COACATU POR SUPUESTO

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Catálogo ­ Projeto Gráfico e Capa: Alexandre De Nadal @alexandredenadal

Exposição do Grupo de Pesquisa

Objeto e Multimídia (OM­LAB)

CNPq­UFRGS

Galeria Manoel Santiago

Palacete Provincial

De 26 de Abril a 30 de Junho

Manaus, 2024

Artistas do grupo de pesquisa

+

Alexandre De Nadal

Ana Janaína Perufo

Catiuscia Dotto

Elaine Stankiwich

Gabriela Paludo Sulczinski

Iran Jorge da Silva

Manoela Furtado

Maxi Rodrigues

Nina Eick

Pedro Ferraz

Rafael de Oliveira

Tetê Barachini

Thiago Trindade

Will Figueiredo

Artistas convidados

+

Alberto Semeler

Caroene Neves

Priscila Pinto

Sebastião Alves

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C652Coacatu por supuesto / Tetê Barachini, autora, organizadora, artista ; Daniela V. Di Bella, autora, curadora ; Alexandre De Nadal, artista, projeto gráfico ; Alberto Semeler ... [et al.], autor e artista. Dados eletrônicos (1 arquivo). – Porto Alegre : UFRGS/IA/PPGAV ; Manaus: Pinacoteca do Estado do Amazonas, 2024.

156 f. : il., color.

Formato: pdf

Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader

ISBN 9786559733743 (on­line)

ISBN 9786559733750 (impresso)

1. Artes visuais. 2. Porto Alegre. 3. Manaus. 4. OM­LAB. 5. Objeto e Multimídia I. Barachini, Tetê. II. Di Bella, Daniela V. . III. Nadal, Alexandre De. IV. Semeler, Alberto.

CDU 7.039

Biblioteca do Instituto de Artes (UFRGS)

Apresentações

Aline de Souza Santana8

João Gustavo Kienen12

Raimundo Rajobac14

Tetê Barachini 16

Curadoria

Daniela V. Di Bella20

Artistas

Alexandre De Nadal58

Ana Janaína Perufo64

Catiuscia Dotto 68

Elaine Stankiwich74

Gabriela Paludo Sulczinski78

Iran Jorge da Silva84

Manoela Furtado90

Maximílian Rodrigues 94

Nina Eick100

Pedro Ferraz104

Rafael de Oliveira108

Tetê Barachini114

Thiago Trindade122

Will Figueiredo128

Alberto Semeler134

Caroene Neves90

Priscila Pinto138

Sebastião Alves142

Informações gerais / créditos146

Com grande satisfação, envio meus agradecimentos pela realização da Exposição

COACATU POR SUPUESTO em nosso Centro Cultural Palacete Provincial. Com a proposta de conectar pontos tão significativos ­ a experiência pessoal dos artistas, a pesquisa acadêmica, a importância da Amazônia e as mudanças climáticas ­ , entendo que fora executada de forma eficaz ao levar o visitante e expectador a refletir além de o transportar para questionamentos distintos, oferecendo novas perspectivas e nos convidando a pensar sobre questões vitais do nosso tempo.

Em nome da equipe do Departamento de Gestão de Museus, agradeço aos curadores e organizadores desta exposição por reunirem um conjunto tão rico e diversificado de obras e artistas. A exposição não apenas destacou a beleza e a complexidade da arte contemporânea, mas também incentivou um diálogo crucial sobre o nosso futuro e as ações que precisamos tomar para garantir a sustentabilidade e a justiça ambiental.

Parabéns a todos os envolvidos por esta exposição inspiradora e transformadora.

Aline de Souza Santana

Diretora do Departamento de Gestão de Museus

Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa Manaus ­ Amazonas

Con gran satisfacción, envío mi agradecimiento por la realización de la Exposición

COACATU POR SUPUESTO en nuestro Centro Cultural Palacete Provincial. Con la propuesta de conectar puntos tan significativos —la experiencia personal de los artistas, la investigación académica, la importancia de la Amazonia y el cambio climático— entiendo que se realizó de manera efectiva al llevar al visitante y espectador a reflexionar, además de transportarlos a diferentes cuestionamientos, ofreciendo nuevas perspectivas e invitándonos a pensar sobre temas vitales de nuestro tiempo.

En nombre del equipo del Departamento de Gestión de Museos, agradezco a los curadores y organizadores de esta exposición por reunir un conjunto tan abundante y diverso de obras y artistas. La exposición no solo destacó la belleza y la complejidad del arte contemporáneo, sino que también fomentó un diálogo crucial sobre nuestro futuro y las acciones que debemos emprender para garantizar la sostenibilidad y la justicia ambiental.

Felicitaciones a todas las personas involucradas, por esta exposición tan inspiradora y transformadora.

Aline de Souza Santana

Directora del Departamento de Gestión de Museos

Secretaría Estatal de Cultura y Economía Creativa

Manaos – Amazonas

Palacete Provincial, Manaus/AM

Se singramos os rios, se temos três rios elementais, três absoluta e profundamente condições distintas e conectadas desta sensível e potente matéria emanadora “de um tudo”. Ela nos funda, é constitutiva, é disruptiva, nos afeta e é afeto.

Rios superficiais, subterrâneos, aéreos, são águas em deslocamento, efêmeras, difundem e deslocam em epistemes. COACAU POR SUPUESTO é ação poética nos/pelos deslocamentos, dois extremos territoriais na geografia física e ruptura nas fronteiras do imaginário, que construiu a processualidade do trânsito.

A exposição faz emergir profundos questionamentos sobre os rumos do humano em seus territórios, limites, fronteiras e deslocamento, Exibe o cisalhamentos da humanidade mediado pelos fluxos hídricos e nas condições impregnadas pelo pensamento capitalista exploratório pelos/sobre os viventes.

A Faculdade de Artes (UFAM) se coaduna e coteja com os parceiros institucionais como Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa do Amazonas, e especialmente com o Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS na convivência desta experiência de execução poética a partir do entorno da Gaia.

Gratidão aos parceiros e artistas, e em especial, rogamos que a experiência estética desta exposição provoque, instigue ações para não alcançarmos o ponto do não retorno. Para que as águas que voam, que escorrem, me mergulham prossigam seus fluxos.

João Gustavo Kienen Diretor da Faartes

Universidade Federal do Amazonas

Si navegamos los ríos, si tenemos tres ríos elementales, tres condiciones absoluta y profundamente distintas y conectadas de esta materia sensible y poderosa que emana "de un todo", ella es nuestra fundadora, es constitutiva, disruptiva, nos afecta y es afecto.

Los ríos superficiales, subterráneos, aéreos son aguas en desplazamiento, efímeras, difunden y desplazan en epistemes. COACATU POR SUPUESTO es una acción poética en/a través de los desplazamientos, dos extremos territoriales en la geografía física y la ruptura en las fronteras de lo imaginario, que construyó la procesualidad del tránsito.

La exposición hace con que surjan cuestionamientos profundos sobre los rumbos del ser humano en sus territorios, límites, fronteras y desplazamientos. Presenta el corte de la humanidad mediado por los flujos hídricos y las condiciones impregnadas por el pensamiento capitalista exploratorio por/sobre los seres vivos.

La Facultad de Letras (UFAM) une fuerzas con socios institucionales como la Secretaría Estatal de Cultura y Economía Creativa de Amazonas, y especialmente con el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS en la convivencia de esta experiencia de ejecución poética del entorno de Gaia.

Mi agradecimiento a socios y artistas, y en particular, rogamos que la experiencia estética de esta exposición provoque, instigue acciones para que no lleguemos al punto sin retorno. Para que las aguas que vuelan, se escurren, se sumergen, puedan continuar sus flujos.

Universidad Federal de Amazonas

A direção do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul apresenta com prazer a Exposição COACATU POR SUPUESTO. Realizada no Centro Cultural Palacete Provincial, em Manaus (Manaus/AM), esta iniciativa emerge como um fruto das experiências poéticas e de pesquisas acadêmicas desenvolvidas e fomentadas pelo Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS, vinculado ao Programa de Pós­Graduação em Artes Visuais (PPGAV). Ao pôr em destaque trabalhos artísticos e poéticas que perpassam experiências com o tempo, espaços urbanos e deslocamentos –criações que incitam a sensibilidade, convidando à experimentação, percepção e reflexão a partir de trabalhos objetuais –, orientam a uma expansão da noção de experiência da arte. Põe em foco, de forma pungente, a relação com as exigências impostas pela natureza, especialmente no que tange à mutação climática e às demandas emergentes no que concerne à nossa relação de cuidado e sensibilidade com o nosso mundo comum, a Terra. Do ponto de vista institucional celebramos uma importante e fundamental parceria de intercâmbio entre instituições que, em trabalhos conjuntos, se colocam no desenvolvimento, promoção e divulgação de pesquisas e poéticas determinantes para o PPGAV, para o Instituto de Artes e para a UFRGS como um todo.

Raimundo Rajobac Diretor do Instituto de Artes Universidade Federal do Rio Grande do Sul

La dirección del Instituto de Artes de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul tiene el placer de presentar la Exposición COACAU POR SUPUESTO. Realizada en el Centro Cultural Palacete Provincial, en Manaos (Manaos/AM), esta iniciativa surge como resultado de las experiencias poéticas e investigaciones académicas desarrolladas y fomentadas por el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS, vinculado al Programa de Posgrado en Artes Visuales (PPGAV). Al destacar obras artísticas y poéticas que despliegan experiencias con el tiempo, los espacios urbanos y los desplazamientos —creaciones que incitan a la sensibilidad, invitando a la experimentación, la percepción y la reflexión a partir de obras de objetos—, guían hacia una expansión de la noción de experiencia del arte. Se centra, de manera contundente, en la relación con las demandas impuestas por la naturaleza, especialmente en lo que se refiere a la mutación climática y las demandas emergentes con respecto a nuestra relación de cuidado y sensibilidad con nuestro mundo en común, la Tierra. Desde el punto de vista institucional, celebramos una importante y fundamental alianza de intercambio entre instituciones que, en trabajos conjuntos, se presentan en el desarrollo, promoción y difusión de investigaciones y poéticas que son decisivas para el PPGAV, para el Instituto de Artes y para la UFRGS en su conjunto.

Raimundo Rajobac

Director del Instituto de Artes

Universidad Federal de Rio Grande do Sul

Sul­norte­sul

O Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS vem ao longo dos anos atuando através de ações poéticas em espaços urbanos com o intuito de ativá­lo.

Entre as suas principais estratégias está o deslocamento como ato de reposicionar o sensível e perceber o entorno escolhido como meio propositivo para pensar e executar trabalhos objetuais em seu campo expandido.

Em uma tarde de verão, em roda de conversa, os artistas escolheram a palavra COACATU (Tupi­Guarani) que significa “bom tempo, dia claro” e acrescentaram a esta o termo em espanhol POR SUPUESTO, que significa “com certeza”, para pensar de forma propositiva a acepção dessas palavras em relação às percepções sobre os lugares que elegemos estar e coabitar.

Conscientes que nem sempre o dia é de “bom tempo” e “com certeza” para o nosso planeta, os artistas propuseram se, nesta exposição, a realizar deslocamentos físicos e mentais de “mala e cuia" (mesmo que permaneçam no mesmo lugar) entre o sul (Porto Alegre/RS) e o norte (Manaus/AM) do Brasil, seja posicionados a partir de Sirius ou próximo ao chão, dentro do espaço urbano ou mergulhados na floresta, com o intuito comum de pensar a mutação climática (talvez irreversível! ) do nosso planeta, conforme afirma Bruno Latour em seus escritos sobre Gaia.

COACATU POR SUPUESTO é como um sussurro de esperança, um alerta frente às evidências da irracionalidade humana que não só descuida, mas pratica a destruição do seu espaço de pertencimento, a Terra. Tetê Barachini

Coordenadora do Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS Abril/2024

Sur­norte­sur

El Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS viene trabajando a lo largo de los años a través de acciones poéticas en espacios urbanos con el fin de activarlos. Entre sus principales estrategias se encuentra el desplazamiento, como acto de reposicionar lo sensible y percibir el entorno elegido como medio propositivo para pensar y realizar obras de objetos en su campo expandido.

Una tarde de verano, en un círculo de conversación, los artistas eligieron la palabra

COACATU (Tupí­Guaraní) que significa “buen tiempo, día claro” y le agregaron la expresión en español POR SUPUESTO, que significa “seguro”, para pensar de manera propositiva el significado de estas palabras con relación a las percepciones sobre los lugares en que elegimos estar y convivir.

Conscientes de que el día no siempre es de "buen tiempo" y "seguro" para nuestro planeta, los artistas se propusieron, en esta exposición, a realizar desplazamientos físicos y mentales con todo lo que tenían derecho (incluso si permanecen en el mismo lugar) entre el sur (Porto Alegre/RS) y el norte (Manaos/AM) de Brasil, ya sea posicionado desde Sirio o cerca del suelo, dentro del espacio urbano o inmerso en el bosque, con la intención común de pensar en la mutación climática (¡quizás irreversible! ) de nuestro planeta, como afirma Bruno Latour en sus escritos sobre Gaia.

COACATU POR SUPUESTO es como un susurro de esperanza, una advertencia ante las evidencias de la irracionalidad humana que no solo descuida, sino que practica la destrucción de su espacio de pertenencia, la Tierra.

Tetê Barachini

Coordinadora del Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS

Abril/2024

Bom tempo, Dia claro por supuesto

Daniela V. Di Bella1

“Em uma tarde de verão, em roda de conversa, um grupo de artistas escolheu a palavra COACATU (Tupi­Guarani), que significa ‘bom tempo, dia claro’, e acrescentou a esta o termo em espanhol POR SUPUESTO, que significa ‘com certeza’, para pensar de forma propositiva sobre os lugares em que elegemos estar e coabitar.”

Tetê Barachini2

Organizadora da pesquisa e exposição coletiva de arte COACATU POR SUPUESTO Manaus Abril­Junho 2024, Brasil

Introdução

As novas realidades globais fortalecem cada vez mais a ideia de que todos os seres humanos, junto com natureza e seus seres animados e inanimados, somos e sempre fomos parte de uma rede de redes, uma grande simbiose em escala planetária que nos recoloca conceitualmente como uma comunidade de entidades interdependentes (MORTON, 2011;

VON HUMBOLDT, 1879)3. Nesse sentido, a arte não é alheia à vida, mas incorpora e coloca em destaque o potencial de uma obra como mensagem que pode trazer consciência a respeito do alcance das crises, conduzir reflexões, criar novos diálogos e narrativas, descobrir as inter­relações, induzir mudanças positivas e inspirar melhores contextos. Ingold (2011) expressa: “Como todas as outras criaturas, os seres humanos não existem do ‘outro lado' da materialidade”, mas devemos reconhecer nossa imersão, já que não somos simples espectadores, e sim participantes. Desde o lugar da participação e conscientes de que nem sempre o dia é de “bom tempo” e “com certeza” para o nosso planeta, o Grupo de

Daniela V. Di Bella1

Buen tiempo, Día claro por supuesto

“Una tarde de verano, en un círculo de conversación, un grupo de artistas eligieron la palabra COACATU (Tupí­Guaraní) que significa “buen tiempo, día claro” y le agregaron la expresión castellana POR SUPUESTO que significa “seguro”, o pensar con determinación sobre los lugares que elegimos para estar y convivir”

Tetê Barachini2

Organizadora de la investigación y exposición colectiva de arte COACATU POR SUPUESTO, Manaos Abril­Junio 2024, Brasil

Introducción

Las nuevas realidades globales acentúan cada vez más la idea de que todos los seres humanos junto con la naturaleza y sus seres animados e inanimados, somos y hemos sido siempre parte de una red de redes, una gran simbiosis a escala planetaria que nos resitúa conceptualmente como una comunidad de entidades interdependientes (MORTON, 2011; VON HUMBOLDT, 1879)3. En este sentido el arte no es ajeno a la vida, sino que incorpora y pone de relieve el potencial de una obra como mensaje que puede concientizar sobre el alcance de las crisis, conducir reflexiones, crear nuevos diálogos y narrativas, descubrir las interrelaciones, inducir cambios positivos e inspirar mejores contextos. Ingold (2011) expresa “Como todas las demás criaturas, los seres humanos no existen en el 'otro lado' de la materialidad” sino que debemos reconocer nuestra inmersión, ya que no somos simples espectadores, sino que somos participantes. Desde el lugar de la participación y conscientes – que no siempre hace “buen tiempo” y “seguro” para nuestro

Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS, dirigido por Tetê Barachini4, do Programa de Pós­graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vem trabalhando, através de ações poéticas em espaços urbanos, diferentes estratégias de ativação para reposicionar o sensível e perceber o entorno como um meio intencionado para pensar5. Diante das contranarrativas menos humanistas que encontramos diariamente, os artistas deste coletivo se dispuseram a realizar deslocamentos físicos e mentais entre o sul de Porto Alegre e o norte de Manaus no Amazonas no Brasil e, “seja posicionados a partir de Sirius, seja próximo ao chão, dentro do espaço urbano ou mergulhados na floresta”6, compartilharam a intenção comum de refletir sobre a mudança climática nas obras apresentadas nesta exposição.

Ações poéticas para reposicionar o sensível

A mudança climática e as catástrofes do meio ambiente vão suscitando inevitáveis consequências que pioram conforme avançam: o padecimento gradual e inegável de pessoas, comunidades e povos, que se veem vítimas de efeitos de longa duração, em um processo denominado “violência lenta” (NIXON, 2011).

Quanto à visualização dos efeitos do Antropoceno (REJANE ISSBERNER y LENA, 2018)7, são processos que costumam ser persistentes ao longo do tempo, produto de muitos anos de contaminação do ar, da terra e das águas, de desmatamento, de destruição dos ecossistemas, de espécies ameaçadas de extinção, de agressão e degradação do meio ambiente relacionadas com nossos estilos de vida8 – que, por sua lentidão, parecem ser menos visíveis – até o momento em que os meios de comunicação põem seu olhar sobre as catástrofes. Como as imagens consomem a realidade (SONTAG, 2006), a arte, nesse cenário, se transforma em um meio de visualização e ação importante para o desenvolvimento de uma sensibilidade particular que permite comprender e refletir sobre a violência lenta como um processo de destruição que encobre outros tipos de violência de índole geopolítica e socioeconômica, de características globais, que gera “refugiados climáticos”, aniquila aqueles espaços geográficos que ostentam “a maldição dos recursos”9

planeta – el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS dirigido por Tete Barachini4 del Programa de Posgrado en Artes Visuales de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (Brasil), viene trabajando a través de acciones poéticas en espacios urbanos, distintas estrategias de activación para reposicionar lo sensible y percibir el entorno como un medio intencionado para pensar5. Frente a las contranarrativas menos humanistas que encontramos a diario, los artistas de este colectivo se propusieron realizar desplazamientos físicos y mentales entre el sur de Porto Alegre y el norte de Manaos en el Amazonas de Brasil, y “posicionados desde Sirio o cerca del suelo, en el espacio urbano o inmersos en la selva”6, compartieron la intención común de reflexionar sobre el cambio climático, en las obras que se exhiben en esta exposición.

Acciones poéticas para reposicionar lo sensible

El cambio climático y las catástrofes medioambientales – van suscitando inevitables consecuencias que van empeorando conforme con su avance – el padecimiento gradual e innegable de personas, comunidades y pueblos, que se ven sometidos a efectos de larga duración, en un proceso denominado “violencia lenta”(NIXON, 2011).

La visualización de los efectos del Antropoceno (REJANE ISSBERNER y LENA, 2018)7, son procesos que suelen ser persistentes en el tiempo, producto de muchos años de contaminación del aire, la tierra y las aguas, de deforestación, de destrucción de los ecosistemas, de especies en peligro de extinción, de agresión y degradación medioambiental relacionadas con nuestros estilos de vida8 – que por su lentitud parecen ser menos visibles – hasta el momento en que los medios de comunicación ponen la mirada sobre las catástrofes. Siendo que las imágenes consumen la realidad (SONTAG, 2006), el arte en este escenario se convierte en un medio de visualización y acción importante para el desarrollo de una sensibilidad particular que permite comprender y reflexionar acerca de la violencia lenta como un proceso de destrucción que encubre otros tipos de violencia de índole geopolíticos y socioeconómicos de características globales, que crea “refugiados climáticos”, aniquila aquellos espacios geográficos que

e informa sobre eles através dos meios e de forma seletiva, e muitas vezes controversa.

