Catálogo Projeto Gráfico e Capa: Alexandre De Nadal @alexandredenadal
Exposição do Grupo de Pesquisa
Objeto e Multimídia (OMLAB)
CNPqUFRGS
Galeria Manoel Santiago
Palacete Provincial
De 26 de Abril a 30 de Junho
Manaus, 2024
Artistas do grupo de pesquisa
+
Alexandre De Nadal
Ana Janaína Perufo
Catiuscia Dotto
Elaine Stankiwich
Gabriela Paludo Sulczinski
Iran Jorge da Silva
Manoela Furtado
Maxi Rodrigues
Nina Eick
Pedro Ferraz
Rafael de Oliveira
Tetê Barachini
Thiago Trindade
Will Figueiredo
Artistas convidados
+
Alberto Semeler
Caroene Neves
Priscila Pinto
Sebastião Alves
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C652Coacatu por supuesto / Tetê Barachini, autora, organizadora, artista ; Daniela V. Di Bella, autora, curadora ; Alexandre De Nadal, artista, projeto gráfico ; Alberto Semeler ... [et al.], autor e artista. Dados eletrônicos (1 arquivo). – Porto Alegre : UFRGS/IA/PPGAV ; Manaus: Pinacoteca do Estado do Amazonas, 2024.
156 f. : il., color.
Formato: pdf
Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader
ISBN 9786559733743 (online)
ISBN 9786559733750 (impresso)
1. Artes visuais. 2. Porto Alegre. 3. Manaus. 4. OMLAB. 5. Objeto e Multimídia I. Barachini, Tetê. II. Di Bella, Daniela V. . III. Nadal, Alexandre De. IV. Semeler, Alberto.
CDU 7.039
Biblioteca do Instituto de Artes (UFRGS)
Apresentações
Aline de Souza Santana8
João Gustavo Kienen12
Raimundo Rajobac14
Tetê Barachini 16
Curadoria
Daniela V. Di Bella20
Artistas
Alexandre De Nadal58
Ana Janaína Perufo64
Catiuscia Dotto 68
Elaine Stankiwich74
Gabriela Paludo Sulczinski78
Iran Jorge da Silva84
Manoela Furtado90
Maximílian Rodrigues 94
Nina Eick100
Pedro Ferraz104
Rafael de Oliveira108
Tetê Barachini114
Thiago Trindade122
Will Figueiredo128
Alberto Semeler134
Caroene Neves90
Priscila Pinto138
Sebastião Alves142
Informações gerais / créditos146
Com grande satisfação, envio meus agradecimentos pela realização da Exposição
COACATU POR SUPUESTO em nosso Centro Cultural Palacete Provincial. Com a proposta de conectar pontos tão significativos a experiência pessoal dos artistas, a pesquisa acadêmica, a importância da Amazônia e as mudanças climáticas , entendo que fora executada de forma eficaz ao levar o visitante e expectador a refletir além de o transportar para questionamentos distintos, oferecendo novas perspectivas e nos convidando a pensar sobre questões vitais do nosso tempo.
Em nome da equipe do Departamento de Gestão de Museus, agradeço aos curadores e organizadores desta exposição por reunirem um conjunto tão rico e diversificado de obras e artistas. A exposição não apenas destacou a beleza e a complexidade da arte contemporânea, mas também incentivou um diálogo crucial sobre o nosso futuro e as ações que precisamos tomar para garantir a sustentabilidade e a justiça ambiental.
Parabéns a todos os envolvidos por esta exposição inspiradora e transformadora.
Aline de Souza Santana
Diretora do Departamento de Gestão de Museus
Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa Manaus Amazonas
Con gran satisfacción, envío mi agradecimiento por la realización de la Exposición
COACATU POR SUPUESTO en nuestro Centro Cultural Palacete Provincial. Con la propuesta de conectar puntos tan significativos —la experiencia personal de los artistas, la investigación académica, la importancia de la Amazonia y el cambio climático— entiendo que se realizó de manera efectiva al llevar al visitante y espectador a reflexionar, además de transportarlos a diferentes cuestionamientos, ofreciendo nuevas perspectivas e invitándonos a pensar sobre temas vitales de nuestro tiempo.
En nombre del equipo del Departamento de Gestión de Museos, agradezco a los curadores y organizadores de esta exposición por reunir un conjunto tan abundante y diverso de obras y artistas. La exposición no solo destacó la belleza y la complejidad del arte contemporáneo, sino que también fomentó un diálogo crucial sobre nuestro futuro y las acciones que debemos emprender para garantizar la sostenibilidad y la justicia ambiental.
Felicitaciones a todas las personas involucradas, por esta exposición tan inspiradora y transformadora.
Aline de Souza Santana
Directora del Departamento de Gestión de Museos
Secretaría Estatal de Cultura y Economía Creativa
Manaos – Amazonas
Palacete Provincial, Manaus/AM
Se singramos os rios, se temos três rios elementais, três absoluta e profundamente condições distintas e conectadas desta sensível e potente matéria emanadora “de um tudo”. Ela nos funda, é constitutiva, é disruptiva, nos afeta e é afeto.
Rios superficiais, subterrâneos, aéreos, são águas em deslocamento, efêmeras, difundem e deslocam em epistemes. COACAU POR SUPUESTO é ação poética nos/pelos deslocamentos, dois extremos territoriais na geografia física e ruptura nas fronteiras do imaginário, que construiu a processualidade do trânsito.
A exposição faz emergir profundos questionamentos sobre os rumos do humano em seus territórios, limites, fronteiras e deslocamento, Exibe o cisalhamentos da humanidade mediado pelos fluxos hídricos e nas condições impregnadas pelo pensamento capitalista exploratório pelos/sobre os viventes.
A Faculdade de Artes (UFAM) se coaduna e coteja com os parceiros institucionais como Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa do Amazonas, e especialmente com o Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS na convivência desta experiência de execução poética a partir do entorno da Gaia.
Gratidão aos parceiros e artistas, e em especial, rogamos que a experiência estética desta exposição provoque, instigue ações para não alcançarmos o ponto do não retorno. Para que as águas que voam, que escorrem, me mergulham prossigam seus fluxos.
João Gustavo Kienen Diretor da Faartes
Universidade Federal do Amazonas
Si navegamos los ríos, si tenemos tres ríos elementales, tres condiciones absoluta y profundamente distintas y conectadas de esta materia sensible y poderosa que emana "de un todo", ella es nuestra fundadora, es constitutiva, disruptiva, nos afecta y es afecto.
Los ríos superficiales, subterráneos, aéreos son aguas en desplazamiento, efímeras, difunden y desplazan en epistemes. COACATU POR SUPUESTO es una acción poética en/a través de los desplazamientos, dos extremos territoriales en la geografía física y la ruptura en las fronteras de lo imaginario, que construyó la procesualidad del tránsito.
La exposición hace con que surjan cuestionamientos profundos sobre los rumbos del ser humano en sus territorios, límites, fronteras y desplazamientos. Presenta el corte de la humanidad mediado por los flujos hídricos y las condiciones impregnadas por el pensamiento capitalista exploratorio por/sobre los seres vivos.
La Facultad de Letras (UFAM) une fuerzas con socios institucionales como la Secretaría Estatal de Cultura y Economía Creativa de Amazonas, y especialmente con el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS en la convivencia de esta experiencia de ejecución poética del entorno de Gaia.
Mi agradecimiento a socios y artistas, y en particular, rogamos que la experiencia estética de esta exposición provoque, instigue acciones para que no lleguemos al punto sin retorno. Para que las aguas que vuelan, se escurren, se sumergen, puedan continuar sus flujos.
João Gustavo Kienen Director de Faartes
Universidad Federal de Amazonas
A direção do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul apresenta com prazer a Exposição COACATU POR SUPUESTO. Realizada no Centro Cultural Palacete Provincial, em Manaus (Manaus/AM), esta iniciativa emerge como um fruto das experiências poéticas e de pesquisas acadêmicas desenvolvidas e fomentadas pelo Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS, vinculado ao Programa de PósGraduação em Artes Visuais (PPGAV). Ao pôr em destaque trabalhos artísticos e poéticas que perpassam experiências com o tempo, espaços urbanos e deslocamentos –criações que incitam a sensibilidade, convidando à experimentação, percepção e reflexão a partir de trabalhos objetuais –, orientam a uma expansão da noção de experiência da arte. Põe em foco, de forma pungente, a relação com as exigências impostas pela natureza, especialmente no que tange à mutação climática e às demandas emergentes no que concerne à nossa relação de cuidado e sensibilidade com o nosso mundo comum, a Terra. Do ponto de vista institucional celebramos uma importante e fundamental parceria de intercâmbio entre instituições que, em trabalhos conjuntos, se colocam no desenvolvimento, promoção e divulgação de pesquisas e poéticas determinantes para o PPGAV, para o Instituto de Artes e para a UFRGS como um todo.
Raimundo Rajobac Diretor do Instituto de Artes Universidade Federal do Rio Grande do Sul
La dirección del Instituto de Artes de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul tiene el placer de presentar la Exposición COACAU POR SUPUESTO. Realizada en el Centro Cultural Palacete Provincial, en Manaos (Manaos/AM), esta iniciativa surge como resultado de las experiencias poéticas e investigaciones académicas desarrolladas y fomentadas por el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS, vinculado al Programa de Posgrado en Artes Visuales (PPGAV). Al destacar obras artísticas y poéticas que despliegan experiencias con el tiempo, los espacios urbanos y los desplazamientos —creaciones que incitan a la sensibilidad, invitando a la experimentación, la percepción y la reflexión a partir de obras de objetos—, guían hacia una expansión de la noción de experiencia del arte. Se centra, de manera contundente, en la relación con las demandas impuestas por la naturaleza, especialmente en lo que se refiere a la mutación climática y las demandas emergentes con respecto a nuestra relación de cuidado y sensibilidad con nuestro mundo en común, la Tierra. Desde el punto de vista institucional, celebramos una importante y fundamental alianza de intercambio entre instituciones que, en trabajos conjuntos, se presentan en el desarrollo, promoción y difusión de investigaciones y poéticas que son decisivas para el PPGAV, para el Instituto de Artes y para la UFRGS en su conjunto.
