Turbo Oficina Pneus 0

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N.O 0 | FEVEREIRO/MARÇO 2015

ESPECIAL VENDA DE PNEUS ONLINE É a tendência do momento no B2B e mostra um crescimento acentuado. Saiba quais as vantagens e os principais players que já aderiram a este novo canal de vendas

GARLAND. APOSTA TAMBÉM NOS PESADOS

GRANDE ENTREVISTA. PEDRO JESUS EXPLICA A ESTRATÉGIA DA COMETIL PUBLICIDADE

PUBLICAÇÃO MENSAL

OBSERVATÓRIO CERP. PRINCIPAIS INDICADORES DO SETOR DOS PNEUS



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N.º 0 | FEVEREIRO/MARÇO 2015

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT DIRETOR CLÁUDIO DELICADO claudiodelicado@turbo.pt REDAÇÃO PAULO HOMEM paulohomem@turbo.pt ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES andrerodrigues@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt DIRETORA COMERCIAL ANABELA MACHADO anabelamachado@turbo.pt EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIA RICARDO SANTOS ricardosantos@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt GESTORA DE BASE DE DADOS ANABELA RODRIGUES anabelarodrigues@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt

SUMÁRIO GRANDE ENTREVISTA Pedro de Jesus. P7

FROTAS Pirelli. “Reforçar os serviços às frotas” P50 Mercado Observatório cerp. Retalho em portugal P54 Análise. Radiografia oo mercado dos pneus P57

NOTÍCIAS Novidades do mercado P12 PRODUTO Uniroyal. O novo tubarão chegou às estradas P20 Mabor. Sport-jet 3 reforça aposta na marca portuguesa P22 REPORTAGEM Dontyre. 50 Marcas de pneus disponíveis P24 Garland pneus. Orientação também para os pesados P26 UM DIA COM Sópneus. Em casa como na estrada P28

FORMAÇÃO Mega mundi. Inaugura centro de formação P62 RECAUCHUTAGEM Recauchutagem são mamede. Forte impulso na qualidade do produto e serviço P64 REDES Feu vert. Diversificação e inovação P67 SALÃO Reifen 2014. O mundo dos pneus reunido P70

ENTREVISTA Kumho tire. P32

TÉCNICA Ar condicionado.10 Perguntas, 10 Respostas P76 Os filtros no automóvel P79

ESPECIAL Filtros. Em época alta P42

MECÂNICA Pneus. Reforça aposta no aftermarket P81

COLABORADORES FERNANDO CARVALHO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP DEKRA 4FLEET TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM

DOSSIER Serviços e pneus à distância de um clique P36

IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.o 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES CONTINENTAL VERSO DE CAPA WD-40 PÁGINA 5 RS CONTRERAS PÁGINA 11 EUROTYRE PÁGINA 15 FUCHS PÁGINA 19 DISPNAL PÁGINA 31 LIQUIMOLY PÁGINA 35

CHAVECA&JANEIRA PÁGINA 39 COUNTERACT PÁGINA 45 TIRESUR PÁGINA 47 RPL CLIMA PÁGINA 49 PETRONAS PÁGINA 53 CERP PÁGINA 55 TOYO PÁGINA 69

S. JOSÉ PNEUS PÁGINA 72/73 2.A CONFERÊNCIA PÁGINA 75 COMETIL V/C/CAPA KUMHO CONTRA CAPA

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E EDITORIAL

APOSTA NO SETOR DOS PNEUS

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posta no setor dos pneus A TURBO OFICINA dá mais um passo na estratégia de crescimento e de resposta a uma forte necessidade de informação por parte do setor profissional em Portugal. Depois do sucesso do lançamento da TURBO OFICINA PESADOS, a única revista em Portugal dedicada em exclusivo ao setor de aftermarket dos pesados, nasce neste número 0 a TURBO OFICINA PNEUS. Tal como a TURBO OFICINA e a TURBO OFICINA PESADOS, também a TURBO OFICINA PNEUS é uma revista feita por jornalistas profissionais profundamente conhecedores do setor, aberta a todos no mercado, que vai apresentar constantemente artigos que sejam uma mais valia para todos os operadores na área dos pneus e da mecânica automóvel. Com o mesmo posicionamento das suas congéneres, a TURBO OFICINA PNEUS é uma publicação B2B, com distribuição dedicada para todo o setor profissional dos pneus e da mecânica auto em Portugal. Desta forma fechamos o ciclo de publicações dirigidas ao aftermarket e ao pós-venda automóvel, o que é único e pioneiro em Portugal. A nossa diferenciação de produto é clara, seguindo a lógica da TURBO OFICINA. Uma revista com papel de qualidade, bem paginada, com artigos claros e diferenciadores e uma abordagem independente mas muito próxima da realidade deste setor e daquilo que as empresas precisam para estarem informadas e para gerarem mais negócio. Queremos, 4

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acima de tudo, ser um parceiro de todos os players deste setor. A diferenciação estará também presente nos 5000 exemplares distribuídos, no público-alvo a que se destina e na distribuição dedicada por mailing direto. O nosso investimento nesta área, nos últimos meses, com uma pessoa dedicada, garante-nos a melhor base de dados do setor e isso vai-se notar na forma como a informação da sua empresa vai chegar às pessoas certas. Ao trabalhar estas três publicações, reforçamos a nossa visão global do mercado automóvel profissional na área do pós-venda, partilhando experiências e conteúdos entre elas, mas especializando a informação e a distribuição, em função da publicação, para os seus targets específicos. O primeiro exemplar em papel estará no mercado já em Abril, com uma aposta editorial muito forte. De dois em dois meses vai receber a TURBO OFICINA PNEUS na sua empresa. Já conhece a nossa forma de trabalhar e queremos que esse seja o nosso melhor cartãode-visita. Confie em nós e seja também uma peça fundamental da sua nova revista.

Cláudio Delicado DIRETOR

claudiodelicado@turbo.pt


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PEDRO DE JESUS. “COM BOA ASSISTÊNCIA E FORMAÇÃO AS VENDAS ACONTECEM” É este o lema da Cometil, que é uma das empresas mais reconhecidas nos equipamentos oficinais em Portugal. Prestes a celebrar 30 anos no mercado, entra agora em força no mercado espanhol. TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO

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Cometil é uma verdadeira empresa familiar e isso sente-se na relação que existe entre as pessoas e na imagem que tem no mercado. A média de permanência dos colaboradores, 30 em Portugal, já é de cerca de 15 anos e os passos sólidos que foi dando fez com que a empresa tenha hoje um grande desafio em mãos: conquistar o mercado espanhol. A empresa portuguesa está a fazer o caminho inverso ao que o mercado costuma ver, com empresas espanholas à conquista do mercado nacional. Em Maio do próximo ano a Cometil está de parabéns pelos seus 30 anos. Pedro de Jesus, presidente da Cometil, recebe-nos nas exemplares instalações em São Julião do Tojal, Loures, onde brilha o centro técnico e faz um balanço do passado, analisa o presente e antecipa o futuro. A Cometil faz 30 anos em 2015. Quais os pontos marcantes desta história? Tem sido uma evolução contínua e acabamos sempre por nos lembrar sempre dos que 6

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aconteceram há menos tempo, como a abertura das instalações em Santo Tirso, em 2003, mas também a inauguração destas novas instalações [em São Julião do Tojal, Loures], em 2009 e, este ano, a abertura da Cometil Espanha. Fomos crescendo sempre sustentados numa base sólida e conforme fomos crescendo fomos investindo. Foi sempre assim desde a fundação da empresa, pela mão do meu pai. Mas o investimento foi muito para além das instalações. Fomos sempre investido no que somos conhecidos: a formação e a assistência técnica, que continuam a ser as nossas principais prioridades. Ter comerciais fixos só aconteceu depois de 20 anos de empresa, porque o pósvenda sempre fez com que os clientes viessem aqui diretamente comprar, o que ainda hoje se passa. É essa a nossa diferença no mercado porque desde o início temos um carater mais técnico do que comercial. Investimos muito na nossa estrutura, num armazém com um grande stock de peças de substituição e no centro de formação. Há 30 anos que somos

conhecidos por prestar assistência em 24 horas em todo o país, com a garantia da máquina reparada. Quando se investe num equipamento tem que se pensar no preço, na qualidade e na assistência que está por trás. As oficinas têm que ponderar muito bem e não pensar só no preço de compra, porque aí não temos vantagem. A nossa vantagem vem depois, com formação gratuita o resto da vida, disponibilizar o nosso centro técnico para resolver o problema de um carro de um cliente a custo zero, assistência pós-venda na vida do equipamento e assistência em 24 horas. Há equipamentos que produzem 300 ou 400 euros por dia e cada dia que o equipamento está parado é dinheiro que não entra. Por isso é que boa parte dos nossos clientes diz que o nosso equipamento acaba por ser o mais barato. Isso faz com que tenhamos uma taxa de fidelização muito elevada. A melhor máquina do mundo que não tenha pós-venda deixa rapidamente de ser a melhor. Quais foram as grandes mudanças nos equipamentos nestes 30 anos?


A evolução foi progressiva e é o automóvel que obriga à evolução de todas as empresas do setor porque a evolução tecnológica dos automóveis permite que as empresas evoluam. É assim que se têm criado oportunidades, em especial nos últimos 10 anos. No campo do diagnóstico a eletrónica mudou muito o setor, desde a obrigatoriedade do OBD em 2001 e hoje ninguém consegue fazer nada sem uma máquina de diagnóstico. O que representa hoje o diagnóstico para a Cometil? O preço de um equipamento de diagnóstico é, por vezes, 10% de um elevador. Mas hoje não se pode não ter um equipamento de diagnóstico. Há muitos no mercado, mas uma parte importante, e é aí que tiramos partido, é a formação e o apoio técnico. Como não há um equipamento multimarca que cubra 100% do parque é necessário ter mais do que uma máquina mas, acima de tudo, ter apoio técnico para aqueles casos mais complicados.

OS CARROS NOVOS TÊM MAIS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO, MAS É PRECISO ABANDONAR A IDEIA DE FAZER IGUAL AO QUE SE FAZIA HÁ 20 ANOS

A compra de um equipamento de diagnóstico é um investimento já bem pensado pelas oficinas hoje? Depende, há casas que chegam a ter 10 equipamentos de diagnóstico, o que é um exagero. Foram comprando com confiança de que ia resolver os problemas e a maioria das vezes não é a máquina, é não a saber usar e não conhecer bem o automóvel. Depois fica arrumada e compram outra a pensar que é a solução. Não são necessários mais do que dois equipamentos de diagnóstico. O parque de equipamentos que existe hoje nas oficinas envelheceu muito nos últimos anos? Sim, os números mostram isso. Quando a crise se instala e o negócio decresce nas oficinas a tendência é poupar e os equipamentos entram nessa equação. Só se compra quando é mesmo indispensável mas temos conseguido fazer números e soluções interessantes, apoiadas nos fabricantes que representamos, com equipamentos que ajudam a aumentar o negócio às oficinas porque, muitas vezes, as FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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PERFIL

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oportunidades estão lá, mas o que é preciso é conhecê-las e saber trabalhá-las. Aqui entra uma parte fundamental hoje no negócio, que é a gestão. Sem dúvida. Quando trabalhamos com a tecnologia automóvel sempre em evolução é fundamental colocar à frente dos gestores de oficinas as oportunidades que o automóvel nos dá e os novos tipos de manutenção e serviços. Os carros novos têm mais coisas para fazer e há mais oportunidades de negócio, mas é preciso abandonar aquela ideia de fazer igual ao que se fazia há 10 e 20 anos. Isso faz também com que a Cometil tenha hoje também um papel mais forte consultoria? O mercado foi-nos solicitando esse serviço, em resultado da formação teórico-prática que damos no âmbito da tecnologia automóvel. Sempre que há um caso difícil ligam-nos porque temos o nosso centro técnico sempre a funcionar. Inclusive, os nossos clientes podem trazer cá um carro de um cliente com um problema mais complicado que ajudamos a resolver com as máquinas de última geração. Somos cada vez mais consultores também. Muitas empresas acabaram também por fechar ou reduzir a estrutura. O que aconteceu a todos estes equipamentos que estas oficinas tinham? Uns não se sabe bem o seu paradeiro ou origem, outros foram leiloados e colocados novamente no mercado, o que prejudica, algumas vezes, a venda de equipamentos novos ou até mesmo usados. Mas mesmo quando estes equipamentos estão em condições, falta o suporte e assistência porque também algumas empresas do setor dos equipamentos fecharam e o cliente, que aparentemente fez um bom investimento, fica perdido. Há um mercado forte de equipamentos usados em Portugal? Hoje já não abrem oficinas novas em massa, abrem apenas alguns pontos de venda novos, há a reestruturação de outros ou o alargamento de instalações. É onde o equipamento se vende sem qualquer retoma mas hoje grande parte das vendas são substituições de equipamentos que já não estão em condições. Isso obriganos à retoma do equipamento usado. Depois temos que fazer uma revisão, uma pintura e um recondicionamento para os voltarmos a vender. Não é fácil, porque há muito equipamento

e o cliente deste material são oficinas mais pequenas, que não querem fazer grandes investimentos e têm pouca rotação de veículos. Mas acontece também uma coisa curiosa, é que há muita gente a preferir equipamentos usados a equipamentos asiáticos. Houve uma invasão de equipamentos de origem asiática em que alguns investiram porque o preço era bom, mas rapidamente todo o mercado percebeu que não é o caminho certo. Além desta concorrência feroz como é que se lida, por exemplo, com a questão da concorrência desleal, da pirataria e da contrafação? A maioria das empresas do setor dos equipamentos, quando viu alguns clientes em dificuldades, decidiu manter a marca premium que tinha, mas apostar em segundas linhas apenas pelo fator preço. Quase todos o fizeram. Chegámos a ponderar esse caminho mas decidimos que não íamos por aí. Hoje temos a certeza absoluta que fizemos bem em não ir por esse caminho porque vimos os resultados no mercado de quem o fez. Em muitos casos, pôs mesmo em causa uma boa imagem que essas empresas de equipamentos tinham no mercado e que demorou anos a conseguir. Quando uma empresa credível vende um produto de baixa qualidade, o cliente acredita mais na empresa do que no produto e os problemas vêm depois. Felizmente temos ainda um mercado mais conservador e os responsáveis de oficina mais velhos ainda preferem ir pela segurança e qualidade. Os outros acabam por perceber o seu erro da pior forma. A crise fez com que as pessoas acabassem por ser obrigadas a decidir bem a compra de um equipamento e nós beneficiámos disso. Hoje temos praticamente tudo a nível oficinal e fomos alargando a nossa oferta de produtos para a oficina e acabámos por não sentir muito a crise. O renting de equipamentos é uma solução com futuro? Já o fazemos, com empresas do setor e temos alguns bancos que suportam contratos de leasing mas agora também de renting. Trabalhamos também com a Grenke, com tradição de renting e recorremos a essas empresas para financiar os nossos clientes. Hoje é uma solução já com expressão em Portugal. É um caminho natural e a crise veio ajudar a limpar um pouco aquela imagem da facilidade dos pagamentos. O renting facilita

CURIOSAMENTE, HOJE HÁ MUITA GENTE A PREFERIR EQUIPAMENTOS USADOS A EQUIPAMENTOS ASIÁTICOS 8

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Pedro de Jesus é um nome que se confunde com o da própria Cometil. Tinha 12 anos quando o pai fundou a empresa e desde então acompanhou todos os passos. Foi o seu primeiro e único trabalho e acabou por conciliar a vertente profissional na empresa com os estudos. Licenciado em Engenharia Mecânica, com especialização na área automóvel na Universidade Lusófona, agarrou-se desde o início à parte técnica, seguindo o exemplo do pai, que foi responsável da parte técnica e de formação Volkswagen. Deu assistência técnica às maquinas, ensinou as pessoas a trabalhar com os equipamentos e só depois veio a parte comercial. Mas gosta mesmo é da parte mais técnica e o centro técnico é um dos seus grandes feitos. Não esconde o orgulho nos ensinamentos que o pai lhe deixou e também no facto de ainda hoje a Cometil se manter uma empresa familiar. Pedro de Jesus tem hoje 41 anos e é casado.

o processo burocrático com os bancos e, no fundo, a oficina aluga o equipamento com possibilidade de ficar com ele no fim. Tem sido muito bem aceite.

AS OFICINAS E A FORMAÇÃO A Cometil vai muito além da formação que dá no uso dos equipamentos. Porquê esse caminho? É uma filosofia nossa. Fazemo-lo porque achamos que é esse o ponto de partida e a formação é no automóvel porque todos os que vendem equipamentos explicam como funcionam. Essa parte vem das marcas e é dada com a instalação do equipamento. Mas depois, desenvolvemos vários cursos de tecnologia automóvel, que problemas existem e como os resolvemos, o que depois, naturalmente, requer equipamentos. Temos dois formadores fixos e mais dois polivalentes e seguimos a máxima de que a ensinar se aprende e a pessoa que hoje tudo sabe e ensina tudo a outro, quando acaba de ensinar sabe mais qualquer coisa. Não tem que ter medo de ensinar tudo. É um erro. Partilhamos toda a informação com os nossos clientes. Sempre foi assim, desde o tempo do meu pai, que fez toda a vida na parte técnica e de formação. Quais as principais dificuldades que as oficinas têm hoje e que percebem nas formações que dão? Nos cursos vêm por causa das inovações dos automóveis porque não têm muito quem lhes explique. Um concessionário oficinal de marca tem a fábrica e o importador por trás que lhe dá toda a formação. No caso da oficina multimarca ou têm uma rede por trás que já têm todos esses serviços e faz parcerias com


bem o negócio deles. Foi algo que o mercado nos solicitou e, de facto, hoje os grupos que têm crescido são as redes.

outras empresas como a nossa, ou então estão praticamente sozinhas e tem que ser o gestor a procurar ajuda, normalmente apenas quando tem um problema. A formação é encarada pelas oficinas como fundamental mas quando chega à hora não há tempo para libertar uma pessoa da oficina durante dois dias. Mas temos conseguido contornar isso porque quem vem percebe a mais-valia que leva para a oficina. Se mais cursos tivéssemos, mais gente teríamos porque temos sempre muita gente interessada. O nosso caminho é sempre vender um equipamento que permita fazer mais tarefas e garantir uma maior fonte de receita às oficinas. E eles percebem que para conseguirem rentabilizar melhor o equipamento têm que saber fazer e vêm às formações. Na Hunter temos a maior quota de mercado no alinhamento de direções com a máquina mais cara, isso mostra que tem uma maior rentabilidade. Na Hunter há máquinas com 25 anos no mercado a trabalhar sem qualquer problema, com assistência e peças. Hoje já não há uma segmentação tão grande das oficinas e todas querem fazer um pouco de tudo. Isso representa uma oportunidade de negócio para vocês? As oficinas em rede estão a lutar pela sua evolução, sobrevivência e tem sido uma solução estar em rede. Entrar nessas redes obriga a estar de acordo com os padrões da rede e isso faz com que nós, como também somos parceiros da maioria delas, estamos lá dentro para poder ajudar os novos que entram. As casas de pneus que entraram nos serviços rápidos não têm ferramentas nem máquinas de diagnóstico, nem determinados equipamentos para fazer esses serviços e têm que comprar.

Mas também acontece o inverso porque muitas oficinas de mecânica entraram no negócio do pneu e precisam de equipamentos específicos para fazer esse trabalho em torno da roda. Quais foram as principais inovações que viu nas oficinas nestes últimos anos? Nas oficinas, a grande evolução passou para caminhar para os serviços rápidos, a manutenção preventiva e de desgaste do automóvel. Antigamente viam-se as grandes oficinas de reparação de motores mas hoje já não se justifica financeiramente reparar motores. As oficinas tradicionais foram buscar então um pouco da manutenção. As oficinas de pneus viram que não chegava para alimentar a estrutura e caminharam para os serviços rápidos. Os próprios concessionários automóveis caminharam para serviços rápidos a preço fixo. Todos partilharam a mesma ideologia dos serviços rápidos, algo impulsionado pelas redes. Mas depois há sempre o especialista, que não desaparece e faz muito negócio que não se consegue resolver em “clínica geral”. Estes que existem, se enaltecerem essa especialidade, são escolhidos e têm negócio, com uma margem maior. O especialista que alargou o seu negócio para outras áreas, nunca deve perder a sua imagem e capacidade de especialista porque é isso que o diferencia e valoriza. A Cometil está também muito ligada às redes. Estamos com todas e é uma área importante do nosso negócio. Estamos na formação e consultoria das oficinas. Não só a nível de equipamentos mas também nos processos de trabalho, instalações, avaliações. Uma parte do negócio para estarmos mais perto de todos foi poder auditá-los e aconselhá-los conhecendo

A OUTRA EMPRESA Porque decidiram criar a CAN – Cometil Automotive Network? Foi uma empresa que criamos aqui dentro, é uma empresa da Cometil que face à vertente crescente do diagnóstico queríamos separar as águas e ter algo mais especializado. Foi criada porque as máquinas de diagnóstico não há uma que dê para todos e é sempre necessário ter duas marcas de máquinas. Temos a Hella Guttman que é a nossa principal marca, mas temos que ter várias linhas de máquinas de diagnóstico porque não há nenhuma que cubra todo o parque. Temos também nesta empresa softwares de gestão de peças, orçamentação e dados técnicos, mas também formação nessa área e o tal trabalho de consultoria e auditoria. É a CAN que faz esse trabalho, com pessoas dedicadas. É uma empresa de diagnóstico e serviços de consultoria, que foi criada em 2009. Não implicou um investimento forte, mas é encarado pelo cliente como especialista nesta área, ficando a Cometil como especialista nos equipamentos. Qual o caminho que as oficinas devem seguir? A única forma de poderem manter e evoluir é aproveitar as novas tecnologias do automóvel nos dão. Mas é fundamental investir no atendimento personalizado, numa venda técnica, não apenas numa venda comercial. Mostrar ao cliente as capacidades que a oficina tem de prestar um serviço ao seu veiculo. É preciso trazer as pessoas para o serviço porque se formos apenas pelo preço ou é caro ou barato, é só um número. O problema de muitas oficinas é não mostrarem ao cliente o que sabem fazer de bom. A oficina tem que conseguir ir mais além e mostrar o que é necessário para cada carro e com provas, baseadas nas soluções rápidas de diagnóstico. Mostrar o que as falhas implicam em termos de riscos, de segurança, etc. O cliente, na maior parte dos casos, quando a oficina consegue mostrar os problemas e prová-los, o cliente acaba por comprar o serviço. Quem atende, o rececionista, devia ser a pessoa que mais sabe dentro da organização. As oficinas não podem cair no fator preço, porque aí não fidelizam os clientes e andam sempre atrás do concorrente e acabam por se destruir uns aos outros. Como está a correr o negócio em Espanha? Ainda é um bebé, começou a sério em junho. Está a correr muito bem para o pouco tempo FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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DE CORPO INTEIRO?

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de vida que tem. Há muito a fazer porque aqui temos 30 anos, mas lá poucos nos conhecem. O nosso staff é muito conhecido no mercado, já trabalham há muito nesta área e já trabalhavam com a Hunter, que foi quem nos fez ir para Espanha, ao assumirmos a distribuição exclusiva para o país todo. Temos tido um feedback excelente, mostrando às redes de cá com central ibérica o que fazemos em Portugal e que podemos fazer também em Espanha. O que nos dizem lá é que somos únicos porque lá quem vende equipamentos raramente oferece serviços associados a nível nacional. E nós oferecemos em Espanha tudo o que oferecemos aqui. Por exemplo, já estamos a prestar assistência aos equipamentos em 24 horas, como cá. Mas lá isto é uma novidade e disseram-nos que era impossível porque há empresas habituadas a esperar uma semana por assistência ou por uma peça. A empresa que trabalha melhor garante 72 horas. Curiosamente, na Hunter temos mais equipamentos em Portugal do que em todo o território espanhol e isso mostra que há uma grande oportunidade porque é um mercado cinco vezes maior. Há outras possibilidades de internacionalização? Angola foi um início, demos alguns passos e estamos a crescer, com investimentos muito reduzidos e bem controlados. Temos uma pessoa há mais de dois anos em Angola, um técnico, em permanência, que dá também formação. Avançámos para Angola pela mão

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de muitos clientes de Portugal que forma para lá tentar e quiseram o nosso apoio para irmos. Começamos a fornecer várias oficinas de Angola e tivemos necessidade de ter lá alguém. Pontualmente vendemos para Cabo Verde, Moçambique e até para o Gabão já vendemos. Com tanta experiência não pensam em apostar forte numa marca própria? Em determinadas ferramentas e utensílios pequenos sim e já existe, com a marca CAN. Por exemplo, no diagnóstico, até em Espanha é vendido com nome CAN, aquelas que têm que ser colmatadas à gama da Guttman. E determinados produtos, como um carrinho de apoio de desaperto de rodas ou focadores de faróis também já têm a nossa marca. Em equipamentos genéricos e material de baixo custo, se pudermos melhorar um produto, podemos colocar lá a nossa marca própria. Não como um grosso de volume de negócio mas para coisas pontuais. O que pode o mercado esperar da Cometil para os próximos tempos? Mantê-los satisfeitos com o que já têm, manter a linha de serviços que sempre prestou, tentando ir sempre buscar novos conceitos para dar mais ferramentas para trabalhar e soluções de negócio. Contratamos uma pessoa dedicada apenas a isso, à procura de novas soluções e negócio para a oficina. Mais cursos e áreas de formação, manter os níveis de assistência e dar a resposta que o cliente pretende e manter as marcas premium e com a qualidade que os clientes já conhecem.

De onde vem a sua paixão pelos automóveis? A paixão pelos automóveis vem desde miúdo, sempre vivi juntos deles. Visita com regularidade as oficinas? Bastante. Corro o país de lés a lés, é difícil haver um cliente de equipamentos que eu não conheça. Ainda hoje acompanho os comerciais ou vou eu direto. Comecei muito cedo no setor e sei que sentado à secretaria não se conhece o negócio. Costuma ser intuitivo nas decisões? A intuição vem também do background que tenho mas sou muito ponderado a tomar decisões. Costuma decidir sozinho? Gosto de partilhar com a equipa, com a minha irmã, com a minha mãe e com a equipa mais chegada e com mais poder de decisão. Muitas vezes tenho a minha decisão tomada mas quero ouvir opiniões e às vezes acabo por mudá-las. A liderança não se faz impondo. Temos que trazer sempre a equipa connosco. Considera-se viciado no trabalho? Não diria viciado mas sou forçado a ter que estar tempo demais na empresa para nunca dizer não a ninguém. Não tenho por hábito dizer que não consigo e que não sou capaz. As tecnologias fazem com que nunca desliguemos. Mas depois quando nos afastamos um pouco é quando surgem as melhores ideias e essa parte também é importante. Consegue ter uma rotina diária? Cada dia é diferente um do outro. Há uma rotina normal de estar aqui às 8h30 e assistir a uma reunião com o staff técnico, de armazém e controlador das folhas de obra, para partilhar o que foi feito para que todos tenhamos noção e para estabelecer objetivos. Aí tento estar sempre presente. O resto do dia é muito variado. Quantos quilómetros faz por ano? Já fiz mais, mas agora deve rondar os 60 mil por ano. Inclusive, quando tenho que ir a Espanha, se é até Madrid vou de carro. Mais do que isso já vou de avião. O que gosta de fazer nos tempos livres? Tudo o que tem a ver com automóveis. Faço pouco desporto automóvel mas gosto de karts e de estar em pista. Depois gosto daquelas coisas normais como passear, ir a um bom restaurante, música. Mas os automóveis são a paixão permanente no trabalho e fora dele. O que mais aprecia num colaborador? Valorizo muito a dedicação, profissionalismo e a lealdade.