De acordo com Latour, entre os séculos XVII e XIX, a ordem natural era considerada em um segundo plano, quase como uma decoração estática, pois em primeiro lugar estava o dinamismo das histórias da espécie humana. Porém, com o surgimento do Antropoceno, a decoração entrou em cena — com a inclusão do que ocorre na terra e no clima —, desmantelando as teorias sobre a relação histórica entre a humanidade e a história natural10. Como consequência, começou­se a examinar com mais atenção as relações entre o ser humano e seu ambiente ao longo do tempo, principalmente aquelas que vêm acontecendo nos últimos 200 anos. Essas ações de relação são muito mais agressivas e intensivas devido à economia fóssil e extrativista, o crescimento demográfico e as migrações, e daí vêm a preocupação global proveniente das consequências de considerar inesgotáveis os recursos naturais do planeta e a urgência que supõe a agenda ecológica11.

As obras conceituais que compõem a exposição recorrem várias ideias em associação com esta vasta e complexa realidade contemporânea, cujos objetivos apontam para explorar e reinterpretar nossa agência com o meio ambiente. Resulta relevante perceber que, como expressa Rita Süveges (2020), o conceito de paisagem é um domínio sintomático em que todas estas realidades se cruzam, e em que o sujeito se torna culturalmente passivo das ações da humanidade, portanto os artistas reflexionam e investigam mobilizados por uma lente crítica. As obras desta exposição podem ser organizadas mediante diferentes eixos orientados por estas quatro palavras: Artifício, Desequilíbrio, Efêmero e Resiliência. Artifício

Todos, de uma forma ou outra, assistimos e vivemos em diferentes focos da mudança climática e suas consequências. A humanidade entrou em uma nova condição histórica da qual não existem antecedentes conhecidos, na qual o mundo construído avança sem

ostentan “la maldición de los recursos”9, e informa a través de los medios y de manera selectiva y muchas veces controversial sobre ellos.

Según Latour, entre los siglos XVII y XIX, el orden natural era considerado en un segundo plano ­casi como un decorado estático – donde en primer lugar estaba el dinamismo de las historias de la especie humana. En cambio con el surgimiento del Antropoceno, el decorado ingresó en escena – con la inclusión del acontecer de la tierra y del clima­ dejando desdibujadas las teorías sobre la relación histórica entre la humanidad y la historia natural10. En consecuencia, se ha comenzado a examinar con mayor detenimiento las relaciones entre el hombre y su ambiente a lo largo del tiempo, sobre todo aquellas que se vienen sucediendo en los últimos 200 años. Estas acciones de relación son mucho más agresivas e intensivas por la economía fósil y extractivista, el crecimiento demográfico y las migraciones, de ahí la preocupación global que asumen las consecuencias de considerar inagotables los recursos naturales del planeta, y la urgencia que supone la agenda ecológica11.

Las obras conceptuales que componen la exposición recorren varias ideas en asociación con esta vasta y compleja realidad contemporánea, cuyos objetivos apuntan a explorar y reinterpretar nuestra agencia con el medio ambiente. Resulta relevante advertir que como expresa Rita Süveges (2020), el concepto de paisaje es un dominio sintomático donde todas estas realidades se cruzan, y donde el sujeto se vuelve culturalmente pasivo de las acciones de la humanidad, por tanto los artistas reflexionan e investigan movilizados por una lente crítica. Las obras de esta muestra pueden organizarse a través de distintos ejes orientados por estas cuatro palabras: Artificio, Desequilibrio, Efímero y Resiliencia.

Artificio

Todos de una u otra manera asistimos y vivimos en distintos focos del cambio climático y sus consecuencias. La humanidad ha ingresado en una nueva condición histórica de la que no hay antecedentes conocidos, donde el mundo construido avanza sin medida sobre

medida sobre o mundo natural. O homem modelou e continua modelando o planeta — em um tipo de obra ou artifício (AMMONS y MODHUMITA, 2015) — cujos impactos vão se reproduzindo na forma de aquecimento global, contaminação ambiental, destruição dos ecossistemas, extinção das espécies, catástrofes climáticas, a recente pandemia, entre outros. Dessa forma, o mundo do artificial ou tudo o que é fabricado pelo ser humano, denominado como massa antropogênica, superou pela primeira vez, em 2020, a biomassa ou a massa conjunta dos seres vivos (e esse dado exclui a massa de plásticos e lixo que ocupa os mares e o planeta, a qual dobra a massa de todos os animais terrestres e aquáticos) (ELHACHAM ET AL, 2020).

Movidas pelos desafios da arte, as obras de Pedro Ferraz, Iran Jorge da Silva, Rafael de Oliveira e Alberto Semeler (artista convidado) procuram refletir e talvez repensar essas circunstâncias em novas inspirações para as atividades humanas.

Pedro Ferraz desenvolve sua obra com base na pesquisa sobre experiências pessoais durante um longo período de convivência próximo a uma refinaria de petróleo. Apresenta uma série fotográfica da refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, fundada em 1968. Faz uma reflexão através de um texto acompanhado de uma sequência monocrômica de imagens minuciosamente documentadas. O artista descreve:

"Durante anos pude ver a chama sedutora da refinaria cuja chaminé corta verticalmente a paisagem e pode ser vista a quilômetros de distância. À noite, seu fogo se acende como um farol dantesco, como um ciclope cujo olho incandescente observa desde o alto seu domínio sobre tudo o que ilumina."12

Através do uso combinado de imagem e textos, representa suas emoções, sensações e percepções sobre a paisagem particular que imprimem essas construções sobre o espaço urbano, desenvolvendo narrativas sobre a vida interna e externa desse monumental complexo.

Alberto Semeler (artista convidado) expõe uma obra erigida criticamente sobre os estilos da vida urbana. Através de uma videografia smart (smartografia), projeta uma série de imagens que, através da portabilidade herdada da arte conceitual, coloca em evidência

el natural. El hombre ha modelado y sigue modelando el planeta – en un tipo de obra o artificio (AMMONS y MODHUMITA, 2015) – cuyos impactos se van reproduciendo en la forma del calentamiento global, la contaminación ambiental, la destrucción de los ecosistemas, la extinción de las especies, las catástrofes climáticas, la reciente pandemia, entre otras. De este modo el mundo de lo artificial o todo lo fabricado por el ser humano, denominado masa antropogénica, por primera vez en 2020, supero a la biomasa o la masa conjunta de los seres vivos (y este dato excluye la masa de plásticos y basura que atesta los mares y el planeta, la que duplica la masa de todos los animales terrestres y acuáticos) (ELHACHAM ET AL, 2020).

Movidos por los retos del arte, las obras de Pedro Ferraz, Iran Jorge da Silva, Rafael de Oliveira y Alberto Semeler (Artista invitado) buscan reflexionar y quizás replantear estas circunstancias hacia nuevas inspiraciones para las actividades humanas.

Pedro Ferraz desarrolla su obra basado en su investigación sobre sus experiencias personales durante un largo período de convivencia, cerca de una refinería de petróleo. Presenta una serie fotográfica de la refinería Alberto Pasqualini de Canoas fundada en 1968. Reflexiona a través de un texto al que acompaña una secuencia monocroma de imágenes minuciosamente documentadas. El artista describe:

"Durante años pude ver la llama seductora de la refinería cuya chimenea corta verticalmente el paisaje y se puede ver a kilómetros de distancia. Por la noche su fuego se enciende como un faro dantesco, como un cíclope cuyo ojo incandescente observa desde lo alto su dominio sobre todo lo que ilumina."12

A través del uso combinado de imagen y textos representa sus emociones, sensaciones y percepciones sobre el paisaje particular que imprimen estas construcciones sobre el espacio urbano desarrollando narrativas sobre la vida interna y externa de este monumental complejo.

Alberto Semeler (artista invitado) expone una obra que se erige críticamente sobre los estilos de la vida urbana. A través de una videografía smart (smartografia), proyecta una serie de imágenes – que a través de la portabilidad heredada del arte conceptual –

como vivemos isolados e privados do contato com a natureza. Enfatiza como as grandes metrópoles promovem o artifício — como se se tratasse de uma jaula — que nos afasta do significado da criação, como de todos os seres do planeta. Rafael de Oliveira apresenta uma videoinstalação chamada “Linha Limite”, a qual questiona os limites — não apenas — geográficos, visuais e sonoros que aparecem durante sua projeção, mas também os que surgem da percepção e compreensão humana do espaço, do mundo e da complexidade das interações entre os seres vivos e os entornos transformados pela atividade humana.

A videoinstalação recorre a uma linguagem ambígua que serve como provocação para se reconectar com o planeta na urgência de enfrentar os desafios ambientais.

Iran Jorge da Silva apresenta uma obra composta por duas peças fabricadas a partir do artifício, pois a matéria da obra está feita de sucata de carros. Ele os chama simbolicamente de "Sputnik 1 e 2", inspirado no satélite russo lançado durante a Guerra Fria e a corrida espacial. Procurou representar o estado caótico em que a humanidade se encontra, um estado de irreflexão e imediatez que não permite analisar nem vislumbrar a envergadura da problemática nem suas soluções, só possível de ser compreendida se tomarmos a devida distância, uma distância planetária e holística. Desequilíbrio

Recentemente, em 2023, devido à queima de combustíveis fósseis, às emissões globais de gases de efeito estufa e ao sucessivo desmatamento da Floresta Amazônica, o rio Amazonas e vários de seus afluentes alcançaram os níveis mais baixos dos últimos 120 anos. Essa situação provocou uma seca histórica e incêndios florestais, enrareceu o ar, muitas comunidades remotas ficaram isoladas, o fornecimento de eletricidade sofreu interrupções, afetando também países limítrofes, e ameaçou a provisão de alimentos de milhões de pessoas (ANDREONI, 2024), entre outras circunstâncias extremas. Nesse sentido, Latour reflete sobre uma humanidade que não escutou os alertas que vêm sendo anunciados desde o século XIX, e se pergunta como foi que, desde a década de 1950, se pretenderam abordar as crises ambientais, recorrendo ao desconhecimento

pone en evidencia cómo vivimos aislados y privados del contacto con la naturaleza. Enfatiza cómo las grandes metrópolis, promueven el artificio – como si se tratara de una jaula­ que nos aleja del significado de la creación, como de los todos seres del planeta. Rafael de Oliveira presenta una videoinstalación denominada "Línea Limite", la que cuestiona los límites – no solo – geográficos, visuales y sonoros que aparecen durante su proyección, sino también los que surgen de la percepción y comprensión humana del espacio, del mundo y la complejidad de las interacciones entre los seres vivos y los entornos transformados por la actividad humana. La video instalación recurre a un lenguaje ambiguo que sirve como provocación para reconectar con el planeta en la urgencia de enfrentar los desafíos ambientales.

Iran Jorge da Silva presenta una obra que se compone de dos piezas fabricadas a partir del artificio, la materia de la obra está hecha de chatarra de automóviles. Los denomina simbólicamente "Sputnik 1 y 2" inspirado en el satélite ruso lanzado durante la guerra fría y la carrera espacial. Ha buscado representar el estado caótico en que la humanidad se encuentra, un estado de irreflexión e inmediatez que no permite analizar ni vislumbrar la envergadura de la problemática ni sus soluciones, solo posible de ser comprendida si se toma la debida distancia, una distancia planetaria y holística.

Desequilibrio

Recientemente durante 2023, debido a la quema de combustibles fósiles, las emisiones globales de gases de efecto invernadero y la sucesiva deforestación de la selva amazónica, el río Amazonas y varios de sus afluentes alcanzaron los niveles más bajos de los últimos 120 años. Esta situación provocó una sequía histórica, incendios forestales, enrareció el aire, muchas comunidades remotas quedaron aisladas, el suministro de electricidad sufrió interrupciones afectando también a países limítrofes y amenazó la provisión de alimentos de millones de personas (ANDREONI, 2024), entre otras circunstancias extremas. En este sentido Latour reflexiona sobre una humanidad que no ha escuchado las alarmas que se vienen anunciando desde el siglo XIX, y se pregunta cómo desde la década del 50, se pretende abordar las crisis ambientales,

da realidade, à desinformação, à repetição dos comportamentos e à negação das evidências13, predominando a incapacidade de poder articular a solução.

Com relação a isso, os artistas Catiuscia Dotto, Will Figueiredo, Alexandre De Nadal, Ana Janaína Perufo e Thiago Trindade focaram nos avatares climáticos ao redor da bacia do Amazonas. Nesse sentido, a obra de Catiuscia Dotto apresenta um olhar poético sobre as margens desamparadas de rios que secam e rios que desbordam. Depois de sobrevoar a Floresta Amazônica, através da imagem arquetípica da mãe nutrícia, apresentadois seios femininos feitos de argila colhida das margens de um rio amazônico14. Um deles ela coloca dentro de um cubo de acrílico, para preservá­lo, mas, ao longo dos dias da exposição, irá secando; o outro, ao lado, dentro de um cubo de água, onde irá se desintegrando. Ao vê­los, cada visitante se transforma em um espectador indolente da seca e das inundações, que deixa passar os acontecimentos que ocorrem de forma contínua e sincrônica nas milhares de telas e dispositivos do planeta. Os sucessos fluem diante dos olhos dos espectadores, que assistem metaforicamente às múltiplas agonias que estas ações gestam no tempo. Seguindo a linha das ideias, a obra de instalação de Will Figueiredo "Memories of Tomorrow" transcende a materialidade e se expande através de um portal de realidade aumentada. Um código QR inserido em uma plataforma de areia transporta o espectador a um mundo construído a partir de objetos tridimensionais escaneados. Uma viagem que trabalha o par fugacidadepermanência percorre as ruas da cidade, apelando para a memória coletiva, entre restos de automóveis, troncos de árvores caídas e uma grade metálica que bloqueia um melhor futuro. Atrás, abre­se um fundo deserto gerado por IA como reflexão sobre a imensidade não explorada do futuro ainda sem percorrer. A obra é um convite a como as ações humanas do presente vão ressoando no futuro, e como será a herança que deixaremos para futuras gerações.

Todos os seres são insubstituíveis, o magnífico equilíbrio natural confere um lugar de protagonismo a cada um de seus atores. Nesse concerto ecossistêmico que flui onipresente, a humanidade não repara nos pequenos seres que sustentam os ciclos da

acudiendo al desconocimiento de la realidad, la desinformación, la repetición de los comportamientos, la negación de las evidencias13, donde prima la incapacidad de poder articular la solución.

Al respecto los artistas Catiuscia Dotto, Will Figueiredo, Alexandre De Nadal, Ana Janaína Perufo y Thiago Trindade se han enfocado en los avatares climáticos que rodean la cuenca del Amazonas. En este sentido la obra de Catiuscia Dotto, presenta una mirada poética sobre las orillas desamparadas de los ríos que se secan y los ríos que se desbordan. Luego de sobrevolar la selva amazónica, y a través de la imagen arquetípica de la madre nutricia, presenta dos pechos femeninos hechos de arcilla recolectada de la orilla de un río amazónico14. Uno lo coloca dentro de un cubo de acrílico para preservarlo, pero en el curso de los días de la exposición se irá secando, y el otro al lado, dentro de un cubo de agua, donde se ira desintegrando. Al verlos cada visitante se convierte en un espectador indolente de la sequía y de las inundaciones, que deja pasar los acontecimientos que se suceden de continuo y de manera sincrónica en las miles de pantallas y dispositivos del globo. Los sucesos fluyen frente a los ojos de los espectadores, que asisten metafóricamente a las múltiples agonías que estas acciones gestan en el tiempo. Siguiendo el marco de las ideas, la obra de instalación de Will Figueiredo "Memories of Tomorrow", trasciende la materialidad, y se expande a través de un portal de realidad aumentada. Un código QR inserto en una plataforma de arena, transporta al espectador a un mundo construido a partir de objetos tridimensionales escaneados. Un viaje que trabaja el par fugacidad­permanencia, recorre las calles de la ciudad, apelando a la memoria colectiva, entre restos de automóviles, troncos de árboles caídos y una verja metálica que bloquea un mejor futuro. Detrás se abre un fondo desierto generado por IA como reflexión de la inmensidad no explorada del futuro aun por recorrer. La obra es una invitación a como las acciones humanas del presente van resonando en el futuro, tanto como a la herencia que dejaremos a las futuras generaciones.

Todos los seres son irreemplazables, el magnífico equilibrio natural otorga un lugar protagónico a cada uno de sus actores. En ese concierto ecosistémico que fluye omnipresente, la humanidad no repara en los pequeños seres que sostienen los ciclos de

vida. Ana Janaína Perufo apresenta sua obra que adverte sobre o papel essencial e silencioso das abelhas e cita: “Se as abelhas desaparecessem do planeta, só restariam ao homem quatro anos de vida”15.

Propõe dar visibilidade a este pequeno e delicado ser, de forma poética, através de uma obra de instalação composta por uma abelha híbrida, cujas asas foram feitas de pétalas de flores de plástico. Uma abelha sem vida, uma simulação congelada dentro de um cubo de acrílico, e, ao lado, uma série de desenhos delicadamente bordados que simbolizam as marcas do desprezo pela vida. O fato de que a artista tenha trabalhado a ação do bordar lembra o incansável trabalho e dedicação da ação das mãos artesãs, assim como as abelhas em suas ações cotidianas de polinização. O ressurgimento das ideias ambientais e que colocam o foco em um olhar crítico sobre as atividades humanas desenvolvidas desde os tempos de industrialização, também faz parte de compreender quais são nossas guerras atuais. Estas têm por objetivo proteger a água e a terra, e nesse sentido a obra de Thiago Trindade estende seu olhar para Manaus e, através de fotografias, fotografias com intervenções e a associação de elementos em fotografias sobrepostas, faz emergirem dois elementos: a matéria conectiva das águas e a natureza colonial da palmeira. Sua obra reflete sobre as duas faces de uma mesma realidade: de um lado, sobre o abandono dos recursos da água e o desmesurado peso da tecnosfera que invade o hábitat natural e destrói os ecossistemas, o transbordamento das águas, as inundações e a contaminação, e do outro, sobre as transformações e os estigmas intermediados pelo avanço das ideias da colonização sobre os territórios16.

Seguindo o curso das águas, o artista Alexandre De Nadal inclui em sua obra “Avenida Amazonas” uma sequência de vídeo com fotografias manipuladas com IA (inteligência artificial) de um trajeto de 1,5 km de uma inundação na Avenida Amazonas, localizada no bairro de São Geraldo (Porto Alegre), que busca estabelecer uma conexão simbólica com o rio Amazonas — um diálogo entre espaços distantes que compartilham a mesma crise —, revelando a ação e a reação dentro de um mesmo sistema. Seguindo as ideias de Latour, o artista interrompe as imagens, que representam a realidade de bairros invadidos pelas águas, com múltiplos anúncios publicitários desde irônicos até hilariantes, que prometem

la vida. Ana Janaína Perufo presenta su obra que advierte sobre el papel esencial y silencioso de las abejas, y cita: “Si la abeja desapareciera del planeta, al hombre solo le quedarían 4 años de vida”15.

Propone dar visibilidad a este pequeño y delicado ser, de manera poética, a través de una obra de instalación compuesta por una abeja híbrida, donde sus alas están hechas de pétalos de flores de plástico. Una abeja sin vida, una simulación congelada dentro de un cubo de acrílico y al lado una serie de dibujos delicadamente bordados que simbolizan las huellas del desprecio por la vida. El hecho que la artista haya trabajado la acción del bordar, recuerda la laboriosidad y dedicación de la acción de las manos artesanas, tanto como de las abejas en sus acciones cotidianas de polinización. El resurgimiento de las ideas ambientales y que ponen el foco en una mirada crítica sobre las actividades humanas desplegadas desde los tiempos de industrialización, son parte también de comprender cuales son nuestras guerras actuales. Estas tienen por objetivo proteger el agua y la tierra, en este sentido la obra de Thiago Tridade extiende su mirada hacia Manaos y ­a través de fotografías, fotografías intervenidas y la asociación de elementos en fotografías superpuestas ­hace emerger dos elementos: la materia conectiva de las aguas y la naturaleza colonial de la palmera. Su obra reflexiona ­sobre las dos caras de una misma realidad­ por un lado sobre el abandono de los recursos del agua y el desmesurado peso de la tecnosfera que invade el hábitat natural y destruye los ecosistemas, el desborde de las aguas, las inundaciones y la contaminación, y por el otro sobre las transformaciones y los estigmas oficiados por el avance de las ideas de la colonización sobre los territorios16.