Raimundo Rajobac
Director del Instituto de Artes
Universidad Federal de Rio Grande do Sul
Sulnortesul
O Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS vem ao longo dos anos atuando através de ações poéticas em espaços urbanos com o intuito de ativálo.
Entre as suas principais estratégias está o deslocamento como ato de reposicionar o sensível e perceber o entorno escolhido como meio propositivo para pensar e executar trabalhos objetuais em seu campo expandido.
Em uma tarde de verão, em roda de conversa, os artistas escolheram a palavra COACATU (TupiGuarani) que significa “bom tempo, dia claro” e acrescentaram a esta o termo em espanhol POR SUPUESTO, que significa “com certeza”, para pensar de forma propositiva a acepção dessas palavras em relação às percepções sobre os lugares que elegemos estar e coabitar.
Conscientes que nem sempre o dia é de “bom tempo” e “com certeza” para o nosso planeta, os artistas propuseram se, nesta exposição, a realizar deslocamentos físicos e mentais de “mala e cuia" (mesmo que permaneçam no mesmo lugar) entre o sul (Porto Alegre/RS) e o norte (Manaus/AM) do Brasil, seja posicionados a partir de Sirius ou próximo ao chão, dentro do espaço urbano ou mergulhados na floresta, com o intuito comum de pensar a mutação climática (talvez irreversível! ) do nosso planeta, conforme afirma Bruno Latour em seus escritos sobre Gaia.
COACATU POR SUPUESTO é como um sussurro de esperança, um alerta frente às evidências da irracionalidade humana que não só descuida, mas pratica a destruição do seu espaço de pertencimento, a Terra. Tetê Barachini
Coordenadora do Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS Abril/2024
Surnortesur
El Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS viene trabajando a lo largo de los años a través de acciones poéticas en espacios urbanos con el fin de activarlos. Entre sus principales estrategias se encuentra el desplazamiento, como acto de reposicionar lo sensible y percibir el entorno elegido como medio propositivo para pensar y realizar obras de objetos en su campo expandido.
Una tarde de verano, en un círculo de conversación, los artistas eligieron la palabra
COACATU (TupíGuaraní) que significa “buen tiempo, día claro” y le agregaron la expresión en español POR SUPUESTO, que significa “seguro”, para pensar de manera propositiva el significado de estas palabras con relación a las percepciones sobre los lugares en que elegimos estar y convivir.
Conscientes de que el día no siempre es de "buen tiempo" y "seguro" para nuestro planeta, los artistas se propusieron, en esta exposición, a realizar desplazamientos físicos y mentales con todo lo que tenían derecho (incluso si permanecen en el mismo lugar) entre el sur (Porto Alegre/RS) y el norte (Manaos/AM) de Brasil, ya sea posicionado desde Sirio o cerca del suelo, dentro del espacio urbano o inmerso en el bosque, con la intención común de pensar en la mutación climática (¡quizás irreversible! ) de nuestro planeta, como afirma Bruno Latour en sus escritos sobre Gaia.
COACATU POR SUPUESTO es como un susurro de esperanza, una advertencia ante las evidencias de la irracionalidad humana que no solo descuida, sino que practica la destrucción de su espacio de pertenencia, la Tierra.
Tetê Barachini
Coordinadora del Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS
Abril/2024
Bom tempo, Dia claro por supuesto
Daniela V. Di Bella1
“Em uma tarde de verão, em roda de conversa, um grupo de artistas escolheu a palavra COACATU (TupiGuarani), que significa ‘bom tempo, dia claro’, e acrescentou a esta o termo em espanhol POR SUPUESTO, que significa ‘com certeza’, para pensar de forma propositiva sobre os lugares em que elegemos estar e coabitar.”
Tetê Barachini2
Organizadora da pesquisa e exposição coletiva de arte COACATU POR SUPUESTO Manaus AbrilJunho 2024, Brasil
Introdução
As novas realidades globais fortalecem cada vez mais a ideia de que todos os seres humanos, junto com natureza e seus seres animados e inanimados, somos e sempre fomos parte de uma rede de redes, uma grande simbiose em escala planetária que nos recoloca conceitualmente como uma comunidade de entidades interdependentes (MORTON, 2011;
VON HUMBOLDT, 1879)3. Nesse sentido, a arte não é alheia à vida, mas incorpora e coloca em destaque o potencial de uma obra como mensagem que pode trazer consciência a respeito do alcance das crises, conduzir reflexões, criar novos diálogos e narrativas, descobrir as interrelações, induzir mudanças positivas e inspirar melhores contextos. Ingold (2011) expressa: “Como todas as outras criaturas, os seres humanos não existem do ‘outro lado' da materialidade”, mas devemos reconhecer nossa imersão, já que não somos simples espectadores, e sim participantes. Desde o lugar da participação e conscientes de que nem sempre o dia é de “bom tempo” e “com certeza” para o nosso planeta, o Grupo de
Daniela V. Di Bella1
Buen tiempo, Día claro por supuesto
“Una tarde de verano, en un círculo de conversación, un grupo de artistas eligieron la palabra COACATU (TupíGuaraní) que significa “buen tiempo, día claro” y le agregaron la expresión castellana POR SUPUESTO que significa “seguro”, o pensar con determinación sobre los lugares que elegimos para estar y convivir”
Tetê Barachini2
Organizadora de la investigación y exposición colectiva de arte COACATU POR SUPUESTO, Manaos AbrilJunio 2024, Brasil
Introducción
Las nuevas realidades globales acentúan cada vez más la idea de que todos los seres humanos junto con la naturaleza y sus seres animados e inanimados, somos y hemos sido siempre parte de una red de redes, una gran simbiosis a escala planetaria que nos resitúa conceptualmente como una comunidad de entidades interdependientes (MORTON, 2011; VON HUMBOLDT, 1879)3. En este sentido el arte no es ajeno a la vida, sino que incorpora y pone de relieve el potencial de una obra como mensaje que puede concientizar sobre el alcance de las crisis, conducir reflexiones, crear nuevos diálogos y narrativas, descubrir las interrelaciones, inducir cambios positivos e inspirar mejores contextos. Ingold (2011) expresa “Como todas las demás criaturas, los seres humanos no existen en el 'otro lado' de la materialidad” sino que debemos reconocer nuestra inmersión, ya que no somos simples espectadores, sino que somos participantes. Desde el lugar de la participación y conscientes – que no siempre hace “buen tiempo” y “seguro” para nuestro
Pesquisa Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS, dirigido por Tetê Barachini4, do Programa de Pósgraduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vem trabalhando, através de ações poéticas em espaços urbanos, diferentes estratégias de ativação para reposicionar o sensível e perceber o entorno como um meio intencionado para pensar5. Diante das contranarrativas menos humanistas que encontramos diariamente, os artistas deste coletivo se dispuseram a realizar deslocamentos físicos e mentais entre o sul de Porto Alegre e o norte de Manaus no Amazonas no Brasil e, “seja posicionados a partir de Sirius, seja próximo ao chão, dentro do espaço urbano ou mergulhados na floresta”6, compartilharam a intenção comum de refletir sobre a mudança climática nas obras apresentadas nesta exposição.
Ações poéticas para reposicionar o sensível
A mudança climática e as catástrofes do meio ambiente vão suscitando inevitáveis consequências que pioram conforme avançam: o padecimento gradual e inegável de pessoas, comunidades e povos, que se veem vítimas de efeitos de longa duração, em um processo denominado “violência lenta” (NIXON, 2011).
Quanto à visualização dos efeitos do Antropoceno (REJANE ISSBERNER y LENA, 2018)7, são processos que costumam ser persistentes ao longo do tempo, produto de muitos anos de contaminação do ar, da terra e das águas, de desmatamento, de destruição dos ecossistemas, de espécies ameaçadas de extinção, de agressão e degradação do meio ambiente relacionadas com nossos estilos de vida8 – que, por sua lentidão, parecem ser menos visíveis – até o momento em que os meios de comunicação põem seu olhar sobre as catástrofes. Como as imagens consomem a realidade (SONTAG, 2006), a arte, nesse cenário, se transforma em um meio de visualização e ação importante para o desenvolvimento de uma sensibilidade particular que permite comprender e refletir sobre a violência lenta como um processo de destruição que encobre outros tipos de violência de índole geopolítica e socioeconômica, de características globais, que gera “refugiados climáticos”, aniquila aqueles espaços geográficos que ostentam “a maldição dos recursos”9
planeta – el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS dirigido por Tete Barachini4 del Programa de Posgrado en Artes Visuales de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (Brasil), viene trabajando a través de acciones poéticas en espacios urbanos, distintas estrategias de activación para reposicionar lo sensible y percibir el entorno como un medio intencionado para pensar5. Frente a las contranarrativas menos humanistas que encontramos a diario, los artistas de este colectivo se propusieron realizar desplazamientos físicos y mentales entre el sur de Porto Alegre y el norte de Manaos en el Amazonas de Brasil, y “posicionados desde Sirio o cerca del suelo, en el espacio urbano o inmersos en la selva”6, compartieron la intención común de reflexionar sobre el cambio climático, en las obras que se exhiben en esta exposición.
Acciones poéticas para reposicionar lo sensible
El cambio climático y las catástrofes medioambientales – van suscitando inevitables consecuencias que van empeorando conforme con su avance – el padecimiento gradual e innegable de personas, comunidades y pueblos, que se ven sometidos a efectos de larga duración, en un proceso denominado “violencia lenta”(NIXON, 2011).
La visualización de los efectos del Antropoceno (REJANE ISSBERNER y LENA, 2018)7, son procesos que suelen ser persistentes en el tiempo, producto de muchos años de contaminación del aire, la tierra y las aguas, de deforestación, de destrucción de los ecosistemas, de especies en peligro de extinción, de agresión y degradación medioambiental relacionadas con nuestros estilos de vida8 – que por su lentitud parecen ser menos visibles – hasta el momento en que los medios de comunicación ponen la mirada sobre las catástrofes. Siendo que las imágenes consumen la realidad (SONTAG, 2006), el arte en este escenario se convierte en un medio de visualización y acción importante para el desarrollo de una sensibilidad particular que permite comprender y reflexionar acerca de la violencia lenta como un proceso de destrucción que encubre otros tipos de violencia de índole geopolíticos y socioeconómicos de características globales, que crea “refugiados climáticos”, aniquila aquellos espacios geográficos que
e informa sobre eles através dos meios e de forma seletiva, e muitas vezes controversa.