N NOTÍCIAS

THINK4ACTION. ENDEREÇAR A TROCA DE PNEUS

Inicialmente lançado para promover os serviços de revisão nas oficinas Midas, a Think4Action deu um passo em frente, fazendo com que o CarLink agora sugira diretamente ao cliente a mudança de pneus. TEXTO PAULO HOMEM

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través da solução CarLink, a Think4Action já dinamiza há mais de dois anos os serviços de manutenção da rede Midas diretamente aos clientes. Através do mesmo método e utilizando a mesma plataforma tecnológica (ver caixa), a Think4Action está a dinamizar agora, numa parceria entre a Midas e a Goodyear, uma promoção específica de pneus Goodyear ou Fulda. Assim, consoante a medida dos pneus do veículo e o estado dos mesmos é aconselhada especificamente para cada automóvel a troca dos pneus e o preço específico (por pneu) dessa mudança. “É a primeira vez que se faz uma campanha em que se endereça a troca de pneus”, refere Jorge Antunes, Managing Partner da Think4Action, acrescentando que “a grande inovação é que esta venda é proposta diretamente ao cliente em função da medida 12

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dos pneus do seu carro e não através de catálogos, de folhetos, de outdoors ou de promoções genéricas”. Nesta mesma folha que é deixada junto ao carro do cliente, é-lhe sugerida a revisão (o que já era feito até agora) em simultâneo com a sugestão de troca de pneus. Para além do valor do serviço de manutenção, existe um segundo valor unitário sugerido para a troca dos pneus, valor este que inclui todos os serviços associados (montagem, equilibragem, etc). Para dinamizar este serviço é sempre feita a medição do rasto do pneu (com medidores fornecidos pela Goodyear), dado esse que é introduzido no sistema de informação que, de forma automática, decide se faz um recomendação ou uma sugestão de mudança de pneus. “O mote que está por trás desta campanha é a segurança. Neste caso, a Midas ajuda

os condutores a melhorarem a segurança dos seus veículos através da sugestão da intervenção nos pneus no caso de ser necessário”, refere Jorge Antunes, acrescentando que “mesmo que o cliente não pretenda efetuar a troca de pneus, tem já uma sugestão específica para o seu carro, quer em termos de preço quer do local onde poderá trocar os pneus”. Dependendo do veículo, da sua idade e da medida dos pneus, a sugestão que é dada inclui apenas pneus Goodyear ou Fulda, sendo mais uma vez o próprio sistema de informação que gere essa situação.

CONTACTOS

THINK4ACTION RESPONSÁVEL JORGE ANTUNES TELEFONE 211 931 280 WEBSITE www.think4action.com


THINK4ACTION E CARLINK Na edição nº 24 da TURBO OFICINA, foi editado um artigo no qual explicamos o conceito da solução CarLink, que tem sido desenvolvido pela Think4Action. Porém, o CarLink consiste num equipamento de recolha de dados que gere e interliga diversos sistemas de informação (planos de manutenção de viaturas, preçários de serviços oficinais que incluem mão-de-obra e peças, etc), permitindo a um operador munido com uma impressora portátil, fazer uma simulação de um orçamento de manutenção para cada automóvel que está estacionado na rua. Uma pequena folha (dentro de um invólucro plástico) é colado na viatura, onde está impresso o plano de manutenção sugerido para essa viatura e os custos inerentes, entre outras recomendações e sugestões. O automobilista que vê esse invólucro plástico no seu carro poderá, se entender, dirigir-se à oficina (neste caso é só a Midas) e efetuar o serviço de manutenção pelo valor que consta nessa folha. A novidade agora, é que nessa mesma folha, é também sugerida a troca de pneus (isto no caso de o carro precisar de mudar de pneus).

“O que se pretende promover também é que o nosso cliente, neste caso a Midas, disponibiliza o serviço de manutenção mas também um serviço de pneus a preços competitivos”, explica Jorge Antunes. No futuro, a aplicação deste conceito de promoção e venda poderá eventualmente ser aplicada a outro tipo de serviços para além da manutenção e da troca de pneus, mas Jorge Antunes diz que “poderá não ser rentável em certos serviços, por serem de baixo valor. Contudo, como mensagem ou como complemento de uma ação de promoção da manutenção ou de troca de pneus, sem dúvida que poderão ser promovidos outros serviços desde que se consiga uma personalização dos mesmos. Aliás, já fazemos algumas campanhas com o aviso para a necessidade de fazer a inspeção do automóvel”.

INTERNACIONALIZAÇÃO Tendo Portugal um parque automóvel tão pequeno face a outros mercados europeus, mas sendo o mercado oficinal tão competitivo, o conceito desenvolvido pela Think4Action poderá vir a ser desenvolvido, naturalmente, noutros mercados. A empresa já está diretamente em Espanha, tendo parceiros em França e Itália, estando a iniciar a atividade, para já, pelo mercado de seguros, podendo depois evoluir também para a área dos serviços automóvel.

MICHELIN. OFERTA COMPLETA PARA SUV

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Michelin tem cinco gamas de pneus que permitem equipar todos os SUV do mercado. A mais recente unidade a entrar para este lote é o Latitude Sport 3, um pneu 100% para asfalto. Em 2009 os SUV representavam 1,2 milhões de unidades na Europa, mas em 2016 irão atingir cerca de 2,5 milhões. Mais de 65% dos SUV vendidos serão do segmento C (tipo Nissan Qashqai). São os pneus de 17 e 18 polegadas que mais têm crescido neste segmento, enquanto as jantes 15 /16 têm vindo a perder importância. Sabendo bem da importância deste segmento, a Michelin apresentou a terceira geração de pneus para SUV destinado ao uso em estrada, que designou por Latitude Sport 3. A segurança foi um dos fatores em que a Michelin mais trabalhou neste novo pneu. O seu desenvolvimento permite travar 2,7 metros antes, em solo molhado, que a geração anterior (Latitude Sport 2). A estas performances, o pneu adiciona duração e contribui para a redução do consumo de combustível dos veículos. Para obter estes resultados o novo com o Latitude Sport 3 possui um inovador composto do piso, que tem uma largura de desenho 10% superior (escoa melhor a água), a nervura central do piso melhora a condução em momentos de travagem ou de aceleração, a tela dupla (apenas em algumas versões) aumenta a robustez de um pneu para

ser usado apenas em estrada, entre outros pequenos avanços que evitam, por exemplo, uma grande deformação do pneu. No seu primeiro ano de comercialização, o novo pneu comercializa-se em 28 dimensões/ referências diferentes para poder equipar o maior número de SUV possíveis, que já estão em circulação ou que vão sair brevemente das fábricas. O campo dimensional nesta fase inclui medidas para jantes 18, 19 e 20 polegadas (entre 235/55 a 295/40), que estão disponíveis para o mercado de substituição.

HOMOLOGAÇÕES Tendo iniciado agora a sua comercialização na Europa, o Latitude Sport 3 já foi homologado para diversos SUV, com destaque para o Porsche Macan, cuja venda na Europa começou em abril, já vindo equipado de série com os novos Michelin em jante 18, 20 e 21 polegadas. A BMW, para o seu X5, e a Volvo, para o seu XC 90, também já vêm equipados de série com o novo pneu Michelin Latitude Sport 3 nas três dimensões especificadas. Refira-se que a Michelin beneficia da experiência adquirida nos últimos 12 anos na construção de pneus para SUV, desenvolvidos especialmente em estreita colaboração com a Porsche. MICHELIN ESPAÑA PORTUGAL, S.A. TELEFONE N.D. WEBSITE www.michelin.pt

FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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N NOTÍCIAS

FALKEN. NOVO SINCERA SN832 ECORUN

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assou a estar disponível no mercado o novo pneu Falken Sincera SN832 Ecorun, comercializado em Portugal pela Alves Bandeira. O SN832 Ecorun, para viaturas ligeiras, destaca-se por oferecer aos condutores a máxima segurança tanto em piso seco como molhado, em conjunto com uma maior poupança de combustível e uma maior duração quilométrica, qualidades pelas quais se torna num produto com uma boa relação preço/qualidade, segundo a Falken. Combinando a pioneira tecnologia de nanodesenho em 4D com os mais modernos compostos à base de sílica, o Sincera Ecorun obtém nas suas 19 medidas a classificação “A” na categoria de distância de travagem em piso molhado na Etiqueta Europeia. Refira-se ainda que o Falken Sincera SN832 Ecorun conta com um piso da banda de rolamento aperfeiçoado. Os seus largos canais longitudinais, em conjunto com as suas ranhuras laterais, proporcionam uma excelente drenagem e reduzem assim o risco de aquaplaning em cerca de 32% que o seu antecessor, o modelo SN828.

CONTINENTAL. RELANÇOU A GISLAVED EM PARCERIA COM A ALVES BANDEIRA

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TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

BRIDGESTONE. COMERCIALIZA NOVO FIRESTONE PARA SUV

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Bridgestone vai comercializar o novo pneu da Firestone para SUV, designado por Destination HP, com distribuição para o mercado de pneus de reposição. Dentro do segmento de pneus Firestone de preço médio, o Destination HP tem como objetivo equipar os SUVs proporcionando quilometragem e controlo em superfícies molhadas, com estabilidade na condução em todas as condições. O Destination HP oferece até mais 35% de quilometragem sem reduzir a segurança sustentado por um pacote altamente competitivo. O design desportivo do piso foi criado para dar o máximo controlo e tracção nas curvas. Este pneu atinge resultados muito interessantes, colocando-o entre os melhores do seu segmento, com uma classificação B na etiqueta europeia no que diz respeito à classificação da tracção em piso molhado nas cinco medidas mais vendidas em que será lançado. O Destination HP estará disponível em toda a Europa, a partir de maio de 2014, inicialmente em 10 medidas para jantes de 16 e 17 polegadas..

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Continental e a Alves Bandeira, que em Portugal distribui a marca Gislaved, desenvolveram uma ação conjunta que, entre outras iniciativas, permitiu dar a conhecer o novo posicionamento dessa marca de pneus. De origem sueca, a marca Gislaved apresenta-se no mercado com uma vasta gama de produtos de características “quality”, revelando-se uma boa escolha para quem dá valor ao prazer na condução, segurança, fiabilidade, conforto e economia. Na apresentação efetuada aos distribuidores da Alves Bandeira, destacam-se ainda as principais características da marca, que se destaca pela vasta gama de produtos para ligeiros e vans, pela qualidade dos mesmos, tendo um posicionamento premium no que se refere a segurança, conforto, diversão na condução e na economia. A somar a todos estes

aspetos há ainda a destacar a excelente cobertura das necessidades do mercado. Para Ricardo Martins, Diretor de Marketing da Continental Pneus, a realização destes eventos tem como grande objetivo “aproximar a Continental e as suas marcas dos seus clientes, e clientes dos seus clientes, como é exemplo esta ação que promovemos em conjunto com a Alves Bandeira, numa relação de parceria e de proximidade que seja vantajosa para todas as partes envolvidas”, referiu. Rui Bandeira, responsável do Grupo Alves Bandeira, e em jeito de balanço, não quis deixar de referir a excelente recetividade que todos os parceiros e clientes convidados para este evento manifestaram, destacando ainda a excelente recetividade dos mesmos à marca Gislaved “que temos a certeza será mais um sucesso Continental no mercado nacional”.


GT RADIAL. APRESENTA NOVO PNEU PARA COMERCIAL

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GT Radial deu a conhecer o novo Maxmiler Pro, um pneu concebido para veículos comerciais. O Maxmiler Pro disponibilizará 25 medidas desde 155R12C até 235/65R16C, com índices de velocidade compreendidos entre R e H e com índices de carga desde 88/66 até 118/116. Grande parte da gama será disponibilizada em jantes 15” e 16”. Especificamente desenhado para uso comercial e operadores frotistas em toda a Europa, o produto reclama uma superior robustez e durabilidade em condições de carga elevada, melhor economia de combustível e aderência em piso molhado, evidenciando níveis de ruído inferiores e uma excelente rentabilidade quilométrica. Para veículos com velocidades superiores, garante durabilidade e segurança a par com eficiência no consumo de combustível. O Maxmiler Pro combina todos esses critérios.

WESTLAKE. EXPANDE GAMA 4X4 E SUV

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Westlake, marca de pneus premium da Zhongce Rubber, vai adicionar à já sua extensa gama de pneus para veículos ligeiros uma nova oferta de pneus muito vasta em 4x4 e SUV. A primeira de várias novas gamas a chegar ao mercado europeu em 2014 é o Westlake SU318 , um pneu para todas as estações, projetado principalmente para utilização em estrada. O Westlake SU318 será lançado inicialmente em 40 dimensões que variam de 215/75TR15 até aos 275/40VR20, numa combinação de velocidades T, H e V.


N NOTÍCIAS

GRUPO SALCO. NOVA PÁGINA WEB B2B

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Grupo Salco atualizou a sua página de internet B2B (para profissionais), assumindo também um novo endereço, onde se poderão encontrar as melhores ofertas em pneus desta empresa. A página para profissionais do Grupo Salco, com o endereço www.salconline. com, tem disponível toda a oferta de pneus da empresa para turismo, 4x4 e furgão, desde as marcas Premium até às marcas mais económicas. Com esta atualização, o Grupo Salco oferece um desconto especial de lançamento, que será de 10% para os clientes que realizem o seu primeiro pedido através deste website.

ZENISES. NOVO Z CHEGA À EUROPA

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mercado europeu vai receber o novo Z, um pneu que pretende oferecer uma combinação imbatível entre performance, estética e uma boa relação custo/benefício. Posicionado na alta performance, o Z quer estar entre os melhores neste segmento, não apenas em valor, mas também em qualidade de construção e ao nível da condução. Com um programa inicial de 40 medidas, o Z foi projetado para oferecer uma combinação imbatível entre a precisão de condução e economia de combustível, destinando-se ao entusiasta da condução. Disponível nos índices de velocidade V, W e Y (com alturas de 65/60/55 até à série 35), o Z apresenta rótulos B na etiqueta para aderência em molhado, e B ou C na economia de combustível, devido à utilização da sílica na sua construção. Para os SUV de alta performance haverá ainda 10 medidas disponíveis do novo Z, que vão desde o popular 225 / 65HR17 até ao 295 / 35YR21. Para Jorge Crespo, falando em nome da

Zenises, o novo Z tem a “ambição de oferecer a melhor combinação de preço, desempenho e eficiência de combustível para o condutor mais exigente”. Neste momento estão a ser negociados os distribuidores que irão comercializar o Z em Portugal.

HANKOOK. APRESENTA NOVO VENTUS V12 EVO2 DUNLOP. APRESENTA O NOVO STREETRESPONSE2 PARA VEÍCULOS PEQUENOS

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Dunlop acaba de fazer o lançamento no mercado europeu do pneu StreetResponse2, que responde às necessidades dos veículos dos segmentos inferiores. Disponível nas medidas de 13,14 e 15 polegadas, o novo StreetResponse2 foi criado para um melhor rendimento em piso seco e molhado proporcionando uma distância de travagem mais curta e quilometragem melhorada em 10%, em comparação com o antecessor. O preço recomendado de venda ao público do StreetResponse2 começa nos 57 euros para a medida 145/70R13 71T. 16

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

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Hankook acaba de lançar na Europa a nova geração do Ventus. Designado por Ventus V12 Evo2, este pneu apresenta um novo desenho e um rendimento orientado para uma condução mais desportiva. Este pneu estará disponível para o mercado de reposição já nesta primavera, em 25 medidas, começando nas 16 polegadas e

terminando nas 19, nas medidas 205 a 255 nas séries 30 a 50. Refira-se que a Hankook foi selecionada pela Daimler AG como fornecedor de equipamento original para o novo mercedes Classe E. O pneu de altas prestações Ventus S1 evo da Hankook estará montado neste veículo na medida de 17 polegadas.

TOYO. MAZDA 3 COM PNEUS NANOENERGY DE SÉRIE

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Mazda 3 é o primeiro veículo a ter como equipamento de origem pneus Nanoenergy do fabricante Toyo, marca que em Portugal é comercializada pela Dispnal. Os pneus NanoEnergy R38 têm uma excelente eficência de combustível, proporcionam uma condução segura e excitante e têm uma consciência ambiental bastante elevada. O novo NanoEnergy3 é a mais recente adição ao segmento NanoEnergy para carros

médios e compactos. Os produtos NanoEnergy garantem segurança, durabilidade, eficiência de combustível. O terceiro modelo da família NanoEnergy beneficia de uma construção melhorada e um novo polímero na composição do piso. Devido a estas melhorias foi aumentada a durabilidade do pneu, o desempenho em piso molhado e a eficiência de combustível, bem como a redução no nível de ruído.



N NOTÍCIAS

KHM RACING. DISTRIBUI ZETA EM PORTUGAL

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KHM Racing, conjuntamente com os Pneus Kumho de Competição, que já há dois anos representa no nosso país, foi agora também nomeada “Distribuidor Oficial para Portugal” da marca de Pneus Zeta. Desta forma, a KHM Racing passa a comercializar os Zeta nas categorias de Pneus Ligeiros, 4X4, Comerciais e Pesados, voltando esta marca a estar novamente disponível no mercado nacional. A KHM Racing, também recentemente alterou a sua sede social e o armazém. A sede passou a funcionar na Póvoa de Santo Adrião, em Santo António dos Cavaleiros (na região de Lisboa), enquanto o armazém funciona na AMF Grupo em Alverca do Ribatejo. Para mais informações poderá ligar para o 21 1341380 ou através do e-mail geral.khmracing@gmail.com.

AGUESPORT. COMERCIALIZA NOVO KUMHO SOLUS HS51

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Aguesport, representante dos pneus ligeiros da marca Kumho, passou a disponibilizar, já desde abril, o novo modelo da Kumho, o SOLUS HS51.O modelo em causa irá substituir gradualmente os modelos KH 17 e KU31. O novo Kumho HS51 foi desenvolvido com as tecnologias mais avançadas do mercado e atinge elevados critérios e classificações da atualidade. O lançamento deste modelo insere-se na estratégia de rápida renovação total da gama da marca Coreana. A Kumho passou a equipar dois modelos da BMW. Num caminho que a Kumho pretende que seja reforçado a esta e outras marcas, passaram as estar disponíveis as medidas 195/55 R 16 87V no modelo KH31 (equipará o serie 1) e 225/55 R 16 95W no modelo KH31 (equipará o serie 3). 18

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

HELLA GUTMANN. TPM TOOL PARA CONTROLO DA PRESSÃO DOS PNEUS

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á entrou em vigor a nova legislação que obriga todos os veículos novos registados na União Europeia a montar um sistema de controlo de pressão do ar dos pneus. Esta medida visa aumentar a segurança nas estradas e é um novo desafio para as oficinas que se deparam com os diversos sistemas existentes no mercado. A Tyre Pressure Management-Tool (TPM-Tool), da Hella Gutmann, é uma solução compacta, económica e potente destinada às oficinas que pretendem ter os sistemas de controlo da pressão de ar dos pneus (TPMS) de todas as marcas relevantes no mercado. Assim, a leitura dos dados necessários é tão fácil quanto a programação dos sensores ou a recalibração. A TPM-Tool disponibiliza todos os dados, funções e ajudas necessárias para realizar trabalhos nos sistemas de controlo de pressão de ar dos pneus: tudo num único aparelho. A TPM-Tool comunica sem cabos com os sistemas de TPMS mais comuns instalados na roda e fornece-lhe informações

importantes de forma imediata como a ID do sensor, o estado atual da bateria do sensor, valores de temperatura, entre outros. Com a ajuda do TPM-Tool é possível programar sensores virgens de diferentes fabricantes, bem como reproduzir e recodificar sensores existentes. A ferramenta permite ajustar ao veículo correspondente novos sensores ou alterações na roda num instante. A comunicação e transferência de dados entre o TPM-Tool e o PC pode ser efetuada via WLAN, USB ou Bluetooth. Para ler códigos da unidade de comando e gravá-los nas rodas e vice-versa, o TPM-Tool comunica via OBD e rádio com os sensores ativados na roda. O TPM-Tool permite ainda verificar comandos à distância por frequência e procurar sensores nos pneus, além de fornecer dados técnicos como instruções, binários, dados dos sensores, números de peças sobressalentes e números alternativos de sensores universais.

GRUPO SALCO. GALUSAL REFORÇA PRESENÇA EM PORTUGAL E DESENVOLVE REDE SALCO

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Grupo Salco reforçou a presença em Portugal através da sua empresa Galusal, tendo procedido ao reforço da sua estrutura comercial para a distribuição, fundamentalmente na zona norte do país. Os principais produtos comercializados pela Galusal em Portugal centram nos lubrificantes com a marca Gulf (que pertence

ao grupo Total) e nos pneus com as marcas premium Goodyear, Dunlop e Fulda e com as marcas budget Sava e Debica. Como responsáveis do Grupo em Portugal, a empresa nomeou como delegados comerciais Júlio Nunes (Responsável direto do Grupo Salco em Portugal) e Ana Viana (responsável pelos lubrificantes da Galusal).


GT RADIAL. CHAMPIRO FE1 DISPONÍVEL NO MERCADO

A

iti Tire deu a conhecer as primeiras informações do novo pneu GT Radial Champiro FE1 para veículos de turismo na gama confort, que estará disponível no mercado português no primeiro trimestre de 2015. O pneu, apresentado oficialmente na feira de Essen (Reifen), em Maio passado, estará disponível em 18 medidas, desde jante 15” a 17”, com índices de velocidade de T a W. Em alguns modelos foi obtida a classificação energética “BB”, isto é, nível B em consumo de combustível e nível B também em aderência em molhado O Champiro FE1, que certamente irá passar a ser um dos modelos mais vendidos da marca, foi desenhado para oferecer um rendimento mais prolongado e otimizar a aderência em piso molhado, contando para tal com um avançado sistema de evacuação da água e um novo composto para reduzir a geração de calor, melhorando a resistência ao rolamento do pneu. Entre outras qualidades deste novo e avançado pneu, inclui-se um novo perfil PUBLICIDADE

para proporcionar uma condução suave e confortável, para além da arquitectura das bandas de rodagem que permite uma considerável redução da emissão de ruído. Angelo Giannangeli, Diretor de Marketing da GT Radial PCR para o mercado europeu, afirmou: “desde que se deu a conhecer o primeiro Champiro FE1 em maio de 2014, existiu uma forte procura do mercado em todos os países europeus, pelo que disponibilizar a partir do início de 2015 é uma excelente notícia para todos os clientes da marca. Este produto entrará na carteira da GT Radial como um pneu líder em conforto para veículos ligeiros, e estamos convictos que se converterá rapidamente como uma opção muito popular para os automobilistas que procuram um bom nível de quilometragem, uma condução silenciosa e suave, uma grande manobrabilidade e uma importante poupança no consumo de combustível”.


P PRODUTO

UNIROYAL. O NOVO TUBARÃO CHEGOU ÀS ESTRADAS RainExpert 3 é o nome do novo pneu de chuva da marca da Continental, que traz novas e sofisticadas tecnologias, com uma ampla variedade de medidas. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

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ão podia haver melhor local para fazer a apresentação do novo RainExpert 3 do que o Oceanário de Lisboa. Tudo porque o tubarão é a nova coqueluche da Uniroyal, marca Quality do universo Continental. A pele de tubarão é conhecida por diminuir significativamente o deslocamento deste predador marinho. Inspirados no desenho da pele de tubarão, os engenheiros da Uniroyal desenvolveram uma estrutura de superfície com cortes finos nas saliências dos sulcos semelhantes à pele deste predador. Tendo como prioridade o excelente desempenho em piso molhado, premissa base a todos os produtos da marca Uniroyal, 20

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

o RainExpert3 foi concebido tendo em vista a melhoria da performance em piso seco, a redução dos níveis de ruído, um desgaste uniforme ao longo de toda a vida útil do pneu e menor resistência ao rolamento. Em situações meteorológicas adversas os pneus assumem um papel preponderante na segurança dos condutores e no desempenho global do veículo. Em piso molhado o desenho do piso do pneu é o fator mais importante. É aqui que a Uniroyal aposta na inovação com os seus desenhos de piso que otimizam o fluxo da água. Os engenheiros da Uniroyal tinham como principal desafio no desenvolvimento do RainExpert 3 conceber um pneu com a melhor performance em piso molhado, mas que

garantisse os mesmos níveis de desempenho em piso seco. O RainExpert3, explica Ricardo Martins, da Continental, foi desenvolvido recorrendo à mais moderna tecnologia com vista ao alcance de três objetivos específicos: travagem em piso molhado versus aquaplanagem; desempenho em piso seco versus desempenho em piso molhado; e abrasão, ruído, resistência ao rolamento versus desempenho em piso molhado. Assim, o RainExpert 3, com o seu padrão assimétrico desenvolvido a partir de um composto otimizado para piso molhado, garante um melhor desempenho ao nível da travagem, minimizando os riscos de aquaplanagem. Além disso, o recurso à Shark


SHARK SKIN TECNOLOGY No RainExpert 3, a estrutura da pele de tubarão é transferida para os sulcos longitudinais do padrão do piso, que tem por vantagem expelir a água de forma muito mais rápida, graças à menor turbulência da água. O pneu RainExpert 3 apresenta como característica a estrutura de superfície com cortes finos nas saliências dos sulcos como na pele de um tubarão. Desta forma, a turbulência da água na superfície dos sulcos é minimizada e o pneu permite uma elevada segurança em termos de aquaplanagem. AQUASIPE O efeito de otimização do fluxo também é utilizado pelas AquaSipes. Estas apresentam como vantagem um deslocamento mais rápido nos sulcos laterais através do efeito de aspiração, em pneus novos. Em pneus com um desgaste de 50%, a tecnologia AquaSipes permite um alargamento da secção transversal a fim de contrariar a menor proteção contra a aquaplanagem provocada pelo desgaste.

DISTRIBUIÇÃO OTIMIZADA da rigidez dos blocos Esta tecnologia possibilita a redução da inclinação dos blocos e a consequente utilização otimizada da área de contacto com o solo, dando origem a distâncias de travagem mais curtas em piso seco e baixa resistência ao rolamento.

ULTIMATE FLOW STRUCTURE A estrutura do padrão do piso otimiza o fluxo e promove um rápido deslocamento volumétrico, o que confere uma elevada segurança em termos de aquaplanagem. A Ultimate Flow Structure garante ao RainExpert 3 um padrão do piso com sulcos acentuados e longos com elevado volume, que otimiza o fluxo e promove um rápido deslocamento volumétrico. Tal como a tecnologia pele de tubarão, a Ultimate Flow Structure apresenta como benefício uma elevada segurança no que respeita à aquaplanagem. GENTLE SOUND CONFIGURATION A tecnologia Gentle Sound Configuration permite um baixo ruído interior ao longo da vida útil do pneu graças a uma excitação reduzida e uniforme em todas as frequências e um desgaste regular. RAIN TYRE COMPOUND A tecnologia Rain Tyre Compound permite a transferência de forças de travagem elevadas devido a um maior amortecimento do composto do piso, o que proporciona curtas distâncias de travagem em piso molhado. A Rain Tyre Compound possui também cadeias de polímeros mais estáveis que reduzem as perdas de atrito. Isto significa que esta tecnologia tem como benefício distâncias de travagem curtas em piso seco e baixa resistência ao rolamento.

CONTACTOS

UNIROYAL RESPONSÁVEL RICARDO MARTINS TELEFONE 252 499 234 WEBSITE www.uniroyal.pt

Skin Technology (SST) diminuiu a resistência ao deslocamento e acelera o desvio da água da superfície de contacto do pneu. A nova geração de padrões assimétricos do piso combina as vantagens da assimetria clássica (piso seco) com as dos padrões que otimizam o fluxo de desvio das águas de forma a evitar o risco de aquaplanagem, garantindo semelhante desempenho em piso seco e em piso molhado. A introdução deste novo modelo Uniroyal garante uma cobertura da marca ao mercado nacional nas dimensões de jante igual ou inferior a 16’’ de cerca de 97 por cento e de 84 por cento nas dimensões de jante igual ou superior a 17’’, uma vez que a gama contempla ainda, nos pneus de verão, o Rain Max 2, o RainSport3 e o Rallye 4x4 street.

DISTRIBUIÇÃO REFORÇADA A Uniroyal, marca do segmento Quality da Continental, vai também reforçar a sua distribuição a nível nacional, com a diversificação dos canais de distribuição. Mantém a sua forte relação com a Garland na distribuição dos pneus da marca Uniroyal, mas vai também passar a apostar numa estratégia de distribuição direta aos agentes recomendados da Continental, refere Ricardo Martins, diretor de marketing da Continental. Este mesmo responsável refere ainda que a Uniroyal tem espaço para crescer no mercado e algumas das medidas do novo pneu RainExpert 3 serão produzidas na fábrica portuguesa. A produção começou no final de Outubro e a totalidade das medidas estará disponível no mercado durante o primeiro trimestre de 2015. Quanto ao preço dos pneus da Uniroyal, Ricardo Martins refere que, em média, são pneus 10% mais baratos do que os Continental equivalentes.

3 PONTOS-CHAVE DO RAINEXPERT 3

Surgiram três possíveis conflitos de interesses no desenvolvimento deste pneu. O primeiro diz respeito à travagem em piso molhado e aquaplanagem. A solução passou por usar um padrão assimétrico do piso com um composto otimizado para aderência em piso molhado de forma a melhorar a travagem nessas condições. A Shark Skin Technology (SST) é utilizada como compensação. Esta tecnologia possui uma estrutura de sulcos otimizada e AquaSipes para manter o nível de aquaplanagem. Por outro lado, como compatibilizar o desempenho em piso molhado e em piso seco? A solução encontrada passou por uma nova geração de padrões assimétricos do piso que combinam as vantagens da assimetria clássica (comportamento em piso seco) com as dos padrões que otimizam o fluxo (aquaplanagem). Por último, a questão do conforto, do ruído, resistência ao rolamento e como isso afeta o desempenho em piso molhado. A Uniroyal usou um padrão assimétrico do piso que melhora as condições de desgaste e o ruído. Ao mesmo tempo, o nível de aquaplanagem é mantido graças à estrutura de sulcos que otimiza o fluxo, a Shark Skin Technology (SST) e as AquaSipes. Além disso, o composto do pneu de chuva reduz a resistência ao rolamento sem produzir nenhum efeito negativo nas propriedades de travagem em piso molhado ou seco.

FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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P PRODUTO

Marcos Teixeira foi o último campeão com pneus Mabor, ao volante de um Datsun 1.2, no Troféu Datsun, em 2005. Não foi exatamente no seu (que estava em exposição) mas tivemos oportunidade de dar três voltas ao Circuito Vasco Sameiro à pendura. Sempre a fundo.

MABOR. SPORT-JET 3 REFORÇA APOSTA NA MARCA PORTUGUESA Lançamento mundial foi feito em Portugal, no Circuito Vasco Sameiro, em Braga. Novo pneu aumenta oferta disponível e garante maior rentabilidade para os canais de venda da marca. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

A

Continental está apostada em devolver à Mabor a força que já teve e em capitalizar a forte notoriedade que ainda tem no nosso país. Uma marca portuguesa, com boa parte da produção feita na fábrica de Lousado e que agora lança, seis anos depois da última novidade, um novo pneu: o Sport-Jet 3.

Já está disponível no mercado nas jantes entre 15 e 18 polegadas divididas por cerca de 30 medidas diferentes, para ligeiros e SUV. O mercado está a evoluir nas jantes maiores, o que obrigou a esta aposta da Mabor que passa assim a ter uma oferta mais completa nesta área, que se junta à oferta nos segmentos mais baixos. 22

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

“Há seis anos apostámos na revitalização da marca. Especialmente em Portugal fazia sentido e foi um sucesso tão grande que a Continental decidiu investir no desenvolvimento, que podemos agora ver neste novo pneu. É uma marca portuguesa, para Portugal e para o mundo”, explica José Luís de la Fuente, diretor-geral da Continental Pneus Portugal (CPP). O novo pneu é comercializado nos mercados belga, espanhol, polaco, holandês, russo e português. A evolução face ao Sport-Jet 2 incidiu sobretudo no design do piso e em melhores compostos, herdados do forte knowhow do grupo. O desenho assimétrico do

piso e o ombro exterior fechado e sólido proporcionam uma resposta direta em curva e, consequentemente, um aumento da estabilidade na condução. Para o condutor, estas características permitem um andamento preciso e desportivo e também um aumento da segurança em piso seco e molhado. O SportJet 3 foi desenvolvido


para um desempenho mais económico, não só por o pneu apresentar um desgaste mais uniforme, mas também devido à poupança que resulta da redução do consumo de combustível e à elevada quilometragem que permite. Os blocos largos combinados com a profundidade dos canais circunferenciais e o composto de sílica de última geração produzem uma menor resistência ao rolamento e uma maior resistência ao desgaste. O ruído de rolamento é agora inferior e isso leva a que as vibrações inerentes ao pneu sejam distribuídas por uma superfície maior e diminuição de emissão de ruído, havendo, consequentemente, um aumento do conforto para os passageiros e uma redução da poluição sonora ambiental. A etiqueta do novo pneu apresenta categoria “E” na eficáciadecombustível e “C” na travagem em piso molhado.

IMAGEM FORTE A Mabor é uma marca com uma imagem muito forte em Portugal, onde foram vendidas, este ano, 200 mil unidades. “Com este novo pneu queremos crescer tanto em vendas como também na notoriedade da marca e na presença no mercado”, explica José Luís de la Fuente. Segundo um estudo efetuado pela Continental, a Mabor goza de um índice de notoriedade e de reconhecimento no mercado nacional comparável a uma marca premium. Para além de que a Mabor é, no universo das

DISTRIBUIÇÃO DIVERSIFICADA

Este foi o primeiro pneu da Mabor desenvolvido por engenheiros portugueses, em 1946

marcas budget, aquela que goza de maior notoriedade. Em Portugal é a segunda marca do grupo, à frente da Uniroyal (marca Quality) e, no preço, fica entre 25 a 30% abaixo da Continental para medidas equivalentes. A Mabor sempre esteve ligada à competição e às corridas. Agora a marca poderá voltar a alguns eventos, mas a direção de marketing não quis revelar ainda muitos pormenores. “Queremos estar mais perto dos desportos motorizados”, garante o responsável da Continental em Portugal.

A Mabor não prevê alterações nos seus canais de distribuição. “Temos o canal dos grandes distribuidores em Portugal que distribuem a marca para todo o país e depois temos um grupo de casas de pneus dedicadas que também trabalham a nossa marca”, explica Ricardo Martins, diretor de marketing da Continental Pneus Portugal. São exemolos a Recauchutagem Ramôa, a Pneuvita ou a Recauchutagem Nortenha. Além disso, a Mabor vende diretamente a alguns grupos de auto-centers, sendo que um dos maiores clientes é a Roady. “Para estes parceiros o que este novo pneu traz é o aumento da cobertura nos pneus de alta performance, uma vez que está disponível também em jantes 17 e 18”, acrescenta o responsável de marketing. O Sport-Jet 3 vem juntar-se a uma gama composta pelos Street-Jet 2 e Van-Jet 2 (para comerciais). “O que vamos proporcionar aos nossos parceiros é mais negócio porque vão ter mais gama disponível para trabalhar. A rentabilidade da marca também é grande, com uma margem maior do que qualquer outra marca budget. Uma das vantagens é que esta é uma marca que não se vende, compra-se”, sublinha Ricardo Martins.

FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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R R

R E P O R TA G E M

R E P O R TA G E M

DONTYRE. 50 MARCAS DE PNEUS DISPONÍVEIS Há pouco mais de um ano em Portugal, a Dontyre possui uma experiência de 35 anos no mercado espanhol. Um dos argumentos da sua oferta são as 50 marcas de pneus que representa para veículos ligeiros e pesados. TEXTO PAULO HOMEM

C

om uma presença muito forte no mercado espanhol, a Dontyre está apostada em trabalhar o mercado português de uma forma cautelosa.

Porém, ao nível do produto, a Dontyre tem como argumento a sua extensa oferta de pneus, com o portfólio de 50 marcas em todos os segmentos de mercado. Quer no segmento dos veículos ligeiros quer no segmento dos veículos pesados a bandeira da Dontyre é a marca Falken, da qual a empresa é representante em exclusivo para o mercado espanhol. É também através desta marca que a Dontyre tem vindo a trabalhar de perto com as casas de pneus, apostando num relação de proximidade mas também num conjunto de ações diferenciadoras para a dinamizar no nosso país, até porque se trata de uma marca que não é desconhecida pelo comércio de pneus no nosso país.

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TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

Para além da Falken, a Dontyre disponibiliza marcas Premium, Quality e Budget, numa oferta muito alargada de medidas, dizendo António Grilo, responsável da empresa espanhola em Portugal que “somos obrigados a ter o que o mercado nos pede e atualmente os clientes pedem-nos o mais barato. A nossa oferta inclui diversas opções de preço em diferentes medidas, indo de encontro aquilo que o cliente, seja em ligeiros seja em pesados, procura”. A oferta da Dontyre contempla ainda outros segmentos, como é o caso dos pneus agrícolas onde a Dontyre vende em Portugal a sua representada Cultor, sem esquecer os pneus industriais e também os pneus de moto. Igualmente associado ao negócio dos pneus, a Dontyre tem disponívis alguns consumíveis para casas de pneus (pesos,

colas, barras de colar, etc), numa oferta não muito extensa mas que se baseia nas necessidades dos retalhistas.

GRÃO A GRÃO A partir do momento em que entrou no mercado português, a Dontyre optou por uma estratégia clara em termos de área geográfica de ação, até porque não tinha como objetivo estar presente de norte a sul de Portugal nesta primeira fase. “A aposta da Dontyre passa por crescer regionalmente. Primeiro tenta implementarse numa determinada região e só depois de consolidar a sua atividade nessa região é que investe noutra”, refere António Grilo, explicando que “neste momento estamos concentrados em trabalhar toda a zona sul de Portugal com grande implementação no Alentejo, embora existam clientes pontuais


noutras regiões até porque temos também o online”.

LOGÍSTICA Não se pode comparar a presença da empresa em Portugal e em Espanha, onde a realidade é bem distinta embora o conceito de negócio não o seja assim tanto. A Dontyre possui 11 armazéns, mas o conceito de negócio é semelhante, já que a empesa possui uma forte presença nas regiões em que opera. O stock permanente em Espanha está avaliado em termos médios nos 10 milhões de euros em pneus, sendo que o mercado português é normalmente abastecido através de Zafra, em Espanha, onde está o armazém principal e a sede da empresa (por sinal bem perto de Portugal). Um recente acordo com uma empresa portuguesa na área da distribuição logística,

permite que a todas as encomendas sejam entregues aos clientes num prazo máximo de 24 horas.

ONLINE Outra forma de estar próximo do universo Dontyre é através do website de vendas online disponível em www.dontyre.com. Porém, atendendo à política traçada de acompanhamento aos clientes, e como forma de os contactar diretamente, existe um processo que passa sempre “por ter uma primeira abordagem ao cliente de modo a conhecê-lo melhor. Nesta fase, o nosso objetivo não é abrir clientes de qualquer forma, mas sim ter uma relação de proximidade com eles, pois julgamos que isso é importante tendo em conta a forma como queremos trabalhar com eles”, refere António Grilo, reforçando que “proximidade e parceria

constante com nosso cliente são valores em que apostamos muito na Dontyre”. Não tendo para já qualquer armazém em Portugal, António Grilo explica que isso é uma consequência da estratégia seguida pela empresa, afirmando que “queremos consolidar a nossa presença em cada região e só depois abrir um armazém. Por isso, acredito que no futuro a Dontyre possa vir a abrir vários armazéns, a exemplo do que tem em Espanha, onde em 90 minutos consegue fornecer os seus clientes”.

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DONTYRE RESPONSÁVEL ANTÓNIO GRILO TELEFONE 913 654 462 E.MAIL antonio.grilo@dontyre.com WEBSITE www.dontyre.com

FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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proporcionem bons negócios no retalho e o reconhecimento da qualidade/preço do transportador”.

R E P O R TA G E M

GARLAND PNEUS. ORIENTAÇÃO TAMBÉM PARA OS PESADOS Parte de uma grande empresa logística, a Garland Pneus comercializa sete marcas de pneus, sendo que na maioria delas existe uma oferta estrategicamente definida de pneus para veículos pesados, onde sobressaem as novidades da Primewell. TEXTO PAULO HOMEM

O

s pneus para camiões fazem parte da história da Garland Pneus. Desde que a empresa iniciou a sua atividade, há quase uma década, que foi estratégico para esta empresa disponibilizar desde logo uma oferta orientada neste segmento dos veículos pesados.

Neste momento a Garland Pneus comercializa as marcas de pesados Continental, Uniroyal e Primewell em pneus radiais e Mitas em pneus diagonais. “Estas marcas têm pneus para todo o tipo de veículos pesados e para todos os serviços”, refere Jorge Sousa, Diretor Geral da Garland Pneus, explicando que “a marca com mais representatividade em vendas é a Primewell”.

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TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

A oferta é pois constituída por marcas Premium (Continental), marcas Quality (Uniroyal e Mitas) e a Primewell como marca Budget, disponibilizando a Garland Pneus uma oferta estruturada em termos de qualidade e preço. A este respeito, Jorge Sousa diz que “as marcas comercializadas pela Garland Pneus não têm como único objetivo o preço, contudo têm que ser vendidas aos preços que o mercado pratica em cada segmento. A qualidade, fiabilidade, rentabilidade, visibilidade entre outros fatores são muito importantes para que as nossas marcas

STOCK Do elevado número de referências que a Garland Pneus tem em stock, uma parte representativa diz respeito aos pneus para veículos pesados. Atualmente a oferta da empresa é de cerca de 1.500 pneus em stock, levando Jorge Sousa a comentar que “devido ao elevado impacto financeiro deste segmento de pneus, temos um elevado stock disponível e um rápido sistema de distribuição”. Por isso, a estratégia da Garland Pneus ao nível dos pneus de pesados passa por “solidificar e aumentar as vendas no retalho e reforçar a visibilidade / notoriedade das marcas que comercializamos no mercado”, explica Jorge Sousa. O modelo de distribuição está assente sobretudo na relação com o retalho de pneus, embora a especificidade de negócio dos pneus de pesados “tenha imposto alguns clientes mais dedicados a este segmento do mercado”, refere o mesmo responsável, que acrescenta que “apesar de apenas vendermos pneus aos nossos clientes, ou seja, ao retalho, fazemos também ações de promoção e divulgação de produto nas frotas de pesados. Sempre que necessário a frota é acompanhada tecnicamente”. Ações de informação, formação, campanhas de preços e promocionais para divulgação dos produtos, fazem parte do plano comercial da Garland Pneus.


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GARLAND PNEUS DIRETOR GERAL JORGE SOUSA TELEFONE 229 478 387 E.MAIL jorge.sousa@garland.pt WEBSITE www.garland.pt

NOVIDADES Não menos importante para a Garland Pneus são as vendas online (B2B), que representam vendas globais superiores a 42%. “Este valor tem aumentado nos pneus pesados mas a um ritmo inferior aos outros segmentos de pneus” diz o Diretor Geral da Garland Pneus, anunciando que “brevemente vamos lançar uma nova página de internet mais apelativa e que vai potenciar a eficiência, rigor, qualidade de informação e redução de tempo para consultas e efetivação de encomendas”. Por falar em novidades, também ao nível do produto a Garland Pneus tem vindo a aumentar o seu portfólio. “Recentemente introduzimos o novo pneu de reboque regional da Primewell PTR721, que tem obtido excelentes resultados, aos quais o mercado está a reagir positivamente”, afirma Jorge Sousa. Diga-se que ainda este ano a Garland Pneus vai lançar o novo piso direcional Primewell PSR125 “combi road”, para utilização regional e internacional. Brevemente vai lançar também o novo pneu de reboque internacional PTL719 e um novo pneu de tração internacional PDL317.

A GARLAND E A GARLAND PNEUS A Garland Pneus Lda iniciou a sua atividade em 2005, distribui pneus no território nacional, através de dois armazéns, com entregas bidiárias em Lisboa e Porto, em 24 horas em qualquer ponto do país. Suportado por uma plataforma B2B, equipa de atendimento telefónico permanente e uma equipa de vendas que cobre todo o território nacional, tem um elevado stock de pneus, das marcas Continental, Nokian, Uniroyal, Kenda, Runway, Primewell e Mitas, nos segmentos de pneus ligeiros, comerciais, SUV, 4x4, pesados, industrias, agrícolas e florestais. A Garland Pneus é uma empresa do Grupo Garland Laidley, que está presente em Portugal desde 1776 e através da sua história criou uma reputação em Portugal e no estrangeiro pela qualidade do seu acompanhamento ao cliente em muitas áreas de negócio. O Grupo Garland negoceia sob a marca corporativa - GARLAND – com o lema “ALL IN ONE WORLD”. O Grupo é agora composto pelas seguintes companhias subsidiárias da companhia mãe a Garland Laidley SGPS: Garland Trânsitos, Garland Navegação, Garland Pneus, Garland Logística, Garland Transportes, Garland Paletes Expresso, Garland Gestão Imobiliária e Ocidenave. Refira-se que o Grupo tem também grandes investimentos na K-Line Portugal, PSL Freight Ltd (Reino Unido) e Anacondaweb (Chile).

PRIMEWELL: O 4.O MAIOR PRODUTOR DE PNEUS DE CAMIÃO A marca Primewell é fabricada pela GITI, atualmente no top 10 dos maiores fabricantes mundiais. Com presença global e fábricas na Ásia, a Primewell é uma marca global com produção de pneus ligeiros, 4x4, SUV, van e, naturalmente, pesados. Criada em 1993, começou pela produção de pneus de bicicleta e, como resultado de constantes investimentos no desenvolvimento tecnológico, tornou-se num fabricante de pneus de sucesso reconhecido mundialmente. O acordo de comercialização e produção estabelecido com a Michelin em 2004 possibilitou novos desenvolvimentos com participações acionistas. Fabricante de diversas marcas de pneus radiais e diagonais, de vários segmentos, com oito unidades de produção em vários países, com grandes preocupações ambientais, exporta pneus para mais de 100 países, com mais de 400 investigadores em R&D, ocupa o 9º lugar no Ranking Mundial Global de fabricantes de pneus e em 4º lugar em produção de pneus para camião. Os pneus Primewell são produzidos segundo as diretivas legais da União Europeia. Os testes para obtenção dos certificados de E–mark, Segurança e Ruído, foram auditados e confirmados pela “TUV NORD”. Atualmente todas as suas unidades de produção estão certificadas de acordo com as normas ISO9001:2000 e ISSO/ TS 16949:2002. Adicionalmente, todas as unidades obtiveram ou estão em fase de obter o Certificado de Sistema de Administração Ambiental ISO14001.

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U UM DIA COM

SÓPNEUS. EM CASA COMO NA ESTRADA Não são “anjos da guarda” mas andam lá perto. O serviço de assistência móvel a pneus 24 horas da Sópneus resolve muitos problemas aos seus clientes transportadores. Foi exatamente isso que fomos verificar à estrada. TEXTO PAULO HOMEM

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izer que que se tem é uma coisa, mostrar, na prática, aquilo que se diz é outra coisa bem diferente. Foi esse o desafio que lançamos à Sópneus, conhecido retalhista de pneus a nível nacional, que disponibiliza para os seus clientes três carrinhas de assistência móvel a pneus de veículos (nomeadamente pesados). O desafio foi precisamente acompanhar no terreno a intervenção de uma destas carrinhas, de modo a conhecer melhor o serviço que as mesmas podem fazer e em que condições o podem realizar. Para quem faz da sua atividade o transporte de pessoas ou mercadorias em veículos pesados, reconhece que o tempo é dinheiro. É por isso que este tipo de serviço de assistência móvel a pneus funciona quase como um “anjo da guarda” para os frotistas que sabem que um problema com um pneu afinal tem um resolução bem mais rápida e com menos 28

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custos do que aquilo que se poderia supor inicialmente.

NA ESTRADA O dia em que tivemos oportunidade de testemunhar esta realidade do serviço de assistência móvel a pneus 24 horas não poderia ter sido mais elucidativo. O serviço está sempre funcionar mas, obviamente, que o maior volume de trabalho coincide com as alturas de maior tráfego de pesados nas estradas. Presente pela manhã nas instalações da Sópneus, em Gaia, foi uma questão de esperar um pouco até tocar o telefone. Um camião da empresa Gossitrans, conduzido pelo experiente Manuel Teixeira (há 27 anos como motorista, 25 dos quais no transporte internacional), transitiva do Porto de Matosinhos para Guimarães com um contentor carregado de matéria-prima

para uma fábrica têxtil. Poucos quilómetros fez neste seu primeiro serviço do dia, até que detetou um furo (lento) no pneu de direção direito do seu camião, pelo que aproveitou para parar logo na Estação de Serviço de Matosinhos para verificar o problema, antes do pneu ficar totalmente sem ar. Resolveu meter mãos à obra e substituir o pneu com os meios próprios, o que não contava é que o pneu suplente estivesse... sem ar. Foi nessa altura que tocou o tal telefone na Sópneus. Identificado o cliente e o local da assistência, bem como o tipo de intervenção a fazer (poderia ser necessário levar um pneu de substituição), Paulo Fontes, experiente técnico da Sópneus em matéria de pneus de pesados, depressa se dirigiu à ocorrência. “A partir do Porto podemos fazer intervenções entre Leiria e Bragança, porém as mais comuns são num raio de 50 km das nossas instalações”, começa por dizer Paulo Fontes


que, neste caso, demora cerca de 20 minutos a chegar perto do camião a ser assistido. Analisado o problema localmente, depressa Paulo Fontes coloca “ativos”os meios técnicos na carrinha que estão ao seu dispor e que lhe permitem fazer o serviço. Uma desmontadora / montadora sai pela lateral como se fosse a cabeça de uma tartaruga a sair da carapaça, compressor ligado e outros equipamentos e acessórios permitem uma rápida intervenção (cerca de uma hora e meia). “Aqui temos condições ideais para trabalhar, pois estamos num parque de estacionamento, mas muitas vezes a assistência tem que ser prestada na berma da auto-estrada quando acontece, por exemplo, um rebentamento, o que torna tudo mais complicado e arriscado”, refere este técnico”, dizendo que “neste casos chega a ser necessário interromper uma faixa, o que nem sempre agrada à Polícia”. Diz Paulo Fontes que sempre que o espaço

para realizar a assistência é reduzido, como acontece na berma da auto-estrada, o método usado para desmontar o pneu da jante é o tradicional (usando ferros), o que “até é mais rápido, mas muito mais cansativo”. Com o cliente da mercadoria a reclamar pelo atraso na entrega (devia ter sido às 10 horas e já eram 11h15), nem por isso Paulo Fontes se sente pressionado. O trabalho de reparação do pneu furado foi realizado com um enorme profissionalismo e celeridade, mas existem procedimentos e regras a cumprir. Aproveitase também para fazer uma inspeção visual a todos os outros pneus, bem como dar algumas sugestões ao motorista sobre os respetivos pneus da viatura que conduz. “Existem clientes que não abdicam em matéria de pneus e fazem uma manutenção rigorosa, outros levam os pneus para lá dos seus limites de desgaste, incorrendo normalmente em mais custos. De qualquer

“A PARTIR DO PORTO PODEMOS FAZER INTERVENÇÕES ENTRE LEIRIA E BRAGANÇA, PORÉM AS MAIS COMUNS SÃO NUM RAIO DE 50 KM DAS NOSSAS INSTALAÇÕES”

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SÓPNEUS DIRETOR GERAL: PEDRO JALES TELEFONE 227 169 100 E.MAIL gaia@sopneus.com WEBSITE www.sopneus.com

FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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U UM DIA COM

“ESTAMOS FORTES NOS PESADOS” Há quantos anos dinamizam o serviço de assistência móvel? Há cerca de 12 anos que o fazemos. Quase fomos forçados a isso quando deixamos de poder fazer serviço de pesados no Porto (por causa de umas obras), optando por utilizar uma carrinha que fazia o serviço fora de portas. Desde que fomos para as instalações de Gaia e de Lisboa este serviço de assistência móvel foi sendo cada vez dinamizado e assumindo uma importância muito grande para os nossos clientes na área dos pesados. Atualmente, estamos muito fortes nos pesados. Quantas carrinhas têm no serviço de assistência móvel? Já contamos que com três carrinhas de assistência móvel há alguns anos, com todos os meios necessários para efetuar este serviço. Temos uma carrinha nas nossas instalações de Lisboa e duas no Porto, que nos permitem ter uma excelente cobertura do território nacional. Para além de serem um Truck Point, que é a rede de pesados da Bridgestone, integram outras plataformas europeias de assistência móvel a pesados? Para além da Bridgestone com o Truck Point, estamos também com outras marcas. Estamos ainda com outras plataformas fora das companhias de pneus, como Euro Service, Diret TIR, entre outros. Não podemos esquecer também os nossos clientes que recorrem diretamente à Sópneus, sendo por esta via que trabalhamos com a maioria dos clientes. Temos ainda alguns acordos com outros parceiros, em determinadas regiões de Portugal, que subcontratamos para prestarem o serviço. O nosso nível de serviço e de relação com o cliente obriga a termos todas as soluções de assistência para ele. É um serviço cada vez mais solicitado? O nosso serviço tem uma componente de SOS e uma componente de programação dos serviços. Em qualquer dos casos são serviços cada vez mais solicitados pelos nossos clientes. Existem contratos de manutenção preventiva? Temos com muitos dos nossos clientes contratos de manutenção preventiva, com periodicidades definidas, em que nos deslocamos ao parque de frota do cliente para medir pressões, verificar desgaste, efetuar a rotação, frisar, abrir rasgos, repor válvulas, entre outros serviços. O objetivo é otimizar os pneus de uma frota de modo a evitar que surja aquilo que não se pretende, isto é, um problema com os pneus quando o pesado está em serviço. Aconselhamos também o cliente quais as melhores opções a tomar na área dos pneus, através de uma equipa técnico-comercial que tem muita experiência e conhecimento. Em todos os nossos serviços, todos os dados são registados por veículo, sendo também fornecidos ao cliente. Que marcas de pneus de pesados comercializam? Temos todo o tipo de marcas, desde o produto Premium até ao produto mais económico. Para nós é fundamental ter capacidade de resposta, o que é uma realidade, mas o mais importante é aconselhar bem o cliente para que ele opte pela melhor solução em função do tipo de frota que dispõe.

Pedro Jales, Diretor-Geral da Sópneus

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forma, todos os nossos clientes são avisados de que devem fazer uma correta manutenção dos pneus, pois sabemos o histórico dos mesmos”, revela Paulo Fontes. Depois da intervenção técnica e da vistoria aos pneus, é altura de preencher um relatório com o serviço efetuado. Neste relatório ficaram registados todos os dados do cliente, bem como do veículo e, sobretudo, dos pneus. Trata-se de um histórico muito valioso para a Sópneus, que lhe permite depois ser bastante pró-ativa com os seus clientes na manutenção dos pneus da frota.

NA CASA DO CLIENTE Resolvido o problema, Paulo Fontes já tinha programada uma visita a um outro cliente. Neste caso não era para fazer qualquer intervenção técnica, mas sim para dar um parecer sobre a rotação e troca de pneus nos camiões de uma frota. “As frotas sabem que temos muita experiência e querem, muitas vezes, ouvir os nossos conselhos sobre os pneus”, refere o técnico da Sópneus. Aliás, é igualmente muito frequente a Sópneus fazer deslocar as suas três carrinhas (uma está em Lisboa e duas estão no Porto) de assistência móvel a pneus aos parques das frotas, de modo a efetuar a manutenção (ou outros serviços programados ou não) dos veículos da frota. Nestas deslocações, mais uma vez, a recolha de dados e informação sobre os pneus da frota é fundamental para a Sópneus. Nem sempre a assistência é feita a frotas de pesados, por vezes existe também a assistência a outros veículos em que os custos de deslocação às instalações da Sópneus era mais difícil e caro, como é o caso dos empilhadores. Mas as soluções não se ficam por aqui. Atendendo à grande proximidade e confiança que existe entre a Sópneus e alguns clientes, também acontece um técnico da Sópneus ir buscar um camião ao cliente para ser intervencionado aos pneus nas instalações deste retalhista e depois o mesmo ser-lhe entregue. “Este serviço de assistência móvel é uma enorme vantagem para os nossos clientes”, assegura Paulo Fontes, que afirma: “Gosto muito do que faço e sinto que lhes resolvemos problemas rapidamente que muitas vezes nem eles estavam a contar”. Nesta profissão, que chega até a ser arriscada (não é de todo fácil prestar assistência a um rebentamento de um pneu numa autoestrada), Paulo Fontes recorda muitas e muitas histórias, mas sempre com uma “atitude de serviço e de satisfação do cliente”.



E E N T R E V I S TA

KUMHO TIRE. “É IMPORTANTE ESTAR COM O RETALHISTA E COM A FROTA”

Desde o final de 2013 que a Kumho Tires fez uma forte ofensiva no mercado português, apostando em novos distribuidores para a área de pneus de pesados (e também de ligeiros), enquadrada numa estratégia ibérica, agora explicada por Luis Hernández. TEXTO PAULO HOMEM

A

Kumho Tires, através da suas marcas Marshal e Kumho, comercializa pneus de camião há já mais de 20 anos, através de importadores para o mercado português. Atualmente a marca Kumho em pneus para pesados é comercializada em Portugal pela Pneus da Cruzeiro (Póvoa da Lanhoso) e pela Distrityres (Mação). A TURBO OFICINA PESADOS falou com Luís Hernández, diretor de marketing da Kumho Tires para a região ibérica, sobre o presente e o futuro da Kumho em Portugal nos pneus de pesados. Qual é a abrangência da oferta (a gama) de pneus para veículos pesados (camiões e autocarros)? A Kumho tem uma das gamas mais extensa de produtos para cobrir as necessidades do 32

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

mercado, desde os pneus de perfis baixos das séries 55, 60 e 70, até aos mais convencionais da série 80 para todo o tipo de aplicações, isto é, para transporte internacional, regional, obras, misto para obras, fora de estrada e autocarros urbanos. Temos oferta para jantes de 17,5 a 22,5 polegadas. Qual o posicionamento em termos de produto e de qualidade / preço dessa oferta? Pelo nível de qualidade do produto, rendimento que oferecem e pela extensa gama de medidas, o posicionamento dos pneus Kumho é de uma gama Premium com um nível de preço que se posiciona a seguir às marcas top do mercado, nomeadamente Michelin, Bridgestone e Continental. Destaco ainda o valor da carcaça, dada a qualidade da mesma, sendo um elemento muito valorizado e rentável para o frotista.

