Ano IX - Edição N. 97 - Belo Horizonte, 17 a 31 de dezembro de 2016
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O puxadinho da nova Rodoviária de BH
O Terminal Rodoviário improvisado implantado na Região Nordeste da Capital, para atender os ônibus interestaduais com destino ao Nordeste, Brasília e Espírito Santo, vai se tornando definitivo e o passageiro continua sem conforto e segurança. Além dos ônibus que por ali circulam em estado precário, as goteiras e os constantes alagamentos são generalizados. Equipamentos ficam ao relento, bancos molhados em espaço mínimo para o passageiro e suas malas. Tudo muito aquém do que merece a capital mineira.
Situação do Terminal Interestadual de BH é lamentável
Afonso Cappai: o corredor de sonhos
Detalhes na página 3
Moradores do Ipiranga e região ganham uma Usina de Cultura
Afonso Cappai de Castro tem 72 anos, é consultor, escritor, trabalha todos os dias e, a cada semana, corre em lugares diferentes, por todo esse Brasil, como faz há 37 anos. Tem dois livros publicados: “Os sonhos valem a pena” e “Paixão por Correr”. Já correu em 150 cidades de todos os estados brasileiros. Sua meta é percorrer a distância equivalente a uma volta ao mundo pela Linha do Equador, ou 40.075 quilômetros.
A Usina de Cultura do Ipiranga implantada pela Prefeitura de Belo Horizonte proporcionará aos seus frequentadores o contato com a literatura, a música, o teatro, a dança, o circo, as artes plásticas e visuais. Segundo os organizadores, tudo foi pensado para que a população da região tenha um espaço de aprendizado e troca de experiências que envolva o convívio entre diferentes gerações e o contato direto com artistas parceiros do centro cultural.
Detalhes na página 7
Veja na página 5
Editorial: Crimes sem castigo Página 2
As más notícias continuam Página 2
Reforma do Ensino Médio Página 4
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POLÍTICA E OPINIÃO
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Crimes sem castigo
As más notícias continuam...
Por Guilherme Nunes Avelar | Advogado
Rua Gonçalo Coelho, na Cidade Nova, falsa tranquilidade
O Brasil é um país sui generis. Alguns lugares podem ser considerados um paraíso tropical, outros uma zona de guerra, onde a criminalidade viceja. Mas, mesmo cidades anteriormente consideradas tranquilas começam a ficar tensionadas pelo crescimento de ações de criminosos que agem à luz do dia, impunemente. Assim está Belo Horizonte, que nos últimos três anos – como de resto todo o País – vem observando o crescimento da violência, principalmente contra a pessoa. No bairro Cidade Nova, por exemplo, na região da Feira dos Produtores e na Praça Guimarães Rosa a situação exige cuidados. Moradores vêm sendo continuamente assaltados por um motoqueiro, que tranquilamente leva os pertences das pessoas e foge livre, leve e solto. A mais recente ação desse larápio aconteceu à luz do dia, mais precisamente ao meio-dia, na
Rua Gonçalo Coelho. Um morador que reside há 30 anos no bairro, se dirigia tranquilo em direção a um restaurante para almoçar, quando passou por ele um motoqueiro que imediatamente o cercou e apertando algo em suas costas, como um cano de revólver, levou a sua bolsa com celular, cartões de crédito, documentos pessoais e dinheiro, o qual havia sacado na parte da manhã de um banco para uma pequena viagem. Passado o pânico inicial, o cidadão desolado gritou pega ladrão! Mas ninguém parou o motoqueiro ladrão. Vislumbrando uma chance de ajuda, o morador correu para a guarita da Polícia Militar em frente à Feira dos Produtores. Outra frustração: a guarita, como sempre, estava fechada, vazia, sem policiais. Restou-lhe apelar por socorro para uma patrulha policial. Nova frustração, quase uma hora depois a patrulha chegou,
sem qualquer chance de localizar e prender o meliante. Restou-lhe simplesmente fazer o famoso B.O., Boletim de Ocorrência. O cidadão, que há 30 anos circulava pelo bairro tranquilamente e despreocupado, hoje anda apreensivo pelas ruas da Cidade Nova, sabedor que agora faz parte das estatísticas da Polícia. Ele apenas não entende porque essas estatísticas não resultam no aumento da segurança para a população, pois, após a sua triste experiência soube que diariamente na Praça Guimarães Rosa um motoqueiro ataca pessoas, a qualquer hora, sem quaisquer dificuldades. No entanto, mesmo com todas as ocorrências registradas não se vê patrulhamento na região. Infelizmente, moradores da região se veem obrigados a saírem de carro até mesmo para comprar uma aspirina. Haja dor de cabeça com esses crimes sem castigo.