De acordo com Latour, entre os séculos XVII e XIX, a ordem natural era considerada em um segundo plano, quase como uma decoração estática, pois em primeiro lugar estava o dinamismo das histórias da espécie humana. Porém, com o surgimento do Antropoceno, a decoração entrou em cena — com a inclusão do que ocorre na terra e no clima —, desmantelando as teorias sobre a relação histórica entre a humanidade e a história natural10. Como consequência, começouse a examinar com mais atenção as relações entre o ser humano e seu ambiente ao longo do tempo, principalmente aquelas que vêm acontecendo nos últimos 200 anos. Essas ações de relação são muito mais agressivas e intensivas devido à economia fóssil e extrativista, o crescimento demográfico e as migrações, e daí vêm a preocupação global proveniente das consequências de considerar inesgotáveis os recursos naturais do planeta e a urgência que supõe a agenda ecológica11.
As obras conceituais que compõem a exposição recorrem várias ideias em associação com esta vasta e complexa realidade contemporânea, cujos objetivos apontam para explorar e reinterpretar nossa agência com o meio ambiente. Resulta relevante perceber que, como expressa Rita Süveges (2020), o conceito de paisagem é um domínio sintomático em que todas estas realidades se cruzam, e em que o sujeito se torna culturalmente passivo das ações da humanidade, portanto os artistas reflexionam e investigam mobilizados por uma lente crítica. As obras desta exposição podem ser organizadas mediante diferentes eixos orientados por estas quatro palavras: Artifício, Desequilíbrio, Efêmero e Resiliência. Artifício
Todos, de uma forma ou outra, assistimos e vivemos em diferentes focos da mudança climática e suas consequências. A humanidade entrou em uma nova condição histórica da qual não existem antecedentes conhecidos, na qual o mundo construído avança sem
ostentan “la maldición de los recursos”9, e informa a través de los medios y de manera selectiva y muchas veces controversial sobre ellos.
Según Latour, entre los siglos XVII y XIX, el orden natural era considerado en un segundo plano casi como un decorado estático – donde en primer lugar estaba el dinamismo de las historias de la especie humana. En cambio con el surgimiento del Antropoceno, el decorado ingresó en escena – con la inclusión del acontecer de la tierra y del clima dejando desdibujadas las teorías sobre la relación histórica entre la humanidad y la historia natural10. En consecuencia, se ha comenzado a examinar con mayor detenimiento las relaciones entre el hombre y su ambiente a lo largo del tiempo, sobre todo aquellas que se vienen sucediendo en los últimos 200 años. Estas acciones de relación son mucho más agresivas e intensivas por la economía fósil y extractivista, el crecimiento demográfico y las migraciones, de ahí la preocupación global que asumen las consecuencias de considerar inagotables los recursos naturales del planeta, y la urgencia que supone la agenda ecológica11.
Las obras conceptuales que componen la exposición recorren varias ideas en asociación con esta vasta y compleja realidad contemporánea, cuyos objetivos apuntan a explorar y reinterpretar nuestra agencia con el medio ambiente. Resulta relevante advertir que como expresa Rita Süveges (2020), el concepto de paisaje es un dominio sintomático donde todas estas realidades se cruzan, y donde el sujeto se vuelve culturalmente pasivo de las acciones de la humanidad, por tanto los artistas reflexionan e investigan movilizados por una lente crítica. Las obras de esta muestra pueden organizarse a través de distintos ejes orientados por estas cuatro palabras: Artificio, Desequilibrio, Efímero y Resiliencia.
Artificio
Todos de una u otra manera asistimos y vivimos en distintos focos del cambio climático y sus consecuencias. La humanidad ha ingresado en una nueva condición histórica de la que no hay antecedentes conocidos, donde el mundo construido avanza sin medida sobre
medida sobre o mundo natural. O homem modelou e continua modelando o planeta — em um tipo de obra ou artifício (AMMONS y MODHUMITA, 2015) — cujos impactos vão se reproduzindo na forma de aquecimento global, contaminação ambiental, destruição dos ecossistemas, extinção das espécies, catástrofes climáticas, a recente pandemia, entre outros. Dessa forma, o mundo do artificial ou tudo o que é fabricado pelo ser humano, denominado como massa antropogênica, superou pela primeira vez, em 2020, a biomassa ou a massa conjunta dos seres vivos (e esse dado exclui a massa de plásticos e lixo que ocupa os mares e o planeta, a qual dobra a massa de todos os animais terrestres e aquáticos) (ELHACHAM ET AL, 2020).
Movidas pelos desafios da arte, as obras de Pedro Ferraz, Iran Jorge da Silva, Rafael de Oliveira e Alberto Semeler (artista convidado) procuram refletir e talvez repensar essas circunstâncias em novas inspirações para as atividades humanas.
Pedro Ferraz desenvolve sua obra com base na pesquisa sobre experiências pessoais durante um longo período de convivência próximo a uma refinaria de petróleo. Apresenta uma série fotográfica da refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, fundada em 1968. Faz uma reflexão através de um texto acompanhado de uma sequência monocrômica de imagens minuciosamente documentadas. O artista descreve:
"Durante anos pude ver a chama sedutora da refinaria cuja chaminé corta verticalmente a paisagem e pode ser vista a quilômetros de distância. À noite, seu fogo se acende como um farol dantesco, como um ciclope cujo olho incandescente observa desde o alto seu domínio sobre tudo o que ilumina."12
Através do uso combinado de imagem e textos, representa suas emoções, sensações e percepções sobre a paisagem particular que imprimem essas construções sobre o espaço urbano, desenvolvendo narrativas sobre a vida interna e externa desse monumental complexo.
Alberto Semeler (artista convidado) expõe uma obra erigida criticamente sobre os estilos da vida urbana. Através de uma videografia smart (smartografia), projeta uma série de imagens que, através da portabilidade herdada da arte conceitual, coloca em evidência
el natural. El hombre ha modelado y sigue modelando el planeta – en un tipo de obra o artificio (AMMONS y MODHUMITA, 2015) – cuyos impactos se van reproduciendo en la forma del calentamiento global, la contaminación ambiental, la destrucción de los ecosistemas, la extinción de las especies, las catástrofes climáticas, la reciente pandemia, entre otras. De este modo el mundo de lo artificial o todo lo fabricado por el ser humano, denominado masa antropogénica, por primera vez en 2020, supero a la biomasa o la masa conjunta de los seres vivos (y este dato excluye la masa de plásticos y basura que atesta los mares y el planeta, la que duplica la masa de todos los animales terrestres y acuáticos) (ELHACHAM ET AL, 2020).
Movidos por los retos del arte, las obras de Pedro Ferraz, Iran Jorge da Silva, Rafael de Oliveira y Alberto Semeler (Artista invitado) buscan reflexionar y quizás replantear estas circunstancias hacia nuevas inspiraciones para las actividades humanas.
Pedro Ferraz desarrolla su obra basado en su investigación sobre sus experiencias personales durante un largo período de convivencia, cerca de una refinería de petróleo. Presenta una serie fotográfica de la refinería Alberto Pasqualini de Canoas fundada en 1968. Reflexiona a través de un texto al que acompaña una secuencia monocroma de imágenes minuciosamente documentadas. El artista describe:
"Durante años pude ver la llama seductora de la refinería cuya chimenea corta verticalmente el paisaje y se puede ver a kilómetros de distancia. Por la noche su fuego se enciende como un faro dantesco, como un cíclope cuyo ojo incandescente observa desde lo alto su dominio sobre todo lo que ilumina."12
A través del uso combinado de imagen y textos representa sus emociones, sensaciones y percepciones sobre el paisaje particular que imprimen estas construcciones sobre el espacio urbano desarrollando narrativas sobre la vida interna y externa de este monumental complejo.
Alberto Semeler (artista invitado) expone una obra que se erige críticamente sobre los estilos de la vida urbana. A través de una videografía smart (smartografia), proyecta una serie de imágenes – que a través de la portabilidad heredada del arte conceptual –
como vivemos isolados e privados do contato com a natureza. Enfatiza como as grandes metrópoles promovem o artifício — como se se tratasse de uma jaula — que nos afasta do significado da criação, como de todos os seres do planeta. Rafael de Oliveira apresenta uma videoinstalação chamada “Linha Limite”, a qual questiona os limites — não apenas — geográficos, visuais e sonoros que aparecem durante sua projeção, mas também os que surgem da percepção e compreensão humana do espaço, do mundo e da complexidade das interações entre os seres vivos e os entornos transformados pela atividade humana.
A videoinstalação recorre a uma linguagem ambígua que serve como provocação para se reconectar com o planeta na urgência de enfrentar os desafios ambientais.
Iran Jorge da Silva apresenta uma obra composta por duas peças fabricadas a partir do artifício, pois a matéria da obra está feita de sucata de carros. Ele os chama simbolicamente de "Sputnik 1 e 2", inspirado no satélite russo lançado durante a Guerra Fria e a corrida espacial. Procurou representar o estado caótico em que a humanidade se encontra, um estado de irreflexão e imediatez que não permite analisar nem vislumbrar a envergadura da problemática nem suas soluções, só possível de ser compreendida se tomarmos a devida distância, uma distância planetária e holística. Desequilíbrio
Recentemente, em 2023, devido à queima de combustíveis fósseis, às emissões globais de gases de efeito estufa e ao sucessivo desmatamento da Floresta Amazônica, o rio Amazonas e vários de seus afluentes alcançaram os níveis mais baixos dos últimos 120 anos. Essa situação provocou uma seca histórica e incêndios florestais, enrareceu o ar, muitas comunidades remotas ficaram isoladas, o fornecimento de eletricidade sofreu interrupções, afetando também países limítrofes, e ameaçou a provisão de alimentos de milhões de pessoas (ANDREONI, 2024), entre outras circunstâncias extremas. Nesse sentido, Latour reflete sobre uma humanidade que não escutou os alertas que vêm sendo anunciados desde o século XIX, e se pergunta como foi que, desde a década de 1950, se pretenderam abordar as crises ambientais, recorrendo ao desconhecimento
pone en evidencia cómo vivimos aislados y privados del contacto con la naturaleza. Enfatiza cómo las grandes metrópolis, promueven el artificio – como si se tratara de una jaula que nos aleja del significado de la creación, como de los todos seres del planeta. Rafael de Oliveira presenta una videoinstalación denominada "Línea Limite", la que cuestiona los límites – no solo – geográficos, visuales y sonoros que aparecen durante su proyección, sino también los que surgen de la percepción y comprensión humana del espacio, del mundo y la complejidad de las interacciones entre los seres vivos y los entornos transformados por la actividad humana. La video instalación recurre a un lenguaje ambiguo que sirve como provocación para reconectar con el planeta en la urgencia de enfrentar los desafíos ambientales.
