiro. Por isso, em outu‐ bro/2013, vamos apresentar para os leitores e em‐ presários da região, um veículo editorial e graficamente moderno, com tiragem expressiva, linguagem atualizada e que vai atuar, sempre, em defesa do desenvolvimento regional, dos ci‐ dadãos e dos empreendedores que buscam novas oportunidades de negócios nesse vetor. Mesmo nesses tempos céleres de redes sociais, onde tudo parece estar no ar, o jornal ainda tem seu valor como agente de informação confiável, um direito do cidadão. O papel do cidadão é co‐ brar seus direitos usando as formas de comuni‐

cação ao seu alcance, e o papel da imprensa é dar voz aos cidadãos. É o que propomos com mais este projeto editorial: exercer com ética nosso papel social e oferecer jornalismo crítico, atual, rápido, bem elaborado, através de um veículo comprometido com os interesses e o fortaleci‐ mento da sociedade regional. Nossa pretensão é oferecer jornalismo de pri‐ meira qualidade, que ultrapasse a média dos jor‐ nais locais, com matérias e edições que apresentem alto valor agregado para o leitor, para as empresas, para o setor educacional e para o setor público. Por isso, preparamos um projeto gráfico ousado e elegante. Jornal virá com grande tiragem, capaz de atender os interesses das em‐ presas da região, que terão, assim, um veículo local acompanhando os momentos históricos da região e que fale diretamente a seus clientes. Da mesma forma, os leitores terão neste jornal um canal para suas reivindicações e posiciona‐ mentos frente ao Poder Público. Nossa premissa sempre foi, e será, exercer com ética nosso papel social, oferecer aos nossos leitores um jornalismo independente e crítico, que contribua para o for‐ talecimento das cidades de nossa área de atua‐ ção, integrando a informação, a educação, o entretenimento, cumprindo nosso compromisso democrático e social.

INSS: agência do descaso à cidadania Antônio de Pádua Galvão* Estávamos tomamos um cafezinho no Café Nice e desabafei: o atendimento do INSS é um horror. É uma afronta à cidadania. Sabe por quê? Porque estive pessoalmente oito vezes naquela repar‐ tição no centro de Belo Horizonte. O purgatório deve ser bem semelhante àquele lugar. Escrevo com indignação. É no cotidiano da indiferença que vamos acostumando com a frieza das relações entre as pessoas. A experiência de ficar sentando esperando durante horas por atendimento é uma afronta e desrespeito à cidadania. É nos pequenos gestos que sentimos a brutalidade do Estado burocrático. Quero contar sobre o calvário da agência do INSS. Meus olhos viram e meus nervos sentiram a frieza, o des‐ caso com os cidadãos vulneráveis. Mães com bebês no colo, idosos, adoecidos e beneficiários. Claro que esse imbróglio não é só responsabilidade da gerência e dos servidores. Essa situação de calami‐ dade é perpetuada pela lógica da insti‐ tuição em que os dirigentes não servem os cidadãos no dia a dia dos guichês. Eles estão nos gabinetes, distantes da re‐ lação direta com os usuários. Todos sabem que no passado o atendimento era pior. Existem casos de mortes nas filas intermináveis. Tudo era péssimo. Hoje tem agendamento, ca‐ deira para assentar, acesso aos banhei‐ ros, fila com senha e painel eletrônico. Mas o ambiente continua frio, indife‐ rente. Este sentimento que relato precisa ser vivenciado para sentir o verdadeiro descaso com o tempo do cidadão. Penso que essa prática ou cultura organizacio‐ nal está enraizada no INSS. Fui tratado como um indigente, um pedinte e não como um cidadão deten‐ tor de direitos. Naquele ambiente havia um vácuo de compaixão, apesar da boa vontade da estagiária e de alguns servi‐ dores. Na entrada do INSS tem uma porta que detecta metal, faca e arma de fogo. TRIBUNA DA CIDADE NOVA EDIÇÃO N. 68 Editores: Luiz Lucas Martins Reg. Prof. MG 02485 JP Eugênio Luiz Oliveira Reg. Prof. MG 03478 JP Fotografia: Santos Filho

