TURBO OFICINA 63

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#63

AGOSTO

2017

PUBLICIDADE

profissional

DESTAQUE

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 4.0 ENTREVISTA “Queremos crescer muito em Portugal” Alessandro Piazza, Japan Parts PRODUTIVIDADE AXALTA mostra novos produtos de repintura automóvel

DOSSIÊ

FILTRO PARTÍCULAS CONHEÇA A OPINIÃO DO SETOR SOBRE AS PRINCIPAIS VIRTUDES E DEFEITOS DO MERCADO E A OFERTA NACIONAL. PUBLICIDADE

REPARAÇÃO Saiba como usar massas de estanhagem



SUMÁRIO

#63

AGOSTO 2017 ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES PRO4MATIC SELO DE CAPA SOFRAPA RODAPÉ DE CAPA HUTCHINSON VC JAPANPARTS PÁG.5 EXEDY PÁG.9 ESCAPE FORTE PÁG.15 TRW PÁG.41 INTERESCAPE PÁG.45 PETRONAS PÁG.47 CENTRO ZARAGOZA PÁG.49 JABA PÁG.57 CARF PÁG.61 ASSINATURAS PÁG.63 CESVIMAP VCC EXIDE TUDOR CC MARCAS NESTA EDIÇÃO ALIDATA 64 AMC 33 AS PARTS 10 AS 33 ASHIKA 37, 45 AUDI 7 AUTO DELTA 8 AUTOZITÂNIA 6 AXALTA COATING SYSTEMS 16 BILSTEIN GROUP 6 BLUE PRINT 6 BMW 39, 43 BOSCH 8, 44 BRAIN 33 BREMBO 46 BRIDGESTONE 64 CADILLAC 39 CATS AND PIPES 33 CENTRO ZARAGOZA 19 CISCO 44 COOPER-AVON 64 CONTINENTAL 46, 64 CONTITECH 8 DELPHI 8, 43 DENSO 43 EBERSPÄCHER 33 EEC 33 ESCAPE FORTE 32 FABRIESCAPE 33 FALKEN 64 FCA 39 FEBI 6 FORD 9, 22 GITI TIRE 66 GM 39 GOODYEAR-DUNLOP 64 GRUPO PSA 39, 43 GRUPO RENAULT 39 GRUPO VAG 39 HALDEX 46 HANKOOK 66 HUMMER 39 IBEREQUIPE 8 IMASAF 33 INTERESCAPE 30 JACK FILTER 48 JAPANPARTS 37, 45 JAPKO 37, 45 KUMHO 64 KNORR-BREMSE 46 LAND ROVER 39 MANN+HUMMEL 48 MARANGONI 64 MAXXIS 64 MERCEDES AMG PETRONAS 18 MERCEDES 39, 43, 50 MICHELIN 64 MIDAS 8 MTETHOMSON 33 NOK 39 NOKIAN 64 ORLEN 7 OSELLA 7 OSRAM 42 PEUGEOT 62 PIAGGIO 39 PIRELLI 7, 64 Q&F 7 RENASCIMENTO 30 RENAULT 50 SACHS 48 SCHAEFFER 44 SKODA 7, 53 SMART 39 SPIES HECKER 16 SUBARU 39 TEMOT 42 TOMTOM 44 TOP CAR 10 TOYO 66 TOYOTA 39 YOKOHAMA 64 VENEPORTE 30 VOLKSWAGEN 32, 43, 48 VREDESTEIN 64 VOLVO 39 VOULIS 33 VULCO 66 WALKER 33 WARM UP 33 ZF 46, 48

10 PERSPETIVA Vanessa Barros, Top Car

NOTÍCIAS

06 As novidades do setor DESTAQUE

16 Axalta / Spies Hecker 20 4.ª Revolução Industrial ENTREVISTA

36 Japanparts RAIO-X

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DOSSIÊ Filtro de partículas

REPARAÇÃO

54 Pintura com aerosóis 58 Aplicar massas 62 Manutenção Peugeot 3008 PNEUS

64 Notícias OPINIÃO

66 Direito de Retenção

42 Notícias internacionais 50 Mercedes-Benz Citan Tourer 52 Barómetro 53 Radiografia: Skoda Kodiak AGOSTO 2017 TURBO OFICINA

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EDITORIAL

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 4.0

SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A RINCHOA 2635-542 MEM MARTINS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL oficina@turbo.pt

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transformação do mundo deu-se ao ritmo das revoluções industriais que foram sendo desenroladas perante sociedades que alargaram horizontes até limites impensáveis. Hoje vivemos debaixo da versão 4 da Revolução Industrial, com as máquinas a liderarem a produção e os dados recolhidos a esculpirem à medida a satisfação das nossas necessidades. Também no aftermarket e nas oficinas muito está a mudar e vai ter de evoluir. Se assim não suceder, acreditem que o precipício está ali, ao virar da esquina.

A TURBO OFICINA, neste mês de descanso propício á reflexão, decidiu debruçar-se sobre este assunto que, despiciendo num primeiro olhar, é fundamental para a sobrevivência do negócio da oficina e do aftermarket. Oferecemos-lhe um olhar exógeno de como chegámos a este patamar em que tudo se sabe e onde tudo é servido à medida da necessidade do cliente. As novas tecnologias e a reunião de informações mais ou menos sensíveis em nuvens de dados poderosas, vai esculpir o negócio das oficinas num futuro bem próximo. Leia este dossiê especial e reflita, pois pode estar a lançar bases para o futuro do seu negócio. Acredite que a mudança está agachada à esquina, pronto para o surpreender. Destaque, ainda, para os filtros de partículas, um tema aliciante e importante, pois está em jogo a saúde da sociedade em que vivemos. Com este trabalho, enriqueça os seus conhecimentos sobre esta peça tão importante, conheça o que pensam os mais importantes players do mercado e perceba que não é retirando-os do veículo que presta um bom serviço ao cliente. Retirar os filtros de partículas é crime! Por isso, pela nossa saúde, procure a sensibilização dos clientes para uma boa manutenção e a troca na hora certa do filtro de partículas. Acredite que está a fazer um excelente serviço ao cliente, à comunidade e também à humanidade. Desejamos-lhe, se for caso disso, umas ótimas férias e uma boa leitura da edição deste mês da TURBO OFICINA, marcando encontro consigo em setembro.

DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt EDITOR CHEFE JOSÉ MANUEL COSTA oficina@turbo.pt REDAÇÃO CARLOS MOURA PEDRO carlosmoura@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt COORDENADOR COMERCIAL GONÇALO ROSA goncalorosa@turbo.pt COORDENADOR DE ARTE E INFOGRAFIA JORGE CORTES jorgecortes@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777

JOSÉ MANUEL COSTA EDITOR CHEFE

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INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS



NOTÍCIAS

NACIONAIS

AUTOZITÂNIA

BLUE PRINT AMPLIA OFERTA A Autozitânia e o bilstein group organizaram evento com clientes para assinalar início da comercialização de peças de substituição da marca Blue Print.

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Autozitânia e o bilstein group aprofundaram o relacionamento comercial iniciado em abril de 2016 com a marca febi, passando a disponibilizar produtos de substituição da marca Blue Print, que estão vocacionados para veículos de origem asiática e norte-americana.

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“O relacionamento constituiu um grande sucesso para ambas as partes devido ao modo como a Autozitânia se posicionou no mercado e começou a desenvolver a marca febi”, comenta Joaquim Candeias, administrador do bilstein group. “A Blue Print passou a integrar o portefólio da Autozitânia no início de junho com a introdução dos primeiros stocks e a preparação para o desenvolvimento desta marca. Para o bilstein group este relacionamento é muito importante porque a Autozitânia é uma empre-

sa de topo no nosso setor, com muitos anos no mercado e está totalmente posicionada para o futuro, graças à sua dinâmica muito própria”. O responsável do bilstein group adianta que esta parceria “faz todo o sentido” porque os projetos são sempre realizados a “longo prazo” e a Autozitânia é “um parceiro que se adequa totalmente na nossa estratégia”. Por sua vez, Francisco Neves, administrador da Autozitânia, referiu que esta parceria permite assegurar a distribuição das marcas febi e


MECÂNICA E EXPOTRANSPORTE

FIL RECEBE EDIÇÃO DE 2017 CLIENTES VIAJAM PELO TEJO O evento organizado pela Autozitânia e pelo bilstein group, para assinalar a introdução da oferta Blue Print, foi realizado a bordo do veleiro “Leão Holandês” e incluiu um passeio pelo rio Tejo

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s salões Mecânica e Expotransporte/Logística vão-se realizar nos próximos dias 24 a 26 de novembro na Feira Internacional de Lisboa. E a cinco meses da abertura de portas da sétima edição dos dois certames, já estão oficializados 132 expositores, estando a capacidade do recinto, praticamente, ocupada. A resposta imediata de muitos expositores à mudança de local é, para o promotor do evento José Frazão, “o reflexo de setores cada vez mais dinâmicos e em crescimento e também uma mudança há muito esperada por clientes e não só.’’ Os salões irão evoluir na mudança de local e também nas atividades paralelas que estão já a ser trabalhadas em colaboração com diversos parceiros. A ideia da organização é dinamizar mais os certames e aproximar as marcas dos seus clientes e potenciais clientes.

Q&F

Blue Print no mercado nacional. “Nos últimos anos, o nosso portefólio apresentava uma lacuna na oferta de material para veículos norte-americanos e japoneses, onde já estivemos presentes nos finais da década de ’90 e 2000. Todavia, por vários fatores, deixamos de ter uma oferta abrangente nesse tipo de material. Essa situação passou a ser ultrapassada com a disponibilização de produtos da Blue Print”. Para assinalar o reforço do relacionamento entre o bilstein group e a Autozitânia, – designadamente o início oficial da comercialização de peças de substituição da marca Blue Print -, as duas empresas organizaram um evento com clientes, que se realizou a bordo do veleiro “Leão Holandês” e incluiu uma viagem pelo rio Tejo. No âmbito do alargamento do seu portefólio, a Autozitânia iniciou a comercialização de uma nova embalagem do óleo Orlen, com capacidade de cinco litros, que vem substituir as anteriores embalagens de quatro litros. Estes lubrificantes Orlen possuem aprovações das principais marcas de automóveis. /

NOVAS INSTALAÇÕES ASSINALAM 25 ANOS

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Q&F assinalou 25º aniversário e esta comemoração coincidiu com a inauguração das novas instalações desta empresa dedicada ao comércio de material de competição. Com uma área de 6500 metros quadrados, as novas instalações, situadas junto da rotunda de acesso da A41 a Ermesinde, área do Grande Porto, engalanaram-se para a grande festa da Q&F. Celebravam-se os 25 anos da empresa e a estreia do espaço. No imenso parque de estacionamento, dezoito viaturas de competição (desde o Skoda Fabia R5 que Miguel Barbosa tripula no Nacional de Ralis, ao Fiesta WRC com que Manuel Correia alinha no Nacional de Montanha ou mesmo o Osella de Paulo Ramalho do mesmo Campeonato e até o Audi A3 de Patrick Cunha no TCR, entre muitos outros, sem esquecer diversos clássicos) estiveram em exposição. Muita memorabilia – inclusive fatos originais de Sebatien Vetel quando na RedBull e de Alan McNich quando na Audi Sport – além dos pneus Pirelli usados, este ano, pela Fórmula 1 e, ainda, as últimas novidades das marcas representadas pela Q&F, espalhadas pelo amplo espaço de exposição.

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NOTÍCIAS

NACIONAIS IBEREQUIPE

PORTEFÓLIO ALARGADO COM PRODUTOS BOSCH E DELPHI

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Iberequipe reforçou a sua gama de produtos, tendo lançado no mercado dois carregadores de baterias da Bosch e um novo conjunto de equipamento de diagnóstico de alta pressão da YDT 840 – HD3000

da Delphi. No que se refere aos carregadores de baterias da Bosch, a Iberequipe comercializa os modelos BAT 645 e BAT 690. Tratamse de equipamentos compactos e funcionais que são totalmente automáticos e oferecem um leque alargado de aplicações para todo o tipo de oficinas. A empresa assegura que estes carregadores estão adequados para carregar todo o tipo de baterias de ácido-chumbo e de iões de lítio, de 12V ou 24V, estando dotados com um dispositivo de deteção automática da tensão nos ligeiros e nos pesados (UNI, WET, AGM, GEL, EFB e LFP). O portefólio da Iberequipe também foi reforçado com a inclusão do novo conjunto de diagnóstico da Delphi para os sistemas de alta pressão, podendo ser utilizado em qualquer tipo de veículo ou tecnologia de injecão de combustível a gasolina ou gasóleo. Este kit está especificamente dedicado aos especialistas de Diagnóstico Diesel e Oficinas, permitindo colocá-los num nível mais alto de especialização de diagnóstico. O YDT 840 – HD3000 é um kit completo de ferramentas para o diagnóstico hidráulico que permite uma análise profunda de problemas com a alta pressão em qualquer tecnologia de equipamento de Injeção de combustível de qualquer veículo moderno. É compatível com tecnologias Diesel & GDI e abrange veículos ligeiros, comerciais e pesados. /

MIDAS ABRE EM GUIMARÃES Com o objetivo de consolidar a sua presença na região Norte, a Midas inaugurou a sua 69ª loja no nosso país, que está localizada na cidade de Guimarães. Especializada na reparação rápida de automóveis, a marca assinala comemora o seu 16º ano de presença em Portugal. A política das oficinas Midas é disponibilizar um serviço de qualidade a preços acessíveis e com transparência total, oferecendo toda a atividade de manutenção

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CAMPANHA DE VERÃO DA AUTO DELTA E CONTITECH

do automóvel, em especial nos serviços de revisão, incluindo a revisão oficial, travões, amortecedores, pneus, escapes, baterias, mudanças de óleo e ar condicionado.

Depois de uma campanha surpreendente e que superou em muito as expectativas dos responsáveis da Auto Delta, a empresa de Leiria voltou a associar-se à Contitech e à tecnologia que o grupo Continental numa área que, aparentemente, tem pouco que ver com o seu core business. A nova campanha está ligada a uma t-shirt especialmente desenvolvida pelo grupo alemão para a prática de corrida e que a Auto Delta oferecerá na compra de

três conjuntos da marca Contitech. Podem ser kits de distribuição, kits de distribuição com bomba de água e ainda kits de correias de alternador. Limitada à disponibilidade de kits e de t-shirts existentes em armazém, esta é mais uma iniciativa que realça a inovação da Continental, presente no mercado também com preocupações que não visam apenas o bem-estar das viaturas.


FORD VIDEO CHECK

DISPONÍVEL EM PORTUGAL INOVAÇÃO FORD

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Ford disponibiliza, também em Portugal, o seu mais recente sistema de comunicação vídeo entre concessionários e clientes. Com o Ford Video Check, é possível fazer a identificação das intervenções necessárias nos veículos, reforçando a confiança dos consumidores nos concessionários oficiais da marca. O cliente pode receber o vídeo através de e-mail ou SMS e aprovar online eventuais intervenções adicionais que possam ser necessárias. Desta forma há total transparência com os consumidores, tendo este novo sistema o objetivo de melhorar os resultados da satisfação dos clientes. O Ford Video Check está disponível a nível europeu e permite aos “Assessores de Serviço” ou aos técnicos que fazem a assistência dos veículos na rede Ford filmar qualquer trabalho adicional que tenha sido identificado e enviar diretamente para o cliente um vídeo, no qual mostra e explica o problema e a sua extensão. O cliente receberá uma notificação de que foi enviado um vídeo por SMS ou e-mail. Esse vídeo poderá ser visualizado quer num smartphone, como num tablet ou num computador, bem como o custo dessa intervenção. Caso o cliente concorde, poderá igualmente online e com um clique apenas aprovar o orçamento. “O Ford Video Check é uma plataforma de comunicação com base em vídeo que procura construir a confiança do consumidor e impactar positivamente o trabalho nas oficinas da marca e a satisfação dos clientes,” afirmou Jörg Pilger, director de marketing da Divisão de Serviço ao Clientes da Ford na Europa. “Estamos a lançar o Ford Vídeo Check na Europa e todos os concessionários Ford podem participar.”