Iran Jorge da Silva presenta una obra que se compone de dos piezas fabricadas a partir del artificio, la materia de la obra está hecha de chatarra de automóviles. Los denomina simbólicamente "Sputnik 1 y 2" inspirado en el satélite ruso lanzado durante la guerra fría y la carrera espacial. Ha buscado representar el estado caótico en que la humanidad se encuentra, un estado de irreflexión e inmediatez que no permite analizar ni vislumbrar la envergadura de la problemática ni sus soluciones, solo posible de ser comprendida si se toma la debida distancia, una distancia planetaria y holística.
Desequilibrio
Recientemente durante 2023, debido a la quema de combustibles fósiles, las emisiones globales de gases de efecto invernadero y la sucesiva deforestación de la selva amazónica, el río Amazonas y varios de sus afluentes alcanzaron los niveles más bajos de los últimos 120 años. Esta situación provocó una sequía histórica, incendios forestales, enrareció el aire, muchas comunidades remotas quedaron aisladas, el suministro de electricidad sufrió interrupciones afectando también a países limítrofes y amenazó la provisión de alimentos de millones de personas (ANDREONI, 2024), entre otras circunstancias extremas. En este sentido Latour reflexiona sobre una humanidad que no ha escuchado las alarmas que se vienen anunciando desde el siglo XIX, y se pregunta cómo desde la década del 50, se pretende abordar las crisis ambientales,
da realidade, à desinformação, à repetição dos comportamentos e à negação das evidências13, predominando a incapacidade de poder articular a solução.
Com relação a isso, os artistas Catiuscia Dotto, Will Figueiredo, Alexandre De Nadal, Ana Janaína Perufo e Thiago Trindade focaram nos avatares climáticos ao redor da bacia do Amazonas. Nesse sentido, a obra de Catiuscia Dotto apresenta um olhar poético sobre as margens desamparadas de rios que secam e rios que desbordam. Depois de sobrevoar a Floresta Amazônica, através da imagem arquetípica da mãe nutrícia, apresentadois seios femininos feitos de argila colhida das margens de um rio amazônico14. Um deles ela coloca dentro de um cubo de acrílico, para preserválo, mas, ao longo dos dias da exposição, irá secando; o outro, ao lado, dentro de um cubo de água, onde irá se desintegrando. Ao vêlos, cada visitante se transforma em um espectador indolente da seca e das inundações, que deixa passar os acontecimentos que ocorrem de forma contínua e sincrônica nas milhares de telas e dispositivos do planeta. Os sucessos fluem diante dos olhos dos espectadores, que assistem metaforicamente às múltiplas agonias que estas ações gestam no tempo. Seguindo a linha das ideias, a obra de instalação de Will Figueiredo "Memories of Tomorrow" transcende a materialidade e se expande através de um portal de realidade aumentada. Um código QR inserido em uma plataforma de areia transporta o espectador a um mundo construído a partir de objetos tridimensionais escaneados. Uma viagem que trabalha o par fugacidadepermanência percorre as ruas da cidade, apelando para a memória coletiva, entre restos de automóveis, troncos de árvores caídas e uma grade metálica que bloqueia um melhor futuro. Atrás, abrese um fundo deserto gerado por IA como reflexão sobre a imensidade não explorada do futuro ainda sem percorrer. A obra é um convite a como as ações humanas do presente vão ressoando no futuro, e como será a herança que deixaremos para futuras gerações.
Todos os seres são insubstituíveis, o magnífico equilíbrio natural confere um lugar de protagonismo a cada um de seus atores. Nesse concerto ecossistêmico que flui onipresente, a humanidade não repara nos pequenos seres que sustentam os ciclos da
acudiendo al desconocimiento de la realidad, la desinformación, la repetición de los comportamientos, la negación de las evidencias13, donde prima la incapacidad de poder articular la solución.
Al respecto los artistas Catiuscia Dotto, Will Figueiredo, Alexandre De Nadal, Ana Janaína Perufo y Thiago Trindade se han enfocado en los avatares climáticos que rodean la cuenca del Amazonas. En este sentido la obra de Catiuscia Dotto, presenta una mirada poética sobre las orillas desamparadas de los ríos que se secan y los ríos que se desbordan. Luego de sobrevolar la selva amazónica, y a través de la imagen arquetípica de la madre nutricia, presenta dos pechos femeninos hechos de arcilla recolectada de la orilla de un río amazónico14. Uno lo coloca dentro de un cubo de acrílico para preservarlo, pero en el curso de los días de la exposición se irá secando, y el otro al lado, dentro de un cubo de agua, donde se ira desintegrando. Al verlos cada visitante se convierte en un espectador indolente de la sequía y de las inundaciones, que deja pasar los acontecimientos que se suceden de continuo y de manera sincrónica en las miles de pantallas y dispositivos del globo. Los sucesos fluyen frente a los ojos de los espectadores, que asisten metafóricamente a las múltiples agonías que estas acciones gestan en el tiempo. Siguiendo el marco de las ideas, la obra de instalación de Will Figueiredo "Memories of Tomorrow", trasciende la materialidad, y se expande a través de un portal de realidad aumentada. Un código QR inserto en una plataforma de arena, transporta al espectador a un mundo construido a partir de objetos tridimensionales escaneados. Un viaje que trabaja el par fugacidadpermanencia, recorre las calles de la ciudad, apelando a la memoria colectiva, entre restos de automóviles, troncos de árboles caídos y una verja metálica que bloquea un mejor futuro. Detrás se abre un fondo desierto generado por IA como reflexión de la inmensidad no explorada del futuro aun por recorrer. La obra es una invitación a como las acciones humanas del presente van resonando en el futuro, tanto como a la herencia que dejaremos a las futuras generaciones.
Todos los seres son irreemplazables, el magnífico equilibrio natural otorga un lugar protagónico a cada uno de sus actores. En ese concierto ecosistémico que fluye omnipresente, la humanidad no repara en los pequeños seres que sostienen los ciclos de
vida. Ana Janaína Perufo apresenta sua obra que adverte sobre o papel essencial e silencioso das abelhas e cita: “Se as abelhas desaparecessem do planeta, só restariam ao homem quatro anos de vida”15.
Propõe dar visibilidade a este pequeno e delicado ser, de forma poética, através de uma obra de instalação composta por uma abelha híbrida, cujas asas foram feitas de pétalas de flores de plástico. Uma abelha sem vida, uma simulação congelada dentro de um cubo de acrílico, e, ao lado, uma série de desenhos delicadamente bordados que simbolizam as marcas do desprezo pela vida. O fato de que a artista tenha trabalhado a ação do bordar lembra o incansável trabalho e dedicação da ação das mãos artesãs, assim como as abelhas em suas ações cotidianas de polinização. O ressurgimento das ideias ambientais e que colocam o foco em um olhar crítico sobre as atividades humanas desenvolvidas desde os tempos de industrialização, também faz parte de compreender quais são nossas guerras atuais. Estas têm por objetivo proteger a água e a terra, e nesse sentido a obra de Thiago Trindade estende seu olhar para Manaus e, através de fotografias, fotografias com intervenções e a associação de elementos em fotografias sobrepostas, faz emergirem dois elementos: a matéria conectiva das águas e a natureza colonial da palmeira. Sua obra reflete sobre as duas faces de uma mesma realidade: de um lado, sobre o abandono dos recursos da água e o desmesurado peso da tecnosfera que invade o hábitat natural e destrói os ecossistemas, o transbordamento das águas, as inundações e a contaminação, e do outro, sobre as transformações e os estigmas intermediados pelo avanço das ideias da colonização sobre os territórios16.
Seguindo o curso das águas, o artista Alexandre De Nadal inclui em sua obra “Avenida Amazonas” uma sequência de vídeo com fotografias manipuladas com IA (inteligência artificial) de um trajeto de 1,5 km de uma inundação na Avenida Amazonas, localizada no bairro de São Geraldo (Porto Alegre), que busca estabelecer uma conexão simbólica com o rio Amazonas — um diálogo entre espaços distantes que compartilham a mesma crise —, revelando a ação e a reação dentro de um mesmo sistema. Seguindo as ideias de Latour, o artista interrompe as imagens, que representam a realidade de bairros invadidos pelas águas, com múltiplos anúncios publicitários desde irônicos até hilariantes, que prometem
la vida. Ana Janaína Perufo presenta su obra que advierte sobre el papel esencial y silencioso de las abejas, y cita: “Si la abeja desapareciera del planeta, al hombre solo le quedarían 4 años de vida”15.
Propone dar visibilidad a este pequeño y delicado ser, de manera poética, a través de una obra de instalación compuesta por una abeja híbrida, donde sus alas están hechas de pétalos de flores de plástico. Una abeja sin vida, una simulación congelada dentro de un cubo de acrílico y al lado una serie de dibujos delicadamente bordados que simbolizan las huellas del desprecio por la vida. El hecho que la artista haya trabajado la acción del bordar, recuerda la laboriosidad y dedicación de la acción de las manos artesanas, tanto como de las abejas en sus acciones cotidianas de polinización. El resurgimiento de las ideas ambientales y que ponen el foco en una mirada crítica sobre las actividades humanas desplegadas desde los tiempos de industrialización, son parte también de comprender cuales son nuestras guerras actuales. Estas tienen por objetivo proteger el agua y la tierra, en este sentido la obra de Thiago Tridade extiende su mirada hacia Manaos y a través de fotografías, fotografías intervenidas y la asociación de elementos en fotografías superpuestas hace emerger dos elementos: la materia conectiva de las aguas y la naturaleza colonial de la palmera. Su obra reflexiona sobre las dos caras de una misma realidad por un lado sobre el abandono de los recursos del agua y el desmesurado peso de la tecnosfera que invade el hábitat natural y destruye los ecosistemas, el desborde de las aguas, las inundaciones y la contaminación, y por el otro sobre las transformaciones y los estigmas oficiados por el avance de las ideas de la colonización sobre los territorios16.