Blue Diamond - Instituto de Beleza
O Hairstylist Rodrigo Oliveira Coiffeur já traz no próprio nome a sofisticação e a qualidade dos serviços prestados. Com cerca de 26 anos de experiência no ramo, o coiffeurr Rodrigo Oliveira já passou por diversos salões conceituados da capital mineira. Todos caem no gosto do coiffeur: empresários, artistas, cantores, jogadores de futebol, deputados estaduais e federais, mulheres da high society. Rodrigo já recebeu, inclusive, o título de cabeleireiro dos sertanejos, figurando em diversas colunas sociais de jornais e reportagens de televisão de Belo Horizonte. Hoje, ele atende os cantores César Menotti e Fabiano, Anderson Alemão, David Ferraz, Anderson Xerife, Alan Rocha Eduardo Costa, entre outros!
Contatos: (31) 9907-9675 - (31) 3426-6420 - 34268996 Email: rodrigooliveiracoiffeur@gmail.com Endereço: Rua Coronel Jairo Pereira, 310 - Belo Horizonte, MG, Brasil www.institutobluediamond.com.br
TRIBUNA DA CIDADE NOVA EDIÇÃO N. 97 Editores: Luiz Lucas Martins Reg. Prof. MG 02485 JP Eugênio Oliveira Reg. Prof. MG 03478 JP Fotografia: Santos Filho Colaboradores: Guilherme Nunes Avelar,
Redação: Rua Irmãos Kennedy, 114/06 Cidade Nova - Belo Horizonte Minas Gerais - CEP: 31170-130 - Telefax: (31) 3484 0480 e (31) 9955 8447. E-mail Redação: tribunabh@gmail.com Site: www.tribunabh.com Twitter: @tribunabh Facebook: Tribuna-Cidade-Nova113812482411367/ Edição Digital: www.issuu.com/tribucity
A crise econômica causada pela incompetência e pela irresponsabilidade petistas continua a macerar a vida dos brasileiros e, muito provavelmente, demorará para ser totalmente estancada. O enfrentamento dela pelo atual governo, no entanto, não lhe dá salvo-conduto para transformar a Administração Pública em cantinho para chamegos entre os novos mandatários. E foi esse o sentimento quase unânime da cidadania nacional diante do inusitado caso entre os ex-ministros Marcelo Calero, da Cultura, e Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo. Apenas para refrescar a memória de todos, esse caso nasceu com pedido de Geddel para que Calero interviesse junto ao Instituto de Patrimônio Histórico Nacional visando a flexibilização de embargo de uma obra imobiliária privada em Salvador, Bahia, “coincidentemente” no prédio em que o mesmo Geddel é proprietário de uma unidade. Calero teria se recusado e, sentindo-se só ou mesmo pressionado por outros membros do governo (aparentemente, até o presidente Michel Temer), pediu demissão e “colocou a boca no trombone”; após uma semana de explicações pouco convincentes, Geddel também saiu, sem que isso bastasse para estancar o mal-estar e a sensação de que há muito mais “debaixo desse angu”. Visando superar tal incômodo, o presidente Temer fez uma inédita
declaração à imprensa, junto com os presidentes do Congresso, para informar de sua discordância contra a pretendida anistia aos crimes ligados a caixa-2, como se uma boa notícia (ainda que oportunista) bastasse para anular as suspeitas éticas que ensombraram o Planalto. Agora, pior do que a forma avacalhada com que o governo Temer enfrentou o caso, foi a reação de “cordeirinhos caolhos” de alguns de seus apoiadores. O senador Aécio Neves, por exemplo, defendeu investigação contra o denunciante, por ele ter gravado ministros e talvez até o presidente, já prejulgando de que ele possivelmente teria “induzido” as palavras de Temer no diálogo teoricamente havido entre eles; ou seja, o senador que não se cansa de ser derrotado, agora resolveu ser investigador da Polícia Federal e até juiz! Mas ele não está só nessa cambalhota ética! Antes, em evento do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ressaltaram em suas falas de que o momento é para se focar na crise