Quais são os argumentos principais da marca Kumho nos veículos pesados, para além de um preço mais baixo que os produtos Premium? A Kumho tem um posicionamento preço / qualidade competitivo mas o seu argumento não se baseia unicamente no preço, pois é um produto que oferece uma gama e prestações ao nível das marcas top em toda a sua vida, desde novo até ao recauchutado passando pelo

CONTACTOS

KUMHO TIRES MARKETING LUIS HERNÁNDEZ E.MAIL profesional@kumhotire.es WEBSITE www.kumhotire.es


FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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E E N T R E V I S TA

reesculturado, devido à qualidade das suas carcaças. Qual é o modelo de distribuição que têm para Portugal ao nível dos pneus para pesados? Em Portugal estamos a desenvolver um novo projeto, baseado nas novas oportunidades do mercado. Os novos distribuidores a quem confiamos o desenvolvimento da marca trabalham de formas diferentes e complementares, o que faz com que os sistema encontrado seja compatível a 100%. A visão da frota, assim como a do retalhista, é imprescindível para se obter o êxito esperado. Quantos pneus têm em stock para pesados em Portugal? E noutros armazéns fora de Portugal? Ao trabalhar com distribuidores que realizam a sua própria gestão de stocks, a marca não tem naturalmente nenhum armazém em Portugal. Fora de Portugal existe disponibilidade em alguns armazéns da Europa mas que estão concentrados no consumo local e não estão orientados para fornecer entre países. Porém, no caso de haver alguma necessidade pontual e urgente de algum cliente não existem problemas em fornecer.

Quais são os principais alvos da Kumho em termos de mercado? Frotas de pesados? Casas de pneus? Sublinho a importância de estar com o retalhista e com as frotas. O cliente final, a frota, necessita do trabalho conjunto do fabricante e do retalhista. Um projeto sem vinculação ao serviço base de manutenção é um projeto sem visão do futuro. Novo, manutenção, recauchutado e manutenção é o ciclo completo do serviço. Fazem alguma dinamização dos pneus de pesados diretamente junto de frotas? Este primeiro ano foi dedicado a estabelecer as bases em termos de desenvolvimento de stock e de relançamento da marca no mercado. Sem garantir o fornecimento é difícil alcançar compromissos. Uma vez coberta a primeira fase, prosseguiremos o desenvolvimento necessário para a criação de uma estrutura de serviço para poder realizar as “monitorizações de produto” que iremos desenvolver juntamente com os nossos distribuidores. Devemos ganhar a confiança do condutor pela via da segurança, assim como a confiança do responsável da frota pela rentabilidade do nosso produto.

O CLIENTE FINAL, A FROTA, NECESSITA DO TRABALHO CONJUNTO DO FABRICANTE E DO RETALHISTA 34

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

Qual é a estratégia da Kumho a médio prazo para Portugal nesta área? Sem dúvida que a estratégia passa por recuperar a nível de quota de mercado o lugar que já tivemos, desenvolvendo uma forte relação de parceria com os nossos clientes e apoiar os seus retalhistas e frotas. Está previsto lançar alguma novidade em breve na área dos pneus de pesados? A Kumho quer destacar-se pela sensibilização em aspetos ecológicos e é por isso que os nossos próximos produtos incidem de uma forma muito efetiva na redução do consumo de combustível. Quais são os objetivos da Kumho para Portugal a curto e médio prazo ao nível dos pneus para veículos pesados? Como disse, estamos focados na recuperação da quota de mercado que já tivemos apesar das incertezas do mercado, mas com uma focalização muito importante em criar relações baseadas em parcerias técnicas e económicas com os diferentes operadores de mercado. Qual é a análise que faz do mercado português em termos de pneus para pesados? A ligeira recuperação do mercado, tendo em conta os dados da Europool, não deve fazer-nos pensar que existe uma mudança da tendência… o setor industrial atravessa uma fase critica que afeta tanto setores estatais como privados e, por isso, deve-se ter muita cautela.



D DOSSIER

O

acesso aos portais de vendas online de pneus B2B (entre empresas), que nada têm a ver com os websites de vendas online B2C (entre a empresa e o automobilista), é uma realidade desde 2007, mas a grande maioria dos grossistas que operam neste setor só em 2010 é que passaram a utilizar esta ferramenta junto dos seus clientes. Para além dos website das principais

UROTYRE

www.eurotyre.pt

www.eurotyre.pt

Desde de julho de 2007 que a EuroTyre tem o seu website de vendas de pneus online B2B. Atualmente as vendas por este meio representam 70% das vendas totais. O site permite a consulta de medidas disponíveis, fotos dos pneus, respetivos preços, campanhas em vigor, conta corrente do cliente, envio de email com comprovativo da compra, seguimento de encomendas, sistema de orçamentação para o cliente final com determinação das margens por marca, percentualmente ou por preço fixo de cada artigo. Ao aceder, pela forma como está estruturado o website, permite uma 36

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

PNEUS. SERVIÇOS E PNEUS À DISTÂNCIA DE UM CLIQUE

Nunca foi tão fácil para um retalhista de pneus ou para uma oficina comprar pneus por via da utilização dos websites de vendas online B2B. Atualmente estas plataformas vão muito para além da venda e ajudam-o no seu negócio. Saiba como. TEXTO PAULO HOMEM

marcas de pneus, que apenas oferecem os produtos das marcas por si representadas, os websites dos diversos grossistas que operam em Portugal têm a funcionalidade de, em muitos casos, terem uma oferta de marcas e de produtos muito mais diversificada. Para além das funcionalidades básicas de visualização do stock e da aquisição dos pneus, o estágio de evolução destes websites é enorme pois evitam que o clientes exceda o crédito que

economia de tempo bem como através do sistema de orçamentação, pode ser usado como ferramenta de venda para o consumidor final. Ao ter também toda a informação financeira disponível (cheques emitidos e respetivas datas, cópia das facturas e recibos, etc ) permite um relacionamento online com a própria Eurotyre. Associado às vendas online B2B existe um desconto extra de 0.25€ por pneu. Neste website são disponibilizados ao cliente todas as marcas representadas com especial incidência marcas privadas Infinity, Interstate, Viking e agora também a Marshal.

MANUEL FÉLIX

“Pensamos que pela facilidade de utilização, rapidez na consulta, forma muito fácil de efetuar encomendas (com três cliques do rato pode fechar a encomenda), disponibilização de um sistema de cores para identificar as marcas, o nosso site distingue-se pela positiva em relação aos da nossa concorrência. O sistema de orçamentação também é o único no mercado que permite a fixação de preços para cada medida”.

tem, como lhe fornece ferramentas de orçamentação que permitem por um lado saber o lucro em cada pneu como informar o cliente do custo a pagar. Este é apenas um exemplo das muitas virtudes destas plataformas web, mas nos textos que editamos de seguida com as empresas que decidiram colaborar neste trabalho, vai encontrar uma série de outras funcionalidades muito úteis para o negócio de qualquer casa de pneus ou qualquer oficina.

TIRESUR

www.tiresur.com

Disponível desde 2011 em Espanha, a entrada da Tiresur em Portugal em fevereiro de 2013 fez com que o website desta empresa também estivesse disponível em português. As vendas por este meio deverão rondar, atualmente, os 60% do volume total de encomendas que chegam à Tiresur. As principais funcionalidades são as consultas de stock, preços, imagens, etiqueta europeia, encomendas, consultas de faturas e estado de pedidos, orçamentação e área de associado Center’s Auto. Segundo a Tiresur este website proporciona uma redução do esforço humano no processo de consulta e encomenda do cliente, permitindo uma maior rentabilização do


FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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OUTROS WEBSITE VENDAS ONLINE DE PNEUS B2B

DOSSIER

www.ihle-ep.com www.portal.chaveca-janeira.pt www.sjosepneus.com www.minhotyres.com areareservada.pneurama.pt www.pneuscruzeiro.com.pt www.nortenha.pt

todas as nossas vendas da Alves Bandeira passam por este suporte informático, no entanto as compras efetuadas diretamente pelos clientes representam cerca de 60%. Os benefícios das vendas online B2B são a procura rápida e concisa do que se pretende incluindo a visualização do pneu (tipo de piso) pretendido. Este ferramenta, além do referido anteriormente, possibilita uma informação que pode ir a determinados detalhes técnicos que ajudam o cliente no aconselhamento correto do produto a utilizar ao cliente final. Principais marcas de pneus de ligeiros comercializados através do site de vendas online? Continental, Mabor, Goodyear, Dunlop, Pirelli, Meteor, Hercules, Zeetex, Maxtrek, Torque, Imperial, Wanli e outros de menor expressão são comercializadas pela Alves Bandeira através do seu website.

PAULO HENRIQUE SANTOS

tempo e recursos do call-center e da estrutura comercial, reduzindo também o risco de erros ou omissões na composição dos pedidos dos clientes. Acima de tudo, o website de vendas online B2B da Tiresur proporcionar ao cliente poupança de tempo e dinheiro na altura da encomenda. As marcas exclusivas GT Radial e Ovation merecem destaque neste website, mas a Tiresur vende também através da sua plataforma as marcas Bridgestone, Continental, Dunlop, Firestone, Goodyear, Michelin, Pirelli, Accelera, entre outras.

ALDO MACHADO

“Pensamos que o nosso site é bastante “user-friendly”, sendo uma ferramenta que se destaca pela sua simplicidade e por conter todas as facilidades presentes nos sites online do mercado grossista de pneus”. 38

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

ALVES BANDEIRA www.alb.pt www.alvesbandeira.pt

“Salientamos o facto do nosso cliente poder fazer e imprimir orçamentos, com os serviços inerentes incluídos, e ainda poder personalizar esse mesmo documento introduzindo o logotipo da sua empresa. É também um excelente “veículo de comunicação” a vários níveis, tanto da nossa parte como do nosso próprio cliente.

AGUESPORT

encomendas.aguesport.com

Muito em breve o site alb.pt, colocado online em janeiro de 2011, dará lugar ao novo endereço www.alvesbandeira.pt. As principais funcionalidades deste website de vendas online B2B são as consultas, encomendas, orçamentos, visualizações e características técnicas dos pneus. Atualmente

Foi em 2009 que a Aguesport resolveu aderir às vendas online B2B, tendo vindo sempre a desenvolver esta plataforma e a integrá-la em todos os serviços da empresa.


As principais funcionalidades website de vendas online B2B da empresa de Águeda são o acesso ao stock, preços, fotos e à conta corrente online de cada cliente. Atualmente, 80% das vendas das vendas de pneus que a Aguesport efetua a clientes chegam por via desta plataforma. O beneficio do B2B para a Aguesport é essencialmente a rapidez de processos e a redução de erros no processamento dos pedidos, enquanto que para o retalhista a redução de custos e acesso à informação de uma forma bastante rápida e assertiva, são outros benefícios. Kumho, Rotalla, Unigrip, Continental, Federal, Mabor, Goodyear, Dunlop, Bridgestone e Firestone, são as principais marcas comercializadas neste website.

PEDRO CONCEIÇÃO

“Hoje em dia os websites são bastante similares, a grande diferença reside na velocidade de processamento das consultas, pormenor onde o nosso se destaca. A consulta de toda a informação da conta PUBLICIDADE

de cliente e programação de margens de comercialização, são outras funcionalidades a ter em conta”.

SÓPNEUS

www.sopneusonline.com

O website de vendas B2B da Sópneus entrou em funcionamento em 2011, representando cerca de 30% total de venda de pneus da empresa. Exclusivamente B2B, este website tem diferentes funcionalidades que passam por todo o processo inerente a uma venda. Numa primeira fase o cliente poderá pesquisar a medida do pneu pretendido, a sua disponibilidade em stock, tendo a possibilidade de o orçamentar no momento e adicioná-lo ao carrinho de compras, sendo que qualquer desconto associado ao cliente fica automaticamente incluído. Na fase posterior poderá realizar a encomenda e aguardar receber a mesma na morada associada à conta ou outra pretendida. A qualquer momento o cliente poderá anular a encomenda. Para além do processo de venda, o portal

SEM QUERER REVELAR DADOS, A DISPNAL GARANTE QUE AS VENDAS ONLINE B2B REPRESENTAM UMA IMPORTANTE PERCENTAGEM NO SEU VOLUME DE FATURAÇÃO permite ainda ao cliente visualizar o histórico da sua conta corrente e os valores não regularizados. Durante o processo de pesquisa o cliente tem ainda acesso a toda a informação associada ao pneu, a sua medida, o piso, o índice de velocidade e carga, os valores da etiqueta, o preço de tabela, o preço de custo, o Ecovalor, bem como um barómetro para posicionar o cliente nos descontos e preços que estão a ser


D DOSSIER

praticados no mercado de venda ao público (B2C). Os benefícios da utilização deste website são os inerentes a qualquer site de vendas online, seja qual for o seu mercado. É prático, é cómodo, informação à distância de um clique, podendo assim haver uma comparação de preços entre as diferentes marcas, tem uma manutenção de baixo custo, não existe horário de funcionamento nem limites territoriais. Para além da venda directa, a utilização deste website pode ser uma porta de entrada para novos clientes nas oficinas. Bridgestone, Firestone, Falken, Michelin, Continental, Goodyear e Dunlop são as principais marcas comercializadas, mas a Sópneus dispõe de um número bem mais extenso de marcas de todos os segmentos.

PAULO COSTA

”O nosso site de vendas possui as características mais importantes inerentes a qualquer espaço de venda online, como verificar todas informações associadas ao produto, o seu preço, a disponibilidade imediata, orçamentá-lo e depois finalizar a compra realizando a encomenda. Contudo como fator de diferenciação destacamos o nosso Barómetro, que é um medidor que informa ao cliente o preço e desconto médio praticado no mercado nacional, de um pneu em específico. Esta informação permite ao cliente que nos adquire o pneu verificar automaticamente o preço que poderá praticar na venda ao público e a sua margem em percentagem e valor”.

DISPNAL

www.dispnal.pt

40

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

A Dispnal Pneus já possuiu o seu website à vários anos, contudo as vendas online estão totalmente implementadas desde 2009. Entre as principais funcionalidades deste site de vendas B2B estão a consulta de stock, as encomendas on-line, a realização de orçamentos e a divulgação de campanhas, entre outras de menor relevo mas muito importantes para os clientes. Sem querer revelar dados, a Dispnal garante que as vendas online B2B representam uma importante percentagem no seu volume de faturação. Quanto aos benefícios, este website permite o acesso rápido e cómodo para ao cliente, ou seja permite ao cliente obter informação atualizada diariamente acerca do modelo de pneus, preço e stock disponível. Outros benefícios passam pela divulgação de informação e promoção dos produtos, através de newsletters, mas também a rápida divulgação de campanhas especiais. Todos os produtos que a Dispnal comercializa estão disponíveis no website de vendas online B2B. Ao nível dos pneus ligeiros a Dispnal comercializa a Toyo Tires, Nankang, Michelin, Continental e na gama de pneus Budget têm a marca Linglong com a gama Greenmax.

RUI CHORADO

“Não compete à Dispnal fazer este tipo de avaliação (sobre as mais valias do nosso site face aos da concorrência) mas sim ao nosso cliente e leitor desta revista. Gostaríamos contudo de informar que todas as nossas marcas se encontram à venda no nosso site, independentemente do tipo de pneu, jante de camião ou câmara de ar”.

OS WEBSITES DOS DIVERSOS GROSSISTAS TÊM, MUITAS VEZES, UMA OFERTA DE MARCAS E DE PRODUTOS MAIS DIVERSIFICADA

TIRSOPNEUS

www.tirsopneus.com/index.php/areaprivada

O Grupo Soledad Portugal está a renovar completamente a plataforma B2B. Desde 2008 que utilizava um website baseado em tecnologia Flex que se encontrava limitado a alguns browsers. Com a chegada dos novos dispositivos móveis decidiu alterar a aplicação existente e adaptá-la às novas tecnologias como AngularJS. Desta forma o Grupo Soledad Portugal conta agora com um B2B acessível em qualquer browser mas também em tablets e smartphones. Atualmente 45% das vendas são feitas através deste website B2B. Visualizar o stock ao instante, realizar pedidos a qualquer hora, consultar caraterísticas técnicas e imagens dos produtos, consultar as datas previstas de entregas, visualizar/consultar faturas e pedidos, visualizar os pontos Soledad Value (programa de fidelização), solicitar os produtos do programa de pontos SV, visualizar preços de tabela e descontos e realizar orçamentos por escrito ao cliente final são as principais funcionalidades deste website B2B. Para além destas funcionalidades os benefícios para a oficina passam por ter um serviço disponível 24horas, o acesso a promoções, melhores preços, reduzidos tempos de entregas, informação de stock ao instante e informação produto. Desta forma a este website estão ainda associadas as questões da compra, pagamento, entrega/transporte, promoções, bem como informação técnica atualizada. Sendo o multimarca um dos seus principais valores, a Tirsopneus disponibiliza neste site as marcas Hankook, KingStar, Sfhera, Rodatec, Pirelli, Insa turbo, Confort-auto, Bridgestone, Nexen, Michelin, Event, Sailum, Aeolus, Starmaxx, Continental e Goodyear.

PAULO SANTOS

“As mais valias são a possibilidade de realizar orçamentos, o facto de ter um localizador


inteligente, a sua usabilidade, a possibilidade de personalização, bem como permitir aos utilizadores efetuar os cálculos das margens”.

RS CONTRERAS

www.rscontreras-pneus.com

forma rápida, simples e barata o cliente possa comparar e escolher entre uma oferta alargada o que mais lhe convém. Juntamente com os normais serviços de entrega, a RS Contreras dinamizou ainda o serviço Take Away Express, no qual o cliente insere o pedido no site, seleciona este serviço e levanta os pneus nas instalações da RS Contreras sem qualquer tipo de demora. Nexen, Apollo, Michelin, Continental, Yokohama, Riken, Mabor, Kleber, BfGoodrich e Pirelli são as principais marcas comercializadas pela RS Contreras.

JOSÉ HENRIQUE A RS Contreras considera essencial a aposta que fez no website de vendas de pneus online B2B em 2009. Não é por caso que as vendas por este tipo de plataforma já representa 80% das vendas globais da empresa. As principais funcionalidades deste website são obviamente o acesso ao stock da empresa “On time”, os preços de compra, fotos com os desenhos dos pisos, informações técnicas, extrato da conta do cliente, histórico de encomendas, serviços de entrega e recolha urgente, consultas de tabelas dos fabricantes, entre outras. Os benefícios da utilização do website de vendas online B2B são imensos, para a própria RS Contreras, destacando-se o acesso que esta ferramenta permite a um número mais alargado de clientes de uma forma muito simples, rápida e eficiente, mas também o facto de permitir uma comunicação mais completa e eficaz com o cliente. Para as oficinas e casas de pneus os benefícios desta plataforma B2B permitem que de um

“Os clientes manifestam que é o site mais intuitivo e simples para fazer as suas encomendas. Para além de oferecer informação técnica pormenorizada, este website dá a possibilidade de escolha de serviços de entrega e recolha urgentes”.

GARLAND PNEUS www.garland.pt/clientes

Lançado em janeiro de 2010 o site da Garland Pneus tem vindo a ser sucessivamente evoluído e hoje é uma ferramenta essencial, que já representa

qualquer coisa como 38% das vendas totais que a empresa faz de pneus. As funcionalidades mais destacadas deste website de vendas online B2B são as pesquisa de stock (por medida, segmento, marca e piso do pneu), a simulação de preço de venda com margem fixa e variável, a visualização de fotos dos pneus com a eficiência energética (etiqueta) e ainda a possibilidade de ler sobre as características técnicas dos pneus. Depois de efetuar as compras pode direcionar a recolha dos pneus para a morada desejada ou para os armazéns da Garland. Do ponto de vista da Garland este website permite uma maior eficiência na alocação dos recursos da empresa e permite melhorar a qualidade/rapidez de informação aos seus clientes. Rapidez, eficiência, economia e precisão na qualidade de informação (necessário ao atual estado do negócio dos pneus em Portugal) são alguns dos benefícios para a oficina ou retalhista de pneus. Este website permite ainda, como serviços adicionais, ver o histórico de encomendas, a conta corrente, o volume de negócios por marca e segmento, as reservas/pendentes, o histórico de campanhas as tabelas de preços, os dados do cliente, as pessoas de contacto e o responsável da áera. Uniroyal, Nokain, Kenda, Runway e Primewell são as principais marcas que a Garland disponibiliza no seu website B2B.

JORGE SOUSA

“No entender da Garland as mais valias deste website são a sua funcionalidade, mas também o facto de ser muito intuitivo”.


E ESPECIAL

FILTROS. EM ÉPOCA ALTA Se existe altura do ano em que os filtros ganham maior importância nos stocks dos grossistas e retalhistas é precisamente agora. Trata-se de um componente de elevada rotação, com uma grande influência no próprio automóvel e nos passageiros. TEXTO PAULO HOMEM

Q

uanto valerá o mercado dos filtros em Portugal? Esta é daquelas perguntas que nenhum operador que comercialize filtros, sabe ou quer responder. No entanto existem algumas estimativas, não tanto de valor mas de quantidades, que apontam para um número que se situa entre os 9 e os 10 milhões de unidades, segundo diferentes operadores. 42

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

O mais representativo nas vendas é o filtro de óleo, pois é aquele que, obrigatoriamente, é substituído sempre que um veículo faz a mudança de lubrificante. Os filtros de ar para o motor também são muito representativos, seguindo o filtro de combustível que alterna em alguns operadores com o filtro de habitáculo como o mais vendido. Os três primeiros influenciam claramente o rendimento do automóvel, pelo que a sua

regular substituição é fundamental para prolongar a vida útil do motor, bem como para diminuir os consumos. O filtro de habitáculo continua em muitos casos a ser o parente pobre nas vendas, mas é aquele que filtra as impurezas que respiramos no habitáculo, pelo tem influência direta na saúde dos ocupantes de um veículo. Mesmo assim, as vendas de filtros de habitáculo têm vindo a crescer bastante


CRITÉRIOS DE ESCOLHA DE UM FILTRO A TURBO OFICINA perguntou a todos os operadores de mercado quais os critérios que uma oficina devia seguir para escolher um filtro de ar, combustível, óleo e habitáculo. Aqui ficam as sugestões dos diversos operadores: Escolher só filtros de confiança; Qualidade dos produtos, única e exclusivamente. Uma oficina que preste um bom serviço, tem de ter em conta apenas esse fator. Só um filtro de qualidade vai desempenhar a sua função com 100% de eficácia; Existem filtros que filtram mesmo e outros que apenas são filtros de nome, produzindo mais impurezas que aquelas que filtram; Escolher filtros de fornecedores de primeiro equipamento (OE). São estes filtros que garantem o seu desempenho atingem as exigências de cada motor; Deve-se escolher o filtro que garante que o produto está em conformidade com a proposta de aplicação baseada no catálogo de fornecedores; Muitos filtros são semelhantes por fora, mas a sua performance pode ser muito diferente (pressão, tipo de componentes, antidrenagem, anti-sifão, etc); Evitar o erro na escolha de uma referência, pois isso pode originar muitos problemas; Seguir as instruções do construtor do automóvel para o tipo de filtro correto a utilizar; Só a Qualidade Premium garante que os filtros cumprem com o desenho e a performance para o qual foram desenvolvidos; A aplicação correta do filtro é o critério máximo

(segundo dados da Sogefi), como também se tem assistido a um crescimento enorme dos filtros de óleo (40% em 2011 e 50% em 2012, sendo que em 2013 também cresceu). O filtro de habitáculo deve ser substituído entre os 12.000 e os 18.000 quilómetros (ou uma vez por ano), segundo a Delphi, pois a partir daí o volume de ar fresco no automóvel reduz-se consideravelmente, afetando a performance dos sistemas de aquecimento

AS VENDAS DE FILTROS DE HABITÁCULO TÊM VINDO A CRESCER BASTANTE

e ar condicionado do automóvel, fazendo com que as janelas fiquem embaciadas mais rapidamente. Além disso, o fluxo de ar reduzido pode resultar em falha prematura do motor do ventilador. O filtro de combustível (diesel) é substituído até cinco vezes durante a vida útil de um automóvel (em algumas países é substituído mais vezes devido à má qualidade do combustível). O filtro diesel é substituído a FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

43


E ESPECIAL

cada 40.000 Kms, em média, nos países da Europa Ocidental. Não substituir o filtro diesel pode causar graves problemas no sistema de injeção, reduzir a potência do motor até 40% e aumentar consideravelmente o consumo de combustível.

MERCADO Diz a Sogefi que Portugal tem uma quota no mercado de reposição independente muito favorável, com cobertura de 60% em comparação com os 40% no equipamento original. Talvez por isso seja um mercado ainda com alguma atratividade (embora pequeno), que justifica que alguns grandes operadores (Sogefi, Mann+Hummel, UFI, entre outros) tenham apostado recentemente em estruturas comerciais mais fortes no nosso país. Num mercado altamente competitivo e tão “espremido”, o preço ganhou nos últimos anos bastante relevância, mas outros fatores têm vindo a ganhar importância, tão só porque se tem apostado muito na informação, no marketing, na disponibilidade de stock, na larga cobertura de gama e na oferta de filtros mesmo para modelos de automóveis muito recentes (as operações em garantia fora das redes oficiais de marca assim obriga), sem esquecer que o grau tecnológico dos automóveis tem aumentado e o filtro é cada vez mais um elemento “tecnológico”. Para João Costa, da Mikfil, “o mercado nacional procura tudo e quer sempre tudo conjugado. O “feedback” que temos dos nossos clientes é de que temos um mercado que já se preocupa um pouco mais com os aspetos da qualidade, gama e serviço, e não tanto com o preço. Julgo que esse é o bom caminho, para a credibilidade de um setor, tão ‘massacrado’ como é o dos filtros”. Por isso, no entender do responsável da Mikfil “o mercado de filtros em Portugal é, e vai continuar a ser muito “apetecível” para todos, desde que exista bom senso por parte de todos (concorrência) em não o destruir”. As oportunidades também são criadas pelos próprios operadores. No caso da Sogefi, Gabriel Recasens, Diretor de Vendas para Portugal diz que “a nova embalagem dos filtros de habitáculo é uma resposta ao aumento da procura neste tipo de filtros. O

lançamento da Sogefi Pro, filtros para pesados, é um desafio que nos permite aumentar a nossa quota de mercado em Portugal. A boa cobertura, a pesquisa e desenvolvimento constante, o nível de serviço e aposta no marketing são também oportunidades”. Peter Bloemberg da AMC, diz que “existem boas oportunidades no mercado. Algumas marcas desapareceram por causa da crise, outra apostaram em bons preços, gama diversificada, desenvolveram o marketing e a qualidade dos produtos. Com o crescimento do segmento dos carros asiáticos, vemos boas oportunidades neste mercado”. Para Susanne Gerhard, relações públicas da Mahle “a situação económica teve um efeito também no mercado dos filtros, nomeadamente no aftermarket. O desenvolvimento do mercado tem sido nulo, mas estamos com esperanças que existam mudanças em breve. Existem boas oportunidades ao nível dos filtros de habitáculo, os concessionários de marca automóveis estão a explorar isso e têm uma boa quota de mercado, como também existem oportunidades para os filtros de combustível”. Em 80% dos casos, tanto o profissional como o consumidor final procuram a melhor relação qualidade/preço, optando na mesma percentagem pela qualidade, no caso dos consumidores com poder de escolha (compra). Quem o diz é Joel Martins, da Bragalis, explicando que “no entanto, as marcas económicas começam a ter a sua pequena quota de mercado, pela situação económica atual, opção que será descartada em breve pela falta de qualidade destes produtos”.