Siguiendo el curso de las aguas, el artista Alexandre De Nadal incluye en su obra “Avenida Amazonas” una secuencia de video con fotografías manipuladas con IA (inteligencia artificial) de un trayecto de 1.5km de una inundación en la Avenida Amazonas, ubicada en el barrio de São Geraldo (Porto Alegre), que busca establecer una conexión simbólica con el río Amazonas un diálogo entre espacios distantes que comparten la misma crisis revelando la acción y reacción dentro de un mismo sistema. Siguiendo las ideas de Latour, el artista interrumpe las imágenes que representan la realidad de barrios invadidos por las aguas, con múltiples anuncios publicitarios desde
soluções através de produtos comerciais impossíveis: "Tapete Seco", um tapete para caminhar de forma segura sobre as águas; "Deságua", um aerossol repelente de agua; "Construção Ágil", um sistema de dreno da NASA para cidades resilientes; uma cerca antiinundação; pílulas que deixam uma barreira invisível contra a água etc., que repetem os comportamentos históricos sobre a desinformação e os fluxos de informação da mídia, que costuma desconhecer, tergiversar, falsificar, encobrir e, através de argumentos de mercado, midiatizar e muitas vezes banalizar os problemas.
Efêmero
A partir de um foco fenomênico, as obras de Gabriela Paludo Sulczinski e de Manoela FurtadoCaroene Neves (artista convidada) respondem a uma proposta timespecific, ou seja, obras criadas para um tempo e um lugar. Ambas as obras se expressam a partir da corporeidade, que conceitualmente é espacial e temporal, em que o corpo se comporta como um recipiente, como um lugar no qual se criam, se conhecem e se reconhecem imagens ligadas à experiência de vida17.
A obra “Tempos (em Fragmentos)” de Gabriela Paludo Sulczinski, explora — portando uma vestimenta etérea de cor vermelha — a dimensão do corpo em movimento dentro de diferentes cenários naturais, interferindo e habitando de forma sutil os espaços, em uma performance de seis minutos de duração. A performerintérprete coloca em valor o tempo do instante presente e recorre a Derrida:
A essência do testemunho não se reduz necessariamente à narração, isto é, às relações descritivas, informativas, ao saber ou à narrativa; é em primeiro lugar um ato presente (DERRIDA, 2004).
A obra se apresenta através da sequência de vídeo completa (videoperformance) e em uma série de fotografias capturadas que exploram os momentos, o gesto inacabado, o ritmo do corpo, sua sequência e o efêmero dos momentos fugazes. Visibiliza e coloca em contraste o valor do acontecimento situado e definido por seus movimentos, deslizando a cor
irónicos hasta hilarantes, que prometen soluciones a través de productos comerciales imposibles: "Tapete Seco" una alfombra donde caminar seguro sobre las aguas, "Desagua" un aerosol repelente de agua, "Construcción Ágil" un sistema de drenaje de la NASA para ciudades resilientes, una cerca anti inundación, píldoras que dejan una barrera invisible contra el agua, etc. que repiten los comportamientos históricos sobre la desinformación y los flujos de información de medios, que suelen desconocer, tergiversar, falsear y encubrir, y a través de argumentos de mercado mediatizar y muchas veces banalizar las problemáticas.
Efímero
Desde un enfoque fenoménico las obras de Gabriela Paludo Sulczinski, y de Manoela FurtadoCaroene Neves (artista invitada), responden a un planteo timespecific, es decir creadas para un tiempo y un lugar. Ambas obras se expresan a partir de la corporeidad, que conceptualmente es espacial y temporal, donde el cuerpo se comporta como un contenedor, como un lugar en el que se crean, se conocen y se reconocen imágenes ligadas a la experiencia de vida17.
La obra “Tiempos (en Fragmentos)” de Gabriela Paludo Sulczinski, explora –portando una vestimenta etérea de color rojo – la dimensión del cuerpo en movimiento dentro de distintos escenarios naturales, interfiriendo y habitando de manera sutil los espacios, en una performance de seis minutos de duración. La performerintérprete pone en valor el tiempo del instante presente y acude a Derrida:
La esencia del testimonio no se reduce necesariamente a la narración, es decir, a relaciones descriptivas, informativas, de conocimiento o narrativa; es ante todo un acto presente (DERRIDA, 2004).
La obra se presenta a través de la secuencia de video completa (video performance) y en una serie de fotografías capturadas que exploran los momentos, el gesto inacabado, el ritmo del cuerpo, su secuencia y lo efímero de los momentos fugaces. Visibiliza y pone en contraste, el valor del acontecimiento situado y definido por sus movimientos, deslizando
vermelha de seu atavio que materializa a representação, enquanto canaliza o sentido do momento presente e a contemplação do tempo — que se sucede de modo inevitável — dentro dos cenários naturais, fomentando a necessidade de viver em harmonia com a natureza.
A obra “14 dias e 3.135km” de Manoela Furtado, criada e produzida com Caroene Neves (artista convidada), é uma videoperformance, que faz referência aos deslocamentos e encontros entre duas amigas, utilizando como meio simbólico uma carta enviada por correio por Caroene a Manoela, de Manaus até Porto Alegre. A carta levava anotações, quadros, colagens, papeis rabiscados, passagens velhas de avião e outros envelopes menores com lembranças afetivas para Manoela. Na performance de vídeo, Manoela apresenta uma sequência de movimentos que podem ser lidos como uma trama de interações físicas e mentais entre as amigas, que se materializam nos diálogos entre os elementos que contêm as comunicações enviadas pela carta postal. A artista manipula com cuidado e afeto cada um destes elementos, desdobra seu corpo, seus gestos e sua respiração, revelando um interesse metafórico que alude ao sentido da interdependência que nos inclui e relaciona de forma permanente. Revela uma instalação visual ao final do ato performático que instala a necessidade do cuidado de tudo que nos rodeia, e especialmente os seres do mundo, colocando um foco particular na preservação das relações humanas. Resiliência
Apesar dos danos sofridos, Gea18 parece imortal — e renasce na obra de Maxi Rodrigues, é restaurada na obra de Priscila Pinto (artista convidada), busca sua própria cura à luz dos saberes ancestrais nas obras de Sebastião Alves (artista convidado), Elaine Stankiwich e Nina Eick, e ressurge plena de poesia e pertencimento na obra de Tetê Barachini.
Seguindose as ideias de Susan Sontag (2006) sobre a imagem, que emerge como um objeto real, que intervém, modifica e produz a realidade social, desde as águas amazônicas
el color rojo de su atuendo que materializa la representación, mientras canaliza el sentido del momento presente y la contemplación del tiempo – que se sucede de modo inevitable – dentro de los escenarios naturales, fomentando la necesidad de vivir en armonía con la naturaleza.
La obra “14 días y 3.135km” de Manoela Furtado creada y producida con Caroene Neves (artista invitada) es una video performance, que hace referencia a los desplazamientos y encuentros entre dos amigas, utilizando como medio simbólico, una carta enviada por correo por Caroene a Manoela desde Manaos hacia Porto Alegre. La carta llevaba notas, cuadros, collages, papeles garabateados, billetes de avión viejos y otros sobres más pequeños con trozos de recuerdos afectivos para Manoela. En la performance de video, Manoela presenta una secuencia de movimientos que pueden ser leídos como un tejido de interacciones físicas y mentales entre las amigas, que se materializan en los diálogos entre los elementos que contienen las comunicaciones enviadas por la carta postal. La artista manipula con cuidado y afecto cada uno de estos elementos, despliega su cuerpo, sus gestos y su respiración, revelando un interés metafórico que alude al sentido de la interdependencia que nos incluye y relaciona de manera permanente. Revela una instalación visual al final del acto performático, que instala la necesidad del cuidado de todo lo que nos rodea, y especialmente los seres del mundo, haciendo particular foco en la preservación de las relaciones humanas.
Resiliencia
A pesar de los daños recibidos, Gea18 parece inmortal – y renace en la obra de Maxi Rodrigues, se restaura en la obra de Priscila Pinto (Artista invitada), se procura su propia sanación a la luz de los saberes ancestrales en las obras de Sebastião Alves (Artista invitado), Elaine Stankiwich y Nina Eick, y resurge plena de poesía y pertenencia en la obra de Teté Barachini.
Siguiendo las ideas de Susan Sontag (2006) sobre la imagen, que emerge como un objeto real, que interviene, modifica y produce la realidad social, desde las aguas amazónicas
— onde cada um dos rios tem uma memória contida na diversidade de seus percursos e suas margens, em suas itinerâncias selváticas, em seus laços biológicos com as comunidades ribeirinhas —, surge a obra “Pequenos Planetas da Amazônia” de Maxi Rodrigues. Como se se tratasse de muitos nascimentos, o artista busca capturar as capas de significados e trazêlos à luz desde as águas que contornam e penetram a cidade de Manaus e suas proximidades, e se fazem visíveis como paisagens digitalmente modificadas.
Priscila Pinto (artista convidada) aborda em sua obra “Entre o céu e a terra” a exigência artística de promover um compromisso criativo a modo de restauração, diante da escalada de imprudências produzidas através das ações humanas. Apresenta uma instalação que apela à figura transformativa da serpente, uma serpente iluminada — que trocará sua pele feita de terra, água, fogo e ar, no meio do caos — e normalizará os ciclos da natureza, ajustando os fluxos das chuvas, promovendo o equilíbrio entre os seres e o meio ambiente da bacia Amazônica.