POLÍTICA & OPINIÃO

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Dois seguranças fazem a primeira abor‐ dagem. O primeiro movimento é uma revista discreta e uma pergunta: “O que procura?” “Está agendado?”. Depois somos todos conduzidos para uma fila onde é feita uma triagem. Fui atendido por uma jovem estagiária muito edu‐ cada. Peguei a primeira senha e me sen‐ tei para esperar. Depois de uma hora fui orientado a pegar a segunda senha e aguardei mais uma hora. Fiquei sentado vendo aquele grande contingente de beneficiários esperando. De um lado idosos, crianças de colo e doentes em busca de informação e pre‐ vidências. Do outro lado, os guichês. Vários guichês vazios, sem atendente. Havia apenas dois ou três servidores atendendo de modo lento e com expres‐ são fechada. Não vi nenhum sorriso. Usei meu Smartphone para acessar o sistema de informação. Tão lento com o atendimento presencial, o site é im‐ preciso, incompleto e inconsistente. So‐ licito informação sobre o extrato de pagamento. Tem o PrevCi‐ dadão. Você não consegue acessar as informações em seu nome e como não podia deixar de ser, tem que cadastrar senha. Outro aborrecimento! Tento acessar valores de benefícios, contribuições e remunera‐ ção. Sem sucesso. Fiz questão de fotografar. Tenho cópia de todos esses relatos. Vários gui‐ chês vazios sem servidores para aten‐ der, muitos cidadãos à espera, na busca de seus direitos. Conheço o calvário do serviço pú‐ blico e como é sentir‐se desvalorizado com sua carreira e nos proventos. Nasci numa família de servidores públicos: avô e pai. Tenho orgulho de ser servidor público, mas acho inaceitável o tratar as pessoas com má vontade e impaciência. É vergonhoso ver idosos reclamando, mulheres e homens adoecidos na fila da perícia e a desinformação proliferando entre cidadãos que ficam atordoados es‐ perando a sua vez. Para conter a fúria e o desespero é necessário segurança reforçada. Porta com detector de metais, seis seguranças

Colaboradores: Guilherme Avelar, Lucas Ávila e R. Denúbila. Redação: Rua Irmãos Kennedy, 114/06 Cidade Nova - Belo Horizonte M. Gerais - 31170-130 Telefax: (31) 3484 0480 e (31) 9955 8447. E-mail Redação: tribunabh@gmail.com

de empresa especializada e cartazes com frases: “Atenção, desacato. Desres‐ peitar funcionário público é crime pre‐ visto no Código Penal. Pena: detenção de seis a dois anos ou multa”. Avisos não faltam. “Não destrua o banheiro. Você pode precisar dele novamente”. “Área de atendimento. Favor manter si‐ lêncio”. “Não é permitida a entrada portando armamento”. E ainda “Novo salário‐mínimo: R$ 622,00”. Tanta infor‐ mação denota um ambiente que é um misto de delegacia, cofre de banco e pre‐ vidência. Passei por esse suplício para receber o beneficio de um irmão curatela. Sus‐ penderam o pagamento por meses sem nenhum aviso prévio. Além da dificul‐ dade de ser reconhecido como repre‐ sentante legal, determinado pela Justiça, tive que ir até a agência do INSS mais de oito vezes. Horas de espera sem aten‐ dimento, sem explicação e sem conse‐ guir acessar os dados no sistema. Vi uma senhora de 70 anos revoltada, xin‐ gando, falando sozinha, pois não havia recebido o benefício para comprar gás e comida. A Ouvidoria do INSS recebeu minha queixa e até hoje não tive ne‐ nhuma resposta. Um verdadeiro tor‐ mento público. É das entranhas da indiferença que a frieza se instala. A ex‐ periência de estar na repartição pública do INSS é uma afronta ao exercício da cidadania. Penso que as autoridades pú‐ blicas deveriam frequentar as salas de espera do INSS, delegacias de polícia, juizados, hospitais públicos e usar os meios de transporte coletivos. A classe política descuidada e os servidores exauridos maltratam o cida‐ dão porque não frequentam os guichês. Com respeito e indignação, envio esse meu desabafo a presidente Dilma, ao ministro da Previdência, Ouvidoria do INSS, órgãos de imprensa e cidadãos beneficiários. Para que saibam o que se passa no cotidiano da classe remediada que carece do serviço público. (*) Economista, Psicanalista e Jorna‐ lista (ABJ)

Site: www.tribunabh.com Twitter: @tribunabh Edição Digital: www.issuu.com/tribucity O Tribuna da Cidade Nova é uma publicação da Logos Editora Ltda. – Registrado no Cartório Jero Oliva, documentação arquivada naquela Serventia em