PERSPETIVA

TOPCAR

VANESSA BARROS, GESTORA DE REDE

“QUALIDADE DO SERVIÇO SUSTENTA CRESCIMENTO” A rede multimarca da AS Parts, TOPCAR, tem como objetivo atingir as 65 oficinas aderentes até final do ano. O conceito assenta numa cadeia de valor com três intervenientes: gestão da rede, a oficina e o parceiro de peças. Entre as prioridades da rede destaque para a qualidade do serviço prestado ao cliente TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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onstituídaemfinalde2011pela AS Parts, a rede de assistência multimarca TOPCAR tem registado uma crescimento constante e até final do ano deverá ultrapassar as 65 oficinas aderentes. A base do conceito consiste num abandeiramento da oficina, que permite a utilização da marca pelo proprietário e o usufruto de um conjunto de soluções estratégicas para o seu negócio. Segundo Vanessa Barros, gestora de rede da TOPCAR, uma das vantagens para a oficina aderente é o acesso a uma base alargada para “prospeção de clientes”, ao abrigo das parcerias que a TOPCAR estabeleceu com várias entidades, designadamente seguradoras e gestoras de frotas. Qual a origem do conceito TOPCAR? O conceito TOPCAR é internacional, tendo sido criado e desenvolvido pela Groupauto Ibérica. A base do conceito consiste num abandeiramento da oficina, sendo permitido a utilização da marca pelo proprietário e o usufruto de um conjunto de soluções estratégicas para o seu negócio. Este conceito foi testado com resultados comprovados a nível mundial, em vários países e continentes. A AS Parts é sócia da Groupauto Ibérica. Onde foi aplicado esse conceito? Há um conjunto de países onde este conceito está presente e tem resultados comprovados. Por exemplo, em Espanha com a Eurotaller ou em França com a Topgarage, além de estarem presentes noutros continentes. A TOPCAR é

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a única rede deste conceito que tem uma imagem de marca diferente, a qual foi criada exclusivamente por nós em 2011, quando a marca foi lançada em Portugal. Qual o motivo para essa diferenciação? Considerámos que a marca TOPCAR se enquadrada mais no mercado português e no nosso consumidor. O que levou a AS Parts a apostar na implementação de uma rede de oficinas? Qual a mais-valia? Primeiro acrescentar valor ao seu negócio. A mais-valia deste conceito é a taxa elevada de fidelização e retenção de clientes para fazer face a um mercado extremamente competitivo. O conceito recai numa cadeia de valor com três intervenientes: a gestão da rede, a oficina e o parceiro de peças, chamado de TOP Partner. Todos têm de estar em concordância para o sucesso da parceria. Logo quando a oficina está fidelizada ao projeto TOPCAR está automaticamente fidelizada ao seu parceiro de peças designado TOP Partner. Para os proprietários, quais são as vantagens para os proprietários das oficinas? A TOPCAR tem quatro pilares essenciais que definem as várias soluções que faculta às oficinas. Uma delas é a formação, em que é disponibilizado às oficinas um plano completo de formação atualizado anualmente que é transversal a toda a estrutura desde o gestor, ao rececionista como também ao produtivo seja qual for a sua especialização, mecânica ou colisão. Outra so-


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TOPCAR

lução da rede é o apoio técnico via Call Center e acesso a uma plataforma com uma base de dados de avarias registadas a nível ibérico. As oficinas também têm acesso à imagem moderna e atrativa da marca comunicada através de um plano de marketing aplicado à realidade local de cada oficina. O conceito de rede para além das soluções que o caraterizam vai sempre dinamizar o espírito de entreajuda, de partilha de experiências e de apoio entre os vários intervenientes da rede que se gera. É notório a motivação entre todos os intervenientes do projeto para que a rede seja cada vez mais forte e homogénea através da partilha de know técnico e experiência de mercado. As oficinas acabam por crescer em conjunto e evoluem em sintonia com a evolução da rede. A integração de uma oficina numa rede como a TOPCAR permite a obtenção de novos clientes? Em que medida? Neste momento, a rede dispõe de várias parcerias seja com grandes gestoras de frota a nível nacional como com várias seguradoras, que são uma base alargada para prospeção de novos clientes. Logo por aí, a oficina passa a estar visível onde podem gerar-se uma oportunidade de negócio. Ao estar presente nas várias plataformas de comunicação da rede (site, redes sociais etc..), a oficina converte a sua notoriedade local em visibilidade nacional. Nalguns casos, o perito de uma seguradora terá tendência a confiar mais numa oficina de uma rede conhecida... As nossas oficinas são recomendadas ao abrigo de várias parcerias. Juntando todos os acordos que temos e toda a presença a nossa presença a nível nacional, para cada caso é aplicado um acordo diferente em função da necessidade do parceiro e da capacidade de resposta da oficina. Quais os critérios para uma oficina poder integrar a rede TOPCAR? Os critérios passam pela avaliação física do espaço, os serviços disponibilizados, o número de elementos na equipa e a qualidade do serviço prestado atualmente. Além disso, também avaliamos as expetativas da oficina, assim como a forma prevista para crescer. Há que ter uma visão de futuro para poder acompanhar uma rede que está em constante crescimento. A oficina tem de estar preparada para acompanhar essa evolução. Existem requisitos mínimos? O espaço tem de ter uma área mínima de 300 m2, mais de três colaboradores. Se a oficina ainda não tiver estes requisitos, mas se demonstrar vontade em investir na ampliação de instalações e na contratação de mais trabalhadores também poderá ter condições para integrar a rede no futuro. É uma questão de olhar para o

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projeto e analisar qual a evolução preconizada para os próximos cinco anos. Quais são as principais valências disponibilizadas pela rede TOPCAR? A rede TOPCAR diferencia-se no mercado por desenvolver com o mesmo peso as valências de mecânica (serviços rápidos, diagnóstico, eletricidade, climatização, mecânica geral) e colisão (pintura, reparação), permitindo aos parceiros trabalhar uma valência ou as duas. Existe um leque alargado de serviços. Para o cliente, isso também constitui uma vantagem significativa porque a oficina abrange um leque alargado de serviços num só local. Existem muitas oficinas com as duas valências? Metade da rede tem as duas valências. A outra metade tem só mecânica ou colisão. Qual a importância dos acordos com as gestoras de frotas e as seguradoras? É uma forma de a marca ganhar notoriedade porque permite chegar a um maior número de condutores. Por outro lado, permite às oficinas aumentar o volume de serviço e de negócios. Que vantagens vêem entidades como as gestoras de frotas e as seguradoras numa parceria com a TOPCAR? A dimensão a nível nacional é um fator importante. Alem disso, estão a trabalhar com um rede que é profissional, qualificada, com técnicos que recebem formação atualizada, conseguindo proporcionar o mesmo tipo de serviço de uma oficina de marca. A TOPCAR aposta bastante na formação. Que ações desenvolve a esse nível? Todos os anos fazemos um plano de formação diferente para rececionistas, gestores e todos os produtivos. A formação é adaptada às necessidades dos vários membros da estrutura da equipa da oficina. Desde há dois anos que temos um curso especializado para rececionistas que foi desenvolvido à nossa medida, o qual aborda aspetos como técnicas de atendimento e de vendas para prestar um melhor atendimento ao consumidor. Para o gestor disponibilizamos formação em contabilidade, gestão, custeio, orçamentação. Para os operacionais fazemos muitos cursos específicos monomarca, em função dos novos modelos que vão sendo introduzidos no mercado. O objetivo é dar novas competências aos mecânicos. Para além disso, também já demos formação em veículos elétricos e híbridos. Consoante as necessidades do mercado vamos adaptando a nossa oferta formativa. Nós procuramos apurar junto da rede quais são as suas necessidades em termos de formação. A relação não é unilateral. Procuramos ter uma relação de proximidade com as oficinas.

Qual tem sido a recetividade das oficinas relativamente à oferta formativa da TOPCAR? São as próprias oficinas a sugerir temas para ações de formação? Temos na rede reuniões chamadas de “grupos de opinião”. Juntamos alguns membros da rede e fazemos propostas de ações para implementar na rede, entre essas está o plano de formação. Analisamos com esses membros se as ações previstas se enquadram no que identificam ser as suas necessidades e resultado da relação de proximidade com as oficinas permite-nos adaptar o plano à medida das oficinas. Qual tem sido a evolução da rede no nosso país e qual o objetivo a alcançar até final do ano? A rede tem crescido todos os anos, desde o final de 2011. Há sempre uma taxa de mortali-


REDE DE OFICINAS TOPCAR PARA VANESSA BARROS uma das mais valias da TOPCAR é a fidelização, pois as ferramentas disponibilizadas para enfrentar um mercado feroz são desenhadas para obter resultados imediatamente

dade natural associada a este tipo de conceito pelo facto de ser necessário acompanhar as exigências de crescimento da rede que, por sua vez, acompanha a evolução do mercado e as expectativas dos seus clientes. Atualmente, a rede TOPCAR tem 60 oficinas. As mais recentes são a oficina Auto Ideal em Fátima e a Micromotor no Prior Velho. Estamos presentes em praticamente todos os distritos. Para este ano, o nosso objetivo é chegar às 65 oficinas, que seguramente vamos ultrapassar. Quais são os principais pontos do país que ainda não estavam suficientemente cobertos pela rede TOPCAR? Não tínhamos oficinas em Coimbra, em Bragança e em Vila Real. Temos de melhorar a nossa presença no litoral do país, de-

signadamente no sul, como, por exemplo, no Alentejo. Temos uma oficina em Beja e outra em Elvas, mas ainda não temos em Évora, em Santiago do Cacém. Em Faro também pretendemos reforçar a nossa presença, onde já temos uma oficina. O que significa para a empresa a entrega dos prémios às melhores oficinas? Para os vencedores, estes prémios representam uma honra e um privilégio. Para a TOPCAR constitui uma forma de distinguirmos as oficinas pelo trabalho realizado ao longo do ano. Qual é o processo de seleção das melhores oficinas? As oficinas são selecionadas com base em três auditorias realizadas ao longo do ano.

 Angra do Heroísmo  Alfragide  Algés  Alijó  Azeitão  Baião  Barcelos  Barreiro  Beja  Braga – Maximinos  Braga – São Victor  Braga – Ferreiros  Bragança  Carvide  Cascais – Manique  Coimbra – Pedrulha  Corroios  Covilhã  Esposende  Elvas  Faro  Fátima  Feijó  Fig. da Foz - Paião  AFig. da Foz – Santana  Freixo – Ponte de Lima  Fogueteiro  Gaia  Gandra  Gouveia  Guarda  Ílhavo  Lamego  Lisboa – Ajuda  Lisboa - Arroios  Lisboa - São Sebastião  Maia – Gueifães  Maia - Vermoim  Marinha Grande  Monção – Taias  Montemor-o-Velho  Palhais  P. de Ferreira - Frazão  Paredes  Penafiel  Pombal  Ponte de Lima  Porto – Paranhos  Porto – Zona Industrial  Prior Velho  Rio Tinto  S.M. Feira – Espargo  Santo Tirso  São João da Talha  Sesimbra  Setúbal  Tondela  Trofa  Vale de Cambra  Vila Verde

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TOPCAR

A TOP CAR é um conceito inovador que tem vindo a ganhar dimensão no mercado português

Quais são os critérios de avaliação? As competências técnicas que advêm da formação, a capacidade de implementação das ações de nível local, designadamente as campanhas, a presença nas redes sociais, as caraterísticas do espaço, os equipamentos. A partir daí é feita essa auditoria que leva em conta um determinado número de pontos e depois também há uma valorização adicional relativa a todas as iniciativas locais que incluem a marca TOPCAR. Após o apuramento dos resultados são nomeadas as dez oficinas melhor classificadas. Segue-se depois uma votação para selecionar as três melhores que depois vão à cerimónia de entrega de prémios em Espanha, à Gala Europremium. Para a TOPCAR, estes prémios são o culminar de um ano de trabalho? Sim. As oficinas trabalham imenso para desenvolver a marca TOPCAR a nível local. Para a TOPCAR é muito positivo saber que há uma evolução constante na nossa rede para continuarmos a premiar as nossas oficinas. Todas trabalham para ganharem o prémio e tem havido vencedores diferentes ao longo dos anos. As oficinas competem para serem selecionadas para os prémios? Diria que é uma competição saudável. Todos trabalham para irem à Gala, onde têm a oportunidade de constatarem que fazem parte de um projeto maior. Cada oficina tem o seu negócio, mas depois os seus proprietários vêem que há

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mais para além deles: fazem parte de uma rede a nível nacional e também internacional. Isto é tudo muito gratificante. Para o cliente final também é importante a existência de redes como a da TOPCAR, uma vez que se, por exemplo, tiverem algum problema, num outro ponto do país, com uma garantia não têm de se deslocar à oficina onde foi realizada a intervenção / reparação? Cada revisão efetuada na nossa rede segue os procedimentos do fabricante. O cliente não perde a garantia por ir a uma oficina TOPCAR: consegue obter um serviço de elevada qualidade a um preço mais competitivo. As oficinas disponibilizam um leque alargado de serviços e o cliente também pode usufruir de garantia de mão-de-obra e peças. O nosso serviço é executado por profissionais qualificados e com formação adequada. Por outro lado, uma oficina que entre na rede TOPCAR passa a contar com 60 pontos para dar assistência ao seu cliente em Portugal. Em termos de evolução, o que poderemos esperar da TOPCAR nos próximos tempos? Um dos nossos grandes objetivos é continuar a apostar sempre na qualidade de serviço. Para o efeito, vamos iniciar um processo de inquérito de satisfação do cliente nos pontos de venda (oficinas), recorrendo a uma plataforma que permite a resposta do cliente após a realização de uma intervenção. Os dados recolhidos vão depois ser analisados para avaliar o nível

de serviço de cada oficina. É muito importante perceber se estamos a conseguir cumprir as expetativas dos nossos clientes. Para além disso, está a decorrer um projeto de assessoria em parceria com o Centro Zaragoza, o qual prevê a certificação mínima de três estrelas das oficinas que têm a valência de Colisão. Esse será mais um indicador de qualidade das oficinas TOPCAR. A melhoria das técnicas de atendimento, a maior rapidez na prestação do serviço, a criação de novas soluções para os nossos parceiros são outras das prioridades da TOPCAR. Agora já temos disponível a marcação online no nosso site, permitindo ao cliente agendar um serviço de mecânica ou colisão a qualquer hora e em qualquer dia. A TOPCAR está igualmente presente nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, onde procuramos partilhar os nossos conteúdos de interesse para o condutor que é ou pode vir a ser cliente da rede. Para a TOPCAR, o que seria ter uma cobertura generalizada do território nacional? Isso é relativo. Mais do que um número absoluto, as localizações são mais importantes. Claro que é importante ter uma oficina por distrito, mas a sua localização terá de estar próxima do parque circulante para conseguirmos prestar um melhor serviço. Acima de tudo, queremos evoluir de uma forma sustentável para conseguirmos dar apoio a todos os nossos parceiros para que estes possam continuar a desenvolver o seu negócio connosco. /



DESTAQUE

AXALTA COATING SYSTEMS

MAIOR PRODUTIVIDADE PARA A OFICINA A Spies Hecker lançou uma nova linha de produtos de repintura automóvel que permite aumentar a produtividade e a rendibilidade das oficinas, fazendo mais com os mesmos meios E a TURBO OFICINA já foi experimentar estes produtos! TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

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AxaltaCoatingSystem Portugal desafiou a imprensa especializada para experimentar os mais recentes produtos de repintura automóvel que foram lançados no mercado pela marca Spies Hecker. Durante uma manhã, a TURBO OFICINA teve a oportunidade de desempenhar o papel de profis-

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sional de repintura automóvel, contando, naturalmente, com toda a assessoria técnica especializada dos responsáveis da marca. Todas as dúvidas que pudessem existir relativamente à execução da tarefa e à qualidade final da pintura foram sendo dissipadas com o desenrolar do trabalho. “Com esta ação procuramos colocar os participantes em contacto com as situações que os profissionais da repintura automóvel enfrentam todos os dias no seu trabalho”, afirmou

Virgílio Maia, responsável de marketing & customer service da Axalta Coating Systems Portugal. “O segundo objetivo desta ação foi apresentar o sistema mais eficiente de repintura automóvel da Spies Hecker. Trata-se de uma linha de produtos que tem associada um desenvolvimento tecnológico intenso, o qual teve como principal preocupação a redução dos tempos de operação e de consumo de energia, aumentando a produtividade da oficina”. Nesta ação, cada profissional da imprensa


OS NOVOS PRODUTOS SPIES HECKER permitem fazer bem mais com os mesmos meios e poupar bastante na estufa, nomeadamente, na fatura do gasรณleo

TECNOLOGIA DE TOPO USADA NA F1 AJUDA A SPIES HECKER A OFERECER UM PROCESSO DE REPINTURA EFICAZ E, SOBRETUDO, EFICIENTE QUE AJUDA AS OFICINAS A AUMENTAR A RENTABILIDADE AGOSTO 2017 TURBO OFICINA

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DESTAQUE

AXALTA COATING SYSTEMS

especializada tinha à sua espera um painel de um automóvel para ser totalmente pintado. Como a segurança e higiene no trabalho é uma das preocupações da Axalta Coating Systems Portugal, antes de iniciar a aplicação dos produtos, os jornalistas tiveram de se equipar a rigor, com fato de proteção, botas, luvas, óculos e máscara. A primeira fase do processo consistiu no pré-tratamento da superfície para proteger contra a corrosão. Para este tipo de tarefa, a Spies Hecker desenvolveu um produto específico, o Priomat Reactive Pretreatment Wipes 4000, que vem substituir os primários tradicionais aplicados à pistola. Basicamente consiste num toalhete pré-saturado com elementos ativos, que propicia a aderência e ajuda a promover a resistência anti-corrosão para o subsequente processo de pintura. Entre as suas vantagens destaque para a facilidade de utilização e aplicação – sem misturas ou necessidade de utilizar mais equipamentos – e um período de evaporação muito curto em comparação com os primários tradicionais, uma diferença de tempo na ordem dos 80%. Outra vantagem reside na economia de utilização, uma vez que cada toalhete permite cobrir cerca de dois metros quadrados. A segunda fase do processo de repintura consiste na aplicação do aparelho e para este efeito a Spies Hecker disponibiliza o Permasolid

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HS Speed Surfacer 5500, que possui uma ampla gama de aplicações, podendo ser utilizado em todos os substratos comuns. Este aparelho acelera significativamente o processo de secagem, graças ao método de aplicação e a forma como seca. O tempo é reduzido significativamente em comparação com aparelhos convencionais, permitindo a lixagem entre 20 a 40 minutos de espera. Com um aparelho convencional, o tempo de secagem é de aproximadamente três horas. “O nosso produto seca com reação à humidade. Quanto maior for a humidade, mais rapidamente seca”, afirma João Ralha, responsável da Academia Axalta. “Isso é uma novidade em termos de mercado”, acrescenta. Além disso, o Permasolid HS Speed Surfacer 5500 pode ser aplicado continuamente sem intervalos para evaporação, até quatro demãos. Segundo o responsável da Academia Axalta, um aparelho convencional não permite “fazer várias aplicações sucessivas”, uma vez que o profissional de repintura automóvel tem de esperar cinco a dez minutos entre cada demão. Além disso, o novo aparelho também permite a utilização de outras técnicas de secagem: ar forçado a diferentes temperaturas e por infravermelhos. “De uma forma teórica, a utilização dos novos toalhetes (primário) e do novo aparelho permite, no mesmo espaço de tempo, trabalhar em duas viaturas em vez de uma”.