- O jornal Tribuna da Cidade Nova é uma publicação da Logos Editora Ltda. – Registrado no Cartório Jero Oliva, documentação arquivada naquela Serventia em 12/09/2007, no Registro nº 1.143, no Livro A. Logos Editora Ltda. Reg. na JUCEMG sob o nº 3120431497 CNPJ 25.712.977/0001-62 Inscrição Estadual nº 62.881.449.00-81 Circulação: O jornal é distribuído de casa em casa, na Paróquia de Santa Luzia, na Feira dos Produtores da Cidade Nova, bancas de revistas,
econômica e não “nas pequenas coisas”: ética, agora, é uma “coisa pequena” e dispensável? Também o renitente ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, deixou uma pérola no mesmo sentido, prejulgando que o episódio está sendo “magnificado” e que “Temos crises maiores do que esse episódio relativo a um flat em uma longínqua praia da Bahia”. Até Renan Calheiros resolveu se pronunciar erraticamente, caracterizando o caso como “falsas polêmicas” e apelando para que se foque na agenda econômica, para evitar “o risco de esgarçamento da crise”. O governo, o atual e qualquer outro, têm por obrigação enfrentar todas as crises e necessidades, sem escolher a que mais lhe convém, ainda que alguma seja realmente muito grave; o Brasil precisa, sim, enfrentar as mazelas econômicas que o PT deixou atrás de si, mas a moral e a ética são igualmente valores a serem resgatados e preservados, sem qualquer relativização.
padarias, lojas e empresas dos bairros Cidade Nova, Silveira, Nova Floresta, partes da Renascença, Ipiranga, União e adjacências. Periodicidade: 17 a 31, dezembro, 2016. * * * Os artigos assinados publicados nesta edição não espelham, necessariamente, a opinião desse jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.
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Terminal Rodoviário de BH: Puxadinho Interestadual
O atual Terminal Rodoviário Interestadual provisório da Capital mineira, improvisado e localizado na Estação do Metrô José Cândido da Silveira, no bairro Santa Inês, é o exemplo de descaso para com a população e os usuários que utilizam daquele espaço para suas viagens. Um verdadeiro puxadinho interestadual. Inicialmente Instalado provisoriamente na Estação São Gabriel para atender a grande demanda existente de passageiros com destino ao Nordeste, Brasília, Espírito Santo e diversas cidades apenas em épocas de feriados e as demandas da Copa do Mundo em 2014, o que se vê hoje é de um espaço sem o menor conforto e segurança para todos que precisam daquele serviço.
Em suas precárias instalações ali tem o mínimo de apoio, como Juizado de Menores, banheiros simples e até assentos, ao relento, muitos danificados, todo contornado por telhas de polipropileno, muitas danificadas, proporcionando um terrível visual, um triste cartão de visita para aqueles que nos visitam. Tem até dois bebedouros e uma pequena lanchonete para atender a uma multidão que ali comparece em determinadas épocas. Além dos ônibus que por ali circulam em estado precário, rumo ao interior e outros estados, só não pode chover; o alagamento é generalizado, goteiras por todo lado, tudo ao relento, bancos molhados, enxurrada faltando levar as malas e por ai vai. Tudo muito aquém do que merece-
ria a capital mineira. Por muito pouco chega a concorrer com um ponto de ônibus urbano. Mas o pior ainda está para vir. Como se não bastasse tudo isso, devido ao fim de Governo tudo indica que o provisório certamente será efetivado como rodoviária. O recém-eleito prefeito de Belo Horizonte já manifestou que não pretende dar iniciar as obras do futuro Terminal Rodoviário São Gabriel. Os motivos são os mais diversos e a falta de recursos deverá ser o principal deles. Assim como se espera há anos por um transporte digno e até Metrô em BH, a questão dos deslocamentos intermunicipais e interestaduais também não foge à regra. É entrar na fila e esperar pela próxima e arriscada aventura urbana.