12/09/2007, no Registro nº 1.143, no Livro A. Logos Editora Ltda. Reg. na JUCEMG sob o nº 3120431497 - CNPJ 25.712.977/0001-62. Inscrição Estadcual nº 62.881.449.00-81. Circulação: O jornal é distribuído de casa em casa, na Paróquia de Santa Luzia,

As manifestações que ninguém esperava... E que poucos entenderam Arquivo Trib

Por Guilherme Nunes Avelar – Advogado Aconteça o que aconte‐ cer de agora até o final do ano, não há dúvida nenhuma de qual será a imagem‐símbolo de 2014: as manifestações populares de junho e julho. Primeiramente, pelo simples fato de que brotaram espontanea‐ mente de pessoas as mais diversas, conversando por meio desse instrumento “alastrador” que são as redes sociais; não foram partidos ou organiza‐ ções conhecidas que as planejaram ou organizaram, elas simplesmente aconteceram. É verdade que o mote original foi uma questão pontual ‐ o valor das tarifas de ônibus ‐, mas isso em nada atenua o viço do ocorrido, até pelo fato de que se as manifestações ficassem só nisso, não seria menos legítimas e nem menos impactantes. Só que não foi o que ocorreu: por meio desse diá‐ logo moderno propiciado pela tecnologia, vários e vários assuntos se tornaram demanda popular e terminaram provocando importantes decisões go‐ vernamentais. Aliás, e vai aí outra grande importância das mani‐ festações deste ano, o que se revelou é como os di‐ versos governos, em todos os níveis, e seus respectivos parlamentos, estão despreparados para a “novidade” que é a movimentação social. Nenhum conseguiu administrar razoavelmente a intensidade que ganharam as manifestações! Ne‐ nhum! Todos ficaram a desejar. O governo federal até tentou, já tardiamente, cor‐ responder com um pacote de medidas que iam ao encontro de algumas das demandas, mas todas se mostraram irrealizáveis ou simplesmente tolas. No mais, os demais níveis de ação governamental se limitaram praticamente a discutir e conceder al‐ guma coisa em relação ao valor das passagens de ônibus, mas pouco ou nada avançou a partir daí. Tudo isso só significa ‐ e essa é, creio eu, a melhor das conquistas das manifestações havidas no meio do ano ‐ que os governos no Brasil são absoluta‐ mente despreparados para agir na pressão e, pior ainda, não têm planejamento algum para o que fazer, em que circunstância for. Vejamos só dois exemplos. O Congresso Nacional deliberou sobre uma série de matérias que estavam dormitando em seus ar‐ quivos, rejeitando‐as ou aprovando‐as conforme cada demanda impositiva das ruas; ora, se conse‐ guiu promover tais apreciações tão rapidamente, o que explica o desprezo que lhes votou nos meses e anos anteriores? E os governos executivos federal, estaduais e mu‐ nicipais? Se conseguiram atender, com certa rapi‐ dez, à pressão para a redução do preço das passagens, por que concedeu antecedentemente o aumento impulsionador da tomada das ruas? Trata‐se de um serviço para lá de essencial, que al‐ cança principalmente as classes com menor renda; se o aumento era possível de se evitar ou de ao menos ser menor, o que levou os governos a con‐ cedê‐los? Falta de planejamento ou insensibilidade? As manifestações acabaram (espero que por en‐ quanto), mas seu impacto não: ou os diversos níveis de governo e de ação política aprendem com elas, ou terão muitas dificuldades daqui para frente. na Feira dos Produtores da Cidade Nova, bancas de revistas, padarias, lojas e empresas dos bairros Cidade Nova, Silveira, Nova Floresta, partes da Renascença, Ipiranga, União e adjacências. Periodicidade: 29, agosto a 21, setembro/2013.

Este jornal foi editado seguindo a Nova Ortografia da Língua Portuguesa. è è è Os artigos assinados não espelham, necessariamente, a opinião do jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.