A terceira fase do processo consistiu na mistura das cores, tendo sido utilizada a terceira geração de base aquosa da Spies Hecker, o Permahyd Hi-Tech. Trata-se de um sistema base bicamada que se distingue pela mistura e aplicação simples. Para o ajuste da sua viscosidade é utilizado um aditivo especialmente desenvolvido para oferecer as melhores caraterísticas de aplicação. “Esta é uma tecnologia aplicada pela equipa da Mercedes AMG Petronas de Fórmula 1 nos seus carros. A aplicação desta tinta permite aliviar umas gramas no peso do carro em comparação do que se tivesse sido aplicado um vinil”. A fórmula exata da cor pode ser obtida por um espectrofotómetro, que analisa a cor numa questão de segundos, e depois o programa Color-Dialog procura aquela que melhor se adequa. O programa de procura de cor Phoenix avalia os dados eletronicamente importados e disponibiliza a fórmula de cor em segundos. Adicionalmente, os novos módulos deste programa possibilitam uma visualização clara das quantidades utilizadas, os stocks atuais e as encomendas. Os processos na sala de misturas podem ser ainda melhor controlados. Por fim, foi aplicado o verniz Permasolid HS Speed Clear Coat 8800, que recebeu uma inovadora tecnologia de resinas para oferecer um curto tempo de secagem, bastando


PROPOSTA DE VALOR E FORMAÇÃO

entre cinco a dez minutos para secar a uma temperatura de 60ºC. Em comparação com um verniz convencional a sua necessidade energética é de apenas 58%. Se decidir secar a uma temperatura ambiente de 20ºC, o processo demora cerca de 15 minutos, mas não gasta um decilitro de gasóleo para fazer funcionar a estufa. “Temos um cliente com alguma dimensão – com turnos das 8h00 às 22h00 – que depois de ter adotado esta nossa solução, deixou de consumir tanto gasóleo. O seu fornecedor habitual ficou preocupado com a diminuição das encomendas, porque estava a gastar num mês aquilo que gastava numa semana. Procurou, então, saber se tinha arranjado um outro fornecedor”, conta João Ralha. “O novo sistema da Spies Hecker permite melhorar a produtividade da oficina e faturar mais”, acrescenta. “Apesar destes produtos terem o preço de tabela mais elevado, são aqueles que ficam mais baratos para as oficinas porque permitem vender mais e poupar energia. As oficinas têm de olhar para o produto em função do volume de serviço que têm e dos equipamentos que estão disponíveis. Esta nova gama permite fazer mais com os mesmos meios”, salienta. “Com as mesmas instalações, os mesmos técnicos, os mesmos equipamentos e ferramentas, a oficina consegue produzir mais” /

COM OS NOVOS PRODUTOS Spies Hecker, Axalta entra numa nova geração de tecnologia que coloca a marca no topo do setor, oferecendo ainda maior produtividade á oficina. Uma questão de custo/beneficio que é altamente favorável à oficina que faz mais com os mesmos meios, apesar dos produtos serem mais caros

A nova linha de produtos da Spies Hecker serve de base para a proposta de valor para os clientes, para ajudar no seu negócio e na obtenção de melhores resultados. “Identificámos quatro campos que são muito importantes: clientes, vender bem, organização do trabalho (produtos utilizados, sequência de trabalho); gerir”, refere João Ralha, responsável da Academia Axalta. “Todo o apoio que damos tem como objetivo o aumento do número de clientes, de venderem melhor, de se organizarem e produzirem mais”. Uma das apostas da Axalta Coating Systems Portugal passa pela formação para que os clientes possam tirar o melhor partido das vantagens proporcionadas por esta nova linha de produtos. “Cada vez mais temos optado por uma formação diferenciada. O objetivo não é só a ensinar os técnicos das oficinas a melhorar o processo de pintura, mas também os responsáveis das oficinas a gerir e a coordenar melhor o trabalho. Temos formações na área da orçamentação, gestão oficinal. Vamos ter formações muito focadas no que é o processo do trabalho para garantir às oficinas um aumento do número

de clientes através da sua satisfação e fidelização. A organização permite otimizar os processos e reduzir os tempos de operação, assim como os desperdícios (de produto e energéticos). É muito importante que os empresários da área automóvel façam a gestão do seu negócio”. A Axalta Coating Systems tem apostado igualmente na área da formação em orçamentação através de parcerias, permitindo à oficina ter uma ferramenta mais transparente para os seus clientes – seguradoras, clientes finais – além de demonstrar um maior profissionalismo porque possibilita a determinação exata dos valores da pintura. “Isto tem um maior impacto nas vendas porque se a oficina orçamentar bem, consegue melhorar a sua produtividade”, adianta João Ralha. “Ao analisar os dados da orçamentação, a oficina também consegue analisar melhor os seus rácios”. A Axalta Coating Systems Portugal apoia igualmente as oficinas na certificação junto do Centro Zaragoza, permitindo a obtenção de um reconhecimento em termos de qualidade, de imagem, transparência e confiança para os clientes.

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OFICINAS DO FUTURO

TECNOLOGIA

A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL O futuro é hoje e a mais recente onda tecnológica trouxe nova revolução a vários setores de atividade, atingindo com particular severidade o aftermarket. De tal forma que estamos perante a quarta revolução industrial. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

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izem os sábios que o passado serve para nos ensinar e lançar bases para o futuro, o que é uma verdade inatacável olhando aos últimos anos de evolução da tecnologia. E, também, na forma como o ser humano interage com a máquina e, em algumas situações, foi substituído por essa mesma máquina que durante anos teve relutância em aceitar, negando a convivência e desvalorizando a sua importância. O passado da indústria automóvel está ligado, umbilicalmente, à evolução do aftermarket pois logo cedo foi necessário reparar, manter, cuidar e, até, modificar, os veículos que foram surgindo desde que nasceu o automóvel. Lembram? Foi em 1885 que o Benz Patent Motorwagen, considerado o primeiro veículo automóvel, ou seja, desenhado para se mover pelos seus próprios meios, foi revelado, com um custo de 600 marcos alemães (hoje cerca de 3 mil euros). Para construir estes 132 anos de história do automóvel e sustentar a tremenda evolução na forma como todos vivemos e trabalhamos hoje, momentos houve que determinaram o rumo da humanidade. Hoje vivemos aquilo a que podemos chamar a “Quarta Revolução Industrial” e para aqueles que faltaram às aulas de história no secundário, vamos colocar esta afirmação no contexto das outras revo-

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luções industriais que nos conduziram até à sociedade que somos hoje. REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS: COMO MUDARAM O MUNDO A primeira revolução industrial começou na parte final do século 18, mais concretamente, entre 1760 e 1840. Foi um período de transição que fez a produção passar da produção manual para a manufatura com máquinas, utilização de químicos e a melhoria na bombagem de água, além do desenvolvimento de ferramentas e maquinaria, inauditas até á época, dando enorme contributo a utilização do vapor e o desenvolvimento da rede de comboios. Os têxteis dominaram esta revolução, mas o mais importante foi a mudança na população. Mudaram-se da exploração agrícola dos campos para o trabalho industrial nas cidades. Foi o Reino Unido que deu o pontapé de saída a um dos momentos mais importantes da história da humanidade. A maioria das inovações tecnológicas foram criadas pelos britânicos e graças á proteção legal dada pelo governo à propriedade intelectual, a industrialização avançou de forma célere, estendendo-se a outros países como a Bélgica, França e Estados Unidos da América. Segundo alguns historiadores, o maior impacto da Revolução Industrial foi elevar de forma impressionante o nível de vida da população em geral, mas a verdade é que teve um impacto tão profundo que mudou todos os aspetos da humanidade a partir daquele momento.


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DESTAQUE

OFICINAS DO FUTURO

A INDUSTRIA TEM VINDO A MUDAR e chegámos à quarta revolução industrial. Os desafios que esta evolução carrega consigo e coloca ao setor do aftermarket e das oficinas são inúmeros e se ambos não se modernizarem correm o risco de desaparecer

A segunda revolução industrial, também conhecida como a “Revolução Tecnológica”, começou 150 anos (final do século 19, início do 20) depois da primeira e caracterizou-se por uma rápida industrialização e pela introdução da produção em série, sendo o maior exemplo a produção do Model T da Ford. Foi a época de expansão de tecnologia a todos os cantos do mundo e a antecâmara da globalização. Foi nesta altura que foram introduzidos a distribuição de eletricidade e os telefones. Esta segunda revolução industrial terminou com a I Guerra Mundial. A terceira revolução industrial chegou cerca de 75 anos depois da segunda e ofereceu nova transformação, ficando conhecida por “Revolução Digital”. A partir dos anos 50 do século passado, assistiu-se à mudança da indústria mecânica e analógica para a digitalização e eletrónica, com a proliferação dos computadores. Foi o início da Idade da Informática e a entrada em cena da produção em massa e da utilização massiva dos computadores e dos telefones móveis digitais e da internet. A QUARTA REVOLUÇÃO Trinta anos depois, entramos na quarta revolução industrial com a introdução dos sistemas cibernéticos, conhecidos como dados

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(em inglês “data”). E esta quarta revolução é diferente das anteriores, pois o ritmo de desenvolvimento oferecido pela tecnologia hoje existente, é alucinante. Estamos perante uma inevitabilidade e a pergunta nunca poderá ser “será o negócio do aftermarket afetado por esta nova revolução industrial?” mas sim “quando é que será afetado?”. O uso dos dados armazenados em nuvens ou em servidores remotos tem influenciado a nossa vida quotidiana particular – hoje os telemóveis até nos dizem que “parece que está” em de terminado local ou escolhem o restaurante com base nas nossas preferências – mas o negócio feito com essas bases de dados é, também, a base para um novo modelo de negócio. A questão que se levanta é, assim outra! QUAL O IMPACTO NO AFTERMARKET? Todos reconhecem que já existem significativas alterações que têm impacto, não só na forma como abordamos a sequência, diagnóstico, serviço e reparação do veículo. Mas também na forma como o equipamento da oficina está, agora, ligado em rede de uma forma que permite trocar dados com o cliente na oficina ou fora dela. E este discurso aplica-se aos fornecedores de dados, aos clientes e aos


A QUESTÃO NÃO É SABER SE O NEGÓCIO DO AFTERMARKETSERÁ AFETADO PELA NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, MAS, SIM, QUANDO SERÁ AFETADO. O USO DE DADOS MÓVEIS SERÁ A BASE PARA UM NOVO MODELO DE NEGÓCIO profissionais. Esta troca de informação que permite a preparação do serviço com mais cuidado, é já hoje uma realidade nos pontos de após venda oficiais dos construtores, pelo que o aftermarket e as oficinas fora deste âmbito têm de se preparar e rapidamente, sob pena de não serem competitivos. A questão fundamental a fazer é “afinal, o que está envolvido nesta quarta revolução industrial?”

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DESTAQUE

OFICINA DO FUTURO

Podemos dizer que tudo começa no processo de reparação que, olhando á evolução da tecnologia e da era digital, vai deixar de ser o tradicional “olhe preciso de ir fazer a revisão, quando é que posso marcar?”. Vai passar a ser tudo feito através da monitorização remota do veículo através de plataformas telemáticas com ligação permanente à nuvem e à oficina (nos modelos mais antigos através de aparelhos ligados à ficha OBD do veículo e com ligação á internet). Ou seja, será o veículo a fazer o diagnóstico das situações e a predizer quando será a próxima manutenção. Naturalmente que o sistema do veículo continuará a avisá-lo, mas nos modelos

mais modernos, a marcação do serviço será automática e receberá uma notificação para comparecer e deixar o veículo. Com a aceleração da condução autónoma, poderá ser o carro, sozinho, a ir cuidar dele na oficina mais próxima. Utilizando os dados armazenados, o carro chega a oficina e o rececionista – ou o sistema eletrónico que o receberá – sabe, exatamente, o que é preciso fazer configurando, antecipadamente, qual a ferramentaria, o elevador, o software que necessita atualização e as peças de substituição que vão ser necessárias. Sendo tudo isto feito antes da chegada do veículo, poupa-se muito tempo e desperdiça-se menos recursos.

DESDE A MONTAGEM EM SÉRIE CRIADA POR HENRY FORD, MUITA COISA MUDOU E A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL TERÁ FORTE IMPACTO NA OFICINA MODERNA

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Chegado o veículo à oficina, os dados em relação a falhas que foram detetadas ao longo do processo são armazenados e, a partir dai, pode ser feito o diagnóstico preventivo à distância, com particular incidência nesses aspetos mais críticos. Mas a era digital vai mais longe! A oficina do futuro – que é já hoje! – terá á disposição do cliente, mal ele chega para deixar o carro a reparar, uma ligação á internet com os horários dos transportes públicos ou locais de aluguer de viaturas online (que podem entrar em negócio com a oficina, pagando pela criação dessa relação comercial) para que o cliente possa manter a mobilidade que necessita. Pode, ainda, a oficina ter um acordo com o tecido empresarial local na área da restauração e das lojas, oferecendo descontos ao cliente que utilize o tempo de espera numa refeição ou em compras. Tudo porque o tempo de reparação encurtou devido ao diagnóstico remoto que permitiu preparar tudo com antecedência.


A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL vai levar-nos para um patamar novo em termos de aftermarket e de oficinas, com o atendimento a ser bem diferente e o veículo autónomo a marcar e a deslocar-se à oficina, sozinho, para a manutenção

BENEFICIOS PARA O AFTERMARKET Esta forma de trabalhar oferece novas oportunidades para fornecedores de peças e de ferramentas para a oficina, melhorarem, ainda mais, o seu processo e, naturalmente, as vendas. Com o diagnóstico antecipado, a oficina sabe, exatamente, o que precisa para reparar o veículo que ainda não chegou. Assim, não há necessidade da oficina fazer “stockagem” de peças ou ferramentas (algumas delas acabam por as usar uma vez!) bastando, assim que recebem a informação do veículo, o sistema encomendar as peças e, no caso de ser específica, alugar a ferramenta para aquela operação. Eliminam-se períodos mortos de espera das peças, a logística de distribuição é melhorada e a produtividade incrementada, pois não há tempos mortos. E se começar a partilhar a informação armazenada dos veículos que visitam a sua oficina com os fornecedores de peças e ferramentas, verá que será mais prático alugar ferramenta que a comprar e nun-

ca mais vão chegar peças erradas ou que não servem a intervenção antecipada pelo sistema. O FUTURO É… DESCONHECIDO As possibilidades abertas pela digitalização são enormes e se tem algumas dúvidas sobre o momento que vivemos, não acreditando que estamos perante uma quarta revolução industrial, tome nota daquilo que a União Europeia está a trabalhar. E esta é uma lista que não é exaustiva... - O mercado único digital - A internet das coisas - Veículos elétricos conectados - Digitalização da indústria - Robótica - Desenvolvimento da nuvem para mais e mais armazenamento - Plataformas digitais - Livre movimento de dados - Sistema cooperativo inteligente de transportes

A verdade é que as bases de dados e a sua utilização criam uma inovação disruptiva que vem criar novas oportunidades. Porém, tem um custo. O aftermarket como hoje conhecemos será diferente, algumas empresas hoje líderes terão de se adaptar a novas exigências e formas de funcionamento e vão surgir novos players com novos produtos e formas de os distribuir mais agressivamente ou compatibilizadas com esta quarta revolução industrial. Se nada for feito pelo setor do aftermarket e das oficinas de reparação independente, correm o risco de passarem por dificuldades, a não ser que abracem a inovação e aceitem que estamos, mesmo, a viver a quarta revolução industrial. Se o seu negócio de venda de peças, se a sua oficina não se adaptar para criar novos modelos de negócio adaptados às novas realidades, então acredite que poderá passar a fazer parte da história… passada e não futura! /

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FILTRO DE PARTICULAS

PELA NOSSA SAÚDE! Pode torcer o nariz e argumentar que os clientes nem querem ouvir falar nisto quando o azar lhe bate á porta e o carro engasga devido ao filtro de partículas. Mas para todos, o filtro de partículas é uma barreira que se coloca entre nós e a agressividade, para a saúde, das famosas partículas. Por isso “pela nossa saúde!” ajude os seus clientes a vigiar o sistema antipoluição. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS POSVENTA E DR

A

complexidade técnica do filtro de partículas leva a que muitos profissionais do setor das oficinas não tenham todas as ferramentas de conhecimento necessárias para cuidar dos veículos dos seus clientes de forma responsável e sustentável. Os custos de um filtro de partículas são elevadíssimos e nos dias que correm, preços com mais que três dígitos à esquerda do símbolo do Euro são evitados por quase todos. Porém, o filtro de partículas é um “problema” que estará sempre – e cada vez mais – “agarrado” aos carros com motores diesel alimentados a gasóleo. A evolução tecnológica do motor desenhado segundo o ciclo criado pelo engenheiro alemão Rudolf Diesel, é tremenda e dos mal-cheirosos, barulhentos e sujos motores diesel do século passado, passámos a motores mais silenciosos, com menor sujidade e maior agradabilidade de condução. Além das palavras mágicas: baixos consumos! Não espanta, por isso, que a maioria opte por um carro diesel quando se coloca a necessidade de trocar de viatura ou comprar automóvel novo. Além disso, os novos motores diesel exibem um rendimento superior, emitem menos CO2 para a atmosfera, face aos moto-

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res a gasolina, e menos hidrocarbonetos não queimados. Porém, há um enorme problema que afeta, sobremaneira, a saúde pública: a emissão de partículas de fuligem, perigosas para o ser humano, pois são elementos cancerígenos. PORQUE OS DIESEL POLUEM MAIS? A globalização veio amplificar aquilo que se sabe há muito tempo e que levou á aplicação de filtros de partículas nas máquinas industriais diesel em 1980 e nos veículos motorizados com este tipo de motor a partir de 1985, ou seja, as emissões de gases de escape dos motores diesel são cancerígenas (Grupo 1) com particular incidência no cancro do pulmão e da bexiga. O motor inventado por Rudolf Diesel é bastante diferente do motor desenhado por Nicolaus Otto, outro engenheiro alemão. A maior diferença, e lógica, é que o primeiro utiliza o gasóleo, o segundo gasolina. Depois, o primeiro controla a potência e o binário através da quantidade de combustível que fornece e não por uma mistura de ar e combustível como sucede nos blocos a gasolina. Finalmente, o motor diesel tem queima pobre mas funciona com elevadas temperaturas e sempre com excesso de oxigénio, o que lhe permite emitir menos CO2 que um motor a gasolina.


OS FILTROS DE PARTICULAS são a barreira que foi colocada pelos construtores para evitar que as partículas cancerígenas cheguem à circulação sanguínea e provoquem cancro nos pulmões e na bexiga. Nunca deve ser retirado e ser bem mantido!

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DOSSIÊ

FILTRO DE PARTICULAS

O problema é que estas características do motor diesel – elevadas temperaturas, queima pobre e elevadas pressões no processo de combustão – levam a significativa produção de gases como o óxido de nitrogénio (NOx). Os motores a gasolina também produzem, mas reduziram-se quase 96% as emissões deste poluente, enquanto os diesel continuam com os mesmos níveis de há 15 anos. Contas feitas, embora emitam cerca de metade do CO2 que um carro a gasolina liberta, os motores diesel lançam para o ar 20 vezes mais NOx. E se o NOx é um poluente pesado, grave é a emissão de partículas de fuligem que, como dissemos acima, são responsáveis pelo cancro do pulmão e da bexiga. E este problema coloca-se com maior acuidade quando o motor funciona sem o oxigénio suficiente para queimar o gasóleo. Isso não sucede ao ralenti, mas sim em andamento e dai a utilização do turbocompressor para obviar este problema. Infelizmente, sem a utilização de gasóleo com menos enxofre e a utilização do filtro de partículas, os moto-

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res diesel são grandes contribuintes para um problema de saúde pública. Por isso mesmo, é fundamental abastecer o carro com combustíveis de qualidade (que tenham menos enxofre o que nem sempre sucede com alguns produtos ditos low cost) e cuidar do filtro de partículas. Sobretudo, nunca o retirar. O QUE SÃO OS FILTROS DE PARTICULAS Este é um componente fundamental para limpar as emissões dos motores diesel, estando sempre colocado depois do catalisador. Foi desenhado para remover as partículas de fuligem, filtrar cerca de 85% da fuligem e debaixo de certas condições, limpar 100% das partículas. Necessitam de temperatura elevada para funcionar, cerca de um milhar de graus Celsius, para fazer a regeneração das partículas. Sem atingir esta temperatura, a regeneração não é feita e a filtragem não acontece colando-se às paredes do filtro as partículas levando, a pra-

zo, ao entupimento do filtro. Esse entupimento leva o motor a não desenvolver e obriga a uma visita ao concessionário. Alguns modelos tentam contornar essa situação com uma regeneração ativa. Como é feita? Aumentando o débito de combustível na pós combustão (aumentando a temperatura dos gases de escape quando chegam ao filtro de partículas) forçando, assim, a queima das partículas. Quer isto dizer que terá de fazer uma viagem superior a 10 minutos a uma velocidade igual ou superior a 70 km/h e o motor acima das 2500 rpm. Caso os seus trajetos sejam curtos, verá o motor deteriorar-se de forma galopante. Primeiro, o excesso de combustível enviado não é queimado e vai parar ao cárter do motor. O resultado é a deterioração do lubrificante e a subida do nível do óleo, com consequências nefastas para o propulsor. No limite, se o nível do óleo for muito elevado, o motor começa a consumir o seu próprio óleo e o propulsor acaba destruído.