Terminal improvisado vai se tornando definitivo e o passageiro continua sem conforto e segurança
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MOBILIDADE
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EDUCAÇÃO
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Bullying prejudica o desenvolvimento escolar
Segundo estudos, 20% dos estudantes já praticaram bullying no ambiente escolar. A violência atinge alunos, educadores e funcionários e desponta como uma forte causa para dificuldades de concentração e desenvolvimento escolar. Para as escolas que querem investir na solução para essa grave questão, o SINEP/MG e Abrace trazem projetos e produtos que farão de 2017 um ano sem bullying A Abrace – Programas Preventivos e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEP/ MG) uniram-se pelo fim do problema. Apostando em empatia e educação, por
meio de projetos pedagógicos bem estruturados, as instituições assumem a frente na batalha contra o bullying e zelam por crianças e adolescentes, pois acreditam que eles são parte essencial do futuro. Como resultado dessa parceria, as organizações estão lançando o livro “Bullying, Ética e Direitos Humanos” na Região Sudeste. A obra – escrita pelo filósofo, pedagogo, especialista em Filosofia e Direitos Humanos e diretor da Abrace, Benjamim Horta, e pelo advogado curitibano Euclides Vargas – tem como objetivo trazer essa forma de violência e as maneiras de combatê-la ao centro de discus-
Benjamim Horta, a convite do presidente da FENEN-MG, professor Emiro Barbini, apresenta à Diretoria da COFENEN, em Brasília, o seu livro “Bullying, Ética e Direitos Humanos”
sões entre alunos do Ensino Médio. O lançamento oficial do livro em Minas Gerais acontecerá no dia 7 de abril de 2017, na cidade de Caeté, durante o Encontro Mineiro de Educação. Para fortalecer a luta contra esse sério problema, os parceiros SINEP/MG e Abrace unem seus recursos e contam com alicerces bastante sólidos: além do livro “Bullying, Ética e Direitos Humanos”, dispõem da ajuda do aplicativo Escola Sem Bullying, já disponível para IOS e Android. Contatos: Benjamim Horta - Diretor Geral ABRACE - <benjamim@ programasabrace.com. br>
Reforma do Ensino Médio preocupa setor educacional O presidente do SINEP-MG e da FENEN-MG, professor Emiro Barbini, juntamente às diretoria da COFENEN e membros das entidades que representa, está promovendo uma série de visitas e eventos em Brasília para sensibilizar Deputados e Senadores da importância de se promover alterações no texto da MP 746 - Reforma do Ensino Médio - em tramitação naquelas Casas Legislativas, evitando assim verdadeiros absurdos para com o setor educacional. Já no início de feverei-
ro de 2017 está marcada audiência com o Senador Antonio Anastasia, bem como intensa mobilização do setor educacional de Minas Gerais para acompanhar de perto das votações no Senado Federal. FOTOS: Professor Emiro Barbini, presidente do SINEP-MG e da FENEN-MG reunido com o presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá e com o presidente da Comissão Especial da MP 746, Deputado Federal Izalci Lucas.