CIDADE NOVA/UNIÃO

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3 Fotos: Arquivo Trib

Polêmica na JCS "Santo Forte", "Padrinho Poderoso", "Peixe Grande"

Invasão de lajão na Av. José Cândido da Silveira não tem fim. A Regional tira um grupo de invasores, mas não faz a demolição do imóvel irregular e o local volta a ser ocupado

F

oi o comentário geral que se ouviu entre a comunidade dos bairros Cidade Nova e União após Audiência Pública reali‐ zada no dia 8 de agosto no Ple‐ nário Helvécio Arantes da Câmara Municipal de Belo Horizonte, por reque‐ rimento do vereador Leonardo Mattos, para tratar da invasão e ocupação irregu‐ lar de terreno na Avenida José Cândido da Silveira, ao lado do Parque da Mati‐ nha, que se arrasta há mais de sete anos. Esta foi a segunda Audiência Pública rea‐ lizada a pedido de moradores na Câmara Municipal. Em 2008, a comunidade con‐ seguiu realizar reunião na Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da CMBH, para discutir a situação de quatro famílias que ocupavam aquele espaço, onde viviam em condições precárias de higiene, entre animais e do lixo que se acumulava pelo terreno. Representantes da comunidade também moveram ação na Justiça e, desde então, têm feito várias gestões junto à Regional Nordeste e da Ouvidoria da Prefeitura da Capital mi‐ neira, com vitórias parciais. Em 2012, as quatro famílias foram transferidas pela PBH para outro local. No entanto, a Regional não atendeu ordem judicial que mandava demolir o

local. Na ocasião, a Regional alegou que o imóvel era particular. Resultado: nova invasão, por pessoas que, certamente, esperam algum proveito da situação por parte do Poder Público. O problema é que o local é inadequado, o imóvel é clandestino, não tem alvará e os proprie‐ tários do terreno estão em litígio com a Caixa Econômica Federal, que briga na Justiça pela retomada do imóvel. Além disso, no local também não existe es‐ goto, a água que utilizam é desviada do Parque público que fica ao lado do ter‐ reno. Os invasores fazem ligações clan‐ destinas na rede da Cemig, os chamados “gatos”, o que muitas vezes derruba a energia elétrica na Cidade Nova em pe‐ quenos apagões. A comunidade tem que louvar o es‐ forço e empenho do vereador Leonardo Mattos em viabilizar essa nova Audiên‐ cia Pública; com o apoio de outros ve‐ readores como Elaine Matozinhos, bem como do Presidente da Ação Social da Cidade Nova, Fernando Lanza, e de li‐ deranças locais para tentar resolver o problema ou, no mínimo, tornar a questão mais transparente. Para esta reunião também foram convidados di‐ versas entidades e o Ministério Público, que não compareceu. Por seu lado, o

Moradores reclamam que o Posto da Mata, na Cidade Nova, não atende a legislação ambiental do município

Secretário de Admi‐ nistração Regional Municipal Nordeste, Geraldo Magela da Silva, esteve pre‐ sente e se posicionou a respeito, anun‐ ciando que a Regional pretende retirar as pessoas que ocupam atualmente o imóvel irregular e proceder a imediata derrubada do lajão, motivo de preocu‐ pação de toda a comunidade. Ao mesmo tempo, o Executivo Municipal, mais uma vez, mostrou desconheci‐ mento da questão, do que se passa real‐ mente no local, a história do terreno, sobre seus legítimos proprietários, enfim, a real situação desta importante área, vizinha de um parque público. Poluição ambiental – O Curioso é que a Administração Municipal liberou o funcionamento do posto de gasolina nas proximidades – cujo proprietário é apon‐ tado como o construtor do imóvel irregu‐ lar no terreno em questão –, que estava interditado. O Secretário Regional infor‐ mou que foi elaborado um TAC ‐ Termo de Ajustamento e Conduta – visando re‐ solver a derrubada do imóvel ilegal. Ele acrescentou que o TAC também vai abranger a negociação de um espaço pú‐ blico com o proprietário do Posto da

Mata, inclusive com abertura de uma rua no local, com a cessão de terreno público para o proprietário. Em contrapartida o Posto da Mata, que estava fechado, con‐ seguiu reabrir e já está funcionando, mesmo antes da execução do TAC. Na atual Audiência Pública um mo‐ rador do residencial conhecido como Torres da Mata, que faz limites com o ter‐ reno invadido, questionou o TAC da PBH com um proprietário que não honra seus compromissos com a Prefeitura, cria problemas para a comunidade e ainda pode estar provocando dano ambiental na região. Segundo o morador, que pre‐ fere não se identificar, os tanques de com‐ bustíveis do Posto da Mata estão enferrujados e vazando substâncias tóxi‐ cas no local. Ele também foi questionou se o Ministério Público (MP) tinha conhe‐ cimento da referida TAC, e qual o motivo de a comunidade não ter tido conheci‐ mento prévio e participado da mesma. Com a palavra a Administração Re‐ gional Nordeste da e as organizações am‐ bientalistas.