EXCESSO DE MARCAS “O mercado de filtros é muito concorrencial, devido às muitas marcas existentes em

OS FILTROS DE HABITÁCULO POSSUEM AINDA UMA ENORME MARGEM DE CRESCIMENTO EM TERMOS DE VENDAS, MAS EXISTEM MAIS OPORTUNIDADES 44

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

Portugal. Por ser dos produtos mais substituídos nas reparações automóveis, torna-se um mercado apetecível para as marcas, surgindo por isso marcas com posicionamento de preços muito diversos”, afirma Carlos Gomes, gestor de produto da TRW. Ao nível de oportunidades, diz Carlos Gomes, “existe o potencial de vendas dos filtros de habitáculo, que continua muito aquém do que é expectável, uma vez que é recomendável a sua substituição pelo menos uma vez ao ano. É por isso importante sensibilizar o cliente final da importância deste filtro para a saúde dos ocupantes dos veículos”. Reconhecendo que o preço acaba por influenciar o valor final de um orçamento numa oficina, o gestor de produto da TRW afirma que “com as constantes evoluções que os sistemas de filtragem têm tido nos últimos anos e as respetivas exigências na sua construção, iremos assistir a uma transição gradual da procura por preço para uma procura pela qualidade, de forma a garantir que o produto que cumpra com as especificações e que evite problemas futuros”. Como já se disse, o mercado dos filtros é “maduro” quer pela presença de atores de mercado como pelo número de marcas. Vanessa Barros, da AS Parts, diz que os filtros no aftermarket são “uma clara alternativa ao mercado original no qual os fornecedores considerados OE asseguram o mesmo nível de qualidade a valores de custo mais reduzidos para os clientes. Para veículos com idades mais elevadas, as segundas marcas têm um peso relevante, permitindo que os custos de manutenção sejam mais condizentes”. A maior proximidade da marca aos clientes e ao mercado e um maior conhecimento da realidade no nosso mercado, conduzirá a uma melhor resposta às solicitações do mesmo na opinião de Hélder Pereira, Area Manager Portugal da Mann+Hummel, que tem seguido essa política com a Mann Filter, explicando que “sermos pró-activos no desenvolvimento do negócio em conjunto com os nossos


clientes e sermos uma marca dinâmica com ações comunicacionais e promocionais” são alguns dos segredos da Mann para crescer no mercado. No entender de Luís Costa, da Champion, “a grande oportunidade para o importador / distribuidor será sempre a oferta e o serviço global de componentes que o seu fornecedor lhe poderá facultar”. Apesar dos filtros serem um dos produtos com maior rotação no setor automóvel, a verdade é que com a atual conjuntura económica do país os consumidores têm alargado os prazos das revisões dos automóveis, o que condiciona a instalação de novos filtros, tendo assim um grande impacto na venda destes produtos no mercado. Para além desta opinião de Joaquim Candeias, da Automotive Distributors, o mesmo responsável diz que “acreditamos que existe ainda potencial de desenvolvimento na gama de filtros, especialmente ao nível dos filtros de habitáculo, que tradicionalmente é um produto menos solicitado pelas oficinas, mas que com as atuais exigências tecnológicas e com a consciencialização dos mecânicos para a importância da troca deste elemento, tem sido uma gama cada vez mais a explorar”. João Filipe, da Sonicel, argumenta ainda que “a concorrência no mercado dos filtros PUBLICIDADE

é enorme sendo que, muitas vezes, ocorre falta de informação ao consumidor final para que este possa optar em segurança por um produto de qualidade” Para Alberto Alves, do Stand Asla “verifica-se uma convergência de preços entre marcas premium e low cost e a discrepância dos níveis de preços é tendencialmente menor, sendo o mercado cada vez mais competitivo a este nível”. Por outro lado, diz o mesmo responsável do Stand Asla, “o fabrico de filtros carateriza-se por uma grande evolução em termos técnicos (principalmente nos filtros de combustível). Este é um aspeto que as marcas low cost têm alguma dificuldade de acompanhar, mas as marcas premium têm uma maior capacidade de acompanhamento dos requisitos cada vez mais exigentes. Por estes motivos, é notória uma maior conquista de mercado por parte de marcas premium”. Parece certo, pelo que ficou escrito antes, que existem oportunidades no setor que envolvem não só o produto em si. O desenvolvimento tecnológico dos motores levará também ao desenvolvimento dos filtros, que serão um pouco mais tecnológicos. Contudo, haverá sempre lugar para filtros onde o preço é o argumento, tanto mais que o parque automóvel em Portugal está a ficar cada vez mais envelhecido.

RECONHECENDO QUE O PREÇO ACABA POR INFLUENCIAR O VALOR FINAL DE UM ORÇAMENTO NUMA OFICINA, O GESTOR DE PRODUTO DA TRW AFIRMA QUE “COM AS CONSTANTES EVOLUÇÕES QUE OS SISTEMAS DE FILTRAGEM TÊM TIDO NOS ÚLTIMOS ANOS E AS RESPETIVAS EXIGÊNCIAS NA SUA CONSTRUÇÃO”


E ESPECIAL

MARCA A MARCA VIEIRA & FREITAS

MEAT & DORIA E CORTECO/ MICRONAIR

Todos os produtos são certificados (ISO 9001, ISO 14001 e ISO/TS 16949) e estão abrangidos pela garantia Mikfil. Poderá consultar online o catálogo Mikfil, estando a FIL Filter no TecDoc.

UFI FILTERS IBÉRICA UFI E SOFIMA

Cobertura do parque, investimento em pesquisa e desenvolvimento, alto nível de serviço, constante alargamento da gama e forte aposta no marketing são as principais bandeiras da Sogefi no aftermarket. Refira-se que a Sogefi cresceu 8% nas vendas em 2013 em Portugal.

KAVO PARTS

AMC FILTERS E KAVO

A empresa de Braga comercializa duas marcas de relevo. Na Corteco/Micronair apenas comercializa filtros de habitáculo enquanto na Meat & Doria tem toda a gama de filtros disponível (habitáculo, combustível, ar e óleo) para veículos europeus, americanos e asiáticos. Em qualquer das marcas a cobertura do parque automóvel de ligeiros circulante é total. O destaque vai para a Meat & Doria, uma marca com produtos certificados (ISO 9001), que está no mercado da filtragem há mais de 70 anos e com presença no TecDoc. Tem também disponíveis filtros GPL, apresentando um catálogo que está permanentemente atualizado.

MIKFIL

MIKFIL, JHF E FIL FILTER

Especializada em todo o tipo de filtros para o setor automóvel (mas também para os veículos pesados, veículos industriais, máquinas, compressores, etc), a Mikfil dispõe de uma marca própria (a mais representativa), representando ainda a JHF e a FIL Filter. Com uma quota de mercado de 5,2%, os filtros de óleo representam 40%, os de ar 30%, 20% os de combustível e 10% os de habitáculo. De um modo geral a cobertura do parque circulante, com as suas representadas, é superior a 90%. 46

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

Desde 1972 que a UFi se especializou em soluções de filtragem. Em qualquer das suas duas marcas, UFI e Sofima, a empresa disponível todo o tipo de filtros (ar, combustível, óleo e habitáculo) na marca ou marcas que comercializam, com uma cobertura de aproximadamente 95% do parque automóvel europeu. Apostando fortemente na qualidade (sendo fornecedor OE), e no serviço (rápida distribuição, divulgação das marcas no mercado e resposta rápida), a UFI Filters disponibiza uma gama abrangente com referências disponíveis para o parque circulante. A UFI Filters tem ainda disponível uma gama de filtros para GPL/GNC.

SOGEFI GROUP

PURFLUX, COOPERSFIAAM E FRAM

A Kavo Parts disponibiliza os filtros AMC Filters e KAVO em Portugal, dispondo de uma completa oferta de filtros de ar, habitáculo, combustível e óleo. Um dos destaques da AMC Filters é a sua cobertura ao nível do parque asiático, rondado aproximadamente os 99%. O mais importante para a AMC é a qualidade e o preço dos filtros. A KAVO oferece qualidade OE mas igualmente a preços muitos competitivos. Um dos maiores destaques da oferta é a possibilidade do cliente poder dispor de imediato das referências para os carros mais atuais.

BRAGALIS

CORTECO, UFI E BLUE PRINT

A presença da Sogefi em Portugal no aftermarket é feita por intermédio das marcas Purflux, CoopersFiaam e Fram (dispõe ainda da Sogefi Pro para os veículos comerciais e pesados). Em qualquer destas marcas disponibiliza filtros de ar, combustível, óleo e habitáculo. A cobertura é de 95% nos filtros de ar, 97% nos filtros de combustível diesel (86% em gasolina), 98% filtros de óleo e 75% nos filtros de habitáculo. Como fornecedor de primeiro equipamento, para a Sogefi é fundamental a qualidade dos filtros que comercializa. É por isso que os filtros que se fabricam para o aftermarket da Sogefi têm os mesmos requisitos e são fabricados nas mesmas linhas de produção dos filtros OE.

O grossista de Braga comercializa os filtros da UFI (ar, óleo e combustível para viaturas de fabrico europeu), Blue Print (linha completa para viaturas asiáticas e americanas) e Corteco (em filtros de habitáculo). Dessa forma consegue ter uma cobertura de 95% do parque circulante em Portugal. Os filtros micronAir da Corteco são produzidos em


MAIS MARCAS

material sintético, o que os torna mais eficientes, tem uma proteção extra contra o desgaste e têm em conta as características dos veículos onde são usados. A Corteco disponibiliza uma extensa gama de filtros mesmos para os veículos mais recentes.

HERTH+BUSS HERTH+BUSS

veículos e 5375 combinações), 330 filtros de combustível (4385 veículos e 4902 combinações), 170 filtros de habitáculo (2919 veículos e 3429 combinações) e 124 tipos diferentes de filtros de óleo (5329 veículos e 5736 combinações). Para a Hert+Buss é muito importante cumprir com as recomendações dos fabricantes de automóveis em termos de substituição dos filtros.

MAHLE

MAHLE ORIGINAL E KNECHT

A Herth+Buss disponibiliza filtros de ar, óleo, habitáculo e combustível. No seu catálogo possui 487 filtros de ar (5174 PUBLICIDADE

Full (A.Veira) Bosch (Bosch) Hengst (Joschen Staedlter) Febi (Alecarpeças) Mapco (Neocom) Purolator (Mann+Hummel) Dalwin (Lusofiltros) Swag (Automotive Distributors) Asco (Japopeças) Tecneco (Auto Silva Acessórios) VIC (Autozitânia) Klean (Europeças)

A Mahle comercializa os filtros originais de marca própria e da marca Knecht. A Mahle disponibiliza uma gama muito vasta quer em profundidade quer em extensão, isto é, possui uma cobertura muito ampla tendo em conta a realidade do parque nacional, satisfazendo cerca de 98% das necessidades em todo o tipo de filtros (ar, habitáculo, combustível e óleo). Para Mahle a qualidade é importante mas quando relacionado com “Qualidade Premium”, tendo em conta que esta marca fornece quase todos os principais fabricantes de automóveis e de motores. Só


E ESPECIAL

desta forma é que os filtros, neste caso da Mahle, conseguem cumprir com o desenho e a performance que deles é esperado no aftermarket.

TRW

MECAFILTER E DELPHI

cobertura de 90% das necessidades do parque automóvel em Portugal. Em todas as marcas de filtros estão disponíveis os filtros de ar, óleo, combustível e habitáculo, sendo que na Valeo está apenas disponível o filtro de habitáculo. Os filtros Filtron são produzidos pela WIXFiltron, dispondo de uma oferta superior a 2.000 filtros, estando também disponível no primeiro equipamento para uma série de construtores de automóveis.

AUTO DELTA

MEYLE, NIPPARTS E KS

A emprsa comercializa filtros para aplicações de ligeiros, pesados e indústria, disponibizando uma oferta em filtros de ar, combustível, óleo, habitáculo, separadores de óleo/ar, ureia e PreLine. Este especialista em filtros consegue ter uma cobertura do parque circulante de cerca de 95%. A Mann-Filter procura a diferenciação no mercado, sendo uma marca de qualidade premium, com uma gama ampla e com uma oferta de serviços junto dos clientes, apostando na confiança entre marca / cliente e num preço “percebido” como justo (pelo cliente tendo em conta o rácio qualidade/serviços.

F.C.V. COSTA CHAMPION

A TRW comercializa as marcas de filtros Mecafilter e Delphi. Na marca Mecafilter trabalha toda a gama, enquanto na Delphi apenas comercializa os filtros de combustível diesel. A Mecafilter tem mais de 2.100 filtros e cobre as principais marcas europeias e asiáticas, enquanto a Delphi tem mais de 100 filtros diesel com uma cobertura de cerca de 14.000 aplicações. A Mecafilter está no TecDoc, sendo equipamento original de algumas das mais importante marcas de automóveis, estando disponível um catálogo online com toda a informação.

AS PARTS

FILTRON, PURFLUX E VALEO

A Auto Delta disponibiliza uma completa diversidade de marcas de filtros: Mahle, Comline, KS, Japanparts, Nipparts e Meyle são as marcas disponíveis, que podem ser adquiridas tanto em filtro de ar, combustível e óleo, como de habitáculo. Com esta extensa oferta a consegue ter uma cobertura de mercado com cerca de 98% do parque circulante. Destaque para os filtros da Nipparts, que possuem uma das mais completas ofertas para asiáticos, estando em permanente atualização com a introdução de novas referências. Na KS (Kolbenschmidt) destaque para uma oferta que está disponível também no primeiro equipamento. A disponibilidade de produto e a qualidade dos mesmos são dois fatores diferenciadores nesta marca alemã de filtros.

MANN+HUMMEL IBÉRICA MANN-FILTER

A Champion disponibiliza os quatro tipos filtros na sua gama (ar, óleo, habitáculo e combustível). Consegue com esta oferta ter uma cobertura de 94% do parque automóvel circulante europeu. Os filtros Champion equipam de série muitos modelos de diversos fabricantes automóveis, sendo fabricados de acordo com as exigências de equipamento original. Os filtros de óleo Champion tem uma ação direta na preservação dos componentes do motor, os de ar filtram não só as partículas como também pré-aquecem o ar de admissão, os de combustível removem eficientemente a sujidade e o sedimento e, por sua vez, os de habitáculo ajudam a purificar o ambiente no interior do veículo. Por isso a qualidade é o principal argumento deste construtor, assim com a amplitude da sua gama e o preço.

AUTOMOTIVE DISTRIBUTORS BLUE PRINT

A AS Parts disponibiliza uma larga oferta de marcas de filtros: Filtron, Blue Print, Mann Hummel, Purflux e Valeo. Com esta oferta de filtros consegue ter uma 48

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

A Mann+Hummel Ibérica entrou oficialmente no mercado português em 2013 para comercializar diretamente os filtros MannFilter.


A marca que a Automotive Distributors comercializa é a Blue Print, tendo filtros para aplicação em veículos asiáticos e americanos, com qualidade equivalente ao equipamento original. A Blue Print disponibiliza um oferta completa de filtros de ar, combustível, óleo e habitáculo, num total de cerca de 1.800 referências, com aplicação em mais de 26.000 variantes de veículos asiáticos e americanos. Sendo a Blue Print uma marca especializada em peças para veículos asiáticos e americanos, ao nível de filtros tem uma cobertura de 100% para o parque automóvel circulante em Portugal, no que se refere a marcas de automóveis ligeiros asiáticos e americanos. A oferta de filtros da Blue Print obedece aos mais rigorosos critérios de qualidade, estando abrangidos por 3 anos de Garantia contra defeitos de fabrico e apresenta ainda o mais preciso catálogo online, o Blue Print LIVE!, onde é possível identificar os filtros corretos utilizando apenas a matrícula do veículo.

VALEO VALEO

A Valeo lançou em 2013 o ClimFilter Supreme. Trata-se do primeiro filtro de ar do habitáculo na Europa com o objetivo de proteger o motorista e passageiros contra partículas, gases nocivos, odores desagradáveis e evitar a inalação de alergénios no habitáculo. Especialista em climatização, a Valeo desenvolveu um exclusivo filtro de habitáculo com 92% de eficiência comprovada contra todo o tipo de alergénios. O ClimFilter Supreme combina os atributos da tecnologia de carvão activo e de um revestimento de polifenol que ajuda a capturar e a neutralizar alergénios no filtro. Cada uma é fácil de identificar, graças ao código de cores na embalagem: verde para ClimFilter Comfort, azul para ClimFilter Protect e roxo para ClimFilter Supreme.

A Delphi Automotive tem apenas disponíveis os filtros de combustível e de habitáculo para o mercado de reposição. Nos filtros diesel a Delphi disponibiliza mais de 300 referências, que permite uma cobertura de 95% do mercado. Nos filtros de gasolina a Delphi possui uma das maiores penetrações do mercado ao nível de equipamento de origem (75% até final de 2014). Nos filtros de habitáculo, como parte do programa “Ar Con Equipment” a cobertura é de 98%. Um dos pontos fortes da Delphi, para além da qualidade dos filtros, é o facto de os mesmos equiparem de origem uma série de marcas de automóveis (ligeiros, comerciais e pesados).

STAND ASLA SCT E MISFAT

SONICEL

WIX, AMC E MANN

DELPHI

DELPHI AUTOMOTIVE

A Sonicel tem no seu portfólio de produtos os filtros da Mann-Filter, WIX e AMC, podendo assim oferecer uma gama completa neste tipo de produto na variantes ar, óleo, combustível e habitáculo. A cobertura é de cerca de 90% do parque automóvel de construtores europeus para veículos ligeiros nas marcas Mann e WIX, e cerca de 90% em AMC para veículos ligeiros de construtores nipónicos, nas 4 gamas de filtros (ar, óleo, combustível e habitáculo).

PUBLICIDADE

O Stand Asla comercializa as marcas SCT e Misfat. Nsta última (detentora, agora, da marca Mecafilter) destaca-se pelo facto de se dedicar ao fabrico de filtros para os mercados OEM e OES. Qualquer destas marcas disponibiliza toda a gama de filtros (ar, combustível, óleo e habitáculo) com uma cobertura do parque circulante de cerca de 80%.


F E

ESPECIAL

F R O TA S

PIRELLI. “REFORÇAR OS SERVIÇOS ÀS FROTAS” Para além da sua associação aos veículos de alta prestações e à Fórmula 1, a Pirelli dispõe de um extenso programa de pneus para pesados e uma política bem definida para as frotas. Fomos conhecer a estratégia da Pirelli pela voz de Andreu Olmedo, diretor do negócio de camiões da marca. TEXTO PAULO HOMEM

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TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015


A PIRELLI TAMBÉM ORGANIZA ENCONTROS DE FROTAS PARA AJUDAR OS PROFISSIONAIS A ESCOLHER OS SEUS PRÓPRIOS PNEUS

A

APirelli é daquelas marcas que não necessita de grandes apresentações, tal a dimensão internacional que tem. Para esta empresa o negócio dos pneus para veículos pesados é estratégico, possuindo a empresa uma série de produtos e serviços para dinamizar a sua presença nas frotas. Numa entrevista à TURBO OFICINA PESADOS, Andreu Olmedo, Pirelli Truck Director, aborda o universo dos pneus de pesados da marca italiana e a relação com as frotas. Que trabalho é feito pela Pirelli ao nível do acompanhamento das frotas? A Pirelli oferece uma vasta gama de serviços adaptados às novas necessidades dos profissionais, tais como o CQ24, a assistência na estrada 24 horas, o Cyber Fleet, e Fleet Management e Fleet Check. O Cyber Fleet é um sensor montado na jante que transmite informação de performance e manutenção em tempo real ao fleet manager, evitando acidentes ou problemas com os pneus e otimizando a sua durabilidade,

consumo de combustível e desempenho. Este sistema já se encontra a funcionar em frotas internacionais. O Fleet Check é um serviço de localização para os operadores que registam os detalhes dos veículos da frota, equipamento e pneus e as respetivas condições. Trata-se de uma base de dados centralizada que permite o controlo e gestão de todo o equipamento. Finalmente, o Fleet Management é um serviço completo de gestão de frotas, mas que também permite a atualização de stocks e dos pneus em armazém e a faturação online da frota (diária, semanal ou mensal) por parte da Pirelli para todos os assuntos relacionados com pneus e serviços oferecidos a terceiros (oficinas). A Pirelli também organiza encontros de frotas para ajudar os profissionais a escolher os seus próprios pneus, levando em conta o tipo de frota e a utilização dada aos pneus. Para além disso, o serviço de aconselhamento técnico formado por um grupo de especialistas da equipa internacional aconselham os clientes em relação aos produtos, queixas e procedimentos empresariais. Finalmente, a

Pirelli oferece uma vasta gama de formação “ad hoc” aos utilizadores interessados para fortalecer e atualizar o conhecimento dos profissionais do transporte em diferentes áreas relacionadas com a respetiva atividade. A Pirelli tem alguma equipa de técnicos que acompanham as frotas no terreno? Sim, na Península Ibérica temos um grupo de técnicos para apoiar as frotas e que desempenham um duplo papel, não apenas como técnicos mas como vendedores para oferecer as melhores condições e satisfazer as necessidades da frota. Que meios técnicos a Pirelli disponibiliza aos frotistas para fazer a monitorização dos pneus dos veículos pesados? Como já mencionamos, dispomos do Pirelli Cyber Fleet, um sensor montado na jante que transmite informação de performance e manutenção em tempo real ao fleet manager. Os dados registados pelo sistema são lidos por um dispositivo, o Fleet Check, que grava os detalhes da frota de veículos, equipamentos e pneus. Trata-se de uma base de dados centralizada que permite o controlo e gestão de todo o equipamento. Estas informações são finalmente integradas no Fleet Management, permitindo a avaliação dos dados recolhidos para a tomada de decisões em relação a pneus e veículos. A Pirelli tem algum programa (nacional e europeu) de assistência aos pneus dos frotistas? Quais são os aspetos principais desse programa? O CQ24 International é um sistema de assistência em estrada 24 horas durante 365 dias por ano pela Europa (incluindo a antiga União Soviética) para as frotas de longo curso. Os incidentes são resolvidos num máximo de 2 horas. A rede de serviços inclui mais de 5000 revendedores de pneus e as chamadas são atendidas na língua que fala o condutor que ligou. Qual é a importância do retalho de pneus (casas de pneus) na estratégia da Pirelli em termos de pneus de pesados? A Pirelli centraliza a sua estratégia no retalho como parceiros principais para chegar às FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

51


F F R O TA S

frotas e oferecer os melhores serviços. A empresa gere a sua relação comercial com a frota indiretamente através do retalho, confiando no profissionalismo e experiência dos retalhistas. Quantos retalhistas trabalham o pneu de pesado Pirelli em Portugal? Há quase dois anos que a Pirelli trabalha o pneu de pesado em Portugal e fomos muito bem recebidos. Estamos a fortalecer no mercado e recebemos excelente feedback dos nossos produtos e serviços. E é por isto que sentimos que agora é o momento certo para trabalhar e lançar serviços às frotas em Portugal o mais rapidamente possível. Espero conseguirmos começar a testar o Cyber Fleet muito em breve. A Pirelli tem apresentado algumas novidades em matéria de pneus de pesados. Quais são os pontos-chave do desenvolvimento destes pneus? No geral, as gamas de produto tendem para uma maior “personalização”, adaptadas a cada segmento de negócio e tipo de veículo. Por outro lado, detetamos uma maior preocupação a nível de impacto ambiental e fornecemos maior durabilidade e mais quilometragem; qualidades que afetam diretamente o impacto económico envolvido na compra de pneus industriais. Neste momento, qualquer propriedade relacionada com a economia e poupança são essenciais, tais como o rolamento e a capacidade de serem recauchutados. Que aspetos diferenciadores existem nos pneus Pirelli face aos concorrentes? Gostaríamos de salientar duas características: por um lado, somos uma das poucas empresas que oferece o sistema Cyberfleet, aproveitando esta tecnologia de ponta para trazer o futuro dos transportes aos clientes. Por outro lado, a Pirelli conta com uma vasta gama de produtos de qualidade que cobrem todas as necessidades dos diferentes setores, incluindo alguns pneus AA, categorias de topo

HÁ QUASE DOIS ANOS QUE A PIRELLI TRABALHA O PNEU DE PESADO EM PORTUGAL E FOMOS MUITO BEM RECEBIDOS 52

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

na European Tyre Label para a travagem e rolamento em piso molhado. Para além da marca Pirelli, têm alguma segunda marca de pneus de pesados? A Pirelli comercializa a marca FORMULA destinada a veículos de transporte de médio e longo curso e para eixos diferentes: direção, tração e atrelados. Esta gama inclui seis medidas entre 17.5 e as 22.5 polegadas, com um total de 13 produtos que complementam a oferta de pneus e serviços Pirelli que apoiam a frota comercial para aumentar a redução de custos. Como é que a Pirelli trabalha o pneu recauchutado para pesados? A Pirelli tem um sistema de recauchutagem a frio chamado Novateck, um sistema que

utiliza apenas réplicas das bandas de rodagem originais Pirelli para assegurar a qualidade do produto. Para completar este processo, a Pirelli conta com uma rede de parceiros recauchutadores que asseguram a qualidade e o rigor do processo. Recentemente a Pirelli apresentou também o Novatread, um novo sistema de recauchutagem que utiliza apenas bandas de rodagem Pirelli originais, que será lançado em Itália no outono. Qual a sua opinião sobre o mercado dos pneus de veículos pesados em Portugal? Como tem evoluído e como vai evoluir no futuro? Podemos dizer que atravessamos um momento otimista após um crescimento em 2013 que se seguiu a dois anos duros de quedas. Temos alguns bons indicadores que preveem uma possível recuperação para 2014, como consequência da pequena recuperação em Portugal. Portanto, a atual situação está relacionada com a possível evolução da economia portuguesa e esperamos que esta tendência se mantenha. No entanto, esta expectativa mistura-se com outras tendências não tão positivas: o crescimento das marcas brancas face aos produtos originais, parcialmente compensados este ano. Mas também a guerra de preços estabelecida no mercado e que está a deteriorar a margem de lucro para todos os setores no mercado.



M E

ESPECIAL

OBSERVATÓRIO CERP. RETALHO EM PORTUGAL

MERCADO As várias comissões especializadas no seio da Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI), da ACAP, estão apostadas em fornecer ao mercado dados estatísticos relevantes que ajudem os players do mercado a conhecer e melhorar o seu negócio. Depois do observatória de peças que a TURBO OFICINA publicou na edição passada, este mês publicamos a radiografia ao setor dos pneus, da responsabilidade da Comissão Especializada do Retalho de Pneus (CERP), da ACAP, que assina também os comentários junto a cada gráfico. Os dados são referentes ao ano de 2013, mas comparam também alguns indicadores de 2012, 2011 e 2010. O mercado de pneus tem um peso significativo no mercado de reposição de peças. Representa 25% do aftermarket automóvel, tendo um peso de 500 milhões de euros na economia nacional. Representou 0,03% do Produto Interno Bruto, em 2013. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

N.º RETALHISTAS DE PNEUS POR CADA 100.000 VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO EM 2013 AÇORES

3.3

VIANA DO CASTELO SETÚBAL BEJA POTALEGRE SANTARÉM FARO BRAGA LISBOA BRAGANÇA PORTO COIMBRA CASTELO BRANCO AVEIRO GUARDA ÉVORA VISEU MADEIRA LEIRIA VILA REAL

54

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

Os associados da ACAP podem obter o estudo completo do “Observatório dos Pneus”. Basta contactar a ACAP

10.2 10.5 10.7

Telefone: 213035300 e-mail: mail@acap.pt cerp@acap.pt http://retalhopneus.acap.pt/pt/home/

10.9 12.5 12.6 12.8 13.5 14.5 14.7 15.0 15.2 15.7 16.1 16.8 17.1 18.0 19.6

21.4

Apesar do maior número de empresas do setor se concentrar nos grandes centros urbanos, constata-se que o distrito de Vila Real é o que possui o maior número de empresas de retalho de pneus face ao número de veículos aí registados, seguido pelo distrito de Leiria e pela Região Autónoma da Madeira. Pelo contrário, os distritos com um menor número são a Região Autónoma dos Açores e os distritos de Viana do Castelo, Setúbal, Beja e Portalegre.


ESTRUTURA EMPRESARIAL DO SETOR DO COMÉRCIO DE PNEUS EMPRESA POR ESCALÃO (%) 10.1%

9.0%

7.6%

8.3%

9.4%

9.1%

8.5%

8.7%

12.8%

12.6%

17.3%

17.3%

53.9%

53.1%

2012

2013

14.5%

16.2%

19.1%

19.2%

45.0%

48.3%

2010

2011

ESCALÃO A - FATURAÇÃO < 250 000 € ESCALÃO B - FATURAÇÃO > 250 000 < 500 000 € ESCALÃO C - FATURAÇÃO > 500 000 < 1 000 000 €

ESCALÃO D - FATURAÇÃO > 1 000 000 < 2 500 000 € ESCALÃO E - FATURAÇÃO > 2 500 000 €

A maior percentagem de empresas no setor tem uma faturação inferior a 250.000€, sendo que em 2013 cerca de 70% das empresas se encontram nos dois escalões mais baixos de faturação, ou seja, possuem uma faturação inferior a 500.000€ , em linha com o tecido empresarial português.