Professor Emiro Barbini reunido com o Deputado Arnaldo Faria de Sá e Deputado Izalci Lucas para tratar da MP 746 - Reforma do Ensino Médio
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Ipiranga e Região Nordeste de BH ganham uma Usina de Cultura
A Fundação Municipal de Cultura (FMC) está oferecendo para a comunidade do bairro Ipiranga proposta mais dinâmica para um espaço de cultura, visando promover a convivência em torno das artes. Criou a Usina de Cultura, que a Prefeitura de Belo Horizonte vai manter na Rua Dom Cabral, 765, no Ipiranga, Região Nordeste da Capital, a única da cidade que ainda não possuía um centro cultural municipal. Construído em 1984, o galpão da Prefeitura tem 2.700 m², sendo 1.200 m² de área construída (coberta) e 1.500 m² de área externa e passa a ser, agora, um espaço de arte, cultura e convivência. A Usina de Cultura proporcionará aos seus frequentadores o contato
com a literatura, a música, o teatro, a dança, o circo, as artes plásticas e visuais. Segundo os organizadores, haverá também uma Academia a Céu Aberto, uma horta comunitária, um fogão a lenha e um telecentro. “Tudo foi pensado para que a população tenha um espaço de aprendizado e troca de experiências que envolva o convívio entre diferentes gerações e o contato direto com artistas parceiros do centro cultural”, disse o presidente da FMC, Leônidas Oliveira. Os frequentadores terão, ainda, a oportunidade de participar de oficinas de formação artística gratuitas oferecidas pela Escola Livre de Artes (ELA) e outras instituições e artistas comprometidos com a Usina de Cultura.
Bairro Ipiranga e região Nordeste ganham centro cultural municipal, que vai oferecer para a população contato com literatura, artes, música, dança, teatro e outras atividades artísticas num espaço de cultura e convivência
Fotos: Ricardo Laf
CULTURA
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INVESTIMENTO
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O novo Terminal do Aeroporto Internacional de BH, em Confins foi inaugurado no dia 6 de dezembro. Com o projeto, a capacidade do aeroporto passará de 11 milhões para 22 milhões de passageiros/ano. A Bacco Arquitetos projetou a reforma do terminal de passageiros existentes e foi responsável pelo projeto arquitetônico do novo Terminal, que propôs a instalação de diversas áreas comerciais na sala de embarque, conceito já utilizado em outros aeroportos no mundo. O projeto do Terminal existente, elaborado pelo arquiteto Milton Ramos, é um legado para arquitetura brasileira. Neste sentido, a proposta do trabalho desenvolvido procurou preservá-lo ao máximo e adaptá-lo às novas necessidades do aeroporto. No Terminal 1, o grande desafio foi dar sequência à qualidade do projeto. Seria impossível conceber, no atual contexto, uma rampa ou uma escada como as existen-
tes no prédio inaugurado em 1984, de uma beleza e qualidade de execução indiscutíveis. A cobertura de vidro foi reconfigurada para assegurar melhor conforto térmico para os passageiros. A Bacco, uma empresa pluridisciplinar que atua há 25 anos. Sempre procurou aliar o lado empresarial com aquele do “atelier” de arquitetura e urbanismo, onde as discussões e a reflexão norteiam a concepção do espaço, procurou resgatar alguns dos conceitos originais de Milton Ramos, liberando o espaço da antiga rua, que havia sido transformada em canteiros que bloqueavam a passagem, e que hoje, apesar de coberta voltou a ser uma rua. O desafio do projeto do novo Terminal foi tratar a dimensão do novo píer, que incorporou mais de 600 metros ao terminal existente. Os dois terminais são integrados e o percurso atinge mais de um quilômetro de extensão num salão único.
O amplo pé direito que permitirá, no futuro, a instalação de novas áreas comerciais, privilegiou a incidência da luz natural e cria uma diferenciação no espaço projetado, tanto pela abertura das janelas na parte superior como no ritmo musical dos brises que protegem do sol. Os blocos onde estão situados os sanitários e as diversas instalações técnicas necessárias desenham o ritmo da fachada no lado terra. Três conjuntos de esteiras rolantes auxiliam minimizar o tempo de percurso dentro do terminal. A ideia que orientou a implantação do novo terminal foi a exploração do pátio de aeronaves já existente, incluindo uma diagonal que irá garantir a circulação dos aviões e permitirá as possíveis expansões de áreas de exploração comercial e a implantação de novos terminais no lado terra. Além disso, essa solução minimizou as interferências no sistema viário durante a obra.