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ACONTECEU

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Aposentadoria Especial

Cachorros são sempre bons companheiros para as crianças

Quais os benefícios dos cães para as crianças? Salvo raríssimas exceções, não há criança que não peça aos pais um bichinho de estimação. E o cachorro está no topo da lista de preferências. Esse foi o caso de Gabriel Signorelli que, após insistir com seus pais, ganhou de uma amiga da família o “Hulck” e da Júlia Soares que no último aniversário ganhou a “Jessie”. Júlia diz que “adora a Jessie, porque brinca muito com ela, dá e recebe muito amor”. Realmente brincar com um cão companheiro provoca gargalhadas que nunca esquecemos na vida. Os pesquisadores já comprovaram

GERAL

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que, além dos benefícios para o desenvolvimento emocional da criança, a convivência com cães interfere no amadurecimento do sistema imunológico na infância, confere uma maior resistência a infecções e pode até melhorar seu desempenho na escola. Mas, é muito importante escolher com cuidado o novo membro da família para garantir uma relação harmoniosa. Pesquise as diversas raças no site www.kennelclub.com.br ou entre em contato com a Pet Shop - Sonho de Cachorro - (31) 3481 0928.

Com o plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte lo‐ tado com a presença de especia‐ listas do setor previdenciário e centenas de pessoas com deficiên‐ cia para discutir a necessidade e urgência da aplicação da aposen‐ tadoria especial para o segmento. Sancionada no último dia 8 de maio pela presidente Dilma Rous‐ seff, a Lei Complementar nº 142, concede aposentadoria especial para pessoas com deficiência no Regime Geral de Previdência So‐ cial (RGPS). A norma foi proposta

em 2005 pelo então deputado fe‐ deral Leonardo Mattos (PV), hoje vereador em Belo Horizonte. O parlamentar justificou a ini‐ ciativa, destacando que "o nível de degradação do corpo das pes‐ soas com deficiência é diferen‐ ciado, por isso, sem essa lei, somos levados a nos aposentar prematuramente por invalidez”, lamentou Mattos. “Defendendo o direito à aposentadoria antes que o corpo já não esteja apto a traba‐ lhar nem a aproveitar os momen‐ tos de lazer. A aposentadoria deve ser uma retribuição ao traba‐ lhador por sua contribuição. Ele deve ter o direito de usufruir”, completou. Imprensa/CMBH

Lei de autoria do vereador Leonardo Mattos, prestigiado na Câmara Municipal de BH, garante aposentadoria especial para pessoas com deficiência


EDUCAÇÃO

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Educação: Lições do gigante asiático Fotos: Arquivo Trib

Por Lucas Ávila - Jornalista

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urante o mês de maio, membros do SINEP‐ MG estiveram na China para participar de uma viagem educacional. O grupo de 90 educadores, liderados pelo SIEEESP, conheceram escolas das cidades de Pequim, Xangai e Hong Kong para entender como um país, que há 50 anos tinha mais da metade da população analfabeta, conquistou, através de Xangai, o pri‐ meiro lugar no Pisa, ranking educa‐ cional realizado a cada três anos e um dos mais respeitados do mundo. Na mesma avaliação, feita em alunos de 15 anos, o Brasil amargou as últimas posições. “A surpresa foi que, ao invés de aparelhos tecnoló‐ gicos que ajudam o aprendizado, salas de aula interativas e dinâmicas, encontramos escolas tradicionais e muito parecidas com as brasileiras“, conta a diretora administrativa do SINEP/MG, Zuleica Reis. Dedicação dos professores, disci‐ plina dos alunos, vontade de apren‐ der e valorização da escola são um dos fatores que colocam o gigante asiático como o melhor sistema edu‐ cacional do mundo. Assim como a vitória de Xangai no Pisa abalou a crença de que renda familiar e qua‐ lidade educacional estão intima‐

Na China, as escolas se dedicam às aulas formais e à música como desenvolvimento do aprendizado

mente associadas, o mundo hoje tem seus olhos voltados para a China em diversos aspectos sociais e econômi‐ cos. O país pretende, até 2020, alcan‐ çar os Estados Unidos e Japão nos anos de estudo de sua população e prevê intensa formação em ciência e tecnologia para que, em 2050, seja o líder mundial em produção indus‐ trial. Em um regime político comu‐ nista e ainda considerado internacionalmente fechado, a China tem inúmeros desafios pela frente.