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (DIAS)

CLIENTE /VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS (IVA INCLUÍDO)*365 148,9

124,6

99,0 85,4 69,4

74,8

80,6 73,6 72,7

124,8

119,3

93,5 76,3

ESCALÃO E - FATURAÇÃO > 2 500 000 € PME EXCELÊNCIA

95,5 88,6

84,7

84,9

74,1

80,9

77,7

49,0

47,8

35,3

32,2

2010

2011

2012

ESCALÃO A - FATURAÇÃO < 250 000 € ESCALÃO B - FATURAÇÃO > 250 000 < 500 000 € ESCALÃO C - FATURAÇÃO > 500 000 < 1 000 000 € ESCALÃO D - FATURAÇÃO > 1 000 000 < 2 500 000 €

2013

O prazo médio de recebimento está longe de ser o ideal (30 dias) e tem-se mantido ao longo dos anos nos diversos escalões. A redução do prazo médio de recebimentos é fundamental para uma boa gestão da tesouraria das empresas e é urgente que o setor trabalhe no sentido de reduzir este indicador. Receber a 30 dias permite às empresas cumprir com os compromissos aos fornecedores e melhorar o seu nome na “praça” permitindo-lhe obter melhores condições.

EVOLUÇÃO DAS VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS VARIAÇÃO HOMÓLOGA ANUAL (%)

20,2%

13,4%

9,3%

9,1%

ESCALÃO A - FATURAÇÃO < 250 000 € ESCALÃO B - FATURAÇÃO > 250 000 < 500 000 € ESCALÃO C - FATURAÇÃO > 500 000 < 1 000 000 € ESCALÃO D - FATURAÇÃO > 1 000 000 < 2 500 000 € ESCALÃO E - FATURAÇÃO > 2 500 000 € PME EXCELÊNCIA

6,7% 5,2%

0,6%

0,1% -0,9%

PUBLICIDADE

-2,9%

-6,4% 2011

1,1%

0,1%

-1,6%

-2,2%

-6,8%

5,3%

-6,7% 2012

2013

Os últimos anos têm sido bastante difíceis, em consonância com os dados económicos nacionais, com perdas nas vendas na maioria dos escalões. Houve uma recuperação de vendas em 2013, com exceção do escalão C (empresas com faturação entre 1M e 2,5M) que perderam 6,7% das suas vendas neste ano.


M MERCADO

DESPESA MÉDIA ANUAL POR VEÍCULO EM PEÇAS, ACESSÓRIOS E MÃO-DE-OBRA UNIDADE: 106 (IVA NÃO INCLUÍDO)

365,0€

309,8€

310,0€

117,7€

117,8€

192,1€

234,7€

192,2€ 130,4€

2009

2012

Este slide mostra-nos que os portugueses reduziram em 30% os gastos com a viatura em 2013, fruto de todas as condicionantes económicas, financeiras e sociais. Por outro lado, mostra que os retalhistas dos pneus aprenderam com os erros do passado (a mão-de-obra era oferecida), e já em 2013 houve uma duplicação da mão-de-obra faturada por serviço.

2013

DESPESA MÉDIA EM PEÇAS E ACESSÓRIOS POR VEÍCULO DESPESA MÉDIA ANUAL EM MÃO DE OBRA POR VEÍCULO

ENTRADAS EM OFICINA POR CANAL

2009 N.º MÉDIO DE ENTRADAS EM OFICINA = 1,9

2012 N.º MÉDIO DE ENTRADAS EM OFICINA = 1,7 Especialista Pneus 7% Autocentros e Serviços Rápidos 8%

Autorizadas 31% Multimarca (incluindo chapa) 57%

Autorizadas 22%

Multimarca (incluindo chapa) 63%

Autocentros e Serviços Rápidos 6.5% Especialista Pneus 5.5%

2013 N.º MÉDIO DE ENTRADAS EM OFICINA = 1,8

Autocentros e Serviços Rápidos 5%

Especialista Pneus 16%

Autorizadas 16%

56

Estes gráficos são, sem dúvida, positivos para os Retalhistas dos Pneus, uma vez que demonstram que são o canal com maior crescimento de entradas de viaturas. Significa que são os que se estão a adaptar melhor ao mercado, que tem novas necessidades, novas exigências e, principalmente, com novas tendências.

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

Multimarca (incluindo chapa) 63%

Ficha Técnica: Os dados deste estudo englobam empresas do CAE 453 (Comércio de Peças e Acessórios para veículos automóveis) em cuja designação comercial é mencionado o comércio de pneus, com contas ativas no período em análise. A totalidade da amostra em 2010, 2011, 2012 e 2013 é de, respetivamente, 702, 724, 752 e 688 empresas. A amostra foi dividida em 5 escalões de faturação, de A a E, assim definidos: Escalão A até € 250 mil; Escalão B mais € 250 mil até € 500 mil; Escalão C mais € 500 mil até € 1 milhão; Escalão D mais € 1 milhão até € 2,5 milhões; Escalão E mais € 2,5 milhões


ANÁLISE. RADIOGRAFIA AO MERCADO DOS PNEUS

Falámos com distribuidores e marcas para perceber como correu o ano de 2013, quais as grandes alterações no mercado e as oportunidades para 2014. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

O

negócio dos pneus tem sofrido grandes alterações, sendo a crise uma das principais causas. Isso fez com que mais cedo do que os outros setores as oficinas se juntassem em rede e, mais recentemente, começassem a alargar os seus serviços para além dos pneus, não só para garantirem mais negócio, clientes e… mais venda de pneus, o seu verdadeiro negócio. Mas desde o último semestre do ano passado que o mercado mostra uma grande vitalidade, com muitas novidades ao nível da distribuição também. Falámos com os principais distribuidores e com as marcas para que nos ajudassem a fazer uma radiografia ao setor. Para Luís Aniceto, da S. José, “o negócio dos pneus, a exemplo de outros, passa por uma fase de adaptação aos novos tempos da

economia, com um mercado que caiu nos últimos anos, criando a necessidade das empresas fazerem ajustamentos internos nas suas estruturas para adaptação a esta nova realidade”. Manuel Félix, da Eurotyre, vai mais longe: “o paradigma mudou bastante, e as maiores alterações que temos assistido foram as adaptações das tradicionais casas de pneus para um novo modelo de negócio que está muito para além a substituição de pneus.” Por outro lado, acrescenta, “há um crescente aumento de players no mercado de revenda de pneus, onde cada um procura satisfazer os clientes da melhor forma, com serviço, com disponibilidade ou preço.” Já para Manuela Valente, da Dispnal, o negócio de pneus alterou-se ao nível do tipo de vendas. “Atualmente uma grande percentagem das

vendas são através de plataformas B2B, existe uma necessidade de disponibilidade imediata, uma vez que raramente se efetuam compras para stock e houve também uma alteração quanto às medidas mais vendidas.”. Outra das alterações mais recentes, acrescenta, foi a introdução da etiqueta europeia, “que permite aos clientes comparar os vários tipos de pneus disponíveis em cada marca optando pela melhor escolha dentro de várias variáveis.” Já para a Tiresur, nas palavras de Aldo Machado, “a qualidade do serviço prestado, a disponibilidade de stocks em tempo útil e a evolução tecnológica ocorrida” destacam-se como alterações significativas nos últimos anos. A Aguesport é uma empresa recente e não tem termo de comparação com a última década, mas Pedro Conceição diz que “o


M

TIRESUR

3 000 000

MERCADO

que mudou foi a entrada no mercado de marcas budget (orientais) com mais força via distribuidores, representando uma fatia cada vez mais importante do mercado. As grandes companhias concentram-se cada vez mais nas suas redes e libertam caminho para os distribuidores.” Com todas estas alterações a acontecerem num ano ainda difícil em termos de situação financeira do país, a única forma das empresas se adaptarem é “acompanhar a evolução ‘natural’ e tentando promover soluções inovadoras sempre que possível”, explica Aldo Machado, da Tiresur. Manuel Félix vai no mesmo sentido e diz que na Eurotyre a preocupação passa por “estarem atentos às necessidades dos clientes. Durante as visitas dos nossos comerciais às empresas, gostamos escutar o que estes têm para nos dizer, identificar falhas que, uma vez resolvidas, melhoram todo o processo de comercialização. Estamos convictos que este negócio, tal como outros, serão os pequenos detalhes que nos farão diferentes e que são determinantes na hora da escolha do fornecedor.” Ouvir o cliente e usar as novas tecnologias é uma tendência comum. Manuela Valente, explica que a Dispnal “teve a necessidade de se adaptar às novas tecnologias, tanto a nível das vendas B2B, como a divulgação de informação através de plataformas digitais. Surgiu também

58

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

uma maior necessidade de capacidade e diversidade de stock.” Luís Aniceto, da S. José, explica que a forma de vingar no mercado atual é “continuar a oferecer a mais ampla e vasta gama de pneus do mercado, que vai muito além dos pneus de turismo, SUV e comerciais. Estamos também nos pneus de camião, e todo o tipo de pneus fora de estrada, como a gama de pneus de jardim e golf, pneus de Quad moto 4, de agricultura, empilhador, industriais, Eng. civil, etc” E o segredo, acrescenta, é o stock, com uma grande variedade de dimensões, que cobrem todas as necessidades do mercado, e nas mais variadas marcas e preços, desde as marcas premiun até às marcas Budget. “Os nossos clientes habituaram-se a encontrar na S. José as respostas a todas as suas necessidades”. Além disso, uma forma de contornar a crise interna foi internacionalizar o negócio. “A S. José percorre desde 2012 o caminho da internacionalização, principalmente com a entrada no mercado de Espanha, numa operação que tem sido de grande sucesso, e, mesmo havendo muito caminho para percorrer, neste momento, a presença da nossa empresa é uma realidade notada no país vizinho.”

AS NOVAS REDES Uma das tendências do mercado passa pelas

unidades de pneus de ligeiros vendidos em 2013 em Portugal

10%

Crescimento na globalidade em 2013, suportado nos pneus Budget e Quality

14” E 17” Medidas de pneus mais vendidas em 2013: 175/65R14, 195/65R15, 205/55R16, 225/45R17

novas redes ligadas aos pneus. Para a Tiresur esta “é uma evolução natural no conceito de prestação de serviço dedicado ao cliente, projetando a maximização do serviço e dos resultados dos clientes.” Para a Dispnal, “as novas redes poderão representar uma oportunidade como novos clientes mas, por sua vez, irão prejudicar a dita ‘casa de pneus’, uma vez que o mercado está a emagrecer”. Nenhuma das empresas se mostra surpreendida com esta nova dinâmica. “As redes são um fenómeno que era expectável e a tendência será aumentarem a sua força”, analisa Pedro Conceição, da Aguesport, que acrescenta: “Acredito nas redes suportadas pelas companhias, mas não estou muito convencido do sucesso das redes independentes (a não ser as multinacionais). Com isto não quero dizer que os independentes vão acabar, longe disso, terão é que se adaptar e ser muito mais dinâmicos pois não terão o apoio das companhias”. Para a Eurotyre “é imperativo que os estabelecimentos se modernizem e todas estas redes vieram trazer, à sua maneira, um contributo fundamental para que o negócio se torne cada vez mais profissional.” Para a S. José, “o aparecimento de novas redes é fruto destes tempos mais difíceis, em que as redes procuram tirar partido do clima de alguma incerteza que as empresas de pneus enfrentam e em que estas procuram, ao aderir às redes, que essa adesão lhes vá trazer mais segurança e clientes para dentro das suas casas. Curiosamente, este movimento das redes tinha aparecido há muitos anos, mas então com um objetivo diferente, mais no sentido de melhorar as condições de compra. Esse


objetivo tornou-se menos importante, com o aparecimento de distribuidores como a S. José, que, sem obrigações nem vínculos, deu a possibilidade às casas de pneus de comprar qualquer marca nas melhores condições.” Apesar desta tendência, Luís Aniceto não tem dúvidas que “vão continuar a haver postos de pneus independentes, bem equipados, que continuam a pautar a sua atuação por um enorme carisma e profissionalismo, e que, por certo, vão continuar a ter êxito no futuro.”

A IMPORTÂNCIA DO RENTING Mas se as redes mostram cada vez mais vitalidade também ao nível dos clientes aconteceram algumas mudanças. E as frotas ganham maior peso, na opinião de Aldo Machado: “A diversidade de soluções apresentadas pelas empresas financeiras (nomeadamente através do renting) aumentou significativamente a quota de mercado das frotas fator que, muitas vezes, leva a que se realizem negócios menos “racionais” e que desvalorizam o valor acrescentado das oficinas e do mercado da distribuição”. Manuela Valente tem a mesma opinião: “Devido á instabilidade que existe no ramo automóvel, surgiu a necessidade de algumas empresas se adaptarem ao mercado. Desta forma, foram surgindo novos clientes, como as empresas de leasing/renting (frotas) e as oficinas independentes”. Já no sentido inverso, “as casas de pneus tiveram a necessidade de colocar pequenos serviços de mecânica para combater a crise do setor.” Apesar das alterações ao nível de novos clientes, Manuel Félix afirma que “no final, serão sempre os mesmos.” E Luís Aniceto vai pelo mesmo caminho: “Temos como clientes todo o tipo de empresas que comercializam pneus, desde a tradicional loja independente, como os aderentes a redes, concessionários e oficinas de mecânica, etc.”. As casas de pneus acabaram por se ver “obrigadas” a oferecer alguns serviços rápidos para chamar mais clientes. É um meio de vender mais pneus? “Os serviços de mecânica, principalmente a mecânica rápida, são hoje uma vertente de negócio que é normal encontrar numa casa de pneus. Dizemos vertente de negócio, porque é assim que deve ser encarado, e não como uma forma de vender mais pneus”, defende Luís Aniceto, da S. José. Já para Manuel Félix, da Eurotyre, “essa foi uma forma das casas de pneus proporcionarem um serviço holístico, uma vez que a mecânica poderá proporcionar a estes estabelecimentos mais uma forma de rentabilização de pessoas, espaços e equipamentos.” Também para

Manuela Valente, da Dispnal “o aparecimento do serviço de mecânica nas casas de pneus foi, sem dúvida, uma das soluções encontradas para combater a crise e rentabilizar as empresas, com mais este complemento”. E, acrescenta, esse passo acabou por ser natural, porque “algumas das casas de pneus tinham as condições necessárias e, em muitas situações, um serviço de mecânica como uma revisão leva também à venda de dois ou quatro pneus”. Para Aldo Machado, da Tiresur, o principal motivo prende-se com outro

“O CASO DAS ENTREGAS 4 E 6 VEZES AO DIA É UMA ABERRAÇÃO. OS DISTRIBUIDORES ESTÃO A CRIAR CUSTOS QUE NÃO SEI SE OSIRÃO CONSEGUIR SUPORTAR POR MAIS TEMPO.” PEDRO CONCEIÇÃO, AGUESPORT

fator, “nomeadamente no que se refere à diversificação e maximização dos recursos disponíveis e, em casos específicos, à ‘libertação’ da total dependência do pneu como único fator de sustentabilidade do negócio.” Pedro Conceição, da Aguesport, olha para o futuro e diz que “o negócio de pneus puro, ou seja, casas de pneus que só vendem pneus terá um futuro limitado. É importante que se adaptem e comecem a vender outro tipo de serviços que contribuam para aumentar a rentabilidade. As oficinas de mecânica já há algum tempo começaram a montar pneus e as casas de pneus tem que fazer o inverso, é inevitável.”

NOVAS REPRESENTAÇÕES Nos últimos meses têm sido algumas as movimentações no mercado, também ao nível de novas representações e novas marcas que chegam. E isso, diz Pedro Conceição, “é um claro sinal da vitalidade dos distribuidores e também um sinal que as marcas a nível mundial perceberam que entregar as suas marcas aos grandes ‘brokers’ europeus não as fez crescer e decidiram dar mais condições a operadores locais que desenvolvem as marcas e no final acabam por vender mais. Veja-se o caso da Kumho.” Aldo Machado acrescenta que este “é também um sinal de que os fabricantes olham para o mercado português com muita atenção. Notese que em 2013 não encerrou qualquer player com relevo no mercado, tendo até surgido FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

59


M

OS 20 MAIS VENDIDOS

MERCADO

novos distribuidores. É, portanto, um mercado em (r)evolução”. Manuel Félix explica que esta é “uma movimentação importante e necessária.” Para Luís Aniceto “é normal em qualquer mercado haver reajustes nas representações das marcas, com o desaparecimento de umas empresas e o aparecimento de outras, que naturalmente se propõem a fazer um trabalho melhor do que as anteriores. É um sinal de vitalidade dos mercados.” Manuela Valente tem algumas dúvidas sobre esta vitalidade do mercado: “Poderá não ser um sinal de vitalidade do mercado, mas sim o inverso. O ano de 2013 serviu de exemplo, dado que em Portugal foi possível constatar estas alterações. Isto porque foi um ano muito difícil para todos os mercados, mas mesmo assim foi possível constatar o aparecimento de novas empresas e marcas com preços atrativos. Mas em 2014, iremos verificar que este assunto ditará novas alterações ainda muito mais complexas com a entrada da Índia. Apesar da crise que atravessa o mercado português, todos tentaremos encontrar soluções viáveis para manter o nível de vendas sustentável.”

MÚLTIPLAS ENTREGAS A própria evolução da distribuição fez com que os operadores aumentassem o número de entregas. Como é que isso influencia o próprio negócio? “É do conhecimento geral que a Eurotyre é a única empresa no mercado nacional a proporcionar 6 entregas diárias para clientes dentro da Grande Lisboa. Para muitos clientes este serviço é fundamental, uma vez que fazem do nosso armazém o seu armazém, 60

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

já que recebem a mercadoria em 90 minutos”, explica Manuel Félix. Manuela Valente, da Dispnal, acredita que “o formato de entregas 4 a 6 vezes ao dia influencia o negócio de qualquer empresa, até porque cada vez mais se vê a compra com o formato ‘imediato’, ou seja, o cliente precisa de pneus para ‘já’. A empresa que dispõe deste formato tem a hipótese de responder mais rápido às necessidades do cliente, mas isso também depende sem da sua localização geográfica e dos custos inerentes. Por exemplo, no nosso caso, os clientes situados num raio de mais ou menos 30 a 40 km, dependendo do tipo de pedido, beneficiam de entregas efetuadas diretamente pelas nossas viaturas.” Para a Tiresur, esta evolução é vista “de forma muito positiva para a valorização dos operadores/distribuidores junto do cliente, tornando-os peças influentes no negócio”. Já para Luís Aniceto, da S. José, “as entregas de varias vezes ao dia, nas grandes cidades, são anunciadas por alguns distribuidores que procuram chamar sobre si a atenção, como fator de possível de diferenciação. Com o natural aumento do número de distribuidores que também o vai fazer, vai sendo desvalorizado, podendo eventualmente acontecer, que, como em outras áreas de negócio, as vantagens não superem as desvantagens”. Crítico acerca desta estratégia é Pedro Conceição, da Aguesport: “Penso que o caso das entregas 4 e 6 vezes ao dia é uma aberração. Os distribuidores estão a criar custos que não sei se os irão conseguir suportar por mais tempo. As farmácias não entregam 6 vezes ao dia e falamos de medicamentos. Obviamente que os distribuidores vieram trazer mais eficiência na logística o que permitiu que as casas de pneus possam trabalhar com stocks mais reduzidos (principalmente em alta gama), mas nem oito nem oitenta.”

NOVAS OPORTUNIDADES Para 2014 esperam-se algumas novidades oportunidades no setor do pneus. Isto apesar de, de acordo com Manuela Valente, “não surgirem tantas oportunidades como gostaríamos, mas todas as empresas do setor devem estar preparadas para abraçar novas oportunidades e projetos.” Aldo Machado diz que “com um ambiente económico mais positivo, acreditamos que a influência (bastante negativa) do mercado dos pneus usados se reduzirá significativamente e constituirá uma verdadeira oportunidade para o mercado de distribuição e para os nossos clientes.” Já

PIRELLI 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

205/55R16 175/65R14 195/65R15 225/45R17 165/65R14 185/60R14 185/65R15 165/70R13 185/60R15 195/60R15 195/50R15 195/70R15 195/65R15 155/70R13 175/70R13 205/50R17 165/70R14 205/55R16 205/55R16 205/55R16

CAR V CAR T CAR H CAR WYZ CAR T CAR H CAR T CAR T CAR H CAR H CAR V VAN SUMMER CAR T CAR T CAR T CAR V CAR T CAR H CAR WYZ XL CAR V

CONTINENTAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 IO 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

205/55Rl6 V 175/65RI 4 T 195/65Rl 5 H l65/65RI 4 T 185/60R14 H 185/65R15 T 165/70R13 T 185/60R15 H 195/60RI 5 H 195/50RI 5 V 225/45RI 7 Y 225/45R17 W 195/65R15 T 155/70R13 T 175/70R13 T 205/50R17 V 165/70R14 T 205/55R16 H 205/55R1 6 W 205/55RI 6 V XL

para Pedro Conceição, “as oportunidades na distribuição são as marcas que poderão ser desenvolvidas pelos distribuidores e lhes irão trazer outro estatuto.” No ano passado a Aguesport vendeu 140 000 unidades de pneus de ligeiros. Enquanto na Eurotyre a promessa é a de estarem atentos ao mercado, para a S. José, “num mercado dinâmico como o dos pneus, as oportunidades estão sempre a surgir, havendo necessidade das empresas estarem atentas e terem a flexibilidade de dar a melhor resposta a novos desafios.”


ANÁLISE DO MERCADO EM 2013 O QUE PENSAM AS MARCAS?

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erá que a visão das marcas é muito diferente? Continental, Pirelli e Yokohama responderam às nossas perguntas. Para a Pirelli, “a crise económica que afetou a Europa e trouxe o aumento da pressão sobre os preços de todos os intervenientes no setor, reduzindo as margens de lucro, fez com que as oficinas tivessem que diversificar as suas ofertas de serviços, a fim de manter a rentabilidade. O pneu, embora rentável, não é fonte de rendimento suficiente para manter as estruturas de negócios atuais”, diz Arantxa Miró. Já para Ricardo Martins, da Continental “o mercado de pneus está cada vez mais dinâmico, global e também mais competitivo. O que também teve um efeito de seleção natural: os operadores menos preparados enfrentam e vão continuar a enfrentar grandes dificuldades para sobreviverem. Como consequência da crise económica, as pessoas deslocam-se cada vez menos, para além de que os problemas financeiros proporcionaram a entrada de pneus usados no mercado de substituição. No entanto, o consumidor está também cada vez mais atento ao comportamento e, principalmente, à segurança do seu veículo”. Para responder às mudanças do mercado, a Continental iniciou em 2012 a sua Rede de Agentes Recomendados, “um conceito direcionado para o cliente com a tónica no ‘respeito’ pela ‘individualidade’ de cada um dos nossos parceiros.” Em Janeiro de 2014 conta já com 90 parceiros. “Este ano a nossa estratégia está centrada essencialmente no desenvolvimento e consolidação dos atuais parceiros, com um crescimento residual”, acrescenta Ricardo Martins. Victor Cañizares, da Yokohama, refere que “o aumento de 14,9% na procura em comparação

com 2012, no segmento de PCR (turismo, 4x4 e VAN), foi maior do que o esperado no início de 2013. Ignorando as possíveis exportações existentes e imputadas a estes dados, devemos dizer que as marcas budget têm sido as grandes protagonistas. A crise está a afetar a sociedade e esta está a responder de forma lógica procurando produtos substitutos para as primeiras marcas. O preço tem sido um factor chave na tomada de decisões.” Por isso quando lhe pedimos para enumerar as principais alterações de mercado refere: “O consumidor final estende a vida útil dos pneus até ao extremo e uma vez tomada a decisão de trocar os pneus o preço é tido como o fator principal; o canal procura melhoria da tesouraria através da redução de custos e do armazenamento; o produtor reduz custos e preços para adaptar-se às necessidades do mercado; toda a cadeia de valor procura eficiência e eficácia; por último, o aumento da procura em unidades e não em valor”. No que diz respeito às novas redes ligadas aos pneus, a Continental explica que isso “possibilita, acima de tudo, a prestação de um serviço mais eficaz, mais profissional e com mais qualidade, muito centrada na satisfação na captação e fidelização do consumidor final. Efetivamente as redes permitem enfrentar melhor os novos desafios que se vão colocando. Estar associado a uma rede traz um conjunto de vantagens ao parceiro, e que vai desde a partilha de informação de mercado, até à própria imagem gráfica, que lhes permite ter um maior poder de comunicação e projeção perante o consumidor final. Na Continental acreditamos que uma parte importante do volume de negócios do retalho irá passar pelas redes.” Para a Pirelli, “ estamos a assistir a um processo de agrupamento de oficinas, que

De acordo com dados da Continental para o mercado português no geral, o mercado total de pneus cresceu, em 2013, na ordem dos 12%. O maior crescimento deu-se no segmento UHP (Ultra High Performance), representado por pneus com jante superior a 17 polegadas. Foi um crescimento na ordem dos 20% em 2013. Nos últimos 3 anos assistiu-se a uma duplicação de vendas neste segmento, uma tendência que se irá manter nos próximos tempos. Outro indicador importante relativo ao ano de 2013 é o crescimento das vendas de pneus para veículos comerciais, que assinala a recuperação económica de um país, já que revela a disponibilidade das empresas para investir e realizar negócio, movimentando mercadorias.

utilizam estas estruturas como apoio para fortalecer a sua presença no mercado e lidar com as alterações que estão a ocorrer. Em qualquer caso, observamos a permanência de alguns independentes que preferem manter a sua posição e desenvolvem um estilo de gestão flexível.” Nas marcas não há dúvidas de que o aparecimento de se incentivar o serviço de mecânica nas casas de pneus foi a forma encontrada de vender mais pneus. “Obviamente que sim. Ao oferecer serviços adicionais aos pneus atrai mais clientes, aumentando a probabilidade de vender pneus”, explica Arantxa Miro, da Pirelli. Ricardo Martins, da Continental, diz que “os retalhistas de pneus vêem também a necessidade de fazer esta mudança. Houve necessidade de investir no aperfeiçoamento de uma oferta integrada de qualidade que aumente o volume de clientes ao final do mês e que em simultâneo os fidelize. O consumidor hoje pode no mesmo local efetuar todas as operações necessárias à manutenção do seu automóvel. As exigências do mercado obrigam a uma diversificação dos serviços e produtos como forma de fidelizar o consumidor final.” Para a Continental, que vendeu cerca de 3,6 milhões de pneus em Portugal no ano passado, existem várias oportunidades a explorar durante este ano de 2014: “Uma delas é a diversificação no tipo de serviços prestados. As redes de pneus já fazem de uma forma regular intervenções na área da mecânica e dos sistemas de travagem do veículo, por exemplo. Outra oportunidade é a diferenciação pela forma de comunicar”. A Yokohama diz que “a chave do sucesso será desenvolver uma relação de confiança entre todos os intervenientes na cadeia de valor: o consumidor final - canal - produtor.” FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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F FORMAÇÃO

MEGA MUNDI. INAUGURA CENTRO DE FORMAÇÃO Duas das mais antigas pretensões da rede Mega Mundi foram finalmente concretizadas com a inauguração do Mega Point, um espaço que funciona como centro de formação e como casa de pneus com serviços rápidos. TEXTO PAULO HOMEM

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êm sido boas as notícias da Mega Mundi em 2014. Primeiro foi o anúncio da parceria com a PointS no início do ano, depois a recente inauguração do primeiro centro de formação e posto de pneus pertencentes à própria Mega Mundi, dando corpo a uma antiga pretensão dos seus acionistas. “Em 1999 tinha sido aprovada internamente a criação de dois pontos da Mega Mundi, um em Lisboa e outro no Porto”, começa por relembrar Jorge Correia, da direção da Mega Mundi. Não se concretizou entretanto, mas como os tempos são outros e existem imposições legais a cumprir (ao 62

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

nível da formação), além da forte pressão do mercado, da concorrência e dos clientes em matéria de qualidade de serviço, estes fatores acabaram por levar os responsáveis da Mega Mundi a criar o seu primeiro centro de formação (inaugurado em outubro), num projeto pensado em duas fases. “A primeira fase é criar dentro da rede disponibilidade de formação para todos os trabalhadores, cumprindo também as exigências legais de formação e, numa segunda fase, criar protocolos com entidades da tutela, como o IEFP e outros, proporcionando formação e estágios para quem vier a integrar alguns dos acionistas”, refere Jorge Correia.