O QUE SAI DO ESCAPE DE UM MOTOR DIESEL?

Conversor catalítico de oxidação

Pré-tratamento NOx

Conversor catalítico

Filtro de partículas

Já a regeneração passiva acontece quando o motor “sente” que está num percurso longo a velocidades mais elevadas, os gases de escape atingem as temperaturas necessárias e o filtro queima tudo o que possa estar a entupi-lo. QUAIS OS MATERIAIS DE QUE SÃO FEITOS Os filtros de partículas são, habitualmente, feitos com recurso a dois materiais: Cordierite e Carboneto de Silício (SIC). O primeiro é uma espécie de cerâmica, tem um ponto de fusão aos 1200 graus, o que pode ser um risco se houver um excesso de aquecimento dos gases de escape. Pode, nesse caso, derreter durante a regeneração caso o filtro esteja muito bloqueado. Já o segundo tem um ponto de fusão no 2700 graus, graças à utilização de silício e carbono. O CUSTO DOS FILTROS Felizmente que hoje os veículos possuem uma componente eletrónica desenvolvida

e fazem constante auto diagnóstico, antecipando alguns problemas, entre eles o dos filtros de partículas. Ainda assim, as avarias são inevitáveis – particularmente entre os veículos de utilizadores que fazem trajetos diários inferiores a 10 quilómetros – e o filtro de partículas, pelo que acima ficou exposto, é quem sofre mais. Um filtro de partículas custa entre 250 a 750 euros (ou mais, dependendo da marca), enquanto uma limpeza pode ficar até 200 euros. Porém, uma limpeza não oferece garantia que o problema se resolva até porque se a concentração de fuligem nas paredes do filtro for muito elevada e não for possível a sua regeneração, a solução é mesmo a troca por uma unidade nova. Outro dado a ter em conta é que o filtro de partículas deve ser substituído a cada 120 mil quilómetros. Não vale a pena manter o filtro montado depois dessa quilometragem, pois irá eventual entupir e criar outras avarias periféricas.

Os principais poluentes emitidos por qualquer motor de combustão interna são os seguintes: CO2 (Dióxido de Carbono) – Não é um poluente em si (das máquinas aos humanos, todos produzimos CO2) mas o responsável pelo efeito estufa. Por isso mesmo não é tóxico embora ocupe o lugar do oxigénio. Produzse na respiração ou em qualquer tipo de combustão. NOx (Óxido de Nitrogénio) – Poluente que provoca chuva ácida CO (Monóxido de Carbono) – Poluente venenoso se inspirado em excesso, pode conduzir à morte HC (Hidrocarburetos por queimar) – Poluente perigoso pois se inalado continuamente, pode causar danos ou mesmo cancro no fígado Partículas de fuligem – Altamente perigosas, as partículas agarram-se aos pulmões e podem originar asma e outros problemas respiratórios, sendo causa para o cancro dos pulmões e da bexiga

CUIDADOS A TER Além de sensibilizar o seu cliente para a necessidade de ter atenção aos trajetos e conseguir elevar a temperatura dos gases de escape, há mais alguns conselhos que deve oferecer ao seu cliente. Primeiro, dizer-lhe que deve andar, sempre, com mais de um quarto do depósito cheio de gasóleo. Isto porque se não houver gasóleo acima desse valor, o sistema não faz as regenerações automáticas. Lembrar que o sistema, caso tenha esta função, faz a limpeza do filtro a cada 600 quilómetros percorridos e durante 10 a 15 minutos, sendo importante que o motor esteja nas 2500 rpm nesse período. Assim, logo que sinta o ralenti a subir e as ventoinhas do sistema de refrigeração a funcionar durante demasiado tempo, já sabe que o sistema está a fazer uma regeneração e tem de andar durante 10 a 15 minutos para conseguir terminar a regeneração. A rotação de 2500 rpm, não significa velocidade. Pode seguir em terceira a essa rotação a 50 km/h. Interessa é a rotação do motor. /

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DOSSIÊ

FILTRO DE PARTICULAS

ILEGALIDADE E FISCALIZAÇÃO: PROBLEMAS GRAVES DO SETOR O mercado nacional está em crescimento, cada vez mais informado e exigente sobre um assunto que acaba por influenciar a vida de todos. Mesmo que os grandes problemas, a remoção ilegal do filtro de partículas, e a fiscalização, se mantenham. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS DR

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s ursos polares. O degelo das calotas polares. A qualidade do ar. As doenças respiratórias e cardio vasculares. Enfim, o rol de problemas que a poluição e, particularmente, os veículos automóveis colocam á sociedade é imenso. Alguns dizem que são mortais e radicalizam a campanha contra o automóvel, outros entendem que os ursos polares podem morrer todos pois não fazem muita falta e pensam no gelo quando pedem um uísque e há, ainda, os moderados que descortinam formas de mitigar os efeitos das emissões de gases poluentes saídos dos escapes dos veículos, tentando assim preservar a mobilidade e o ambiente. Destes fazem parte os criadores dos filtros de partículas, a barreira que existe entre as partículas de fuligem produzidas pela combustão do gasóleo e os nossos pulmões e o meio ambiente. Infelizmente, há muitos que se encarregam de subtrair aos carros o filtro de partículas, com a conivência, grave, dos proprietários dos veículos. Que, algumas vezes, são incentivados a isso pelos mecânicos das suas oficinas! Não

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espanta, por isso, que os maiores players do mercado ligados a esta temática elejam como problemas mais graves do setor a ilegalidade e a fiscalização. ILEGALIDADE NA RETIRADA DOS FILTROS Abílio Cardoso, CEO da Veneporte, refere que “existem um conjunto de más práticas no que diz respeito à comercialização, instalação e fiscalização de sistemas de filtro de partículas. Grande parte dessas práticas devem-se à legislação inadequada, à atitude passiva por parte da entidade reguladora (IMT, ndr) e a um défice de controlo e fiscalização por parte dos próprios centros de inspeção. No seu conjunto, as más práticas originam consequências bastante negativas para o meio ambiente e saúde pública.” A mesma opinião é sustentada por Jorge Carvalho, diretor geral da Interescape. “Verifica-se que a percentagem relativa à comercialização/reparação deste componente é diretamente influenciada por outras práticas existentes no mercado, como a remoção dos Filtros de Partículas, que continua a ser uma realidade em Portugal. “ Mas este responsável pela Interescape vai mais longe, explicando o porque desse fenómeno de ilegalidade. “a di-

ficuldade na capacidade de diagnóstico por parte de alguns profissionais continua a ser evidente, por falta de conhecimentos técnicos relacionados com o modo de funcionamento do Filtro de Partículas. Tal acaba por se traduzir na escolha de algumas práticas que não aconselháveis, como a remoção do filtro de partículas (componente que tem como principal função reter partículas poluentes e nocivas para a saúde), desrespeitando totalmente as normas europeias vigentes.” Para a Renascimento, pela voz de João Nascimento, gestor de negócio da


ISTO É O QUE NÃO DEVE ACONTECER pois quando um filtro de partículas chega a este estado, já provocou danos irreparáveis no motor e terá de ser substituído

PARA OS PLAYERS DO MERCADO, AS MAIORES PREOCUPAÇÕES RESIDEM NA ILEGALIDADE LATENTE DA RETIRADA DOS FILTROS DE PARTÍCULAS E NA FALTA DE FISCALIZAÇÃO NAS INSPEÇÕES

Renascimento, Gestão de reciclagem de resíduos, as questões colocam-se em outro patamar. “As opções legais existentes no mercado para solucionar as avarias e manutenção deste equipamento, restringem-se à substituição por um filtro novo ou a opção por limpezas do equipamento com garantia de correto funcionamento, através de equipamentos credíveis que garantem o correto funcionamento do equipamento e a preservação do meio ambiente.” Porém, segundo este responsável da Renascimento, “é de conhecimento geral que, infelizmente, ainda existem muitas alternativas

ilegais e que prejudicam o nosso ambiente, tais como a remoção total do filtro de partículas, a adulteração da forma de funcionamento do filtro e o uso de produtos de lavagem de filtros anti ambiente ou que não garantem o correto funcionamento do filtro após a dita lavagem. Embora a eliminação de um filtro de partículas (FAP) seja ilegal de acordo com as normas da União Europeia, ainda existem oficinas que continuam a efetuar a sua remoção definitiva ou a destruir o núcleo do filtro.” Naturalmente que perante estes factos, uma pergunta salta, imediatamente, para a mesa:

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FILTRO DE PARTICULAS o que se pode fazer contra a ilegal retirada dos filtros de partículas? Para Rui Lopes, da Escape Forte, “neste momento, nada. Compete-nos informar e dissuadir o particular e as oficinas sobre a decisão de eliminar.” Nio que toca à Escape Forte, a ideia é demonstrar as diferenças entre agir na legalidade e fora dela. “À data, estamos equipados com um opacímetro, que nos permite exemplificar as diferenças entre o legal e o irregular, comparar a qualidade dos materiais e salvaguardar a qualidade do nosso serviço.” No caso da Renascimento, “a capacitação dos centros de IPO para inspecionar a falta deste componente ou a sua alteração ajudaria.” Mas João Nascimento avança com mais ideias. “Um maior e mais restrito controlo e fiscalização destas irregularidades nas inspeções regulares dos veículos irá permitir disciplinar o mercado da reparação de filtros de partículas, colmatando as más práticas atualmente em vigor de alguns operadores.” Do lado da Veneporte, vêm três medidas muito concretas. “Sensibilização da opinião pública e das entidades reguladoras do setor para a toxicidade das partículas presentes nos gases de escape, as consequências nefastas para o meio ambiente e o efeito cancerígeno no ser humano. É fundamental que se perceba que o filtro de partículas, quando bem desenvolvido e a funcionar em boas condições, tem um papel fulcral ao impedir que estas partículas se propaguem para a atmosfera e para o ar que respiramos.” Em segundo lugar, Abílio Cardoso refere que “o IMT deve atualizar a legislação decorrente da Portaria n378-E/2013, no sentido de dotar os CITV de equipamento de medição de partículas – já existentes e economicamente viáveis - bem como ajustar o limite de opacidade dos gases de escape, aquando da inspeção periódica obrigatória. Neste momento, os centros de inspeção aprovam veículos com valores muito acima do que está mencionado nos diferentes níveis “Euro” de emissões.” Finalmente, o responsável da Veneporte destaca “o combate ao crime económico através da ASAE que deve intervir junto dos players para erradicar um conjunto de más práticas conhecidas e assinaladas, no setor.” Para a Interscape, “o modelo utilizado nos Centros de Inspecção Técnica dos veículos está desatualizado e ultrapassado para os padrões atuais. A legislação e a fiscalização têm de ser ajustadas tendo em conta a evolução sofrida nos veículos durante os últimos anos. Para além isso, a fiscalização por parte das entidades responsáveis deveria ser realizada com maior frequência, à semelhança do que acontece em Espanha. Quando existissem dúvidas sobre o filtro de partículas, poder-se-ia solicitar um documento que comprovasse a homologação por parte do fabricante. Por forma a consciencializar o sector para a gravidade da

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prática de ilegalidades que prejudicam o ambiente, os profissionais que promovem estas práticas deviam ser penalizados, através da aplicação de coimas, por exemplo.” MERCADO A CRESCER Para Abílio Cardoso, CEO da Veneporte, “o mercado nacional está em franco crescimento, cada vez mais informado e exigente, com uma maior noção da complexidade e importância dos filtros de partículas”, enquanto Jorge Carvalho, diretor geral da Interescape, refere que “durante os últimos anos, decorreram constantes evoluções nos Filtros de Partículas e nas respetivas normas europeias de emissões. Consequentemente, o mercado dos Filtros de Partículas para o aftermarket tem-se desenvolvido, com a oferta de soluções de reparação e recondicionamento, alternativas mais económicas relativamente à substituição. Verificase também que a percentagem relativa à comercialização/reparação deste componente é diretamente influenciada por outras práticas existentes no mercado, como a remoção dos Filtros de Partículas, que continua a ser uma realidade em Portugal.” Este cenário menos cinzento desenhados por estes dois responsáveis, não deixa, contudo, de permitir uma reflexão sobre o que sucedeu no passado e quais as lições a aprender no futuro. Para a Interescape, “crise fez-se notar na diminuição da comercialização de Filtros de Partículas originais, devido ao seu elevado custo. Com a ligeira recuperação do mercado, verifica-se que o aftermarket tem vindo a ganhar expressão, embora exista um aumento da aposta na compra de Filtros de Partículas novos”, enquanto para a Veneporte “a crise trouxe alguma retração na procura, como ocorreu de forma transversal a praticamente todos os setores da economia portuguesa. Essa mesma crise também terá potenciado situações ilegais, como a remoção de filtros e instalação

de produtos não adequados. Do aumento de confiança por parte dos consumidores e atores económicos resultante da recuperação, resultou um aumento da procura. Contudo, este é um segmento de mercado que cresce quase organicamente pelo progresso tecnológico do próprio parque automóvel, da evolução das normas relativas às emissões – cada vez mais restritivas. Esta recuperação também pode ter diminuído a procura de situações ilegais.” No lado da Renascimento, João nascimento sustenta que “este tema é bastante polémico.” Para ele “embora as alterações climáticas e outras questões ambientais relacionadas com as emissões de gases poluentes para a atmosfera e o seu impacto nocivo para o Meio Ambiente, têm estado cada vez mais na ordem do dia (tivemos o exemplo, da mais recente polémica em 2015 que envolvia o Grupo Volkswagen, que utilizava um software para adulterar os valores das emissões de dióxido de azoto (NO2) para a atmosfera), a questão económica e a mentalidade dos utilizadores ainda não estão verdadeiramente alinhadas. Muita gente ainda coloca a opção ilegal e económica à frente do que seria correto, pois custará sempre menos inutilizar um filtro, do que mandar proceder à sua limpeza ou substituição.” Mas isso é algo que terá tendência a terminar já que “atendendo às mais recentes exigências estabelecidas pelas entidades reguladoras do sistema de emissões, está a ser introduzido em todos os centros de inspeção um novo procedimento para teste dos gases de escape de todas as viaturas com FAP, de forma a garantir o correto funcionamento deste dispositivo. Devido ao mais restrito controlo, à evolução tecnologia e necessidade de soluções adequadas para o tratamento das suas avarias e correta manutenção deste equipamento, começam a surgir novas soluções com preços apelativos e que respeitam a integridade deste equipamento e o meio ambiente.”


Sensores de pressão Elemento do filtro de partículas Gases de escape pré-tratados

Emissões de gases de escape filtradas

Sensor de temperatura Função do elemento de filtragem

Cilo de filtragem A. Fase de filtragem B. Fase de regeneração

EXISTEM SOLUÇÕES DE LIMPEZA PARA OS FILTROS DE PARTÍCULAS, MAS NÃO SÃO 100% FIÁVEIS PELO QUE O CUIDADO NA UTILIZAÇÃO É A MELHOR PREVENÇÃO A opinião de Rui Lopes da Escape Forte é muito semelhante à dos outros players. “O mercado está em crescimento, o envelhecimento do parque automóvel, naturalmente, obriga a um aumento de procura do serviço de reparação, reconstrução ou troca por peça nova, de filtros de partículas. Sim, o mercado está em crescimento.” PECADOS E VIRTUDES DO SETOR “Uma das principais virtudes é o facto de existir uma oferta diversificada e válida no mercado, com apoio técnico próximo da origem, garantindo confiança e qualidade aos profissionais e consumidores finais. Outra virtude importante é o reconhecimento cada vez mais forte da qualidade dos produtos Veneporte” destaca Abílio Cardoso que no lado dos pecados volta a insistir na falta de fiscalização. “Temos de assinalar o facto de a entidade reguladora do setor (IMT), ter uma atitude passiva quanto à evolução da tecnologia e da necessidade de regulamentação/fiscalização deste tipo de produtos. Também as práticas de total ilegalidade na remoção de filtros, comercialização de produtos não homologados são pecados graves, que provocam, como já foi dito, impactos negativos no meio ambiente e saúde pública.” Para a Interescape, “o atual mercado e as exigências ambientais fazem com que cada vez mais se reconheça a importância do sistema de escape. Atualmente, vários players nacionais disponibilizam alternativas à substituição, recorrendo a componentes de alta qualidade, homologados e seguindo os mais rigorosos critérios de qualidade. É de louvar a prática deste tipo de soluções que, para além de apre-

sentarem uma alternativa eficaz e muito mais económica para o cliente, respeitam as normas ambientais e contribuem para o bem-estar da sociedade. Por outro lado, a dificuldade na capacidade de diagnóstico por parte de alguns profissionais continua a ser evidente, por falta de conhecimentos técnicos relacionados com o modo de funcionamento do Filtro de Partículas. Tal acaba por se traduzir na escolha de algumas práticas que não aconselháveis, como a remoção do filtro de partículas (componente que tem como principal função reter partículas poluentes e nocivas para a saúde), desrespeitando totalmente as normas europeias vigentes.” Percebe-se, assim, que os filtros de partículas são, ainda, terreno movediço para alguns dos profissionais oficinais, devido á sua complexidade técnica e à constante evolução. Por isso mesmo, Jorge Carvalho não hesita quando refere que “na minha opinião, existe uma falta generalizada de informação sobre a oferta existente no mercado e a qualidade das diferentes soluções disponíveis. Na maior parte dos casos, o fator preço acaba por ter o maior peso para os profissionais do sector, que acabam por facilitar e oferecer serviços que lhes permitem ganhar dinheiro.” A Veneporte alinha pelo mesmo diapasão, com Abílio Cardoso a sublinhar que “o fator preço é um dos mais importantes mas não é o único. Existe muita desinformação no mercado, com alguma ausência de conhecimento técnico do filtro de partículas, bem como publicidade enganosa, em que produtos não homologados são vendidos como se tratassem de produtos homologados. Também existe publicidade não

totalmente transparente no que diz respeita à limpeza de filtros e sem uma explicação clara da perda de capacidade de filtragem dos mesmos.” Do lado da Renascimento, destaque das virtudes, com João Nascimento a sublinhar “que já existem opções credíveis e fidedignas e com garantia de limpeza e recuperação de filtros de partículas (exemplo, o nosso sistema limpeza EcoFiltro), e depois existe sempre a opção de substituição por filtros da mesma marca de origem do filtro.” Para Rui Lopes da Escape Forte, as virtudes e pecados do mercado são claras. “Do lado positivo destaco o facto de o crescimento obrigar a uma evolução positiva dos técnicos. Por outro lado, as estruturas das oficinas viram-se obrigadas a acompanhar esta evolução. A compreensão do sistema originou um crescendo de capacidade técnica para trabalhar este componente. No lado menos positivo, continuamos a assistir à falta de informação e de capacidade para a resolução fácil de um problema. A eliminação continua a ser a solução para quem não tem capacidade de resolver ou contornar o problema dos filtros de partículas e isso é profundamente negativo. No caso da Escape Forte e tendo em conta a quantidade de solicitações que temos, enquanto referência no mercado, para disponibilizarmos formações e atualizações dos conhecimentos dos técnicos, começa a ser um fator clarificador do interesse dos intervenientes.” FALSIFICAÇÃO E VENDAS ONLINE A globalização trouxe para a arena muitas marcas e operadores com maior ou menor qualidade e as vendas online começam a ser forte preocupação para o setor do aftermarket. A TURBO OFICINA quis saber se esta ameaça é uma dor de cabeça em Portugal. Para a Veneporte, “a falsificação e toda a venda de produtos não homologados é naturalmente uma preocupação da nossa empresa, devendo também ser uma preocupação do consumidor final/utilizador!” Para Abílio Cardoso, “um produto não adequado pode aportar riscos graves ao funcionamento do veículo, bem como acelerar o desgaste, e mais uma vez, com consequências nefastas ao nível do ambiente e saúde pública. São estes produtos que contribuem de forma negativa para o ambiente e saúde pública. Por exemplo, não entendemos como é que são permitidos sites que anunciam serviços de retirada de filtros de partículas. Estas situações são conhecidas e publicitadas. Ainda assim o clima geral é de complacência e passividade.” No que toca às vendas online “essa é uma realidade com tendência a aumentar nos próximos anos. O facto não deve ser uma preocupação por si, mas deve ser visto como um novo paradigma de dinâmicas comerciais que exige uma resposta astuta. É importante que a própria venda online obedeça às regras