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SALA DE VISITAS

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GENTE NOSSA Wanderley Gomes, compromisso com a arte e a cultura

É

com satisfação que recebe‐ mos a visita do amigo e re‐ conhecido profissional Wanderley Gomes, morador há vários anos aqui em nossa região. Wanderley pode ser considerado um profissional completo, tanto é que a simplici‐ dade, talento e compe‐ tência norteiam sua vida, sua carreira de sucesso. Com um curricu‐ lum profissional de fazer inveja, este in‐ cansável e dedicado profissional atua com desenvoltura e dina‐ mismo nas mais di‐ versas áreas, seja como publicitário, di‐ retor, produtor, pro‐ motor, apresentador, carnavalesco, ator e por aí vai. Apenas como diretor de cria‐ ção, produtor e dire‐ tor de cenas, foram mais de 100 campa‐ nhas publicitárias rea‐ lizadas.

Divulgação

Belo Horizonte, es‐ pecialmente a região Nordeste e o bairro Ipiranga, podem ser considerados extensão de sua casa. Há mais de 33 anos trabalha com o samba e o car‐ naval, participando ativamente do cenário artístico da capital mi‐ neira. Dentre as diver‐ sas ações que já desenvolveu por aqui, foi fundador do Bloco Caricato Partido Alto; idealizou e realizou o evento “Concentra mas não sai!“, uma das principais atra‐ ções do carnaval de BH, levando um pú‐ blico de 4.000 pessoas aos evento. É o Cria‐ dor e produtor do “Curral do Samba” e Vice Presidente social da União das escolas de sambas e Blocos Belo Horizonte. Merece o devido registro, quando em 1983, foi Coordena‐ dor geral de produção e técnica e Assistente de direção de

“Quando fui morto em Cuba” de Roberto Drummond ‐ 1º Vídeo ‐ Peça brasileira. 45 dias de filmagens, mais de 15 atores entre palco e vídeo. Foi produzido pela produção Comercial da Rede Globo Minas e teve participação com ator. Sua experiência in‐ ternacional também merece destaque, es‐ pecialmente no to‐ cante ao esporte. Fez diversas reportagens com os jogadores de futebol da seleção Bra‐ sileira; documentários para a Coca‐Cola na Alemanha ‐ Filmado na cidade de Dussel‐ dorf, Rio Reno e Colô‐ nia; cobertura de jogos no Parque dos Princes, em Paris – França; videoclipes/Europa Sobre Rodas – grava‐ dos nas cidades de Amsterdã, Holanda; Zurique, Suíça; Roma, Itália e Paris, França; exibidos no programa

Wanderlei Gomes “Sobre Rodas”, da Rede Manchete; pro‐ dução e direção do VT comercial da “Di Buz‐ zeti Jeans”, gravado em Roma, na Fontana di Trevi e no Coliseu, e nas ruas da cidade; em Amsterdã, Ho‐ landa, na Praça da

Rainha e muitos ou‐ tros. Para completar sua lista de grandes even‐ tos e produções, tam‐ bém merece ser destacado o sucesso de seus programas Todo Êxtase, TV Vi‐ trine, que vai ao ar no

Canal 14 NET/BH‐Rio, recordista de audiên‐ cia, dos quais ele é o produtor e apresenta‐ dor junto a uma com‐ petente equipe. Parabéns Wander‐ ley, de fato, um legí‐ timo representante de nossa região.


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EM TEMPO

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VALE A PENA CONFERIR Reprodução