Mas os objetivos deste centro de formação não ficam por aqui, já que a ideia é também ajudar e apoiar no recrutamento de pessoal técnico para os acionistas (neste caso mais do sul), que posteriormente é colocado na casa de pneus de um acionista com outro nível de conhecimento e de experiência. “Com o desemprego que existe e com os apoios que vão existindo à contratação por parte do Estado, existem oportunidades de recrutamento, que nos permitem formar profissionais com melhor qualificação para os acionistas da Mega Mundi”, explica o mesmo responsável. Antes do início de 2015 vai existir um plano de


TAMBÉM NO PORTO O objetivo da Mega Mundi é replicar este mesmo conceito no Porto com a maior brevidade possível, porém, “nada disto se faz sem investimento e para desenvolvermos este conceito contámos com excelentes parceiros que acreditaram também neste projeto”, afirma Jorge Correia. Continental, Pirelli, Dispnal, Garland e PointS integraram este projeto Mega Point, que visa, acima de tudo, “fidelizar parceiros que estejam connosco e fazer um trabalho em conjunto de modo a qualificar pessoas que tragam mais-valias para a rede Mega Mundi” explica o mesmo responsável.

formação anual que vai ser proposto a todos os acionistas, com datas e em áreas técnicas (alinhamentos, equilíbrios, mecânica rápida, equilibrios, etc) e não técnicas (atendimento ao cliente, gestão, etc). Numa terceira fase é intenção da Mega Mundi dinamizar protocolos com os fabricantes de pneus e com os fornecedores de equipamentos, disponibilizando o espaço para eles próprios dinamizarem a formação (ou outras iniciativas) para os seus clientes, mesmo que estes não pertençam à rede Mega Mundi.

POSTO DE RETALHO A segunda componente deste projeto Mega Point passa pelo atendimento direto ao público. É a primeira vez que a Mega Mundi investe, juntamente com alguns parceiros, num posto próprio de assistência a pneus, que permitiu também a esta rede estar presente numa área geográfica onde não tinha representação. “Queremos que este espaço sirva, acima de tudo, como modelo para todos os que trabalham e venham a trabalhar na Mega Mundi”, refere Jorge Correia, explicando que foi também por isso que este não é exclusivamente um posto de pneus pois os serviços rápidos também estão presentes. “Mas fomos ainda mais além, pois alguns

É A PRIMEIRA VEZ QUE A MEGA MUNDI INVESTE, JUNTAMENTE COM ALGUNS PARCEIROS, NUM POSTO PRÓPRIO DE ASSISTÊNCIA A PNEUS

serviços que não temos aqui, como as lavagens, é feito por alguns parceiros, mas não queremos entrar na mecânica mais pesada”, explica o mesmo responsável, revelando que “sendo um centro modelo serve também para mostrar aos acionistas o caminho que um negócio destes na atualidade deve percorrer”. O primeiro Mega Point tem uma localização privilegiada, pois está junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, mas a escolha deste espaço deve-se acima de tudo ao facto “de nos proporcionar juntar nas mesmas instalações o centro de formação e o posto de pneus”. A sua localização será também muito importante para dinamizar o negócio como potenciar a imagem e os serviços Mega Mundi. Com quatro baias de serviço viradas para o exterior, uma delas para serviços rápidos separada das restantes, o Mega Point possui um salão de formação teórica, um espaço de recepção orientado para o cliente e um pequeno armazém de apoio com pneus e peças.

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R R E C A U C H U TA G E M

RECAUCHUTAGEM SÃO MAMEDE. FORTE IMPULSO NA QUALIDADE DO PRODUTO E SERVIÇO Há pouco mais de um ano a Recauchutagem São Mamede mudou para umas modernas instalações. Construídas de raiz para a atividade que a empresa desempenha, estas instalações contribuíram decisivamente para um aumento da qualidade do produto e do serviço. TEXTO PAULO HOMEM

C

omo o próprio nome indica, a Recauchutagem São Mamede dedica grande parte da sua atividade à recauchutagem de pneus, tendo uma forte especialização em pneus para veículos comerciais e pesados.

A mudança da empresa das instalações na Zona Industrial de Sande para as atuais, em Selho São Jorge (Guimarães) permitiram acima de tudo uma nova organização da atividade produtiva, agora totalmente informatizada e com novos equipamentos que visaram a melhoria da qualidade do produto 64

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final, mas também uma forte melhoria no serviço ao cliente final.

RECAUCHUTAGEM Das anteriores para as novíssimas instalações a Recauchutagem São Mamede (empresa que tem o seu processo produtivo certificado e homologado desde 2006) investiu também em novos equipamentos. “Passamos a ter mais um autoclave, uma xerografia e uma extrusora automática que permitiu melhorar a qualidade final do pneu recauchutado”, refere Jorge Pereira, gerente da empresa.

Atualmente a produção da Recauchutagem São Mamede chega aos 115 pneus / dia em média, cerca de 10% acima da que tinha em finais de 2012, mas “temos como intenção aumentar ainda mais a nossa produção de forma gradual. Com a capacidade instalada podemos até duplicar a nossa produção diária”, revela o mesmo responsável da Recauchutagem São Mamede.Cerca de 75% da produção de pneus da Recauchutagem São Mamede corresponde a pneus para veículos pesados, sendo que os restantes 25% destinam-se essencialmente a


ONDE HÁ CARCAÇAS? Um dos problemas que afeta sempre qualquer recauchutador é o das carcaças, ou melhor, da falta delas. “O problema é atualmente mais grave do que acontecia num passado recente”, revela Jorge Pereira, gerente da Recauchutagem São Mamede. Para este responsável o problema não tem só a ver com a entrada de muitos pneus de pesados de má qualidade no mercado português nos últimos anos, mas porque houve mercados, como o africano, que passaram a consumir muito mais carcaças. Por outro lado, devido à crise económica, atualmente as empresas de transportes estão a recauchutar mais os pneus das suas frotas, o que faz com que exista alguma escassez de produto. Contudo, parte da produção de pneus recauchutados são de carcaças nominativas (que já pertencem ao cliente), conseguindo a empresa ter também produção para stock.

GARANTIA E CERTIFICAÇÃO veículos comerciais. Mantendo o processo de recauchutagem a frio, o investimento numa xerografia permite controlar todas as carcaças recebidas e assim introduzir na produção apenas os pneus que tiveram condições para tal. Mesmo no final da produção, caso a inspeção visual levante alguma suspeita sobre algum problema com o pneu recauchutado, o mesmo volta a ser inspecionado na xerografia. Em termos de fornecedores de pisos e de borrachas, a Recauchutagem São Mamede trabalham com a EIB e a Borvul (duas empresas nacionais de borracha), apostando ainda noutras marcas de referência como a Vipal e a Marangoni. Com posicionamentos de mercado distintos e pisos diferenciados, a Recauchutagem São Mamede tem a possibilidade de fornecer os seus clientes em função das suas necessidades.

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“O tipo de borracha a ser usada em cada tipo de pneu depende muito da utilização que o pneu vai ter. O cliente é que escolhe mas, muitas vezes, tem em conta a nossa experiência, somos nós que aconselhamos ao cliente qual é a melhor solução para ele”, explica Jorge Pereira.

CLIENTES DE FROTA A forte especialização da Recauchutagem São Mamede em pneus para veículos pesados (seja de camião seja de autocarro) levou a empresa ao longo do tempo a adaptar os seus serviços ao cliente de frotas. Para além da ação comercial constante, apresentando os seus produtos ao cliente frotista, a empresa incentiva a sua utilização através de testes reais. “É uma prática que nos permite demonstrar as vantagens de utilização de pneus recauchutados. Serve também para dinamizar toda a oferta de serviços que lhes podemos fornecer” afirma o gerente da Recauchutagem São Mamede. No entender desta empresa o argumento de utilização de um pneu recauchutado em frota, face a um novo, não é apenas o preço mas também a sua quilometragem. “A relação custo / quilómetro é fundamental

No entender dos responsáveis da Recauchutagem São Mamede a qualidade dos produtos que comercializa é insuspeita. O processo de recauchutagem a frio, que a empresa utiliza, cumpre o regulamento 109 o que leva a que a empresa seja regularmente auditada. Também a parceria que tem com os seus fornecedores de borracha e de pisos, todos eles certificados, atestam a qualidade do produto final. Porém, o que mais contribuiu recentemente para a qualidade do produto final foi o investimento em novos equipamentos, nomeadamente numa xerografia, que permite que a Recauchutagem São Mamede faça uma inspeção rigorosa e criteriosa a todas as carcaças antes de entrarem em produção. Desta forma, a questão da garantia quase nem se coloca segundo os responsáveis da empresa. “Temos muita confiança no produto que comercializamos. Existem poucas reclamações, mas sempre que acontecem avaliamos com o cliente o que se passou, chegando-se quase sempre à conclusão que nada tem a ver com o produto em si mas sim com a sua utilização”, afirma Jorge Pereira.

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R R E C A U C H U TA G E M

para muitos dos nossos clientes, sendo este um dos grandes argumentos do nosso recauchutado. Numa altura em que as empresas olham para os custos, a opção por um recauchutado de qualidade é muito vantajosa”, assegura Jorge Pereira, explicando que a Recauchutagem São Mamede tem dados muito concretos sobre a utilização quilométrica dos seus pneus. Outra das vantagens da Recauchutagem São Mamede é apresentar uma gama muito extensa de produto, que cobre todo o tipo de utilização de um veículo comercial ou pesado. “Temos tido um excelente apoio dos nossos fornecedores que têm acompanhado as necessidades do mercado, permitindo assim responder a qualquer cliente, tenha ele o tipo de veículo que tiver”, explica Jorge Pereira. Para complementar a sua oferta a Recauchutagem São Mamede disponibiliza ainda pneus novos, nomeadamente para o eixo de direção (quase não se faz a recauchutagem de pneus para este eixo), tendo para o efeito um stock mínimo. Com as novas instalações a Recauchutagem São Mamede passou também a disponibilizar o serviço de pneus tradicional para pesados (através de um posto de retalho), disponibilizando assim a assistência com condições excecionais que num passado recente a empresa não dispunha.

ASSISTÊNCIA MÓVEL Não menos importante no serviço que dinamiza para os seus clientes é a carrinha de assistência móvel. Através de acordos ou em 66

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

função das necessidades pontuais do cliente, a Recauchutagem São Mamede certificou este serviço móvel (lançado em 2009) que está disponível 24 horas por dia. Mesmo que algumas empresas com frotas já assegurem elas próprias alguns dos serviços de pneus, o certo é que a aposta nesta unidade móvel tem sido vista como uma importante ferramenta na dinamização dos serviços da Recauchutagem São Mamede e “uma mais valia para os clientes, que assim reduzem o tempo de imobilização dos seus clientes”, refere Jorge Pereira. Cada vez mais está ultrapassada a questão (ou o estigma) que incide sobre o pneu recauchutado, segundo o responsável da Recauchutagem São Mamede. A certificação

O INVESTIMENTO NUMA XEROGRAFIA PERMITIU CONTROLAR TODAS AS CARCAÇAS RECEBIDAS E ASSIM INTRODUZIR NA PRODUÇÃO APENAS AS QUE TENHAM QUALIDADE

das empresas de recauchutagem, a cada vez maior qualidade do produto recauchutado, a presença das marcas premium neste negócio, a excelente relação custo / quilómetro dos pneus recauchutados e a boa experiência que as empresa de transportes têm tido com este tipo de produtos são razões, no entender da Recauchutagem São Mamede, para acreditar no futuro do pneu recauchutado.

CÁ DENTRO E LÁ FORA Para além do enorme investimento que fez em Setembro de 2012, quando ocupou as novas instalações, a Recauchutagem São Mamede tem uma longa tradição de investimentos, como são exemplos as sucessivas melhorias que fez na sua unidade produtiva. A empresa dispõe de uma unidade de retalho (que faz ligeiros e pesados) perto de Braga, e investiu ainda numa outra unidade de retalho, desta feita em Angola. Aliás, Angola passou a ser um dos mercados onde a Recauchutagem São Mamede passou a estar presente, não só com esta unidade mas também exportando os pneus recauchutados que produz em Guimarães. A exportação era mesmo um dos objetivos da empresa quando investiu nas novas instalações, um processo que também já se estendeu a Espanha e que irá prosseguir no futuro.


R REDES

FEU VERT. DIVERSIFICAÇÃO E INOVAÇÃO A recente abertura de mais duas unidades da Feu Vert, em Gaia e Coimbra, são a parte visível de uma série de outras novidades e estratégias seguidas por esta rede de centros auto. TEXTO PAULO HOMEM FOTOS RUI FONSECA

P

olítica de aberturas, pneus e novos serviços foram as razões principais que nos levaram à Feu Vert. Aliás, a dinâmica deste tipo de redes de centros auto mostra facilmente que o mercado oficinal evolui, nos dias de hoje, a um ritmo impressionante. Em termos de extensão de rede, depois de abrir em fevereiro em Gaia um segundo centro auto, a Feu Vert passou a estar representada em Coimbra. “Ainda não estamos presentes em algumas capitais de distrito, mas a nossa aposta continuará a ser o reforço da presença nos grandes centros, nomeadamente na grande Lisboa e grande Porto. Preferimos reforçar a

presença nestes centros porque é onde está o volume de mercado, mas também por questões de reforço da imagem e notoriedade da marca”, garante Nuno Figueiredo, Product Manager da Feu Vert em Portugal. Não sendo uma novidade mas uma tendência, a Feu Vert tem caminhado no sentido de oferecer ao cliente serviços cada vez mais técnicos, sem contudo deixar a sua vocação nos serviços rápidos. Sobre isto, Nuno Figueiredo, realça que se trata de uma aposta que visa uma maior rentabilidade dos serviços. “É verdade que o tempo que se pode demorar a montar uma distribuição equivale a 3 ou 4 mudanças de óleo, mas como o mercado

está muito agressivo ao nível dos preços dos serviços rápidos, a margem libertada por estes é cada vez mais reduzida”, assegura o mesmo responsável, confidenciando que “as nossas oficinas estão perfeitamente equipadas para os serviços de mecânica mais tradicional, como temos apostado em mecânicos com muita experiência e aos quais damos formação constante para estarem aptos a mudar um pneu ou fazer um serviço técnico mais complexo”. O conceito, no entender de Nuno Figueiredo, é também aproximar os centros Feu Vert de um tradicional concessionário, prestando serviços mais técnicos sem contudo perder o conceito original. A prova desta aposta foi o FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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R REDES

lançamento do serviço de Revisão Oficial, que já está implementado na rede, mas que exigiu o recurso a meios técnicos e a muitos dados técnicos para o poder dinamizar ao cliente. Uma recente novidade, ainda no plano técnico e na disponibilização de outro tipo serviços, foi a parceria feita com a Fafediesel (e por inerência da Marcodiesel). Dessa forma, a rede Feu Vert passou a dispor de serviços no domínio da injeção e turbos, que vêm ao encontro de uma necessidade do mercado, fruto dos problemas causados nestes componentes pela utilização de combustíveis de menor qualidade ou por se circular com o depósito de combustível quase vazio. 68

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

PNEUS FEU VERT A grande alavanca do negócio nos centros auto são os pneus. Em 2013 a aposta foi o lançamento de uma marca própria “Feu Vert” em toda a rede a nível internacional. O caderno de encargos deste pneu Feu Vert Efficiency assentou na longevidade e na performance em molhado, onde a questão da segurança era importante. De construção Continental (algumas medidas são mesmo feitas em Portugal) o pneu Feu Vert tem ainda indicador de desgaste intermédio e indicador de alinhamento, apresenta um desenho moderno e uma gama muito abrangente de medidas de 13 a 18 polegadas. “É um produto com uma excelente relação qualidade / preço, com posicionamento Quality mas com algumas características Premium”, explica Nuno Figueiredo, assumindo que é neste momento o pneu com mais representatividade nas vendas da empresa, que tem como objetivo “poder encaminhar vendas dos segmentos budget para um segmento superior”.

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SERVIÇO INOVADOR Uma das estratégias de qualquer centro auto é a procura constante de novos produtos e serviços que permitam dinamizar a oferta final para o cliente. Neste mês de setembro foi lançado em folheto na rede Feu Vert, um produto que permite poupar até 30% combustível nos consumos de um automóvel. Designado por Ultimate Cell, este dispositivo permite a otimização de motores de combustão interna, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de gases de escape, podendo ser usado em veículos com motores a gasolina, gasóleo, etanol, biodiesel e GPL. Este produto, que poderá ser instalado em qualquer veículo e em qualquer centro auto da Feu Vert, foi ensaiado e aprovado pelo Instituto Superior Técnico, pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) e pelo Instituto de Mobilidade e Transportes terrestres (IMTT). A rede Feu Vert vai ter o exclusivo da comercialização nesta fase, estando os técnicos já formados e certificados para efetuar a montagem deste produto nesta rede. “Este produto poderá numa fase inicial causar alguma apreensão ao cliente”, reconhece Nuno Figueiredo, mas “a certificação e homologação a que o mesmo foi sujeito, e as entidades envolvidas neste processo, garantem a qualidade deste produto”.



S SALÃO

REIFEN 2014. O MUNDO DOS PNEUS REUNIDO

A TURBO OFICINA foi até à Alemanha tomar o pulso ao setor dos pneus, no maior salão europeu da especialidade. O controlo de pressão de pneus marcou o evento, tal como os prémios de inovação e algumas novidades das marcas presentes. TEXTOS CLÁUDIO DELICADO EM ESSEN

A

Reifen, em Essen, Alemanha, é a mais importante feira de pneus da Europa e este ano reuniu cerca de 20 mil visitantes, de 130 países. A equipa da TURBO OFICINA também lá esteve, entre os 64% de visitantes estrangeiros, o que corresponde a um crescimento de 12% face à edição anterior. Com 670 expositores de 44 países, foram mais as empresas presentes, apesar de se notar um decréscimo dos expositores provenientes da Ásia. Das marcas líderes de mercado (incluindo os 20 maiores produtores de pneus do mundo) às empresas mais pequenas, todos trouxeram novidades mas, mais do que mostrar as novidades, o principal objetivo das empresas é fazer contactos, falar com os clientes e desenvolver novos negócios. A próxima edição tem lugar entre 24 e 27 de maio de 2016. No primeiro dia da Reifen Essen, foi 70

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

assinado um acordo de cooperação entre a Automechanika e a Reifen Essen no sentido de alargar a oferta das feiras Automechanika a nível mundial. A Automechanika e a Reifen Essen, ambas feiras líderes nos respetivos setores, passam a apresentar o setor dos pneus como grupo de produto específico. As empresas que estão no setor dos pneus e que marcaram presença na Reifen Essen vão assim poder contar com 14 plataformas internacionais Automechanika para a apresentação dos seus produtos, de Moscovo a Xangai, de Joanesburgo a Istanbul ou Dubai. É possível que a partir de 2018 a Reifen e a Automechanika se possam mesmo fundir.

DESTAQUE PARA O TPMS Os sistemas de controlo de pressão de pneus (TPMS) foram as estrelas do salão.

Não foi por acaso, uma vez que existiram várias marcas a abordar o assunto, além de ter havido uma conferência específica sobre um tema cada vez mais atual. Porquê? A sua montagem será obrigatória no primeiro equipamento em todos os veículos que se fabriquem na Europa a partir do próximo dia 1 de novembro deste ano. Por isso, foi importante referir os aspetos legais desta nova legislação europeia, os sistemas homologados, mas também os diferentes sensores que são montados para a monitorização da pressão dos pneus e a sua instalação, assim como os kits de reparação e as ferramentas especiais necessárias para a sua manipulação, instalação e substituição. Durante a conferência foram sublinhadas as vantagens do TPMS, tanto para o


MARCA A MARCA BRIDGESTONE O stand de 550 m2 serviu de base à presença da Bridgestone em Essen, com destaque para a gama completa das marcas Bridgestone, mas também da Firestone, Bandag e Protread. Além da entrada no segmento agrícola e de várias novidades no segmento de pesados, a Bridgestone levou também a sua mais recente tecnologia à Alemanha, nomeadamente o seu sistema de Monitorização de Pressão (TPMS) e a última versão da aplicação ToolBox. CONTINENTAL A marca alemã aproveitou o imponente stand de cerca de 450 metros quadrados para mostrar as principais gamas das suas marcas. Além da Continental (leia mais na pág. 78), destaque para a Uniroyal, Semperit, Barum e Matador. ETERNITY A Eternity é a nova marca do Grupo Al Dobowi para o mercado europeu de pneus. A marca optou pelos mercados de Espanha e Portugal para a sua primeira fase de comercialização no continente europeu. Esta é uma marca que se caracteriza pela excelente relação entre qualidade e preço, assim como a sua ampla cobertura de dimensões. Estreia-se com quatro modelos: Ecopeak, Ecosade, Ecology e Ecovive, destinados ao segmento médio confort e altas prestações. Os novos modelos contam um desenho muito atual e com uma gama de dimensões em linha com as necessidades do mercado. Progressivamente serão lançados no mercado novos pneus para ligeiros, 4×4 e comerciais, além de uma gama de pneus para camiões, durante o próximo ano.

consumidor final como para os profissionais do setor. Para os primeiros, é importante para garantir que os pneus circulam sempre com a pressão correta, o que reflete uma condução mais segura e um consumo de combustível mais controlado. Para os profissionais dos pneus, a vantagem passa por poderem especializar mais o seu negócio, uma vez que estes sistemas vão obrigar a melhores conhecimentos técnicos mas também a que as oficinas e casas de pneus disponham de equipamentos específicos. Entre as centenas de stands presentes, mostramos-lhe algumas novidades apresentadas durante o Salão de Essen, uma vez que não há espaço para colocar nestas páginas todos os expositores do maior salão europeu de pneus.

FALKEN A marca japonesa trouxe à Europa importantes novidades, com uma gama totalmente nova. Foi em Essen a primeira apresentação pública tanto do novo pneu Azenis FK453 Run Flat como do mais eficiente Sincera SN832 Ecorun, lançado em Ascari, na Primavera de 2014. Além dos pneus, a Falken destacou a sua nova tecnologia de produção NEO-T01, uma nova forma de construir pneus para produzir produtos mais precisos e leves. O Azenis FK453 Run Flat estará inicialmente disponível em 245/45RF18 96Y e 99Y 275/40RF18. O novo Falken Sincera SN832 Ecorun está disponível em 19 tamanhos diferentes para jantes de 13 a 15 polegadas. FEDERAL A fabricante tailandesa celebrou o seu 60º aniversário em Essen e aproveitou para apresentar as suas novidades ao nível de PCR, UHP, SUV e pneus de inverno e também os pneus específicos para drift, sendo que

MANUEL FÉLIX EUROTYRE “Esta presença serve para recebermos os nossos clientes de Portugal e Espanha mas também para darmos força ao lançamento da nova marca Achilles na Europa, que aposta num segmento premium budget. Mas vamos também ter novidade nas compras online, seguindo a nossa política de estar sempre à frente nas questões tecnológicas. Vamos ter uma aplicação para smartphones e tablets com o nosso catálogo completo, novos projetos de fidelização. Antevemos um segundo semestre muito ativo, também com a abertura de um armazém em Madrid e ampliação do de Barcelona.”

a marca é patrocinadora da modalidade. A Federal trouxe o line-up completo de produtos para a Alemanha, incluindo as gamas Formoza, COURAGIA, 595, Himalaia ICEO e FMS.

GOODYEAR / DUNLOP No stand de 500 metros quadrados a Goodyear/Dunlop apresentou as suas principais gamas, mas partilhou também o espaço com as suas duas outras marcas: Fulda e Sava. Destaque para a estreita cooperação da Dunlop com a Mercedes-AMG. A empresa mostrou também alguns protótipos de pneus e o objetivo a longo prazo é aplicar as tecnologias e compostos utilizados nestes pneus, o Goodyear EfficientGrip AA, o Dunlop Sport BluResponse AA, mas também às linhas de produtos verdes da empresa - Goodyear EfficientGrip e Dunlop Sport BluResponse. GT RADIAL A gama Champiro é sobejamente conhecida na GT Radial, mas em Essen foi apresentado o Champiro FE1, desenvolvido pelo centro de investigação da marca para garantir maior durabilidade, quilometragem e performance melhorada especialmente em piso molhado. O piso consegue agora melhor remoção da água, o que garante melhor proteção contra a aquaplanagem. Por outro lado, apresenta também menor resistência ao rolamento. A GT Radial investiu forte neste pneu, que pretende que venha a ser líder na sua gama. HANKOOK O stand da marca coreana ocupou mais de 300 metros quadrados, onde se destacaram um BMW Série 4 com as cores da polícia, para simbolizar o facto da marca de pneus ser uma das marcas aprovadas pela BMW, FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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RUI CHORADO DISPNAL

SALÃO

“Levamos daqui novidades de todas as marcas que representamos. Na Nankang destaque para a evolução dos pisos no patamar médio alto e um pneu novo de 13 e 14 polegadas na gama ecológica. A marca Toyo, até final do ano, vai lançar o Evo8 de estrada, vai surgir um pneu de 4x4, o Open Country, para reforçar o mercado médio alto no segmento dos SUV. A Petlas mostra um crescimento em toda a gama de ligeiros, mas também nos camiões, com a nova gama lançada até final do ano. Na Ling Long destaque para o Green-Max, HP e UHP com mais medidas. Nos camiões vai ser lançada uma nova gama ainda este ano. Estas novidades vão ajudar-nos no mercado português que, nos primeiros três meses do ano, mostrou uma ligeira melhoria face a 2013. Provavelmente os utilizadores decidiram prolongar a vida do carro e tiveram que trocar os pneus.”

através do Ventus S1 EVO2. Este pneu representa o melhor equilíbrio entre desempenho molhado e seco, talhado para altas performances. No entanto, satisfaz o desempenho e as necessidades ambientais através da minimização da resistência ao rolamento e aplicação ótima do perfil. Graças à sua fábrica na Hungria e do Centro Europeu de Desenvolvimento na Alemanha, a fabricante de pneus diz que a Europa há muito que se tornou sua segunda casa. O destaque durante o salão foram os pneus de elevada performance. Num segmento muito importante na Europa a marca apresentou também a gama Kinergy Eco, que representa a aposta em pneus ecológicos.

INFINITY Depois de ter lançado, em 2013, as suas gamas de pneus de alta performance para ligeiros (Ecomax e Ecosis), a Infinity continuou a desenvolver a performance dos seus produtos. Agora, em 2014, destaque para o Ecopioneer (para jantes de 13 e 14 polegadas) e o Ecovantage (um novo pneu para veículos comerciais ligeiros). A Infinity entra também em duas áreas onde não estava, através do pneu Enviro, o primeiro pneu de alta performance para SUV, disponível para jantes PUBLICIDADE

de 16 a 19 polegadas; e nos pneus de inverno, com o Ecosnow, pouco interessante para Portugal.

INTERSTATE A fabricante de pneus premium budget apresentou nada menos do que três novas gamas completas de pneus (Eco, Race DNRT e IST Run-flat) e 87 novos tamanhos. Na exposição deste ano, a Interstate aproveitou para dar a conhecer o seu portfólio de produtos de mais de 300 tamanhos de pneus de Verão e 280 tamanhos de inverno. O objetivo da Interstate é assumir-se como um fornecedor completo. KENDA A marca tailandesa foi a Essen sublinhar o seu novo slogan: “Foco na Europa”. A Kenda apresentou todo o seu portfólio de produtos para o mercado europeu. O destaque vai para o KR23 A KOMET PLUS, um pneu desenvolvido para ajudar no bom controlo do veículo, em especial em superfícies molhadas e escorregadias, garantindo uma experiência de condução confortável. Destaque ainda para o KR26 VEZDA AST, um pneu de alta performance com um perfil mais duradouro e que garante melhor handling e excelente

controlo e estabilidade em curva para um elevado conforto de condução. A Kenda vai gerir toda a sua atividade europeia a partir do novo quartel-general em Oldenburg, na Alemanha.

KUMHO O fabricante coreano de pneus apontou uma série de estreias para a Reifen 2014. Entre as novidades para pesados (falaremos disso em pormenor na próxima Turbo Oficina Pesados) mas também no segmento dos pneus de inverno, um segmento marginal em Portugal, destaque para a estreia do pneu Solus HA31, que vai entrar no mercado no Outono e, gradualmente, substituir a Solus Vier KH21. A nova linha estará disponível num total de 35 tamanhos para diâmetros de roda entre 13 e 16 polegadas e perfis de 80 a 50. Em comparação com o pneu antecessor, a Kumho reivindica melhor desempenho, nomeadamente na utilização em molhado e na travagem em pisos molhados e escorregadios. LASSA A marca turca de pneus chegou em força a Essen, expondo vários produtos recém-introduzidos no mercado. O destaque na


ANDRÉ BANDEIRA ALVES BANDEIRA

“Esta feira é importante para mostrarmos os nossos produtos, uma vez que estamos já em 11 países. Face ao ano passado o negócio dos pneus está a melhorar, com um crescimento razoável nos primeiros meses deste ano. Com aproximadamente 3 anos de atividade, a AB International promove nestes eventos da especialidade os seus serviços de trading bem como as principais marcas de pneus que distribui para todo mundo através dos seus dois centros de operação situados em Portugal (Mealhada) e no Dubai. Esta feira teve ótimos resultados. Fomos abordados exatamente por quem pretendíamos. Neste momento, os mercados asiático, africano e da América do Sul já nos conhecem, e tudo se torna mais fácil para nós. Temos um dos nossos maiores objetivos concretizados.”

marca produzida pela Brisa, uma joint-venture da Bridgestone/Sabanci foi a nova gama UHP: Phenomena. Outra nova família de pneus é a Greenways, no segmento dos pneus ecológicos, que chega agora ao mercado, com 20 referências com índices de velocidade T e outros tantos no índice H, para jantes de 14 a 16 polegadas e tamanhos de perfil 70-55. A Lassa Tyres está apostada no mercado europeu e em Portugal. De acordo com Irmak Sozer, da marca turca, o mercado português está nos planos de crescimento da marca, graças à recente parceria com a Pneurama.