Siguiendo el curso de las aguas, el artista Alexandre De Nadal incluye en su obra “Avenida Amazonas” una secuencia de video con fotografías manipuladas con IA (inteligencia artificial) de un trayecto de 1.5km de una inundación en la Avenida Amazonas, ubicada en el barrio de São Geraldo (Porto Alegre), que busca establecer una conexión simbólica con el río Amazonas ­un diálogo entre espacios distantes que comparten la misma crisis­ revelando la acción y reacción dentro de un mismo sistema. Siguiendo las ideas de Latour, el artista interrumpe las imágenes que representan la realidad de barrios invadidos por las aguas, con múltiples anuncios publicitarios desde

soluções através de produtos comerciais impossíveis: "Tapete Seco", um tapete para caminhar de forma segura sobre as águas; "Deságua", um aerossol repelente de agua; "Construção Ágil", um sistema de dreno da NASA para cidades resilientes; uma cerca antiinundação; pílulas que deixam uma barreira invisível contra a água etc., que repetem os comportamentos históricos sobre a desinformação e os fluxos de informação da mídia, que costuma desconhecer, tergiversar, falsificar, encobrir e, através de argumentos de mercado, midiatizar e muitas vezes banalizar os problemas.

Efêmero

A partir de um foco fenomênico, as obras de Gabriela Paludo Sulczinski e de Manoela Furtado­Caroene Neves (artista convidada) respondem a uma proposta time­specific, ou seja, obras criadas para um tempo e um lugar. Ambas as obras se expressam a partir da corporeidade, que conceitualmente é espacial e temporal, em que o corpo se comporta como um recipiente, como um lugar no qual se criam, se conhecem e se reconhecem imagens ligadas à experiência de vida17.

A obra “Tempos (em Fragmentos)” de Gabriela Paludo Sulczinski, explora — portando uma vestimenta etérea de cor vermelha — a dimensão do corpo em movimento dentro de diferentes cenários naturais, interferindo e habitando de forma sutil os espaços, em uma performance de seis minutos de duração. A performer­intérprete coloca em valor o tempo do instante presente e recorre a Derrida:

A essência do testemunho não se reduz necessariamente à narração, isto é, às relações descritivas, informativas, ao saber ou à narrativa; é em primeiro lugar um ato presente (DERRIDA, 2004).

A obra se apresenta através da sequência de vídeo completa (videoperformance) e em uma série de fotografias capturadas que exploram os momentos, o gesto inacabado, o ritmo do corpo, sua sequência e o efêmero dos momentos fugazes. Visibiliza e coloca em contraste o valor do acontecimento situado e definido por seus movimentos, deslizando a cor

irónicos hasta hilarantes, que prometen soluciones a través de productos comerciales imposibles: "Tapete Seco" una alfombra donde caminar seguro sobre las aguas, "Desagua" un aerosol repelente de agua, "Construcción Ágil" un sistema de drenaje de la NASA para ciudades resilientes, una cerca anti inundación, píldoras que dejan una barrera invisible contra el agua, etc. que repiten los comportamientos históricos sobre la desinformación y los flujos de información de medios, que suelen desconocer, tergiversar, falsear y encubrir, y a través de argumentos de mercado mediatizar y muchas veces banalizar las problemáticas.

Efímero

Desde un enfoque fenoménico las obras de Gabriela Paludo Sulczinski, y de Manoela Furtado­Caroene Neves (artista invitada), responden a un planteo time­specific, es decir creadas para un tiempo y un lugar. Ambas obras se expresan a partir de la corporeidad, que conceptualmente es espacial y temporal, donde el cuerpo se comporta como un contenedor, como un lugar en el que se crean, se conocen y se reconocen imágenes ligadas a la experiencia de vida17.

La obra “Tiempos (en Fragmentos)” de Gabriela Paludo Sulczinski, explora –portando una vestimenta etérea de color rojo – la dimensión del cuerpo en movimiento dentro de distintos escenarios naturales, interfiriendo y habitando de manera sutil los espacios, en una performance de seis minutos de duración. La performer­intérprete pone en valor el tiempo del instante presente y acude a Derrida:

La esencia del testimonio no se reduce necesariamente a la narración, es decir, a relaciones descriptivas, informativas, de conocimiento o narrativa; es ante todo un acto presente (DERRIDA, 2004).

La obra se presenta a través de la secuencia de video completa (video performance) y en una serie de fotografías capturadas que exploran los momentos, el gesto inacabado, el ritmo del cuerpo, su secuencia y lo efímero de los momentos fugaces. Visibiliza y pone en contraste, el valor del acontecimiento situado y definido por sus movimientos, deslizando

vermelha de seu atavio que materializa a representação, enquanto canaliza o sentido do momento presente e a contemplação do tempo — que se sucede de modo inevitável — dentro dos cenários naturais, fomentando a necessidade de viver em harmonia com a natureza.

A obra “14 dias e 3.135km” de Manoela Furtado, criada e produzida com Caroene Neves (artista convidada), é uma videoperformance, que faz referência aos deslocamentos e encontros entre duas amigas, utilizando como meio simbólico uma carta enviada por correio por Caroene a Manoela, de Manaus até Porto Alegre. A carta levava anotações, quadros, colagens, papeis rabiscados, passagens velhas de avião e outros envelopes menores com lembranças afetivas para Manoela. Na performance de vídeo, Manoela apresenta uma sequência de movimentos que podem ser lidos como uma trama de interações físicas e mentais entre as amigas, que se materializam nos diálogos entre os elementos que contêm as comunicações enviadas pela carta postal. A artista manipula com cuidado e afeto cada um destes elementos, desdobra seu corpo, seus gestos e sua respiração, revelando um interesse metafórico que alude ao sentido da interdependência que nos inclui e relaciona de forma permanente. Revela uma instalação visual ao final do ato performático que instala a necessidade do cuidado de tudo que nos rodeia, e especialmente os seres do mundo, colocando um foco particular na preservação das relações humanas. Resiliência

Apesar dos danos sofridos, Gea18 parece imortal — e renasce na obra de Maxi Rodrigues, é restaurada na obra de Priscila Pinto (artista convidada), busca sua própria cura à luz dos saberes ancestrais nas obras de Sebastião Alves (artista convidado), Elaine Stankiwich e Nina Eick, e ressurge plena de poesia e pertencimento na obra de Tetê Barachini.

Seguindo­se as ideias de Susan Sontag (2006) sobre a imagem, que emerge como um objeto real, que intervém, modifica e produz a realidade social, desde as águas amazônicas

el color rojo de su atuendo que materializa la representación, mientras canaliza el sentido del momento presente y la contemplación del tiempo – que se sucede de modo inevitable – dentro de los escenarios naturales, fomentando la necesidad de vivir en armonía con la naturaleza.

La obra “14 días y 3.135km” de Manoela Furtado creada y producida con Caroene Neves (artista invitada) es una video performance, que hace referencia a los desplazamientos y encuentros entre dos amigas, utilizando como medio simbólico, una carta enviada por correo por Caroene a Manoela desde Manaos hacia Porto Alegre. La carta llevaba notas, cuadros, collages, papeles garabateados, billetes de avión viejos y otros sobres más pequeños con trozos de recuerdos afectivos para Manoela. En la performance de video, Manoela presenta una secuencia de movimientos que pueden ser leídos como un tejido de interacciones físicas y mentales entre las amigas, que se materializan en los diálogos entre los elementos que contienen las comunicaciones enviadas por la carta postal. La artista manipula con cuidado y afecto cada uno de estos elementos, despliega su cuerpo, sus gestos y su respiración, revelando un interés metafórico que alude al sentido de la interdependencia que nos incluye y relaciona de manera permanente. Revela una instalación visual al final del acto performático, que instala la necesidad del cuidado de todo lo que nos rodea, y especialmente los seres del mundo, haciendo particular foco en la preservación de las relaciones humanas.

Resiliencia

A pesar de los daños recibidos, Gea18 parece inmortal – y renace en la obra de Maxi Rodrigues, se restaura en la obra de Priscila Pinto (Artista invitada), se procura su propia sanación a la luz de los saberes ancestrales en las obras de Sebastião Alves (Artista invitado), Elaine Stankiwich y Nina Eick, y resurge plena de poesía y pertenencia en la obra de Teté Barachini.

Siguiendo las ideas de Susan Sontag (2006) sobre la imagen, que emerge como un objeto real, que interviene, modifica y produce la realidad social, desde las aguas amazónicas

— onde cada um dos rios tem uma memória contida na diversidade de seus percursos e suas margens, em suas itinerâncias selváticas, em seus laços biológicos com as comunidades ribeirinhas —, surge a obra “Pequenos Planetas da Amazônia” de Maxi Rodrigues. Como se se tratasse de muitos nascimentos, o artista busca capturar as capas de significados e trazê­los à luz desde as águas que contornam e penetram a cidade de Manaus e suas proximidades, e se fazem visíveis como paisagens digitalmente modificadas.

Priscila Pinto (artista convidada) aborda em sua obra “Entre o céu e a terra” a exigência artística de promover um compromisso criativo a modo de restauração, diante da escalada de imprudências produzidas através das ações humanas. Apresenta uma instalação que apela à figura transformativa da serpente, uma serpente iluminada — que trocará sua pele feita de terra, água, fogo e ar, no meio do caos — e normalizará os ciclos da natureza, ajustando os fluxos das chuvas, promovendo o equilíbrio entre os seres e o meio ambiente da bacia Amazônica.

À luz da recuperação dos saberes ancestrais, a obra “Processos Xamânicos”, de Sebastião Alves, é constituída por uma série de trabalhos de investigação artística que se relacionam com os rituais xamânicos da Amazônia. Baseada em suas obras anteriores, recorre à figura do xamã como interlocutor da cultura nas sociedades indígenas e de significação concentrada do saber­fazer e poder autocurativo da terra, corpo manifestado, que contém e integra os seres e as forças da natureza.

Apelando aos conteúdos ancorados na cultura, Elaine Stankiwich apresenta sua obra "Asa, um manto vermelho", uma medusa que transmuta e se visibiliza na forma de uma asa de dragão, que se manifesta em diferentes gradações da cor vermelha, pulsátil, cuja vibração se parece à iminência de algo por acontecer. Evoca seres oníricos, máscaras, animais, um ser fantástico, mítico e etéreo que se corporiza na obra, parte do conhecimento ancestral de Manaus, cujas lendas estão aninhadas no tempo remoto da cultura e do inconsciente coletivo.

– donde cada uno de los ríos tiene una memoria contenida en la diversidad de sus recorridos y sus márgenes, en sus itinerancias selváticas, en sus lazos biológicos con las comunidades ribereñas – surge la obra “Pequeños Planetas de la Amazonia” de Maxi Rodrigues. Como si se tratara de muchos nacimientos, el artista busca capturar las capas de significados y sacarlos a la luz desde las aguas que rodean y penetran la ciudad de Manaos y sus cercanías, y se hacen visibles como paisajes digitalmente modificados.

Priscila Pinto (Artista invitada), aborda en su obra “Entre el cielo y la tierra” la exigencia artística de promover un compromiso creativo a modo de restauración, frente a la escalada de imprudencias producidas a través de las acciones humanas. Presenta una instalación que apela a la figura transformativa de la serpiente, una serpiente iluminada ­que mudará su piel hecha de tierra, agua, fuego y aire, en medio del caos­ y normalizará los ciclos de la naturaleza, ajustando los flujos de las lluvias, promoviendo el equilibrio entre los seres y el medio ambiente de la cuenca Amazónica.

A la luz de la recuperación de los saberes ancestrales a obra “Procesos Chamánicos” de Sebastião Alves consta de una serie de trabajos de investigación artística que se relacionan con los rituales chamánicos de la Amazonia. Basado en sus obras anteriores, recurre a la figura del chamán como interlocutor de la cultura en las sociedades indígenas y de significación concentrada del saber­hacer y poder autocurativo de la tierra, cuerpo manifestado, contenedor e integrador de los seres y las fuerzas de la naturaleza.

Apelando a los contenidos anclados en la cultura Elaine Stankiwich, presenta su obra "Ala, un manto rojo", una medusa que transmuta y se visibiliza en la forma de un ala de dragón, que se manifiesta en distintas gradaciones de color rojo, pulsátil, cuya vibración se asemeja a la inminencia de algo por suceder. Evoca seres oníricos, máscaras, animales, un ser fantástico, mítico y etéreo que se corporiza en la obra, parte del conocimiento ancestral de Manaos, cuyas leyendas anidan en el tiempo remoto de la cultura y el inconsciente colectivo.

Continuando esse eixo, Nina Eick apresenta sua obra “Areia” e cita:“Um marinheiro me contou que a boa brisa lhe soprou que vem aí bom tempo. O pescador me confirmou que o passarinho lhe cantou que vem aí bom tempo.”19 A artista coloca em diálogo duas realizações em vídeo: "Areia" e "Que vento?" utiliza narrativas de características abertas e ambíguas, que se abrem às múltiplas interpretações do observador, enquanto pretende se vingar das dificuldades e penúrias da vida. "Tempo Bom" propõe a necessidade de remontar aos momentos que foram uma boa época, propõe um alento de esperança que coloca o foco nas possibilidades que temos em nossas mãos de “escolher” e lavrar nosso presente e futuro.

Encerra este rico percurso a obra "Junto Coisa Junto à Coisa" de Tetê Barachini, uma instalação emotiva e pessoal, repleta de subjetividade e pertencimento identitário, disposta sobre a superfície laranja de uma parede do Palacete de Manaus e expressa o seguinte:

“O laranja costumava ser um espaço para falar de lembranças e, de repente, se transformou em um espaço para falar de um presente inimaginável.”20

Assim descreve o espaço físico, mas também espiritual, onde aninhar “uma pequena mala” e “transportar objetos que provoquem proximidade entre o sul e o norte do Brasil” com a devida atenção para “o transbordamento das águas das inundações ou as prolongadas secas”. Um espaço recordado desde a saudade, que sofreu uma transformação inimaginável devido às mudanças climáticas, “laranja costumava ser a cor da areia e do solo limoso”, mas “se transformou na cor do barro que invadiu Porto Alegre durante a inundação (maio, 2024)”21.

Sua obra configura uma cartografia de objetos que revivem as significações do passado e que sobrevivem atribuindo as histórias do presente: “um mapa da rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre”, que rememora “o uso indevido das terras junto ao rio e os milhares de afrobrasileiros que encontraram a morte nas lutas da Guerra do Paraguai”22; uma sequência de vídeo “das águas do Guaíba com o som do Candombe” que dialoga com o mapa, destacando a herança africana da América do Sul23; “duas redes sobrepostas que sustentam corpos curvilíneos”, cujo tecido listrado remete “a uma foto da inundação de

Continuando el eje, Nina Eick presenta su obra “Arena”, y cita: "Un marinero me dijo que le soplaba la buena brisa que viene el buen tiempo. El pescador le confirmó que el pajarito le cantaba que se acerca el buen tiempo"19. La artista pone en diálogo dos realizaciones en video: "Arena" y "Qué viento?", utiliza narrativas de características abiertas y ambiguas, que se abren a las múltiples interpretaciones del observador, en tanto pretende vengarse de las dificultades y penurias de la vida. "Buen tiempo", plantea la necesidad de remontarse a los momentos que fueron una buena época, propone un aliento esperanzador que pone el foco en las posibilidades que tenemos en nuestras manos de “elegir” y labrar nuestro presente y futuro.

Cierra este rico recorrido, la obra "Junto Coisa Junto à Coisa" de Tetê Barachini, una instalación emotiva y personal, repleta de subjetividad y pertenencia identitaria, dispuesta sobre la superficie naranja de una pared del Palacete de Manaos y expresa:

"El naranja solía ser un espacio para hablar de recuerdos y de repente se convirtió en un espacio para hablar de un presente inimaginable."20

Así describe el espacio físico, pero también espiritual donde anidar “una pequeña maleta” y “transportar objetos que provoquen proximidad entre el sur y el norte de Brasil” con la debida atención “al desborde de las aguas de las inundaciones o a las prolongadas sequías”. Un espacio recordado desde la añoranza, que ha sufrido una transformación inimaginable por el cambio climático “naranja solía ser el color de la arena y del suelo limoso”, sin embargo “se convirtió en el color del barro que invadió Porto Alegre durante la inundación (mayo, 2024)”21.

Su obra configura una cartografía de objetos que reviven las significaciones del pasado y que sobreviven signando las historias del presente: “un mapa de la calle Voluntários da Pátria, en Porto Alegre”, que rememora “el uso indebido de las tierras junto al río y los miles de afrobrasileños que encontraron la muerte en las luchas de la Guerra del Paraguay”22; una secuencia de video “de las aguas del Guaíba con el sonido del Candombe” que dialoga con el mapa, destacando la herencia africana de América del Sur23; “dos hamacas superpuestas que sostienen cuerpos curvilíneos” cuyas telas con

Porto Alegre de 1941, onde duas pessoas vestiam pijamas listrados”; a palavra “Rios”, sinal do sistema circulatório que nutre e dá vida à bacia amazônica e duas peças de madeira pertencentes aos ferrys Parintins do Amazonas, indicativo de suas viagens reais, mas principalmente das imaginárias. Destaca a presença das redes:

"este maravilhoso objeto de convivência e acolhimento, um lugar móvel de pertencimento temporal, um objeto que pende e se reafirma como coisa praticando diferentes territorialidades para nós, os nômades brasileiros".24

Tetê Barachini reúne e associa com afeto esses objetos em um work in progress, que se assume como um espaço de pertencimento e de sentido, de suas obsessões, aspirações e desejos, desde as intensidades e contradições dos espaços e dos territórios da realidade até a possibilidade de criar aqueles que surgem com suas próprias lógicas, baseadas nas relações que se imiscuem pelas fraturas do sistema, diferentes da ordem e das continuidades dos relatos da história, aqueles que fogem da homogeneidade e constroem “as histórias dos espaços outros”, os que são criados desde a heterotopia25. Palavras finais

São apresentadas as obras do grupo de pesquisa OM­LAB dirigido por Tetê Barachini do Programa de Pós­Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, esperando suscitar nos visitantes o desejo de recorrer a exposição, o desenvolvimento de novas agências de ativação sensível, para que possam ser partícipes e fazedores/as de novas e renovadas imagens de futuro, para a instauração de Dias claros com Bom Tempo.

rayas remiten “a una foto de la inundación de Porto Alegre de 1941 donde dos personas llevaban piyamas a rayas”; la palabra “Ríos” señal del sistema circulatorio que nutre y da vida a la cuenca amazónica y dos piezas de madera pertenecientes a los ferrys Parintins del Amazonas, indicativo de sus viajes reales pero sobre todo de los imaginarios. Destaca la presencia de las hamacas:

“este maravilloso objeto de convivencia y acogimiento, un lugar móvil de pertenencia temporal, un objeto que cuelga y se reafirma como cosa practicando diferentes territorialidades para nosotros los nómadas brasileños”.24

Tetê Barachini reúne y asocia con afecto, estos objetos en un work in progress, que se asume como un espacio de pertenencia y de sentido, de sus obsesiones, aspiraciones y deseos, desde las intensidades y contradicciones de los espacios y los territorios de la realidad, hasta la posibilidad de crear aquellos que surgen con sus propias lógicas, basados en las relaciones de se cuelan por las fracturas del sistema, diferentes al orden y a las continuidades de los relatos de la historia, aquellos que huyen de la homogeneidad, y construyen “las historias de los espacios otros” los que se crean desde la heterotopía25.