Fotos: Ana Mello
Confins entrega seu novo Terminal Internacional
Novo Terminal de Confins tem cobertura de vidro visando assegurar melhor conforto térmico para os passageiros
Esteiras rolantes interligam os dois terminais com espaço de até um quilômetro de extensão num salão único
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Afonso Cappai: Paixão por corridas
Afonso Cappai de Castro, 72 anos, morador da região e apaixonado por corridas. É atleta amador e corredor de rua. Editou um livro onde relata a história do autor, que desenvolveu o projeto “Linha do Equador Virtual”. A sua meta é correr a distância equivalente a uma volta ao mundo pela Linha do Equador, que no Brasil, corta os Estados do Amapá, Pará, Amazonas e Roraima. São 40.075 quilômetros. Ele iniciou as corridas timidamente em outubro de 1979, então com 35 anos de idade, completando 37 anos de corrida em 2016, ininterruptamente. “Não tenho barriga negativa e nem corpo sarado. Não sou um atleta de alta performance, mas a minha performance é alta. No ano passado a minha meta era de 2.200 km, mas corri 2.250 km. Este ano ela é de 2.300”, diz Afonso.
Afonso Capai é Consultor, escritor e trabalha todos os dias e, a cada semana corre em lugares diferentes, por todo esse Brasil. Já tem dois livros publicados, “Os sonhos valem a pena” e “Paixão por Correr”. Já correu em todos os estados brasileiros e em todas as capitais, além de mais 150 outras cidades. Lembra que, por várias vezes, correu de cachorros, na chuva, no frio, de dia no sol e à noite. “Já torci o pé, tropecei e caí, já tive vontade de desistir, mas sempre segui em frente, acumulando os meus quilômetros na Linha do Equador”, complementa. Afonso disse que seu principal objetivo é mostrar que com a prática de exercícios físicos continuados, as pessoas podem viver com mais qualidade de vida e alongar a expectativa de vida. Para contato: acappai@globo.com.
Afonso Cappai, fez da corrida a sua paixão
Reprodução
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CIDADE
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Murundus incomodam e atrapalham o tráfego em BH
Recapeamento sem qualidade cria vários “murundus” nos bairros da cidade
Por José Aparecido Ribeiro*
Embora tenha em seu quadro mais de 600 funcionários, incluindo 94 chefes, ou seja, um chefe para cada 6,5 funcionários, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP), não consegue fiscalizar o serviço de recapeamento de buracos em Belo Horizonte.
A maioria das ruas da Capital recebe intervenções subterrâneas pela Copasa, Cemig, GASMIG, por operadoras de telefonia ou de fibra ótica. Depois que abrem suas galerias e fazem suas manutenções ou intervenções, são obrigadas a recapear o asfalto devolvendo a municipalidade as ruas em boas condições de trafegabilidade. Na
prática, no entanto, isso não está acontecendo como deveria. O número de “murundus” ou valas, fruto do serviço mal feito de empreiteiros sem compromisso com qualidade de seus serviços aumenta e a SUDECAP segue omissa sem exigir um serviço decente. Ruas com pisos desnivelados causam prejuízos para os muníci-
pes e diminuem a fluidez do tráfego, além de causarem desconforto para quem usa o transporte coletivo. No mesmo compasso, as tampas de ferro de cabeça para baixo se multiplicam em períodos de chuva. Centenas permanecem viradas por anos, causando acidentes e prejuízos incalculáveis para a população. Ao desviar de
tampas de cabeça para baixo, os riscos de colisões aumentam para o motorista que dirige pelas ruas de BH. Basta uma chuva mais forte para as tampas de ferro virarem obstáculos. Fica uma pergunta, o que fazem os 94 chefes e os 620 funcionários da SUDECAP? Por que as empresas (empreiteiras) que abrem o asfalto da cida-
de não o devolvem com a qualidade mínima necessária? Por que a própria SUDECAP não cuida mais deste serviço, já que tem um quadro inchado e possivelmente ocioso? Onde estão os fiscais pagos para zelar pelas ruas de Belo Horizonte garantindo serviços bem feito? (*) José Aparecido Ribeiro é Consultor em Assuntos Urbanos
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