À luz da recuperação dos saberes ancestrais, a obra “Processos Xamânicos”, de Sebastião Alves, é constituída por uma série de trabalhos de investigação artística que se relacionam com os rituais xamânicos da Amazônia. Baseada em suas obras anteriores, recorre à figura do xamã como interlocutor da cultura nas sociedades indígenas e de significação concentrada do saberfazer e poder autocurativo da terra, corpo manifestado, que contém e integra os seres e as forças da natureza.
Apelando aos conteúdos ancorados na cultura, Elaine Stankiwich apresenta sua obra "Asa, um manto vermelho", uma medusa que transmuta e se visibiliza na forma de uma asa de dragão, que se manifesta em diferentes gradações da cor vermelha, pulsátil, cuja vibração se parece à iminência de algo por acontecer. Evoca seres oníricos, máscaras, animais, um ser fantástico, mítico e etéreo que se corporiza na obra, parte do conhecimento ancestral de Manaus, cujas lendas estão aninhadas no tempo remoto da cultura e do inconsciente coletivo.
– donde cada uno de los ríos tiene una memoria contenida en la diversidad de sus recorridos y sus márgenes, en sus itinerancias selváticas, en sus lazos biológicos con las comunidades ribereñas – surge la obra “Pequeños Planetas de la Amazonia” de Maxi Rodrigues. Como si se tratara de muchos nacimientos, el artista busca capturar las capas de significados y sacarlos a la luz desde las aguas que rodean y penetran la ciudad de Manaos y sus cercanías, y se hacen visibles como paisajes digitalmente modificados.
Priscila Pinto (Artista invitada), aborda en su obra “Entre el cielo y la tierra” la exigencia artística de promover un compromiso creativo a modo de restauración, frente a la escalada de imprudencias producidas a través de las acciones humanas. Presenta una instalación que apela a la figura transformativa de la serpiente, una serpiente iluminada que mudará su piel hecha de tierra, agua, fuego y aire, en medio del caos y normalizará los ciclos de la naturaleza, ajustando los flujos de las lluvias, promoviendo el equilibrio entre los seres y el medio ambiente de la cuenca Amazónica.
A la luz de la recuperación de los saberes ancestrales a obra “Procesos Chamánicos” de Sebastião Alves consta de una serie de trabajos de investigación artística que se relacionan con los rituales chamánicos de la Amazonia. Basado en sus obras anteriores, recurre a la figura del chamán como interlocutor de la cultura en las sociedades indígenas y de significación concentrada del saberhacer y poder autocurativo de la tierra, cuerpo manifestado, contenedor e integrador de los seres y las fuerzas de la naturaleza.
Apelando a los contenidos anclados en la cultura Elaine Stankiwich, presenta su obra "Ala, un manto rojo", una medusa que transmuta y se visibiliza en la forma de un ala de dragón, que se manifiesta en distintas gradaciones de color rojo, pulsátil, cuya vibración se asemeja a la inminencia de algo por suceder. Evoca seres oníricos, máscaras, animales, un ser fantástico, mítico y etéreo que se corporiza en la obra, parte del conocimiento ancestral de Manaos, cuyas leyendas anidan en el tiempo remoto de la cultura y el inconsciente colectivo.
Continuando esse eixo, Nina Eick apresenta sua obra “Areia” e cita:“Um marinheiro me contou que a boa brisa lhe soprou que vem aí bom tempo. O pescador me confirmou que o passarinho lhe cantou que vem aí bom tempo.”19 A artista coloca em diálogo duas realizações em vídeo: "Areia" e "Que vento?" utiliza narrativas de características abertas e ambíguas, que se abrem às múltiplas interpretações do observador, enquanto pretende se vingar das dificuldades e penúrias da vida. "Tempo Bom" propõe a necessidade de remontar aos momentos que foram uma boa época, propõe um alento de esperança que coloca o foco nas possibilidades que temos em nossas mãos de “escolher” e lavrar nosso presente e futuro.
Encerra este rico percurso a obra "Junto Coisa Junto à Coisa" de Tetê Barachini, uma instalação emotiva e pessoal, repleta de subjetividade e pertencimento identitário, disposta sobre a superfície laranja de uma parede do Palacete de Manaus e expressa o seguinte:
“O laranja costumava ser um espaço para falar de lembranças e, de repente, se transformou em um espaço para falar de um presente inimaginável.”20
Assim descreve o espaço físico, mas também espiritual, onde aninhar “uma pequena mala” e “transportar objetos que provoquem proximidade entre o sul e o norte do Brasil” com a devida atenção para “o transbordamento das águas das inundações ou as prolongadas secas”. Um espaço recordado desde a saudade, que sofreu uma transformação inimaginável devido às mudanças climáticas, “laranja costumava ser a cor da areia e do solo limoso”, mas “se transformou na cor do barro que invadiu Porto Alegre durante a inundação (maio, 2024)”21.
Sua obra configura uma cartografia de objetos que revivem as significações do passado e que sobrevivem atribuindo as histórias do presente: “um mapa da rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre”, que rememora “o uso indevido das terras junto ao rio e os milhares de afrobrasileiros que encontraram a morte nas lutas da Guerra do Paraguai”22; uma sequência de vídeo “das águas do Guaíba com o som do Candombe” que dialoga com o mapa, destacando a herança africana da América do Sul23; “duas redes sobrepostas que sustentam corpos curvilíneos”, cujo tecido listrado remete “a uma foto da inundação de
Continuando el eje, Nina Eick presenta su obra “Arena”, y cita: "Un marinero me dijo que le soplaba la buena brisa que viene el buen tiempo. El pescador le confirmó que el pajarito le cantaba que se acerca el buen tiempo"19. La artista pone en diálogo dos realizaciones en video: "Arena" y "Qué viento?", utiliza narrativas de características abiertas y ambiguas, que se abren a las múltiples interpretaciones del observador, en tanto pretende vengarse de las dificultades y penurias de la vida. "Buen tiempo", plantea la necesidad de remontarse a los momentos que fueron una buena época, propone un aliento esperanzador que pone el foco en las posibilidades que tenemos en nuestras manos de “elegir” y labrar nuestro presente y futuro.
Cierra este rico recorrido, la obra "Junto Coisa Junto à Coisa" de Tetê Barachini, una instalación emotiva y personal, repleta de subjetividad y pertenencia identitaria, dispuesta sobre la superficie naranja de una pared del Palacete de Manaos y expresa:
"El naranja solía ser un espacio para hablar de recuerdos y de repente se convirtió en un espacio para hablar de un presente inimaginable."20
Así describe el espacio físico, pero también espiritual donde anidar “una pequeña maleta” y “transportar objetos que provoquen proximidad entre el sur y el norte de Brasil” con la debida atención “al desborde de las aguas de las inundaciones o a las prolongadas sequías”. Un espacio recordado desde la añoranza, que ha sufrido una transformación inimaginable por el cambio climático “naranja solía ser el color de la arena y del suelo limoso”, sin embargo “se convirtió en el color del barro que invadió Porto Alegre durante la inundación (mayo, 2024)”21.
Su obra configura una cartografía de objetos que reviven las significaciones del pasado y que sobreviven signando las historias del presente: “un mapa de la calle Voluntários da Pátria, en Porto Alegre”, que rememora “el uso indebido de las tierras junto al río y los miles de afrobrasileños que encontraron la muerte en las luchas de la Guerra del Paraguay”22; una secuencia de video “de las aguas del Guaíba con el sonido del Candombe” que dialoga con el mapa, destacando la herencia africana de América del Sur23; “dos hamacas superpuestas que sostienen cuerpos curvilíneos” cuyas telas con
Porto Alegre de 1941, onde duas pessoas vestiam pijamas listrados”; a palavra “Rios”, sinal do sistema circulatório que nutre e dá vida à bacia amazônica e duas peças de madeira pertencentes aos ferrys Parintins do Amazonas, indicativo de suas viagens reais, mas principalmente das imaginárias. Destaca a presença das redes:
"este maravilhoso objeto de convivência e acolhimento, um lugar móvel de pertencimento temporal, um objeto que pende e se reafirma como coisa praticando diferentes territorialidades para nós, os nômades brasileiros".24
Tetê Barachini reúne e associa com afeto esses objetos em um work in progress, que se assume como um espaço de pertencimento e de sentido, de suas obsessões, aspirações e desejos, desde as intensidades e contradições dos espaços e dos territórios da realidade até a possibilidade de criar aqueles que surgem com suas próprias lógicas, baseadas nas relações que se imiscuem pelas fraturas do sistema, diferentes da ordem e das continuidades dos relatos da história, aqueles que fogem da homogeneidade e constroem “as histórias dos espaços outros”, os que são criados desde a heterotopia25. Palavras finais
São apresentadas as obras do grupo de pesquisa OMLAB dirigido por Tetê Barachini do Programa de PósGraduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, esperando suscitar nos visitantes o desejo de recorrer a exposição, o desenvolvimento de novas agências de ativação sensível, para que possam ser partícipes e fazedores/as de novas e renovadas imagens de futuro, para a instauração de Dias claros com Bom Tempo.
rayas remiten “a una foto de la inundación de Porto Alegre de 1941 donde dos personas llevaban piyamas a rayas”; la palabra “Ríos” señal del sistema circulatorio que nutre y da vida a la cuenca amazónica y dos piezas de madera pertenecientes a los ferrys Parintins del Amazonas, indicativo de sus viajes reales pero sobre todo de los imaginarios. Destaca la presencia de las hamacas:
“este maravilloso objeto de convivencia y acogimiento, un lugar móvil de pertenencia temporal, un objeto que cuelga y se reafirma como cosa practicando diferentes territorialidades para nosotros los nómadas brasileños”.24
Tetê Barachini reúne y asocia con afecto, estos objetos en un work in progress, que se asume como un espacio de pertenencia y de sentido, de sus obsesiones, aspiraciones y deseos, desde las intensidades y contradicciones de los espacios y los territorios de la realidad, hasta la posibilidad de crear aquellos que surgen con sus propias lógicas, basados en las relaciones de se cuelan por las fracturas del sistema, diferentes al orden y a las continuidades de los relatos de la historia, aquellos que huyen de la homogeneidad, y construyen “las historias de los espacios otros” los que se crean desde la heterotopía25.