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de boa comercialização, que garanta confiança e segurança ao consumidor. Também compete aos fabricantes tradicionais estabelecer relações com esses canais, de forma a assegurar que os produtos chegam ao consumidor final.” Já para a Escape Forte, a questão das falsificações e vendas online “não se coloca e não é uma preocupação.” Mas Rui Lopes refere que “por vezes, a desinformação ou o empolar de uma situação levam o particular a decisões que, a nosso ver, são erradas.” No caso da Interescape, “é preocupante ver a existência de informação na internet que promove soluções como a remoção dos filtros e a tranquilidade com que se alega que, enquanto se mantiverem os limites, as regras e as metodologias atualmente em vigor, o veículo se mantém em condições de aprovação nas inspeções, mesmo sem o Filtro de Partículas.” Para Jorge Carvalho, “este tipo de informação está disponível e pode ser consultada a qualquer momento por um público vasto, que diariamente faz pesquisas na internet, e que acaba por ser influenciado a aderir a este tipo de soluções, que se tornam populares por diminuírem os consumos e reduzirem os custos de manutenção. Porém, a remoção dos Filtros

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de Partículas acaba por ser uma solução mais dispendiosa relativamente a outras existentes, apresentando um custo equivalente a duas limpezas de filtros de partículas, que garantem a reposição da eficiência do componente e evitam custos em serviços de manutenção durante, pelo menos, seis anos.” João Nascimento, no caso da Renascimento, não vê problemas em nenhuma das áreas já que “apenas temos conhecimento de casos em que estes filtros não funcionam na perfeição, outros casos em que têm uma vida útil muito reduzida em relação ao filtro original, pelo que é nosso entendimento que nestas situações é preferível recorrer a uma regeneração do filtro original através do sistema de regeneração EcoFiltro. Não podemos considerar que somos afetados por este tipo de serviços, além da sua ilegalidade e problemas que originam, são prejudiciais para o Meio Ambiente. O serviço que disponibilizamos tem por base um processo de reparação inovador, garantindo a proteção do filtro e o cumprimento da lei associada e legislação ambiental em vigor, com uma melhor relação preço/ qualidade, relatório de qualidade e garantia associada.

PROFISSIONAIS INFORMADOS? Será que os profissionais das oficinas estão preparados? Será que estão preparados para sensibilizar o cliente para a importância da manutenção e substituição do filtro de partículas como elemento essencial na proteção do ambiente? Abílio Cardoso, da Veneporte, refere que “uma parte sim, nas oficinas mais organizadas, nalgumas, eventualmente com menos estrutura sentimos que existe um défice de informação e até um mau conhecimento das consequências, existindo um foco no negócio imediato e não nos impactos que o negócio pode originar: saúde pública e funcionamento do próprio veículo.“ Já para Jorge Carvalho da Interescape, “ainda há um trabalho árduo a desenvolver para aumentar a sensibilidade ambiental e consciencializar as oficinas para a importância


O TRATMENTO DOS GASES DE ESCAPE é fundamental para a saúde. Eliminar o filtro de partículas é crime, punido por lei e, ainda mais, um crime contra a humanidade, pois há alguns dos gases emitidos, especialmente, nos motores diesel,que são cancerígenos

de optar a favor de uma solução que defenda o meio ambiente, em detrimento de outras práticas existentes no mercado, que, apesar de serem mais simples, são ilusórias, e podem mesmo prejudicar o funcionamento do motor da viatura.” E para isso, a Interescape vai levar a cabo “atividades específicas, como uma ação de formação, onde será divulgada informação acerca do funcionamento dos filtros de partículas, de forma a dar oportunidade aos profissionais do sector para aprofundar conhecimentos e compreender a importância da manutenção responsável e da substituição dos filtros de partículas.” A tónica da Renascimento, incide na ilegalidade da remoção dos filtros de partículas. “A remoção definitiva (eliminação) de uma unidade FAP é ilegal de acordo com as normas da União Europeia. As oficinas e os proprietários que removem o FAP, ou destroem

o seu núcleo, podem ser processados pelas autoridades locais. Este procedimento leva ainda a uma diminuição significativa da contrapressão do sistema de escape, criando problemas no comando das válvulas, danos no motor e sérios problemas ambientais. Poderá ser devido aos valores praticados, visto que a substituição de um FAP por um novo de origem tem valores muito elevados e um filtro low cost (os ditos filtros da concorrência) não dá garantias. Esta nova opção de regeneração com garantia será mais acessível e garante uma maior durabilidade do FAP, no entanto deverá ser efetuada de forma eficiente e regular, por uma equipa devidamente qualificada para o efeito.” “O preço será sempre importante na escolha do player, do produto, ou marca” refere Rui Lopes da Escape Forte, mas “com o passar do tempo, a qualidade do serviço e dos produtos aplicados torna-se determinante no sucesso da operação. Assim sendo, com a experiência, as oficinas começam a optar pela segurança do serviço a um preço ajustado.” Para a Escape Forte a questão é muito simples. Rui Lopes lembra que “as oficinas que conseguirem ver o filtro de partículas como um negócio, uma forma de fidelizar clientes, terão uma vontade acrescida de preservar o ambiente.Não podemos esquecer que as oficinas são negócios e que os mesmos são geridos em função do retorno do serviço. Acreditamos que aquilo que o filtro de partículas acrescenta, na questão de venda de outros componentes, acaba por ser decisivo no interesse e na evolução dos empresários, de forma a cativar os seus clientes e a sensibilizá-los para a manutenção da peça, colocando de lado a hipótese de eliminar.” OFERTA NACIONAL Após sabermos a opinião do setor, temos de saber, também, quais as ofertas que existem e que tecnologias são oferecidas para mitigar os custos deste oneroso componente do automóvel. Infelizmente, algumas empresas não entenderam como proveitoso responder às perguntas da TURBO OFICINA, mas as duas empresas que acederam ao nosso pedido, mostram caminhos diferentes. A Interescape é uma empresa especializada na produção, reparação e importação de sistemas de escapes, catalisadores e filtros de partículas, para qualquer tipo de veículo. Segundo Jorge Carvalho, “temos a maior oferta disponível em Filtros de Partículas novos, das melhores marcas de aftermarket – Walker, AS, Eberspächer e Imasaf – com serviços de entrega no próprio dia, na grande Lisboa e Porto, ou em 24/48 horas no restante País.” No que toca à tecnologia, “disponibilizamos o serviço de limpeza de Filtros de Partículas ieservice, certificada pela TÜV Rheinland desde 2015, que recorre

a tecnologia avançada e é uma solução rápida e económica. O processo é efetuado através de equipamentos especializados, que permitem a remoção eficaz de todas as partículas, sem danificar o filtro. Após a limpeza do filtro de partículas, é emitido um relatório final que contém os parâmetros relativos ao estado do filtro, antes e após a limpeza. Esta solução repõe a eficiência do filtro a 98%, evitando a substituição por um filtro original, o que implicaria um custo mais elevado.” No caso da Veneporte, a empresa “desenvolve e comercializa produtos da sua própria marca” e a nível de novidades tecnológicas, Abílio Cardoso destaca “o estado final de desenvolvimento da gama de produtos Euro5, com lançamento previsto para outubro deste ano, bem como o constante aumento da gama.” Operando em outra faixa do mercado, a Renascimento oferece outro tipo de serviço. Diz-nos João Nascimento, que oferece a sua empresa um “serviço de limpeza de filtros de partículas (FAP), EcoFiltro, em que são dadas garantias de funcionamento do filtro recuperado. A lavagem do filtro de partículas é um processo pormenorizado de limpeza do filtro através de um sofisticado sistema de limpeza reversa com adição de enzimas. Estas enzimas juntamente com água quente pulsada a pressão, atuam para que qualquer resíduo de fuligem que esteja petrificado no filtro seja removido, deixando o filtro limpo e preparado para mais 60 000 km de utilização. Importa ainda realçar que por vezes existem filtros em que não é possível fazer a sua recuperação pelo mau estado em que já se encontram. Enquadrandose na nossa área de abate, descontaminação e venda de peças usadas Auto e decorrente da necessidade identificada no mercado da reparação de filtros de partículas, colmatando as más práticas atualmente em vigor de alguns operadores, surge o nosso serviço EcoFiltro. Solução tecnologicamente diferenciadora, que contribuirá certamente para melhorar a oferta disponível e consequentemente o meio ambiente.” No caso da Escape Forte, e segundo o seu responsável, Rui Lopes, “comercializamos todos os produtos relacionados com emissões: catalisadores, filtros de partículas, escapes, flexíveis, aditivos, AdBlue, tubos de diferencial, sensores de pressão, sensores de temperatura, etc. As marcas com que trabalhamos são: Brain, Cats and Pipes, Walker, Amc, Eec, Warm Up, Fabriescape, Veneporte, Voulis, MteThompson, entre outras.” Além disso, a Escape Forte está preparada para recondicionar materiais que cumprem com a Norma EURO 6. Quer seja na reparação, na reconstrução ou na comercialização de peças novas. Fornecemos aos nossos parceiros informações técnicas para que possam trabalhar todos os componentes, sem obstáculos ou problemas.” /

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ENTREVISTA

JAPANPARTS GROUP

ALESSANDRO PIAZZA, DIRETOR EXECUTIVO

“QUEREMOS CRESCER MUITO EM PORTUGAL” É um dos maiores “players” do mercado europeu de aftermarket, está prestes a completar 30 anos de existência e tem crescido de forma sustentada ao longo dos últimos cinco anos. A TURBO OFICINA entrevistou Alessandro Piazza, diretor executivo da empresa italiana que confessou “haver espaço para crescer em Portugal” como mostrou o primeiro trimestre de 2017. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS JAPANPARTS E DR

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ALESSANDRO PIAZZA É O HOMEM FORTE DA JAPANPARTS e tem como objetivo continuar a fazer crescer a empresa italiana na Europa e, também, em Portugal

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Japanparts começou no já distante ano de 1988 como uma loja familiar especializada em peças para modelos asiáticos, americanos e europeus, em Verona, Itália, onde ainda hoje é a sede do grupo. Com três marcas registadas – Japanparts, Ashika e Japko – a empresa italiana tem mais de 30 mil referências para cada uma das marcas. A gama de peças distribuídas pela Japanparts inclui 140 grupos de produtos diferentes que abraçam todo o tipo de peças suplentes, desde componentes para o motor até aos travões, passando pelas embraiagens, suspensão e sistema elétrico, tendo como exceção peças de carroçaria. Prestes a completar 30 anos, a Japanparts as-

sume-se como uma empresa jovem com uma média de idades dos seus colaboradores ligeiramente acima dos 30 anos. A força de trabalho da empresa divide-se por um grupo de 25 pessoas dedicadas ao serviço administrativo e 70 colaboradores (todos em regime de outsourcing) dedicados á logística dos, atuais, mais de 33 mil metros quadrados de espaço de armazenamento da sede em Verona. Atuais porque a Japanparts tem em vista aumentar o espaço disponível para os 40 mil metros quadrados já em 2018, depois de em 2016 ter dedicado nova nave de armazenamento com 13 mil metros quadrados, exclusivamente, aos amortecedores. Contas feitas, a Japanparts exporta para mais de 70 paises em cinco continentes diferentes e teve um volume de negócios, em 2016, acima dos 75 milhões de euros. Valor que não espanta visto

que a Japanparts tem conhecido crescimento do volume de negócios de dois dígitos nos últimos cinco anos, tanto na unidade de negócio italiana como, principalmente, na exportação. Recentemente, a Japanparts investiu forte na introdução de peças de suspensão no seu portfólio, nomeadamente, amortecedores. O que se revelou um sucesso já que em poucos meses é dos produtos líder de vendas do grupo, sendo que as referências disponibilizadas pela Japanparts cobrem os modelos europeus e asiáticos. Por tudo isto e pelo que representa, já em Portugal, a Japanparts, a TURBO OFICINA avançou para a entrevista ao diretor executivo do grupo italiano, Alessandro Piazza, o homem que esteve à frente das vendas entre 2008 e 2010 e é agora o responsável máximo da Japanparts desde 2013.

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ENTREVISTA

JAPANPARTS GROUP

A JAPANPARTS COMEÇOU COMO EMPRESA FAMILIAR TENDO-SE TRANSFORMADO NUM COLOSSO EUROPEU DO AFTERMARKET O INÍCIO E O PERCURSO DA JAPANPARTS Já contámos parte da história da Japanparts, mas deixemos que seja o seu responsável máximo a nos revelar como tudo começou e qual o caminho percorrido até hoje. “A Japanparts foi estabelecida em 1988 como um especialista para o mercado automóvel italiano das peças de substituição para veículos asiáticos e europeus. Após o sucesso da primeira década de atividade, surgiu a Ashika, a segunda linha de produtos concebida para alargar as possibilidades de distribuição para o sector do mercado pós-venda. Alguns anos mais tarde criámos a marca Japko, o desenvolvimento mais recente da Japanparts, com o objetivo de reforçar a trajetória da empresa rumo à internacionalização com a abertura a novos mercados e a subsequente extensão de infraestruturas logísticas. Em 2007 o novo centro logístico em Verona foi inaugurado, revelando-se uma aposta ganha da empresa no âmbito das entregas rápidas inclusive a clientes fora da Itália. Atualmente o Japanparts Group está presente em 5 continentes e num total de 70 países com 30 000 referências de peças para cada uma das três marcas.” Este desenvolvimento e o crescimento sustentado está assente em vários pilares que diferenciam a Japanparts das restantes empresas, o que Alessandro Piazza confirma revelando que “entrega rápida, boa qualidade e preço competitivo: estes sempre foram os nossos valores fundamentais ao longo de 30 anos.” Alem disso, segundo ele “gerimos todos os nossos fluxos logísticos no nosso armazém digital, o que nos permite gerir a importação de mais de 1700 contentores por ano e processar até 12 000 linhas de pedidos por dia, pelo que conseguimos entregar todos os dias encomendas individuais no prazo de 24/48 horas.” Um trabalho impressionante sem dúvida! Mas há mais. “Sim, oferecemos aos nossos clientes as soluções tecnológicas mais avançadas em conformidade com os requisitos mais recentes no que respeita a qualidade e desempenho. Cada código no Japanparts Group é produzido em conformidade com as normas dos fabricantes de equipamento original com vista a respeitar os parâmetros de eficiência e qualidade. Possuímos preços competitivos

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RIGOR DE GESTÃO é um dos segredos da logística da Japanparts cujos funcionários, em regime de "outsourcing", têm de lidar com milhares de referências e mais de 12 mil pedidos diarios de peças

para uma gama de produtos que inclui 140 grupos de produtos diferentes para todos os tipos de peças de substituição, desde componentes de motor, a embraiagens e peças elétricas ou suspensões.” Como já referimos, ficam de fora, pelo menos por agora, peças de chapa para a carroçaria. OS PRODUTOS MAIS PROCURADOS Com tantas referências e mais de 140 grupos de peças para cada uma das três marcas (Japanparts, Ashika e Japko) é inevitável perguntar se é possível encontrar um produto ou uma gama de produtos que se destaque dos restantes. “Claro que sim” solta Alessandro Piazza, referindo que “historicamente os tra-

vões têm sido os produtos mais populares do Japanparts Group.” Porém, isso está a mudar. “Sim, nos últimos anos a empresa realizou investimentos significativos no desenvolvimento de amortecedores e estes têm vindo a tornar-se num produto com muito procura e muito rapidamente.” Uma aposta ganha que exigiu forte investimento por parte da empresa italiana. “Claro! Este ano a empresa expandiu a área de armazenamento, adicionando um armazém de 13 mil metros quadrados dedicado exclusivamente a este produto (amortecedores, ndr). Além do mais, presentemente, temos mais de 1600 referências de peças disponíveis em stock no armazém em Verona, o que nos permite


duração e pelas suas excelentes propriedades de estanquidade. O processo é concluído com a aplicação precisa de pintura e soldadura.”

realizar entregas rápidas não só em Itália mas também em todos os países nos quais o grupo possui escritórios.” Quer isto dizer que a velocidade na entrega continua a ser essencial. Alessandro Piazza diz que sim, mas há algo mais importante. “ A implementação contínua destes itens segue um trajeto preferencial ao longo do departamento de marketing com a adição constante de novas aplicações. Nos últimos dois meses, ao adicionar 300 novos códigos, a empresa aumentou a sua abrangência no que respeita a veículos de estrada europeus, atingindo assim os 95%. A gama de produtos não inclui apenas produtos utilizados em veículos de marcas asiáticas, nos quais o Japanparts Group sempre foi es-

pecializado, inclui também modelos europeus e americanos.” Uma enorme abrangência. “Realmente, desde o Grupo VAG ao Grupo FCA, Grupo Renault (Renault-Nissan-Dacia), Grupo PSA, BMW, GM, Mercedes, Subaru, Toyota e Volvo, às quais se juntam marcas como a Cadillac, Hummer, Land Rover, Smart, Piaggio e DR, abraçamos significativa fatia do mercado em termos de construtores.” Outro dado sensível e muito importante é a qualidade do fabrico das peças. No caso da Japanparts, “utilizamos apenas componentes e materiais de alta qualidade com um processamento muito detalhado. A haste apresenta cromagem de alta resistência, juntas circulares NOK que se distinguem pela sua longa