Palabras Finales

Se presentan las obras del grupo de investigación OM­LAB dirigido por Tete Barachini del Programa de Posgrado en Artes Visuales de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (Brasil), esperando suscitar en los visitantes que recorran la exposición, el desarrollo de nuevas agencias de activación sensible, para que puedan ser partícipes y hacedores/ as de nuevas y renovadas imágenes de futuro, hacia la instauración de Días claros con Buen Tiempo.

Notas

1 Daniela V. Di Bella. Nascida em Buenos Aires, Argentina, é arquiteta (Universidade de Morón, Argentina) e tem especialização em Design Arquitetônico (na mesma universidade), Mestre em Gestão de Design (Faculdade de Design e Comunicação, Universidade de Palermo, Argentina) e doutoranda em Educação Superior, na Faculdade de Ciências Sociais, Cátedra Unesco (UP, Argentina). Ela pesquisa sobre prospectiva, futuro e teoria do Design e da Arquitetura, e seus vínculos com a transição e a sustentabilidade. Atua como Coordenadora de Projetos Interinstitucionais: Incubadora de Projetos de Pesquisa do Instituto de Pesquisa em Design, UP Argentina. Dirige desde 2014 a Linha de Pesquisa Design em Perspectiva: Cenários do Design, com o convênio acadêmico entre a Universidade de Palermo (Argentina) e a Universidade Carnegie Mellon (EUA). Ela compõe o Corpo Acadêmico de Pós­graduação em Design, é professora titular de Design 4 do Mestrado em gestão do Design (UP) vinculada ao Programa Transition Design (TD) do Doutorado em TD e Transition Design Institute CMU (EUA). Foi Diretora do Departamento de Produção CPDC e Cocoordenadora do Departamento de Multimídia da Universidade de Palermo. Tem mais de 30 anos de experiência em gestão e produção editorial, edição técnico­científica, design e direção de arte, design fotográfico e arquitetura publicitária. Coordenou vários livros de pesquisa, arte e design, é autora de inúmeros artigos de pesquisa, par revisor de agências e publicações nacionais e internacionais, curadora de exibições de arte e publicações de design, jurada em eventos científicos e culturais. ORCID ID 0000­00030923­8755.

2 Barachini (2024) Sul­Norte­Sul. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

3 Alexander von Humboldt (1769­1859) en su obra "Viaje a las regiones equinocciales del Nuevo Mundo" fue uno de los primeros en introducir la idea de la Tierra como un organismo vivo en el pensamiento occidental, y que con el tiempo se convirtió en la base del movimiento ambiental. En: El Antropoceno. VPRO documental. Director: Alexander Oey. Holanda (2017). (Disponible en: https://www.youtube.com/watch? v=AW138ZTKioM

4 Tetê Barachini é artista, pesquisadora e professora do Programa de Pós­Graduação em Artes Visuais e da Graduação no Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS. Doutora em Poéticas Visuais pelo PPGAV­UFRGS. Mestre em Artes com ênfase em Poéticas Visuais pela ECA­USP. Foi chefe do Departamento de Artes Visuais do IA–UFRGS (2016­2018). Atualmente é coordenadora do Programa de Pósgraduação em Artes Visuais (PPGAV­UFRGS) (2021­2025). Presidenta do Fórum dos Coordenadores de PósGraduação da UFRGS. Representante Discente na Câmara de Pós­Graduação da UFRGS e Membro do CEPEUFRGS. Participa como curadora, organizadora e artista visual em exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior desde 1987. Destaca entre suas produções mais recentes nacionais e internacionais a participação nas exposições Incertezas em Gaia (2023), Techne (2019); tá­MONDuÀ (2019); Meio CaminhoOcupação 4 (2019); Pro Posições (2017); Imesura (2017); Espiação (2016); Portáveis (2014). Além da produção poética, realizou publicações na área de Artes em periódicos nacionais e internacionais e desempenhou a função de Editora da Revista PORTO ARTE (2017­2021). Ela coordena o Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS. Desenvolve projeto de pesquisa que envolve aproximações poéticas e objetos tridimensionais sensíveis, ao considerar suas apresentações materiais e imateriais e as

Notas

1 Daniela V. Di Bella. Nacida en Buenos Aires, Argentina, es Arquitecta (Universidad de Morón, Argentina) con una Especialización en Diseño Arquitectónico (misma casa de estudios), Magister en Gestión del Diseño (Facultad de Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo, Argentina) y Candidata a Doctora (a nivel de Tesis) del PhD en Educación Superior, Facultad de Ciencias Sociales, Catedra Unesco (UP, Argentina). Investiga sobre prospectiva, futuro y teoría del Diseño y la Arquitectura, sus vínculos con la transición y la sostenibilidad. Se desempeña como Coordinadora de Proyectos Interinstitucionales: Incubadora de Proyectos de Investigación del Instituto de Investigación en Diseño, UP Argentina. Dirige desde 2014 la Línea de Investigación Diseño en Perspectiva: Escenarios del Diseño bajo el convenio académico entre la Universidad de Palermo (Argentina) y Carnegie Mellon University (EEUU). Es parte del Cuerpo Académico del Posgrado en Diseño, Profesora Titular de Diseño 4 de la Maestría en Gestión del Diseño (UP) vinculada al Programa Transition Design (TD) del PhD en TD y Transition Design Institute CMU (EEUU). Fue Directora del Departamento de Producción CPDC y Co­Coordinadora del Departamento de Multimedia de la Universidad de Palermo. Con experiencia de más de 30 años en Gestión y producción editorial, Edición científico­técnica, Diseño y dirección de arte, Diseño fotográfico y Arquitectura publicitaria. Coordinadora de varios Libros de investigación, arte y diseño, Autora de numerosos artículos de investigación, Par revisor de agencias y publicaciones nacionales e internacionales, Curadora de muestras de arte y publicaciones de diseño, Jurado en eventos científicos y culturales. ORCID ID 0000­0003­0923­8755.

2 Barachini (2024) Sul­Norte­Sul. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

3 Alexander von Humboldt (1769­1859) en su obra "Viaje a las regiones equinocciales del Nuevo Mundo" fue uno de los primeros en introducir la idea de la Tierra como un organismo vivo en el pensamiento occidental, y que con el tiempo se convirtió en la base del movimiento ambiental. En: El Antropoceno. VPRO documental. Director: Alexander Oey. Holanda (2017). (Disponible en: https://www.youtube.com/watch? v=AW138ZTKioM).

4 Tetê Barachini es artista, investigadora y profesora del Programa de Postgrado en Artes Visuales y de la Carrera de Graduación del Departamento de Artes Visuales del Instituto de Artes de la UFRGS. Doctora en Poéticas Visuales por el Programa de Postgrado en Artes Visuales (PPGAV­UFRGS). Maestra en Artes con énfasis en Poéticas Visuales por ECA­USP (Brasil). Fue jefe del Departamento de Artes Visuales de la IA–UFRGS (2016­2018). Actualmente es coordinadora del Programa de Posgrado en Artes Visuales (PPGAVUFRGS) (2021­2025). Presidente del Foro de Coordinadores de Posgrado de la UFRGS. Representante de la Cámara de Posgrado de la UFRGS y Miembro del CEPE­UFRGS. Ha participado como curadora, organizadora y artista visual en exposiciones individuales y colectivas en Brasil y en el exterior desde 1987. Entre sus producciones nacionales e internacionales más recientes se destacan su participación en las exposiciones Incertezas em Gaia (2023), Techne (2019); tá­MONDuÀ (2019); Meio Caminho­Ocupação 4 (2019); Pro Posições (2017); Imesura (2017); Espiação (2016); Portáveis (2014). Además de su producción poética, publicó en el área de Artes en revistas nacionales e internacionales y se desempeñó como Editora de la Revista PORTO ARTE (2017­2021). Coordina el Grupo de Investigación Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS. Desarrolla un proyecto de investigación que involucra abordajes poéticos y sensibles a los objetos tridimensionales, considerando sus presentaciones materiales e inmateriales y sus posibles

possíveis interações com o outro (sujeito) e com o espaço urbano e utiliza mídias locativas em seus processos criativos a fim de gerar mapas de geolocalização. Website: https:// www.tb.art.br/ E­mail: tete.barachini@gmail.com e barachini@ufrgs.br.

5 Op. Cit Barachini (2024) Sul­Norte­Sul.

6 Ibidem.

7 O termo Antropoceno indica uma mudança profunda e irreversível nos sistemas da terra constatável em uma pegada geológica alarmante, determinada por nossas práticas e actividades nos últimos 200 anos. Criado pelo biólogo estadunidense Eugene F. Stoermer, este vocábulo foi popularizado no início dos anos 2000 pelo holandês Paul Crutzen, prêmio Nobel de Química, para designar a época em que as atividades humanas começaram a provocar mudanças biológicas e geofísicas em escala mundial. Ambos os cientistas haviam comprovado que essas mutações tinham alterado o relativo equilíbrio em que se mantinha o sistema terrestre desde o início da época holocena, ou seja, há 11.700 anos. Em: UNESCO. Bienvenidos al antropoceno. El Correo de la UNESCO Abril­Junio. EEUU: Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (2018). Rejane Issberner y Lena, 2018: 7.

8 Para ampliar os conceitos sobre os estilos da vida cotidiana no Ocidente e ideias sobre transição sustentável, consultar: Di Bella, D. V. Intervenciones del Diseño II: Alfabetización ecológica y transiciones sostenibles. Experiencia Diseño en Perspectiva 2022­2026. Cuaderno N°222. Buenos Aires: Centro de Estudios en Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo (2024: 117­160.).

9 Para Rob Nixon, as razões por trás da violência lenta são a comodificação dos recursos naturais e do meio ambiente como um produto do mercado (Nixon, 2011).

10 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.

11 É importante que sejamos conscientes das contradições que ocorrem entre nossos desejos imediatos e o que sabemos das mudanças climáticas. Precisamos de outro tipo de sociedade. Não podemos manter a forma atual do capitalismo durante outros 100 ou 200 anos. O correto seria deslegitimizar o consumismo e reeducar nossos desejos. Temos que assumir a responsabilidade de transmitir esta mensagem nas escolas e universidades. (Entrevista ao historiador da Universidade de Chicago, Dipesh Chakrabarty, realizada por Shiraz Sidhva.) No Correio da UNESCO, 2018: 14).

12 Ferraz (2024). Eu moro perto da refinaría. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

13 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.

14 Dotto (2024). O que transborda e o que esgota além dos ríos? In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

15 A citação, mal atribuída a Albert Einstein, foi extraída do documentário The Happening (El Incidente/El fin

interacciones con el otro (sujeto) y con el espacio urbano y utiliza medios locativos en sus procesos creativos con el fin de generar mapas de geolocalización. Sitio web: https://www.tb.art.br/ Correo electrónico: tete.barachini@gmail.com y barachini@ufrgs.br.

5 Op. Cit Barachini (2024) Sul­Norte­Sul.

6 Ibidem.

7 El término Antropoceno indica un cambio profundo e irreversible en los sistemas de la tierra constatable en una huella geológica alarmante, determinada por nuestras prácticas y actividades de los últimos 200 años. Creado por el biólogo estadounidense Eugene F. Stoermer, este vocablo lo popularizó a principios de 2000 el holandés Paul Crutzen, premio Nobel de Química, para designar la época en la que las actividades del hombre empezaron a provocar cambios biológicos y geofísicos a escala mundial. Ambos científicos habían comprobado que esas mutaciones habían alterado el relativo equilibrio en que se mantenía el sistema terrestre desde los comienzos de la época holocena, esto es, desde 11.700 años atrás. En: UNESCO. Bienvenidos al antropoceno. El Correo de la UNESCO Abril­Junio. EEUU: Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (2018). Rejane Issberner y Lena, 2018: 7.

8 Para ampliar los conceptos acerca de los Estilos de la vida cotidiana en Occidente, y las ideas de la transición sostenible, se puede consultar: Di Bella, D. V. Intervenciones del Diseño II: Alfabetización ecológica y transiciones sostenibles. Experiencia Diseño en Perspectiva 2022­2026. Cuaderno N°222. Buenos Aires: Centro de Estudios en Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo (2024: 117­160.).

9 Para Rob Nixon las razones detrás de la violencia lenta son la comodificación de los recursos naturales y del medioambiente como un producto del mercado (Nixon, 2011).

10 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.

11 Es importante que seamos conscientes de las contradicciones que se dan entre nuestros deseos inmediatos y lo que sabemos del cambio climático. Necesitamos otro tipo de sociedad. No podemos mantener la forma actual del capitalismo durante 100 o 200 años más. Seria acertado deslegitimar el consumismo y reeducar nuestros deseos. Tenemos que asumir la responsabilidad de transmitir este mensaje en las escuelas y universidades (Entrevista al historiador de la Universidad de Chicago Dipesh Chakrabarty realizada por Shiraz Sidhva. En El Correo de la UNESCO, 2018: 14).

12 Ferraz (2024). Eu moro perto da refinaría. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

13 Op Cit The Anthropocene. VPRO documental.

14 Dotto (2024). O que transborda e o que esgota além dos ríos? En Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

15 La cita mal atribuida a Albert Einstein, esta extraída del documental The Happening (El Incidente/El fin de los tiempos), de M. Night Shyamalan, y pertenece a un panfleto de la Unión de apicultores belgas cuyas

de los tiempos), de M. Night Shyamalan, e pertence a um panfleto da União de Apicultores Belgas cujas manifestações ativistas de 1994 faziam denúncias em defesa de sua atividade. (Fonte: www.ecocolmena.org).

16 Sobre o tema das ameaças e tragédias do avanço colonial e a noção do limite, o trabalho “Margem Negada” de Teresinha Barachini analiza o Muro da Av. Mauá, localizado na margem da área portuária da cidade de Porto Alegre. Desde o lugar do não monumento, constitui­se em uma linha, um desenho, um objeto tridimensional planar e longitudinal, cujo pertencimento de sua construção na década de 70 (do século passado) e de sua atual permanência em 2021 está conectada ao imaginário coletivo de histórias, as quais se sobrepõem há mais de dois séculos, e às decisões políticas específicas que redimensionam de que forma ocupamos e praticamos no dia a dia nosso pertencimento às áreas citadinas. Ver em Barachini, Teresinha (2023) Margem Negada. Visiones del Diseño V. Diseño y Antropoceno: Desafíos sostenibles, resilientes y regenerativos. Cuaderno N°158 (Coordinación Terry Irwin y Daniela V. Di Bella) Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo.

17 Belting, Hans 2007: 72­76. En Di Bella Daniela V. El cuerpo como un territorio. Cuaderno N°64. Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo (2017).

18 Gea, Mãe terra deusa primigênia da mitologia grega: https://es.wikipedia.org/wiki/Gea

19 Fragmento da canção “Bom Tempo” de Chico Buarque.

20 Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

21 "Cerca de 144 mortos, 806 feridos e 144 desaparecidos, além das 115 mil pessoas que perderam suas casas e seus pertences, toda a cidade está sem água, eletricidade nem provisões, resultado das inundações históricas no Rio Grande do Sul. A cheia dos rios, provocada por fortes precipitações, saiu completamente do leito pelos fortes ventos que obstruem a drenagem natural até o mar (Fonte: Infobae e La Nación, maio 2024)".

22 A guerra da Tríplice Aliança, conhecida como a Guerra do Paraguai, enfrentou os exércitos aliados da Argentina, do Brasil e do Uruguai contra o Paraguai nos anos de 1865 a 1870. A guerra terminou dia 1º de março de 1870 com a derrota do Paraguai na Batalha de Cerro Corá, quando o exército brasileiro se impôs sobre o paraguaio. Em: Bincaz, Virginia. La guerra de la Triple Alianza. Museo y Biblioteca Casa del acuerdo (Fonte: www.museodelacuerdo.cultura.gob.ar).

23 “Um de cada quatro latino­americanos se identifica como afrodescendente, conformando a minoria mais invisibilizada da América Latina. Com cerca de 133 milhões de pessoas, a maioria dessa população se concentra no Brasil, na Venezuela, na Colômbia, em Cuba, no México e no Equador.” Em: Afrodescendientes en América Latina. Banco Mundial (Fonte: Banco Mundial, 2024).

24 Op. Cit Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa.

25 Conceito de Heterotopia. Em: Foucault, Michel (1999) Foucault por sí mismo. Obras esenciales, Vol3. Barcelona: Editorial Paidós.

manifestaciones activistas de 1994 reclamaban en defensa de su actividad (Fuente: www.ecocolmena.org).

16 Sobre el tema de las amenazas y tragedias del avance colonial, y la noción de limite, el trabajo “Margen Negado” de Teresinha Barachini, analiza el Muro de la Av. Mauá, ubicado en el borde del área portuaria de la ciudad de Porto Alegre­Brasil. Desde el lugar del no monumento se constituye en una línea, un dibujo, un objeto tridimensional planar y longitudinal, cuya pertinencia de su construcción en la década del 70 (del siglo pasado) y de su actual permanencia en el 2021, está conectada al imaginario colectivo de historias, las cuales se sobreponen hace más de dos siglos y a las decisiones políticas específicas que redimensionan de qué forma ocupamos y practicamos en el día a día nuestra pertenencia a las áreas citadinas. Barachini, Teresinha (2023) Margen Negado. Visiones del Diseño V. Diseño y Antropoceno: Desafíos sostenibles, resilientes y regenerativos. Cuaderno N°158 (Coordinación Terry Irwin y Daniela V. Di Bella) Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo.

17 Belting, Hans 2007: 72­76. En Di Bella Daniela V. El cuerpo como un territorio. Cuaderno N°64. Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo (2017).

18 Gea, Madre tierra diosa primigenia de la mitología griega: https://es.wikipedia.org/wiki/Gea

19 Fragmento de la canción "Bom Tempo" de Chico Buarque.

20 Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa. In Catálogo Coacatu por supuesto. 2024.

21 "Alrededor de 144 muertos, 806 heridos y 144 desaparecidos, además de las 115 mil personas que perdieron sus casas y pertenencias, toda la ciudad está sin agua, electricidad ni suministros, resultado de las inundaciones históricas en Rio Grande do Sul. La crecida de los ríos, provocada por fuertes precipitaciones se ha salido completamente de cauce por los fuertes vientos que obturan el drenaje natural hacia el mar (Fuente: Infobae y Diario La Nación, Mayo 2024)".

22 La guerra de la Triple Alianza, conocida como la Guerra del Paraguay enfrentó a los ejércitos aliados de Argentina, Brasil y Uruguay contra Paraguay en los años de 1865 a 1870. La guerra terminó el 1 de marzo de 1870 con la derrota de Paraguay en la Batalla de Cerro Corá, cuando el ejército brasileño se impuso sobre el paraguayo. En: Bincaz, Virginia. La guerra de la Triple Alianza. Museo y Biblioteca Casa del acuerdo (Fuente: www.museodelacuerdo.cultura.gob.ar).

23 “Uno de cada cuatro latinoamericanos se identifica como afrodescendiente, conformando la minoría más invisibilizada de América Latina. Con alrededor de 133 millones de personas, la mayoría de esta población se concentra en Brasil, Venezuela, Colombia, Cuba, México y Ecuador”. En: Afrodescendientes en América Latina. Banco Mundial (Fuente: Banco Mundial, 2024).

24 Op. Cit Barachini (2024). Junto coisa junto à coisa.

25 Concepto de Heterotopía. En: Foucault, Michel (1999) Foucault por sí mismo. Obras esenciales, Vol3. Barcelona: Editorial Paidós.

Referências bibliográficas

–Andreoni Manuela (2024) El cambio climático provocó una sequía ‘excepcional’ en el Amazonas. Em: New York Times (Disponível em: https://www.nytimes.com/es/2024/01/25/espanol/sequia­amazonas­cambio climatico).

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–Barachini, Teresinha (2023) Margen Negado. Em: Visiones del Diseño V. Diseño y Antropoceno: Desafíos sostenibles, resilientes y regenerativos (Coordinación Terry Irwin y Daniela V. Di Bella) Cuaderno N°158. Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Buenos Aires: Universidad de Palermo (Disponível em: https://dspace.palermo.edu/ojs/index.php/cdc/article/view/6956).