Palabras Finales
Se presentan las obras del grupo de investigación OMLAB dirigido por Tete Barachini del Programa de Posgrado en Artes Visuales de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (Brasil), esperando suscitar en los visitantes que recorran la exposición, el desarrollo de nuevas agencias de activación sensible, para que puedan ser partícipes y hacedores/ as de nuevas y renovadas imágenes de futuro, hacia la instauración de Días claros con Buen Tiempo.
Notas
1 Daniela V. Di Bella. Nascida em Buenos Aires, Argentina, é arquiteta (Universidade de Morón, Argentina) e tem especialização em Design Arquitetônico (na mesma universidade), Mestre em Gestão de Design (Faculdade de Design e Comunicação, Universidade de Palermo, Argentina) e doutoranda em Educação Superior, na Faculdade de Ciências Sociais, Cátedra Unesco (UP, Argentina). Ela pesquisa sobre prospectiva, futuro e teoria do Design e da Arquitetura, e seus vínculos com a transição e a sustentabilidade. Atua como Coordenadora de Projetos Interinstitucionais: Incubadora de Projetos de Pesquisa do Instituto de Pesquisa em Design, UP Argentina. Dirige desde 2014 a Linha de Pesquisa Design em Perspectiva: Cenários do Design, com o convênio acadêmico entre a Universidade de Palermo (Argentina) e a Universidade Carnegie Mellon (EUA). Ela compõe o Corpo Acadêmico de Pósgraduação em Design, é professora titular de Design 4 do Mestrado em gestão do Design (UP) vinculada ao Programa Transition Design (TD) do Doutorado em TD e Transition Design Institute CMU (EUA). Foi Diretora do Departamento de Produção CPDC e Cocoordenadora do Departamento de Multimídia da Universidade de Palermo. Tem mais de 30 anos de experiência em gestão e produção editorial, edição técnicocientífica, design e direção de arte, design fotográfico e arquitetura publicitária. Coordenou vários livros de pesquisa, arte e design, é autora de inúmeros artigos de pesquisa, par revisor de agências e publicações nacionais e internacionais, curadora de exibições de arte e publicações de design, jurada em eventos científicos e culturais. ORCID ID 0000000309238755.
2 Barachini (2024) SulNorteSul. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
3 Alexander von Humboldt (17691859) en su obra "Viaje a las regiones equinocciales del Nuevo Mundo" fue uno de los primeros en introducir la idea de la Tierra como un organismo vivo en el pensamiento occidental, y que con el tiempo se convirtió en la base del movimiento ambiental. En: El Antropoceno. VPRO documental. Director: Alexander Oey. Holanda (2017). (Disponible en: https://www.youtube.com/watch? v=AW138ZTKioM
4 Tetê Barachini é artista, pesquisadora e professora do Programa de PósGraduação em Artes Visuais e da Graduação no Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS. Doutora em Poéticas Visuais pelo PPGAVUFRGS. Mestre em Artes com ênfase em Poéticas Visuais pela ECAUSP. Foi chefe do Departamento de Artes Visuais do IA–UFRGS (20162018). Atualmente é coordenadora do Programa de Pósgraduação em Artes Visuais (PPGAVUFRGS) (20212025). Presidenta do Fórum dos Coordenadores de PósGraduação da UFRGS. Representante Discente na Câmara de PósGraduação da UFRGS e Membro do CEPEUFRGS. Participa como curadora, organizadora e artista visual em exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior desde 1987. Destaca entre suas produções mais recentes nacionais e internacionais a participação nas exposições Incertezas em Gaia (2023), Techne (2019); táMONDuÀ (2019); Meio CaminhoOcupação 4 (2019); Pro Posições (2017); Imesura (2017); Espiação (2016); Portáveis (2014). Além da produção poética, realizou publicações na área de Artes em periódicos nacionais e internacionais e desempenhou a função de Editora da Revista PORTO ARTE (20172021). Ela coordena o Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS. Desenvolve projeto de pesquisa que envolve aproximações poéticas e objetos tridimensionais sensíveis, ao considerar suas apresentações materiais e imateriais e as
Notas
1 Daniela V. Di Bella. Nacida en Buenos Aires, Argentina, es Arquitecta (Universidad de Morón, Argentina) con una Especialización en Diseño Arquitectónico (misma casa de estudios), Magister en Gestión del Diseño (Facultad de Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo, Argentina) y Candidata a Doctora (a nivel de Tesis) del PhD en Educación Superior, Facultad de Ciencias Sociales, Catedra Unesco (UP, Argentina). Investiga sobre prospectiva, futuro y teoría del Diseño y la Arquitectura, sus vínculos con la transición y la sostenibilidad. Se desempeña como Coordinadora de Proyectos Interinstitucionales: Incubadora de Proyectos de Investigación del Instituto de Investigación en Diseño, UP Argentina. Dirige desde 2014 la Línea de Investigación Diseño en Perspectiva: Escenarios del Diseño bajo el convenio académico entre la Universidad de Palermo (Argentina) y Carnegie Mellon University (EEUU). Es parte del Cuerpo Académico del Posgrado en Diseño, Profesora Titular de Diseño 4 de la Maestría en Gestión del Diseño (UP) vinculada al Programa Transition Design (TD) del PhD en TD y Transition Design Institute CMU (EEUU). Fue Directora del Departamento de Producción CPDC y CoCoordinadora del Departamento de Multimedia de la Universidad de Palermo. Con experiencia de más de 30 años en Gestión y producción editorial, Edición científicotécnica, Diseño y dirección de arte, Diseño fotográfico y Arquitectura publicitaria. Coordinadora de varios Libros de investigación, arte y diseño, Autora de numerosos artículos de investigación, Par revisor de agencias y publicaciones nacionales e internacionales, Curadora de muestras de arte y publicaciones de diseño, Jurado en eventos científicos y culturales. ORCID ID 0000000309238755.
2 Barachini (2024) SulNorteSul. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
3 Alexander von Humboldt (17691859) en su obra "Viaje a las regiones equinocciales del Nuevo Mundo" fue uno de los primeros en introducir la idea de la Tierra como un organismo vivo en el pensamiento occidental, y que con el tiempo se convirtió en la base del movimiento ambiental. En: El Antropoceno. VPRO documental. Director: Alexander Oey. Holanda (2017). (Disponible en: https://www.youtube.com/watch? v=AW138ZTKioM).
4 Tetê Barachini es artista, investigadora y profesora del Programa de Postgrado en Artes Visuales y de la Carrera de Graduación del Departamento de Artes Visuales del Instituto de Artes de la UFRGS. Doctora en Poéticas Visuales por el Programa de Postgrado en Artes Visuales (PPGAVUFRGS). Maestra en Artes con énfasis en Poéticas Visuales por ECAUSP (Brasil). Fue jefe del Departamento de Artes Visuales de la IA–UFRGS (20162018). Actualmente es coordinadora del Programa de Posgrado en Artes Visuales (PPGAVUFRGS) (20212025). Presidente del Foro de Coordinadores de Posgrado de la UFRGS. Representante de la Cámara de Posgrado de la UFRGS y Miembro del CEPEUFRGS. Ha participado como curadora, organizadora y artista visual en exposiciones individuales y colectivas en Brasil y en el exterior desde 1987. Entre sus producciones nacionales e internacionales más recientes se destacan su participación en las exposiciones Incertezas em Gaia (2023), Techne (2019); táMONDuÀ (2019); Meio CaminhoOcupação 4 (2019); Pro Posições (2017); Imesura (2017); Espiação (2016); Portáveis (2014). Además de su producción poética, publicó en el área de Artes en revistas nacionales e internacionales y se desempeñó como Editora de la Revista PORTO ARTE (20172021). Coordina el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OMLAB) CNPqUFRGS. Desarrolla un proyecto de investigación que involucra abordajes poéticos y sensibles a los objetos tridimensionales, considerando sus presentaciones materiales e inmateriales y sus posibles
possíveis interações com o outro (sujeito) e com o espaço urbano e utiliza mídias locativas em seus processos criativos a fim de gerar mapas de geolocalização. Website: https:// www.tb.art.br/ Email: tete.barachini@gmail.com e barachini@ufrgs.br.
5 Op. Cit Barachini (2024) SulNorteSul.
6 Ibidem.
7 O termo Antropoceno indica uma mudança profunda e irreversível nos sistemas da terra constatável em uma pegada geológica alarmante, determinada por nossas práticas e actividades nos últimos 200 anos. Criado pelo biólogo estadunidense Eugene F. Stoermer, este vocábulo foi popularizado no início dos anos 2000 pelo holandês Paul Crutzen, prêmio Nobel de Química, para designar a época em que as atividades humanas começaram a provocar mudanças biológicas e geofísicas em escala mundial. Ambos os cientistas haviam comprovado que essas mutações tinham alterado o relativo equilíbrio em que se mantinha o sistema terrestre desde o início da época holocena, ou seja, há 11.700 anos. Em: UNESCO. Bienvenidos al antropoceno. El Correo de la UNESCO AbrilJunio. EEUU: Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (2018). Rejane Issberner y Lena, 2018: 7.
8 Para ampliar os conceitos sobre os estilos da vida cotidiana no Ocidente e ideias sobre transição sustentável, consultar: Di Bella, D. V. Intervenciones del Diseño II: Alfabetización ecológica y transiciones sostenibles. Experiencia Diseño en Perspectiva 20222026. Cuaderno N°222. Buenos Aires: Centro de Estudios en Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo (2024: 117160.).
9 Para Rob Nixon, as razões por trás da violência lenta são a comodificação dos recursos naturais e do meio ambiente como um produto do mercado (Nixon, 2011).
10 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.
11 É importante que sejamos conscientes das contradições que ocorrem entre nossos desejos imediatos e o que sabemos das mudanças climáticas. Precisamos de outro tipo de sociedade. Não podemos manter a forma atual do capitalismo durante outros 100 ou 200 anos. O correto seria deslegitimizar o consumismo e reeducar nossos desejos. Temos que assumir a responsabilidade de transmitir esta mensagem nas escolas e universidades. (Entrevista ao historiador da Universidade de Chicago, Dipesh Chakrabarty, realizada por Shiraz Sidhva.) No Correio da UNESCO, 2018: 14).