MERCADO PORTUGUÊS É IMPORTANTE? A aposta da Japanparts em Portugal é evidente e a sua presença começa a notar-se de forma clara. Naturalmente que este crescimento sustentado e importante poderia levar a Japanparts a abandonar a sua estratégia de distribuição e decidir instalar-se diretamente no mercado luso. Mas parece que a estratégia é diferente, segundo nos conta Alessandro Piazza. “Implementamos de forma consistente uma estratégia de distribuição clara com vista a obter um crescimento que aumente a nossa quota de mercado continuamente e que ajude os nossos parceiros comerciais a expandirem os seus negócios. A expansão e o melhoramento contínuo do nosso modelo de negócios de sucesso são os pilares da nossa estratégia.” Então o objetivo é “fazer aquilo onde somos bons (distribuição, ndr) que fazemos melhor, repetidamente e com maior eficiência. “ Mas então, qual é a estratégia da Japanparts? “O nosso método é simples: crescer em mercados existentes estimulando a expansão dos negócios dos nossos clientes atuais, contribuindo para a criação de casos de sucesso em toda a região e para o desenvolvimento de novos negócios.” Para isso, a Japanparts “reforça e expande continuamente a gama de oferta de produtos e serviços na totalidade da cadeia de valor. Para assegurar o sucesso a longo prazo dos nossos parceiros comerciais estamos constantemente a criar novas soluções de valor acrescentado que proporcionem vantagens competitivas.” Sendo assim, era inevitável perguntar a Alesandro Piazza quais são as perspetivas de crescimento na Europa e, particularmente, em Portugal. “Entre 2014 e 2016 o Japanparts Group assistiu a um crescimento de dois dígitos no seu volume de negócios em Itália e nas exportações e confirmou a tendência positiva dos anos anteriores que a coloca entre as principais posições no sector do mercado pós-venda, processando encomendas que representam um crescimento superior a 70% nos últimos cinco anos. Ainda temos espaço no mercado europeu para permitir à nossa empresa um crescimento estável. Particularmente em Portugal onde a empresa apresentou outro trimestre sólido, com um aumento de 33% comparativamente aos resultados do ano anterior. Ou seja, queremos crescer muito em Portugal.” NOVOS PROTAGONISTAS Este crescimento experimentado nos últimos anos significa que o aparecimento de novos “players” não tem estado a incomodar a

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ENTREVISTA

JAPANPARTS GROUP

Japanparts. O diretor executivo da empresa diz que a preocupação da JapanParts é outra. “A nossa força reside na flexibilidade, na velocidade de adaptação a um mercado global tão dinâmico e acelerado com aumentos significativos de stock mantendo os custos limitados. Melhorar estas qualidades é o nosso principal objetivo no futuro. Para além disso, as nossas competências e a nossa capacidade para reagir rapidamente cumprindo os requisitos de um mercado global em constante transformação foram sempre as nossas principais características. Nos vários campos em que trabalhamos possuímos as competências, os conhecimentos e a motivação para superar inclusivamente os desafios mais difíceis.” OLHAR O FUTURO Ao longo desta entrevista percebeu-se que o responsável máximo da Japanparts está empenhado em manter a empesa como um dos principais players do setor do aftermarket e foi inevitável perguntar a Alessando Piazza, o que reserva o futuro. “Em 2018, para consolidar a pegada ambiental da empresa esperamos inaugurar a nova área da plataforma logística, um espaço com 53 mil m2 de área de

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A JAPANPARTS CONTINUA A CRESCER e o espaço de armazenamento tem de evoluir no sentido de acomodar as milhares de referências que hoje fazem parte dos catálogos das três marcas do grupo italiano: Japanparts, Ashika e Japko

superfície para armazenamento de produtos projetado de acordo com os sistemas de logística mais recentes, e vamos expandir a nossa gama de produtos para aplicações europeias com o objetivo de responder às necessidades dos clientes nos sectores-alvo.” Sendo uma empresa que assenta a sua progressão na capacidade de antecipar tendências e trabalhar num ambiente global, a Japanparts mostra-se preparada para o futuro. A digitalização “é muito importante para nós”, como assinala Alessandro Piazza, e não espanta que a empresa fosse a primeira a oferecer um catálogo digital oferecido pela TecDoc, empresa que trabalha em estreita colaboração com a Japanparts. São oferecidos, assim, três sítios de internet (um para cada marca) que exibem fotos, referências e características das peças, tornando a encomenda muito mais fácil. Basta, na busca, inserir o nome do modelo, chassis e a matrícula, para que a busca seja mais eficaz e o resultado final melhor. Como referiu Alessandro Piazza, no final desta entrevista “a nossa força reside na flexibilidade e na velocidade de adaptação a um mercado tão dinâmico. O nosso objetivo imediato é melhorar continuamente essas qualidades!” /



NOTÍCIAS

INTERNACIONAIS

OSRAM

PRÉMIO DE FORNECEDOR DO ANO DE 2016 DA TEMOT

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a categoria “Vendas & Marketing”, a unidade de negócio Specialty Lighting da Osram foi galardoada, durante a conferência Temot para acionistas e fornecedores em Barcelona, com o troféu “Prémio de Vendas & Marketing 2016”, que

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foi entregue aos representantes da Osram Specialty Lighting. Aproximadamente 400 profissionais, acionistas e fornecedores de todo o mundo reuniram em Barcelona para o evento tendo parte do evento sido ocupado com a cerimónia de entrega de prémios. Os vencedores foram escolhidos pelos acionistas da Temot International e basearam-se no desempenho de todos os fornecedo-

res durante os 12 meses de 2016. A Osram Specialty Lighting foi galardoada pelo seu desempenho na categoria “Vendas & Marketing 2016.” O prémio foi entregue à equipa da Osram, composta por: Terje Noevig (Responsável pelo Aftermarket Automóvel), Patrick Wiglinghaus (Diretor de Vendas Automóvel AM EU NW, Iberia, Ionian), Nikolai Dianov (Responsável pelo Cluster Eastern Europe) e Alla Muntian


DELPHI OSRAM DISTINGUIDA Na entrega de prémios da Temot International, a Osram ganhou na catregoria “Vendas & Marketing”

GAMAS DE TRAVAGEM E GESTÃO DE MOTOR

A

Delphi Product & Service Solutions apresentou novas referências para as gamas de travagem, gestão de motor, direção e suspensão, com o objetivo de satisfazer o aumento da procura dos seus componentes de reposição. Estas novas incorporações juntam-se às referências que foram lançadas durante 2016. No conjunto, a gama de componentes para travagem, gestão de motor, direção e suspensão oferece uma ampla cobertura do parque automóvel na Europa. Prevê-se que esta carteira de produtos continue a aumentar em 2017, com a introdução de novas referências. As ampliações das gamas incluem peças chave instaladas em mais de 1000 aplicações (marca/modelo/tamanho do motor), entre as quais estão incluídas em veículos como: Citroen C4 Picasso II (2013>), Ford Transit (2012>), Hyundai i40 (2011>), Mini Cooper One (2010>), Peugeot 308 II (2014>), Range Rover Sport (2013>), Renault Clio (2012>) e Opel Mokka (2012>).As novas incorporações podem ser consultadas emTecDoc, onde a Delphi conta com o certificado de categoria “Classe A” como fornecedor de dados, bem como no catálogo on-line da Delphi,delphicat.com.

DENSO

CATÁLOGO CLIMATIZAÇÃO

(Gestão do desenvolvimento de negócio Neolux). Um dos acionistas da Temot enfatizou que “nós, como clientes da Osram, queremos uma melhor abordagem, melhores serviços e a sua estratégia de duas marcas apresenta-nos vantagens claras”. Entre os recentes lançamentos da Osram destaque para a gama de luzes LED para inspeção nos trabalhos de manutenção e reparação de veículos em oficinas e garagens. /

M

ais de 200 referências que cobrem mais de 500 novas aplicações para veículos novos do parque automóvel europeu estão incluídas neste novo catálogo Denso dedicado á climatização. Além destas novidades, que têm como objetivo oferecer aos parceiros Denso uma ampla gama de peças e material que responda às necessidades atuais e futuras nesta área, o novo catálogo viu serem atualizadas um sem número de referências e equivalências (agora são mais de 4300 com referências originais) para a gama atual. A gama de compressores de ar condicionado da Denso conheceu forte atualização com mais de 160 novas referências que cobrem as mais recentes e populares aplicações na Europa. Também no capítulo das válvulas de expansão, a Denso introduziu muitas novidades com aplicações para a BMW, VW e grupo PSA e na gama de interruptores de pressão para aplicação em Mercedes e grupo VW.

AGOSTO 2017 TURBO OFICINA

43


NOTÍCIAS

INTERNACIONAIS BOSCH

VELAS DE IGNIÇÃO DE ALTO RENDIMENTO

A

Bosch introduziu novas velas de ignição de alto rendimento que foram testadas exaustivamente no desporto automóvel. A Bosch desenvolveu velas de ignição de alto rendimento que permitem cumprir a legislação vigente relativa às emissões. As velas da marca alemã dispõem de um elétrodo central com um pin de metal extremamente nobre (fine wire) e de um nono material no elétrodo central. Trata-se da liga de níquel Alloy 602, com uma maior proporção de crómio do que as ligas standard de níquel. A vantagem relativamente às ligas de níquel utilizadas até agora é a resistência da Alloy 602 contra a corrosão a altas temperaturas, o que contribui para aumentar a vida útil da vela. As velas de ignição de alto rendimento foram testadas exaustivamente na competição automóvel, designadamente no Campeonato Alemão de Turismo (DTM), nas 24 Horas de Le Mans e na Fórmula 1. A sua utilização no desporto automóvel demonstra o desempenho e a fiabilidade das velas. Os conhecimentos obtidos são direcionados pela Bosch para o desenvolvimento

TOMTOM TECNOLOGIA PARA CONDUÇÃO AUTÓNOMA O fabricante de sistemas de navegação TomTom anunciou o desenvolvimento de tecnologia de trânsito ultra rápida para a condução autónoma e mobilidade mais inteligente. Feita em conjunto com a Cisco, esta investigação irá otimizar os dados recolhidos pelos vários sensores e “routers” desta empresa para criar a próxima geração de informação tecnológica de trânsito. Ou seja, o desenvolvimento

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TURBO OFICINA AGOSTO 2017

desta nova tecnologia para a condução autónoma irá combinar a tecnologia e o conhecimento da TomTom e o suporte da plataforma “Internet Things” da tecnológica norteamericana Cisco. Um dos principais aspetos inovadores desta colaboração é a utilização da tecnologia Distributed Acoustic Sensing (DAS), que permite converter a fibra ótica por cabo num conjunto de microfones virtuais que detetam e medem veículos em movimento. Estes dados serão agregados aos dados de trânsito da

das velas de ignição de produção em série. Um bom exemplo é o uso de ligas de platina nos elétrodos das velas de ignição. Esta tecnologia foi usada pela primeira vez em 1970 em Le Mans, no Porsche 917, que venceu a corrida. Desde 1983, estes materiais também são disponibilizados para as velas de ignição Bosch produzidas em série e, atualmente, fazem parte da norma técnica geral. É desta forma que a tecnologia passa dos circuitos automóveis para as ruas e estradas. Inovações como o acoplamento em copo e o elétrodo de massa de forma orientada, especificamente concebidos para satisfazer as elevadas exigências do desporto automóvel, são também novas tecnologias que foram primeiro desenvolvidas para a competição e que depois passaram para a produção em série de veículos ligeiros. A qualidade de equipamento original também disponibiliza pela Bosch para o mercado de peças de substituição. As velas de ignição Bosch traduzem diretamente as tendências mais atuais, desde o equipamento original até ao distribuidor de peças e à oficina. /

TomTom, provenientes de mais de 500 milhões de dispositivos. Os resultados serão depois disponibilizados e analisados num interface TomTom, desenvolvido especificamente para responder às necessidades dos centros de gestão de trânsito. Com esta investigação e desenvolvimento tecnológico, a TomTom espera que se aumente a precisão dos serviços de trânsito em tempo real, ao mesmo tempo que se reduzem os custos da infraestrutura de monitorização de trânsito.

EMBRAIAGEM PARA HÍBRIDOS MANUAIS DA SCHAEFFER A Schaeffer apresenta uma embraiagem para os veículos híbridos com caixa manual do futuro. A tecnologia permite potenciar a eficiência dos modelos que combinam motores de combustão e elétricos. O sistema recorre ao que é designado como uma embraiagem de desconexão, que quebra a cadeia de ligação entre o motor e a transmissão, e uma segunda denominada embraiagem de impacto, que reduz as vibrações quando é refeita a ignição do motor.


JAPANPARTS

NOVAS BOMBAS LIMPA PARA-BRISAS

A

Japanparts passou a disponibilizar cerca de 60 referências na sua gama de bombas limpa para-brisas. A Japanparts alargou a oferta da sua gama de bombas limpa para-brisas das marcas Japanparts, Ashika e Japko, disponibilizando atualmente cerca de 60 referências, que abrangem cerca de 70% do parque asiático. As bomba limpa para-brisas têm 36 marcas de garantia e, segundo a marca, oferecem uma alternativa de qualidade semelhante ao produto original. A bomba limpa para-brisas tem uma função de fundamental importância na condução do veículo, tendo como missão levar a água do depósito até ao para-brisas, ao óculo traseiro e ou aos faróis do veículo. Encontra-se diretamente no depósito de lavagem, por cima do para-lamas, podendo ser considerada parte do sistema limpa para-brisas. A sua duração depende inteiramente da qualidade do líquido limpa para-brisas. Em média, falamos num período entre 2 e 5 anos. A inspeção da bomba limpa para-brisas é muitas vezes negligenciada devido à sua colocação incómoda. No entanto, a Japanparts recomenda a limpeza quer da bomba quer dos seus contactos elétricos, pelo menos uma vez por ano.


NOTÍCIAS

INTERNACIONAIS CONTINENTAL

SISTEMA DE SOM SEM ALTIFALANTES

A

Continental planeia desenvolver um sistema de som que dispensa o uso de altifalantes. O conceito permitirá reduzir o peso dos automóveis, útil principalmente em modelos que almejam a performance. A Continental está a desenvolver um novo sistema de som, que dispensa a utilização de altifalantes. A ideia inspira-se nos violinos e assemelha-se ao que acontece em concertos de música clássica: a reverberação da sala é o meio de amplificação do som que provem diretamente dos instrumentos. Substituindo a sala de concertos pelo habitáculo do veículo, a ideia é a mesma. A Continental pretende produzir um mecanismo – um atuador de som composto por íman e bobines – que produz vibrações pelas várias superfícies do interior do carro, ao invés da vibração de uma membrana num ponto, como acontece dentro do altifalante. O futuro do som pela Continental dispensa o uso de altifalantes, o que reduz o peso adicional dos mesmos na viatura. Além disso, as ondas sonoras ampliam-se, deixando de estar focadas em pontos individuais pelo automóvel, oferecendo uma experiência de som 3D. Segundo a estimativa, a redução do peso pode chegar aos 90% em relação ao sistema de som normal. Os engenheiros da Continental indicam que este novo sistema ainda se encontra em fase de desenvolvimento, mas está cada vez mais refinado. Dimitrios Patsouras, diretor do Departamento de Serviços de Engenharia da Continental, exemplifica as descobertas da sua equipa através do pilar A, a zona “ajustada para frequências de som altas”, enquanto que os painéis das portas “têm as propriedades certas para gerar frequências médias”. /

UE INVESTIGA PROPOSTA DE COMPRA DA HALDEX PELA KNORR-BREMSE AComissão Europeia abriu uma investigação, detalhada, para avaliar a proposta de aquisição da Haldex por parte da Knorr-Bremse à luz do Regulamento de Concentrações da União Europeia. Segundo a comissária Margrethe Vestager, responsável pela concorrência, “os travões são uma componente crucial para a segurança de milhões de camiões, reboques e autocarros que transportam mercadorias

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TURBO OFICINA AGOSTO 2017

e passageiros em toda a Europa, numa base diária. Este negócio pode restringir a concorrência e o desenvolvimento tecnológico, podendo levar ao aumento de preços para os fabricantes de veículos.” A Knorr-Bremse e a Haldex são os maiores fabricantes mundiais de sistemas e componentes de travagem para veículos comerciais, juntamente com a Wabco. A Knorr-Bremse apresentou uma OPA sobre a Haldex já no mês de setembro de 2016 e, finalmente, conseguiu ficar na frente da ZF Friedrichshafen, outro candidato à compra.

BREMBO AUMENTA RECEITA 10,1% NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017 Contas feitas ao primeiro semestre de 2017, a Brembo, especialista italiano de travagem, viu as suas receitas aumentarem 10,1% face a igual período de 2016, totalizando 1,284.4 mil milhões de euros. Ao mesmo tempo, o EBITDA (lucros

antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 12,8% para 255,5 milhões de euros e o EBIT (lucros antes de encargos financeiros e impostos) chegou aos 189,5 milhões de euros, mais 9,3% que em 2016. Quer isto dizer que o lucro líquido da Brembo no primeiro semestre de 2017 foi de 136,7 milhões de euros, um avanço de 7,6% face a igual período do ano passado. A dívida consolidada da empresa é de 259,7 milhões de euros, sensivelmente a mesma de 2016 (mais 0.10%). No total, o investimento foi de 161,5 milhões de euros.


A Brembo viu quase todos os segmentos de mercado ganharem face a 2016, com as aplicações automóveis a crescerem 11,6%, nas motos o avanço foi de 15,6% e na competição, ganhou 4,6%. Já nos veículos comerciais, a marca italiana assistiu a um recuo de 2,6%. Na alínea das despesas, o grupo Brembo alinhou 215,8 milhões de euros (17,7% das receitas) com despesas com pessoal, um aumento significativo face a 2016 (era de 192,2 milhões, 16,8% das receitas) num total de 9429 colaboradores, mais 387 que em dezembro de 2016 e mais 546 que em junho de 2016.