LING LONG A marca chinesa trouxe 12 novos produtos à Alemanha, entre os quais o Green-Max 4X4 HP, os R701, LR650, LTL812 e o LDL831. Muitos clientes e potenciais clientes passaram para conhecer as novidades de um fabricante que tem ganho mercado na Europa. MAXXIS A marca tailandesa foi a Essen lançar o tão aguardado Energtra MEco3. O novo pneu para ligeiros vem com uma área de contacto reforçada para um melhor pisar e melhor performance em piso molhado. O novo MEco3 foi projetado com uma

parede lateral inovadora para poupança de energia, que ajuda a reduzir a resistência ao rolamento, melhorando a economia de combustível e proporcionando uma viagem mais confortável. A performance em piso molhado foi também uma preocupação no desenvolvimento deste pneu. A Maxxis apresentou também os Pro R1, Victra VS01, Arctictrekker WP05, All Season AP2, Wormdrive AT980E e Camparo.

MICHELIN A marca francesa apresentou em Essen uma ampla gama de seus produtos, incluindo muitos novos lançamentos. Para o setor especialista em recauchutagem também foram apresentadas novidades da Pneu Laurent e Recamic, ambas pertencentes ao grupo Michelin. No segmento de ligeiros destaque para o Pilot Sport Cup 2, o LATITUDE Sport 3, o Alpin 5, o Michelin Primacy 3 ZP e o ENERGY TM EV, este último especialmente dedicado aos veículos elétricos. NANKANG A fabricante tailandesa apresentou três novos pneus para o mercado europeu. Entre eles estão o UHP AS-2, eco-pneu NA-1 e o pneu N-607+. Com estas novidades a Nankang quer

PEDRO SÁNCHEZ GRUPO SOLEDAD

“A grande novidade é o pneu Ecovan da linha Ecoline. Já tínhamos especializado este pneu em ligeiros, agora alargámos a gama também a furgões, offroad e 4x4. Nos ligeiros a novidade é a jante de 18 polegadas, já disponível no mercado. Para as jantes pequenas temos disponível a gama Greenline. Estes produtos vão ajudar-nos também no mercado português, o mercado com mais recauchutados por metro quadrado. É um mercado muito duro onde existem alguns problemas de pagamento, mas onde temos crescido e onde temos muito para crescer. Neste momento temos também um negócio forte na recauchutagem integral de pneus Hankook para frotas”


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PRÉMIOS DE INOVAÇÃO

SALÃO

TECNOLOGIA E PRODUTOS A Yokohama, construtor japonês, convenceu os jurados graças a uma representação visual do comportamento aerodinâmico e acústico dos pneus no rolamento. Em parceria com a autoridade espacial japonesa JAXA e com a ajuda de um supercomputador de pesquisa aeroespacial, a equipa de investigadores foi capaz de mostrar que o nível de ruído do rolamento de um pneu de um carro também depende da estrutura da banda de rodagem do pneu, que é submetido a vários fluxos de compressão. Os novos resultados estão a ajudar a desenvolver pneus mais silenciosos e mais aerodinâmicos.

NEXEN Num stand de 520 metros quadrados a Nexen mostrou a sua nova gama nos pneus, com destaque para o novo N’BLUE HD Plus. Durante a exposição, a Nexen exibiu um total de 21 pneus, incluindo pneus premium recentemente desenvolvidos. A empresa coreana dividiu o espaço em quatro zonas – PCR, SUV, pneus de inverno e Primeiro Equipamento. Além do referido pneu, foram apresentadas mais duas novidades: Winguard Snow G e Winguard WT1.

TOYO A marca japonesa apresentou um novo conceito de stand mais dinâmico e foi exatamente essa a imagem que quis passar ao público europeu. Além de mostrar toda a gama de pneus, com especial destaque para os Nanoenergy3, no segmento eco. O terceiro modelo da familia NanoEnergy beneficia de uma construção melhorada e um novo polímero na composição do piso. Devido a estas melhorias foi aumentada a durabilidade do pneu, o desempenho em piso molhado e a eficiência de combustível. Mas a marca aproveitou este salão para relançar todos os seus sites, num total de 15, um por cada língua (incluindo o português). Foi também apresentada uma nova versão para plataformas móveis (smartphones e tablets).

PIRELLI A marca italiana focou-se muito nos pneus para comerciais e camiões, com várias novidades. Entre os destaques do salão está a mais recente evolução da Pirelli da série: 01 e uma nova gama de pneus NOVATREAD. O respeito pelo meio ambiente foi uma prioridade na agenda da Pirelli em Essen, com as inovações, incluindo a gama NOVATREAD: uma nova gama de pneus totalmente reconstruído usando moldes originais Pirelli. O processo de recauchutagem com um elevado controlo de qualidade significa que NOVATREAD está entre os principais players do mercado, garante a marca. Os produtos NOVATREAD são ideais para aqueles que procuram o mesmo tipo de desempenho como pneus novos, mas a um preço muito vantajoso.

YOKOHAMA Para demonstrar o seu know-how, a Yokohama exibiu o “Aero-Y concept car”, que combina as diferentes áreas de negócio da empresa, ostentando os pneus da próxima geração da marca, protótipo projetado para reduzir a resistência do veículo ao ar, controlando o f luxo de ar nas cavas das rodas. Esta visão de futuro esteve presente juntamente com os produtos atuais da Yokohama, como é o caso dos pneus BluEarth, Geolandar e Advan. A Yokohama sublinhou a presença do seu Advan ST nos Mercedes Classe G, a nova versão desenvolvida para o GLA e o pneu runf lat para o Classe S, além do Advan Sport V105 N-0, que é montado no Porsche Panamera.

crescer no mercado europeu, mas mereceu também destaque durante a feira o pneu ECO2 +, o primeiro pneu produzido na Tailândia a receber uma menção de performance pela TÜV, refere a empresa.

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TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

CONSERVAÇÃO DE RECURSOS E MEIO AMBIENTE O “óscar” nesta categoria foi para o fabricante alemão de jantes, Borbet, pelo seu processo “Jante Natureza”, que junta à tradicional utilização de alumínio um mineral natural. Esta matéria-prima é processada e, como um esqueleto, é integrada na jante sempre que a utilização do metal não é necessária estaticamente. Isso conduz a uma redução de peso sem perda de resistência. CONCEITOS DE SERVIÇO/ OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS O especialista italiano de equilibradoras de pneus CEMB venceu esta categoria, graças ao sistema Paguro P2 para equilibrar pneus de camiões e autocarros. Devido a uma economia de espaço e através de uma operação manual, é especialmente útil para o serviço móvel. MOTOR VEHICLE SERVICE Com a sua ferramenta de limpeza de pernos, a empresa Counteract Balancing Beads venceu esta categoria. O usuário pode limpar até dez parafusos de roda em três minutos, em comparação com as escovas de aço convencionais.

ZENISES O Grupo Al Dobowi criou a Zenises, o seu novo grupo empresarial para a Europa. Este grupo, proprietário da marca Infinity e distribuidor na Europa das marcas Westlake e Ling Long, aproveitou a presença em Essen para anunciar a nova empresa, que se centrará apenas no negócio europeu. A nova empresa anunciou também a criação de uma nova marca de pneus, a Z, que pretende ter uma oferta no campo dos pneus de altas prestações, mas com uma boa relação preço/qualidade e um desenho atrativo. Estarão disponíveis, no início, 40 dimensões.



T E

ESPECIAL

TÉCNICA

O

s sistemas de ar condicionado são hoje tão normais nos automóveis que nem pensamos muito sobre eles, tal o conforto que proporcionam. Porém, se alguma vez se registar uma quebra do rendimento do ar condicionado ou se se manifestarem outras deficiências, será necessária a prestação de uma assistência técnica competente. As instruções de segurança deverão ser rigorosamente observadas. 76

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

AR CONDICIONADO. 10 PERGUNTAS, 10 RESPOSTAS O calor está a chegar e é por esta altura que mais carros acorrem às oficinas para resolver avarias no sistema ou fazer manutenção. É altura de respondermos a algumas perguntas pertinentes e ajudar os mecânicos a prepararem-se também para responder às dúvidas dos seus clientes.

Neste contexto, são imprescindíveis conhecimentos técnicos profundos e a utilização de ferramentas especiais: toda a assistência aos sistemas de ar condicionado deverá ser exclusivamente prestada por um técnico com equipamento e dotado de conhecimentos para o efeito. Só com uma criteriosa preparação e seguindo escrupulosamente cada um dos passos das operações se consegue evitar a perda de tempo, o retorno do carro à oficina e a perda do produto refrigerante.

1 PORQUE É NECESSÁRIO FAZER MANUTENÇÃO DO AR CONDICIONADO? Ao contrário do que indicam alguns fabricantes de automóveis, o sistema de climatização dos veículos deve ter manutenção. Por ano perde-se, de forma natural, até 10% do gás refrigerante que está no sistema através de mangueiras, tubos ou elementos de união. Por isso, ao fim de três anos, a potência de refrigeração cai de forma notável. Além disso, o gás refrigerante


vez por ano. Além disso, o gás refrigerante absorve a humidade do exterior através da sua “canalização”. O filtro desidratante do sistema de climatização pode reter parte dessa mesma unidade. No entanto, atinge a sua capacidade máxima de absorção ao fim de dois anos. Se o filtro desidratante não é substituído com regularidade, a grande quantidade de água acumulada no sistema origina a formação de corrosão. O desgaste excessivo e os danos mecânicos dos componentes do sistema estão programados. Existe também o perigo de que congele a válvula de expansão, o que pode provocar desde enormes perturbações no funcionamento até à avaria completo do ar condicionado. Os elevados gastos que provocam reparações podem evitar-se se o filtro desidratante for substituído de forma periódica.

2 PORQUE DEVE O AR CONDICIONADO SER DESINFETADO COM REGULARIDADE? O evaporador está instalado atrás do quadro de instrumentos e está integrado no sistema de ventilação. A sua colocação de difícil acesso, num ambiente escuro e húmido, oferece as condições ideais para o aparecimento de bactérias, fungos e microorganismos. São sobretudo partículas de sujidade do meio ambiente que se agarram às lâminas do evaporador. Estes germes não desejados chegam através do sistema de ventilação a todo o habitáculo do veículo. Para muitas pessoas estes fatores provocam alergias e estes micro-organismos também provocam o aparecimento de um desagradável cheiro a mofo. Mediante uma desinfeção periódica do evaporador eliminam-se os ditos micro-organismos de forma duradoura. Se a desinfeção se faz de modo adequado e profissional, deixa de existir qualquer risco para a saúde.

que circula no sistema de refrigeração serve de meio de transporte para o óleo que também se encontra no sistema. O compressor de climatização precisa deste óleo para a lubrificação. Se há pouco gás refrigerante no sistema, corre-se o risco de que o compressor não tenha lubrificação suficiente. A consequência pode ser uma avaria total do compressor sendo que a sua reparação pode chegar facilmente aos 1000 euros. Este custo pode evitar-se facilmente verificando o estado do ar condicionado uma

SE O FILTRO JÁ É MUITO VELHO PODEM TAMBÉM FORMAR-SE ODORES DESAGRADÁVEIS NO INTERIOR DO HABITÁCULO.

E É NECESSÁRIO SUBSTITUIR O FILTRO DE HABITÁCULO UMA VEZ POR ANO OU A CADA 15 MIL QUILÓMETROS? Normalmente o filtro de habitáculo é composto por um feltro de microfibra que filtra o pó, a sujidade e o pólen. Os filtros de habitáculo de carvão ativado também protegem contra as substâncias prejudiciais em estado gasoso (composto de hidrocarbonetos, ozono). Quando pensamos que numa hora fluem através do filtro cerca de 300 m3 de ar exterior, podemos imaginar que o grau de saturação é alcançado facilmente ao fim de 15.000 km e que o filtro deve ser substituído. Se isso FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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T TÉCNICA

não acontece, reduz-se a quantidade de ar que flui. Com esta sobrecarga do motor da ventilação do habitáculo e em casos extremos pode danificar-se completamente devido a um sobreaquecimento. Outra consequência provocada por um filtro sujo é o facto de se formarem cristais devido a uma humidade excessiva do ar dentro do habitáculo. Com o passar do tempo, as partículas de sujidade que o filtro mantém afastadas reagem com a humidade do ar. Se o filtro já é muito velho podem também formar-se odores desagradáveis.

4 PORQUE DEVE SUBSTITUIR-SE O FILTRO DESIDRATANTE? O filtro desidratante, também chamado de acumulador consoante o tipo de sistema, é capaz de absorver parte da humidade do sistema de climatização. A sua capacidade máxima de absorção é alcançada ao fim de dois anos de funcionamento. Se o filtro desidratante não é substituído com regularidade, a acumulação de água no sistema origina uma reação química juntamente com o gás refrigerante que é corrosiva. Por isto, o desgaste excessivo e os danos mecânicos dos componentes são mais do que prováveis. 5 COMO PODE ENTRAR HUMIDADE NO SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO? Apesar do facto dos tubos e mangueiras de climatização sejam compostas por várias camadas e 100% estanques ao gás, as uniões entre elas não. Assim como o gás refrigerante entra em contacto com o ar exterior através das uniões das mangueiras e tubos, o vapor de água (humidade do ar) também chega de fora para dentro do circuito através dessas uniões. O óleo que circula no interior das mangueiras juntamente com o gás refrigerante é higroscópico e absorve a dita humidade. 6 COMO EXPLICAR, POR VEZES, DIFERENÇAS TÃO GRANDES DE PREÇOS DE OFICINA PARA OFICINA? A diferença de preço que existe, por vezes, entre os distintos trabalhos de verificação e manutenção ou reparação do ar condicionado deve-se ao facto de cada oficina incluir mais ou menos tarefas nesse serviço. Não há um processo bem definido e, por isso, algumas oficinas não realizam determinados processos de trabalho, o que resulta em preços mais económicos. As comparações devem ser feitas para operações que incluem exatamente os mesmos serviços, os mesmos trabalhos realizados e as mesmas peças usadas. 78

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

7 O QUE IMPLICA A MANUTENÇÃO DO AR CONDICIONADO? Purga-se o gás refrigerante; Substitui-se o filtro desidratante (a cada dois anos); Elimina-se a humidade do sistema por intermédio de uma bomba de vácuo; Realiza-se um teste visual de todas as peças e comprovam-se todos os elementos montados e de união, assim como os cabos, mangueiras e tubos e as unidades de comando; A instalação de ar condicionado enchese de novo com gás refrigerante seguindo a quantidade indicada pelo fabricante; Verifica-se o filtro de habitáculo e substitui-se uma vez por ano ou a cada 15.000 km; Realiza-se um teste de funcionamento e de estanquicidade de todo o sistema; Documentam-se e registam-se todos os passos realizados para que se possa responder por qualquer reclamação acerca do serviço efetuado. 8 QUAL O CONSUMO EXTRA DE COMBUSTÍVEL QUE O AR CONDICIONADO PROVOCA? O consumo extra depende do tipo de sistema de ar condicionado, da forma como circula o veículo, da temperatura exterior e dos hábitos do próprio condutor. Outro critério de que depende é o cuidado da manutenção

TODA A ASSISTÊNCIA AOS SISTEMAS DE AR CONDICIONADO DEVE SER PRESTADA POR UM PROFISSIONAL COM FORTES CONHECIMENTOS TÉCNICOS.

do ar condicionado. No setor automóvel fizeram-se grandes progressos neste aspeto. Existem sistemas de climatização com compressores regulados ou autorregulados aos quais, dependente da situação, não se lhes exige sempre uma potência máxima de funcionamento. Muitos sistemas de ar condicionado já contam com uma regulação semi-automática da temperatura, ou totalmente automática. Estes sistemas contribuem para que o consumo extra de combustível seja cada vez mais baixo. Em cidade, este consumo extra é um pouco superior do que na condução em estrada aberta ou autoestrada. Se a temperatura exterior aumenta, exige-se ao ar condicionado mais potência de refrigeração o que leva, naturalmente, a um aumento do consumo de combustível. Se o ar condicionado se mantém ligado durante toda a viagem, o consumo de combustível aumenta. Através do efeito de refrigeração, o ar condicionado pode desligar-se uns quilómetros antes de chegar ao destino. Se falta refrigerante, a potência de refrigeração do ar condicionado mantémse de forma contínua já que o compressor está a funcionar com mais frequência do que é normal. E isso leva, naturalmente, a um aumento do consumo de combustível. Normalmente, o consumo extra de combustível produzido pelo ar condicionado é de 5 a 10%. No entanto, este valor é relativo, porque os carros que não têm ar condicionado ou que os condutores preferem não o utilizar, consomem sensivelmente o mesmo valor adicional por circularem com os vidros e/ou teto abertos.

9 QUAIS OS CUSTOS ORIGINADOS POR UMA AVARIA DO AR CONDICIONADO? O custo de reparação está naturalmente dependente do tipo de avaria, do tipo de veículo e do modelo de ar condicionado. Se o compressor deve substituir-se por apresentar danos mecânicos, também deverá ser substituído, por exemplo, o filtro desidratante e a válvula de expansão. Para eliminar todas as impurezas (restos metálicos) do sistema, este deverá lavar-se completamente. Caso contrário não poderá garantir-se que não volte a ter uma avaria, mesmo depois da reparação. Dependendo do tipo de veículo, a substituição do evaporador costuma originar uma grande carga de trabalho (desmontagem de parte do tablier) e pode chegar, no total, a um custo de 1000 euros. 10 QUANTO TEMPO DEMORA, EM MÉDIA, UMA REPARAÇÃO DO AR CONDICIONADO? Este tipo de serviço, em sistemas de climatização que não apresentem nenhuma avaria e nos quais o cliente não tenha detetado nenhuma avaria, realiza-se em cerca de 1 hora.


TÉCNICA. OS FILTROS NO AUTOMÓVEL

São dos elementos com mais rotação nos veículos dos nossos dias e o seu bom estado e correto funcionamento são fundamentais tanto para a mecânica como para o bem-estar a bordo dos ocupantes. Veja as principais características dos quatro principais filtros de um automóvel. TEXTO FERNANDO CARVALHO SÓCIO-GERENTE DA TTT – TECHNICAL TRAINING TEAM

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PARCERIA

ILTRO DE ÓLEO. Peça de elevada importância para a preservação da saúde do motor térmico (ou endotérmico), independentemente do tipo. Quer seja apenas de elemento substituível ou de corpo completo, o filtro varia apenas na localização da válvula de by-pass (ou de alívio), sendo esta válvula e a composição do elemento filtrante, os aspetos relevantes da peça, ou seja, as características que podem ditar o seu bom ou mau funcionamento. Novas tecnologias (como por exemplo o Start and Stop) exigem mais qualidade quer no lubrificante, quer no tecido filtrante de modo a facilitar fluxos, especialmente a frio e em arranque. Face às exigências mencionadas, a composição dos lubrificantes ataca também os tecidos do filtro, o que faz com que os fabricantes dos mesmos acompanhem a evolução pretendida, evitando que o filtro seja a causa do problema.

FILTRO DE COMBUSTÍVEL Diesel Os Sistemas de Alimentação Diesel foram, desde sempre, altamente sensíveis. Formam um conjunto de peças metálicas, teoricamente sem folga, cuja lubrificação é efetuada apenas pelo combustível. É função do filtro reter as partículas que podem danificar o sistema de alimentação (seja qual for o sistema), bem como os componentes na câmara de combustão. Caso sejam expelidos, podem danificar também o catalisador e o filtro de partículas. O filtro tem ainda a função, não menos importante, de reter a humidade, e até a água, esta altamente prejudicial aos componentes do sistema de alimentação e à câmara de combustão. A sua composição pode ser mais ou menos complexa, desde integrar o sensor de humidade, a purga de água, a bomba de ferragem do sistema, etc. Poderá apresentarse completo ou apenas com o elemento filtrante, este substituível em manutenção. GASOLINA Embora os sistemas de alimentação de gasolina sejam menos exigentes, com o incremento dos sistemas de injeção direta os filtros têm agora maior importância, quase ao nível do Diesel. Os injetores e a bomba de alta pressão têm um funcionamento semelhante

O FILTRO DE AR DE ADMISSÃO TEM A DUPLA FUNÇÃO DE SALVAGUARDAR A INTEGRIDADE DO MOTOR E O CONTROLO DO FLUXO DE AR PARA GARANTIR O MELHOR RENDIMENTO FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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T TÉCNICA

O FILTRO DE HABITÁCULO, PARA ALÉM DE FILTRAR AS IMPUREZAS DO AR, TEM A FUNÇÃO DE ABSORVER E ANULAR, TANTO QUANTO POSSÍVEL, OS ODORES

ao Diesel e, portanto, as suas fragilidades face às impurezas ou humidade são também idênticas.

GPL Ao contrário do que se possa pensar, o GPL é um produto muito mais sujo que a Gasolina ou o Diesel. Este sistema de alimentação é do tipo da gasolina, tendo aqui a filtragem do produto idêntica responsabilidade. No 80

TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015

entanto, devemos recordar que existem em todos os sistemas de GPL um filtro, na fase líquida (junto à electroválvula), e um filtro na fase gasosa (corpo completo ou apenas elemento).

FILTRO DE HABITÁCULO Importa filtrar o ar que entra no habitáculo e que participa na climatização do mesmo, sendo que o referido filtro está normalmente

presente em viaturas com ar condicionado, não sendo uma obrigação técnica. Poderá este filtro, para além de filtrar as impurezas do ar, ter a função de absorver e anular, tanto quanto possível, os odores, principalmente dos hidrocarbonetos existentes na atmosfera mais ou menos poluída. Para isso, a sua constituição é diferente da constituição de um filtro cuja função é apenas filtrar impurezas. Para além da base de papel filtrante, tem impregnado carvão ativo.

FILTRO DE AR Todos os filtros são importantes, mas cabe ao Filtro de Ar de admissão a dupla função de salvaguardar a integridade do motor e o controlo do fluxo de ar necessário de forma a garantir o melhor rendimento do mesmo. O ar transporta impurezas abrasivas que, não sendo retidas, provocarão danos internos e o desgaste prematuro dos cilindros, para além de (no limite) resistirem à combustão e danificarem o catalisador e o filtro de partículas (se for o caso de um diesel com esta característica). Bastante importante é também o controlo do fluxo de ar. Há uma sobreposição parcial dos tempos de escape e de admissão (motores a diesel ou gasolina), ou seja, o típico “contrabalanço”. Com o objetivo de melhorar o enchimento do cilindro, quase no final do tempo de escape, inicia-se a abertura da válvula (ou das válvulas) de admissão, ajudando a entrada através da energia causada pela saída dos gases queimados. A velocidade de saída dos gases de escape é determinada pela subida do pistão e pelo circuito de admissão e escape. Qualquer alteração no fluxo de entrada ou saída de gases irá prejudicar o enchimento do cilindro. O tipo de escape e do filtro de ar são determinantes para o cumprimento do diagrama da distribuição, para o bom enchimento do cilindro, e consequentemente para o rendimento do motor. Em competição são usados filtros e escapes, de acordo com diagramas desenhados com objetivos diferentes dos que são considerados num motor para uma viatura de utilização diária, onde é privilegiado o consumo, um comportamento de fácil utilização e a durabilidade. Os tipos de filtros a substituir, os períodos de substituição e a sua localização são informações de fácil consulta quer por indicações disponibilizadas pelas Marcas, quer por informações de Operadores da especialidade.


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PNEUS. REFORÇA APOSTA NO AFTERMARKET O ano de 2014 promete ser de grande crescimento para a marca de pneus, com muitas novidades para garantir mais negócio à rede de instaladores. TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES FOTOS JOSÉ BISPO

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ma ação de charme no Instituto Politécnico de Setúbal, que serviu também para apresentar a empresa, foi a estratégia utilizada pela Norauto para apresentar o serviço “ecoperformance” — um teste de diagnóstico que analisa cinco gases de escape emitidos pelo automóvel. A máquina da Bosch conta com um software específico desenvolvido exclusivamente para a rede de oficinas francesa pela Spheretech, sendo capaz de determinar o estado de vários sistemas do automóvel, como a admissão, injeção, turbo, válvula EGR e escape.

MELHOR É DIFÍCIL Este serviço inovador permite agir de forma preventiva sobre a manutenção do automóvel, bem como resolver problemas que de outra forma não seriam detetados: enquanto as habituais máquinas de diagnóstico, através de uma ligação à centralina, analisam apenas a parte eletrónica do carro, o teste “ecoperformance” faz a leitura dos gases por intermédio de uma sonda colocada no escape, cuja leitura pode facilmente ser extraída para diversos problemas em componentes mecânicos. O processo demora entre 10 a 15 minutos e pode traduzir-se numa poupança de milhares de euros para o cliente final, dependendo da gravidade das falhas detetadas. No final do teste é-lhe entregue um relatório de leitura simplificada, com as cores verde, amarelo e vermelho a ilustrarem a inexistência ou intensidade dos problemas. Se a análise for realizada atempadamente, a grande maioria das falhas erros podem ser solucionadas recorrendo a aditivos que são colocados no sistema de injeção. O cliente fica satisfeito — o diagnóstico e a colocação de aditivos pode ficar resolvido por 69 euros, enquanto a substituição de um filtro de partículas supera os 1000 euros —, mas, no caso de a máquina detetar um problema grave FEVEREIRO/MARÇO 2015 TURBO OFICINA PNEUS

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M MECÂNICA

sem reparação, o cliente fica igualmente a ganhar pela atuação preventiva que a máquina possibilita. Já a oficina revitaliza, de imediato, o negócio das peças. Melhor é difícil. O serviço “ecoperformance” é neste momento incorporado gratuitamente no pacote de revisão oficial da viatura proposto pela Norauto, mas pode igualmente ser efetuado, à parte, a pedido do cliente, com um custo de 29,95 euros. A máquina de diagnóstico verifica os valores de oxigénio, dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxidos de nitrogénio (gases geridos pela válvula EGR) e hidrocarbonetos (ambos filtrados pelo catalisador) emitidos pelo motor, cuja maior incidência pode resultar em graves problemas. “Através desta máquina, tendo em conta o oxigénio e o CO2 medidos pelo motor, conseguimos verificar se o carro está ou não a ter o desempenho desejado”, explica Leandro Carreteiro, gerente de oficina da Norauto Alfragide.

VANTAGEM COMPETITIVA José Martins, responsável pela introdução deste novo serviço em todas as oficinas da rede Norauto em Portugal, explicou à TURBO OFICINA que este analisador de gases “é um exclusivo Norauto desenvolvido pela Bosch” e que oferece uma vantagem exclusiva da rede em relação aos concorrentes: “O exclusivo é nosso pelo menos durante um ano” e assumese como um grande vantagem perante a nossa concorrência”. O diretor da região centro/sul da Norauto revela que a solução ecoperformance já se encontra disponível em todas as oficinas da rede (cada uma conta com uma máquina de diagnóstico) e que cerca de “300 colaboradores” — 80 por cento das equipas de oficina — tiveram formação nesta área. A procura e os resultados associados estão a ser muito positivos: “Só na semana passada foram efetuadas 750 operações à conta do diagnóstico inicial, que vão desde a colocação do aditivo, à limpeza de filtros e à substituição de peças”. José explica ainda que existem inúmeros componentes eletrónicos que controlam componentes mecânicos, mas que nem sempre essas análises eletrónicas detetam todos os problemas: “Esquecemo-nos de que o motor continua a ser uma máquina térmica com componentes mecânicos e é por isso que esta máquina completa o tipo de diagnóstico mais comum. É um auxílio que aumenta a possibilidade de detetarmos corretamente qual a avaria do carro. Como atua de forma preventiva, consegue identificar avarias de válvula EGR e filtros de partículas, ajudando, por isso, a reduzir o consumo e a prolongar a vida do veículo”.

CONTACTOS

NORAUTO RESPONSÁVEL JOSÉ MARTINS TELEFONE 214 250 880 E.MAIL marketingportugal@norauto.pt WEBSITE www.norauto.pt

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TURBO OFICINA PNEUS FEVEREIRO/MARÇO 2015




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