–Bincaz, Virginia (Recuperado em 2024) La guerra de la Triple Alianza. Buenos Aires: San Nicolás de los Arroyos. Museo y Biblioteca Casa del acuerdo (Disponível em: https://museodelacuerdo.cultura.gob.ar/ noticia/la­guerra­de­la­triple­alianza/)

–Di Bella, Daniela V. (2024) Intervenciones del Diseño II: Alfabetización ecológica y transiciones sostenibles. Experiencia Diseño en Perspectiva 2022­2026. Cuaderno N°222. Buenos Aires: Centro de Estudios en Diseño y Comunicación, Universidad de Palermo (2024: 117­160).

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–Derrida, Jacques. (2004) Morada. Maurice Blanchot. São Paulo: Edições Vendaval.

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–Foucault, Michel (1999) Foucault por sí mismo. Obras esenciales, Vol3. Barcelona: Editorial Paidós.

–Ingold, Timothy (2011) Being Alive. Essays on Movement, Knowledge and Description. London: Routledge.

–Morton, Timothy (2011) The Mesh. Em: LeMenager, Shewry, Hiltner, eds. Environmental Criticism for the Twenty­First Century. New York: Routledge.

–Nixon, Rob (2011) Slow Violence and the Environmentalism of the Poor. London: Harvard: University Press.

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–Sontag, Susan (2006) Sobre la Fotografía. Editorial Alfaguara.

–Süveges, Rita (2020) Más allá de la postal: una investigación ecocrítica sobre imágenes de la naturaleza. (Disponível em: http://mezosfera.org/beyond­the­postcard­an­ecocritical­inquiry­on­images­of­nature/).

Referencias Bibliográficas

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Alexandre De Nadal

Doutorando em Poéticas Visuais (PPGAV­UFRGS). Artista visual, Bacharel e Mestre em Artes Visuais pela UFRGS. Arquiteto e Urbanista formado pela UniRitter. Trabalha os conceitos da simulação e desinformação por meio de ações e intervenções artísticas. www.alexandredenadal.com.br | @alexandredenadal

AVENIDA AMAZONAS

A proposta para a exposição foi conectar quatro pontos: [1] minha experiência pessoal como morador de Porto Alegre; [2] a pesquisa de doutorado centrada em simulacros e desinformação; [3] a Amazônia, abrangendo o Rio Amazonas e cidades costeiras; e [4] as mudanças climáticas, que alcançam níveis sem precedentes globalmente. O vídeo produzido apresenta um registro fotográfico dos 1,5 km da Av. Amazonas, localizada no bairro São Geraldo (Porto Alegre), que percorri a pé. As fotos foram manipuladas digitalmente com Inteligência Artificial (IA) para simular uma enchente. A escolha dessa via busca estabelecer uma conexão simbólica com o Rio Amazonas, local distante da minha realidade. Em certos momentos do vídeo, anúncios de produtos contra enchentes, também criados por IA, interrompem abruptamente o percurso visual, prometendo soluções impossíveis para o problema, sem abordar sua causa raiz. Espelho da nossa sociedade atual, que

AVENIDA AMAZONAS

La propuesta de la exposición consistía en conectar cuatro puntos: [1] mi experiencia personal como residente en Porto Alegre; [2] la investigación doctoral centrada en los simulacros y la desinformación; [3] la Amazonia, abarcando el río Amazonas y las ciudades costeras; y [4] el cambio climático, que está alcanzando niveles sin precedentes a escala mundial. El video que produje presenta un registro fotográfico de los 1,5 km de la Av. Amazonas, ubicada en el barrio São Geraldo (Porto Alegre), que recorrí caminando. Las fotos fueron manipuladas digitalmente con Inteligencia Artificial (IA) para simular una inundación. La elección de esta ruta busca establecer una conexión simbólica con el río Amazonas, distante de mi realidad. En ciertos puntos del video, anuncios de productos de inundación, también creados por IA, interrumpen abruptamente el camino visual, prometiendo soluciones imposibles para el problema, sin abordar su causa raíz. Espejo de nuestra sociedad actual,

prefere remediar a prevenir. Alguns desses anúncios serão apresentados na exposição.

Nesse contexto global, em que qualquer problema ambiental reverbera pelo planeta, procurei evidenciar a interconexão entre distintas realidades, destacando tanto o fluir do Rio Amazonas quanto do fluxo de desinformação que permeia nossa sociedade contemporânea. Espantosamente, um mês após a conclusão do trabalho, não só a Av. Amazonas, como grande parte de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul foram atingidos pela maior enchente da história do país. Uma enxurrada não só de água, causada pela reação da natureza ao descaso humano, mas também de fake news, produzidas por aqueles que preferem criar ruído para causas próprias. A montagem com cenas surreais que criei, buscando causar estranhamento com a adição de barcos transitando pela via, havia se tornado a mais pura realidade. Mas o que é a realidade? Para o filósofo Jean Baudrillard, já não distinguimos o real do simulado. A realidade há tempos deixou de existir, só nos restando um mundo composto de simulacros: simulações imperfeitas do mundo real.

que prefiere remediar, más que prevenir. Algunos de estos anuncios serán presentados en la exposición.

En este contexto global, donde cualquier problema ambiental reverbera en todo el planeta, busqué resaltar la interconexión entre diferentes realidades, destacando tanto el flujo del río Amazonas como el flujo de desinformación que impregna nuestra sociedad contemporánea.

Sorprendentemente, un mes después de la finalización de la obra, no solo la Av. Amazonas sino gran parte de Porto Alegre y Rio Grande do Sul se vieron afectados por la mayor inundación en la historia del país. Una inundación no solo de agua, causada por la reacción de la naturaleza a la negligencia humana, sino también de noticias falsas, producidas por aquellos que prefieren crear ruido para sus propias causas.

El montaje con escenas surrealistas que creé, buscando causar extrañeza agregando barcos que transitaban por la carretera, se había convertido en la más pura realidad. Pero ¿qué es la realidad?

Para el filósofo Jean Baudrillard, ya no distinguimos lo real de lo simulado. La realidad hace mucho que dejó de existir, dejándonos solo un mundo compuesto de simulacros: simulaciones imperfectas del mundo real.

Graduanda de Artes Visuais pelo IA­UFRGS. Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC CNPQ­UFRGS) no projeto Práticas Urbanas: Poéticas de Aproximação. Tem se dedicado à explorar os opostos na busca por captar as sutilezas entre as diferenças, a fim de traduzi­las para o figurativo.

AUSÊNCIA SILENCIOSA

As abelhas estão desaparecendo, e sem elas ninguém sobrevive. Seu papel é de extrema importância para todos nós, como disse Albert Einstein : “Se as abelhas desaparecerem da face da terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência, sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana”. Sua ausência, silenciosa por enquanto, é o resultado do descaso humano em relação ao nosso planeta.

O bordado aqui não está limitado ao bastidor, ocupando tanto o bidimensional quanto o tridimensional. Assim, através de linhas e pontos, encontro minha linguagem ao transformar o figurativo em uma trama com texturas tanto visuais como táteis. Com o intuito de dar visibilidade a este ser tão pequeno e delicado, proponho uma abelha híbrida. Suas asas são pétalas de flores de plástico. Flores que não brotam, não possuem vida nem energia, servem

AUSENCIA SILENCIOSA

Las abejas están desapareciendo, y sin ellas nadie sobrevive. Su papel es de suma importancia para todos nosotros, como dijo Albert Einstein: “Si las abejas desaparecen de la tierra, la humanidad tendrá solo cuatro años más de existencia; sin abejas no hay polinización, no hay reproducción de la flora, sin flora no hay animales, sin animales no habrá raza humana”. Su ausencia, silenciosa por ahora, es el resultado de la falta de cuidado del ser humano por nuestro planeta.

El bordado aquí no se limita al bastidor, ocupando tanto lo bidimensional como lo tridimensional. De esa manera, a través de líneas y puntos, encuentro mi lenguaje al transformar lo figurativo en una trama con texturas tanto visuales como táctiles.

Para dar visibilidad a este ser, tan pequeño y delicado, propongo una abeja híbrida: sus alas son pétalos de flores de plástico. Son flores que no brotan, que no tienen vida ni energía, sirven puramente

Catiuscia Dotto

Escultora, pesquisadora e doutoranda em Artes Visuais (PPGAV/UFRGS). Sua investigação poética permeia o feminino, se constituindo a partir da desconstrução formal e da reconstrução simbólica, em uma simbiose com a natureza, reverbera nas inquietações de habitar um corpo feminino. @catiusciadotto

O QUE TRANSBORDA E O QUE ESGOTA ALÉM DOS RIOS?

Era outubro de 2023 quando sobrevoei a Floresta Amazônica. Foi o mais perto que pude estar desta região, e foi suficiente para perceber as margens desabrigadas dos rios que já não vertiam como antes. Um contorno tom terroso separava a cor da água do verde da mata ao seu redor. O barro das margens secas era visível lá de cima. Ao chegar ao Sul do Brasil, percebo que o contorno em mesmo tom de terra demarcava também as margens dos rios, mas ali, ao contrário da seca que assolava a imensa floresta, a causa eram as enxurradas que varreram tudo que havia. Dos rios que transbordam e dos rios que se esgotam se origina este trabalho. Rio me remete a barro, material que me é peculiar desde sempre. Transbordar/ esgotar, 2024, é composto por um seio modelado utilizando barro coletado em um “rio de lá”, o qual, durante os dias da mostra, deverá secar e, ao lado, um seio realizado com barro coletado em “um rio daqui”, por sua vez, submerso em um

¿QUÉ DESBORDA Y QUÉ SE AGOTA ADEMÁS DE LOS RÍOS?

Era octubre de 2023 cuando sobrevolé la Selva Amazónica. Fue lo más cerca que pude llegar a esta región, y fue suficiente para notar las orillas descampadas de los ríos que ya no fluían como antes. Un contorno de tono terroso separaba el color del agua del verde del bosque que lo rodeaba. El barro de las orillas secas se veía desde arriba. Cuando llegué al sur de Brasil, me di cuenta de que el contorno en el mismo tono de tierra también demarcaba las orillas de los ríos, pero allí, a diferencia de la sequía que plagaba el inmenso bosque, la causa fueron las inundaciones que arrasaron todo lo que había. De los ríos que se desbordan y de los ríos que se agotan, surge este trabajo. Río me recuerda barro, un material que siempre me ha sido peculiar. Desbordar/ agotar, 2024 se compone de un pecho moldeado con el barro recolectado en un “río de allí”, que, durante los días de la exposición, se secará, y, junto a él, un pecho hecho con barro recolectado en “un

reservatório com água, provavelmente a se desintegrar. Em abril de 2024 eu senti pela primeira vez o ar quente e úmido da floresta que havia apenas sobrevoado e descobri a imensidão das suas águas. Se à margem do Rio Ijuí, na cidade de Panambi­RS eu temia a velocidade e a força da correnteza, nas margens do Rio Negro, em Manaus­AM, senti meu corpo diminuto à aparente mansidão daquele leito que dita a vida e o tempo. Torneime corpo transitório, que se inunda mergulhado nas águas escuras e mornas do norte e não ousa banhar­se na frieza da água veloz do sul. Resultei em corpo à deriva, carregando aquele pequeno objeto de barro vermelho arrancado à beira do enfurecido Rio Ijuí, enquanto me deixava levar e sentir o “banzeiro” do majestoso Rio Negro. Entre transbordar e esgotar minha existência, foi que arranquei com as mãos o barro da margem de ambos os rios e modelei dois elementos que são corpos fugazes sob a ação do excesso e da falta. Através desses rios, eu me movo, mas permaneço corpo inerte que presencia a potência do curso dessas águas. Transbordar e esgotar é sempre uma reação do corpo à sua margem.

río de aquí”, a su vez, sumergido en un recipiente con agua, probablemente para desintegrarse. En abril de 2024, sentí por primera vez el aire cálido y húmedo del bosque que había apenas sobrevolado, y descubrí la inmensidad de sus aguas. Si a orillas del río Ijuí, en la ciudad de Panambi/RS, yo temía la velocidad y la fuerza de la corriente, a orillas del río Negro, en Manaos/ AM, sentía mi cuerpo diminuto frente a la aparente mansedumbre de ese lecho que dicta la vida y el tiempo. Me convertí en un cuerpo transitorio, que se inunda inmerso en las aguas oscuras y cálidas del norte y no se atreve a bañarse en la frialdad de las aguas rápidas del sur. Resulté ser un cuerpo a la deriva que llevaba ese pequeño objeto de arcilla roja arrancado del borde del enfurecido río Ijuí, mientras me dejaba llevar y sentir la oleada del majestuoso Río Negro. Entre desbordar y agotar mi existencia, arranqué con mis manos la arcilla de las orillas de ambos ríos y modelé dos elementos que son cuerpos fugaces bajo la acción del exceso y la falta. A través de estos ríos me muevo, pero sigo siendo un cuerpo inerte que contempla el poder del curso de estas aguas. Desbordar y agotar son siempre una reacción del cuerpo a su orilla.

Doutoranda em Poéticas Visuais (PPGAV­UFRGS). Sua poética investiga o corpo de um sujeito que atua dentro de estruturas feitas de papel, tecido e linhas, e nesta relação, acontece uma ação­corpo. O movimento desenha uma membrana de encontro no gesto e na narrativa. @elainestanki

ASA, UM MANTO VERMELHO

Asa é um desdobramento do objeto Medusa. Para a ocasião da Exposição Coacatu por supuesto, o objeto Medusa transmuta­se e apresenta sua forma como Asa de Dragão. Asa de Dragão, mantém as características táteis do objeto Medusa, entretanto adquire amplitudes e aberturas da envergadura de uma asa. Ao aproximarse, tem­se o toque do vibrátil, o toque da sensação, na linha que abre e se retrai. Suas linhas são longilíneas e descem ao chão em gradação de cores e transições do vermelho. O vermelho lembra um aspecto que pulsa, vibração que se assemelha aos momentos liminares e transitórios, na iminência de algo. O trabalho Asa de Dragão recorda­me um manto, manto vermelho, referência aos povos Tupinambá, habitantes originários das terras brasileiras, temática também explorada pela artista Lygia Pape na década de 90. Temos, portanto, para essa ocasião, Asa, uma sobreposição de vermelhos que toca

ALA, UN MANTO ROJO

Ala es un despliegue del objeto Medusa. Para la ocasión de la Exposición Coacatu, por supuesto, el objeto Medusa se transmuta y presenta su forma de Ala de Dragón.

El Ala de Dragón conserva las características táctiles del objeto Medusa, pero adopta las amplitudes y aberturas de la envergadura de un ala. A medida que se acerca, se siente un toque de lo vibrátil, el toque de la sensación, en la línea que se abre y se retrae. Sus líneas son alargadas y bajan hasta el suelo en una gradación de colores y transiciones del rojo. El rojo recuerda un aspecto pulsante, una vibración que se asemeja a momentos liminales y transitorios, en la inminencia de algo.

La obra Ala de Dragón me recuerda a un manto, un manto rojo, una referencia a los pueblos Tupinambá, habitantes originarios de las tierras brasileñas, tema que también exploró la artista Lygia Pape en los años 1990. Por lo tanto, para esta ocasión, tenemos

os véus da nossa ancestralidade. A relação com o mítico e o fantástico é presente até os dias de hoje no imaginário da região amazônica. Esse conhecimento faz parte dos saberes e da construção de significados na simbologia da comunidade local.

A proposta com estruturas e objetos no espaço faz parte da minha recente trajetória poética, agora, no entanto, o trabalho insere­se em um contexto de deslocamento, e nestas inter­relações, é possível tocar, permear e vivenciar a cultura do outro, que está, ao mesmo tempo, dentro e fora de nós, em uma rede inconsciente e coletiva.

el Ala, una superposición de rojos que toca los velos de nuestra ancestralidad.

La relación con lo mítico y lo fantástico sigue presente hoy en el imaginario de la región amazónica. Este conocimiento forma parte del conocimiento y la construcción de significados en la simbología de la comunidad local.

La propuesta con estructuras y objetos en el espacio hace parte de mi trayectoria poética reciente; ahora, sin embargo, el trabajo se inscribe en un contexto de desplazamiento, y en estas interrelaciones, es posible tocar, permear y experimentar la cultura del otro, que está al mismo tiempo dentro y fuera de nosotros, en una red inconsciente y colectiva.

Gabriela Paludo Sulczinski

Mestranda em Poéticas Visuais (PPGAV­UFRGS). Especialista em Artes pela UFPel. Possui experiência profissional nas áreas de dança, música e desenho. A partir de seus processos híbridos, estuda o conceito de escultura de si através de suas múltiplas práticas artísticas. @g.sulczinski

TEMPOS (EM FRAGMENTOS)

O trabalho intitulado Tempos (em Fragmentos) apresenta uma série de imagens captadas a partir da vídeo performance Tempos (2024), que explora a dimensão do corpo em movimento. Ao longo dos seis minutos, perpasso por diversos cenários em meio ao espaço campestre, interferindo sutilmente com o espaço. O vermelho carmim presente na vestimenta e no pano de vinte metros marcam o contraste das relações em complementaridade com as cores do ambiente; o vermelho não tem intenção de sobrepor­se, mas assume o seu lugar de acordo com a sua diferença. Lida­se desde o início com velocidades e com a fuga, na perda inelutável de fixar o fluxo constante do presente. Uma das imagens da série apresenta uma caminhada com o pano vermelho, misturando­se com a cor do vestido. Noutra, podemos ver a grande dimensão deste pano, tocando as árvores e deixando a sua marca. As últimas fotografias acontecem em cima de uma árvore: uma

TIEMPOS (EN FRAGMENTOS)

La obra intitulada Tiempos en Fragmentos presenta una serie de imágenes extraídas de la videoperformance Tiempos (2024), que explora la dimensión del cuerpo en movimiento. Durante seis minutos, recorro varios escenarios en medio del espacio agreste, interfiriendo sutilmente en el espacio. El rojo carmesí de la ropa y la tela de veinte metros marcan el contraste de relaciones en complementariedad con los colores del entorno; el rojo no tiene intención de superponerse, sino que ocupa su lugar en función de su diferencia. Desde el principio, uno se enfrenta a la velocidad y a la huida, en la ineludible pérdida de fijar el flujo constante del presente. Una de las imágenes de la serie muestra un caminar con la tela roja, mezclándose con el color del vestido, mientras que en otra podemos ver el gran tamaño de la tela tocando los árboles y dejando su marca. Las últimas fotografías se dan en lo alto de un árbol:

em dança, na experiência ativa com o espaço, e a outra em paragem, finalizando em contemplação a relação entre ser humano e natureza. Isso também está sugerido na vídeo performance, e é colocado de maneira “fixada” na exposição. A vida flui no tempo, mas quando a fotografia interrompe esse fluxo, delineia­se um novo significado, um significado fotográfico.

Tempos (em Fragmentos) é uma metáfora sobre a memória e sobre o que permanece no corpo enquanto testemunha da qual se vive um acontecimento. O que dancei neste espaço, partindo de uma sequência coreográfica mesclada com improvisos dentro de uma mesma célula de movimento, é um pouco do que trabalho para operar dentro de um corpo sensível. Um corpo que sente, que sofre e que almeja estabelecer relações a partir da delicadeza. Tudo isso a partir e em respeito à mãe terra, que nos acolhe e nos dá a vida. Como Ailton Krenak afirma: “A gente só existe porque a terra deixa a gente viver”. Cada movimento antes, durante e após este trabalho fazem parte de um corpo que ocupa­se em fazer­se testemunho da experiência em interdependência com o espaço.

una en danza, experimentando activamente el espacio, y la otra detenida, finalizando en contemplación la relación entre el ser humano y la naturaleza. Esto también queda sugerido en la videoperformance y se coloca de forma "fija" en la exposición. La vida fluye a través del tiempo, pero cuando la fotografía interrumpe ese flujo, se dibuja un nuevo significado, un significado fotográfico.