NOTÍCIAS

INTERNACIONAIS VOLKSWAGEN

V2V PREVISTO PARA 2019

S

erá dentro de dois anos que, procurando aumentar a segurança rodoviária, os veículos da Volkswagen vão ser capazes de comunicar entre si e com as infraestruturas. Considerando que “a falar é que a gente se entende”, os veículos da Volkswagen vão ser capazes de comunicar entre si, integrando a partir de 2019 a tecnologia WLAN para sistemas de troca de dados V2V (veículo para veículo) e V2I (veículo para infraestrutura). Sabendo que “informação é poder”, o objetivo passa pela diminuição do número de acidentes e mitigação das suas consequências, pois ao saber atempadamente de potenciais perigos nas vias os condutores podem adaptar a sua condução para lidar com esses obstáculos. Os equipamentos com que os veículos da Volkswagen vão ser capazes de comunicar entre si são baseados no protocolo IEEE 802.11p (pWLAN), o standard no setor automóvel para a troca de dados entre condutores e com as infraestruturas. Contando com uma frequência exclusiva, e enviando alertas aos outros condutores em milésimos de segundos, é destacado o facto deste sistema não exigir uma acumulação de informação, evitando assim custos associados a servidores, clouds e outras soluções para armazenamento da informação. O objetivo do Grupo Automóvel é começar a

MANN+HUMMEL COMPRA JACK FILTER O Grupo MANN+HUMMEL estabeleceu acordo para aquisição das empresas Jack Filter Lufttechnik e Jack Filter Hungaria. Esta operação permite aumentar a gama de produtos na área dos filtros de ar para partículas de alta eficiência (HEPA). O sócio-gerente da Jack Filter, Alexander Gaggl,

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TURBO OFICINA AGOSTO 2017

equipar dentro de dois anos os seus modelos com esta tecnologia, adicionando um novo patamar à conetividade nos seus carros, já

assumirá o papel de direção da divisão mundial de soluções de ar inteligentes da MANN+Hummel. As empresas adquiridas estão especializadas na produção e venda de filtros de ar para ventilação, ar condicionado e tecnologia de sala branca. O volume de negócios das empresas é de aproximadamente dez milhões de euros. As competências e relações com clientes da Jack Filter e da MANN+HUMMEL são complementares. Esta operação permite à MANN+HUMMEL ter acesso a mais segmentos de mercado.

disponível para smartphones. Assim, em 2019 este sistema que garante que os veículos da Volkswagen. /

EMBRAIAGENS SACHS PARA VEÍCULOS PESADOS Feitas com um novo material de revestimento que minimiza o desgaste das superficies de atrito, as novas embraiagens Sachs para veículos comerciais pesados permitem uma melhoria significativa no comportamento de arranque e manobra. Os kits de embraiagem Sachs permitem uma substituíção rápida, minimizando o tempo de imobilização do veículo. Disponibilizados pela ZF Aftermarket, os kits de embraiagem da Sachs apresentam fiabilidade e qualidade e asseguram que a

potência e o binário do motor cheguem, uniformemente, à estrada. E porque neste processo são sujeitos a um número impressionabte de impactos que têm de ser minimizados. A utilização de materiais de elevada qualidade permitem mitigar esses esforços. Os novos revestimentos estão disponíveis nos discos de 362, 395 , 400 e 430 mm.



RAIO-X

COMERCIAL DO MÊS

ESTRELA FAZ A DIFERENÇA? Pode parecer semelhante a outros modelos, mas o Citan da Mercedes é mais que um comercial que se destaca pela estrela, pois oferece amplo espaço interior nesta versão de cinco lugares para uma utilização mista. TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

C

om o intuito de preencher uma lacuna na sua gama de veículos comerciais ligeiros, a Mercedes-Benz Vans recorreu à sua parceria com a Renault para reforçar a sua oferta com um produto posicionado abaixo do Mercedes-Benz Vito. As versões de passageiros receberam a designação Mercedes-Benz Citan Tourer para fazer a distinção relativamente aos furgões de mercadorias. Apesar de partilhar a mesma plataforma e estrutura da carroçaria com o Renault Kangoo, o Mercedes-Benz Citan apresenta uma identidade própria, designadamente na parte frontal, com destaque para a grelha e os grupos óticos, inspirados no Mercedes-Benz Sprinter. Mais

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TURBO OFICINA AGOSTO 2017

profundas são as diferenças no habitáculo do Citan, designadamente ao nível de um tabliê específico, dos principais comandos (luzes, limpa para-brisas, luz de emergência, computador de bordo), assim como o design do painel de instrumentos e da consola central. Os bancos também são exclusivos da Mercedes, bem como os revestimentos interiores. Uma das versões disponíveis na gama Citan é a Tourer Standard 109 CDI/27, de cinco lugares, que apresenta um comprimento de 4,3 metros, uma largura de 1,82 metros e uma altura de 1,81 metros. Estas dimensões, associadas a uma distância entre-eixos de 2,69 metros, permitiram disponibilizar um habitáculo espaçoso. Igualmente ampla é a bagageira, que, com os bancos da segunda fila montados em posição normal, oferece um comprimento de quase

um metro, uma largura de 1,46 metros e uma altura de 1,25 metros (sem a chapeleira). Os bancos traseiros podem ser rebatidos assimetricamente, numa configuração 1/3, 2/3 ou na totalidade. Neste último caso obtém-se uma superfície de carga plana. Menos generoso é o equipamento de conforto proposto de série pela marca alemã, resumindo-se ao fecho central de portas com telecomando, aos vidros elétricos dianteiros, aos retrovisores exteriores aquecidos e reguláveis eletricamente e ao sistema de assistência no arranque. O ar condicionado (980€) integra a lista de opcionais, assim como os sensores de estacionamento traseiro (311€), os vidros elétricos na porta de correr (186€), os vidros escurecidos na traseira (181€), o sistema de navegação com rádio incluído (859€).


AMBIENTE MERCEDES O habitáculo procura transmitir um ambiente Mercedes. Isso é visível nos comandos, nos bancos e nos revestimentos interiores

A nível mecânico, o Citan Tourer recebe o motor diesel de 1461 cc, que desenvolve uma potência de 90 cv às 4000 rpm e um binário de 220 Nm. Em associação com uma caixa manual de cinco velocidades, este propulsor proporciona um desempenho agradável, não só pela disponibilidade de binário a baixas rotações, mas também pela sua elasticidade. O Citan Tourer vem equipado de série com o pack BlueEFFICIENCY, que inclui sistema Start / Stop, para otimizar o consumo de combustível. A média anunciada pela marca é de 4,3 l/100 km, mas, em condições reais, o computador de bordo indicou um valor de 6,5 l/100 km. Onde a marca não abdicou foi na segurança, uma vez que a dotação de série do Citan Tourer compreende o assistente à travagem de emergência, o sistema de travagem com ABS e ASR, o programa eletrónico de estabilidade, o sistema de monitorização da pressão do pneus ou os vários airbags para condutor e passageiro. O Mercedes-Benz Citan Tourer 109 CDI/27 está disponível a partir de 28255 euros, com IVA incluído. Os opcionais incluídos na unidade ensaiada fazem elevar o preço final para os 32294 euros. /

MERCEDES-BENZ CITAN TOURER STANDARD 109CDI/27

PREÇO 32294 € // MOTOR 4 CIL; 1461 CC; 90 CV; 4000 RPM // BINÁRIO 220 NM // TRANSMISSÃO Dianteira; 5 VEL Man // PESO 1950 kg // COMP./LARG./ALT. 4,32/1,82/1,80 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,69 // MALA 398 KG // DESEMPENHO ND 0-100 KM/H; 160 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,3 (6,4*) // EMISSÕES 112 G/KM // IUC 42,80€ *As nossas medições

MOTOR / VERSATILIDADE

CAIXA CINCO VELOCIDADES

AGOSTO 2017 TURBO OFICINA

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RAIO-X

BARÓMETRO

DINÂMICA DO SETOR Todos os meses, em parceria com a Informa D&B, a Turbo Oficina regista as mudanças no tecido empresarial do setor do após-venda. Conheça as aqui as principais alterações e ocorrências registadas PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS NO SETOR DOS CONCESSIONÁRIOS AUTO, OFICINAS, GROSSISTAS E RETALHISTAS AUTO, POR REGIÃO DINÂMICA NASCIMENTOS (CONSTITUIÇÕES) ENCERRAMENTOS (EXTINÇÕES) INSOLVÊNCIAS REGIONAL DO SETOR ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO JUNHO 2017 HOMÓLOGA JUNHO 2017 HOMÓLOGA JUNHO 2017 HOMÓLOGA ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) NORTE 284 7,6%

55 -28,6%

20 -13,0%

CENTRO 141

9,3%

38

2,7%

7

-58,8%

ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA

-12,0%

78

44,4%

13

-18,8%

ALENTEJO 35

190

25,0%

9

-18,2%

2

0,0%

ALGARVE 31

72,2%

8

33,3%

0

-100,0%

R. A. AÇORES

3

-50,0%

1

-66,7%

1

-

R. A. MADEIRA

18

100,0%

5

25,0%

1

-

TOTAL 702 4,8%

194 1,0%

TECIDO EMPRESARIAL DO SETOR JUNHO 2017

44 -26,7%

PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS NO SETOR DOS CONCESSIONÁRIOS AUTO, OFICINAS, GROSSISTAS E RETALHISTAS DE PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO VARIAÇÃO HOMÓLOGA DINÂMICA SETOR ACUMULADA (%)

EM NÚMERO

JUN. 2017 ACUMULADO JUN. 2016 ACUMULADO SETOR TECIDO JUN. 2017 JUN. 2016 EMPRESARIAL NASCIMENTOS

76

702

90

670

4,8% 5,8%

ENCERRAMENTOS 25

194

39

192

1,0% -3,2%

INSOLVÊNCIAS 3

44

10

60

-26,7% -24,7%

(CONSTITUIÇÕES)

NORTE 5177

(EXTINÇÕES)

FONTES: ANÁLISE INFORMA D&B; DADOS: PUBLICAÇÕES DE ATOS SOCIETÁRIOS E PORTAL CITIUS /MINISTÉRIO DA JUSTIÇA *Toda a informação introduzida na base de dados Informa D&B é dinâmica, encontrando-se sujeita à publicação tardia de alguns atos e às alterações diárias de diversas fontes.

FICHA TÉCNICA

CENTRO 3435

ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA 3440

ALENTEJO 874

ALGARVE 484

EM PERCENTAGEM 37,3

52

TURBO OFICINA AGOSTO 2017

ALENTEJO

A. M. LISBOA

CENTRO

NORTE

6,3

R. A. MADEIRA 284

3,5

1,4

2,0 MADEIRA

24,8

AÇORES

24,7

ALGARVE

R. A. AÇORES 196

Universo de organizações - Tecido Empresarial O Tecido Empresarial considerado engloba a informação relativa às organizações ativas com sede em Portugal, sob as formas jurídicas de sociedades anónimas, sociedades por quotas, sociedades unipessoais, entidades públicas, associações, cooperativas e outras sociedades (os empresários em nome individual não fazem parte deste universo de estudo). Consideram-se as empresas classificadas em todas as secções da CAE V3 .0. Universo de setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas de peças e acessórios auto Organizações ativas do tecido empresarial classificadas nas seguintes secções da CAE V3.0.: Grossistas auto: CAE 45310- Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis Retalhistas auto: CAE 45320 - Comércio a retalho de peças e acessórios para veículos automóveis Concessionários auto: CAE 45110 - Comércio de veículos automóveis ligeiros Oficinas: CAE 45200 - Manutenção e reparação de veículos automóveis Nascimentos Entidades constituídas no período considerado, com publicação de constituição no portal de atos societários do Ministério da Justiça.

Encerramentos Entidades extintas no período considerado, com publicação de extinção no portal de atos societários do Ministério da Justiça (não são consideradas as extinções com origem em procedimentos administrativos de dissolução). Entidades com insolvências Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. Regiões As entidades foram classificadas através da localização da sua sede, representando as 7 unidades da NUTS II de Portugal (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS)). A Informa D&B é especialista no conhecimento do tecido empresarial e através de análises inovadoras, disponibiliza o acesso a informação atualizada e relevante sobre a atividade de empresas e gestores, fundamental para a condução dos negócios dos seus clientes. A Informa D&B está integrada na maior rede mundial de informação empresarial, a D&B Worldwide Network, com acesso aos dados de mais de 245 milhões de agentes económicos em 221 países. www.informadb.pt (+351) 213 500 300 informadb@informadb.pt


RAIO-X

SKODA KODIAK

QUEM FAZ O QUÊ?

I

mportante para a Skoda, o Kodiak é o primeiro andamento da marca checa no segmento dos SUV, depois de uma passagem insípida com o Yeti, mais uma carrinha espaçosa que um verdadeiro SUV. Tendo por base a plataforma MQB do grupo Volkswagen, o Kodiak exibe todos os detalhes da linguagem de estilo da Skoda, tentando disfarçar as dimensões generosas de um modelo que aposta muito na versatilidade e no “Simply Cleaver”, a frase que descreve a marca e os seus modelos. A marca checa foi ao armazém de peças do grupo Volkswagen e concebeu um modelo que recebe material de vários fornecedores bem conhecidos. A qualidade está sempre em destaque no grupo alemão e a casa checa não pode ser exceção. Já comercializado entre nós, a TURBO OFICINA mostra-lhe quais são algumas das empresas que contribuíram para a realização do modelo. Olhando para a tabela ao lado, é fácil perceber marcas como a Delphi, Eberspacher, Eaton e Magnetti Marelli. Destes fornecedores vêm peças como sistemas de conectividade, tecnologia de escape e sistema elétrico. Depois vemos a Mahle, a Mann+Hummel, a Teklas, Behr-Thermocontrol, que fornecem, respetivamente, o arrefecimento da EGR, o coletor de admissão variável, os tubos do sistema de refrigeração e a unidade de controlo da climatização. Mais á frente falamos da Continental (diafragmas), da Federal Mogul (láva vidros) e um sem número de fornecedores para formar um conjunto de qualidade e homogéneo que seja do agrado dos consumidores. /

FORNECEDOR COMPONENTE AKKUMULATORENFABRIK MOLL Baterias DELPHI Sistemas de conectividade EATON Válvulas do motor EBERSPÄCHER Tecnologia de escape - pós tratamento (catalisador) ELRINGKLINGER Juntas especiais FTE Sistema de ativação da embraiagem (embraiagem e bomba principal, tubagem e bomba) HELLERMANNTYTON Buzina: cabos e elementos de fixação HENGST Separador de humidade do óleo LYDALL Escudo de calor do turbo (motor) MAGNETI MARELLI Sistema elétrico MAHLE Arrefecimento da EGR MANN+HUMMEL Coletor de admissão variável NEMAK Cabeça do motor 2.0l TFSI RÖCHLING AUTOMOTIVE Depósito de expansão TEKLAS Tubos do sistema de refrigeração VOESTALPINE Barra longitudinal inferior (motor) WOCO Tubagem de pressão 04E 145 673 AUTONEUM Isoladores do piso BEHR-HELLA THERMOCONTROL Unidade de controlo da climatização CARBODY Isolador de espuma CONTINENTAL Diafragmas para a gestão do combustível DIEHL Sincronizadores da caixa manual EDSCHA Acionamento do portão traseiro FEDERAL-MOGUL Láva vidros GESTAMP Ligação da mola GT TECHNOLOGIES RFF HOERBIGER Elementos de sincronização para a caixa de dupla embraiagem DQ381 IAC Forro do tejadilho MEGATECH INDUSTRIES Coberturas da bagageira NSK Rolamentos das rodas OERLIKON Sincronizadores PROFIL Parafusos para a carroçaria RHEINMETALL AUTOMOTIVE Discos de encosto SCHAEFFLER Variador de fase do veio de excêntricos

AGOSTO 2017 TURBO OFICINA

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REPARAÇÃO

PINTURA COM AEROSÓIS

NOVOS MÉTODOS DE PINTURA AUMENTAM RENTABILIDADE São muitos os produtos e processos de trabalho que os pintores devem utilizar para conseguir trabalhos de grande qualidade e realizar reparações completamente invisíveis. A maioria destes produtos são 2K, aplicados à pistola. Embora no mercado da reparação de automóveis também exista um grande número de produtos em aerossol 1K e 2K, que ajudam o pintor a aumentar a produtividade e a rentabilizar os seus trabalhos. TEXTO JOSÉ ANTONIO SOROA GONZÁLEZ-CAVADA

A

amplagamaexistentede produtos em aerossol ou spray permite que o pintor os possa utilizar sobre qualquer tipo de peças do automóvel, sejam plásticas ou metálicas.

Produtos em aerossol para a indústria automóvel Os produtos no formato aerossol poderão ser aplicados tanto no processo de preparação de fundos (diluentes, produtos de limpeza, primá-

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TURBO OFICINA AGOSTO 2017

rios, aparelhos, etc.), como nos processos de embelezamento das superfícies (vernizes, cores bicamada, dissolventes, integradores, etc.). Alumínio em aerossol para jantes Os aerossóis mais utilizados são os 1K, mas desde há algum tempo também se podem utilizar produtos 2K. Estes aerossóis 2K, uma vez ativados, terão uma vida útil inferior aos de 1K, que estará indicada nas respetivas fichas técnicas dos fabricantes. ONDE E COMO OS APLICAR Para o melhor rendimento destes produtos será necessário conhecer a sua composição,

método de aplicação, limitações de utilização, etc. Uma má aplicação poderá provocar defeitos no acabamento, como também pode acontecer com os produtos aplicados à pistola. A aplicação de produtos em aerossol está orientada para pequenas reparações, retoques, novas passagens após os lixamentos, integrações do verniz, etc. Não se deve abusar das aplicações em aerossol sobre grandes superfícies, já que para essa função será muito mais recomendável utilizar a pistola com os mesmos produtos, da forma tradicional. A sua aplicação deverá realizar-se em cama-


das finas, sem excesso de material, a fim de evitar possíveis defeitos devido a sobrecarga de produtos 1K. AMPLA GAMA Produtos de limpeza, primários, aparelhos… São já muitos os produtos que se oferecem em formato spray. Produtos de limpeza e desengordurantes Existem produtos de limpeza desengordurantes ou eliminadores de silicones para peças metálicas, e produtos de limpeza antiestáticos para as peças plásticas.