4ª Assanta – Feijoada em Lagoa Santa

Por Priscilla Kopke Ímpar Suítes Hotel oferece andar exclu‐ sivo a ala feminina Com a correria do dia a dia, nós, mulhe‐ res, sabemos o quão difícil e trabalhoso é manter‐se impecável. Carregamos na bolsa maquiagem, pente, espelho e vários ou‐ tros acessórios em prol de uma aparência elegante e apresentá‐ vel, pois como já cons‐ tatava Vinícius de Moraes, “as feias que me desculpem, mas beleza é fundamen‐ tal”. Sabendo que a mulher, a cada dia mais, ocupa uma po‐ sição de destaque no mercado é fundamen‐ tal que os empreendi‐ mentos pensem em espaços destinados exclusivamente a nós. O Ímpar Suítes Hotel teve esta percepção do universo feminino e para proporcionar mais comodidade e privacidade, o hotel produziu um andar apenas às mulheres. O recinto tem uma decoração diferen‐ ciada e folhas espa‐ lhadas pelo Hall. Nas dependências, as hós‐ pedes encontrarão se‐ cador de cabelo, travas de seguranças nas portas, shampoo, condicionador, cre‐ mes especiais e aro‐ matizantes de ambiente. Redentor Savassi: 10 anos esbanjando hos‐ pitalidade e alta gas‐ tronomia mineira

Hotel Impar, inovando na Cidade Nova

Irreverente e mo‐ derno, estas são as ca‐ racterísticas que marcam o Redentor Savassi, que este ano completa 10 anos de atividade. A casa, lo‐ calizada na região mais badalada de Belo Horizonte, é um exemplo de que quali‐ dade e excelência de serviço refletem sem‐ pre em um resultado primoroso e gratifi‐ cante. Este fator tam‐ bém pode ser constatado através do último prêmio rece‐ bido pelo Redentor que, recentemente, foi eleito como o melhor chopp de Belo Hori‐ zonte. O empreendi‐ mento regido por Daniel Ribeiro mescla o clássico jeitinho mi‐ neiro com o ar descon‐ traído e peculiar do carioca. Uma char‐

mosa esquina da Sa‐ vassi que proporciona o clima gostoso e se‐ reno das noites cario‐ cas. Como já dizia os embalos da canção “Samba do Avião” de Tom Jobim, “minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro. Estou mor‐ rendo de saudade. Rio, teu mar, praias sem fim. Rio, você foi feito para mim (...)”.

Fotos: Arquivo Trib

A tradicional Assanta Feijoada, em sua 4ª edi‐ ção, aconteceu como já era previsto, com total sucesso e grande pre‐ sença da comunidade de Lagoa Santa. O Tribu‐ naBH estava lá, junta‐ mente à Dona Briguita e sua dedicada equipe de voluntários, amigos e Dona Briguita, Emiro Barbini e equipe do patrocinadores, como o M2: compromisso com Lagoa Santa destacado Colégio M2, que vem fazendo a dife‐ rença no setor educacio‐ nal de Lagoa Santa. Animação é o que não faltou, que ficou a cargo do renomado con‐ junto musical Doce Ve‐ neno, liderado pelo estimado amigo, músico e competente vereador Robertinho. Parabéns Dona Bri‐ guita e equipe de volun‐ tárias. Parabéns querida Lagoa Santa.

Humberto Matarelli: Troféu Saci 2013 Cumprindo seu Ca‐ lendário 2013, o Saci Clube de Ser‐ viço realizou nos sa‐ lões do Clube Cravo Vermelho, a soleni‐ dade de entrega do Troféu Saci 2013, que premia pessoas em destaque no campo da assistência social. Reprodução

Redentor Savassi, chopp na medida

Clube Saci

Presidente do Saci Clube, Edilson Quites, fez a entrega solene do Troféu ao homena‐ geado do ano, Sr. Humberto Matarelli Carli, destacado na lei‐ tura de sua biografia pela perneta Maria Beatriz Rossi Perácio, que enumerou as ações realizadas pelo homenageado no campo da assistência social aos mais caren‐ tes em Sabará. Além dos pernetas, estiveram presentes

amigos e familiares de Dr. Humberto Mata‐ relli Carli que também prestaram‐lhe home‐ nagens. Rotary Club BH Cidade Nova, fazendo sempre mais Em mais uma bela ação o Ro‐ tary Club Belo Hori‐ zonte Ci‐ dade Nova, através de

seus sócios Governa‐ dor Marcos Cláudio, sua esposa Virginia Moreira e de‐ mais sócios, promo‐ veu a venda de uma rifa onde foi doado ao ganhador uma belís‐ sima Caixa de Presen‐ tes, elaborada pela sócia Virginia Salvina, e todo recurso obtido utilizada na aquisição de pares de meias que foram doadas ao Asilo da SSVP ‐ Ci‐ dade Ozanam, em Belo Horizonte, onde os mesmos com‐ parecerem e efetua‐ ram a entrega.

Rotary Cidade Nova em ação


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