Tiempos (en fragmentos) es una metáfora sobre la memoria y sobre lo que permanece en el cuerpo como testigo de que se está viviendo un evento. Lo que bailé en este espacio, a partir de una secuencia coreográfica mezclada con improvisaciones dentro de la misma célula de movimiento, es un poco de lo que trabajo para operar dentro de un cuerpo sensible.

Un cuerpo que siente, que sufre y que anhela establecer relaciones a partir de la delicadeza. Todo ello a partir de y con respeto a la Madre Tierra, que nos acoge y nos da la vida. Como declara Ailton

Krenak: “Sólo existimos porque la tierra nos deja vivir”. Cada movimiento antes, durante y después de este trabajo forma parte de un cuerpo que se ocupa de dar testimonio de la experiencia en interdependencia con el espacio.

Iran Jorge da Silva

Mestrando em Artes Visuais (PPGAV­UFRGS). Especialista em Gestão Educacional UFSM. Licenciado em Música, UniRio­UFRGS. Bacharel em Artes Visuais, UFRGS. Violinista e artista visual com produção e pesquisa do objeto escultórico, arte sonora e cerâmica. https://iranjorge4.wixsite.com/portfolio

SPUTNIK

Nestas duas peças feitas de sucata automotiva ­ Sputnik­1 e Sputnik­2 ­ o aspecto industrial e urbano vem à tona. A reciclagem e a ressignificação destes elementos têm seus nomes inspirados no satélite russo (Sputnik, 1957) do século passado, em que seu bip em órbita sobre solo estadunidense esquentava a guerra fria e a corrida espacial. O caótico e verdadeiro estado da humanidade só pode ser visto e repensado a certa distância. Para vermos determinadas coisas, temos que ter o devido distanciamento. Temos um ledo engano de que, quando estamos muito próximos de algo, o vemos com clareza e objetividade. Imaginemos um texto em folha de papel em que, tão logo o aproximemos dos nossos olhos, não conseguimos identificar nada, tudo fica turvo e inelegível. Precisamos de certa distância para identificar as palavras e de uma distância maior ainda para identificar o seu conteúdo. A proximidade junto ao imediatismo pode turvar a visão,

SPUTNIK

En estas dos piezas hechas con chatarra de automóvil, Sputnik­1 y Sputnik­2, el aspecto industrial y urbano pasa a primer plano. El reciclaje y replanteamiento de estos elementos se inspira en el satélite ruso (Sputnik, 1957) del siglo pasado, cuando su "bip" en órbita sobre suelo estadounidense alimentó la Guerra Fría y la carrera espacial.

El caótico y verdadero estado de la humanidad solo puede ser visto y repensado desde cierta distancia. Para ver ciertas cosas, debemos tener la distancia adecuada. Tenemos la idea errónea de que, cuando estamos muy cerca de algo, lo vemos con claridad y objetividad. Imaginemos un texto en una hoja de papel en la que, al instante en que se la acerca a los ojos, no conseguimos identificar nada, todo está borroso e ilegible, necesitamos una cierta distancia para identificar las palabras y una distancia aún mayor para identificar su contenido. La proximidad y la

e a distância faz ver o todo. Há a falta de humanidade ­ o ver da posição do ser humano em relação a ele mesmo, assim como com a sociedade em que vive e o meio ambiente, juntamente com possíveis caminhos e soluções destas relações sócio ambientais, produtos e subprodutos destas que compõem as cidades e meios urbanos, ao mesmo tempo que o humaniza de uma forma peculiar com os resíduos que o humano constrói e produz, como sua assinatura de passagem, por ínfimo que seja, deixa sua pegada em um caminho sem volta ­ e, para nos humanizarmos, por vezes necessitamos de uma distância tão grande para ter uma real noção que um dos caminhos seria estar fora do orbe terrestre.

Estas peças têm seu brilho metálico refletido não pelo sol, mas por luzes artificiais. Soam não com um bip, mas com uma bieleta que serve como baqueta, convidando o espectador a se aproximar, interagir, bater, ouvir e reagir.

inmediatez pueden nublar la vista, pero la distancia permite ver el cuadro completo.

Hay una falta de humanidad —ver la posición del ser humano en relación a sí mismo, así como con la sociedad en la que vive y el medio ambiente, junto con posibles caminos y soluciones para estas relaciones socioambientales, sus productos y subproductos que conforman las ciudades y los entornos urbanos, al mismo tiempo en que lo humaniza de una manera peculiar con los residuos que los humanos construyen y producen, como su firma declarando su presencia, por pequeña que sea, deja su huella en un camino sin retorno— y para humanizarnos, a veces necesitamos una distancia tan grande para tener una noción real de que uno de los caminos sería estar fuera del orbe terrestre.

Estas piezas tienen su brillo metálico reflejado no por el sol, sino por luces artificiales. No suenan con un "bip", sino con una bieleta que hace las veces de baqueta, invitando al espectador a acercarse, interactuar, golpear, escuchar y reaccionar.

Manoela Furtado

Mestre e doutoranda em Poéticas Visuais (PPGAV/UFRGS). Licenciada e Bacharelada em Artes Visuais (IA/ UFRGS). Sua produção envolve instalações, fotoperformances e videoperformances, tendo como área de interesse os desdobramentos entre corpo feminino, objeto, deslocamento urbano, memória e afeto.

Caroene Neves Silva (artista convidada)

Mestre e doutoranda em Poéticas Visuais (PPGAV/UFRGS). Explora, discute e trabalha a questão das poéticas e dos processos artísticos em torno da memória afetiva: cadernos, diários e atlas do artista, compulsão artística, pictórico.

14 DIAS E 3,135 KM

O trabalho manifesta um diálogo sobre trânsitos e encontros entre diferentes espaços, sendo: I. Físicos, entre o norte e o sul do Brasil. II. Mentais, pertencentes às experiências singulares trocadas entre duas artistas.

O título faz referência aos dias e à distância em que um envelope, remetido por Caroene, partiu via correio de Manaus rumo a Porto Alegre. Em seu interior havia anotações e papéis rabiscados, retalhos de pinturas, colagens, antigos bilhetes de passagens aéreas e outros envelopes menores ­ pedaços de memórias destinados a Manoela. Esses fragmentos foram utilizados por Manoela na elaboração desta videoperformance. Durante a ação, cria uma espécie de instalação para a câmera ao fazer uma sequência de movimentos nos quais

14 DÍAS Y 3.135 KM

La obra manifiesta un diálogo sobre tránsitos y encuentros entre diferentes espacios, siendo: I. Físicos, entre el norte y el sur de Brasil. II. Mental, perteneciente a las experiencias únicas intercambiadas entre dos artistas.

El título hace referencia a los días y la distancia en que un sobre, enviado por Caroene, partió por correo desde Manaos hacia Porto Alegre. En el interior había notas y papeles garabateados, trozos de cuadros, collages, billetes de avión viejos y otros sobres más pequeños: trozos de recuerdos destinados a Manoela. Estos fragmentos fueron utilizados por Manoela en la creación de este video performance. Durante la acción crea una especie de instalación para la cámara al realizar una secuencia de movimientos en los que interactúa con

interage com dois grandes envelopes transparentes, entre outros desenhos, colagens, pinturas, e objetos produzidos a partir do que lhe foi enviado. O envelope transparente é uma metáfora a respeito do olhar interno para a intimidade de outra pessoa, atravessado pela empatia e confiança.

Diante do ato performativo: a correspondência de laços humanos que a distância uniu. União de duas áreas geográficas e dois corpos femininos ­ a priori ou, aparentemente ­ tão distintas, aproximadas por meio da entrega e do recebimento ao afeto zelado. Diferentes memórias de existência unidas em constelação, como realçou Ailton Krenak no livro A vida não é útil (2020, p. 39):

“Não conheço nenhum sujeito de nenhum povo nosso que saiu sozinho pelo mundo. Andamos em constelação”. Não se anda sozinho nessa caminhada chamada vida e muito menos se cuida só da natureza que nos rodeia, mas cuidar do planeta não é só cuidar da floresta, e sim cuidar das relações humanas também.

dos grandes sobres transparentes, entre otros dibujos, collages, pinturas y objetos producidos a partir de lo que le envían. El sobre transparente es una metáfora de la mirada interna a la intimidad de otra persona, impregnada de empatía y confianza.

Frente al acto performativo: la correspondencia de los vínculos humanos que la distancia une. Unión de dos áreas geográficas y dos cuerpos femeninos ­a priori o, aparentemente­ tan distintos, unidos a través de la entrega y recepción de un afecto preciado. Diferentes memorias de existencia unidas en una constelación, como destaca Ailton Krenak en el libro La vida no es útil (2020, p. 39): “No conozco a ningún chico de nuestro pueblo que haya salido solo al mundo. Caminamos en una constelación”. No caminamos solos en este viaje llamado vida, ni mucho menos simplemente cuidamos la naturaleza que nos rodea, pero cuidar el planeta no se trata solo de cuidar el bosque, se trata de cuidar las relaciones humanas. también.

Maximílian Rodrigues

Artista visual e professor de Artes em Manaus­Amazonas. Mestre e doutorando em Poéticas Visuais (PPGAV/UFRGS) e licenciatura em Artes Visuais (UFAM). Como artista visual trabalha com o deslocamento entre a cidade e a floresta para capturar imagens que contrastam entre o urbano e a natureza.

PEQUENOS PLANETAS DA AMAZÔNIA

A série Pequenos Planetas surge como uma maneira de falar através das imagens sobre os meus lugares na Amazônia e demonstram o quão vasto e peculiar é a forma como eles se apresentam. As imagens mostram dentro da sua forma um ciclo, e as cores representam estes lugares simbolicamente. A relação da água com a terra, com as árvores, com a vegetação, com o céu e com o rio/ água no centro ou circulando ao redor como mote principal. A criação de um imaginário da paisagem amazônica me permitiu modelar sobre isso de forma em que a imagem distorcida representa parte de meus pensamentos sobre essa Amazônia a qual vive dentro de mim. Os lugares e a maneira em que são retratados falam de si e de meu olhar sobre eles. Os trabalhos da série Pequenos Planetas se caracterizam pela forma circular central dentro de um formato quadrado. Há um reflexo da imagem digital, uma cópia da mesma ao contrário

PEQUEÑOS PLANETAS DE LA AMAZONIA

La serie Pequeños Planetas surge como una forma de hablar a través de imágenes sobre mis lugares en la Amazonia y demostrar cuán vasta y peculiar es la forma en que se presentan. Las imágenes muestran dentro de su forma un ciclo, y los colores representan estos lugares simbólicamente. La relación del agua con la tierra, con los árboles, con la vegetación, con el cielo y con el río/agua en el centro, o circulando alrededor, como tema principal. La creación de un imaginario del paisaje amazónico me permitió modelarlo de una manera en que la imagen distorsionada representa parte de mis pensamientos sobre esta Amazonia que vive dentro de mí.

Los lugares y la forma en que son retratados hablan de sí mismos y de mi mirada sobre ellos. Las obras de la serie Pequeños Planetas se caracterizan por la forma circular central dentro de una forma cuadrada. Hay un reflejo de la

para que aconteça tal desdobramento. Essa técnica simboliza elementos essenciais, como rios, igarapés e lugares da Amazônia pelos quais me desloco. Síntese daquilo que investigo, pequenos planetas, como lugares únicos em um mundo particular, ciclo de vida, um mergulho nas cores, reflexos e movimento do banzeiro dentro de cenários imaginários. Portanto, é necessário olhar o isolamento e a pobreza dos ribeirinhos a partir da complexidade das relações que coexistem entre os diferentes lugares, desde o trabalho até a contemplação da paisagem amazônica, com todos os seus elementos.

Dessa forma, por meio da lentidão, própria da viagem de barco, mesmo não pertencendo a esse lugar, posso perceber os muitos elementos comuns aos nativos destas localidades. Por esta razão, faço este exercício de poder observar, com mais profundidade, o que a paisagem mostra.

imagen digital, una copia de ella al revés para que pueda suceder ese despliegue. Esta técnica simboliza elementos esenciales, como ríos, arroyos y lugares de la Amazonia por los que viajo. Síntesis de lo que investigo, pequeños planetas, como lugares únicos en un mundo particular, ciclo de vida, sumergirse en colores, reflejos y movimiento de la oleada dentro de escenarios imaginarios. Por lo tanto, es necesario mirar el aislamiento y la pobreza de los ribereños a partir de la complejidad de las relaciones que coexisten entre los diferentes lugares, desde el trabajo hasta la contemplación del paisaje amazónico, con todos sus elementos.

Así, a través de la lentitud, propia del viaje en barco, incluso sin pertenecer a este lugar, puedo percibir los muchos elementos comunes a los nativos de estas localidades. Por ello, hago este ejercicio de poder observar, con más profundidad, lo que muestra el paisaje.

Nina Eick

Mestre e doutoranda em Poética Visuais (PPGAV­UFRGS). Através de diferentes linguagens cria narrativas simbólicas que partem de cenas de intimidade, buscando abordar contextos sociais mais amplos através da relação entre corpos, objetos e o entorno enfatizando o estado de presença e processos de transformação.

TEMPO BOM

Estava pensando sobre "bom tempo" no contexto que abordamos nesta exposição. Então lembrei da música "Bom Tempo" de Chico Buarque onde o personagem da canção diz: "Um marinheiro me contou que a boa brisa lhe soprou que vem aí bom tempo. O pescador lhe confirmou que o passarinho lhe cantou que vem aí bom tempo", e segue dizendo na letra que dá duro toda a semana, mas finalmente chega o domingo e ele resolve se “vingar” optando por viver um tempo bom que, na canção, se relaciona com o samba, onde ele disfarça o cansaço com Joana debaixo do braço, entre outras imagens simples que são essa espécie de vingança às dificuldades e durezas da vida. Entendo, neste contexto, que meu pensamento no vídeo “Areia” foi fazer o cavalo caído (que vinha ocupando meu imaginário) de areia no espaço da praia, enfatizando a efemeridade da escultura e entregando­a aos processos de transformação que a natureza propunha. Entregar­se aos processos de

BUEN TIEMPO

Estaba pensando en el "buen tiempo" en el contexto que cubrimos en esta exposición. Entonces, recordé la canción “Buen Tiempo” de Chico Buarque, donde el personaje de la canción dice: “Un marinero me dijo que le soplaba la buena brisa que viene el buen tiempo. El pescador le confirmó que el pajarito le cantaba que se acerca el buen tiempo”, y prosigue, diciendo en la letra que trabaja mucho toda la semana, pero finalmente llega el domingo y decide “vengarse” eligiendo vivir un buen tiempo que, en la canción, se relaciona con el samba, donde esconde su cansancio con Joana bajo su brazo, entre otras imágenes sencillas que son este tipo de venganza ante las dificultades y penurias de la vida. Entiendo, en este contexto, que mi pensamiento en el video “Arena” era hacer el caballo caído (que había estado ocupando mi imaginación) de arena en el espacio de la playa, enfatizando lo efímero de la escultura y entregándola a los procesos de transformación que la

transformação certamente me remete a um bom tempo, e também entendo como uma possibilidade de vingança contra o controlado, o seguro que somos estimulados a buscar. Associei a este vídeo outro de 2021 chamado ”Que vento?”, onde construí uma relação entre um corpo que, através de transparências, se mistura às folhagens no momento da chegada do vento. Em alguns momentos, a árvore remete à coluna vertebral da figura posicionada de costas. Inicialmente, o que me motivou na construção deste vídeo foi

naturaleza proponía.

Rendirse a los procesos de transformación ciertamente me recuerda a un buen tiempo, y también lo entiendo como una posibilidad de venganza contra lo controlado, lo seguro que somos estimulados a buscar. Lo asocié a este otro video de 2021 llamado “¿Qué viento?”, donde construí una relación entre un cuerpo que, a través de transparencias, se mezcla con el follaje en el momento de la llegada del viento. En algunos momentos, el árbol se refiere a la

a resistência que a figura apresenta na chegada do vento, uma tentativa de evitar que passe por seu corpo. O que demonstra que os dois vídeos partiram de intenções opostas: o primeiro incorpora a interferência externa enquanto o segundo tenta evitar essa interferência. Porém, minha intenção é produzir uma narrativa suficientemente aberta que possa conduzir a outras interpretações variadas.

columna vertebral de la figura que está de espaldas. Inicialmente, lo que me motivó en la construcción de este video fue la resistencia que presenta la figura con la llegada del viento, un intento de evitar que pasara por su cuerpo. Esto demuestra que los dos videos partieron de intenciones opuestas: el primero incorpora la interferencia externa, mientras que el segundo trata de evitar esa interferencia. Sin embargo, mi intención es producir una narrativa suficientemente abierta que pueda conducir a otras interpretaciones variadas.

Pedro Ferraz

Artista visual. Formado em Artes Visuais (IA­UFRGS). Atua como professor de artes e como fotógrafo profissional. Desenvolve pesquisa artística explorando relações de memória e espaços urbanos públicos e privados, assim como as interações multi sensoriais possíveis através da arte sonora.

EU MORO PERTO DA REFINARIA

Este trabalho tem como base uma pesquisa desenvolvida a partir de experiências pessoais relacionadas a um longo período residindo próximo a uma refinaria de petróleo. Fundada em 1968 a refinaria Alberto Pasqualini de Canoas representa o grande investimento capital e político no uso e na valorização dos transportes rodoviários assim como a dependência massiva de combustíveis fósseis que é a realidade brasileira até o dia de hoje, assim como as inúmeras consequências ambientais causadas pelo uso desenfreado destes. Durante anos pude perceber a sedutora chama da refinaria cuja chaminé rasga a paisagem verticalmente e pode ser vista a quilômetros de distância. A noite seu fogo ilumina como um farol dantesco, um ciclope cujo olho incandescente do alto observa o seu domínio sobre tudo o que ilumina. A partir destes anos de vivência e proximidade desenvolvo um texto e uma série de imagens que representam diversas impressões, sensações e

VIVO CERCA DE LA REFINERÍA

Este trabajo se basa en una investigación desarrollada a partir de experiencias personales relacionadas con un largo período viviendo cerca de una refinería de petróleo. Fundada en 1968, la refinería Alberto Pasqualini, en Canoas, sur de Brasil, representa la gran inversión política y de capital en el uso y apreciación del transporte por carretera, así como la dependencia masiva de los combustibles fósiles que es la realidad brasileña hasta el día de hoy, además de las numerosas consecuencias ambientales causadas por su uso desenfrenado. Durante años pude percibir la llama seductora de la refinería, cuya chimenea rasga el paisaje verticalmente y se puede ver desde kilómetros de distancia. Por la noche, su fuego ilumina como un faro dantesco, un cíclope cuyo ojo incandescente vigila desde lo alto su dominio sobre todo lo que ilumina. A partir de estos años de experiencia y cercanía, desarrollo un texto y una serie de imágenes que

percepções deste imenso lugar, fantasiando o interior e personalizando este recinto monumental que se destaca no espaço urbano e se torna um marco na paisagem local.

Apresento então no formato de fotografias, questões sensoriais, percepções estéticas, fantasias e memórias de eventos relacionados a este lugar que desenvolvem narrativas acerca da vida interna deste espaço e apresentam também detalhes da vida externa de quem ocupa este complexo.

representan diversas impresiones, sensaciones y percepciones de este inmenso lugar, imaginando su interior y personalizando este recinto monumental que se destaca en el espacio urbano y se convierte en un referente en el paisaje local.

Presento, en forma de fotografías, cuestiones sensoriales, percepciones estéticas, fantasías y memorias de eventos relacionados con este lugar que desarrollan narrativas sobre la vida interna de este espacio y también presentan detalles de la vida externa de quienes ocupan este complejo.

Rafael de Oliveira

Mestre em Poéticas Visuais (PPGAV­UFRGS). Bacharel em Música ­ Composição (IA­UFRGS). Pesquisou paisagem sonora no INET­md da Univ. de Aveiro, Portugal. Se dedica à fotografia e fonografia no âmbito da imagem instalada, debruçando sobre o conceito de borda e a percepção superposta dela. @rafa.olvra

UMA LINHA LIMITE PARA ATRAVESSAR A BORDA DAS MUDANÇAS ­ TEMPO, IMAGEM E SOM.