12 Ferraz (2024). Eu moro perto da refinaría. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
13 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.
14 Dotto (2024). O que transborda e o que esgota além dos ríos? In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
15 A citação, mal atribuída a Albert Einstein, foi extraída do documentário The Happening (El Incidente/El fin
interacciones con el otro (sujeto) y con el espacio urbano y utiliza medios locativos en sus procesos creativos con el fin de generar mapas de geolocalización. Sitio web: https://www.tb.art.br/ Correo electrónico: tete.barachini@gmail.com y barachini@ufrgs.br.
5 Op. Cit Barachini (2024) SulNorteSul.
6 Ibidem.
7 El término Antropoceno indica un cambio profundo e irreversible en los sistemas de la tierra constatable en una huella geológica alarmante, determinada por nuestras prácticas y actividades de los últimos 200 años. Creado por el biólogo estadounidense Eugene F. Stoermer, este vocablo lo popularizó a principios de 2000 el holandés Paul Crutzen, premio Nobel de Química, para designar la época en la que las actividades del hombre empezaron a provocar cambios biológicos y geofísicos a escala mundial. Ambos científicos habían comprobado que esas mutaciones habían alterado el relativo equilibrio en que se mantenía el sistema terrestre desde los comienzos de la época holocena, esto es, desde 11.700 años atrás. En: UNESCO. Bienvenidos al antropoceno. El Correo de la UNESCO AbrilJunio. EEUU: Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (2018). Rejane Issberner y Lena, 2018: 7.
8 Para ampliar los conceptos acerca de los Estilos de la vida cotidiana en Occidente, y las ideas de la transición sostenible, se puede consultar: Di Bella, D. V. Intervenciones del Diseño II: Alfabetización ecológica y transiciones sostenibles. Experiencia Diseño en Perspectiva 20222026. Cuaderno N°222. Buenos Aires: Centro de Estudios en Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo (2024: 117160.).
9 Para Rob Nixon las razones detrás de la violencia lenta son la comodificación de los recursos naturales y del medioambiente como un producto del mercado (Nixon, 2011).
10 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.
11 Es importante que seamos conscientes de las contradicciones que se dan entre nuestros deseos inmediatos y lo que sabemos del cambio climático. Necesitamos otro tipo de sociedad. No podemos mantener la forma actual del capitalismo durante 100 o 200 años más. Seria acertado deslegitimar el consumismo y reeducar nuestros deseos. Tenemos que asumir la responsabilidad de transmitir este mensaje en las escuelas y universidades (Entrevista al historiador de la Universidad de Chicago Dipesh Chakrabarty realizada por Shiraz Sidhva. En El Correo de la UNESCO, 2018: 14).
12 Ferraz (2024). Eu moro perto da refinaría. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
13 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.
14 Dotto (2024). O que transborda e o que esgota além dos ríos? En Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
15 La cita mal atribuida a Albert Einstein, esta extraída del documental The Happening (El Incidente/El fin de los tiempos), de M. Night Shyamalan, y pertenece a un panfleto de la Unión de apicultores belgas cuyas
de los tiempos), de M. Night Shyamalan, e pertence a um panfleto da União de Apicultores Belgas cujas manifestações ativistas de 1994 faziam denúncias em defesa de sua atividade. (Fonte: www.ecocolmena.org).
16 Sobre o tema das ameaças e tragédias do avanço colonial e a noção do limite, o trabalho “Margem Negada” de Teresinha Barachini analiza o Muro da Av. Mauá, localizado na margem da área portuária da cidade de Porto Alegre. Desde o lugar do não monumento, constituise em uma linha, um desenho, um objeto tridimensional planar e longitudinal, cujo pertencimento de sua construção na década de 70 (do século passado) e de sua atual permanência em 2021 está conectada ao imaginário coletivo de histórias, as quais se sobrepõem há mais de dois séculos, e às decisões políticas específicas que redimensionam de que forma ocupamos e praticamos no dia a dia nosso pertencimento às áreas citadinas. Ver em Barachini, Teresinha (2023) Margem Negada. Visiones del Diseño V. Diseño y Antropoceno: Desafíos sostenibles, resilientes y regenerativos. Cuaderno N°158 (Coordinación Terry Irwin y Daniela V. Di Bella) Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo.
17 Belting, Hans 2007: 7276. En Di Bella Daniela V. El cuerpo como un territorio. Cuaderno N°64. Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo (2017).
18 Gea, Mãe terra deusa primigênia da mitologia grega: https://es.wikipedia.org/wiki/Gea
19 Fragmento da canção “Bom Tempo” de Chico Buarque.
20 Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
21 "Cerca de 144 mortos, 806 feridos e 144 desaparecidos, além das 115 mil pessoas que perderam suas casas e seus pertences, toda a cidade está sem água, eletricidade nem provisões, resultado das inundações históricas no Rio Grande do Sul. A cheia dos rios, provocada por fortes precipitações, saiu completamente do leito pelos fortes ventos que obstruem a drenagem natural até o mar (Fonte: Infobae e La Nación, maio 2024)".
22 A guerra da Tríplice Aliança, conhecida como a Guerra do Paraguai, enfrentou os exércitos aliados da Argentina, do Brasil e do Uruguai contra o Paraguai nos anos de 1865 a 1870. A guerra terminou dia 1º de março de 1870 com a derrota do Paraguai na Batalha de Cerro Corá, quando o exército brasileiro se impôs sobre o paraguaio. Em: Bincaz, Virginia. La guerra de la Triple Alianza. Museo y Biblioteca Casa del acuerdo (Fonte: www.museodelacuerdo.cultura.gob.ar).
23 “Um de cada quatro latinoamericanos se identifica como afrodescendente, conformando a minoria mais invisibilizada da América Latina. Com cerca de 133 milhões de pessoas, a maioria dessa população se concentra no Brasil, na Venezuela, na Colômbia, em Cuba, no México e no Equador.” Em: Afrodescendientes en América Latina. Banco Mundial (Fonte: Banco Mundial, 2024).
24 Op. Cit Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa.
25 Conceito de Heterotopia. Em: Foucault, Michel (1999) Foucault por sí mismo. Obras esenciales, Vol3. Barcelona: Editorial Paidós.
manifestaciones activistas de 1994 reclamaban en defensa de su actividad (Fuente: www.ecocolmena.org).
16 Sobre el tema de las amenazas y tragedias del avance colonial, y la noción de limite, el trabajo “Margen Negado” de Teresinha Barachini, analiza el Muro de la Av. Mauá, ubicado en el borde del área portuaria de la ciudad de Porto AlegreBrasil. Desde el lugar del no monumento se constituye en una línea, un dibujo, un objeto tridimensional planar y longitudinal, cuya pertinencia de su construcción en la década del 70 (del siglo pasado) y de su actual permanencia en el 2021, está conectada al imaginario colectivo de historias, las cuales se sobreponen hace más de dos siglos y a las decisiones políticas específicas que redimensionan de qué forma ocupamos y practicamos en el día a día nuestra pertenencia a las áreas citadinas. Barachini, Teresinha (2023) Margen Negado. Visiones del Diseño V. Diseño y Antropoceno: Desafíos sostenibles, resilientes y regenerativos. Cuaderno N°158 (Coordinación Terry Irwin y Daniela V. Di Bella) Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo.
17 Belting, Hans 2007: 7276. En Di Bella Daniela V. El cuerpo como un territorio. Cuaderno N°64. Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo (2017).
18 Gea, Madre tierra diosa primigenia de la mitología griega: https://es.wikipedia.org/wiki/Gea
19 Fragmento de la canción "Bom Tempo" de Chico Buarque.
20 Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.
21 "Alrededor de 144 muertos, 806 heridos y 144 desaparecidos, además de las 115 mil personas que perdieron sus casas y pertenencias, toda la ciudad está sin agua, electricidad ni suministros, resultado de las inundaciones históricas en Rio Grande do Sul. La crecida de los ríos, provocada por fuertes precipitaciones se ha salido completamente de cauce por los fuertes vientos que obturan el drenaje natural hacia el mar (Fuente: Infobae y Diario La Nación, Mayo 2024)".
22 La guerra de la Triple Alianza, conocida como la Guerra del Paraguay enfrentó a los ejércitos aliados de Argentina, Brasil y Uruguay contra Paraguay en los años de 1865 a 1870. La guerra terminó el 1 de marzo de 1870 con la derrota de Paraguay en la Batalla de Cerro Corá, cuando el ejército brasileño se impuso sobre el paraguayo. En: Bincaz, Virginia. La guerra de la Triple Alianza. Museo y Biblioteca Casa del acuerdo (Fuente: www.museodelacuerdo.cultura.gob.ar).
23 “Uno de cada cuatro latinoamericanos se identifica como afrodescendiente, conformando la minoría más invisibilizada de América Latina. Con alrededor de 133 millones de personas, la mayoría de esta población se concentra en Brasil, Venezuela, Colombia, Cuba, México y Ecuador”. En: Afrodescendientes en América Latina. Banco Mundial (Fuente: Banco Mundial, 2024).
24 Op. Cit Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa.
25 Concepto de Heterotopía. En: Foucault, Michel (1999) Foucault por sí mismo. Obras esenciales, Vol3. Barcelona: Editorial Paidós.
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–Barachini, Teresinha (2023) Margen Negado. Em: Visiones del Diseño V. Diseño y Antropoceno: Desafíos sostenibles, resilientes y regenerativos (Coordinación Terry Irwin y Daniela V. Di Bella) Cuaderno N°158. Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo (Disponível em: https://dspace.palermo.edu/ojs/index.php/cdc/article/view/6956).
–Bincaz, Virginia (Recuperado em 2024) La guerra de la Triple Alianza. Buenos Aires: San Nicolás de los Arroyos. Museo y Biblioteca Casa del acuerdo (Disponível em: https://museodelacuerdo.cultura.gob.ar/ noticia/laguerradelatriplealianza/)
–Di Bella, Daniela V. (2024) Intervenciones del Diseño II: Alfabetización ecológica y transiciones sostenibles. Experiencia Diseño en Perspectiva 20222026. Cuaderno N°222. Buenos Aires: Centro de Estudios en Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo (2024: 117160).
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