Primários anticorrosivos Os aerossóis dos primários fosfatantes ou wash primer protegem da corrosão as partes metálicas das peças que perderam a sua proteção original. Aplicam-se sobre as pequenas áreas ou bordos de chapa despida que ficaram a descoberto durante os trabalhos de reparação, lixamento, etc. Primários ou promotores de aderência para plásticos Em superfícies plásticas, a principal missão do primário é permitir a aderência das tintas

sobre aquelas zonas onde o plástico de origem ficou a descoberto. Os promotores de aderência em aerossol permitem a espessura ideal para este tipo de aplicações, em uma ou duas camadas muito finas, assegurando assim a perfeita aderência da tinta. Aparelhos em aerossol Os aparelhos em aerossol estão disponíveis em diferentes tonalidades de cinzentos (claro, médio ou escuro), e em menor medida utilizam-se em tons vermelhos, amarelos, azuis e verdes. Os aparelhos em aerossol proporcionam uma boa aderência, mas, logicamente, a sua espes-

AGOSTO 2017 TURBO OFICINA

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REPARAÇÃO

PINTURA COM AEROSÓIS

sura está limitada a 50-70 mícrones, porque a sua utilização é indicada para pequenas reparações ou retoques onde não sejam necessárias grandes espessuras. Tinta para plásticos texturados Para realizar pequenas aplicações parciais nas partes texturadas dos plásticos, as oficinas podem aplicar a tinta em aerossol 1K, denominada bumper text. Este tipo de tinta e sistema são ideais para solucionar retoques nos acabamentos rugosos ou texturados. Diluentes integradores Os integradores utilizam-se nos trabalhos de esbatimento “de remendo perdido”, ou seja, naquelas aplicações onde não se aplica o verniz sobre toda a peça. O diluente integrador será aplicado na zona de união entre o verniz recém-aplicado e o antigo da peça, criando uma área de transição entre os dois vernizes, fina e uniforme. Acabamentos de cor Cor da carroçaria. No mercado podem encontrar-se pequenas máquinas que permitem encher aerossóis pré-carregados com gás; apenas será necessário preparar uma pequena quantidade de qualquer cor de carroçaria, ou tinta restante de uma mistura anterior, e de qualquer marca de automóvel, e introduzi-la dentro do aerossol.

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TURBO OFICINA AGOSTO 2017

Alumínio para jantes Existem diferentes tonalidades de alumínio-prata que se utilizam na pintura de jantes. O mercado dispõe de diferentes malas específicas desenvolvidas para a reparação e pintura de jantes, compostas por primários, aparelhos, diferentes tonalidades de alumínio, com maior ou menor espessura e, inclusivamente, vernizes em aerossol para conferir o brilho final à reparação. Vernizes Os aerossóis de vernizes 1K ou 2K podem ser utilizados em pequenos retoques, peças de tamanho reduzido, zonas que não requeiram uma elevada exigência no acabamento ou em zonas de visibilidade reduzida, como as zonas interiores dos compartimentos do motor, bagageiras, etc. Estes aerossóis estão disponíveis com diferentes níveis de brilho, acetinado ou mate. Para a utilização dos aerossóis, o pintor deverá estar munido dos EPI necessários para a área de pintura: macaco de trabalho, óculos de proteção, luvas de vinil, máscara de proteção, calçado de segurança, etc. RENTABILIDADE A correta aplicação dos produtos em aerossol ajuda a melhorar parâmetros, tais como a rentabilidade, a eficiência e a produtividade nos processos de pintura. Os aerossóis são muito fáceis de utilizar e eliminam ou minimizam operações tradicionais

que resultam da aplicação dos produtos à pistola. As preparações de misturas, aplicações com ar comprimido, limpezas de pistola, etc., são algumas destas operações. Também se suprimem alguns materiais como os copos de mistura, filtros ou coadores de tinta, réguas ou paletas de mistura, dissolventes de limpeza, etc. A aplicação de produtos em aerossol reduz os tempos e os materiais de revestimento, devido à reduzida pulverização desta operação, evitando grandes superfícies revestidas. Graças à sua versatilidade, poderão aplicar-se sobre superfícies plásticas >PP<, >PE<, >PS<, >PP-EPDM<, >PA< e >PC<, e sobre aço, alumínio, zincados, etc. Aparelho versátil São muitas as vantagens que estes produtos proporcionam, ajudando as oficinas a melhorar os seus processos, garantindo a qualidade das reparações e assegurando uma maior rentabilidade na área da pintura. /

PARA SABER MAIS Área de Informática pintura@cesvimap.com Pintura de Automóveis. CESVIMAP 2009 www.revistacesvimap.com @revistacesvimap



REPARAÇÃO

MANUTENÇÃO

PEUGEOT 3008 1.6 BLUEHDI 120 ALLURE

PEUGEOT 3008 BLUEHDI Há horas felizes dizia um comercial há mutos anos sobre jogos de fortuna mas no caso da Peugeot não se tratou de um jogo de sorte ou azar, mas sim de uma hora feliz quando decidiram levar para o mercado o 3008, porventura, o melhor SUV do seu segmento.

J

á era um SUV e um queridinho entre o público feminino que adorava a sua forma arredondada, a frente bojuda e a posição de condução elevada e enclausurada numa espécie de casulo. Mas o mundo pula e avança e a evolução do segmento forçou a Peugeot a repensar o 3008. Pegou na plataforma EMP2 modulável, aumentou a agressividade do desenho com mescla perfeita de linhas retas com zonas arqueadas e geometria perfeita, colocou rodas grandes e um interior espaçoso com um truque guardado há algum tempo, o Peugeot i-Cockpit. No fundo, a versão francesa do painel de instrumentos completamente digital, com a posição de condução elevada, o volante de pequenas dimensões e a consola central elevada que nos envolve. Detalhes como os botões de controlo de várias funções instaladas no ecrã flutuante que encima a consola central a parecer as teclas de um piano, adicionam classe ao interior do 3008. Qualidade de construção, bom comportamento em curva e interior acolhedor e espaçoso, são virtudes deste 3008. CUSTO POR CADA 100 KM: 5,16€ Como sempre, analisamos nesta rubrica os veículos numa base de 48 meses e 120 mil quilómetros (o que dá uma média de 30 mil quilómetros por ano) e o Peugeot 3008 1.6 BlueHDI 120, equipamento Allure com caixa manual de 6 velocidades, não foge a essa regra. O motor é

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TURBO OFICINA AGOSTO 2017

o conhecido bloco HDI do grupo PSA com 120 CV, acoplado à caixa manual de 6 velocidades. A tração é feita, somente, ás rodas dianteiras e algumas versõs beneficiam do Grip Control, um programa de melhoria do ESP que ajuda a maximizar a tração, via eletrónica, em pisos escorregadios ou degradados. Contas feitas aos custos de manutenção, o seu Peugeot 3008 irá custar-lhe 5,16 euros por cada centena de quilómetros, o que perfaz um total de 6.187,68 euros de custos no final dos quatro anos de utilização. Este valor já inclui uma IPO, a inflação (543,16 euros) e toda a manutenção, incluindo pneus (parcela de 1946,65 euros só nas borrachas, a que deve adicionar mais 45 euros de alinhamento de direção, mais 25 euros das válvulas e 76,60 euros da equilibragem). No que toca a material de desgaste, como habitualmente, são os travões que apresentam maior fatura (599,94€ para a frente e 378,45€ para trás), sendo que a embraiagem (589,66€) e a recarga do ar condicionado (100 euros) ajudam a compor uma fatura que no final de 48 meses chega aos 2.029,91 euros. Para as revisões, conte com um valor de 1.394,36 euros, onde estão já os valores do óleo (503 euros) e de vários filtros. Recordamos que a todos estes preços e aos da tabela ao lado, acresce o IVA à taxa legal de 23%. Para mais informações, contacte Luís Ribeirinho, diretor comercial da 4Fleet, através do telefone 910401216 ou do email ribeirinho@4fleet.pt. /

Caraterísticas do Veículo Potência (cv) 120 Cilindrada (cc) 1560 EuroNCap 86/85/67 CO2 104 Tração / Transmissão Dianteira / Manual Caixa de Velocidades 6 velocidades Carroçaria TT Médio (Todo-Terreno) Valor N.º Revisões 1.394,36 € Mão-de-Obra 473,12 € [12,15] Óleo 503,10 € [6] Capacidade do carter (litros) 3,75 [lts] Tipo de óleo Sintético Filtro de Óleo 70,86 € [6] Filtro de Ar 46,20 € [2] Filtro de Pólen 140,16 € [6] Filtro de Combustível 160,92 € [3] Velas - € [0] Desgaste 2.029,91 € Escovas Limpa Para Brisas Frente 292,39 € [4] Escovas Limpa Para Brisas Tras 19,02 € [2] Pastilhas Frente 489,94 € [4] Pastilhas Tras 197,28 € [2] Discos Frente 110,06 € [1] Discos Tras 181,17 € [1] Liquido de Travão 50,38 € [2] Correia Distribuição - € [0] Embraiagem 589,66 € [1] Carga Ar Condicionado 100,00 € [1] Escape - € [0] Bateria - € [0] Amortecedor Frente - € [0] Amortecedor Tras - € [0] Bomba Agua - € [0] Filtro Particulas - € [0] Tarefas Extra - € Avarias - € Eléctricas - € Total - € Pneus 2.093,25 € Pneus Frente 225/55R18V Pneus Trás 225/55R18V Pneus 1.946,65 € [10] Alinhamento de Direcção 45,00 € [3] Equilibragem 76,60 € [10] Válvula 25,00 € [10] Outros 670,16 € IPO 27,00 € Inflação 643,16 € Ajustes - € Custos de Manutenção Total 6.187,68 € /100 kms 5,16 € Consumo misto 4,00 lts / 100 kms IUC 141,47 € * Indica percentagem proteção adultos/proteção crianças/ proteção peões/sistemas de segurança ativa ** Número de vezes peça é substituida Valores sem IVA


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NOTÍCIAS

PNEUS ALIDATA

NOVO SOFTWARE INCLUI INTERFACE ESPECÍFICO PARA PNEUS

A

Alidata introduziu novas funcionalidades no seu software, que passa a incluir um interface com EDI Wheel Pricat, permitindo aceder a toda a informação atualizada relativa aos pneus. Segundo a tecnológica de Leiria, o desenvolvimento desta funcionalidade está relacionada com a necessidade de minimizar o trabalho e o erro em tarefas administrativas recorrentes de atualização de informação importante do setor dos pneus, onde a Alidata tem conquistado inúmeros clientes. O PRICAT é o “price catalog”, um ficheiro csv num formato EDI específico dos pneus, criado pelos principais fabricantes/marcas: Bridgestone, Continental, Cooper-Avon, Falken, GITI Tire; Goodyear-Dunlop, Hankook, Kumho, Marangoni, Maxxis, Michelin, Nokian, Pirelli, Toyo, Vredestein, Yokohama. O EDI (Electronic Data Interchange ou troca eletrónica de dados) consiste na transmissão automática de dados, conforme acordo entre parceiros comerciais. As mensagens eletrónicas são enviadas e processadas automaticamente pelas empresas envolvidas. No fundo, o processo de EDI é a adoção de mensagens estruturadas que foram geradas e padronizadas com base nas necessidades de comunicação comercial, fi-

REUNIÃO VULCO EM ALCOBAÇA A Vulco realizou a sua reunião de associados do nosso país em Alcobaça, que contou com a presença de membros desta rede de oficinas especializada em pneus e mecânica rápida, que é apoiada pela Goodyear Dunlop, e dos seus principais fornecedores. O objetivo foi dar a conhecer os projetos atuais e futuros. Durante

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nanceira e logística entre parceiros de negócios. O setor dos pneus tem cada vez mais legislação associada e há diversas informações que são mesmo obrigatórias em determinados documentos, como as medidas, índices de velocidade, ruído, eficiência energética, aderência, entre outras. Na ficha do produto no software Alidata foi criado um separador específico para o tipo de produto pneus, onde é possível aceder, à distância de um clique, a todas as informações e caraterísticas de cada pneu. Com a interface com o EDI Wheel, todos estes dados são atualizados automaticamente. O software Alidata possibilita importar toda esta informação do PRICAT para as próprias fichas de produto ou para preçário. As marcas enviam mensalmente para os distribuidores, oficinas ou outras, este ficheiro com as caraterísticas e preços de cada referência de pneu do fabricante. O projeto de desenvolvimento desta interface tem já a sua primeira fase concluída. Entre as funcionalidades possibilitadas pela integração do PRICAT destaque para a abertura de ficha de produto (caso não exista), a atualização dos preços de compra (e consequentemente de venda) dos pneus pela sua referência e a atualização automática das caraterísticas técnicas de cada pneu/referência. /

a jornada, a equipa Vulco reviu os planos para o ano de 2017, assentes em três pilares estratégicos: criação de negócio, focada na tração de novos clientes para a rede; la profissionalização da rede, com a melhoria tanto dos seus processos internos como da oferta formativa adaptada às necessidades dos associados; e, por último, a consolidação da marca Vulco no mercado. O encontro terminou com a entrega de prémios em sinal de reconhecimento aos três associados com dez anos de antiguidade: Maurício & Vilas, Pneufurado e Pneus Babo & Monteiro.

CONTINENTAL GANHA PRÉMIOS DE DESIGN O pneu PremiumContact 6 da Continental recebeu dois prémios de design, atribuídos pelo IF Design Award 2017 e pelo Red Dot Design Award 2017. “Estamos extremamente satisfeitos com ambos os prémios”, afirma Ulrich Behr, o designer da Continental. “Quando temos em mente o design de um pneu moderno, o primeiro pensamento é, geralmente, o seu piso. Este é um aspeto importante, dado que tem de corresponder às crescentes expetativas sobre

a segurança, facilidade de realização de manobras e características relacionadas com o conforto. Mas o design da parede lateral também desempenha um papel importante. Não só possui toda a informação de que o consumidor necessita – e cuja maior parte é exigida por lei – mas é também a linguagem do design que ajuda a dar ao pneu a sua identidade que, por sua vez, deve alinharse com o aspeto familiar das várias linhas de produtos”, sublinha o responsável.


GOODYEAR

ACORDO COM JAGUAR LAND ROVER

A INTERFACE COM EDI WHEEL PRICAT A Alidata apresentou as novas funcionalidades do seu software, que inclui um interface com EDI Wheel Pricat, para acesso a toda a informação relacionada com pneus

Goodyear foi selecionada pela Jaguar Land Rover para ser fornecedora de pneus, como equipamento original, para os modelos Land Rover Discovery, Range Rover Velar e Jaguar F-Pace. Para o efeito, a marca norte-americana desenvolveu o Eagle F1 Asymetric SUV para o primeiro SUV da Jaguar, o F-Pace, e para o Range Rover Velar. Estes pneus exibirão a marca “J LR”, indicando que foram foram aprovados e homologados pela Jaguar Land Rover para os seus veículos nas seguintes medidas: 255/60R18 112W XL, 255/55R19 111W XL e 255/50R20 109W XL. O novo Land Rover Discover recebe o pneu Goodyear Eagle F1 Asymmetric SUV que foi homologado como equipamento de série nas seguintes medidas: 255/60R19 113W XL AT, 255/55R20 110W XL AT e 275/45R21 110W XL. Os pneus foram desenvolvidos pelos engenheiros da Goodyear para cumprir com os requisitos específicos do fabricante, com o propósito de oferecerem uma baixa resistência ao rolamento, um peso reduzido e uma boa performance fora de estrada.

BRIDGESTONE

DISTINÇÃO NOS PRÉMIOS DO GRUPO VOLKSWAGEN

MICHELIN EQUIPA BOREAS HYBRID 1000HP A Michelin vai fornecer pneus Pilot Sport Cup 2 para o automóvel superdesportivo espanhol Boreas Hybrid 1000 HP. Este veículo é o resultado de dez anos de investigação, desenvolvimento. Dispõe de um motor híbrido que desenvolve mais de 1000 CV e oferece uma autonomia superior a 100 quilómetros. O fabricante produzirá apenas 12 unidades deste modelo, que contará com pneumáticos de altas performances, proporcionando uma precisão constante da direção, tanto em frio como em quente.

A

Bridgestone foi premiada na categoria de Inovação & Tecnologia na 15ª cerimónia de prémios do Grupo Volkswagen. Apenas sete dos fornecedores do construtor alemão venceram este prémio, a nível global. O prémio foi entregue por Matthias Müller, CEO da Volkswagen e por Francisco Javier Garcia Sanz, membro da Administração com responsabilidades da área de Procurement, a Paolo Ferrari, CEO e Presidente da Bridgestone EMEA. Na cerimónia de prémios, Garcia Sanz elogiou todos os vencedores. Sobre o prémio do qual foi vencedor, Paolo Ferrari comentou: “As equipas da Bridgestone em todo o mundo sentem-se honradas com este prémio na área de Inovação & Tecnologia. A inovação está relacionada com a mudança e qualquer mudança que implique uma evolução significativa da tecnologia é, para nós líderes na indústria, uma oportunidade – portanto vamos aproveitar esta onda e juntos, com parceiros como o Volkswagen Group queremos manter a posição de liderança em tecnologia.” A Bridgestone é também membro da iniciativa Volkswagen FAST, criada em 2015 e que reconhece um círculo restrito de fornecedores. Um diálogo estratégico proporciona a estes fornecedores acesso regular a decisores no Volkswagen Group, permitindo aos envolvidos implementar as suas inovações de forma mais eficiente e, acima de tudo, rápida. A Bridgestone é a única companhia de pneus na lista dos 55 fornecedores.

AGOSTO 2017 TURBO OFICINA

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OPINIÃO

JURÍDICO

ALTERAÇÕES ÀS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS VEÍCULOS

S

e há uns anos se tornou pratica corrente em alguns automobilistas a aplicação de películas escurecedoras nos vidros, hoje em dia, é cada vez maior o número de automobilistas que, seja por questões estéticas, seja pela maior eficiência, optam por instalar lâmpadas LED nos seus automóveis.

Tal como acontecia com as películas escurecedoras, também a instalação de luzes LED está sujeita a determinados formalismos que, não sendo cumpridos podem levar à aplicação de coimas, seja para o automobilista, seja para o instalador. São cada vez mais frequentes as acções de fiscalização tendentes precisamente a verificar as alterações introduzidas nas características dos veículos a pedido do seu utilizador. Estabelece o n.º 4 do Artigo 114.º do Código da Estrada que “O fabricante ou vendedor que coloque no mercado veículos, sistemas, componentes ou acessórios sem a aprovação a que se refere o número anterior ou infringindo as normas que disciplinam o seu fabrico e comercialização é sancionado com coima de € 600 a € 3000 se for pessoa singular ou de € 1200 a € 6000 se for pessoa coletiva e com perda dos objetos, os quais devem ser apreendidos no momento da verificação da infração.” Estabelece o n.º 6 do mesmo artigo que quem transitar em

MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO ADVOGADO

veículos dotados de sistemas, componentes ou acessórios não devidamente aprovados é “sancionado com coima de € 250 a € 1250, sendo ainda apreendido o veículo até que este seja aprovado em inspeção extraordinária”. Em resumo, para que determinado componente ou acessório possa ser montado num veículo tem de ser objecto de uma aprovação/homologação prévia que certifique que os mesmos não representam qualquer risco acrescido. Isto aplica-se às luzes LED, como às películas escurecedoras, ailerons, espelhos, buzina e outros. Aplicando num automóvel um componente ou um acessório que não tenha sido devidamente aprovado ou homologado nos termos legais o dono do veículo arrisca-se a uma coima que pode variar entre os 250 e os 600 euros, ao passo que o importador ou o vendedor desse componente fica sujeito a uma coima que varia entre os 600 e os 3000 euros se for pessoa singular e entre os 1200 e os 3000 euros se se tratar de pessoa colectiva.

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica. O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia.

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