"Linha Limite" é uma vídeo­instalação que mergulha nas complexidades das mudanças climáticas, refletindo sobre um futuro incerto do alimento como mercadoria e como meio de sobrevivência.

Ao explorar as bordas do espaço na imagem e no som, ela busca revelar a dualidade entre o ser e o mundo que o rodeia. Cada sobreposição, seja de terra arada, trem cargueiro passando, ou janela entreaberta com plantas, procura criar uma narrativa convoluta que se desdobra ao longo do tempo, despertando emoções e questionamentos sobre nossa relação com o meio ambiente. Como parte da pesquisa do artista, a borda desempenha um papel crucial na obra "Linha Limite", atuando como um elemento simbólico que transcende a mera representação física. Ela representa não apenas os limites geográficos, visuais e sonoros que se apresentam no decorrer da sua projeção, mas também os limites

UNA LÍNEA LÍMITE PARA CRUZAR EL BORDE DE LOS CAMBIOS DE TIEMPO, IMAGEN Y SONIDO

“Línea Límite” es una videoinstalación que profundiza las complejidades del cambio climático, reflexionando sobre un futuro incierto de los alimentos como mercancía y como medio de supervivencia. Al explorar los bordes del espacio en la imagen y en el sonido, busca revelar la dualidad entre el ser y el mundo que lo circunda. Cada superposición, ya sea de tierra arada, tren de carga que pasa o ventana entreabierta con plantas, busca crear una narrativa enrollada que se despliega con el tiempo, despertando emociones y preguntas sobre nuestra relación con el medio ambiente. Como parte de la investigación del artista, el borde juega un papel crucial en la obra “Línea Límite”, actuando como un elemento simbólico que trasciende la mera representación física. Representa no solo los límites geográficos, visuales y sonoros que se presentan en el curso de su

da percepção humana e da compreensão do espaço. As imagens se situam em diferentes contextos, sobrepondo e questionando os limites das percepções do mundo e a complexidade das interações entre seres vivos e ambientes transformados pela atividade humana. Considerando a intervenção humana na terra e a preservação da natureza como dois lados distintos na borda climática que enfrentamos, percebe­se que essa divisão é mais fluida do que aparenta. A terra sendo aberta simboliza a intervenção humana na paisagem, destacando a atividade agrícola como um dos principais agentes de transformação do ambiente terrestre. Por outro lado, a natureza selvagem aponta para a preservação dos ecossistemas naturais e a biodiversidade que sustenta a vida no planeta.

A ambiguidade visual, aliada aos sons de maquinário agrícola, mata selvagem e trens circulando, procura estabelecer uma atmosfera de incerteza e contemplação, servindo de provocação que leva a repensar a conexão com o planeta e a urgência de enfrentarmos os desafios ambientais que moldam nosso futuro.

proyección, sino también los límites de la percepción humana y comprensión del espacio. Las imágenes se ubican en diferentes contextos, superponiéndose y cuestionando los límites de las percepciones del mundo y la complejidad de las interacciones entre los seres vivos y los entornos transformados por la actividad humana. Considerando la intervención humana en la tierra y la preservación de la naturaleza como dos lados distintos del borde climático que enfrentamos, está claro que esta división es más fluida de lo que parece. La tierra que se abre simboliza la intervención humana en el paisaje, destacando la actividad agrícola como uno de los principales agentes de transformación del entorno terrestre. Por otro lado, la naturaleza silvestre apunta a la preservación de los ecosistemas naturales y la biodiversidad que sustenta la vida en el planeta. La ambigüedad visual, aliada a los sonidos de la maquinaria agrícola, el bosque salvaje y los trenes circulando, busca establecer un ambiente de incertidumbre y contemplación, sirviendo como una provocación que nos lleva a repensar la conexión con el planeta y la urgencia de enfrentar los desafíos ambientales que moldean nuestro futuro.

Artista e professora do PPGAV­IA­UFRGS. Como artista e pesquisadora, tem se dedicado a pensar a maleabilidade e objetos sensíveis em diferentes contextos, com a inclusão mídias locativas (mapas) na exploração dos espaços urbanos. https://www.tb.art.br/

JUNTO COISA JUNTO À COISA

Dentro de uma pequena mala, me propus carregar objetos que provocassem proximidades entre o sul e o norte do Brasil, com foco no alerta dos rios sobre as mutações climáticas, ao extravasar suas águas nas enchentes ou ao provocar a seca na estiagem prolongada. Carecendo de um lugar que acolhesse os objetos da minha bagagem, prospectei uma parede laranja no espaço expositivo do Palacete/Manaus, em abril/2024. O laranja era cor de areia e de solo sedimentado, e em maio/2024 passou a ser a cor da lama que invadiu Porto Alegre durante a enchente. O laranja posto era espaço da fala de memórias e, de súbito, se tornou a fala de um presente inimaginável. Junto dispus o mapa da rua Voluntários da Pátria/Porto Alegre com seu desenho que acompanha parte da borda do Guaíba e evidencia o uso indevido do solo junto ao rio, enquanto o seu nome nos faz ponderar sobre a morte, entre outros, dos afro­brasileiros que lutaram na Guerra do Paraguai e, junto a

JUNTO COISA JUNTO À COISA

Dentro de una pequeña maleta me propuse a llevar objetos que provocaran proximidades entre el sur y el norte de Brasil, centrándome en la advertencia de los ríos sobre las mutaciones climáticas, desbordando sus aguas en las inundaciones o causando sequías prolongadas. Como necesitaba un lugar para albergar los objetos de mi equipaje, organicé una pared naranja en el espacio expositivo del Palacete/Manaos, en abril/2024. El naranja era el color de la arena y del suelo sedimentado, pero en mayo de 2024 pasó a ser el color del barro que invadió Porto Alegre durante la inundación. El naranja presentado era espacio para el discurso de las memorias y, de repente, se convirtió en el discurso de un presente inimaginable. Dispuse juntos el mapa de la calle Voluntários da Pátria/Porto Alegre con su dibujo, que acompaña parte de la orilla del Guaíba y muestra el uso indebido del suelo junto al río, mientras que su nombre nos hace

ele, o vídeo das águas do Guaíba com som do Candombe, para trazer à tona a importância da sobrevivência do acervo africano no sul da América Latina.

Na bagagem, carreguei listras que pertencem ao meu imaginário vertido a partir de uma foto da enchente de 1941/ Porto Alegre, na qual estão duas pessoas vestindo pijamas listrados. Afeto meu. Obsessão. As listras estão dispostas em duas redes de dormir, às quais disponho uma acima da outra, e com este devaneio, sou remetida para dentro dos barcos da Amazônia, com suas redes sobrepostas que sustentam corpos em curva. Esta coisa, a rede de dormir, este objeto maravilhoso de convívio e de aconchego é um lugar móvel de pertencimento temporário, um objeto que se pendura e se reafirma como coisa ao praticar territorialidades diversas por nós, nômades brasileiros. Somam­se às coisas que juntei, a palavra rios e mais dois belos objetos, pedaços de barcos vindos de Parintins­AM. Sem os quais não seria possível criar sentido para os meus deslocamentos. Eis o meu barco, lugar de heterotopia, espaço de pertencimentos, work progress.

reflexionar sobre la muerte, entre otros, de los afrobrasileños que lucharon en la Guerra del Paraguay y, junto con él, el video de las aguas del Guaíba con el sonido del Candombe, para sacar a la luz la importancia de la supervivencia del acervo africano en el sur de América Latina.

En mi equipaje, llevaba rayas que pertenecen a mi imaginación, vertida a partir de una foto de la inundación de 1941/ Porto Alegre, en la que dos personas llevan pijamas a rayas. Un afecto mío. Obsesión. Las rayas están dispuestas en dos hamacas para dormir, las cuales arreglo una encima de la otra, y con esta ensoñación, me envían a los barcos de la Amazonia, con sus hamacas superpuestas que sostienen cuerpos curvados. Esto, la hamaca para dormir, este maravilloso objeto de convivencia y acogimiento, es un lugar móvil de pertenencia temporal, un objeto que cuelga y se reafirma como una cosa al practicar diversas territorialidades para nosotros, los nómadas brasileños. Se suman las cosas que junté, la palabra ríos y otros dos objetos hermosos, pedazos de barcos provenientes de Parintins­AM, sin los cuales no sería posible crear sentido para mis desplazamientos. Aquí está mi barco, un lugar de heterotopía, un espacio de pertenencia, work progress.

Thiago Trindade

Mestre e doutorando em Poéticas Visuais (PPGAV/UFRGS). Seus processos se debruçam sobre o construto visual constituído pela imagem da cidade e sua influência sobre o citadino, tendo como saída o objeto tridimensional, a fotografia e a imagem digital em assemblagens escultóricas e imagéticas. @th.i.ag.o

£OS MONZONES N3OLIB3RAL3$

Para a exposição Coacatu: por supuesto (2024), ao tentar ligar Manaus à Porto Alegre por meio das águas, jamais cogitei o tom “profético” ou ominoso que elas poderiam tomar pois, logo ao findar da montagem da exposição, minha cidade, meu estado ­ e eu mesmo ­ submergimos e sucumbimos às gélidas e impiedosas chuvas, tanto pluviais, monçônicas, quanto desinformativas, perniciosas da necropolítica neoliberal. Tudo em meio a um cataclisma hídrico sem precedentes imerso em um nefasto schadenfreude por parte de uma espetacularização ‘caçalikes’ do horror e da dor do outro. As questões envolvendo as águas e evidenciar a pegada humana no meio ambiente permeiam minha pesquisa desde o período como graduando ainda e, desta forma, juntá­las à imagem da palmeira, esta como uma assinatura visual ou lastro vestigial da inépcia e ganância inconsequente das mais variadas esferas de burguesias e forças hegemônicas, foi apenas natural. Dessarte, nas instalações

£OS MONZONES N3OLIB3RAL3$

Para la exposición Coacatu: por supuesto (2024), al tratar de conectar Manaos con Porto Alegre a través de las aguas, nunca imaginé el tono “profético” u ominoso que podrían tomar porque, al final del montaje de la exposición, mi ciudad, mi estado — y yo mismo— nos sumergimos y sucumbimos a las lluvias heladas y despiadadas, tanto pluviales, monzónicas, como desinformativas, perniciosas de la necropolítica neoliberal. Todo en medio a un cataclismo hídrico sin precedentes, inmerso en un nefasto schadenfreude por parte de una espectacularización “cazalikes” del horror y el dolor del otro. Las cuestiones relacionadas con las aguas y la evidencia de la huella humana en el medio ambiente impregnan mi investigación ya desde la época de alumno de grado y, de esta manera, unirlas a la imagen de la palmera, como una firma visual o lastre vestigial de la ineptitud y la codicia inconsecuente de las más variadas esferas de burguesías y

Los Monzones N3olib3ral3s (2024) e Pagando Bem, Que Mal Tem? (2024), por meio de associações entre imagens digitais impressas e objetos, já figuravam as questões das cheias, o descaso com recursos hídricos, poluição dos corpos d’água e o desvio de recursos para a prevenção de desastres, em prol de uma fútil roupagem kitsch para os espaços urbanos, a exemplo do Muro da Avenida Mauá que, sem a devida manutenção (assim como todo o sistema de diques, casas de bombas e comportas do qual faz parte), é apenas fantasiado com os rostos e valores de uma cafona burguesia local. Isto se faz sobremaneira presente nos objetos de resina na cor das águas do Lago Guaíba, os quais nada mais são do que moldes de diversos buracos na estrutura do malfadado Muro da Mauá. Neste ponto, com ou sem moeda de prata, todos nós somos um pouco como o homem em minha foto cercado por águas barrentas e que congelam até os ossos, como as do Rio Aqueronte, eu, inclusive, refém e refugiado de sua fúria neste momento.

fuerzas hegemónicas, fue algo simplemente natural. Por lo tanto, en las instalaciones Los Monzones N3olib3ral3s ( 2024) y Pagando bien, ¿qué mal tiene? (2024), a través de asociaciones entre imágenes digitales impresas y objetos, ya estaban presentes los temas de las inundaciones, el descuido de los recursos hídricos, la contaminación de las napas de agua y el desvío de recursos para la prevención de desastres, en favor de una inútil ropa kitsch para los espacios urbanos, como el Muro de la Avenida Mauá, que, sin el mantenimiento adecuado (así como todo el sistema de diques, estaciones de bombas y compuertas del que forma parte), solo se disfraza con los rostros y valores de una burguesía local cursi. Esto está especialmente presente en los objetos de resina del color de las aguas del Lago Guaíba, que no son más que moldes de diversos agujeros en la estructura del desafortunado Muro de la avenida Mauá. En este punto, con o sin moneda de plata, todos somos un poco como el hombre de mi foto, rodeado de aguas fangosas que nos congelan hasta los huesos, como las del río Aqueronte, incluyéndome a mí, rehén y refugiado de su furia en este momento.

Will Figueiredo

Artista visual e jornalista. Mestrando em Poéticas Visuais (PPGAV­UFRGS). Formação em Jornalismo (ULBRA) e especialização em Artes Visuais (UFPEL­UAB). Seu foco inclui estudos das mídias sobre ambiência, memória e experiência, com desdobramentos transmídia entre arte, tecnologia e espaço urbano.

ATUALIZAÇÕES DO AGORA

Quais são as memórias do amanhã?

Explorando o elo entre passado, presente e futuro e suas materialidades e virtualidades, a instalação site­specific converge o tangível e o digital: a areia da Praia da Lua, testemunha das transformações ambientais, ecoa o grito silenciado de um ecossistema em desequilíbrio. Via smartphone, um portal de realidade aumentada em código QR, cercado por adubo de terra em uma tela de LCD, convida a explorar um ambiente digital construído por objetos tridimensionais escaneados: areia, carcaça de automóvel, portão sinalizado por placa de trânsito. Esses metarastilhos do aqui e agora se atualizam no devir de suas origens através da presença do interator, que caminha por um horizonte infinito de dunas geradas por inteligência artificial (IA), alertando para as consequências do aquecimento global. No smartovídeo "Tauá", a antiga cidade de barro vermelho se transforma em um rio de pixels, revelando galáxias em

ACTUALIZACIONES DEL AHORA

¿Cuáles son las memorias del mañana? Explorando el vínculo entre el pasado, el presente y el futuro y sus materialidades y virtualidades, la instalación sitespecific converge lo tangible y lo digital: la arena de Praia da Lua, testigo de las transformaciones ambientales, hace eco del grito silenciado de un ecosistema en desequilibrio. A través de un smartphone, un portal de realidad aumentada en código QR, rodeado de compost en una pantalla LCD, invita a explorar un ambiente digital construido con objetos tridimensionales escaneados: arena, la estructura de un coche, un portón señalizado por un cartel de tránsito. Estos despojos del aquí y ahora se actualizan en el devenir de sus orígenes a través de la presencia del interactor, que recorre un horizonte infinito de dunas generado por la inteligencia artificial (IA), alertando sobre las consecuencias del calentamiento global. En el smartovideo "Tauá", la antigua ciudad de arcilla roja se convierte en un

hipercubos. Cordas do tempo tecem prédios, carros, cores e movimentos da vida, em uma sinfonia de metarastilhos agenciados por IA. Uma melodia etérea paira no ar, enquanto a cidade se (re)constrói em fragmentos digitais, nos instigando a pensar sobre nosso lugar no mundo.

Enquanto as ativações acontecem no Norte, uma enchente arrasa mais de 80% do Rio Grande do Sul, reativando nosso passado e mostrando o outro lado da economia do aquecimento global que, entre alertas de seca severa no Amazonas em 2024, nos esfrega na cara que o futuro já começou.

río de píxeles, revelando galaxias en hipercubos. Cuerdas del tiempo entrelazan edificios, automóviles, colores y movimientos de la vida, en una sinfonía de elementos impulsados por IA. Una melodía etérea flota en el aire a medida que la ciudad se (re)construye en fragmentos digitales, instigándonos a pensar en nuestro lugar en el mundo. Mientras las activaciones tienen lugar en el Norte, una inundación devasta más de 80% de Rio Grande do Sul, reactivando nuestro pasado y mostrando el otro lado de la economía del calentamiento global que, entre advertencias de sequía severa en la Amazonia en 2024, nos echa en cara que el futuro ya ha comenzado.

Alberto Semeler (artista convidado)

Professor do PPGAV­UFRGS. Pesquisa Arte Digital, Animação e Arte Interativa Computacional. Realiza pesquisas sobre fisiologia da percepção estética e interfaces para interação em arte. Investiga o uso da inteligência artificial em processos de criação assistida.

GRAFFITI DIGITAL

O projeto apresentado é de projeções de imagens chamadas de Smarto videografias, imagens criadas por dispositivos smart com uso de filtros automáticos criados por algoritmos. Tenho feito uma análise da inteligência artificial nos dispositivos digitais de captura de imagem e chegado à conclusão de que não é relevante definir essas imagens como vídeo ou fotografia.

A inteligência artificial já está envolvida na colaboração ou criação dessas imagens que defino como smartografias.

Às vezes, essas imagens de síntese são produzidas por meio de digitalização 3D e, posteriormente, são editadas manualmente (ao modo da manipulação de áudio em tempo real por Djs e Vjs) com espelhamentos e projeções em paredes externas ou internas, usando dispositivos “smart” como o iPhone e Ipad. Essas projeções são chamadas de Grafite Digital, quando são exibidas à noite e em ambientes externos. Nessa mostra, a depender do espaço a ser

GRAFFITI DIGITAL

El proyecto presentado consiste en proyecciones de imágenes llamadas Smarto videografías, imágenes creadas por dispositivos inteligentes utilizando filtros automáticos creados por algoritmos. Vengo haciendo un análisis de la inteligencia artificial en los dispositivos de captura de imágenes digitales y he llegado a la conclusión de que no es relevante definir estas imágenes como video o fotografía. La inteligencia artificial ya está involucrada en la colaboración o creación de estas imágenes, que defino como smartografías. A veces, estas imágenes de síntesis son producidas mediante digitalización 3D y posteriormente se editan manualmente (como la manipulación de audio en tiempo real por Djs y Vjs) con espejamientos y proyecciones en paredes externas o internas, utilizando dispositivos "smart" como el iPhone y el Ipad. Estas proyecciones son intituladas Graffiti Digital cuando se muestran por la noche y en ambientes externos. En esta muestra,

utilizado, elas serão projetadas em ambiente interno ou externo, o projetor será de pequeno porte com uma área de projeção de mais ou menos uma área de 4 metros quadrados. As obras de Arte Digital demandam uma portabilidade. Isso as torna fáceis de serem montadas e apresentadas em situações diversas, como viagens para outras cidades. Herança esta, oriunda da arte conceitual que previa essa dinâmica da portabilidade. O objetivo do presente trabalho é enfatizar a ecologia urbana que carrega o espectro da gaiola, pois, nas grandes cidades, vivemos isolados em apartamentos e privados do contato direto com a natureza. Isso foi posto de modo muito forte na pandemia, que nos trouxe outro olhar sobre como criar, como e qual o real sentido da criação. As metrópoles, por mais estéreis que possam parecer, abrigam espécies como animais, plantas e insetos que passam despercebidos pela preponderância dos automóveis e humanos. Assim, essa ocupação de espaços vazios por projeções digitais, visa apresentar o meio urbano como um ecossistema fértil para a criação que é diversa daquela proporcionada pelo ambiente natural das florestas.

dependiendo del espacio que será utilizado, serán proyectadas en ambientes interiores o exteriores, el proyector será pequeño, con un área de proyección de aproximadamente 4 metros cuadrados. Las obras de Arte digital exigen portabilidad. Esto hace que sean fáciles de armar y presentar en diferentes situaciones, como viajes a otras ciudades. Esta herencia proviene del arte conceptual, que ya predecía esta dinámica de portabilidad. El objetivo del presente trabajo es enfatizar la ecología urbana que lleva el espectro de la jaula porque, en las grandes ciudades, vivimos aislados en departamentos y privados de contacto directo con la naturaleza. Esto se reforzó muy fuertemente en la pandemia, que nos trajo otra mirada sobre cómo crear, cómo y cuál es el verdadero significado de la creación. Las metrópolis, por estériles que parezcan, albergan especies como animales, plantas e insectos que pasan desapercibidas por la preponderancia de los automóviles y los humanos. Por lo tanto, esta ocupación de espacios vacíos por parte de proyecciones digitales pretende presentar el entorno urbano como un ecosistema fértil para la creación que es diferente al que proporciona el ambiente natural de los bosques.

Priscila Pinto (artista convidada)

Artista visual, poetisa e professora de artes na UFAM. Mestra em Processos Socioculturais (UFAM) e doutoranda em Poéticas Visuais (PPGAV­UFRGS). Aborda as relações e interconexões com a natureza, o visível e o invisível, as camadas de percepção e a memória. www.priscilapinto.com | @priscilapinto.art

ENTRE O CÉU E A TERRA

Devido às mudanças climáticas, grandes secas e inundações têm trazido desafios ao planeta. Quando a humanidade falha, resta­nos recorrer ao sonho para encontrar possíveis soluções diante do caos instaurado no mundo. Na instalação Entre o céu e a terra, uma serpente iluminada se apresenta como o ser intermediário entre os planos visíveis e invisíveis, na busca pelo equilíbrio ambiental e espiritual para todos os seres. Ao dialogar com os elementos materializados (terra, água, fogo e ar) contidos nas cuias, ela faz o movimento de subida ao céu, com a missão de normalizar os ciclos da natureza, ajustando o fluxo das chuvas para encher e secar os rios, lagos e igarapés da Amazônia.

ENTRE

EL

CIELO Y LA TIERRA

Debido al cambio climático, las grandes sequías e inundaciones han traído desafíos al planeta. Cuando la humanidad fracasa, solo podemos recurrir a los sueños para encontrar posibles soluciones para el caos del mundo.

En la instalación Entre el Cielo y la Tierra, una serpiente iluminada se presenta como el ser intermediario entre los planos visibles e invisibles, en la búsqueda del equilibrio ambiental y espiritual para todos los seres. Al dialogar con los elementos materializados (tierra, agua, fuego y aire) contenidos en las calabazas, ella hace el movimiento de subir al cielo, con la misión de normalizar los ciclos de la naturaleza, ajustando el flujo de las lluvias para llenar y secar los ríos, lagos y arroyos de la Amazonia.

Sebastião Alves (artista convidado)

Doutorado em Poéticas Visuais (PPGAV­UFRGS). Mestre em Processos Socioculturais pelo PPG em Sociedade e Cultura na Amazônia (UFAM). Em seu processo criativo tem como referência os povos tradicionais, memória e ancestralidade da Amazônia. @sebastiaoalves.artista

PROCESSOS XAMÂNICOS

A série `Processos xamânicos` é o título atribuído aos trabalhos de pesquisa artística que estão relacionados aos rituais xamânicos da Amazônia. Exposições anteriores como ‘Signos`, `O homem das estrelas’ e ‘Rituais’, foram minhas referências para o processo de criação, em que destaco o xamã como interlocutor da cultura dos povos originários, o que implica não somente seu poder organizacional político, econômico e social, mas também o de cura. Em 2023, ano atípico para a região Norte do Brasil, na qual ocorreu um longo período de estiagem com elevadas temperaturas, causando sérias consequências na economia e associado a isso, níveis intensos de queimadas atingiram importantes cidades amazônicas, comprometendo a qualidade de vida da população. Nesse aspecto, a degradação da natureza é um fator que provoca consequências desastrosas para a humanidade e é neste ambiente de desconforto que a figura do xamã toma

PROCESOS CHAMÁNICOS

La serie "Procesos Chamánicos" es el título dado a los trabajos de investigación artística que están relacionados con los rituales chamánicos en la Amazonia. Exposiciones anteriores como "Signos", "El hombre de las estrellas" y "Rituales" fueron mis referencias para el proceso de creación, donde resalto al chamán como interlocutor de la cultura de los pueblos originarios, lo que implica no solo su poder organizativo político, económico y social, sino también el de curación. El año de 2023 fue atípico para la región norte de Brasil, pues hubo un largo período de sequía con altas temperaturas, causando graves consecuencias para la economía y, asociado a esto, intensos niveles de incendios llegaron a importantes ciudades amazónicas, comprometiendo la calidad de vida de la población. En este aspecto, la degradación de la naturaleza es un factor que causa consecuencias desastrosas para la humanidad y es en

sua importância como um alerta para o cuidado da natureza, assim como nos direciona a refletir sobre a nossa própria existência no planeta Terra. Nesse processo, utilizo o corpo como meio para as manifestações xamânicas, no sentido de colocar toda uma expertise ancestral a favor da existência humana.

Portanto, a importância do xamã nas sociedades indígenas justifica­se por ser um elemento que concentra toda uma expertise, pois, este, por sua vez, ressignifica a própria cultura.

este ambiente de incomodidad que la figura del chamán adquiere su importancia como advertencia para el cuidado de la naturaleza, así como para dirigirnos a reflexionar sobre nuestra propia existencia en el planeta Tierra. En este proceso, utilizo el cuerpo como un medio para las manifestaciones chamánicas, en el sentido de colocar toda una experiencia ancestral en favor de la existencia humana.

Por lo tanto, la importancia del chamán en las sociedades indígenas se justifica porque es un elemento que concentra todo un conocimiento, ya que este, a su vez, resignifica la propia cultura.

Relação das Imagens

Pág 10 ­ Palacete Provincial, Manaus/AM

Foto: Alberto César Araújo

Pág 18 ­ Exposição COACATU POR SUPUESTO

Fotos: Alberto César Araújo

Pág 52 ­ Exposição COACATU POR SUPUESTO

Fotos: Alberto César Araújo

Pág 54 ­ Exposição COACATU POR SUPUESTO

Foto: Alberto Semeler

Pág 59, 60 ­ Alexandre De Nadal

Avenida Amazonas

Vídeo, Full HD, 4:3, cor, som, 6’23”

2024

Frames do vídeo

Pág 62 ­ Alexandre De Nadal

Cerca Anti­Inundação

Imagem gerada por IA a partir de prompt de texto e manipulada digitalmente

Impressão Digital/papel, 37 x 60 cm

2024

Pág 62 ­ Alexandre De Nadal

Deságua 01

Imagem gerada por IA a partir de prompt de texto e manipulada digitalmente

Impressão Digital/papel, 37 x 60 cm

2024

Pág 63 ­ Alexandre De Nadal

Deságua 02

Imagem gerada por IA a partir de prompt de texto e manipulada digitalmente

Impressão Digital/papel, 37 x 60 cm

2024

Pág 63 ­ Alexandre De Nadal

Tapete Seco

Imagem gerada por IA a partir de prompt de texto e manipulada digitalmente

Impressão Digital/papel, 37 x 60 cm

2024

Pág 65 ­ Ana Janaina Perufo

Ausência Silenciosa

Detalhe do bordado

2024

Foto: acervo artista

Pág 62 ­ Ana Janaina Perufo

Ausência Silenciosa

Detalhe do bordado

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 66, 67 ­ Ana Janaina Perufo

Ausência Silenciosa

Detalhe da Instalação

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 70 ­ Catiuscia Dotto

Processo de coleta de barro às margens do Rio Ijuí, Panambi/RS

2024

Foto: Ivo Pereira

Pág 70 ­ Catiuscia Dotto

Seio modelado às margens do Rio Ijuí, Panambi/ RS para o trabalho Transbordar/esgotar

2024

Foto: Ivo Pereira

Pág 71 ­ Catiuscia Dotto

Transbordar/esgotar

Detalhe ­ Seio modelado com barro do Rio Ijuí/RS

submerso em recipiente com água

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 72 ­ Catiuscia Dotto

Processo de coleta de barro às margens do Rio Negro, Manaus/AM

2024

Foto: Will Figueiredo

Pág 73 ­ Catiuscia Dotto

Transbordar/esgotar

Detalhe ­ Seio modelado com barro do Rio Negro/AM

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 75 ­ Elaine Stankiwich

Asa de dragão

Detalhe do trabalho

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 77 ­ Elaine Stankiwich

Asa de dragão

Tecido e fios, 200 x 280 x 20 cm

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 79 ­ Gabriela Paludo Sulczinski

Série Tempos em Fragmentos

Fotografia 1, 27 x 48 cm

2024

Foto: Gabriehl Oliveira

Pág 80 ­ Gabriela Paludo Sulczinski

Série Tempos em Fragmentos

Fotografia 2, 27 x 48 cm

2024

Foto: Gabriehl Oliveira

Pág 82 ­ Gabriela Paludo Sulczinski

Série Tempos em Fragmentos

Fotografia 3, 27 x 48 cm

2024

Foto: Gabriehl Oliveira

Pág 85 ­ Iran Jorge da Silva Sputnik­2

Sucata automotiva com bieletas parafusadas, 10 x 35 x 25 cm

2022

Foto: Alberto César Araújo

Pág 86 ­ Iran Jorge da Silva Sputnik­1

Sucata automotiva com solda oculta

15 x 25 x 25 cm

2022

Foto: Alberto César Araújo

Pág 88 ­ Iran Jorge da Silva Sputnik­2

Detalhe

2022

Foto: Alberto César Araújo

Pág 89 ­ Iran Jorge da Silva Sputnik­1

Detalhe

2022

Foto: Alberto César Araújo

Pág 92, 93 ­ Manoela Furtado 14 dias e 3,135 km

Frames do videoperformance

Colaboração de Caroene Neves. Câmera ­ André

Netto e edição e finalização ­ André Fortes

14 min 33 seg

2024

Pág 96 a 99 ­ Maximílian Rodrigues

Série Pequenos Planetas da Amazônia

Fotografia com smartphone e manipulação digi­

tal / impressão sobre PVC, 100 x 100 cm

2020/2021

Pág 101 ­ Nina Eick

Que vento?

Frame do videoperformance

2023

Pág 102, 103 ­ Nina Eick

Areia

Frame do videoperformance

2024

Pág 105 ­ Pedro Ferraz

Eu moro perto da refinaria I

Detalhe da Fotografia digital 2024

Pág 106 ­ Pedro Ferraz

Eu moro perto da refinaria III

Fotografia digital, 84,1 x 118,9 cm

2024

Pág 106 ­ Pedro Ferraz

Eu moro perto da refinaria IV

Fotografia digital, 84,1 x 118,9 cm

2024

Pág 107 ­ Pedro Ferraz

Eu moro perto da refinaria VII

Fotografia digital, 84,1 x 118,9 cm

2024

Pág 107 ­ Pedro Ferraz

Eu moro perto da refinaria VI

Fotografia digital, 84,1 x 118,9 cm

2024

Pág 109, 111, 112, 113 ­ Rafael de Oliveira

Linha Limite

Frames do Vídeo

2024

Pág 115 ­ Tetê Barachini

Junto Coisa Junto à Coisa

Detalhe da Instalação

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 117 ­ Tetê Barachini

Junto Coisa Junto à Coisa

Detalhe da Instalação

2024

Foto: acervo artista

Pág 118 ­ Tetê Barachini

Junto Coisa Junto à Coisa

Detalhe da Instalação

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 119 ­ Tetê Barachini

Junto Coisa Junto à Coisa

Detalhe da Instalação

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 120 ­ Tetê Barachini

Junto Coisa Junto à Coisa

Instalação, 500 x 300 cm (verificar medida)

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 123 ­ Thiago Trindade

Los Monzones N3olib3ral3s

Instalação (Papel fotográfico, fita emborrachada, resina acrílica e vidro), 256 x 162 cm

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 123 ­ Thiago Trindade

Los Monzones N3olib3ral3s

Detalhe da Instalação

2024

Foto: acervo artista

Pág 124 ­ Thiago Trindade

Los Monzones N3olib3ral3s

Detalhe da Instalação ­ fotografia pinky kitsch invasion

2024

Pág 126 ­ Thiago Trindade

Pagando Bem, Que Mal Tem?

Instalação (Papel fotográfico, metais diversos, cerâmica, porcelana e vidro), 210 x 286 cm (????)

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 127 ­ Thiago Trindade

Pagando Bem, Que Mal Tem?

Detalhe da Instalação

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 129 ­ Will Figueiredo

Taua

Frame de Smartovideo, IA txt­img­vid

Duração: 3'05"

2024

Pág 131 ­ Will Figueiredo

Memórias do amanhã

Detalhe da Instalação com imagens da Realidade

Aumentada (AR) com detalhe do scan 3D portão.

2024

Pág 132 ­ Will Figueiredo Memórias do amanhã

Instalação Site­specific (Areia, Terra, QR code, Realidade Aumentada, escaneamento 3D, IA txt­img)

Aprox. 3 x 1,5 cm

2024

Foto: Alberto César Araújo

Pág 135 ­ Alberto Semeler

Grafiti Digital

Smartovideografia, projeção Data­Show Quick Time. Duração (00;01;01), 400 x 400 cm

2021

Foto: Alberto César Araújo

Pág 137 ­ Alberto Semeler

Grafitti Digital

Detalhes

2021

Pág 139, 140, 141 ­ Priscila Pinto Entre o céu e a terra Detalhe da Instalação

300 x 100 x 100 cm

2024

Fotos 1 e 2: Alberto César Araújo

Foto 3: acervo artista

Pág 144, 145 ­ Sebastião Alves Processos Xamânicos I, II, III e IV

Fotografia, 60 x 35 cm

2024

Pág 150, 151 ­ Registros da montagem da exposição

Fotos: Tetê Barachini

Exposição coletiva COACATU POR SUPUESTO

Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS

Galeria Manoel Santiago no Palacete Provincial Praça Heliodoro Balbi – s/n – Centro – Manaus/Amazonas.

Período de 26/04/2024 a 30/06/2024

EXPOSIÇÃO

Curadoria: Daniela V. Di Bella

Coordenação: Tetê Barachini

Artistas Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB)

CNPq­UFRGS:

Alexandre De Nadal, Ana Janaína Perufo, Catiuscia Dotto, Elaine Stankiwich, Gabriela Paludo Sulczinski, Iran Jorge da Silva, Manoela Furtado, Maximílian Rodrigues, Nina Eick, Pedro Ferraz, Rafael de Oliveira, Tetê Barachini, Thiago Trindade, Will Figueiredo

Artistas convidados:

Alberto Semeler, Caroene Neves, Priscila Pinto, Sebastião

Alves

Textos de apresentação:

Aline de Souza Santana

João Gustavo Kienen

Raimundo José Barros Cruz

Tetê Barachini

Produção Executiva da Pinacoteca do Estado do Amazonas:

João Vitor Dias

Monitores:

Ana Alice da Silva Bonates, Gabriela Melo Monteiro, Jefferson Couto Aguiar, Kathllen Almeida Scantbelruy

Montagem e desmontagem da exposição: Alberto Semeler, Alberto Moura, Anibal Turenko, Catiuscia Dotto, Gelson Lima, Harley Mendonça, Ivan Wanderley, Maximílian Rodrigues, Priscila Pinto, Sebastião Alves, Roberto Azevedo, Tetê Barachini e Will Figueiredo

Identidade Visual: Alexandre De Nadal

Catálogo ­ Projeto Gráfico e Capa: Alexandre De Nadal

Fotografias:

Alberto César Araújo, Alberto Semeler, Ana Janaina Perufo, Gabriehl Oliveira, Ivo Pereira, Tetê Barachini, Will Figueiredo

Revisão português:

João Pedro Freitas Dias

Traduções espanhol e português: Sigmas Tradução & Interpretação

Realização

PINACOTECA DO ESTADO DO AMAZONAS

CENTRO CULTURAL PALACETE PROVINCIAL

Governador do Amazonas: Wilson Miranda Lima

Vice­Governador: Tadeu de Souza

Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa: Marcos Apolo Muniz

Secretários Executivos:

Candido Jeremias Cumarú Neto, Luiz Carlos Bonates

Chefe do Gabinete: Jennifer Ribeiro

Assessoria de Comunicação e Marketing: Thiago Hemido, Omar Gusmão, Carol Thomé

Assessores de Inovalção, Tecnologia e Audição: Lu Pinheiro, Sidney Falcão

Diretora do Departamento de Gestão de Museus: Aline Santana

Gerente da Pinacoteca do Estado do Amazonas: João Vitor Dias

Equipe Técnica do Palacete Provincial:

Eloíza Fernanda, Ellen Sousa, Dênio Motta, Mileny Cruz, Pedro Afonso, Simone Ávila, Tatiana Marques, Vanessa Mota Dias

Gerente do Ateliê de Conservação e Restauro de Obras de Artes e Papel: Judeth Costa

Conservadoras e Restauradores do Ateliê de Conservação e Restauri de Obras de Artes e Papel: Kathyusca Castilho, Emanuelle Figueiredo

Gerente da Central de Exposição: Jandr Reis

Equipe de Produção Central de Exposição: Márcia Fernandes, Talita Araújo

Equipe de Montagem Central de Exposição: Alberto Moura, Gelson Lima, Harley Mendonça, Ivan Wanderley

Realização

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)

Reitor:

Carlos André Bulhões Mendes

Vice­Reitora: Patricia Pranke

Pró­Reitor de Pós­Graduação: Júlio Otávio Jardim Barcellos

Pró­Reitor de Pesquisa:

Prof. Dr. José Antonio Poli de Figueiredo

Direção do Instituto de Artes:

Raimundo José Barros Cruz

Vice­Direção do Instituto de Artes:

Jéssica Araujo Becker

Coordenação do Programa de Pós­Graduação em Artes Visuais: Teresinha Barachini

Coordenadora Substituta do Prog. de Pós­Grad. em Artes Visuais:

Niura Aparecida Legramante Ribeiro

Lider do Grupo de Pesquisa Objeto e Multimídia (OM­LAB) CNPq­UFRGS: Teresinha Barachini

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS (UFAM)

Reitor:

Sylvio Mário Puga Ferreira

Vice­Reitora:

Therezinha de Jesus Pinto Fraxe

Pró­Reitoria de Pesquisa: Adriana Malheiro Alle Marie

Direção Faculdade de Artes: João Gustavo Kienen

Coordenadora Acadêmica da Faculdade de Artes: Lucyanne de Melo Afonso

FAMETRO ­ INSTITUTO METROPOLITANO DE ENSINO LTDA

Presidente IME:

Dr. Wellington Lins de Albuquerque

Reitora:

Profa. Dra. Maria do Carmo Seffair Lins de Albuquerque

Apoio

SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA

Secretário: Marcos Apolo Muniz

Secretário Executivo: Candido Jeremias Cumarú Neto

Secretário Executivo: Luiz Carlos de Matos Bonates (KK Bonates)

FACULTAD DE DISEÑO Y COMUNICACIÓN

Universidad de Palermo, Argentina

Decano: Oscar Echevarría

Coordinadora de Proyectos Interinstitucionales Incubadora de Proyectos de Investigación: Daniela V. Di Bella

Agradecimentos

Nossa imensa gratidão a todos os artistas que participam desta exposição, ao auxílio constante ofertado por João Vitor Dias, Aline de Souza Santana e toda a sua equipe no Palacete Provincial em Manaus, desde a reserva do espaço até a realização e manutenção ativa da exposição. Ao João Gustavo Kienen e Lucyanne de Melo Afonso por nos acolherem e nos darem apoio institucional, aos(as) queridos(as) Roberto Azevedo, Anibal Turenko, Alberto Semeler, Catiuscia Dotto, Maximílian Rodrigues, Priscila Pinto, Sebastião Alves e Will Figueiredo, que transformaram a montagem em uma maravilhosa experiência de compartilhamento coletivo, de generosidade explícita e muita alegria, com direito a boas risadas. E, nosso agradecimento a querida Daniela V. Di Bella pelo acompanhamento e sensibilidade em sua curadoria. E, para concluir, nosso agradecimento ao Programa de Pós­Graduação em Artes Visuais e à CAPES, que nos propiciam pensar e realizar pesquisas em artes visuais.

REALIZAÇÃO

PINACOTECA DO ESTADO DO AMAZONAS E PROGRAMA DE PÓS­GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS DA UFRGS

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